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Direito Previdenciário – Súmulas e Jurisprudências 
 
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Sumário 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO ....................................................................................................................................... 3 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NA CF/88 .......................................................................................................... 3 
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 ............................................................................................................... 6 
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991 ............................................................................................................. 21 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NO CP ............................................................................................................. 24 
DECRETO N° 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999. .................................................................................................... 27 
LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001 ................................................................................... 29 
LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - LOAS .............................................................................................. 32 
LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993....................................................................................................... 32 
SÚMULAS PREVIDENCIÁRIAS ................................................................................................................................ 33 
 
 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NA CF/88 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da 
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física 
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 
b) a receita ou o faturamento; 
 
c) o lucro; 
 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas 
de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; 
 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. (Sorteios de números, Loterias e Apostas) 
 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, 
obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio total. (Princípio da Precedência da Fonte de Custeio ou da Contrapartida) 
 
STF/RE 583.687 
O STF tem posicionamento no sentido de que o princípio da contrapartida não se aplica à previdência 
privada. 
 
STF/RE 413.405 
1. É pacífica a jurisprudência desta Corte de que não há direito adquirido a regime jurídico, inclusive o 
previdenciário, aplicando-se à aposentadoria a norma vigente à época do preenchimento dos requisitos 
para a sua concessão. 
2. In casu, acertada a decisão agravada ao reformar o acórdão recorrido, o qual afirmava a irretroatividade 
da norma constitucional, visto que tal entendimento é dissonante do que tem afirmado este Tribunal. 
 
STF/RE 138.284 
As contribuições do art. 195, I, II, III, da Constituição, NÃO exigem, para a sua instituição, lei 
complementar. Apenas a contribuição do parag. 4º do mesmo art. 195 é que exige, para a sua instituição, 
lei complementar, dado que essa instituição deverá observar a técnica da competência residual da União 
(CF art. 195, parag. 4º.; CF art.154, I). 
 
Seção II - DA SAÚDE 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
 
 
 
 
 
 
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STF/AI 822.882 MG 
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que, apesar do caráter meramente 
programático atribuído ao art. 196 da Constituição Federal, o Estado não pode se eximir do dever de 
propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde dos cidadãos. O fornecimento gratuito de 
tratamentos e medicamentos necessários à saúde de pessoas hipossuficientes é obrigação solidária de 
todos os entes federativos, podendo ser pleiteado de qualquer deles, União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios. Agravo regimental a que se nega provimento. 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos 
da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou 
através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
STF/RE 580.264 
A saúde é direito fundamental de todos e dever do Estado (arts. 6º e 196 da CF). Dever que é cumprido 
por meio de ações e serviços que, em face de sua prestação pelo Estado mesmo, se definem como de 
natureza pública (art. 197 da Lei das leis). A prestação de ações e serviços de saúde por sociedades de 
economia mista corresponde à própria atuação do Estado, desde que a empresa estatal não tenha por 
finalidade a obtenção de lucro. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem 
um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
 
STF/RE 581.488 
É constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde, a internação em 
acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do próprio Sistema 
Único de Saúde, ou por médico conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores 
correspondentes. 
STJ/REsp 1.388.822 
Considerando que o funcionamento do SUS é de responsabilidade solidária da União, do Estados e dos 
Municípios, é de se concluir que qualquer um destes entes tem legitimidade ad causam para figurar no 
polo passivo de quaisquer demandas que envolvam tal sistema, inclusive as relacionadas à indenizatória 
por erro médico ocorrido em hospitais privados conveniados. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
 
STJ/REsp 1.655.043/RJ 
1. Hipótese em que o Tribunal local consignou: " Como cediço, a saúde é direito de todos e dever do 
Estado. Trata-se de garantia inerente à saúde e à vida, as quais estão intrinsecamente ligadas ao 
princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos basilares de nossa República. Com 
efeito, os artigos 196 e 198 de nossa Lei Maior asseguram aos necessitados o fornecimento gratuito de 
medicamentos/exames indispensáveis ao tratamento de sua saúde, de responsabilidade solidária da União, 
dos Estados, Distrito Federal e Municípios (...) Pontue-se que a parte autora logrou comprovar a 
necessidade dos medicamentos, consoante se extrai do laudo e do receituário médico acostados nos 
indexadores 14/16. [...] (Fl. 548) Acrescente-se que a existência de alternativas terapêuticas não afasta do 
ente público a responsabilidade pelo fornecimento dos medicamentos postulados, se essenciais ao 
tratamento indicado." 
 
STJ/REsp 1.657.156 RJ 
A concessão dos medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS exige a presença 
cumulativa dos seguintes requisitos: 
 
(i) Comprovação, por meio de laudoOBS: O STJ entende que pode ser considerado crime continuado, quando o sujeito ativo efetua, 
constantemente, saques dos valores de um segurado já falecido e não comunica o óbito ao INSS, 
tendo este prejuízo. Se os saques não são constantes, ocorrendo, por exemplo, um saque ao ano, o crime 
não é considerado continuado. 
Não é cabível a aplicação do princípio da insignificância ao delito de Estelionato Previdenciário. 
 
Estelionato Previdenciário – Natureza dos Crimes 
Crime Permanente (Fraudador é o Próprio 
Beneficiário) 
STJ/AREsp 992.285/RJ 
O estelionato previdenciário configura crime 
permanente quando o sujeito ativo do delito também 
é o próprio beneficiário, pois o benefício lhe é 
entregue mensalmente. 
STJ/ REsp 1.571.511/RS 
A Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, 
por ocasião do julgamento do Resp nº 1.206.105/RJ, 
afetado à sua competência, firmou compreensão no 
sentido de que, quando praticado pelo próprio 
beneficiário, o estelionato efetivado em detrimento 
de entidade de direito público é crime permanente, 
uma vez que a ofensa ao bem jurídico tutelado é 
reiterada, mês a mês, enquanto não há a descoberta 
da fraude, de modo que o termo inicial do prazo 
prescricional, em casos tais, dá-se com o último 
recebimento indevido da remuneração. 
Crime instantâneo de efeitos permanentes 
(Conduta praticada em favor de terceiro) 
STJ/ RHC 66.487/PB 
Tratando-se de crime de estelionato previdenciário 
praticado para que terceira pessoa possa se 
beneficiar indevidamente tem natureza de crime 
instantâneo com efeitos permanentes, devendo ser 
contado o prazo prescricional a partir do 
recebimento da primeira prestação do benefício 
indevido. 
Crime Continuado (Indivíduo que continua 
recebendo mesmo após a morte do beneficiário) 
STJ/REsp 1.378.323/PR 
O delito de estelionato, praticado contra a 
Previdência Social, mediante a realização de saques 
depositados em favor de beneficiário já falecido, 
consuma-se a cada levantamento do benefício, 
caracterizando-se, assim, continuidade delitiva, nos 
termos do art. 71 do Código Penal, devendo, 
portanto, o prazo prescricional iniciar-se com a 
cessação do recebimento do benefício 
previdenciário. 
 
STJ/REsp 1.380.672-SC 
Não extingue a punibilidade do crime de estelionato previdenciário (art. 171, § 3º, do CP) a devolução 
à Previdência Social, antes do recebimento da denúncia, da vantagem percebida ilicitamente, podendo a 
iniciativa, eventualmente, caracterizar arrependimento posterior, previsto no art. 16 do CP. 
O art. 9º da Lei 10.684/2003 prevê hipótese excepcional de extinção de punibilidade, "quando a pessoa 
jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e 
contribuições sociais, inclusive acessórios", que somente abrange os crimes de sonegação fiscal, 
apropriação indébita previdenciária e sonegação de contribuição previdenciária, ontologicamente distintos 
 
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do estelionato previdenciário, no qual há emprego de ardil para o recebimento indevido de benefícios. 
Dessa forma, não é possível aplicação, por analogia, da causa extintiva de punibilidade prevista no art. 9º 
da Lei 10.684/2003 pelo pagamento do débito ao estelionato previdenciário, pois não há lacuna 
involuntária na lei penal a demandar o procedimento supletivo, de integração do ordenamento jurídico. 
 
STJ/Súmula 25 
Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da previdência social, a 
qualificadora do § 3º, do art. 171 do Código Penal. 
 
STF/HC 112.095 MA 
Este Supremo Tribunal Federal assentou que o crime de estelionato previdenciário praticado por terceiro 
não beneficiário tem natureza de crime instantâneo de efeitos permanentes, e, por isso, o prazo 
prescricional começa a fluir da percepção da primeira parcela. 
 
Sonegação de contribuição previdenciária 
 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes 
condutas: 
 
STJ/RHC 44.669/RS 
O crime de sonegação de contribuição previdenciária é de natureza material e exige a constituição 
definitiva do débito tributário perante o âmbito administrativo para configurar-se como conduta típica. 
 
 
 
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DECRETO N° 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999. 
 
REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Subseção VIII 
Do Auxílio-acidente 
 
STJ/Súmula 507 
A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e a 
aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério do art. 23 da Lei n. 8.213/1991 para 
definição do momento da lesão nos casos de doença profissional ou do trabalho. 
 
CAPÍTULO VII 
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA 
SOCIAL 
 
Art. 167. Exceto na hipótese de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes 
benefícios do RGPS, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: 
 
I - aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária; 
 
II - mais de uma aposentadoria; 
 
III - aposentadoria com abono de permanência em serviço; 
 
IV - salário-maternidade com auxílio por incapacidade temporária; 
 
V - mais de um auxílio-acidente; 
 
VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge; 
 
VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira; 
 
VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e 
 
IX - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria. 
 
TNU/Súmula 36 
Não há vedação legal à cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o benefício da 
aposentadoria por invalidez, por apresentarem pressupostos táticos e fatos geradores distintos. 
 
CAPÍTULO VII 
DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO 
 
Art. 214. Entende-se por salário-de-contribuição: 
 
§ 2º O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição. (Inconstitucional) 
 
STF/RE 576.967-PR 
É inconstitucional a incidência da contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário 
maternidade. 
 
§ 3º O limite mínimo do salário de contribuição corresponde: 
 
I - para os segurados contribuinte individual e facultativo, ao salário-mínimo, tomado no seu valor mensal; e 
 
II - para os segurados empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso, ao piso salarial legal ou normativo 
da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o 
ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês. 
 
 
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§ 4º A remuneração adicional de férias de que trata o inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal integra o 
salário-de-contribuição. 
 
STF/RE 1.072.485 
É legítima a incidência de contribuição social, a cargo do empregador, sobre os valores pagos ao empregado 
a título de terço constitucional de férias gozadas. 
 
STF/Súmula 207 
As gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando 
o salário. 
 
STF/Súmula 688 
É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário. 
 
TST/Súmula 203 
A gratificação por tempo de serviço integra o salário para todos os efeitos legais. 
 
TST/Súmula 247 
A parcela paga aos bancários sob a denominação quebra de caixa possui natureza salarial, integrando o 
salário do prestador dos serviços, para todos os efeitos legais. 
 
TNU/Súmula 67 
O auxílio-alimentação recebido em pecúnia por segurado filiado ao Regime Geral da Previdência Social 
integra o salário de contribuição e sujeita-se à incidência de contribuição previdenciária. 
 
STJ/REsp 2.005.029/SC 
As parcelas relativas ao vale-transporte, vale-refeição/alimentação, plano de assistência à saúde (auxílio-saúde, odontológico e farmácia), ao Imposto de Renda retido na fonte (IRRF) dos empregados e à 
contribuição previdenciária dos empregados, descontadas na folha de pagamento do trabalhador, constituem 
simples técnica de arrecadação ou de garantia para recebimento do credor, e não modicam o conceito de 
salário ou de salário contribuição, e, portanto, não modicam a base de cálculo da contribuição previdenciária 
patronal, do SAT e da contribuição de terceiros. 
 
Seção II 
Da Retenção e da Responsabilidade Solidária 
 
STJ/REsp 1.808.156-SP 
Incide o fator previdenciário no cálculo da renda mensal inicial de aposentadoria por tempo de contribuição 
de professor vinculado ao Regime Geral de Previdência Social, independente da data de sua concessão, 
quando a implementação dos requisitos necessários à obtenção do benefício se der após o início de vigência 
da Lei n. 9.876/1999, ou seja, a partir de 29/11/1999. 
 
 
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LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001 
 
Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências. 
 
Seção II 
Dos Planos de Benefícios de Entidades Fechadas 
 
Art. 12. Os planos de benefícios de entidades fechadas poderão ser instituídos por patrocinadores e 
instituidores, observado o disposto no art. 31 desta Lei Complementar. 
 
STF/RE 612.686/SC 
É constitucional a cobrança, em face das entidades fechadas de previdência complementar não imunes. 
 
Art. 15. Para efeito do disposto no inciso II (portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro 
plano) do caput do artigo anterior, fica estabelecido que: 
 
I - a portabilidade não caracteriza resgate; e 
 
II - é vedado que os recursos financeiros correspondentes transitem pelos participantes dos planos de 
benefícios, sob qualquer forma. 
 
Parágrafo único. O direito acumulado corresponde às reservas constituídas pelo participante ou à reserva 
matemática, o que lhe for mais favorável. 
 
STJ/AREsp 504.022-SC 
Não cabe o resgate, por participante ou assistido de plano de benefícios, das parcelas pagas a entidade 
fechada de previdência privada complementar quando, mediante transação extrajudicial, tenha ocorrido a 
migração dos participantes ou assistidos a outro plano de benefícios da mesma entidade. 
 
STJ/REsp 1.435.837-RS 
O regulamento aplicável ao participante de plano fechado de previdência privada para fins de cálculo da 
renda mensal inicial do benefício complementar é aquele vigente no momento da implementação das 
condições de elegibilidade, haja vista a natureza civil e estatutária, e não o da data da adesão, assegurado o 
direito acumulado. Esse entendimento se aplica a quaisquer das modalidades de planos de benefícios, como 
os Planos de Benefício Definido (BD), os Planos de Contribuição Definida (CD) e os Planos de Contribuição 
Variável (CV). 
 
CAPÍTULO VI 
DA INTERVENÇÃO E DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL 
 
Seção I 
Da Intervenção 
 
Art. 44. Para resguardar os direitos dos participantes e assistidos poderá ser decretada a intervenção na entidade 
de previdência complementar, desde que se verifique, isolada ou cumulativamente: 
 
I - irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas técnicas, provisões e fundos, ou na sua cobertura 
por ativos garantidores; 
 
II - aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fundos de forma inadequada ou em desacordo com 
as normas expedidas pelos órgãos competentes; 
 
III - descumprimento de disposições estatutárias ou de obrigações previstas nos regulamentos dos planos de 
benefícios, convênios de adesão ou contratos dos planos coletivos de que trata o inciso II do art. 26 desta Lei 
Complementar; 
 
IV - situação econômico-financeira insuficiente à preservação da liquidez e solvência de cada um dos planos de 
benefícios e da entidade no conjunto de suas atividades; 
 
V - situação atuarial desequilibrada; 
 
 
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VI - outras anormalidades definidas em regulamento. 
 
STJ/REsp 1.796.664-RS 
O art. 44 da LC 109/2001 prevê a possibilidade de intervenção estatal na entidade de previdência 
complementar que não estiver desempenhando corretamente suas atividades. Essa intervenção é realizada 
pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), que é uma autarquia federal. A 
intervenção feita nas entidades de previdência complementar é regida pela LC 109/2001 e, subsidiariamente, 
pela Lei nº 6.024/74 (diploma que disciplina intervenção do BACEN nas instituições financeiras). O art. 6º, I, 
da Lei nº 6.024/74 prevê que, nas hipóteses de intervenção, haverá a suspensão da exigibilidade das 
obrigações vencidas, o que gera também a suspensão das execuções. Logo, a decretação de intervenção 
federal em entidade de previdência complementar implica a suspensão do cumprimento de sentença. 
 
CAPÍTULO VII 
DO REGIME DISCIPLINAR 
 
Art. 65. A infração de qualquer disposição desta Lei Complementar ou de seu regulamento, para a qual não haja 
penalidade expressamente cominada, sujeita a pessoa física ou jurídica responsável, conforme o caso e a 
gravidade da infração, às seguintes penalidades administrativas, observado o disposto em regulamento: 
 
I - advertência; 
 
II - suspensão do exercício de atividades em entidades de previdência complementar pelo prazo de até 180 dias; 
 
III - inabilitação, pelo prazo de 2 a 10 anos, para o exercício de cargo ou função em entidades de previdência 
complementar, sociedades seguradoras, instituições financeiras e no serviço público; e 
 
IV - multa de 2 mil reais a um milhão de reais, devendo esses valores, a partir da publicação desta Lei 
Complementar, ser reajustados de forma a preservar, em caráter permanente, seus valores reais. 
 
§ 3º. O recurso a que se refere o parágrafo anterior, na hipótese do inciso IV deste artigo, somente será conhecido 
se for comprovado pelo requerente o pagamento antecipado, em favor do órgão fiscalizador, de trinta por cento do 
valor da multa aplicada. 
 
STF/Súmula Vinculante 21 
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade 
de recurso administrativo. 
 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 68. As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstos nos estatutos, 
regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência complementar não integram o contrato 
de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a 
remuneração dos participantes. 
 
§ 1º. Os benefícios serão considerados direito adquirido do participante quando implementadas todas as 
condições estabelecidas para elegibilidade consignadas no regulamento do respectivo plano. 
 
§ 2º. A concessão de benefício pela previdência complementar não depende da concessão de benefício pelo 
regime geral de previdência social. 
 
STF/ADI 3.948 
A previdência complementar e o regime geral de previdência social (RGPS) são regimes jurídicos diversos 
e autônomos, com regramentos específicos em níveis constitucional e infraconstitucional. Não há 
inconstitucionalidade na concessão de benefício da previdência complementar sem a existência de 
aposentadoria pelo regime geral. 
 
Art. 72. Compete privativamente ao órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas zelar pelas sociedades 
civis e fundações, como definido no art. 31 desta Lei Complementar, não se aplicando a estas o disposto nos arts. 
26 e 30 do Código Civil e 1.200 a 1.204 do Código de Processo Civil e demais disposições em contrário. 
 
 
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Art. 73. As entidades abertas serão reguladas também, no que couber, pela legislação aplicável às sociedades 
seguradoras. 
 
STJ/REsp 1.691.792-RSÉ legítima a recusa da entidade de previdência privada ao pagamento do pecúlio por morte no caso de 
inadimplemento das parcelas contratadas por longo período, independente da ausência de prévia 
interpelação para o encerramento do contrato. 
 
Art. 75. Sem prejuízo do benefício, prescreve em 5 anos o direito às prestações não pagas nem reclamadas 
na época própria, resguardados os direitos dos menores dependentes, dos incapazes ou dos ausentes, na forma 
do Código Civil. 
 
STJ/REsp 1.334.442-RS 
É trienal o prazo prescricional da pretensão de entidade de previdência privada complementar de reaver 
verbas relativas a benefício indevidamente apropriadas por terceiro. 
 
STJ/REsp 1.740.397-RS 
I) A concessão do benefício de previdência complementar tem como pressuposto a prévia formação de 
reserva matemática, de forma a evitar o desequilíbrio atuarial dos planos. Em tais condições, quando já 
concedido o benefício de complementação de aposentadoria por entidade fechada de previdência privada, é 
inviável a inclusão dos reflexos de quaisquer verbas remuneratórias reconhecidas pela Justiça do Trabalho 
nos cálculos da renda mensal inicial dos benefícios de complementação de aposentadoria. 
 
II) Os eventuais prejuízos causados ao participante ou ao assistido que não puderam contribuir ao fundo na 
época apropriada ante o ato ilícito do empregador poderão ser reparados por meio de ação judicial a ser 
proposta contra a empresa ex-empregadora na Justiça do Trabalho. 
 
III) Modulação dos efeitos da decisão (art. 927, § 3º, do CPC/2015): nas demandas ajuizadas na Justiça 
comum até 8/8/2018 (data do julgamento do REsp n. 1.312.736/RS - Tema repetitivo n. 955/STJ) - se ainda 
for útil ao participante ou assistido, conforme as peculiaridades da causa -, admite-se a inclusão dos reflexos 
de verbas remuneratórias, reconhecidas pela Justiça do Trabalho, nos cálculos da renda mensal inicial dos 
benefícios de complementação de aposentadoria, condicionada à previsão regulamentar de que as parcelas 
de natureza remuneratória devem compor a base de cálculo das contribuições a serem recolhidas e servir de 
parâmetro para o cômputo da renda mensal inicial do benefício, e à recomposição prévia e integral das 
reservas matemáticas com o aporte, a ser vertido pelo participante, de valor a ser apurado por estudo 
técnico atuarial em cada caso. 
 
IV) Nas reclamações trabalhistas em que o ex-empregador tiver sido condenado a recompor a reserva 
matemática, e sendo inviável a revisão da renda mensal inicial da aposentadoria complementar, os valores 
correspondentes a tal recomposição devem ser entregues ao participante ou assistido a título de reparação, 
evitando-se, igualmente, o enriquecimento sem causa da entidade fechada de previdência complementar. 
 
STJ/REsp 1.182.060-SC 
Não incide a contribuição previdenciária da Lei nº 8.212/91 sobre os valores vertidos a planos de previdência 
privada complementar de administradores não empregados, mesmo quando não disponibilizados à 
totalidade de empregados e dirigentes da empresa. 
 
STJ/AREsp 1.890.367-SC 
As contribuições extraordinárias pagas para equacionar o resultado deficitário nos planos de previdência 
privada podem ser deduzidas da base de cálculo do imposto de renda das pessoas físicas, observado o 
limite de 12% do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido 
na declaração de rendimentos. 
 
STJ/REsp 1.605.346-BA 
É válida a exigência de pagamento de joia para inscrição de beneficiário no plano de previdência 
complementar para fazer jus à pensão por morte. 
 
 
 
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LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - LOAS 
 
LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993 
 
Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. 
 
LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
CAPÍTULO IV 
Dos Benefícios, dos Serviços, dos Programas e dos Projetos de Assistência Social 
 
SEÇÃO I 
Do Benefício de Prestação Continuada 
 
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com 
deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria 
manutenção nem de tê-la provida por sua família. 
 
§ 1º. Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os 
pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os 
menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. 
 
§ 2º. Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência 
aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em 
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade 
de condições com as demais pessoas. 
 
§ 2º-A. A concessão administrativa ou judicial do benefício de que trata este artigo a pessoa com deficiência fica 
sujeita a avaliação, nos termos de regulamento. (Lei 15.077/24) 
 
STJ/REsp 1.962.868-SP 
Para a de concessão do Benefício de Prestação Continuada - BPC à pessoa com deficiência, disciplinado na 
Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, não cabe ao intérprete da lei fazer imposição de requisitos mais 
rígidos do que aqueles previstos para a sua concessão. 
 
STF/ADI 7.223/DF 
É constitucional — à luz dos arts. 1º, III; 3º, I; 6º, parágrafo único; e 203, todos da Constituição Federal de 
1988 — norma que autoriza a realização de empréstimos e financiamentos consignados, bem como 
amplia a margem do crédito, aos titulares do benefício de prestação continuada (BPC) e de outros 
programas federais de transferência de renda. 
 
 
 
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Súmulas Previdenciárias 
 
Súmulas do STF 
 
STF/Súmula Vinculante 8 
São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei 
nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. 
 
STF/Súmula Vinculante 21 
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade 
de recurso administrativo. 
 
STF/Súmula Vinculante 28 
É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual 
se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 
 
STF/Súmula Vinculante 33 
Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre 
aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei 
complementar específica. 
 
STF/Súmula Vinculante 50 
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da 
anterioridade. 
 
STF/Súmula Vinculante 53 
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução 
de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que 
proferir e acordos por ela homologados. 
 
STF/Súmula 207 
As gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando 
o salário. 
 
STF/Súmula 217 
Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposentado 
que recupera a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que se torna 
definitiva após esse prazo. 
 
STF/Súmula 229 
A indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou culpa grave do empregador. 
 
STF/Súmula 230 
A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-se do exame pericial que comprovar a enfermidade ou 
verificar a natureza da incapacidade. 
 
STF/Súmula 235 
É competentepara a ação de acidente do trabalho a Justiça cível comum, inclusive em segunda instância, 
ainda que seja parte autarquia seguradora. 
 
STF/Súmula 241 
A contribuição previdenciária incide sobre o abono incorporado ao salário. 
 
STF/Súmula 359 
Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em 
que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários. 
 
STF/Súmula 371 
Ferroviário, que foi admitido como servidor autárquico, não tem direito a dupla aposentadoria. 
 
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STF/Súmula 439 
Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos 
pontos objeto da investigação. 
 
STF/Súmula 466 
Não é inconstitucional a inclusão de sócios e administradores de sociedades e titulares de firmas individuais 
como contribuintes obrigatórios da previdência social. 
 
STF/Súmula 501 
Compete à Justiça ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de 
acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou 
sociedades de economia mista. 
 
STF/Súmula 613 
Os dependentes de trabalhador rural não têm direito a pensão previdenciária, se o óbito ocorreu 
anteriormente à vigência da Lei Complementar nº 11/71. 
 
STF/Súmula 669 
Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da 
anterioridade. 
 
STF/Súmula 687 
A revisão de que trata o art. 58 do ADCT não se aplica aos benefícios previdenciários concedidos após a 
promulgação da Constituição de 1988. 
 
STF/Súmula 688 
É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário. 
 
 
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Súmulas do STJ 
 
STJ/Súmula 3 
Compete ao Tribunal Regional Federal dirimir conflito de competência verificado, na respectiva Região, entre 
Juiz Federal e Juiz Estadual investido de jurisdição federal. 
 
STJ/Súmula 15 
Compete à Justiça estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente de trabalho. 
 
STJ/Súmula 24 
Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da Previdência Social, a 
qualificadora do parágrafo 3º do art. 171 do Código Penal. 
 
STJ/Súmula 32 
Compete à Justiça Federal processar justificações judiciais destinadas a instruir pedidos perante entidades 
que nela têm exclusividade de foro, ressalvada a aplicação do art. 15, II, da Lei n. 5.010, de 1966. 
 
STJ/Súmula 44 
A definição, em ato regulamentar, de grau mínimo de disacusia, não exclui, por si só, a concessão do 
benefício previdenciário. 
 
STJ/Súmula 89 
A ação acidentária prescinde do exaurimento da via administrativa. 
 
STJ/Súmula 107 
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime de estelionato praticado mediante falsificação 
das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não ocorrente lesão à autarquia 
federal. 
 
STJ/Súmula 110 
A isenção do pagamento de honorários advocatícios, nas ações acidentárias, é restrita ao segurado. 
 
STJ/Súmula 111 
Os honorários advocatícios, nas ações previdenciárias, não incidem sobre as prestações vencidas após a 
sentença. 
 
STJ/Súmula 144 
Os créditos de natureza alimentícia gozam de preferência, desvinculados os precatórios da ordem 
cronológica dos créditos de natureza diversa. 
 
STJ/Súmula 146 
O segurado, vítima de novo infortúnio, faz jus a um único benefício somado ao salário de contribuição 
vigente no dia do acidente. 
 
STJ/Súmula 148 
Os débitos relativos a benefício previdenciário, vencidos e cobrados em juízo após a vigência da Lei n. 
6.899/1981, devem ser corrigidos monetariamente na forma prevista nesse diploma legal. 
 
STJ/Súmula 149 
A prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da atividade rurícola, para efeito da obtenção 
de benefício previdenciário. 
 
STJ/Súmula 150 
Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no 
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas. 
 
STJ/Súmula 175 
Descabe o depósito prévio nas ações rescisórias propostas pelo INSS. 
 
 
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STJ/Súmula 178 
O INSS não goza de isenção do pagamento de custas e emolumentos, nas ações acidentárias e de 
benefícios, propostas na Justiça Estadual. 
 
STJ/Súmula 204 
Os juros de mora nas ações relativas a benefícios previdenciários incidem a partir da citação válida. 
 
STJ/Súmula 210 
A ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em trinta (30) anos. 
 
STJ/Súmula 212 
A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar 
cautelar ou antecipatória. 
 
STJ/Súmula 213 
O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária. 
 
STJ/Súmula 226 
O Ministério Público tem legitimidade para recorrer na ação de acidente do trabalho, ainda que o segurado 
esteja assistido por advogado. 
 
STJ/Súmula 242 
Cabe ação declaratória para reconhecimento de tempo de serviço para fins previdenciários. 
 
STJ/Súmula 289 
A restituição das parcelas pagas a plano de previdência privada deve ser objeto de correção plena, por 
índice que recomponha a efetiva desvalorização da moeda. 
 
STJ/Súmula 290 
Nos planos de previdência privada, não cabe ao beneficiário a devolução da contribuição efetuada pelo 
patrocinador. 
 
STJ/Súmula 291 
A ação de cobrança de parcelas de complementação de aposentadoria pela previdência privada prescreve 
em cinco anos. 
 
STJ/Súmula 310 
O Auxílio-creche não integra o salário-de-contribuição. 
 
STJ/Súmula 336 
A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do 
ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. 
 
STJ/Súmula 340 
A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do 
segurado. 
 
STJ/Súmula 351 
A alíquota de contribuição para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo grau de risco 
desenvolvido em cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade 
preponderante quando houver apenas um registro. 
 
STJ/Súmula 352 
A obtenção ou a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) não exime 
a entidade do cumprimento dos requisitos legais supervenientes. 
 
STJ/Súmula 360 
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação 
regularmente declarados, mas pagos a destempo. 
 
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STJ/Súmula 416 
É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, 
preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito. 
 
STJ/Súmula 425 
A retenção da contribuição para a seguridade social pelo tomador do serviço não se aplica às empresas 
optantes pelo Simples. 
 
STJ/Súmula 456 
É incabível a correção monetária dos salários de contribuição considerados no cálculo do salário de 
benefício de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão ou auxílio-reclusão concedidos antes da 
vigência da CF/1988. 
 
STJ/Súmula 458 
A contribuição previdenciária incide sobre a comissão paga ao corretor de seguros. 
 
STJ/Súmula 507 
A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e a 
aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério do art. 23 da Lei n. 8.213/1991 para 
definiçãodo momento da lesão nos casos de doença profissional ou do trabalho. 
 
STJ/Súmula 516 
A contribuição de intervenção no domínio econômico para o Incra (Decreto-Lei n. 1.110/1970), devida por 
empregadores rurais e urbanos, não foi extinta pelas Leis ns. 7.787/1989, 8.212/1991 e 8.213/1991, não 
podendo ser compensada com a contribuição ao INSS. 
 
STJ/Súmula 557 
A renda mensal inicial (RMI) alusiva ao benefício de aposentadoria por invalidez precedido de auxílio-doença 
será apurada na forma do art. 36, § 7º, do Decreto n. 3.048/1999, observando-se, porém, os critérios 
previstos no art. 29, § 5º, da Lei n. 8.213/1991, quando intercalados períodos de afastamento e de atividade 
laboral. 
 
STJ/Súmula 563 
O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência complementar, não 
incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas. 
 
STJ/Súmula 576 
Ausente requerimento administrativo no INSS, o termo inicial para a implantação da aposentadoria por 
invalidez concedida judicialmente será a data da citação válida. 
 
STJ/Súmula 577 
É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais antigo apresentado, desde que 
amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o contraditório. 
 
STJ/Súmula 584 
As sociedades corretoras de seguros, que não se confundem com as sociedades de valores mobiliários ou 
com os agentes autônomos de seguro privado, estão fora do rol de entidades constantes do art. 22, § 1º, da 
Lei n. 8.212/1991, não se sujeitando à majoração da alíquota da Cofins prevista no art. 18 da Lei n. 
10.684/2003. 
 
STJ/Súmula 612 
O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), no prazo de sua validade, possui 
natureza declaratória para fins tributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o 
cumprimento dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a fruição da imunidade. 
 
 
 
 
 
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STJ/Súmula 622 
A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito 
tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a 
notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento 
voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial. 
 
STJ/Súmula 625 
O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo prescricional para a ação 
de repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra 
a Fazenda Pública. 
 
 
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Súmulas da TNU 
 
Súmulas da TNU 
01) A conversão dos benefícios previdenciários em URV, em março/94, obedece às disposições do art. 20, 
incisos I e II da Lei 8.880/94 (MP nº 434/94). 
 
02) Os benefícios previdenciários, em maio de 1996, deverão ser reajustados na forma da Medida Provisória 
1.415, de 29 de abril de 1996, convertida na Lei 9.711, de 20 de novembro de 1998. 
 
04) Não há direito adquirido à condição de dependente de pessoa designada, quando o falecimento do 
segurado deu-se após o advento da Lei 9.032/95. 
 
05) A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213, de 24 de julho de 
1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários. 
 
06) A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie a condição de trabalhador rural do 
cônjuge constitui início razoável de prova material da atividade rurícola. 
 
07) Descabe incidente de uniformização versando sobre honorários advocatícios por se tratar de questão de 
direito processual. 
 
08) Os benefícios de prestação continuada, no regime geral da Previdência Social, não serão reajustados 
com base no IGP-DI nos anos de 1997, 1999, 2000 e 2001. 
 
09) O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de 
exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado. 
 
10) O tempo de serviço rural anterior à vigência da Lei nº. 8.213/91 pode ser utilizado para fins de contagem 
recíproca, assim entendida aquela que soma tempo de atividade privada, rural ou urbana, ao de serviço 
público estatutário, desde que sejam recolhidas as respectivas contribuições previdenciárias. 
 
12) Os juros moratórios são devidos pelo gestor do FGTS e incidem a partir da citação nas ações em que se 
reclamam diferenças de correção monetária, tenha havido ou não levantamento do saldo, parcial ou 
integralmente. 
 
13) O reajuste concedido pelas Leis nºs 8.622/93 e 8.627/93 (28,86%) constituiu revisão geral dos 
vencimentos e, por isso, é devido também aos militares que não o receberam em sua integralidade, 
compensado o índice então concedido, sendo limite temporal desse reajuste o advento da MP nº 2.131 de 
28/12/2000. 
 
14) Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material 
corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício. 
 
17) Não há renúncia tácita no Juizado Especial Federal, para fins de competência. 
 
18) Para fins previdenciários, o cômputo do tempo de serviço prestado como aluno-aprendiz exige a 
comprovação de que, durante o período de aprendizado, houve simultaneamente: 
(i) retribuição consubstanciada em prestação pecuniária ou em auxílios materiais; 
(ii) à conta do Orçamento; 
(iii) a título decontraprestação por labor; 
(iv) na execução de bens e serviços destinados a terceiros. 
 
19) Para o cálculo da renda mensal inicial do benefício previdenciário, deve ser considerada, na atualização 
dos salários de contribuição anteriores a março de 1994, a variação integral do IRSM de fevereiro de 1994, 
na ordem de 39,67% (art. 21, § 1º, da Lei nº 8.880/94). 
 
20) A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, não modificou a situação do servidor celetista anteriormente 
aposentado pela Previdência Social Urbana. 
 
21) Não há direito adquirido a reajuste de benefícios previdenciários com base na variação do IPC (Índice de 
Preço ao Consumidor), de janeiro de 1989 (42,72%) e abril de 1990 (44,80%). 
 
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22) Se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento 
administrativo, esta é o termo inicial do benefício assistencial. 
 
23) As substituições de cargos ou funções de direção ou chefia ou de cargo de natureza especial ocorridas a 
partir da vigência da Medida Provisória nº 1.522, de 11/10/1996, e até o advento da Lei nº 9.527, de 
10/12/1997, quando iguais ou inferiores a trinta dias, não geram direito à remuneração correspondente ao 
cargo ou função substituída. 
 
24) O tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior ao advento da Lei nº 8.213/91, sem o 
recolhimento de contribuições previdenciárias, pode ser considerado para a concessão de benefício 
previdenciário do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), exceto para efeito de carência, conforme a 
regra do art. 55, §2º, da Lei nº 8.213/91. 
 
25) A revisão dos valores dos benefícios previdenciários, prevista no art. 58 do ADCT, deve ser feita com 
base no número de salários mínimos apurado na data da concessão, e não no mês de recolhimento da 
última contribuição. 
 
26) A atividade de vigilante enquadra-se como especial, equiparando-se à de guarda, elencada no item 
2.5.7. do Anexo III do Decreto n. 53.831/64. 
 
27) A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego 
por outros meios admitidos em Direito. 
 
28) Encontra-se prescrita a pretensão de ressarcimento de perdas sofridas na atualização monetária da 
conta do Plano de Integração Social- PIS-, em virtude de expurgos ocorridos por ocasião dos Planos 
Econômicos Verão e Collor I. 
 
29) Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei n. 8.742, de 1993, incapacidade para a vida independente não é 
só aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao 
próprio sustento. 
 
30) Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo rural não afasta, por 
si só, a qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que comprovada, nos autos, a sua 
exploração em regime de economia familiar. 
 
31) A anotação na CTPS decorrente de sentença trabalhista homologatória constitui início de prova material 
para fins previdenciários. 
 
33) Quando o segurado houver preenchido os requisitos legais para concessão da aposentadoria por tempo 
de serviço na data do requerimento administrativo, esta data será o termo inicial da concessão do benefício. 
 
34) Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova material deve ser contemporâneo à 
época dos fatos a provar. 
 
35) A Taxa Selic, composta por juros de mora e correção monetária, incide nas repetições de indébito 
tributário. 
 
36) Não há vedação legal à cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o benefício da 
aposentadoria por invalidez, por apresentarem pressupostos fáticos e fatos geradores distintos. 
 
37) A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de idade, não se prorroga pela pendência do curso 
universitário. 
 
38) Aplica-se subsidiariamente a Tabela de Cálculos de Santa Catarina aos pedidos de revisão de RMI - 
OTN/ORTN, na atualização dos salários de contribuição. 
 
39) Nas ações contra a Fazenda Pública, que versem sobre pagamento de diferenças decorrentes de 
reajuste nos vencimentos de servidores públicos, ajuizadas após 24/08/2001, os juros de mora devem ser 
fixados em 6% (seis por cento) ao ano (art. 1º-F da Lei 9.494/97). 
 
 
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40) Nenhuma diferença é devida a título de correção monetária dos depósitos do FGTS relativos ao mês de 
fevereiro de 1989. 
 
41) A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por 
si só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no 
caso concreto. 
 
42) Não se conhece de incidente de uniformização que implique reexame de matéria de fato. 
 
43) Não cabe incidente de uniformização que verse sobre matéria processual. 
 
44) Para efeito de aposentadoria urbana por idade, a tabela progressiva de carência prevista no art. 142 da 
Lei nº 8.213/91 deve ser aplicada em função do ano em que o segurado completa a idade mínima para 
concessão do benefício, ainda que o período de carência só seja preenchido posteriormente. 
 
45) Incide correção monetária sobre o salário-maternidade desde a época do parto, independentemente da 
data do requerimento administrativo. 
 
46) O exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício previdenciário de 
trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto. 
 
47) Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve analisar as condições 
pessoais e sociais do segurado para a concessão de aposentadoria por invalidez. 
 
48) Para fins de concessão do benefício assistencial de prestação continuada, o conceito de pessoa com 
deficiência, que não se confunde necessariamente com situação de incapacidade laborativa, exige a 
configuração de impedimento de longo prazo com duração mínima de 2 (dois) anos, a ser aferido no caso 
concreto, desde o início do impedimento até a data prevista para a sua cessação. 
 
49) Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a agentes 
nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente. 
 
50) É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer 
período. 
 
52) Para fins de concessão de pensão por morte, é incabível a regularização do recolhimento de 
contribuições de segurado contribuinte individual posteriormente a seu óbito, exceto quando as contribuições 
devam ser arrecadadas por empresa tomadora de serviços. 
 
53) Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade para o trabalho 
é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social. 
 
54) Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade 
equivalente à carência deve ser aferido no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou 
à data do implemento da idade mínima. 
 
55) A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator 
multiplicativo em vigor na data da concessão da aposentadoria. 
 
56) O prazo de trinta anos para prescrição da pretensão à cobrança de juros progressivos sobre saldo de 
conta vinculada ao FGTS tem início na data em que deixou de ser feito o crédito e incide sobre cada 
prestação mensal. 
 
57) O auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez não precedida de auxílio-doença, quando concedidos 
na vigência da Lei n. 9.876/1999, devem ter o salário de benefício apurado com base na média aritmética 
simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo, 
independentemente da data de filiação do segurado ou do número de contribuições mensais no período 
contributivo. 
 
58) Não é devido o reajuste na indenização de campo por força da alteração trazida pelo Decreto n. 
5.554/2005. 
 
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42 
 
59) A ausência de declaração do objeto postado não impede a condenação da ECT a indenizar danos 
decorrentes do extravio, desde que o conteúdo da postagem seja demonstrado por outros meios de prova 
admitidos em direito. 
 
62) O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial para fins 
previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física. 
 
63) A comprovação de união estável para efeito de concessão de pensão por morte prescinde de início de 
prova material. 
 
65) Os benefícios de auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez concedidos no período 
de 28/3/2005 a 20/7/2005 devem ser calculados nos termos da Lei n. 8.213/1991, em sua redação anterior à 
vigência da Medida Provisória n. 242/2005. 
 
66) O servidor público ex-celetista que trabalhava sob condições especiais antes de migrar para o regime 
estatutário tem direito adquirido à conversão do tempo de atividade especial em tempo comum com o devido 
acréscimo legal, para efeito de contagem recíproca no regime previdenciário próprio dos servidores públicos. 
 
67) O auxílio-alimentação recebido em pecúnia por segurado filiado ao Regime Geral da Previdência Social 
integra o salário de contribuição e sujeita-se à incidência de contribuição previdenciária. 
 
68) O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial 
do segurado. 
 
69) O tempo de serviço prestado em empresa pública ou em sociedade de economia mista por servidor 
público federal somente pode ser contado para efeitos de aposentadoria e disponibilidade. 
 
70) A atividade de tratorista pode ser equiparada à de motorista de caminhão para fins de reconhecimento 
de atividade especial mediante enquadramento por categoria profissional. 
 
71) O mero contato do pedreiro com o cimento não caracteriza condição especial de trabalho para fins 
previdenciários. 
 
72) É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período em que houve exercício de 
atividade remunerada quando comprovado que o segurado estava incapaz para as atividades habituais na 
época em que trabalhou.73) O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de 
trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado 
entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social. 
 
74) O prazo de prescrição fica suspenso pela formulação de requerimento administrativo e volta a correr pelo 
saldo remanescente após a ciência da decisão administrativa final. 
 
75) A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito formal que 
lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de 
tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a anotação de vínculo de emprego não conste no 
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). 
 
76) A averbação de tempo de serviço rural não contributivo não permite majorar o coeficiente de cálculo da 
renda mensal inicial de aposentadoria por idade previsto no art. 50 da Lei nº 8.213/91. 
 
77) O julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não reconhecer a 
incapacidade do requerente para a sua atividade habitual. 
 
78) Comprovado que o requerente de benefício é portador do vírus HIV, cabe ao julgador verificar as 
condições pessoais, sociais, econômicas e culturais, de forma a analisar a incapacidade em sentido amplo, 
em face da elevada estigmatização social da doença. 
 
79) Nas ações em que se postula benefício assistencial, é necessária a comprovação das condições 
 
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socioeconômicas do autor por laudo de assistente social, por auto de constatação lavrado por oficial de 
justiça ou, sendo inviabilizados os referidos meios, por prova testemunhal. 
 
80) Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), tendo em vista o advento da Lei 12.470/11, 
para adequada valoração dos fatores ambientais, sociais, econômicos e pessoais que impactam na 
participação da pessoa com deficiência na sociedade, é necessária a realização de avaliação social por 
assistente social ou outras providências aptas a revelar a efetiva condição vivida no meio social pelo 
requerente. 
 
81) A impugnação de ato de indeferimento, cessação ou cancelamento de benefício previdenciário não se 
submete a qualquer prazo extintivo, seja em relação à revisão desses atos, seja em relação ao fundo de 
direito. 
 
82) O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831/64, além dos profissionais da área da saúde, 
contempla os trabalhadores que exercem atividades de serviços gerais em limpeza e higienização de 
ambientes hospitalares. 
 
83) A partir da entrada em vigor da Lei n. 8.870/94, o décimo terceiro salário não integra o salário de 
contribuição para fins de cálculo do salário de benefício. 
 
84) Comprovada a situação de desemprego por mais de 3 anos, o trabalhador tem direito ao saque dos 
valores depositados em sua conta individual do PIS. 
 
85) É possível a conversão de tempo comum em especial de período(s) anterior(es) ao advento da Lei nº 
9.032/95 (que alterou a redação do §3º do art. 57 da Lei nº 8.213/91), desde que todas as condições legais 
para a concessão do benefício pleiteado tenham sido atendidas antes da publicação da referida lei, 
independentemente da data de entrada do requerimento (DER). 
 
87) A eficácia do EPI não obsta o reconhecimento de atividade especial exercida antes de 03/12/1998, data 
de início da vigência da MP 1.729/98, convertida na Lei n. 9.732/98. 
 
 
 
 
 
http://www.quebrandoquestoes.com/médico fundamentado e circunstanciado expedido por médico que 
assiste o paciente, da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento, assim como da ineficácia, 
para o tratamento da moléstia, dos fármacos fornecidos pelo SUS; 
 
(ii) incapacidade financeira de arcar com o custo do medicamento prescrito; 
 
(iii) existência de registro do medicamento na Anvisa, observados os usos autorizados pela agência. 
 
 
 
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5 
STF/ARE 803.274-AgR/MG 
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é solidária a obrigação dos 
entes da Federação em promover os atos indispensáveis à concretização do direito à saúde, podendo 
figurar no polo passivo qualquer um deles em conjunto ou isoladamente. 
 
STF/RE 892.590 
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que o fornecimento gratuito de 
tratamentos e medicamentos necessários à saúde de pessoas hipossuficientes é obrigação solidária de 
todos os entes federativos, podendo ser pleiteado de qualquer deles, União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios. 
 
Seção III - DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em 
relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que 
garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. 
 
STF/RE 482.207-AgR 
A faculdade que tem os interessados de aderirem a plano de previdência privada decorre de norma inserida 
no próprio texto constitucional [art. 202 da CB/1988]. Da não obrigatoriedade de adesão ao sistema de 
previdência privada decorre a possibilidade de os filiados desvincularem-se dos regimes de previdência 
complementar a que aderirem, especialmente porque a liberdade de associação comporta, em sua dimensão 
negativa, o direito de desfiliação, conforme já reconhecido pelo Supremo em outros julgados. 
 
Seção IV - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à 
seguridade social, e tem por objetivos: 
 
STF/RE 587.970/SP 
Somente o estrangeiro com residência fixa no País pode ser auxiliado com o benefício assistencial, pois, 
inserido na sociedade, contribui para a construção de melhor situação social e econômica da coletividade. De 
igual modo, somente o estrangeiro em situação regular no País pode se dizer beneficiário da assistência 
social. Isso significa que os estrangeiros que estejam irregulares não terão direito ao benefício pelo fato de 
não terem atendido às leis brasileiras, fato que, por si só, demonstra a ausência de noção de coletividade 
e de solidariedade a justificar a tutela do Estado. 
 
 
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6 
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 
 
TÍTULO III 
DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Capítulo I 
DOS BENEFICIÁRIOS 
 
Seção I 
Dos Segurados 
 
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
 
I - como empregado: 
 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua 
subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; 
 
STJ/AREsp 1.921.941-SP 
É possível o reconhecimento do tempo de serviço na atividade de guarda-mirim, para fins previdenciários, 
nos casos em que o caráter socioeducativo da atividade é desvirtuado, por meio da comprovação da 
existência de vínculo semelhante ao de natureza empregatícia. 
 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; 
 
STJ/REsp 2.023.456-SP 
A previsão legal de manutenção da qualidade de segurado, contida no art. 15, I, da Lei n. 8.213/1991, inclui 
os benefícios deferidos por decisão de caráter provisório, ainda que seja futuramente revogada. 
 
Seção II 
 
Dos Dependentes 
 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: 
 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
 
II - os pais; 
 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave; 
 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das 
classes seguintes. 
 
§ 2º. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que 
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
 
STF/ADI 4.878 
A interpretação conforme a ser conferida ao art. 16, § 2º, da Lei 8213/1991 deve contemplar os “menores 
sob guarda” na categoria de dependentes do Regime Geral de Previdência Social, em consonância com o 
princípio da proteção integral e da prioridade absoluta, desde que comprovada a dependência 
econômica, nos termos da legislação previdenciária. 
 
STJ/REsp 1.574.859-SP 
Deve ser reconhecido aos avós de segurado falecido o direito ao recebimento de pensão por morte em 
razão de terem sido os responsáveis pela criação do neto, ocupando verdadeiro papel de genitores. 
 
 
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7 
STJ/EREsp 1.141.788-RS 
Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo se o 
falecimento se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei n. 9.528/97 na Lei n. 8.213/90. 
 
STJ/REsp 1.411.258-RS 
O menor sob guarda tem direito à concessão do benefício de pensão por morte do seu mantenedor, 
comprovada sua dependência econômica, nos termos do art. 33, § 3º do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, ainda que o óbito do instituidor da pensão seja posterior à vigência da Medida Provisória 
1.523/96, reeditada e convertida na Lei n. 9.528/97. Funda-se essa conclusão na qualidade de lei especial 
do Estatuto da Criança e do Adolescente (8.069/90), frente à legislação previdenciária. 
 
Seção III 
Das Inscrições 
 
Art. 17. O Regulamento disciplinará a forma de inscrição do segurado e dos dependentes. 
 
§ 7º Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo. 
 
STJ/REsp 1.692.023/MT 
A compensação de prestações previdenciárias, recebidas na via administrativa, quando da elaboração de 
cálculos em cumprimento de sentença concessiva de outro benefício, com elas não acumulável, deve ser 
feita mês a mês, no limite, para cada competência, do valor correspondente ao título judicial, não devendo 
ser apurado valor mensal ou final negativo ao beneficiário, de modo a evitar a execução invertida ou a 
restituição indevida. 
 
Capítulo II 
DAS PRESTAÇÕES EM GERAL 
 
Seção I 
Das Espécies de Prestações 
 
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão 
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: 
 
I - quanto ao segurado: 
 
a) aposentadoria por invalidez; (Aposentadoria por incapacidade permanente). 
 
b) aposentadoria por idade; 
 
c) aposentadoria por tempo de contribuição; 
 
d) aposentadoria especial; 
 
e) auxílio-doença; (Auxílio por incapacidade temporária). 
 
f) salário-família; 
 
g) salário-maternidade; 
 
h) auxílio-acidente; 
 
II - quanto ao dependente: 
 
a) pensão por morte; 
 
b) auxílio-reclusão; 
 
III - quanto ao segurado e dependente: 
 
b) serviço social; 
 
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8 
 
c) reabilitação profissional.§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que permanecer em atividade sujeita a este 
Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício 
dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado. 
 
Atenção! 
O aposentado que permanecer ou retornar à atividade sujeita ao RGPS não fará jus a nenhuma prestação 
da Previdência Social, salvo: salário-família e reabilitação profissional, quando empregado. 
 
STJ/REsp 1.334.488-SC 
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar benefícios e vantagens 
previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à desaposentação, sendo constitucional a 
regra do art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91. 
 
STF/RE 381.367/RS 
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar benefícios e vantagens 
previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à "desaposentação", sendo constitucional a 
regra do art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991. 
 
STJ/REsp 1.767.789-PR 
O segurado tem direito de opção pelo benefício mais vantajoso concedido administrativamente, no curso de 
ação judicial em que se reconheceu benefício menos vantajoso. Em cumprimento de sentença, o segurado 
possui o direito à manutenção do benefício previdenciário concedido administrativamente no curso da ação 
judicial e, concomitantemente, à execução das parcelas do benefício reconhecido na via judicial, limitadas à 
data de implantação daquele conferido na via administrativa. 
 
STJ/REsp 1.957.733/RS 
Para efeito de adequação dos benefícios previdenciários concedidos antes da Constituição Federal aos tetos 
das Emendas Constitucionais n. 20/1998 e 41/2003, no cálculo devem-se aplicar os limitadores vigentes à 
época de sua concessão (menor e maior valor teto), utilizando-se o teto do salário de contribuição 
estabelecido em cada uma das emendas constitucionais como maior valor teto, e o equivalente à metade 
daquele salário de contribuição como menor valor teto. 
 
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador 
doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 (segurado especial) 
desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
 
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e 
higiene do trabalho. 
 
STJ/REsp 1.334.488-SC 
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar benefícios e vantagens 
previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à desaposentação, sendo constitucional a 
regra do art. 18, § 2º, da Lei n. 8.213/1991. 
 
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza 
acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o 
agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida 
motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o 
que dispuser o regulamento. 
 
§ 1ºA perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do 
nexo de que trata o caput deste artigo. 
 
§ 2ºA empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de 
cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao 
Conselho de Recursos da Previdência Social. 
 
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STF/ADI 3.931 
É constitucional a previsão legal de presunção de vínculo entre a incapacidade do segurado e suas 
atividades profissionais quando constatada pela Previdência Social a presença do nexo técnico 
epidemiológico entre o trabalho e o agravo, podendo ser elidida pela perícia médica do Instituto Nacional do 
Seguro Social se demonstrada a inexistência. 
 
Seção II 
Dos Períodos de Carência 
 
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes 
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: 
 
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII (Contribuinte Individual e Especial) 
do caput do art. 11 e o art. 13 (facultativo) desta Lei: 10 contribuições mensais, respeitado o disposto no 
parágrafo único do art. 39 desta Lei; e 
 
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
 
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica. 
 
STF/ADI 2.111/DF 
É inconstitucional o período de carência para a concessão do benefício de salário-maternidade exigido para 
algumas categorias de seguradas (arts. 25, III, e 26, VI, Lei nº 8.213/91). Essa exigência viola os princípios 
da isonomia, da razoabilidade e da proteção constitucional à maternidade. 
 
Seção III 
Do Cálculo do Valor dos Benefícios 
 
Subseção I 
Do Salário-de- Benefício 
 
Art. 28. O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de 
acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-maternidade, será calculado com base no salário-de-
benefício. 
 
Art. 29. O salário-de-benefício consiste: 
 
I - para os benefícios de que tratam as alíneas b (aposentadoria por idade) e c (aposentadoria por tempo de 
contribuição) do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição 
correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; 
 
II - para os benefícios de que tratam as alíneas a (aposentadoria por invalidez), d (aposentadoria especial), e 
(auxílio-doença) e h (auxílio-acidente) do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-
de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. 
 
STF/ADI 2.111/DF 
declaração de constitucionalidade do art. 3º da Lei 9.876/1999 impõe que o dispositivo legal seja observado 
de forma cogente pelos demais órgãos do Poder Judiciário e pela administração pública, em sua 
interpretação textual, que não permite exceção. O segurado do INSS que se enquadre no dispositivo não 
pode optar pela regra denitiva prevista no artigo 29, incisos I e II, da Lei nº 8.213/91, independentemente de 
lhe ser mais favorável. 
 
STJ/REsp 1.808.156-SP 
Incide o fator previdenciário no cálculo da renda mensal inicial de aposentadoria por tempo de contribuição 
de professor vinculado ao Regime Geral de Previdência Social, independente da data de sua concessão, 
quando a implementação dos requisitos necessários à obtenção do benefício se der após o início de vigência 
da Lei n. 9.876/1999, ou seja, a partir de 29/11/1999. 
 
 
 
 
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10 
STF/RE 1.221.630-SC 
É constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, 
com a redação dada pelo art. 2º da Lei nº 9.876/99. 
 
STJ/REsp 1.596.203-PR 
Aplica-se a regra definitiva prevista no art. 29, I e II, da Lei n. 8.213/1991, na apuração do salário de 
benefício, quando mais favorável do que a regra de transição contida no art. 3º da Lei n. 9.876/1999, aos 
segurados que ingressaram no Regime Geral da Previdência Social até o dia anterior à publicação da Lei n. 
9.876/1999. 
 
§ 2º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao do limite 
máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício. 
 
§ 3º Serão considerados para cálculo do salário-de-benefícioos ganhos habituais do segurado empregado, a 
qualquer título, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuições 
previdenciárias, exceto o décimo-terceiro salário (gratificação natalina). 
 
STJ/REsp 1.546.680-RS 
O décimo terceiro salário (gratificação natalina) somente integra o cálculo do salário de benefício, nos termos 
da redação original do § 7º do art. 28 da Lei n. 8.212/1991 e § 3º do art. 29 da Lei n. 8.213/1991, quando os 
requisitos para a concessão do benefício forem preenchidos em data anterior à publicação da Lei n. 
8.870/1994, que expressamente excluiu o décimo terceiro salário do cálculo da Renda Mensal Inicial (RMI), 
independentemente de o Período Básico de Cálculo (PBC) do benefício estar, parcialmente, dentro do 
período de vigência da legislação revogada. 
 
Subseção II 
Da Renda Mensal do Benefício 
 
STJ/REsp n. 1.947.404/RS 
O tamanho da propriedade não descaracteriza, por si só, o regime de economia familiar, quando 
preenchidos os demais requisitos legais exigidos para a concessão da aposentadoria por idade rural. 
 
Seção V 
Dos Benefícios 
 
Subseção I 
Da Aposentadoria por Invalidez 
(Aposentadoria por Incapacidade Permanente) 
 
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra 
pessoa será acrescido de 25%. 
 
STF/RE 1.221.446-RJ 
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente lei pode criar ou ampliar benefícios e 
vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão de extensão do auxílio da grande invalidez a 
todas as espécies de aposentadoria. 
 
STJ/REsp 1.720.805 
O "auxílio-acompanhante" consiste no pagamento do adicional de 25% sobre o valor do benefício ao 
segurado aposentado por invalidez, que necessite de assistência permanente de terceiro para a 
realização de suas atividades e cuidados habituais, no intuito de diminuir o risco social consubstanciado no 
indispensável amparo ao segurado, podendo, inclusive, sobrepujar o teto de pagamento dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 
STF/Pet 8.002/RS 
O STF determinou que todas as ações judiciais, individuais ou coletivas, sobre a extensão do adicional de 
25% para aposentadorias que não sejam por invalidez devem permanecer suspensas até o julgamento do 
recurso extraordinário. 
 
Por ora, o adicional permanece restrito aos aposentados por invalidez, conforme prevê a lei. Embora a 
decisão não seja definitiva, indica uma forte tendência de o STF não concordar com o STJ. 
 
O ministro relator Luiz Fux destacou a grave crise da Previdência e os impactos econômicos dessa 
extensão, classificando a decisão judicial anterior como "extremamente exagerada". 
 
A 1ª Turma do STF acompanhou o relator, ressaltando a necessidade de evitar soluções provisórias em 
temas de grande repercussão econômica e a importância de planejamento orçamentário. 
 
STJ/REsp 1.788.700-SP 
No período entre o indeferimento administrativo e a efetiva implantação de auxílio-doença ou de 
aposentadoria por invalidez, mediante decisão judicial, o segurado do Regime Geral de Previdência Social - 
RGPS - tem direito ao recebimento conjunto das rendas do trabalho exercido, ainda que incompatível com 
sua incapacidade laboral, e do respectivo benefício previdenciário pago retroativamente. 
 
Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será observado o 
seguinte procedimento: 
 
STJ/RE 918.315/DF 
É inconstitucional — por ofensa aos princípios da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana — 
norma que prevê o pagamento da aposentadoria por invalidez decorrente de doença mental somente ao 
curador do segurado, condicionado à apresentação do termo de curatela, ainda que provisório. 
 
 
 
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12 
Subseção II 
Da Aposentadoria por Idade 
 
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, 
completar 65 anos de idade, se homem, e 60, se mulher. (NÃO FOI RECEPCIONADO pela EC 103/19) 
 
§ 1º. Os limites fixados no caput são reduzidos para 60 e 55 anos no caso de trabalhadores rurais, 
respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e 
VII do art. 11. 
 
§ 3º Os trabalhadores rurais de que trata o § 1º. deste artigo que não atendam ao disposto no § 2º. deste artigo, 
mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do 
segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher. 
 
STJ/REsp 1.674.221/SP 
O tempo de serviço rural, ainda que remoto e descontínuo, anterior ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser 
computado para fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não 
tenha sido efetivado o recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3º. da Lei 8.213/1991, seja 
qual for a predominância do labor misto exercido no período de carência ou o tipo de trabalho exercido no 
momento do implemento do requisito etário ou do requerimento administrativo. 
 
Subseção III 
Da Aposentadoria por Tempo de Serviço 
 
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do 
correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo 
que anterior à perda da qualidade de segurado: 
 
§ 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será 
computado independentemente do recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito 
de carência, conforme dispuser o Regulamento. 
 
STJ/REsp 1.682.678-SP 
O segurado que tenha provado o desempenho de serviço rurícola em período anterior à vigência da Lei n. 
8.213/1991, embora faça jus à expedição de certidão nesse sentido para mera averbação nos seus 
assentamentos, somente tem direito ao cômputo do aludido tempo rural, no respectivo órgão público 
empregador, para contagem recíproca no regime estatutário se, com a certidão de tempo de serviço rural, 
acostar o comprovante de pagamento das respectivas contribuições previdenciárias, na forma da 
indenização calculada conforme o dispositivo do art. 96, IV, da Lei n. 8.213/1991. 
 
§ 3º A comprovação do tempo de serviço para os fins desta Lei, inclusive mediante justificativa administrativa 
ou judicial, observado o disposto no art. 108 desta Lei, só produzirá efeito quando for baseada em início de 
prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na 
ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, na forma prevista no regulamento. 
 
D. 3.048/99. Art. 143. § 2º 
Caracteriza motivo de força maior ou caso fortuito a verificação de ocorrência notória, tais como 
incêndio, inundação ou desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qual o segurado alegue ter 
trabalhado, devendo ser comprovada mediante registro da ocorrência policial feito em época própria ou 
apresentação de documentos contemporâneos dos fatos, e verificada a correlação entre a atividade da 
empresa e a profissão do segurado. 
 
STJ/Súmula 149 
A prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da atividade de rurícola, para efeito da 
obtenção de benefício previdenciário. 
 
STJ/Súmula 577 
É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais antigo apresentado, desde que 
amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o contraditório. 
 
 
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13 
STJ/REsp 1.309.694-PR 
A apresentaçãode prova material de apenas parte do lapso temporal não implica violação da Súm. n. 
149/STJ, cuja aplicação é mitigada se a reduzida prova material for complementada por prova testemunhal 
idônea. A prova exclusivamente testemunhal é insuficiente para comprovação da atividade laborativa do 
trabalhador rural, sendo indispensável que ela venha corroborada por razoável início de prova material, a 
teor do art. 55, § 3º, da Lei n. 8.213/1991 e do enunciado n. 149 da Súmula do STJ. 
 
STJ/PUIL 293-PR 
A sentença trabalhista homologatória de acordo somente será considerada início válido de prova material, 
para os fins do art. 55, § 3º, da Lei n. 8.213/1991, quando fundada em elementos probatórios 
contemporâneos dos fatos alegados, aptos a evidenciar o exercício da atividade laboral, o trabalho 
desempenhado e o respectivo período que se pretende ter reconhecido, em ação previdenciária. 
 
STJ/REsp 1.309.694-PR 
A sentença trabalhista homologatória de acordo, assim como a anotação na CTPS e demais documentos 
dela decorrentes, somente será considerada início de prova material válida, conforme o disposto no art. 55, § 
3º, da Lei n. 8.213/91, quando houver nos autos elementos probatórios contemporâneos aos fatos alegados 
e que sejam aptos a demonstrar o tempo de serviço no período que se pretende reconhecer na ação 
previdenciária, exceto na hipótese de caso fortuito ou força maior. 
 
TNU/Súmula 6 
A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie a condição de trabalhador rural do 
cônjuge constitui início razoável de prova material da atividade rurícola. 
 
TNU/Súmula 14 
Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material corresponda 
a todo o período equivalente à carência do benefício. 
 
TNU/Súmula 34 
Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova material deve ser contemporâneo à 
época dos fatos a provar. 
 
Art. 56. O professor, após 30 (trinta) anos, e a professora, após 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício em 
funções de magistério poderão aposentar-se por tempo de serviço, com renda mensal correspondente a 100% 
(cem por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III deste Capítulo. (Não recepcionado 
pelo Art. 26. EC 103/19) 
 
STJ/AREsp 956.558 SP 
Em caráter excepcional e quando devidamente comprovada a atividade laborativa, é possível sua 
mitigação de forma a reconhecer o trabalho da criança e do adolescente, pois negar o cômputo do 
tempo de trabalho e de contribuição e a proteção previdenciária seria punir aqueles que efetivamente 
trabalharam para auxiliar no sustento da família. 
 
STJ/RE 1.426.306/TO 
Somente os servidores públicos civis detentores de cargo efetivo (art. 40, CF, na redação dada pela EC 
20/98) são vinculados ao regime próprio de previdência social, a excluir os estáveis nos termos do art. 19 do 
ADCT e os demais servidores admitidos sem concurso público. 
 
Subseção IV 
Da Aposentadoria Especial 
 
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que 
tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15, 20 
ou 25 anos, conforme dispuser a lei. 
 
§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto 
Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em 
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. 
 
 
 
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14 
STJ/Pet 10.679-RN 
Para fins de aposentadoria especial, é possível reconhecer a caracterização da atividade de vigilante como 
especial, com ou sem o uso de arma de fogo, mesmo após a publicação do Decreto n. 2.172/1997, desde 
que comprovada a exposição do trabalhador à atividade nociva, de forma permanente, não ocasional, nem 
intermitente. 
 
STJ/REsp 1.831.371/SP 
É possível o reconhecimento da especialidade da atividade de Vigilante, mesmo após EC 103/2019, com ou 
sem o uso de arma de fogo, em data posterior à Lei 9.032/1995 e ao Decreto 2.172/1997, desde que haja a 
comprovação da efetiva nocividade da atividade, por qualquer meio de prova até 5.3.1997, momento em que 
se passa a exigir apresentação de laudo técnico ou elemento material equivalente, para comprovar a 
permanente, não ocasional nem intermitente, exposição à atividade nociva, que coloque em risco a 
integridade física do Segurado. 
 
§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o 
inciso II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou 
seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a 
concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente. 
 
STJ/REsp 1.759.098-RS 
O segurado que exerce atividades em condições especiais, quando em gozo de auxílio-doença, seja 
acidentário ou previdenciário, faz jus ao cômputo desse mesmo período como tempo de serviço especial. 
 
§ 8º Aplica-se o disposto no art. 46 (cancelamento automático da aposentadoria) ao segurado aposentado nos 
termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos 
constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. 
 
STJ/REsp 1.764.559/SP 
O artigo 57, § 8º, da Lei n. 8.213/1991 não impede o reconhecimento judicial do direito do segurado ao 
benefício aposentadoria especial com efeitos financeiros desde a data do requerimento administrativo, se 
preenchidos nessa data todos os requisitos legais, mesmo que ainda não tenha havido o afastamento das 
atividades especiais. 
 
Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à 
saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata o artigo 
anterior será definida pelo Poder Executivo. 
 
§ 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na 
forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com 
base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de 
segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista. 
 
STJ/REsp 1.886.795-RS 
O reconhecimento do exercício de atividade sob condições especiais pela exposição ao agente nocivo ruído, 
quando constatados diferentes níveis de efeitos sonoros, deve ser aferido através do Nível de Exposição 
Normalizado (NEN). Ausente tal informação, deverá ser adotado como critério o nível máximo de ruído (pico 
de ruído), desde que perícia técnica judicial comprove a habitualidade e a permanência da exposição ao 
agente nocivo na produção do bem ou na prestação do serviço. 
 
§ 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas 
pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento. 
 
STF/RE 791.961 
É constitucional a vedação de continuidade da percepção de aposentadoria especial se o beneficiário 
permanece laborando em atividade especial ou a ela retorna, seja essa atividade especial aquela que 
ensejou a aposentação precoce ou não. 
 
 
 
 
 
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15 
Subseção V 
Do Auxílio-Doença 
 
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de 
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 
15 dias consecutivos. 
 
§ 8º O seguradorecluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto terá direito ao auxílio-
doença. 
 
STF/ADI 6.928/DF 
É constitucional o art. 6º da Lei 14.131/202, que simplificou o processo de concessão de benefício de auxílio 
por incapacidade temporária. 
 
A norma impugnada, excepcional e transitória, concretiza o direito fundamental à previdência social do 
segurado incapaz para o trabalho ou para a atividade habitual, contribui para a eficiência na prestação do 
serviço público e reduz o impacto da pandemia decorrente da Covid-19 sobre a renda dos beneficiários do 
Regime Geral de Previdência Social. 
 
STJ/REsp 1.474.476-SP 
Não encontra previsão legal a exigência de comprovação de que o segurado esteja completamente incapaz 
para o exercício de qualquer trabalho para concessão do benefício de auxílio-doença. 
 
Subseção VIII 
Da Pensão por Morte 
 
Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível 
dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de 
dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação. 
 
STJ/Súmula 336 
A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte 
do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. 
 
Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais. 
 
STF/RE 883.168/SC 
É incompatível com a Constituição Federal o reconhecimento de direitos previdenciários (pensão por morte) 
à pessoa que manteve, durante longo período e com aparência familiar, união com outra casada, porquanto 
o concubinato não se equipara, para fins de proteção estatal, às uniões afetivas resultantes do casamento e 
da união estável. 
 
STJ/REsp 1.369.832-SP 
O filho maior de 21 anos, ainda que esteja cursando o ensino superior, não tem direito à pensão por morte, 
ressalvadas as hipóteses de invalidez ou deficiência mental ou intelectual previstas no art. 16, I, da Lei 
8.213/1991. 
 
STJ/REsp 1.574.859-SP 
Deve ser reconhecido aos avós de segurado falecido o direito ao recebimento de pensão por morte em razão 
de terem sido os responsáveis pela criação do neto, ocupando verdadeiro papel de genitores. 
 
TNU/Súmula 37 
A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de idade, não se prorroga pela pendência do curso 
universitário. 
 
Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial competente, depois de 6 meses 
de ausência, será concedida pensão provisória, na forma desta Subseção. 
 
 
 
 
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16 
STJ/Súmula 340 
A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do 
segurado. 
 
Subseção XI - Do Auxílio-Acidente 
 
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das 
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da 
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 
 
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a 50% do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto 
no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 
 
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, 
independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação 
com qualquer aposentadoria. 
 
STJ/REsp 1.729.555-SP 
O termo inicial do auxílio-acidente deve recair no dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença que lhe deu 
origem, conforme determina o art. 86, § 2º, da Lei n. 8.213/1991. 
 
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto 
no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
 
STJ/Súmula 507 
A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e a 
aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério do art. 23 da Lei n. 8.213/1991 para 
definição do momento da lesão nos casos de doença profissional ou do trabalho. 
 
STJ/REsp 1.907.861-RJ 
Somente é possível a acumulação do auxílio-acidente com aposentadoria quando a eclosão da doença 
incapacitante e a concessão da aposentadoria forem anteriores à alteração do art. 86, §§ 2º e 3º, da Lei 
8.213/91, promovida pela MP 1.596-14/97. 
 
Seção VII 
Da Contagem Recíproca de Tempo de Serviço 
 
Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de 
concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício e do ato de deferimento, indeferimento ou não 
concessão de revisão de benefício é de 10 anos, contado: (Declarado Inconstitucional pela ADIN 6096) 
 
I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que a 
prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; ou (Declarado Inconstitucional pela ADIN 6096) 
 
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou cessação do 
seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de benefício, no âmbito 
administrativo. (Declarado Inconstitucional pela ADIN 6096) 
 
STF/ADI 6.096 
O STF considerou inconstitucional a nova redação do Art. 103 da Lei 8.213/91 apresentado pela Lei 
13.846/19, sendo assim, o prazo decadencial do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a 
revisão de negativa de concessão de benefício previdenciário é inconstitucional. 
O núcleo essencial do direito fundamental à previdência social é imprescritível, irrenunciável e 
indisponível, motivo pelo qual não deve ser afetada pelos efeitos do tempo e da inércia de seu titular a 
pretensão relativa ao direito ao recebimento de benefício previdenciário. 
 
No caso dos autos, ao contrário, admitir a incidência do instituto decadencial para o caso de indeferimento, 
cancelamento ou cessação importa ofensa à Constituição da República e ao que assentou esta Corte em 
momento anterior, porquanto, não preservado o fundo de direito na hipótese em que negado o benefício, 
caso inviabilizada pelo decurso do tempo a rediscussão da negativa, é comprometido o exercício do direito 
material à sua obtenção. 
 
 
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17 
STJ/REsp 1.590.354-MG 
Diante da decisão do STF na ADI n. 6.096/DF, não é possível inviabilizar o próprio pedido de concessão do 
benefício previdenciário (ou de seu restabelecimento) em razão do transcurso de quaisquer lapsos temporais 
- seja decadencial ou prescricional, de modo que a prescrição limita-se apenas às parcelas pretéritas 
vencidas no quinquênio que precedeu a propositura da ação. 
 
Parágrafo único. Prescreve em 5 anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação 
para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o 
direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. 
 
STF/EREsp 1.605.554-PR 
O termo a quo do prazo decadencial para a revisão da pensão por morte, mediante revisão da renda mensal 
inicial da aposentadoria que a originou, corresponde à data da concessão do benefício originário. 
 
STJ/REsp 1.612.818-PR 
Incide o prazo decadencial previsto no caput do artigo 103 da Lei n. 8.213/1991 para reconhecimento do 
direito adquirido ao benefício previdenciário mais vantajoso. 
 
STJ/REsp 1.947.419-RS 
O marco inicial da uência do prazo decadencial, previsto no caput do art. 103 da Lei n. 8.213/1991, quando 
houver pedido de revisão da renda mensal inicial (RMI) para incluir verbas remuneratórias recebidas em 
ação trabalhista nos salários de contribuiçãoque integraram o período básico de cálculo (PBC) do benefício, 
deve ser o trânsito em julgado da sentença na respectiva reclamatória. 
 
STJ/REsp 1.939.455-DF 
É de 10 anos o prazo prescricional aplicável à pretensão de restituição de valores de benefícios 
previdenciários complementares recebidos por força de decisão liminar posteriormente revogada, tendo em 
vista não se tratar de hipótese de enriquecimento sem causa, de prescrição intercorrente ou de 
responsabilidade civil. 
 
STJ/REsp 1.939.455-DF 
O termo a quo do prazo prescricional da pretensão de restituição de valores de benefícios previdenciários 
complementares recebidos por força de decisão liminar posteriormente revogada é a data do trânsito em 
julgado do provimento jurisdicional em que a confirma, pois esse é o momento em que o credor toma 
conhecimento de seu direito à restituição, em que não mais será possível a reversão do aresto que revogou 
a decisão precária. 
 
STJ/REsp 1.957.733-RS 
Para efeito de adequação dos benefícios previdenciários concedidos antes da Constituição Federal aos tetos 
das Emendas Constitucionais n. 20/1998 e 41/2003, no cálculo devem-se aplicar os limitadores vigentes à 
época de sua concessão (menor e maior valor teto), utilizando-se o teto do salário de contribuição 
estabelecido em cada uma das emendas constitucionais como maior valor teto, e o equivalente à metade 
daquele salário de contribuição como menor valor teto. 
 
Art. 111. O segurado menor poderá, conforme dispuser o Regulamento, firmar recibo de benefício, 
independentemente da presença dos pais ou do tutor. 
 
Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à 
pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário 
ou arrolamento. 
 
STJ/REsp 1.596.774-RS 
Os valores previdenciários não recebidos pelo segurado em vida, mesmo que reconhecidos apenas 
judicialmente, devem ser pagos, prioritariamente, aos dependentes habilitados à pensão por morte, 
para só então, na falta destes, serem pagos aos demais sucessores na forma da lei civil. 
 
 
 
 
 
 
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18 
STJ/REsp 1.856.967/ES 
I. O disposto no art. 112 da Lei n. 8.213/1991 é aplicável aos âmbitos judicial e administrativo; 
 
II. Os pensionistas detêm legitimidade ativa para pleitear, por direito próprio, a revisão do benefício derivado 
(pensão por morte) - caso não alcançada pela decadência -, fazendo jus a diferenças pecuniárias pretéritas 
não prescritas, decorrentes da pensão recalculada; 
 
III. Caso não decaído o direito de revisar a renda mensal inicial do benefício originário do segurado 
instituidor, os pensionistas poderão postular a revisão da aposentadoria, a fim de auferirem eventuais 
parcelas não prescritas resultantes da readequação do benefício original, bem como os reflexos na 
graduação econômica da pensão por morte; e 
 
IV. À falta de dependentes legais habilitados à pensão por morte, os sucessores (herdeiros) do segurado 
instituidor, definidos na lei civil, são partes legítimas para pleitear, por ação e em nome próprios, a revisão do 
benefício original - salvo se decaído o direito ao instituidor - e, por conseguinte, de haverem eventuais 
diferenças pecuniárias não prescritas, oriundas do recálculo da aposentadoria do de cujus. 
 
Art. 114. Salvo quanto a valor devido à Previdência Social e a desconto autorizado por esta Lei, ou derivado 
da obrigação de prestar alimentos reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode ser objeto de 
penhora, arresto ou sequestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou a constituição de 
qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em causa própria para o seu 
recebimento. 
 
STJ/REsp 1.923.742-RS 
É nula a cessão de crédito previdenciário, conforme o artigo 114 da Lei n. 8.213/91. 
 
Art. 115. Podem ser descontados dos benefícios: 
 
I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social; 
 
II - pagamento administrativo ou judicial de benefício previdenciário ou assistencial indevido, ou além do devido, 
inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial, em valor que não exceda 30% 
da sua importância, nos termos do regulamento; 
 
III - Imposto de Renda retido na fonte; 
 
IV - pensão de alimentos decretada em sentença judicial; 
 
V - mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente reconhecidas, desde que 
autorizadas por seus filiados. 
 
VI - pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil concedidos por 
instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por entidades fechadas ou abertas de 
previdência complementar, públicas e privadas, quando expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite 
de 45% do valor do benefício, sendo 35% destinados exclusivamente a empréstimos, financiamentos e 
arrendamentos mercantis, 5% destinados exclusivamente à amortização de despesas contraídas por meio de 
cartão de crédito consignado ou à utilização com a finalidade de saque por meio de cartão de crédito consignado e 
5% destinados exclusivamente à amortização de despesas contraídas por meio de cartão consignado de 
benefício ou à utilização com a finalidade de saque por meio de cartão consignado de benefício. 
 
STJ/REsp 1.338.912-SE 
O normativo contido no inciso II do artigo 115 da Lei n. 8.213/1991 não autoriza o INSS a descontar, na via 
administrativa, valores concedidos a título de tutela antecipada, posteriormente cassada com a 
improcedência do pedido. 
 
STJ/REsp 1.381.734-RN 
Os pagamentos indevidos aos segurados decorrentes de erro administrativo (material ou operacional), não 
embasado em interpretação errônea ou equivocada da lei pela Administração, são repetíveis, sendo legítimo 
o desconto no percentual de até 30% de valor do benefício pago ao segurado/beneficiário, ressalvada a 
hipótese em que o segurado, diante do caso concreto, comprova sua boa-fé objetiva, sobretudo com 
demonstração de que não lhe era possível constatar o pagamento indevido. 
 
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19 
 
Art. 120. A Previdência Social ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nos casos de: 
 
I - negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para a proteção individual 
e coletiva; 
 
II - violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. 
 
STJ/REsp 1.431.150-RS 
É possível que o INSS ajuíze ação regressiva contra o autor do homicídio pedindo o ressarcimento dos 
valores pagos a título de pensão por morte aos filhos de segurada, vítima de homicídio praticado por seu ex-
companheiro. 
 
O art. 120 da Lei 8.213/91 não é numerus clausus (taxativo) e, assim, não exclui a responsabilidade civil 
do causador do dano prevista no art. 927 do CC. 
STJ/REsp 1.457.646-PR 
Nas demandas ajuizadas pelo INSS contra o empregador do segurado falecido em acidente laboral, 
visando ao ressarcimento dos valores decorrentes do pagamento da pensão por morte, o termo a quo da 
prescrição quinquenal é a data da concessão do referido benefício previdenciário. 
 
Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios 
da Previdência Social: 
 
I - aposentadoria e auxílio-doença; 
 
II - mais de uma aposentadoria; 
 
III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; 
 
IV - salário-maternidade e auxílio-doença; 
 
V - mais de um auxílio-acidente; 
 
VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais 
vantajosa. 
 
Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de 
prestação continuada da PrevidênciaSocial, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. 
 
STJ/REsp 1.982.937-SP 
Para atender ao disposto no parágrafo único do art. 124 da Lei n. 8.213/1991, basta que o valor recebido a 
título de seguro-desemprego, nos períodos coincidentes, seja abatido do montante devido nos casos em que 
o benefício previdenciário foi equivocadamente indeferido pela autarquia federal. 
 
STF/REsp 2.039.614-PR 
A compensação de prestações previdenciárias, recebidas na via administrativa, quando da elaboração de 
cálculos em cumprimento de sentença concessiva de outro benefício, com elas não acumulável, deve ser 
feita mês a mês, no limite, para cada competência, do valor correspondente ao título judicial, não devendo 
ser apurado valor mensal ou final negativo ao beneficiário, de modo a evitar a execução invertida ou a 
restituição indevida. 
 
TÍTULO IV 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
 
Art. 129. Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho serão apreciados: 
 
I - na esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social, segundo as regras e prazos aplicáveis às demais 
prestações, com prioridade para conclusão; e 
 
 
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II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, segundo o rito sumaríssimo, inclusive durante as 
férias forenses, mediante petição instruída pela prova de efetiva notificação do evento à Previdência Social, 
através de Comunicação de Acidente do Trabalho–CAT. 
 
Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o inciso II deste artigo é isento do pagamento de quaisquer 
custas e de verbas relativas à sucumbência. 
 
STJ/REsp 1.431.150-RS 
Nas ações de acidente do trabalho, os honorários periciais, adiantados pelo INSS, constituirão despesa a 
cargo do Estado, nos casos em que sucumbente a parte autora, beneficiária da isenção de ônus 
sucumbenciais, prevista no parágrafo único do art. 129 da Lei n. 8.213/1991. 
 
Art. 130. Na execução contra o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, o prazo a que se refere o art. 730 do 
Código de Processo Civil é de trinta dias. 
 
STJ/Pet 12.482-DF 
A reforma da decisão que antecipa os efeitos da tutela final obriga o autor da ação a devolver os valores dos 
benefícios previdenciários ou assistenciais recebidos, o que pode ser feito por meio de desconto em valor 
que não exceda 30% (trinta por cento) da importância de eventual benefício que ainda lhe estiver sendo 
pago. 
 
Art. 143. O trabalhador rural ora enquadrado como segurado obrigatório no Regime Geral de Previdência Social, 
na forma da alínea "a" do inciso I, ou do inciso IV ou VII do art. 11 desta Lei, pode requerer aposentadoria por 
idade, no valor de um salário mínimo, durante 15 anos, contados a partir da data de vigência desta Lei, desde 
que comprove o exercício de atividade rural, ainda que descontínua, no período imediatamente anterior ao 
requerimento do benefício, em número de meses idêntico à carência do referido benefício. 
 
STJ/REsp 1.845.070-RS 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça possui a compreensão de que o exercício de atividade 
urbana, por si só, não afasta a condição de segurado especial, que poderá fazer jus à aposentadoria rural 
por idade se demonstrar exercer a atividade rurícola, ainda que descontínua, nos moldes definidos no art. 
143 da Lei 8.213/1991. 
 
STJ/AREsp 956.558-SP, 
Apesar da proibição do trabalho infantil, o tempo de labor rural prestado por menor de 12 anos deve ser 
computado para fins previdenciários. 
 
 
 
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LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991 
 
LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
TÍTULO III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 3º A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, 
por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e 
reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
 
Parágrafo único. A organização da Previdência Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
 
a) universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante contribuição; 
 
b) valor da renda mensal dos benefícios, substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho 
do segurado, não inferior ao do salário mínimo; 
 
c) cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente; 
 
d) preservação do valor real dos benefícios; 
 
e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional. 
 
STJ/REsp 1.182.060-SC 
Não incide a contribuição previdenciária da Lei n. 8.212/1991 sobre os valores vertidos a planos de 
previdência privada complementar de administradores não empregados, mesmo quando não 
disponibilizados à totalidade de empregados e dirigentes da empresa. 
 
CAPÍTULO III 
DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO 
 
Seção I 
Da Contribuição dos Segurados Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso 
 
Art. 20. A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada mediante a 
aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, 
observado o disposto no art. 28, de acordo com a seguinte tabela: 
 
Ano de 2022 
Salário de Contribuição Alíquota 
Até R$ 1.212,00 7,5% 
R$ 1.212,00 - R$ 2.427,35 9% 
R$ 2.427,35 - R$ 3.641,03 12% 
R$ 3.641,03 - R$ 7.087,22 14% 
 
STF/RE 852.796/RS 
É compatível com a Constituição Federal a progressividade simples estipulada no art. 20 da Lei nº 8.212/91, 
ou seja, a apuração das contribuições previdenciárias devidas pelo segurado empregado, inclusive o 
doméstico, e pelo trabalhador avulso mediante a incidência de apenas uma alíquota — aquela 
correspondente à faixa de tributação — sobre a íntegra do salário de contribuição mensal. 
 
 
CAPÍTULO IV 
DA CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA 
 
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: 
 
I – 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos 
segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, 
 
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qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os 
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à 
disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou 
acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. . 
 
STJ/REsp 1.928.591-RS 
O valor correspondente à participação do trabalhador no auxílio alimentação ou auxílio transporte, 
descontado do salário do trabalhador, deve integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária 
patronal. 
 
CAPÍTULO IX 
DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO 
 
Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: 
 
I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim 
entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados 
a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de 
utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer 
pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de 
convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; 
 
STJ/REsp 2.005.029-SC 
As parcelas relativas ao vale-transporte, vale-refeição/alimentação, plano de assistência à saúde (auxílio-
saúde,odontológico e farmácia), ao Imposto de Renda retido na fonte (IRRF) dos empregados e à 
contribuição previdenciária dos empregados, descontadas na folha de pagamento do trabalhador, constituem 
simples técnica de arrecadação ou de garantia para recebimento do credor, e não modicam o conceito de 
salário ou de salário contribuição, e, portanto, não modicam a base de cálculo da contribuição previdenciária 
patronal, do SAT e da contribuição de terceiros. 
 
§ 2º O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição. (Inconstitucional) 
 
STF/RE 576.967-PR 
É inconstitucional a incidência da contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário 
maternidade. 
 
§ 7º O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário-de-contribuição, exceto para o 
cálculo de benefício, na forma estabelecida em regulamento. 
 
STF/ADI 1.049/DF 
É constitucional a exclusão da gratificação natalina (13º salário) da base de cálculo de benefício 
previdenciário, notadamente diante da inexistência de ofensa à garantia constitucional da irredutibilidade do 
valor dos benefícios da seguridade social. 
 
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: 
 
STJ/REsp 2.033.904-RS 
Os valores descontados dos empregados relativos à participação deles no custeio do vale transporte e 
auxílio-alimentação não constam no rol das verbas que não integram o conceito de salário de contribuição, 
listadas no § 9° do art. 28 da Lei n. 8.212/1991, razão pela qual devem constituir a base de cálculo da 
contribuição previdenciária, de terceiros e do SAT/RAT a cargo da empresa. 
 
STJ/REsp 2.050.837-SP 
Incide a contribuição previdenciária patronal sobre o adicional de insalubridade, em razão da sua natureza 
remuneratória. 
 
STF/Súmula 207 
As gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando 
o salário. 
 
 
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STF/Súmula 688 
É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário. 
 
STJ/REsp 2.050.498/SP 
Incide a Contribuição Previdenciária patronal sobre o Adicional de Insalubridade, em razão da sua natureza 
remuneratória. 
 
STJ/REsp 1.995.437/CE 
Incide a contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o auxílio alimentação pago em pecúnia. 
 
TST/Súmula 203 
A gratificação por tempo de serviço integra o salário para todos os efeitos legais. 
 
TST/Súmula 247 
A parcela paga aos bancários sob a denominação quebra de caixa possui natureza salarial, integrando o 
salário do prestador dos serviços, para todos os efeitos legais. 
 
TNU/Súmula 67 
O auxílio-alimentação recebido em pecúnia por segurado filiado ao Regime Geral da Previdência Social 
integra o salário de contribuição e sujeita-se à incidência de contribuição previdenciária. 
 
TÍTULO VIII 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
 
CAPÍTULO II 
DAS DEMAIS DISPOSIÇÕES 
 
Art. 102. Os valores expressos em moeda corrente nesta Lei serão reajustados nas mesmas épocas e com os 
mesmos índices utilizados para o reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social. 
 
STJ/REsp 1.182.060-SC 
A distribuição de lucros e resultados destinada aos administradores sem vínculo empregatício, na condição 
de segurados obrigatórios (contribuintes individuais), constitui verba remuneratória, devendo integrar o 
salário de contribuição. 
 
 
 
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24 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NO CP 
 
Apropriação indébita previdenciária 
 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e 
forma legal ou convencional: 
 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
STJ/AREsp 774.580/SC 
Segundo entendimento adotado por esta Corte Superior de Justiça, os crimes de sonegação fiscal, 
sonegação de contribuição previdenciária e apropriação indébita previdenciária, por se tratarem de delitos 
de caráter material, somente se configuram após a constituição definitiva, no âmbito administrativo, das 
exações que são objeto das condutas (Precedentes). 
STF/Súmula Vinculante 24 
Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 
8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo. 
Sujeito Ativo: Pessoa responsável de reter contribuição previdenciária. 
Sujeito Passivo: União. 
Tipo Subjetivo: Dolo, não sendo possível a modalidade culposa. Não é possível a tentativa, pois é um 
crime omissivo puro. 
OBS: O STF e STJ possuem o entendimento que a quitação do débito decorrente de apropriação indébita 
previdenciária enseja a extinção da punibilidade podendo ocorrer a qualquer tempo, mesmo que seja 
após o trânsito em julgado. Caso o réu parcele o débito, a punibilidade será suspensa, assim como o 
prazo prescricional. 
STJ/HC 362.478-SP 
O pagamento do débito tributário, a qualquer tempo, até mesmo após o advento do trânsito em 
julgado da sentença penal condenatória, é causa de extinção da punibilidade do acusado. 
STF/RHC 128.245 
Tratando-se de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A, § 1º, I, CP), o pagamento integral do 
débito tributário, ainda que após o trânsito em julgado da condenação, é causa de extinção da 
punibilidade do agente, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei nº 10.684/03. 
STJ/REsp 1.228.549/PR 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que o parcelamento do débito 
tributário, por meio da adesão ao Refis, quando efetivado na vigência da Lei n. 9.964/2000, apenas 
suspende a fluência da prescrição, não extinguindo a punibilidade, mesmo que os débitos tributários 
sejam anteriores ao referido diploma legal. 
 
STJ/AgRg no Ag 1.083.417/SP 
Para a configuração de apropriação indébita de contribuição previdenciária, não há necessidade da 
comprovação do dolo de se apropriar dos valores destinados à previdência social. 
 
STJ/REsp. 1.400.958/SP 
No que tange ao delito de apropriação indébita previdenciária, este Superior Tribunal considera que 
constitui crime omissivo próprio, que se perfaz com a mera omissão de recolhimento da contribuição 
previdenciária dentro do prazo e das formas legais, prescindindo, portanto, do dolo específico. 
 
STJ/Info. 556 
A prescrição da pretensão punitiva do crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168- A do CP) 
permanece suspensa enquanto a exigibilidade do crédito tributário estiver suspensa em razão de 
decisão de antecipação dos efeitos da tutela no juízo cível. Isso porque a decisão cível acerca da 
exigibilidade do crédito tributário repercute diretamente no reconhecimento da própria existência do tipo 
penal, visto ser o crime de apropriação indébita previdenciária um delito de natureza material, que 
pressupõe, para sua consumação, a realização do lançamento tributário definitivo. 
 
Estelionato 
 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém 
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
 
 
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25 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. 
 
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou 
de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. (Estelionato Previdenciário) 
 
STJ/REsp 1.651.521/SP 
Na hipótese de estelionato previdenciário praticado em benefício de terceiro, o marco inicial do lapso 
prescricional da pretensão punitiva estatal a ser considerado é a data do recebimento da primeira 
parcela do benefício, uma vez que se trata de delito instantâneo com efeitos permanentes.

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