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Prof. Marckson Santos Metodologia de Ensino do Handebol 1 Metodologia de Ensino do Handebol Unidade 2 2 Com o título: DEFENDENDO E ATACANDO, o autor divide o conteúdo em três tópicos. https://pedagogiadohandebol.com.br/2011/07/21/defesa-33-na-iniciacao-ao-handebol/ 3 O TÓPICO 1 apresenta os sistemas táticos relacionados à defesa: - ELEMENTOS TÉCNICOS-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS - SISTEMAS DEFENSIVOS DEFESA INDIVIDUAL DEFESA POR ZONA DEFESA COMBINADA OU MISTA - AUTOATIVIDADE https://apkpure.com/br/handball-tactic-board/com.jenda.handballboard 4 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS Esses aspectos estão relacionados à posição defensiva que o jogador adota. Portanto, para realizar uma ação defensiva, o defensor desenvolve alguns movimentos, chamados também de fundamentos técnico-táticos individuais defensivos, segundo Simões (2002), são eles: • Posição básica • Deslocamento • Bloqueio • Marcação 5 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS A posição base é aquela postura que o jogador defensor deve escolher que lhe permite estar preparado para intervir com velocidade quando solicitado para um deslocamento, salto ou bloqueio que envolve a ação defensiva , o jogador consegue uma antecipação postural que o beneficia para a realização de qualquer ação técnica. O jogador deve estar atento a alguns princípios Fundamentais: • Estar em uma posição natural que tenha equilíbrio e facilite sua ação posterior. • Estar em constante movimento, evitando ficar em posição estática. • Necessita de uma tensão muscular que favoreça a velocidade de contração dos músculos. • Deve manter a concentração e atenção, oportunizando uma reação. • Manter sempre contato visual com seu oponente e a bola. • Estar bem posicionado para uma possível ação. 6 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS A posição básica defensiva realiza-se da seguinte forma: a cabeça deve estar erguida naturalmente para possibilitar uma visão periférica do jogo; o tronco, levemente inclinado para frente; as pernas, levemente flexionadas, podem estar uma ao lado da outra ou uma levemente à frente, dependendo da necessidade do Jogo. 7 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS O deslocamento com deslize é realizado da seguinte forma: movimento de aproximação e separação das pernas sem cruzá-las, o tronco está levemente inclinado para frente e em uma posição baixa decorrente da flexão das pernas devido ao deslocamento, e os braços se encontram flexionados e à frente do tronco. 8 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS O deslocamento por meio da corrida ocorre quando o adversário está mais distante, por ser a forma de deslocamento mais rápida para se chegar até o adversário. O movimento de corrida é efetuado pela suspensão alternada das pernas (ZAMBERLAN, 1999). 9 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS Para realizar o bloqueio, o defensor projeta o seu braço em direção à bola. No entanto, o braço é projetado a partir de algumas características do jogador atacante e do tipo de arremesso que irá efetuar. 10 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS Já a marcação é a ação que o defensor realiza para limitar ou controlar o adversário com o intuito de minimizar “seus movimentos, gestos ou jogadas, evitando assim sua progressão, infiltração, arremesso a gol ou a continuação de sua ação. Podem ser classificados segundo a distância entre defensor e adversário, das seguintes formas: • marcação a distância; • marcação em proximidade. 11 ELEMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS DEFENSIVOS A marcação à distância envolve o controle visual, pois o atacante não oferece perigo de arremesso ou penetração (ZAMBERLAN, 1999). A marcação em proximidade é utilizada para evitar que o atacante receba a bola, impedir uma progressão que oferece risco ou para impedir a recepção e uma posterior progressão. 12 COMPONENTES DO ENSINO DOS MEIOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS A marcação à distância envolve o controle visual, pois o atacante não oferece perigo de arremesso ou penetração (ZAMBERLAN, 1999). A marcação em proximidade é utilizada para evitar que o atacante receba a bola, impedir uma progressão que oferece risco ou para impedir a recepção e uma posterior progressão. 13 COMPONENTES DO ENSINO DOS MEIOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS Essas ações são desenvolvidas durante a defesa. A defesa é dividida em quatro fases: • Retorno: Quando uma equipe perde a posse de bola, ela deve retornar para a defesa o mais rápido possível, evitando possíveis oportunidades de gol. • Defesa temporária: É a continuidade da primeira fase. Nessa fase, o defensor poderá ter que atuar em uma posição fora da determinada ou de maior rendimento, estabelecida no início da partida. • Organização da defesa: O momento em que se organiza tendo em vista a posição estabelecida no início da partida. • Defesa em sistemas: Momento em que se aplica a proposta determinada de acordo com as características da equipe adversária. 14 COMPONENTES DO ENSINO DOS MEIOS TÉCNICO-TÁTICOS INDIVIDUAIS Cada uma das linhas imaginárias representa situações e posicionamentos defensivos diferenciados, individuais e coordenados coletivamente, que dependem das ações ofensivas realizadas pela equipe atacante (SIMÕES, 2002). A partir dessas linhas são estruturados os sistemas de defesa individual, por zona e combinada. 15 DEFESA INDIVIDUAL A defesa individual pode ser dividida quanto à distribuição do espaço em que será efetivada a marcação em: • quadra toda; • meia quadra; • 1/3 da quadra. Na defesa individual em quadra toda, cada um dos defensores tem por objetivo marcar um dos jogadores da equipe atacante, logo após a perda da posse de bola, com a função de fazer com que o adversário cometa algum tipo de erro que resulte na perda da posse da bola da equipe atacante. 16 DEFESA INDIVIDUAL A marcação em meia quadra ocorre com os mesmos princípios da marcação em quadra toda, no entanto, o que se modifica é o espaço em que os defensores realizam a marcação, que é efetivada somente em meia quadra (na quadra de defesa). A marcação individual em ¹/3 da quadra é também conhecida como defesa individual por aglomeração. Os jogadores, durante esse tipo de defesa, ficam até os 11 metros tendo como parâmetro a linha de fundo, ou seja, na terceira linha defensiva imaginária. Comparado aos outros tipos de defesa individual, é o mais fechado. Os objetivos são os mesmos dos outros tipos de defesa individual. 17 DEFESA POR ZONA A utilização do sistema defensivo por zona ocorre quando cada um dos jogadores é responsável por um espaço específico da defesa, chamado também de zona imaginária. Nesse sistema, os jogadores defensores estão distribuídos nas proximidades da primeira linha defensiva (seis metros). Esse sistema defensivo pode ser efetuado de duas formas: Defesa Ativa: Tem como princípio que a localização espacial dos jogadores é na 1ª linha defensiva, no entanto, constantemente os jogadores procuram pressionar o jogador de posse de bola, impedindo que o mesmo realize suas ações e provocando o erro. Essa forma de defesa é mais agressiva, realizada por meio do contato corporal. Defesa Passiva: os jogadores se preocupam em evitar que haja espaço entre eles na defesa, concentrando-se próximos à área de gol, concentrando-se em evitar que ocorram penetrações. SISTEMA POR ZONA 6:0 18 DEFESA POR ZONA O sistema defensivo 5:1 apresenta algumas similaridades com o sistema 6:0, mas, nesse caso, o sistema defensivo se constitui em duas linhas defensivas, ou seja, cinco jogadores ficam na 1ª linha defensiva e um jogador fica na 2ª linha defensiva. O sistema defensivo 4:2, assim como o sistema 5:1, desenvolve-se por meio da distribuição dos defensores em duas linhas defensivas. SISTEMA POR ZONA 5:1 19 DEFESA POR ZONA O sistema defensivo 3:3 mantém a formação em duas linhas defensivas e é também considerado um sistema aberto. Ao contrário dos outrossistemas, adota uma formação em que três jogadores defendem na 1ª linha defensiva (seis metros) e três na 2ª linha defensiva (nove metros). Os principais objetivos desse sistema são: dificultar a circulação da bola da equipe adversária; inibir arremessos dos nove metros; recuperar a posse de bola; e oportunizar a saída rápida para o contra-ataque de modo sustentado, por possuir três jogadores avançados. SISTEMA POR ZONA 3:3 20 DEFESA POR ZONA O sistema defensivo 3:2:1 mostra mais uma modificação na localização espacial dos defensores em quadra. Nesse sistema, a defesa é constituída em três linhas defensivas, sendo formada por três jogadores na 1ª linha defensiva, dois jogadores na 2ª linha defensiva e um jogador na 3ª linha defensiva, o que ocasiona uma defesa mais aberta, possibilitando mais espaços para os adversários. SISTEMA POR ZONA 3:2:1 21 DEFESA COMBINADA OU MISTA A defesa combinada também é chamada de defesa mista, pelo fato de utilizar a combinação de outros sistemas defensivos, que são o individual e o por zona. Desse modo, a defesa é dividida em dois compartilhamentos, um em zona e outro que realiza a marcação individual. SISTEMA POR ZONA 5+1 SISTEMA 4+2 22 SISTEMAS OFENSIVOS Os sistemas ofensivos são formas de organização da equipe durante o ataque em posições específicas para obter melhor rendimento. Os sistemas ofensivos devem ser estruturados, segundo Zamberlan (1999), considerando alguns princípios, como: • Domínio das ações técnicas e táticas. • Visão periférica. • Progredir em direção ao gol. • Superioridade numérica. • Variação de gestos e ações. • Variação de ações táticas coletivas. • Ajuda recíproca. • Frente de ataque amplo. • Explorar os pontos fracos do adversário. • Manter a posse de bola. 23 SISTEMAS OFENSIVOS Os três jogadores que jogam na 2ª linha defensiva são chamados de armadores, sendo eles: um armador central (representado pela letra A) e dois armadores direito e esquerdo, também chamados de lateral direito e lateral esquerdo (representados pelas letras B e C. Os jogadores E e F, representados na figura a seguir, que atacam na 1ª linha ofensiva, são os pontas, também chamados de ala ou extremos (direito e esquerdo, respectivamente). E o último dos jogadores que compõem o sistema ofensivo é o pivô, representado na figura a seguir pela letra D. Desempenha suas funções junto à linha da área de gol (seis metros) e pode atuar na zona central ou lateral da quadra. 24 SISTEMAS OFENSIVOS Os sistemas mais adotados para o desenvolvimento do handebol são 3:3, quando se tem como parâmetro a distribuição de jogadores na 1ª linha ofensiva e na 2ª linha ofensiva; e 4:2. O sistema 3:3 possui três armadores que jogam na 2ª linha e dois pontas e um pivô que jogam na 1ª linha ofensiva. O sistema 3:3 tem duas variações: o 3:3 normal ou fechado e o 3:3 aberto. No sistema ofensivo 3:3 aberto, representado na ilustração número 1, os pontas estão localizados no fundo da quadra, próximos à linha de fundo. Já no sistema ofensivo 3:3 normal, os pontas estão localizados nas proximidades da linha de nove metros. Essa é a diferença existente entre os dois sistemas. 25 MOVIMENTAÇÕES OFENSIVAS O cruzamento (simples e duplo) é a ação realizada entre dois ou mais jogadores para trocar de posições no ataque, “para que, por meio da fixação realizada pelo primeiro atacante em posse de bola, possa-se originar um erro na defesa e, assim, um companheiro possa aproveitar essa circunstância passando atrás do colega de posse da bola, liberando, desse modo, com mais facilidade o seu braço de lançamento” O que irá diferenciar o cruzamento simples do duplo é o número de jogadores envolvidos e o número de cruzamentos realizados. Enquanto no cruzamento simples é efetuado um cruzamento, no duplo faz-se dois cruzamentos, resultando no envolvimento de mais jogadores. 26 MOVIMENTAÇÕES OFENSIVAS A permuta também é realizada por meio de um cruzamento, no entanto, o jogador que inicia está sem a posse de bola. Em outras palavras, “é um cruzamento sem bola, no qual os atacantes trocam de posições em postos próximos, entre dois ou mais jogadores. O desdobramento é quando um jogador deixa a sua posição e cai de 2º pivô, ou seja, a equipe estava jogando no sistema ofensivo 3:3 e, após passar a bola, um dos jogadores passa a ocupar a posição de pivô. PERMUTA ENTRE OS JOGADORES A E C 27 MOVIMENTAÇÕES OFENSIVAS A tabela é quando o jogador está de posse de bola, efetua um passe para o seu companheiro de equipe e imediatamente se desmarca de seu oponente para receber novamente a bola. Desse modo, envolve dois jogadores, sendo que para ocorrer necessita que um deles esteja com a posse da bola. O engajamento é quando um jogador atacante inicia o movimento tentando atrair o seu defensor direto e o indireto, para que o seu companheiro de equipe tente ocupar os espaços criados por ele, que fixou um oponente direto e um indireto, ou seja, dois adversários, oportunizando a algum dos companheiros de sua equipe a ficar sem marcação. MOVIMENTO DE TABELA 28 MOVIMENTAÇÕES OFENSIVAS O bloqueio é uma movimentação que oportuniza ao jogador que efetua o bloqueio receber a bola, abrir espaço para seus companheiros e impedir a progressão de um defensor. A cortina é quando um jogador, ou vários, ficam na frente de um defensor, impedindo que o defensor faça o contato corporal no seu companheiro de equipe, que poderá fazer um arremesso ao gol. Essa ação objetiva “interromper, momentaneamente, a trajetória de um defensor, evitando sua progressão na profundidade da quadra, para beneficiar o colega com ou sem a posse de bola. A ponte aérea costuma ser uma ação que chama a atenção da torcida, pois para ocorrer é necessário um jogador recepcionar a bola ainda no ar. 29 GOLEIRO A posição básica do goleiro está relacionada à postura que irá adotar para uma intervenção oportuna com rapidez e segurança, quando solicitado para a defesa de um arremesso. O lado longo e curto do goleiro depende do local em que ele está localizado, por exemplo, se ele estiver junto à baliza do seu lado esquerdo, o lado longo seria o seu lado direito (pois está mais longe da baliza direita), o lado curto seria o seu lado esquerdo (mais perto da baliza). 30 GOLEIRO Braço e antebraço estendido para cima em forma de “V” ou “W”, as mãos ficam estendidas com os dedos abertos. Braço e antebraço estendidos para baixo em forma de “V” invertido. 31 GOLEIRO O goleiro poderá realizar deslocamentos para frente e para trás para efetuar as defesas. Esse tipo de deslocamento vem sempre precedido do deslocamento de uma das pernas primeiramente, aconselha-se primeiro avançar a perna mais próxima à baliza e, após, a outra. Ainda, para repor a bola em jogo o goleiro faz a cobrança do tiro de meta, nesse momento ele poderá utilizar do deslocamento por meio de uma corrida frontal para pegar maior impulsão no momento do passe. 32 TIPOS DE DEFESA A partir da posição inicial, o goleiro utilizará de algumas técnicas para defender as bolas arremessadas ao gol. As técnicas utilizadas, segundo Zamberlan (1999), podem ser descritas a partir da trajetória da bola quanto à sua altura em: •As Defesas altas consistem em interceptações de bolas realizadas quando as bolas são arremessadas acima da linha do ombro do goleiro, podendo ser efetuadas com um ou ambos os braços, com o braço e a perna, com os braços e o tronco, saltando ou não. 33 TIPOS DE DEFESA As defesas intermediárias, meia altura ou médias consistem em interceptações de bolas realizadas quando as bolas são arremessadas à altura do quadril do goleiro, podendo ser efetuadas com um ou ambos os braços, com o braço e a perna, quadril, saltando ou não. 34 TIPOS DE DEFESA As defesas baixas consistem em interceptações de bolas realizadas quando as bolas são arremessadas abaixo da altura do quadril do goleiro, podendo ser efetuadas com um ou ambos os braços, com o braço e a perna, com os pés, saltando ou não. 35image1.png image2.jpeg image3.png image4.emf image5.emf image6.emf image7.png image8.emf image9.emf image10.emf image11.emf image12.emf image13.emf image14.emf image15.emf image16.emf image17.emf image18.emf image19.emf image20.emf image21.emf image22.emf image23.emf image24.emf image25.emf image26.emf image27.emf image28.png image29.emf image30.emf image31.emf image32.png image33.emf image34.emf image35.emf image36.emf image37.emf image38.emf image39.emf image40.emf image41.emf image42.emf image43.emf image44.emf image45.emf