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CENTRO CIRÚRGICO E CME Cristiane Regina Scher Assistência de enfermagem no perioperatório Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer a importância da sistematização da assistência de enfer- magem perioperatória (SAEP). � Descrever a atuação do enfermeiro na aplicação da SAEP em relação às recomendações nos períodos pré-operatório imediato, transope- ratório e pós-operatório. � Identificar como a humanização da assistência ao paciente pode contribuir para a assistência no perioperatório. Introdução A sistematização da assistência de enfermagem perioperatória, conhecida pela sigla SAEP, objetiva ser um instrumento de realização privativa do enfermeiro, conforme a Lei do Exercício Profissional, para aprimoramento do cuidado ao paciente cirúrgico, de modo a desenvolver uma melhoria na qualidade assistencial, sendo documentada, sistematizada, partici- pativa e individualizada, voltada para as necessidades do indivíduo, e com a finalidade de também melhorar a comunicação entre as equipes envolvidas no pré, no trans e no pós-operatório. A atuação do enfermeiro nesses períodos cirúrgicos em relação à aplicação da ferramenta SAEP tem em comum a percepção dos sen- timentos quanto ao procedimento, fazendo com que o paciente fique menos vulnerável nas fases cirúrgicas, pela explicação de todos os atos que se seguirão, trazendo informações claras e explícitas. Além desses pontos, a humanização do atendimento de enferma- gem desses períodos se dá por meio de ações e comportamentos do enfermeiro para tornar todos os processos mais leves e buscando uma melhor recuperação. Assim, cabe ao enfermeiro o cuidado humanizado, estando ciente dos possíveis fatores de interferência e promovendo a ligação entre os atos tecnológicos e humanos, favorecendo as relações entre profissional e paciente e visando a um resultado pós-cirúrgico satisfatório e com o menor número de complicações possíveis. Importância da sistematização da assistência de enfermagem perioperatória (SAEP) O centro cirúrgico (CC) é uma das unidades mais críticas de um hospital, já que compreende o local onde há uma diversificada circulação de funcionários e a realização de procedimentos diversos, para diagnóstico ou tratamento (JOST; VIEGAS; CAREGNATO, 2018). Inicialmente, a função do enfermeiro nos centros cirúrgicos, conforme Saragiotto e Tramontini (2009), era direcionada ao planejamento, ao acompa- nhamento e à avaliação das ações, de modo a atender às solicitações médicas, em detrimento, portanto, da assistência direta ao paciente. Com o objetivo de redirecionar a assistência ao paciente diretamente, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) e a implementação do processo de enfermagem foram regulamentadas pela Resolução COFEN n° 358/2009, pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), indicando que o processo de enfermagem deveria ser realizado em todos os ambientes em que ocorre o cuidado de enfermagem. A SAE é realizada em cinco etapas, apresentadas a seguir. 1. Coleta de dados de enfermagem (ou histórico de enfermagem). 2. Diagnóstico de enfermagem. 3. Planejamento de enfermagem. 4. Implementação. 5. Avaliação de enfermagem. Quando realizada em CC, a SAE passa a ser chamada de sistematização da assistência de enfermagem perioperatória (SAEP), com o objetivo em comum de promover uma assistência de qualidade ao paciente, de maneira documentada, individualizada e participativa, visando à maior humanização e especialização do processo (JOST; VIEGAS; CAREGNATO, 2018; SARA- GIOTTO; TRAMONTINI, 2009). Assistência de enfermagem no perioperatório2 Perioperatório é a definição usada para o conjunto de períodos de uma cirurgia, ou seja, engloba os períodos pré-operatório, transoperatório e pós-operatório (JOST; VIEGAS; CAREGNATO, 2018). Buscando promover essa qualidade assistencial no CC, em 2013, o Minis- tério da Saúde, em conformidade com o programa Safe Surgery Save Lives (“Cirurgias Seguras Salvam Vidas”), criado pela Organização Mundial da Saúde, em 2008, aprovou o programa de cirurgia segura, buscando melhorar a qualidade da segurança do paciente (BARBOSA; LIEBERENZ; CARVA- LHO, 2018). Em consonância com os checklists de cirurgia segura, que visam a melhorar a qualidade assistencial e a comunicação entre os profissionais, a SAEP obje- tiva auxiliar o paciente durante o perioperatório, para promover a segurança do paciente e de toda a equipe envolvida no processo. Além disso, atua na educação para o autocuidado e no apoio aos pacientes, e a seus familiares, de modo a auxiliar na redução da ansiedade sobre o procedimento cirúrgico a ser realizado, por meio de apoio emocional, reforçando a qualidade e a eficácia na assistência de enfermagem (VASCONCELOS et al., 2014). Similarmente à SAE, na SAEP há etapas a serem realizadas com o paciente no período perioperatório, por intermédio exclusivo do enfermeiro, conforme designado na Lei do Exercício Profissional. Essas fases foram descritas por Saragiotto e Tramontini (2009), conforme mostrado a seguir. 1. Fase pré-operatória: � realização de entrevista com o paciente (presencial ou não); � análise de prontuários dos pacientes, buscando a identificação de in- formações relevantes. 2. Fase transoperatória � realização dos cuidados necessários identificados na fase anterior; � observação e monitoramento tanto do paciente quanto do ambiente. 3. Fase pós-operatória � realização de visitas no leito do paciente no período de recuperação pós-cirúrgica. 3Assistência de enfermagem no perioperatório Tais fases têm diversos objetivos, todos com foco no paciente, já que o enfermeiro é o indivíduo mais qualificado para o desenvolvimento de ações que possibilitem alta qualidade assistencial e a segurança do paciente e da equipe no perioperatório (VASCONCELOS et al., 2014). Atuação do enfermeiro na aplicação da SAEP nos períodos pré-operatório, transoperatório e pós-operatório A segurança do paciente tem sido alvo de discussões há anos no mundo todo. Desde a década de 1990, pressupôs-se um instrumento para a coleta de infor- mações dos pacientes cirúrgicos, denominado sistematização da assistência de enfermagem (SAEP) (MONTEIRO et al., 2014). Conforme Saragiotto e Tramontini (2009), os principais objetivos a serem alcançados com a implementação da SAEP, bem como a importância de sua execução, consistem em: � determinar quais as necessidades individuais do paciente que fará a cirurgia, para minimizar os possíveis riscos em decorrência de materiais e equipamentos necessários à realização do procedimento; � evidenciar a real necessidade de recursos humanos ao procedimento, de forma prévia e contínua; � realizar a implementação da assistência de enfermagem de maneira individualizada, com a participação do paciente e de forma documentada com foco no paciente especificamente; � contribuir para a sua recuperação por meio de ações emocionais e educati- vas, minimizando a ansiedade e maximizando os cuidados pós-operatórios. Em geral, os períodos operatórios se classificam em (CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009; MONTEIRO et al., 2014): � pré-operatório — compreende desde a informação ao paciente sobre a realização da cirurgia até o encaminhamento ao CC; � transoperatório — período do ato cirúrgico propriamente dito; � pós-operatório — período compreendido até as 24 ou 48 horas após o proce- dimento cirúrgico. Assistência de enfermagem no perioperatório4 O enfermeiro é muito importante nos processos operatórios em todos os seus períodos, já que compete a esse profissional o planejamento da assis- tência de enfermagem, visando à qualidade assistencial do paciente, de seus familiares e da equipe envolvida no procedimento cirúrgico (CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009; MONTEIRO et al., 2014). Ainda segundo Christóforo; Carvalho, 2009; e Rocha; Ivo, 2015, inde- pendentemente do tipo de cirurgia (eletiva ou de urgência), o paciente e a sua famíliatendem a ficar bastante apreensivos em relação ao procedimento propriamente dito, à anestesia e à recuperação pós-cirúrgica. Para minimizar as ansiedades, melhorando a qualidade da assistência e a recuperação final do paciente, o período pré-operatório constitui uma parte importantíssima do cuidado. Nesse momento, cabe ao enfermeiro fornecer, de maneira clara e explícita, as informações sobre o procedimento que será realizado e as necessidades pré-operatórias individuais, que incluem o preparo físico e emocional, com a finalidade de diminuir os riscos cirúrgicos, promo- vendo a recuperação e evitando complicações pós-cirúrgicas (CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009; ROCHA; IVO, 2015). Conforme Christóforo e Carvalho (2009), as complicações pós-cirúrgicas estão diretamente relacionadas às falhas ocorridas nas informações comunica- das no período pré-operatório. Portanto, o enfermeiro busca, no pré-operatório, identificar alterações anatômicas e fisiológicas que possam estar associados ao tipo de anestesia, procedimento e tempo cirúrgico, para que não ocorram complicações no pós-operatório (MIRANDA et al., 2016). Dessa maneira, os cuidados prestados nesse primeiro momento devem ser individualizados, com o fornecimento de informações claras, baseadas em evidências científicas e reforçadas pelas características do paciente, como estado de saúde, tipo de cirurgia a ser realizada, média de permanência hos- pitalar pelo tipo de procedimento, etc. (CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009; ROCHA; IVO, 2015). No período transoperatório, a importância do enfermeiro reside nos cuida- dos vinculados aos riscos que o paciente apresenta em decorrência do tempo de cirurgia e da necessidade de posicionamento cirúrgico (MIRANDA et al., 2016). Conforme o tipo de cirurgia, haverá um posicionamento específico, cabendo ao enfermeiro, portanto, avaliar os fatores intrínsecos e extrínsecos do paciente no pré-operatório a fim de evitar ou minimizar complicações associadas ao posicionamento durante longos períodos na mesa cirúrgica, visto que todos os pacientes devem ser considerados de alto risco para o desenvolvimento de lesões por pressão (LPP) (Quadro 1) (MIRANDA et al., 2016). 5Assistência de enfermagem no perioperatório Fonte: Adaptado de Miranda et al. (2016). Fatores intrínsecos Fatores extrínsecos � Idade — extremos de idade tendem a ter peles mais sensíveis � Peso corporal — extremos de peso podem potencializar o surgimento de lesões � Estado nutricional — desnutrição e desidratação podem, também, potencializar o risco de surgimento de lesões � Doenças crônicas — como diabetes melito, vasculopatias, neuropatias, etc. � Tipo e tempo de cirurgia — procedimentos com 2 horas ou mais podem comprometer a oxigenação dos tecidos por compressão � Anestesia — por ocasionar perda de proteção fisiológica compensatória � Problemas no controle da temperatura corporal — hipotermia pode promover hipóxia tecidual favorecendo o aparecimento de lesões � Posições cirúrgicas e imobilizações por posicionamento Quadro 1. Fatores de risco para ocorrência de LPP em procedimentos cirúrgicos Além da avaliação prévia, o enfermeiro no transoperatório tem por res- ponsabilidades avaliar e utilizar os dispositivos cabíveis ao posicionamento do paciente a fim de prevenir lesões de pele ou situações mais agudas, como a síndrome compartimental, que se caracteriza por um aumento de pressão em um compartimento corporal, promovendo a redução da perfusão capilar, levando à isquemia. Se houver demora no diagnóstico da síndrome, pode ocorrer um dano neuromuscular permanente, necessitando, inclusive, da realização de fasciotomia descompressiva (MIRANDA et al., 2016). De acordo com Miranda et al. (2016), o enfermeiro deve empregar todos os recursos de proteção ao posicionamento, a fim de manter a integridade tecidual, tanto por atritos quanto por pressão ou nos riscos de queimaduras provocadas pelo uso de bisturis elétricos. O período pós-operatório se divide em três etapas (Figura 1) (MORAES; PENICHE, 2003): 1. pós-operatório imediato; 2. pós-operatório mediato; 3. pós-operatório tardio. Assistência de enfermagem no perioperatório6 Figura 1. Etapas do pós-operatório. • 12 a 24 horas após o término da cirurgia • Varia conforme o porte, a gravidade da cirurgia e o estado do paciente • Inicia nas primeiras 24 horas até a alta hospitalar • Tempo de duração variável conforme cirurgia: • cirurgia de menor porte – em torno de 2 a 4 dias • Cirurgia de grande porte – em torno de 7 a 10 dias • Inicia ao término do mediato • Duração de 1 a 2 meses, até a completa cicatrização da ferida cirúrgica ou até a fase de ganho ponderal Imediato Tardio Mediato A recuperação anestésica está compreendida no pós-operatório imediato, contado a partir da saída do paciente da sala cirúrgica até a saída da sala de recuperação, seja para o leito de internação, seja para alta hospitalar, nos casos de procedimentos ambulatoriais (MORAES; PENICHE, 2003). O período em que o paciente está na sala de recuperação é considerado crí- tico, pois, nesse momento, ele poderá apresentar depressão cardiorrespiratória, ausência de sensações, ausência de tono simpático e inconsciência, todas as condições associadas diretamente aos anestésicos utilizados no procedimento, de anestesia geral ou regional. (MORAES; PENICHE, 2003). Portanto, seguindo a indicação da SAEP, o enfermeiro deverá acompanhar e documentar todo o processo, para que esse meio de comunicação seja único, contínuo, com registros fidedignos ao paciente e acessíveis à toda a equipe de saúde. Por ser considerado um período crítico, as ações documentadas nesse momento garantem a segurança e os cuidados específicos ao paciente, de maneira individualizada, prevenindo a ocorrência de complicações ou prevendo as possibilidades de ocorrência para que consigam ser revertidas. 7Assistência de enfermagem no perioperatório O período pós-operatório, quando o paciente está recobrando a consciência, pode ser muito desconfortante, conforme Jouclas, Tencatti e Oliveira (1998), pois o paciente acorda em um local completamente desconhecido, após uma “agressão física” provocada pelo procedimento e, normalmente, sem um rosto familiar ou conhecido por perto. Assim, o papel do enfermeiro no pós- -cirúrgico também é o de estar ao lado, oferecendo o conforto e a segurança necessários nesse momento, de forma a amenizar o processo doloroso do paciente, físico e psicológico. Humanização da assistência ao paciente no perioperatório Um processo cirúrgico promove muitos períodos de incerteza e ansiedade ao paciente, seja um procedimento realizado de forma eletiva, seja de urgência. Em ambos os casos, a acolhida do paciente é fundamental para a minimização de seus anseios, proporcionando, eventualmente, uma recuperação mais efetiva. Além disso, o ato cirúrgico pode provocar constrangimentos e privações, já que, muitas vezes, o paciente, ainda em processo anestésico, está nu em uma maca, cercado de pessoas desconhecidas, e os preparativos, como a tricotomia, podem ser bastantes invasivos à sua privacidade e individualismo. Muitas vezes, o avanço científico e tecnológico fez com que o enfermeiro assumisse mais cargos e encargos administrativos. Por vezes, isso promoveu, em centros cirúrgicos, uma cultura de um sistema fechado e rotineiro, visando às questões práticas envolvidas no processo, como a conferência de dados pessoais, do tipo de patologia e do procedimento a ser realizado. Esse processo, inúmeras vezes realizado mecanicamente e sem empatia, poderia agravar o grau de ansiedade do paciente, pois esse percebe não dispor do “conhecimento técnico” e, muitas vezes, se sentir acuado por esse motivo (BEDIN; RIBEIRO; BARRETO, 2005; DESLANDES, 2004). Conforme Corbani, Brêtas e Matheus (2009), humanização e cuidado são indissociáveis e ambos inerentes à enfermagem, cujo principal instrumento de trabalho é ocuidar. Assim, pode-se afirmar que cuidar é uma forma de usar a própria humanidade para assistir o outro. O termo “humanização” vendo sendo utilizado na saúde como um sinônimo para cuidado, legitimado em 2000 quando da regulamentação, pelo Ministério da Saúde, do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), que buscou a promoção de uma nova cultura no atendimento à saúde hospitalar (DESLANDES, 2004). Assistência de enfermagem no perioperatório8 Deslandes (2004) afirma que o emprego do termo “humanização” no âmbito assistencial tem por objetivo a valorização da qualidade da assistência técnica associada ao reconhecimento dos direitos, subjetividades e traços culturais do paciente, de modo a valorizar, também, o diálogo entre os profissionais e o paciente, bem como entre as equipes de atendimento. Com o passar do tempo, percebeu-se que eram necessárias modificações na sistematização da assistência, nas quais o enfermeiro voltaria a ter seu papel principal de atuação no cuidado direcionado a uma atenção mais direta ao paciente, destacando a importância dessas ações para o sucesso do tratamento (BEDIN; RIBEIRO; BARRETO, 2005). Com a criação da SAEP, buscou-se diminuir essa diferença criada pelo tempo entre a real objetividade do enfermeiro no cuidar e a mecanização nos processos realizados em CC. A SAEP é uma sistematização que auxilia o enfermeiro na humanização do cuidado aos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos, pois visa a analisar as necessidades individuais, de forma participativa, orientada e documentada, com objetivo de diminuir a ansiedade atrelada ao processo (SARAGIOTTO; TRAMONTINI, 2009). Se a humanização do cuidado em CC passar a ser considerada uma ação concreta da atividade do enfermeiro, a qualidade da assistência, pragmatizada no reconhecimento das individualidades e do diálogo, aumentará (DESLAN- DES, 2004). Em suma, a humanização do cuidado ao paciente durante o perioperatório se dá quando o enfermeiro consegue estabelecer uma relação de escuta, diálogo, respeito às individualidades e crenças, tornando o processo cirúrgico menos estressante a partir do momento em que o paciente recebe os cuidados e as orientações adequadas, claras e acolhedoras em todos os momentos (BEDIN; RIBEIRO; BARRETO, 2005; CORBANI; BRÊTAS; MATHEUS, 2009; DESLANDES, 2004). No pré-operatório, o enfermeiro deverá ser empático às ansiedades do paciente, esclarecendo suas dúvidas sobre o procedimento de forma clara e explícita, respeitando-o e conhecendo-o da melhor maneira para que também consiga exercer seu papel profissional, realizando as previsões sobre possíveis complicações e necessidades do paciente no trans e pós-operatório. Durante o procedimento, no transoperatório, cabe ao enfermeiro tornar o momento o menos invasivo possível, respeitando e cuidando para que os posicionamentos não promovam outros problemas para o paciente. 9Assistência de enfermagem no perioperatório No pós-operatório cirúrgico, o enfermeiro terá uma postura humanizada, ao estar ao lado da pessoa que está acordando em um local desconhecido, cercado por rostos incomuns à sua vivência. Tais pontos, como dito anteriormente, poderão ser geridos e orientados para a execução pela SAEP, ao ponto de o cuidado humanizado estar tão implícito às rotinas diárias quanto a conferência de dados pessoais e patologias do paciente. BARBOSA, G. A.; LIEBERENZ, L. V. A.; CARVALHO, C. A.. A percepção dos profissionais de enfermagem do centro cirúrgico em relação aos benefícios da implantação do protocolo de cirurgia segura em um hospital filantrópico no município de Sete Lagoas, MG. Revista Brasileira de Ciências da Vida, Sete Lagoas, v. 6, n. 3, p. 1–15, 2018. Disponível em: http://jornal.faculdadecienciasdavida.com.br/index.php/RBCV/article/view/614/336. Acesso em: 24 maio 2019. BEDIN, E.; RIBEIRO, L. B. M.; BARRETO, R. A. S. S. Humanização da assistência de enferma- gem em centro cirúrgico. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 7, n. 1, p. 118–127, 2005. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fen/article/download/846/1019. Acesso em: 24 maio 2019. CHRISTÓFORO, B. E. 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