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História das Políticas Públicas IV
POLÍTICAS DE SAÚDE
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HISTÓRIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS IV
SAÚDE NA REPÚBLICA VELHA
República Velha (1889-1930)
Características:
• Avanço da bacteriologia;
• Medicina higienista (lógica da prevenção);
• Planejamento das cidades;
• Doenças de destaque: cólera, peste bubônica, febre amarela, varíola, tuberculose, 
hanseníase e febre tifoide. Doenças relacionadas às péssimas condições de vida da 
população brasileira.
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POLÍTICAS DE SAÚDE
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A Proclamação da República, em 1889, foi embalada na ideia de modernizar o Brasil. A 
necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade, escravistas até pouco antes, 
com o mundo capitalista mais avançado favoreceu a redefinição dos trabalhadores brasilei-
ros como capital humano (RONCALLI, 2002).
Durante o período da República Velha, a medicina higienista passou a ter ênfase no 
Brasil e a determinar o planejamento urbano das grandes cidades.
Medidas Jurídicas Impositivas:
 Notificação de doenças;
 Vacinação obrigatória;
 Vigilância sanitária.
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POLÍTICAS DE SAÚDE
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Obs.: Medidas jurídicas impositivas = uso do poder de polícia.
Primeiros indícios de uma Política de Saúde efetiva
Segundo Brasil (2007), no âmbito das políticas sociais, pela Constituição de 1891, cabia 
aos ESTADOS a responsabilidade pelas ações de saúde, de saneamento e de educação.
As políticas de saúde, cujo início efetivo pode ser indicado em fins da década de 1910, 
encontravam-se associadas aos problemas da integração nacional e à consciência da inter-
dependência gerada pelas doenças transmissíveis (BRASIL, 2007).
Para Lima (2005) apud Brasil (2007), a política foi o resultado do encontro de um movi-
mento sanitarista, organizado em torno da proposta de políticas de saúde e saneamento, 
com a crescente consciência por parte das elites políticas sobre os efeitos negativos do 
quadro sanitário existente no País.
Segundo Brasil (2007), a incorporação dos novos conhecimentos clínicos e epidemioló-
gicos às práticas de proteção da saúde coletiva levaram os governo republicanos, pela pri-
meira vez na história do País, a elaborar minuciosos pIanos de combate às enfermidades que 
reduziam a vida produtiva, ou útil, da população.
Diferentemente dos períodos anteriores, a participação do estado na área da saúde tor-
nou-se global: não se limitava às épocas de surto epidêmico, mas estendia-se por todo o 
tempo e a todos os setores da sociedade.
República Velha (1889-1930) – Quadro Sanitário
De acordo com Polignano (2001), no início da República, a cidade do Rio de Janeiro 
apresentava um quadro sanitário caótico caracterizado pela presença de diversas doen-
ças graves que acometiam à população, como a varíola, malária, febre amarela, posterior-
mente a peste.
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POLÍTICAS DE SAÚDE
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República Velha (1889-1930) – Quadro Sanitário
Essa carga de doenças acabou gerando sérias consequências tanto para saúde coletiva 
quanto para outros setores como o do comércio exterior, visto que os navios estrangeiros não 
mais queriam atracar no porto do Rio de Janeiro em função da situação sanitária existente 
na cidade.
Rodrigues Alves, então presidente do Brasil, nomeou Oswaldo Cruz, como Diretor do 
Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre 
amarela na cidade do Rio de Janeiro (POLIGNANO, 2001).
ATENÇÃO
Oswaldo Cruz foi chamado para erradicar a FEBRE AMARELA, mas determina ações im-
positivas de vacinação obrigatória era contra a varíola. É aqui que gera a Revolta da Vaci-
na em 1904.
Nomeação de Oswaldo Cruz para Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública
Em 1903, Oswaldo Cruz foi nomeado diretor geral de Saúde Pública, cargo que corres-
ponde, atualmente, ao de Ministro da Saúde.
ATENÇÃO
Em 1904, enfrentou um de seus maiores desafios como sanitarista: devido a uma grande 
incidência de surtos de varíola, o médico tentou promover a vacinação da população.
A vacinação era feita pela brigada sanitária. Os profissionais entravam na casa das pes-
soas e vacinavam todos os que lá estivessem. Mas, essa forma de agir indignou a população.
 
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A onda de insatisfação se agrava com a Lei Federal n. 1261, de 31 de outubro de 1904, 
que instituiu a vacinação anti-varíola obrigatória para todo o território nacional. Surge, então, 
um grande movimento popular de revolta que ficou conhecido na história como a revolta 
da vacina.
Modelo Campanhista
Para Polignano (2001), o Modelo Campanhista foi concebido dentro de uma visão militar 
em que os fins justificam os meios, e no qual o uso da força e da autoridade eram considera-
dos os instrumentos preferenciais da ação.
As campanhas contra febre amarela, peste bubônica e varíola, assim como as medidas 
gerais destinadas à promoção de higiene urbana, caracterizavam-se pela utilização de medi-
das jurídicas impositivas de notificação de doenças, vacinação obrigatória e vigilância sani-
tária em geral (BRASIL, 2005).
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História das Políticas Públicas IV
POLÍTICAS DE SAÚDE
ATENÇÃO
Apesar das arbitrariedades e dos abusos cometidos, o modelo campanhista obteve im-
portantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, conseguindo inclusive erradicar a 
febre amarela da cidade do Rio de Janeiro, o que fortaleceu o modelo proposto e o tornou 
hegemônico como proposta de intervenção na área da saúde coletiva saúde durante dé-
cadas (POLIGNANO, 2001).
Atualmente o modelo adotado é o médico privatista, embora o modelo desejado pelo 
Ministério da Saúde é o modelo vigilância e saúde.
Oswaldo Cruz procurou organizar a diretoria geral de saúde pública, criando:
 Uma seção demográfica,
 Um laboratório bacteriológico
 Um serviço de engenharia sanitária e de profilaxia da febre-amarela
 A inspetoria de isolamento e desinfecção,
 E o instituto soroterápico federal, posteriormente transformado no instituto 
Oswaldo Cruz.
Em 1920 Carlos Chagas realiza a restruturação do Departamento Nacional de Saúde 
criando dois setores: Educação sanitária e Propaganda.
Criaram-se órgãos especializados na luta contra a tuberculose, a lepra e as doen-
ças venéreas.
A assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial se destacaram como problemas 
individualizados.
Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados, além do Rio de Janeiro 
e criou-se a Escola de Enfermagem Anna Nery.
 
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira de Souza. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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