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ANIS-ESTRELADO, fruto DISCENTES: Ana Luiza Ramalho Alcantara Bruno Augusto de Almeida Montorsi Indianara Benedito F. da Si lva Mateus Cunha de Oliveira Galdino Anisi stellati fructus Mateus DiscentesDiscentes Bruno Indianara MateusAna Luiza SUMÁRIO Introdução Identificação Testes Doseamento 01 02 03 04 Embalagem e armazenamento05 Introdução Origem: Nativo do sul da China e do Vietnã. Nomes científico/Popular Anisi stellati fructus/Illicium verum Anis-estrelado, Anis-da-china, Badiana Usos Tradicionais e Indicações: Planta tradicionalmente utilizada pelas suas propriedades digestivas, antimicrobianas, expectorantes e antiviral Rico em anetol, o que lhe confere o aroma e sabor característicos. Características: O pericarpo da droga possui odor aromático agradável; a semente é inodora. Fonte: Alibaba Figura 01: Visão do fruto A droga vegetal consiste dos frutos secos de Illicium verum Hook. f., contendo, no mínimo, 7,0% de óleo volátil, com, no mínimo, 80% de trans-anetol. Fgura 02: Estrutura do trans-Anetol Principal marcador químico, responsavel pelo aroma Marcador químico Fonte: IFRS AUTENTICIDADE INTEGRIDADE Controle de qualidade PUREZA Características macroscópicas, microscópicas, microscópicas do pó; Cromatografia em Camada Delgada Matéria estranha; Umidade; Cinzas. Doseamento; Embalagem; Armazenamento. IDENTIFICAÇÃO Descrição macroscópica Fonte: Farmacopeia. Apice obtuso e curvo. Em forma de careniforme Face externa é espessa e rugosa Sutura ventral, é aberto em dois lábios delgados e lisos . Internamente lisa e brilhante coloração castanho- amarelada Figura 03: frutos Descrição macroscópica Semente oval, castanho- avermelhada ou castanho- amarelada, dura e brilhante, truncada na base Dura e brilhante, truncada na base, onde se distinguem o hilo e a micrópila próximos um do outro. A semente apresenta tegumento frágil e endosperma oleoso, que circunda um pequeno embrião. Fonte: Meu cantinho verde Fonte: Google imagens Figura 04: fruto Figura 05: sementes aspecto do fruto, mostrando oito folículos e a columela. detalhe de três folículos folículo em vista dorsal folículo em vista ventral, mostrando uma semente IDENTIFICAÇÃO Descrição microscópica Secção transversal do pericarpo do fruto esclereídes idioblastos secretores oleíferos Camada de células alongadas, forma de paliçada, de 60 μm de comprimento,em média células mais compactas, perpendiculares ao mesocarpo e endocarpo Epicarpo mostra células poligonais de coloração marrom, com cutícula estriada e estômatos anomocíticos pouco frequentes Micrópila Embrião IDENTIFICAÇÃO Descrição microscópica Semente em vista lateral Hilo Semente em secção longitudinal Braquiesclereides da zona micropilar IDENTIFICAÇÃO Descrição microscópica do pó Fonte: Farmacopeia. Esclereíde Idioblasto com gotas de óleo Cristais de oxalato de cálcio(J) Esclereídes volumosos e ramificados do pedicelo (N) Macroesclereíde alargado do mesocarpo J Porção do mesocarpo com idioblastos oleíferos e esclereides Coloração geral castanho- avermelhada, compatível com a morfologia do fruto seco. Epicarpo com estômato anomocítico e cutícula estriada Osteoesclereídes em secção transversal(I). Células do endosperma com glóbulos lipídicos e grãos de aleurona(H) H Braquiesclereídes da região comissural Falsificações e adulterantes Devido à presença de folículos menores e mais ovalados, com sutura ventral mais larga e columela reta e não claviforme. Escassez de astroesclereídes, que quando presentes não são ramificados, predominância de esclereídes do mesocarpo de forma arredondada, nunca alongada, Importante marcador quimico presente na Anis japonesa, tóxica com ação convulsivante, sendo contra indicada para uso humano Anis japonesa Amostragem Parte essencial no controle de qualidade farmagnostico que garante que a parte analisada represente bem o lote inteiro, importante analisar três fatores principais nessa etapa, como: 1.Número de embalagens com a droga vegetal 2. Grau de divisão da droga (ex: se está em pedaços grandes ou triturada) 3. Quantidade total da droga disponível Amostragem NÚMERO DE EMBALAGENS Fonte: Farmacopeia Brasileira, 7 ed, Vol 1. Amostragem GRAU DE DIVISÃO E QUANTIDADE DE DROGA Amostragem das partes superior, média e inferior de cada embalagem de cima para baixo e de baixo para cima (vertical) e lateralmente (horizontal); Fragmentos inferiores a 1 cm: Até 100 kg: mínimo 250 g Mais de 100 kg: 250 g a cada 100 kg; Quarteamento: 250 g Fragmentos superiores a 1 cm: Retirar as amostras manualmente. Homogeneizar as amostras, não aumentar o grau de fragmentação ou modificar significativamente o conteúdo de umidade Amostragem QUARTEAMENTO Preparação das lâminas Corte manual com lâmina, finos e transversais hipoclorito de sódio a 50% , lavar com agua destilada Lavar com água destilada, ácido acetico e água destilada, Montagem : 2-3 gotas glicerina + água + lamínula Análise Microscópica: com aumento 10x a 40x Documentar:Fotografar os achados câmera acoplada ao microscópio câmera acoplada ao microscópio Hidratação do material sob aquecimento + solução de hidratação Preparação das lâminas HIDRATAÇÃO OU AMOLECIMENTO DO MATERIAL: ÁGUA QUENTE: Placa aquecedora ou tela metálica com água; 20 a 30x volume da amostra; 5 min em ebulição; Se necessário, detergente; SOLUÇÃO DE HIDRATAÇÃO: Cinco partes de água, quatro partes de álcool etílico, uma parte de glicerol e 5 gotas de detergente para cada 200 mL; Estufa a 60ºC. Preparação das lâminas OBTENÇÃO DOS CORTES HISTOLÓGICOS: COLORAÇÃO E MONTAGEM DAS LÂMINAS: Transversais ao eixo do órgão; Podem ser utilizados micrótomos; Selecionar os cortes mais finos e observar ao microscópio em 10X. Submergir os cortes em solução de hipoclorito de sódio a 50% para eliminar o conteúdo celular; Lavar os cortes com água destilada até pH neutro; Colocar os cortes em solução de azul de toluidina a 0,05%, durante 10s; Lavar com água destilada, e a seguir com solução de ácido acético a 0,5%, e novamente com água destilada; Colocar entre lâmina e lamínula com duas a três gotas de uma mistura de glicerina-água destilada (1:1) e observar ao microscópio óptico a 10X e a 40X. Observação da droga em pó Pesar 1 a 2 mg do pó Montagem: glicerinaa + água + lamínula Análise Microscópica: com aumento 10x a 40x Documentar:Fotografar os achados câmera acoplada ao microscópio câmera acoplada ao microscópio colocar uma pequena porção do analito sob a lâmina ácido láctico a 5% Matéria estranha Água Cinzas totais Contagem do número total de micro-organismos mesófilos Pesquisa de micro-organismos patogênicos Metais pesados Resíduos de agrotóxicos Testes Obter através de quarteamento 250g de droga vegetal (fruto) Matéria estranha é qualquer material que não conste da definição da droga descrita na monografia correspondente. Matéria estranha Separar, manualmente os materiais estranhos à droga Separar com lente de aumento Pesar e determinar a porcentagem de matéria estranha No máximo 2,0% Sendo: Pm = Peso do material coletado Pt = Peso total da droga utilizada Água MÉTODO DA DESTILAÇÃO AZEOTRÓPICA Método baseado na destilação, por arraste com vapor de tolueno, da água contida na amostra de um produto. Utilizar um balão de vidro com fundo redondo de 500 mL (A), conectando mediante uma conexão (B), a um condensador de refluxo (C), utilizando juntas de vidro esmerilhado No máximo 10.0% Fonte: Farmacopeia MÉTODO DA DESTILAÇÃO AZEOTRÓPICA Procedimento Colocar em um balão seco uma quantidade da substância, pesada com exatidão, contendo de 2 mL a 4 mL de água Colocar aproximadamente 200 mL de tolueno no balão, conectar o aparato e encher o tubo receptor Aquecer o balão suavemente durante 15 minutos Ebulição Destilar a uma velocidade de duas gotas por segundo até que a maior parte da água tenhasido arrastada Depois aumentar a velocidade de destilação para aproximadamente quatro gotas por segundo Toda a água tiver sido destilada Enxaguar o interior do tubo do condensador com tolueno Continuar a destilação por mais cinco minutos ler o volume de água e calcular a porcentagem desta que estava presente na substância Remover a fonte de calor e deixar que o tubo receptor resfrie até a temperatura ambiente Cinzas totais É a determinação do teor de substâncias inorgânicas não voláteis, que sejam da própria fisiologia ou não da planta. Pesar, com exatidão, cerca de 3 g da amostra pulverizada, cadinho de porcelana previamente tarado Incinerar 200 ºC por 30 minutos, 400 ºC por 60 minutos, 600 ºC por 90 minutos Resfriar Pesar No máximo 6.0% Sendo: Pa = peso do cadinho com a amostra Pb = peso do cadinho tarado Pt = peso total da droga utilizada Contagem do número total de microorganismos mesófilos Determina o número total de bactérias mesofílicas e fungos em produtos e matérias- primas não estéreis. Limites microbianos para produtos não estéreis. Contagem total de fungos UFC/g ou mL: 10³ Contagem total de bactérias aeróbias UFC/g ou mL: 10⁵ Contagem de placa Ágar caseína-soja: incubar a 32,5 ± 2,5 °C durante 5 dias. Ágar Sabouraud dextrose: incubar a 22,5 ± 2,5 °C durante 7 dias. Preparo da amostra Pese 10 g do fruto seco do anis- estrelado Solução tampão cloreto de sódio- peptona pH 7,0 Ajuste de pH se necessario Misture os 10 g da amostra com 90 mL do diluente (relação 1:10). Pegue 1 mL da suspensão 1:10 (diluição 10⁻¹) e transfira para 9 mL de diluente estéril ⇒ forma a diluição 10⁻². Possibilita verificar a presença ou a ausência de micro-organismos específicos em meios seletivos. O resultado deve satisfazer às exigências microbiológicas farmacopeicas, conforme os limites estabelecidos. Os micro-organismos avaliados neste método são: Escherichia coli Salmonella Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus Clostridium Candida albicans Pesquisa de micro-organismos patogênicos Cumpre o teste se não for observado crescimento de tais colônias ou se as provas de identificação forem negativas. Metais pesados Valor máximo total de metais pesados = 20 ppm. Método I: Ensaio limite por formação de partículas sólidas de sulfetos Método II: Espectrometria atômica A determinação de metais pesados pode ser efetuada por dois métodos: Fonte: Farmacopeia Resíduos de agrotóxicos Qualquer substância ou mistura de substâncias destinadas a prevenir, eliminar ou controlar qualquer praga. Tolerância Zero de agrotóxico por se tratar de uma droga vegetal IDENTIFICAÇÃO Cromatografia em camada delgada Fase estacionária: sílica-gel GF254 Fase móvel: álcool etílico anidro, ácido acético glacial, propanol e água (100:26:11:11) Cromatografia em camada delgada: Solução amostra aquecer, 2 g de folículos pulverizados com 10 mL de álcool metílico, em banho-maria, a 60°C durante cinco minutos. Cromatografia em camada delgada: Solução referência Dissolver 1 mg de ácido cafeico, 1 mg de ácido clorogênico, 2,5 mg de quercitrina, 2,5 mg de rutina e 2,5 mg de hiperosídeo 10 mL de álcool metílico PROCEDIMENTO: Cromatografia em camada delgada Realizar a saturação preparação da cuba cromatográfica Delimitar a cromatoplaca e identificar aplicar na cromatoplaca, separadamente, em forma de banda, 5 μL da Solução amostra, 5 μL da Solução referência. Levar a cuba cromatografica e aguardar os resultados Secagem em estufa a 100º por aproximadamente 10 min nebulizar a placa com difenilborato de aminoetanol SR (Reagente Natural A) a 1% (p/v) em álcool metílico e examinar sob luz U.V RESULTADOS Cromatografia em camada delgada Fonte: Farmacopeia Brasileira, 7 ed, Vol 2. Examinar sob a luz ultravioleta em 254 nm. A seguir, nebulizar a placa com difenilborato de aminoetanol SR (Reagente Natural A) a 1% (p/v) em álcool metílico. Examinar sob a luz ultravioleta em 365 nm. Destilar por duas horas. Medir o volume e expressar o rendimento por 100 g de droga Doseamento DETERMINAÇÃO DE ÓLEOS VOLÁTEIS: hidrodestilação Balão de 250 mL contendo 100 mL de água como líquido de destilação. Reduzir o fruto a pó grosseiro em 20 g da droga pulverizada Fonte: Sp labor Doseamento Análise do Óleo Essencial de Illicium verum por Cromatografia a Gás com Detector por Ionização de Chama (CG-FID) Equipamento e Parâmetros Coluna capilar de sílica fundida: 30 m de comprimento 250 µm de diâmetro interno Filme de 0,25 µm de polidifenildimetilsiloxano Gás de arraste: Hélio a 80 kPa Fluxo do gás: 1,0 mL/min Gases da chama (detector FID): Nitrogênio, ar sintético e hidrogênio na proporção 1:1:10 Fonte: scribd Doseamento Análise do Óleo Essencial de Illicium verum por Cromatografia a Gás com Detector por Ionização de Chama (CG-FID) Solução Amostra: Mistura de óleo essencial com éter etílico na proporção de 2:100 (v/v). Injetar 1 µL da solução preparada. Usar modo de injeção com divisão de fluxo (split) 1:50. Fonte: scribd Doseamento Análise do Óleo Essencial de Illicium verum por Cromatografia a Gás com Detector por Ionização de Chama (CG-FID) O trans-anetol será identificado pelo tempo de retenção e pelo IRR (≈1277). A quantificação é feita por integração da área dos picos, método de normalização. Fonte: scribd Doseamento Análise do Óleo Essencial de Illicium verum por Cromatografia a Gás com Detector por Ionização de Chama (CG-FID) Tabela1 : tempo de retenção Embalagem e armazenamento Em recipiente hermeticamente fechado ao abrigo da luz e do calor. Referências BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fitoterápicos: esclarecimentos sobre agrotóxicos. 3. ed. Brasília, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/setorregulado/regularizacao/medicamentos/fitoterapicos- dinamizados-e-especificos/informes/fitoterapicos/faq_agrotoxicos_fito_3ed_publicar_limpo.pdf. Acesso em: 05 de julho. 2025. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 7. ed. Brasília, DF: ANVISA, 2024. v. 1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 7. ed. Brasília, DF: ANVISA, 2024. v. 2. https://www.splabor.com.br/blog/vidrarias/o-que-e-um-aparelho-de-destilacao-clevenger-saiba-mais/ Obrigado!