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Estudos Linguísticos: Erro, Estruturalismo, Competência Comunicativa e Gramática Tradicional

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
CURSO DE LETRAS/INGLÊS – MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
	 
DISCIPLINA- Linguística I
Professor(a): Renilson José Menegassi
Acadêmico: Dirceomara Pereira da Silva      - Ra: 97573
Polo- Assaí
1) Como o erro é visto pela Linguística?
 A linguística não ignora que o erro é uma realidade para os falantes. Ocorre que a linguística credita em geral a noção de erro à existência de complexas relações de força e de poder que, por assim dizer, determinam os usos que fazemos da linguagem, o certo e o errado na forma linguística está associada a ordem cultural, política e social.
2) Qual é a importância do Círculo Linguístico de Praga aos estudos linguísticos?
 Porque a Escola de Praga, designa um movimento de estudo da linguagem e da literatura em 1926. Os primeiros estudos focaram-se no Estruturalismo Checo. Os membros da Escola de Praga partilham com os formalistas russos a assunção de que a literatura é um fenômeno específico da linguagem. Estes estudos levaram a uma cisão de que a língua é um instrumento de comunicação, que a impede de ser considerada como autônoma, independente, mas como uma estrutura submetida às pressões procedentes dos atos comunicativos, que influenciaram a estrutura da língua e a inserem na sociedade, não só em relação a dicotomia fonética e fonologia mas em outros processos de construção linguísticas.
3) Quais são as diferenças entre os estudos do Estruturalismo Funcional e do Estruturalismo Formalista?
Estruturalismo Funcional: Privilegia as constantes informações das formas de linguagem na sociedade, mais do que uma teoria ou um conjunto de regras, o funcionalismo é um modo de pensamento, um olhar sobre a linguagem e suas relações com o mundo.
Estruturalismo Formalista : Refere-se ao estudo de forma linguística, nesse sentido a língua é vista como um sistema autônomo e seus estudos focalizarão especialmente a fonética, fonologia morfologia e sintaxe, isto é priorizam as características internas da língua, seus constituintes e as relações entre eles.
4) O que é competência comunicativa?
 A competência comunicativa pode ser compreendida como a habilidade de se usar um sistema linguístico determinado e de forma apropriada em todas as situações da vida cotidiana, considerando as funções e variedades da linguagem.
 
5) O que é a arbitrariedade do signo linguístico?
 Arbitrário é imotivado, não existe uma relação natural entre a realidade fonética de um signo linguístico e o seu significado.
 Signo linguístico é arbitrário porque há sempre uma convenção reconhecida pelos falantes da língua.
 Arbitrariedade relativa, evoca termos dos quais o significante se compõe ex: guarda-roupa .
 Arbitrariedade absoluta : relativamente imotivada ex: roupa.
6) Quais as diferenças entre relações associativas e relações sintagmáticas, explicando-as a partir de exemplos.
 Relações Sintagmáticas: Trata-se de relações in praesentia ( na presença) isto é, repousam acerca de elementos presentes na cadeia da fala. A sucessão dos elementos segue uma ordem linearizada. Ex: Estou a ler.
 Relações associativas: Trata-se de relações in absentia (na ausência) ou seja, sem a presença efetiva na cadeia falada. As associações são feitas virtualmente na memória. A ordem da sucessão é indeterminada pelo fato de não existir imposição linear. Ex: leitura está em relação associativa com livro, leitor, ler, livraria, etc.
7) Quais são as diferenças entre as concepções de linguagem como forma de expressão e como instrumento de comunicação?
 A linguagem como forma de expressão, ela se constrói no interior, sendo sua exteriorização apenas uma tradução. É a atividade mental que organiza a expressão modelando e determinando sua orientação.
 A linguagem como instrumento de comunicação vê a língua como códigos (conjuntos de signos que se combinam seguindo regras) capaz de transmitir ao receptor uma mensagem, isso quer dizer que é necessário que os envolvidos no ato manipulem os sinais de códigos de forma comum preestabelecida.
8) Quais são as características da gramática tradicional oriundas dos gregos e romanos?
 Os povos Gregos e os Romanos tiveram grande interesse a respeitos dos fenômenos que caracterizam a linguagem humana. As reflexões de Gregos e Romanos sobre a linguagem humana emergiram de diferentes fontes, existem duas grandes linhas que podemos encontrar os fundamentos desses povos sobre a linguagem humana, nos estudos de retórica clássica, concentrados especialmente nas questões que poderíamos chamar de estilísticas da língua(gem) e as reflexões filosóficas que tiveram como os filósofos gregos, Platão e Aristóteles.
9) Quais são as primeiras gramática publicadas, em ordem cronológica, e quais são suas características?
 Primeira Gramática Latina criada por Varrão definindo Gramática como arte de escrever, falar corretamente e entender os poetas ( séc I a C )
 A do sânscrito feito pelo Gramático hindu Panini ( séc IV a C). Em que se pese o seu propósito de assegurar a conservação literal dos textos sagrados e a pronúncia correta das preces.
 Gramática Grammaire Ginérale et Raisonée de Port Royal, elaborada pelos franceses Lancelot e Arnaud, propunha pensar a língua em sua generalidade, ela postula a existência de um conjunto de princípios ou axiomas relativos a todas as línguas.
 A primeira Gramática em Lingua Portuguesa de que se tem conhecimento data do século XVI publicada em Lisboa em 1536 com o nome de Grammática da Lingoagem Portuguesa de Fernão de Oliveira. Estabeleceu um sistema ortográfico para a língua Portuguesa e definiu a arte que ensina a bem ler e falar, dando destaque aos aspectos sonoros da língua e criou regras e sintaxe.
 
10) É preciso ensinar Gramática nas escolas?
 Sim, pois ela possui correlações na vida cotidiana do aluno, uma vez que estando seguros de seu funcionamento, bem como o uso das regras e exceções regida pela Gramática, eles poderão aplica-las à sua prática textual, e garantindo ainda que esse aluno e falante da sua língua, conheça o funcionamento da sua própria língua materna, possibilitando a total noção de características essenciais que pertencem à sua cultura.

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