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Atos Processuais Conceitos. Atos processuais e termos processuais. Atos processuais são manifestações de vontade realizadas pelos sujeitos da relação processual dentro do processo que produzam efeitos no processo. São exemplos de atos processuais: a petição inicial, a contestação, o requerimento de produção de prova, as decisões interlocutórias, a sentença, etc. Termo processual é a forma de documentação de um ato processual. Os termos processuais normalmente são praticados pelos serventuários da justiça. São exemplos de termos processuais: o termo de juntada de uma petição, o termo de juntada de um mandado, a remessa dos autos à conclusão, etc. Forma dos atos processuais O artigo 188 do CPC/15 seguiu o artigo 154 do CPC/73 ao não especificar uma forma determinada para os atos processuais. O artigo 154 do CPC anterior tinha a seguinte redação: Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial. O artigo 188 do CPC vigente, por sua vez tem a seguinte redação: Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. A preocupação deve ser com o seu conteúdo e com o atingimento de sua finalidade e não com o modo como ele é exteriorizado. A forma dos atos processuais em sentido amplo deve ser entendida como o conjunto de fatores que envolvem a exteriorização do ato processual, aí incluídos a forma em sentido estrito, que é o modo de expressão do ato, bem como o tempo e o lugar em que o ato é praticado. Princípios e Características dos Atos Processuais Os princípios que norteiam os atos processuais são: o princípio da instrumentalidade das formas, princípio da finalidade e o princípio da economia. Para a compreensão de tais princípios basta uma simples leitura dos artigos 243 a 250 do CPC/73 que tratam das nulidades: Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/24 alcançar a finalidade. Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento. Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado. Art. 247. As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais. Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes. Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. § 1o O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. § 2o Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa. E em razão do início da vigência do novo CPC, se faz necessária a leitura dos artigos 276 a 283 que dispõem sobre as nulidades no novo diploma processual: Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento. Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. § 1o Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado. § 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo. Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais. Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/24 subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes. Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. § 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte. § 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte. Tais princípios servem como fonte de interpretação para orientar os operadores do direito no momento de analisar problemas relativos à eventual desconformidade entre a forma do ato praticado e o modelo previamente estabelecido em lei. Inspirados na ideia de que “não há nulidade sem prejuízo” e em uma visão instrumentalista do processo (o processo não é um fim em si mesmo, mas apenas um método de trabalho para solução de problemas de direito material), referidos princípios garantem que os requisitos formais do ato processual sejam utilizados apenas para que alcancem o propósito da lei, pois se tal objetivo for alcançado, não haverá prejuízo e, consequentemente, não haverá nulidade do ato mesmo que tenha havido desconformidade com o modelo legal previamente estabelecido. Portanto nota-se que o legislador previu como regra a liberdade de forma, e ainda estabeleceu que mesmo quando a lei impuser uma determinada forma para a prática do ato processual, a consequência de reconhecimento de nulidade do ato praticado em desconformidade com o modelo legal somente deverá ser aplicada quando ocorrer prejuízo para a parte contrária. Publicidade dos atos processuais A Constituição Federal determina que os atos processuais, via de regra, sejam públicos. O artigo 189 do CPC/15 praticamente repete o ordenamento constitucional. Tal dispositivo legal indica que os atos processuais são públicos, contudo aponta que alguns tramitam em segredode justiça: Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/24 § 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores. § 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação. Referido dispositivo deve ser analisado sob dois pontos de vista: i) a publicidade geral dos atos processuais é benéfica - em regra, todos os atos processuais são públicos. A publicidade dificulta a ocorrência de conluios e fraudes pois toda a sociedade tem o poder de controlar os atos processuais; e ii) a publicidade geral dos atos processuais é maléfica – pois tem o inconveniente de trazer ao conhecimento de todos as discussões com cunho político que também de questões que deveriam ser de conhecimento apenas das partes. Dessa forma para a preservação da privacidade, da intimidade, da segurança, de direitos autorais, de segredos industriais, a regra geral da ampla publicidade pode ceder espaço para a tramitação processual em segredo de justiça, hipótese em que os atos processuais deixam de ser de conhecimento público e passam a pertencer ao domínio apenas dos sujeitos que atuam no processo. No CPC/15 tais hipóteses estão previstas nos incisos e parágrafos do artigo 189 supratranscrito. Língua. A língua portuguesa é o idioma nacional, portanto deve ser usada nos atos e termos processuais, bem como nos documentos que sejam juntados aos autos. A lei não impede que documentos redigidos em língua estrangeira sejam utilizados para provar os fatos nele contidos, mas apenas exige que sejam traduzidos para o idioma nacional. O CPC/2015 deixou claro que, além da tradução juramentada, a versão para a língua portuguesa pode ser feita pela via diplomática ou pela autoridade central. Classificação dos atos processuais A doutrina classifica os atos processuais de várias maneiras: a) Quanto ao seu objeto: • Atos de iniciativa - são aqueles que destinam a instaurar a relação jurídica processual. Ex: petição inicial; • Atos de desenvolvimento - são aqueles que movimentam o processo, compreendendo os atos de instrução e os de ordenação. Ex: citação, provas, etc; • Atos de conclusão - atos decisórios do juiz ou dispositivos das partes. Ex: sentença, transação, renúncia, etc... b) Quanto aos sujeitos: • Atos das partes: são aqueles praticados pelo autor e réu, terceiros intervenientes e ainda pelo Ministério Público. São classificados em: 1) Postulatórios ou de Obtenção: são aqueles pelos quais as partes postulam pronunciamento do juiz, seja quanto ao processo, seja quanto ao mérito. Ex: petição inicial, citação do réu, respostas do réu, etc... 2) Dispositivos: consistem em declarações de vontade destinadas a dispor da tutela jurisdicional, dando-lhe existência ou modificando-lhe as condições. Ex: Art. 200 do CPC. Podem ser: 2.1) Concordantes ou de desistência: quando há manifestação de vontade de uma parte e a outra parte adere, mesmo que por omissão. Ex: desistência da ação pelo 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/24 autor, depois da citação do réu 2.2) Contratuais ou de transação: são declarações bilaterais de vontade. Ex; transação 3) Atos instrutórios ou de prova: são aqueles que se destinam a convencer o juiz da verdade dos fatos alegados pelas partes. Ex: provas. 4) Atos reais ou de afirmação: são aqueles que se manifestam através de coisas e não por palavras. Ex: apresentação de documentos, preparo de um recurso, etc... • Atos do juiz: são os atos praticados pelo juiz. Eles se subdividem em: 1. sentenças: atos do juiz que põe fim ao processo ou a uma fase do processo, com base nos arts. 485 e 487 do CPC. 2. decisões interlocutórias: resolve questão processual pendente ou questão de mérito, sem entretanto por fim ao processo ou à uma fase processual. 3. despachos ordinatórios ou de mero expediente: são aqueles que apenas impulsionam o processo e não tem cunho decisório. . • Atos dos auxiliares da justiça: são os atos praticados pelos auxiliares da justiça, e via de regra, servem para cumprir uma ordem judicial ou impulsionar o andamento do processo. Se dividem em: 1. Atos de movimentação ou de comunicação: são os que visam ao andamento do processo: termos de abertura de vistas p/ as partes; termo de conclusão, termo de remessa dos autos à instância superior; de intimação e citação, etc... 2. Atos de documentação: são aqueles que por meio dos quais o escrivão atesta a realização de atos das partes, do juiz, ou de seus auxiliares. Ex: certidão de intimação das partes; certidão de publicação, etc... 3. Atos de execução: atos realizados em cumprimento dos mandados judiciais, fora dos cartórios. Ex: penhora; prisão... Sintetizando, os atos de movimentação buscam o desenvolvimento do processo; os atos de execução, o cumprimento das determinações do juiz; os atos de documentação dão fé dos atos que foram executados por determinação do juiz; e os atos de comunicação, como o próprio nome sugere, visam dar conhecimento e informação. Documentação dos Atos Processuais Como visto acima, os atos processuais são expressados de forma escrita, mesmo havendo a expressão oral (depoimentos), Portanto, em face do Princípio da Documentação dos atos processuais, impõe-se a documentação de todos os atos praticados no processo por escrito. Negócios jurídicos processuais No CPC/73 já existiam hipóteses nas quais as partes tinham autonomia para realizar negócios jurídicos processuais, alterando os parâmetros prévios previstos pela lei. É dizer: dispositivos como os que autorizavam a eleição de foro (art. 111), o negócio sobre ônus da prova (art. 333, parágrafo único), a suspensão consensual do processo (art. 265, inciso II), a aceitação à desistência da ação (art. 267, § 4º), a renúncia ao recurso (art. 502), etc. Classificação dos termos processuais a) Prejudiciais: são aqueles que documentam atos consistentes em modificação do direito das partes: Ex. transação; b) Termos de andamento: visam a registrar a documentação dos atos; c) Termo de autuação: certifica que foi apresentada a petição inicial e os 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/24 documentos que a acompanham; d) Termo de juntada: documenta o ingresso de uma petição nos autos; e) termo de conclusão: documenta que o processo será encaminhado ao juiz; f) termo de vistas: documenta que abriu vistas as partes; g) Termo de intimação: documenta que intimou as partes; e h) Termo de recebimento: atesta que os autos voltaram a cartório; Ato processual no tempo e no espaço No CPC/73 o tempo e o espaço para a prática de atos processuais eram disciplinados da seguinte forma: Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. § 1o Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. § 2o A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz,realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso Xl, da Constituição Federal. § 3o Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de organização judiciária local. Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-se: I - a produção antecipada de provas (art. 846); II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos. Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias. Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas: I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento; II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as mencionadas no art. 275; III - todas as causas que a lei federal determinar. Art. 175. São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei. Art. 176. Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz. Prazos Processuais Podem ser definidos como sendo o espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente praticado, delimitado por dois termos: um termo inicial (dies a quo) e um termo final (dies ad quem). 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/24 Os prazos eram disciplinados da seguinte forma no CPC de 1973: Art. 177. Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa. Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados. Art. 179. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que Ihe sobejar recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das férias. Art. 180. Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 265, I e III; casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação. Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo. § 1o O juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação. § 2o As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação. Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias. Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos. Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa. § 1o Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. § 2o Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que Ihe assinar. Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. § 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: I - for determinado o fechamento do forum; II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal. § 2º Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil após a citação ou intimação. Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: I - for determinado o fechamento do fórum; II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal. § 2º Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 § 2o Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único). Art. 185. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. Art. 186. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/24 Art. 187. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos que este Código Ihe assina. Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. Art. 189. O juiz proferirá: I - os despachos de expediente, no prazo de 2 (dois) dias; II - as decisões, no prazo de 10 (dez) dias. Art. 190. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas e executar os atos processuais no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contados: I - da data em que houver concluído o ato processual anterior, se Ihe foi imposto pela lei; II - da data em que tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz. Parágrafo único. Ao receber os autos, certificará o serventuário o dia e a hora em que ficou ciente da ordem, referida no no Il. Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser- lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. Art. 192. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas. Classificação dos prazos – CPC/73 A doutrina classifica os prazos se utilizando de vários critérios: Quanto à origem: a) Legais: são os prazos fixados em lei. Ex: art. 297 b) Judiciais: são os prazos que fixam a critério do juiz. Ex: art. 182 c) Convencionais: prazo estabelecido pela convenção das partes. Ex: art. 181. Quanto à individualidade do prazo: a) Comum: prazo estabelecido para ambas as partes para a prática de determinado ato. b) Particulares: prazo destinado à pratica de ato à uma das partes. Quanto ao destinatário do prazo: a) Próprios: são aqueles fixados pelas partes, sujeitando-se a preclusão; b) Impróprios: prazo fixado ao juiz e seus auxiliares, não havendo preclusão. Quanto à natureza dos prazos: a) Dilatórios: são aqueles que, embora fixado na lei, admite ampliação ou redução pelo juiz. Para que seja possível a dilação se faz necessária a observância dos seguintes requisitos: deve ser requerido antes do vencimento do prazo; fundado em motivo legítimo; e juiz deve autorizar a alteração, fixando novo dia de vencimento; b) Peremptórios: são aqueles impostos pela lei e que não podem ser alterados pelas partes ou pelo juiz. Preclusão Preclusão é a perda do direito de praticar um ato processual. A preclusão pode ser 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/24 temporal, consumativa ou lógica. Na preclusão temporal a parte perde o direito de praticar oato processual em razão do escoamento do prazo. A preclusão consumativa tem por efeito prático impedir a complementação de um ato já praticado ou, então, impedir que outro ato que deva ser praticado conjuntamente com o primeiro possa ser exercido. Com relação à preclusão lógica, parece mais adequado extrair essa modalidade de preclusão do dever geral de boa-fé que impede as partes de surpreenderem as expectativas válidas criadas para o seu adversário em função do seu comportamento contraditório. Novo Código de Processo Civil Em relação aos atos processuais o novo CPC trouxe várias mudanças visando a operabilidade do sistema processual. Eis algumas mudanças/inovações: Negócio Jurídico Processual O novo código permite que as partes transacionem sobre questões relativas ao processo e ao procedimento, realizando assim negócios jurídicos processuais. Assim alguns destaques são necessários: O primeiro diz respeito aos processos que permitem às partes formular acordos sobre questões de natureza processual em se tratando de direitos que admitam a autocomposição. As convenções privadas sobre matéria processual estão subordinadas ao controle do juiz. Ao controlar a validade dos negócios jurídicos processuais, o juiz deverá analisar se (i) as partes que celebraram o acordo eram plenamente capazes; (ii) se o objeto da demanda permite a celebração de acordos e (iii) se o objeto do acordo é lícito (CC, art. 166, inciso II). Calendário Processual Outra questão importante diz respeito à possibilidade do juiz, em conjunto com as partes, estabelecer um calendário processual fixando de antemão as datas e horários para a prática dos atos processuais. As maiores vantagens desse modelo são a previsibilidade quanto ao tempo da tramitação processual em primeiro grau de jurisdição e a economia processual que se obtém com a eliminação de intimações das partes, que já estão previamente cientificadas de quando terão que praticar seus atos. Eis o que dispõe o artigo 191: Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. § 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. § 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/24 Atos processuais digitais É possível a pratica de atos por meio eletrônico. A Lei nº 11.419/2006 já tratava da informatização do processo judicial e permanece em pleno vigor, aplicando-se, no que couber, em complementação às novas disposições do CPC, até pela referência tácita ao final do artigo à expressão “na forma da lei”. Prazos processuais Os prazos processuais podem ser fixados em meses, dias, horas, minutos ou outra unidade de medida de tempo, quando houver possibilidade de sua estipulação. Os prazos legais ou judiciais somente serão contados em dias úteis. Assim a superveniência de feriados forenses durante a fluência do prazo iniciado faz excluir da contagem os dias não úteis, assim entendidos os feriados forenses, tal como definidos no art. 216 do CPC/2015. No sistema do CPC/2015, os prazos são contados em dias úteis, excluindo-se o dia de início e incluindo-se o do vencimento. Já no tocante à fluência, de regra, os prazos iniciam o seu curso a partir da ciência do destinatário (citação, intimação e notificação), salvo regras especiais, que fixam outros momentos para seu início. Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. § 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. § 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal. § 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local. Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo. Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo. Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se: I - os atos previstos no art. 212, § 2o; II - a tutela de urgência. Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas: I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento; II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador; III - os processos que a lei determinar. Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense. Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/24 juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. § 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato. § 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas. § 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. § 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. § 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput. § 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação. Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos. Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses. § 1o Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes. § 2o Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido. Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. §1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. § 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar. Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. § 1o Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. § 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/24 § 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação. Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa. Art. 226. O juiz proferirá: I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias; II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias; III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que está submetido. Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 1 (um) dia e executar os atos processuais no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data em que: I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei; II - tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz. § 1o Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a hora em que teve ciência da ordem referida no inciso II. § 2o Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições ou de manifestações em geral ocorrerá de forma automática, independentemente de ato de serventuário da justiça. Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. § 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. § 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público será contado da citação, da intimação ou da notificação. Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio; II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça; III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria; IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital; V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica; VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta; VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico; VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria. § 1o Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/24 § 2o Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente. § 3o Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação. § 4o Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa. Art. 232. Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação ou da intimação será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante. Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos em lei. § 1o Constatada a falta, o juiz ordenará a instauração de processo administrativo, na forma da lei. § 2o Qualquer das partes, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao juiz contra o serventuário que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei. Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado. § 1o É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal. § 2o Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo. § 3o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para procedimento disciplinar e imposição de multa. § 4o Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato. § 5o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente responsável pela instauração de procedimento disciplinar contra o membro que atuou no feito. Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno. § 1o Distribuída a representação ao órgão competente e ouvido previamente o juiz, não sendo caso de arquivamento liminar, será instaurado procedimento para apuração da responsabilidade, com intimação do representado por meio eletrônico para, querendo, apresentar justificativa no prazo de 15 (quinze) dias. § 2o Sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis, em até 48 (quarenta e oito) horas após a apresentação ou não da justificativa de que trata o § 1o, se for o caso, o corregedor do tribunal ou o relator no Conselho Nacional de Justiça determinará a intimação do representado por meio eletrônico para que, em 10 (dez) dias, pratique o ato. § 3o Mantida a inércia, os autos serão remetidos ao substituto legal do juiz ou do relator contra o qual se representou para decisão em 10 (dez) dias. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/24 Exercício 1: Considere a seguinte situação hipotética: Determinado ato processual deverá ser praticado pela parte no prazo de cinco dias. A publicação efetiva para cumprimento deste ato ocorreu no dia 25 de Março de 2016 (sexta-feira). O último dia do prazo processual em questão foi: A) 29 de Março de 2016. B) 30 de Março de 2016. C) 2 de abril de 2016. D) 1º de abril de 2016. E) 4 de abril de 2016. Exercício 2: Em relação aos prazos processuais, considere: I. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, na comarca, seção ou subseção judiciária em que for difícil o transporte, prorrogar os prazospor até 02 meses, salvo em caso de calamidade pública, quando então poderá ser excedido esse limite temporal. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/24 II. Decorrido o prazo, deverá o juiz declarar a extinção do direito de praticar o ato processual − como requisito para a extinção −, salvo se a parte provar que o não realizou por justa causa. III. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, nos dias úteis, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. IV. Não havendo preceito legal nem determinação pelo juiz, será de dez dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. V. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor. Está correto o que se afirma apenas em: A) I, III e V. B) I, II, III e IV. C) II, III, IV e V. D) I, II, IV e V. E) III, IV e V. Exercício 3: Quanto a prazos e preclusão, é correto afirmar: A) 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/24 os prazos das partes e dos terceiros intervenientes em regra são próprios, tendo de ser respeitados sob pena de preclusão temporal, com a perda da faculdade processual da prática do ato. B) os atos processuais judiciais não estão sujeitos a preclusão em nenhuma hipótese. C) a preclusão consumativa consiste na perda da faculdade processual de praticar um ato que seja logicamente incompatível com outro consumado anteriormente. D) os prazos cogentes são dilatórios, podendo ser alterados pela vontade das partes. E) é possível às partes, desde que de acordo, prorrogar os prazos peremptórios. Exercício 4: Quanto aos prazos, assinale a alternativa correta. A) Não havendo preceito legal, o prazo será de 10 dias para a parte. B) Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 16/24 C) Os prazos começam a correr no dia da intimação. D) Em regra, computar-se-ão os prazos, incluindo o dia do começo. E) O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, interrompe-se nos feriados. Exercício 5: Durante as férias e feriados, não se praticarão atos pro cessuais, no entanto poderá ser feita a citação, a fim de se evitar o perecimento de direito, sendo que o prazo para a resposta do réu só começará a correr: A) no primeiro dia útil, seguinte à juntada do mandado. B) a partir da data fixada no despacho que ordenar a citação. C) por ser medida excepcional no prazo estabelecido no mandado. D) no primeiro dia útil, após a citação. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 17/24 E) no primeiro dia útil, seguinte ao feriado ou às férias. Exercício 6: Quanto à forma dos atos processuais, é correto afirmar: A) Os atos processuais realizam-se em dias úteis, das seis às vinte horas, em nenhuma hipótese podendo ultrapassar esses horários, que são peremptórios. B) Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais. C) Os atos do juiz que lhe competem, exclusivamente são as sentenças, todos os demais podendo ser praticados pelo escrivão e revistos posteriormente pelo juiz. D) É vedado ao juiz determinar prazos para a prática dos atos processuais, pois é sempre a lei que os determina. E) O prazo legal interrompe-se nos feriados e na superveniência de férias, contando- se do início a partir do primeiro dia útil posterior a elas. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 18/24 Exercício 7: Relativamente aos atos processuais leia as assertivas abaixo e marque a resposta correta: I. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial; II. A prática de qualquer ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo; III. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é livre às partes a seus procuradores e a terceiro, que demonstrar interesse jurídico; todos entretanto, devem requerer ao juiz; IV. Poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, desde que acompanhado de versão traduzida em vernáculo; A) Somente as assertivas I e III são verdadeiras. B) Todas as assertivas são verdadeiras. C) As assertivas I, II e IV são falsas. D) Somente a assertiva I é verdadeira. E) Todas as alternativas falsas. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 19/24 Exercício 8: Os atos processuais: A) podem ser praticados, no processo, por meio de cotas marginais ou interlineares. B) são sempre públicos a fim de dar transparência ao Poder Judiciário. C) podem ser aproveitados se atingirem sua finalidade, mesmo quando realizados por meio diverso ao previsto em lei. D) tem forma prescrita em lei como regra geral, excepcionalmente não obedecendo a formas determinadas. E) que comportem a desistência da demanda produzem efeito imediato, independente do momento em que o requerimento é apresentado. Exercício 9: Do tempo dos atos processuais previstos pelo Código de Processo Civil de 2015 é correto afirmar, exceto: A) 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 20/24 Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas, sem exceção. B) Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. C) Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de organização judiciária local. D) São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei. E) nenhuma das alternativas anteriores Exercício 10: Quanto aos atos e termos processuais: A) não dependem de forma determinada, senão quando a lei expressamente a exigir. B) reputam-se nulos os que forem realizados de outro modo, atingindo ou não sua finalidade essencial. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 21/24 C) podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por qualquer meio mecânico, excluídos os meios eletrônicos por ausência de previsão legal. D) correm em regra em segredo de justiça, tornando-se públicos se o juiz autorizar expressamente a publicidade, devidamente justificada E) o uso do vernáculo é facultativo, podendo ser utilizada língua estrangeira nos autos se for do conhecimento pessoal do juiz da causa e das partes. Exercício 11: No tocante ao tempo e lugar dos atos processuais, considere as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta: I. Durante as férias e nos feriados não se praticarão aos processuais, com a única exceção das tutelas urgentes. II. Apenas processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas os atos de jurisdição voluntária, bem como os necessáriosà conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento. III. Os atos processuais realizam-se necessariamente na sede do juízo, só se efetuando em outro lugar em razão de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. A) estão corretas as afirmativas I e II; B) 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 22/24 estão corretas as afirmativas II e III; C) está correta apenas a afirmativa III; D) está correta apenas a afirmativa I; E) nenhuma das alternativas estão corretas. Exercício 12: Considere as afirmações abaixo, concernentes aos atos processuais. I - Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. II - Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem, imediatamente, a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais. III - Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, devem ser praticados pelo servidor somente após o despacho judicial. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 23/24 Apenas III. C) Apenas I e II. D) Apenas II e III. E) I, II e III. 15/09/2025, 17:19 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 24/24