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Gestão com responsabilidade 
socioambiental
Apresentação
A responsabilização socioambiental nas organizações está relacionada a todo e qualquer impacto 
causado ao meio ambiente devido ao processo produtivo e de funcionamento. Entretanto, nem 
sempre as empresas foram responsabilizadas pelos impactos negativos causados ao meio ambiente, 
esse foi um processo gradual de conscientização e definições de leis, orientando as empresas para 
o zelo ambiental. É a partir da gestão consciente, social e ambiental que são definidas as estratégias 
para nortear as ações sustentáveis das empresas perante a sociedade, tendo em vista o fomento da 
responsabilidade socioambiental.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a evolução histórica da responsabilidade 
socioambiental nas organizações. Além disso, conhecerá algumas das principais ferramentas 
tecnológicas que dão suporte às estratégias de responsabilidade ambiental nas empresas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o histórico da responsabilidade socioambiental.•
Explicar o vínculo entre responsabilidade socioambiental e gestão.•
Identificar as ferramentas e as tecnologias para a gestão com responsabilidade socioambiental.•
Desafio
A responsabilidade socioambiental não está relacionada apenas à preservação dos recursos 
naturais. É um conceito amplo que aborda também o ambiente no qual uma organização está 
inserida.
Neste Desafio, você vai ajudar na formulação de ações de responsabilidade socioambiental de uma 
empresa de comércio varejista.
Essas discussões serão expostas na próxima reunião de equipe e você deverá apresentar ações para 
minimizar tais impactos. Sendo assim, apresente quais serão suas estratégias.
Infográfico
Para compreender a importância da responsabilidade socioambiental para as organizações e, 
consequentemente, para a sociedade e o mundo, é indispensável compreender sua história, assim 
como os principais marcos que influenciaram nas tendências atuais e nas legislações relativas à 
sustentabilidade.
Neste Infográfico, você vai ver uma linha do tempo, a qual aponta os principais acontecimentos e 
momentos que ajudaram a construir a história da responsabilidade ambiental.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/7de25c60-ac2f-4313-b706-8bb83dd900e3/2c1ceef3-1338-4134-86d2-71e7bcfd6cea.jpg
Conteúdo do livro
O principal objetivo das organizações, de maneira geral, é a maximização dos lucros. A fim de 
atingir esse objetivo, as empresas geram impactos sociais e ambientais. Há uma série de leis, 
políticas e estratégias que tornam possível a redução desses impactos. Sendo assim, a gestão ganha 
importância aliando processos, recursos e tecnologias na redução de danos em busca da 
sustentabilidade. É fundamental compreender a importância da gestão nas ações de 
responsabilidade socioambiental, tendo em vista tornar as empresas sustentáveis, minimizando 
danos causados pelas operações empresariais, além de proporcionar melhorias ao ambiente em que 
as empresas estão inseridas.
No Capítulo Gestão com responsabilidade socioambiental, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai conferir o histórico da responsabilidade socioambiental, identificando 
ferramentas e tecnologias, a fim de contribuir para que as organizações sejam sustentáveis. Além 
disso, vai ver o vínculo entre responsabilidade socioambiental e gestão.
Boa leitura.
VALORAÇÃO 
AMBIENTAL DE 
SERVIÇOS 
ECOSSISTÊMICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Descrever o histórico da responsabilidade socioambiental.
 > Explicar o vínculo entre responsabilidade socioambiental e gestão.
 > Identificar as ferramentas e tecnologias para a gestão com responsabilidade 
socioambiental.
Introdução
O despertar da responsabilidade socioambiental nas organizações foi um processo 
lento, gradual e que ainda está em andamento. Entre avanços e retrocessos, há 
o entendimento, por boa parte dos gestores e empreendedores, da importância 
do desenvolvimento sustentável e dos valores socioambientais, uma vez que são 
esses os sustentáculos da gestão de muitas empresas. 
Neste capítulo, você conhecerá a história da responsabilidade socioambiental 
e do pensamento sustentável. Além disso, conhecerá a relação entre gestão e res-
ponsabilidade socioambiental. Por fim, você verá quais são as ações e ferramentas 
tecnológicas para a gestão com responsabilidade socioambiental.
Gestão com 
responsabilidade 
socioambiental
Sandra Lilian Silveira Grohe
Histórico da responsabilidade 
socioambiental
A sociedade capitalista produziu consistentes mudanças ao longo da história, 
as quais estão relacionadas com aspectos produtivos e de consumo, mas 
também com as mudanças das relações sociais. É possível destacar que, 
mesmo com os avanços tecnológicos desde o período da Revolução Industrial, 
marco histórico da sociedade capitalista, foram acentuadas uma série de 
desigualdades no âmbito social. Outro ponto importante a se destacar é o 
extremo impacto causado aos recursos naturais, devido à produção em massa. 
O entendimento da responsabilidade social e ambiental parte do princípio 
de que pessoas e organizações geram impacto por meio de suas ações. Outro 
aspecto significativo que ressalta o entendimento da importância dessa 
temática está relacionado com a compreensão de que os recursos naturais 
são finitos e que o bem-estar social também é responsabilidade das em-
presas que exploram o mercado de consumo, gerando, assim, um profundo 
impacto ambiental por meio da operacionalização de seus negócios. Todos 
esses elementos, concatenados, fomentaram a necessidade, por parte de 
gestores, legisladores e sociedade, de redução dos impactos causados pelo 
sistema capitalista e seus agentes. 
Breve história da responsabilidade socioambiental
Os elementos introdutórios destacados neste capítulo indicam uma evo-
lução no pensamento socioambiental, conduzindo empresas e pessoas a 
refletirem sobre a sua responsabilidade social e ambiental. É importante, 
então, destacar alguns pontos que representaram marcos significativos em 
relação às discussões realizadas ao longo da história que visaram à redução 
dos impactos sociais e ambientais causados por parte das organizações.
Scandelari (2011) aborda alguns dos principais momentos que conduziram 
à formulação do pensamento da responsabilidade socioambiental. Para o 
autor, os principais pontos são:
 � A criação do Clube de Roma, formado por cientistas empresários e 
intelectuais entre 1968 e 1972. O grupo tinha o objetivo de discutir 
elementos importantes para a humanidade e a preservação dos recur-
sos naturais. Coordenado por Dennis Meadows, o grupo elaborou um 
importante documento, denominado Relatório Meadows, que abordava 
temas como o crescimento da população e o esgotamento dos recursos 
naturais e dos alimentos. 
Gestão com responsabilidade socioambiental2
 � No ano de 1973, é cunhado o conceito de desenvolvimento ecossus-
tentável, empregado por Maurice Strong para apresentar a política de 
desenvolvimento para a época. A partir desse conceito, Ignancy Sachs 
elabora os princípios básicos dessa nova visão, destacando: a) satisfação 
das necessidades básicas; b) solidariedade com as futuras gerações; 
c) participação da população envolvida; d) preservação dos recursos 
naturais e do meio ambiente; e) sistema social que garanta emprego, 
segurança social e respeito às culturas; f) programas de educação. 
 � No ano de 1983, é criada a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento pela Organização das Nações Unidas (ONU). A Comis-
são reexaminou importantes questões ligadas ao meio ambiente e ao 
desenvolvimento, destacando a elaboração de uma nova compreensão 
do problema, além de propostas de abordagem mais realistas, de modo 
a promover mudanças mais significativas.
 � O ano de 1992 destaca-se como um momento muitosignificativo para 
o pensamento socioambiental, pois houve a criação de eventos como 
a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento. Nesse evento, foi operacionalizado o conceito do desenvolvi-
mento sustentável, no sentido de buscar alternativas à destruição de 
recursos naturais, garantindo, assim, um planeta sustentável. 
 � A Agenda 21, elaborada em 1992, no evento Rio-92, foi outro marco de 
relevante significado na história do pensamento sustentável, quando foi 
realizada a construção dos objetivos sustentáveis de forma participativa. 
Por meio desse documento, foi estabelecida a responsabilidade para cada 
país participante, a partir das perspectivas local e global, na construção 
de estratégias rumo ao desenvolvimento sustentável (SCANDELARI, 2011). 
É possível, ainda, destacar outros momentos históricos, como a reunião 
posterior à elaboração da Agenda 21, a fim de verificar a evolução dos países 
envolvidos com as estratégias elaboradas. Nesse sentido, pode-se acrescentar 
às abordagens de Scandelari (2011) os Objetivos do Milênio (ODM), criados 
em 2010, constituídos por oito objetivos. Os ODM foram o “[...] primeiro ar-
cabouço global de políticas para o desenvolvimento”, contribuindo “[...] para 
orientar a ação dos governos nos níveis internacional, nacional e local por 
15 anos” (ONU, 2015, documento on-line). No ano de 2015, novos objetivos de 
desenvolvimento sustentável foram construídos. Os ODM foram retomados 
e, a partir deles, foram criados 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
(ODS), constituídos por 169 metas (Figura 1). 
Gestão com responsabilidade socioambiental 3
Figura 1. ODS.
Fonte: Adaptada de ONU (2015).
O documento dos ODS:
[...] é um guia para as ações da comunidade internacional nos próximos anos. E é 
também um plano de ação para todas as pessoas e o planeta que foi coletivamente 
criado para colocar o mundo em um caminho mais sustentável e resiliente até 2030 
(ONU, 2015, documento on-line). 
É importante destacar que tais avanços, na maioria das vezes, ocorreram por 
meio de uma grande pressão popular da sociedade e de movimentos sociais. 
Nesse sentido, um exemplo foi a construção do Tratado de Educação 
Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (TEASS), 
em meados dos anos de 1990. A partir da participação popular, foram traça-
das metas para que as sociedades passassem a ser sustentáveis. À época, 
a preocupação foi muito mais com a sustentabilidade da sociedade do que 
com o desenvolvimento, especificamente o desenvolvimento econômico. 
Assim, o foco passou a ser a formação de sociedades socialmente justas e 
ecologicamente equilibradas. 
Desde então, o conceito de sustentabilidade ganhou destaque, porém, 
por muitas vezes, foi utilizado de acordo com interesses específicos, prin-
cipalmente por organizações que identificaram a sustentabilidade como 
apenas um slogan. Nesse debate, Henri Acselrad (2013, p. 6) ressalta que o 
conceito de sustentabilidade foi “[...] tornando-se cada vez menos explícito 
e mais ambíguo”.
Gestão com responsabilidade socioambiental4
Para Carlos Brandão (2005), a sustentabilidade deve ocorrer no interior 
das sociedades. Ou seja, não é possível renunciar o campo de disputa em 
que ela se encontra, muito menos ser neutro ou relativizar esse conceito. 
“Sustentabilidade é uma palavra-chave em nossos dias. E a sociedade sus-
tentável é o seu lugar de realização” (BRANDÃO, 2005, p. 90). Nesse sentido, 
é preciso que as organizações que pretendem se tornar sustentáveis tenham 
isso claro no momento da tomada de decisão.
Definição de responsabilidade socioambiental
A partir da evolução das discussões sobre a degradação ambiental e os 
impactos sociais causados por meio do modo de produção capitalista e 
de seus agentes, foram definidos importantes conceitos que conduzem ao 
entendimento de responsabilidade socioambiental. Assim, faz-se necessário 
fazer uma análise da conceituação de responsabilidade social e ambiental. 
Esses conceitos podem ser compreendidos como:
[...] uma perspectiva multidimensional, devido às várias possibilidades de uso. Três 
dimensões que podem ser consideradas muito importantes para esta construção: 
A primeira pode ser o envolvimento das questões políticas, no sentido da postura 
ética dos legisladores em seus diferentes níveis federativos. Segundo, podem 
estar ligados às questões econômicas com os envolvimentos dos agentes, tanto 
os produtores como os consumidores. Em terceiro passo, pode estar interligado 
a questões sociais, definidas nas questões das desigualdades sociais (PALHARE; 
NAGATA, 2010, documento on-line). 
A partir dessas perspectivas, pode ser discutido o conceito de responsa-
bilidade socioambiental. Para Cabestre, Graziadel e Filho (2008), a respon-
sabilidade socioambiental indica um referencial para as empresas na busca 
pela melhora da qualidade de vida de pessoas e pelo uso consciente dos 
recursos ambientais. Nesse sentido, a responsabilidade ambiental pode ser 
entendida como a busca pelo desenvolvimento sustentável das organiza-
ções e, consequentemente, pela redução ao máximo dos impactos e danos 
causados por suas ações. 
A partir dos aspectos aqui tratados, pode-se definir empresas sus-
tentáveis como aquelas com capacidade para atendimento de suas 
demandas de consumo, sem que haja um comprometimento de recursos naturais 
e danos ao ambiente em que a organização está inserida. De acordo com esse 
entendimento, as organizações irão ao encontro do desenvolvimento sustentável, 
Gestão com responsabilidade socioambiental 5
que “[...] tem como paradigma a inclusão da dimensão social e ambiental desde 
o estágio de planejamento até a operação e avaliação de um empreendimento 
ou de uma política de desenvolvimento” (ALMEIDA, 2003, p. 123). 
O vínculo entre responsabilidade 
socioambiental e gestão
A partir da construção do pensamento sustentável ao longo da história e 
do entendimento, por parte de empreendedores, da importância de que os 
objetivos e metas organizacionais sejam alcançados a partir do desenvolvi-
mento sustentável, faz-se necessário que as empresas formulem as melhores 
estratégias sustentáveis. 
Sob a ótica da gestão, a responsabilidade socioambiental passa a ser 
vista como um diferencial competitivo, sendo utilizada como um instrumento 
integrador de todas as áreas de uma organização. Essas áreas operam em 
conjunto, visando a atingir os objetivos organizacionais, porém sem deixar de 
levar em consideração o uso consciente dos recursos naturais, as obrigações 
legais e as necessidades dos clientes, dos fornecedores, da comunidade, dos 
funcionários e dos acionistas.
A responsabilidade socioambiental, antes de tudo, indica um posiciona-
mento de uma organização perante o seu público consumidor, indicando que 
possui preocupações com os impactos causados por meio de seu processo 
produtivo. Conforme Cajazeira e Barbieri (2004, p. 116):
A empresa que se antecipa no atendimento de novas demandas por meio de ações 
legítimas e verdadeiras acaba criando um importante diferencial estratégico. É 
importante ressaltar as palavras legítimas e verdadeiras, pois são frequentes os 
casos de empresas que usam o prestígio que as questões ambientais adquiriram 
nas últimas décadas perante as populações de muitos países para obter benefí-
cios sem dar uma contribuição efetiva para reduzir os problemas ambientais. As 
expressões lavagem verde e maquiagem verde referem-se às práticas das empresas 
de se apropriarem do discurso ambiental indevidamente. 
Por meio da gestão, é possível criar uma imagem positiva das organizações 
perante a sociedade e, dessa forma, gerar vantagem competitiva. Entretanto, 
faz-se fundamental que a responsabilidade socioambiental esteja presente 
para além das estratégias de marketing social, devendo ser um elemento 
expresso a partir dos valores institucionais e partilhado nas relações de uma 
empresa com o seu público-alvo. 
Gestão com responsabilidade socioambiental6O tripé da sustentabilidade e os novos paradigmas 
de gestão
Um dos conceitos elaborados a partir da relação entre gestão e responsabi-
lidade socioambiental foi o de tripé sustentável ou triple bottom line. O tripé 
sustentável representa um orientador para que as organizações possam, de 
fato, elaborar ações e estratégias sustentáveis. Esse conceito defende que 
uma organização deve ser sustentável, porém não apenas fi nanceiramente, 
mas também contribuindo para impactos positivos ambientais e sociais, 
equilibradamente. Segundo Oliveira et al. (2012, documento on-line):
O conceito do Triple Bottom Line, surgido do estudo realizado por Elkington (1994), 
no inglês, é conhecido por 3P (People, Planet e Profit); no português, seria PPL 
(Pessoas, Planeta e Lucro). Analisando-os separadamente, tem-se: Econômico, cujo 
propósito é a criação de empreendimentos viáveis, atraentes para os investidores; 
Ambiental, cujo objetivo é analisar a interação de processos com o meio ambiente 
sem lhe causar danos permanentes; e Social, que se preocupa com o estabeleci-
mento de ações justas para trabalhadores, parceiros e sociedade.
A Figura 2, a seguir, apresenta o esquema do tripé sustentável, composto 
pelos elementos social, ambiental e econômico. Esses três fatores precisam 
estar integrados na formulação de estratégias empresariais, permitindo, 
assim, que os negócios sejam economicamente viáveis, com o uso de forma 
consciente dos recursos ambientais e com a devida preocupação com as 
comunidades em abrangência local e global.
Figura 2. Tripé sustentável.
Fonte: Guimarães (2019, documento on-line).
Gestão com responsabilidade socioambiental 7
Para Ricart e Sanchez (2002), o conceito de tripé sustentável fortalece a 
importância da gestão socioambiental, já que muitas empresas possuem 
uma visão quase que exclusivamente voltada aos aspectos econômicos no 
momento de elaborar suas estratégias socioambientais. 
Guarnieri (2011, p. 26) também ressalta que:
[...] as empresas que não utilizam análise Triple Botton Line como uma ferramenta 
de design estratégico dos seus produtos e negócios perdem uma excelente opor-
tunidade de criar valor nos três setores: ambiental, social e financeiro. 
Nesse sentido, uma organização só será considerada sustentável se possuir 
um compromisso social e ambiental equilibrado com o econômico, e não 
tendo este último como prioridade.
Responsabilidade socioambiental: políticas públicas 
Embora haja, de modo geral, o entendimento por parte dos empreendedores 
da importância de se elaborar estratégias visando à redução de danos ambien-
tais e sociais, há, ainda, de se levar em consideração a ampla legislação e as 
diretrizes que visam a orientar e regular as empresas em relação aos aspectos 
socioambientais. Algumas das principais leis que visam a regulamentar os 
danos causadas pelas empresas em relação aos aspectos socioambientais são:
 � Lei nº 6.938/1981: dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, 
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação e dá outras 
providências.
 � Lei nº 10.257/2001: regula os arts. 182 e 183 da Constituição Federal em 
relação à política urbana e à garantia do direito a cidades sustentáveis.
 � Lei nº 12.305/2010: instaura a Política Nacional de Resíduos sólidos, 
inclusive alterando a Lei nº 9.605/1998, e dá outras providências.
 � Lei nº 12.349/2010: altera o art. 3º da Lei nº 8.666/1993, com a inclusão 
da promoção do desenvolvimento nacional sustentável como objetivo 
das licitações.
A partir da consciência da importância da temática da responsabilidade 
socioambiental, amparada no tripé da sustentabilidade e regulamentada 
por uma série de leis e diretrizes, é possível que as organizações elaborem 
estratégias e utilizem ferramentas para se tornarem, de fato, sustentáveis. 
Gestão com responsabilidade socioambiental8
Ferramentas e tecnologias para a gestão 
com responsabilidade socioambiental
As ferramentas e tecnologias de gestão representam grandes desafios às 
corporações quando o assunto é responsabilidade socioambiental, princi-
palmente quando apoiadas na teoria do triple bottom line, que evidencia os 
aspectos ambientais, sociais e econômicos.
A seguir, serão apresentados alguns instrumentos de gestão e exemplos de 
práticas em organizações que priorizam a responsabilidade socioambiental 
como um dos eixos norteadores para as ações sustentáveis.
Instrumentos de gestão sustentável
A partir do momento em que as organizações se comprometem e se engajam 
em prol de uma sociedade mais sustentável, faz-se necessário que as suas 
práticas e os seus instrumentos de gestão sejam reformulados. Muitos são 
os pesquisadores que evidenciam a importância de tais necessidades. Um 
exemplo são os pesquisadores Barbieri e Cajazeira (2013), que classificam os 
instrumentos de gestão sustentável em três grupos. O primeiro grupo orienta 
para a manutenção do sistema de gestão (normas, programas e atividades). Já 
o segundo preocupa-se em garantir a transparência e a comunicação com os 
stakeholders. Por fim, o terceiro grupo apresenta instrumentos integradores 
e 34 exemplos de compatibilidade entre sistemas de gestão. O Quadro 1, a 
seguir, apresenta um resumo desses instrumentos orientadores para uma 
gestão mais sustentável.
Quadro 1. Instrumentos de gestão sustentável
Instrumentos Exemplos
Manutenção do sistema de 
gestão
Norma ISO 9001
Norma ISO 14001
Garantia da transparência e 
comunicação
Balanço Social IBASE
Norma ISO 14063
Instrumentos integradores e 
compatibilidade
Guia ISO 72
PAS 99
Fonte: Adaptado de Barbieri e Cajazeira (2013).
Gestão com responsabilidade socioambiental 9
Como é possível observar no Quadro 1, o primeiro instrumento, que se 
refere à manutenção do sistema de gestão, está direcionado aos documentos 
normativos específicos para as certificações ambientais. As normas são fun-
damentais para que as empresas se organizem, oferecendo orientações para 
que elas estabeleçam mudanças de comportamento. Como exemplo, foram 
trazidas a ISO 9001, que define os requisitos para os sistemas de gestão de 
qualidade, e a ISO 14001, que:
[...] exige que as empresas considerem todas as questões ambientais relativas às 
suas operações, como a poluição do ar, questões referentes à água e ao esgoto, a 
gestão de resíduos, a contaminação do solo, a mitigação e adaptação às alterações 
climáticas e a utilização e eficiência dos recursos (ABNT, 2015, documento on-line). 
O segundo instrumento, voltado para a garantia da transparência e a comu-
nicação com os stakeholders, traz como exemplo o Balanço Social IBASE, que 
tem como proposta tornar público e demonstrar numericamente alguns gastos 
envolvendo os aspectos sociais internos e externos de uma organização, bem 
como explanar suas intenções e compromissos com a sociedade e o meio 
ambiente. Também é apresentada como exemplo a ISO 14063, que fornece a 
uma organização as diretrizes sobre princípios gerais, política, estratégia e 
atividades relacionadas com a comunicação ambiental, tanto interna quanto 
externa (ABNT, 2009). Por último, são apresentados os instrumentos que 
tentam garantir a integração e a compatibilidade entre diferentes sistemas de 
gestão. Como exemplo, foi trazido o Guia ISO 72, um manual para a concepção 
de normas que envolvam diversos elementos, assim como a integração entre 
variadas propostas. Outro guia destacado como exemplo foi o PAS 99, que 
fornece, de modo simples, um modelo de integração de todas as normas e 
especificações de sistemas de gestão.
Aqui, foram apresentados alguns instrumentos orientadores para uma 
gestão mais sustentável, porém, quando o assunto é responsabilidade so-
cioambiental, outras temáticas deverão ser consideradas, com a formação 
de redes de interações e o uso de distintas ferramentas de gerenciamento. 
Gestão responsável: atitudes sustentáveis 
Como visto, não existe uma regra fixa para uma organização se tornar sus-
tentável, de modo que ela deverá estar atenta às políticas ambientais,a 
exemplos de êxito de outras organizações, às tecnologias mais atuais e à 
Gestão com responsabilidade socioambiental10
realidade local e global. As ações vão das mais simples às mais complexas, 
dependendo das características de cada empresa. As boas práticas podem 
proporcionar a diminuição dos impactos ambientais e assegurar melhores 
condições de saúde e segurança aos trabalhadores, à comunidade local e, 
consequentemente, ao meio ambiente como um todo.
Muitas organizações utilizam diversas alternativas para minimizar os 
problemas socioambientais e atingir os objetivos para um desenvolvimento 
mais sustentável. Dois exemplos de práticas de gestão sustentável são a 
produção mais limpa (P+L) e o ecodesign, que:
[...] surgem como ferramentas de gestão ambiental cuja finalidade se traduz no 
aumento da eficiência e redução dos riscos à sociedade e ao meio ambiente, além 
de reduzir os custos e desperdícios, aumentar o potencial inovador e competitivo 
da organização (ALVES; FREITAS, 2013, p. 196).
Nesse sentido, de acordo com Gasi e Ferreira (2006), a implementação 
da P+L, especificamente, poderá ser efetivada a partir de algumas atitudes 
básicas, conforme a Figura 3.
Figura 3. P+L – Atitudes básicas para uma gestão sustentável.
Fonte: Adaptada de Gasi e Ferreira (2006).
Gestão com responsabilidade socioambiental 11
Essas atitudes são fundamentais para uma organização que pretende 
aplicar a P+L com a finalidade de “[...] aumentar a eficiência no uso de ma-
térias-primas, água e energia, pela não geração, minimização ou reciclagem 
de resíduos e emissões, com benefícios ambientais, de saúde ocupacional 
e econômicos” (ALVES; FREITAS, 2013, p. 197). Uma empresa pode não gerar 
resíduos — aqui entendidos como efluentes líquidos, emissões atmosféricas 
e resíduos sólidos —, substituindo-os por outras matérias-primas. A não 
geração de resíduos pode ocorrer a partir da reformulação de produtos e da 
inovação tecnológica. Portanto, uma organização precisa minimizar a geração 
de poluentes ao máximo possível. Outro cuidado é com a reciclagem de pro-
dutos existentes, já fabricados e que estão em uso. Uma empresa, após optar 
por reciclar dentro do processo produtivo e esgotar todas as alternativas 
de reciclagem, precisa procurar por uma alternativa: a reciclagem fora do 
processo produtivo, isto é, externa à empresa. Todas essas prioridades, assim 
como, em último caso, o tratamento e a disposição dos resíduos, precisam 
ser conscientes, planejadas e ambientalmente corretas.
 Barbieri (2007) destaca três abordagens-guia que poderão contribuir 
para que as organizações implementem práticas de gestão ambiental. 
A primeira abordagem está relacionada com o controle da poluição, em que 
uma organização deve impedir os efeitos causados pela poluição gerada por 
um produto utilizado. A segunda abordagem é a prevenção da poluição, que 
busca prevenir, corrigir e reprimir processos geradores de poluição. O foco é 
no uso eficiente da matéria-prima utilizada na empresa. Por fim, a terceira 
abordagem é a estratégica, que trata os problemas como uma das questões 
estratégicas da organização. Sem deixar de lado o foco na competitividade, 
as ações dessa abordagem são corretivas, preventivas e antecipatórias.
Além dos exemplos da P+L e das abordagens para a implementação de 
práticas de gestão ambiental trazidas por Barbieri (2007), pode-se citar outros 
modelos e ferramentas de gestão ambiental. Alguns exemplos são: a Gestão 
da Qualidade Ambiental Total (TQEM), que prioriza o trabalho em equipe e a 
solução de problemas; a ecologia industrial, que preconiza a integração da 
indústria e do meio ambiente; a simbiose industrial, tem o foco na integração 
de sistemas; e ecoeficiência, que, assim como a P+L, tem o objetivo de não 
gerar resíduos com suas ações; e o ecodesign, uma ferramenta inovadora que 
procura projetar os produtos de forma sustentável.
Cabe ressaltar que cada organização deve encontrar, entre esses e outros 
modelos e ferramentas, caminhos para uma gestão mais sustentável. 
Gestão com responsabilidade socioambiental12
O vídeo “Você sabe o que é ecodesign?”, do canal da TV Justiça Oficial, 
no YouTube, mostra, na prática, exemplos de como uma organização 
pode reduzir o uso de recursos não renováveis. Ao assistir ao vídeo, você pode 
conferir a preocupação com o consumo e a produção sustentável e o compro-
misso de cada organização com o futuro do planeta.
Ao final deste capítulo, fica evidente a importância da responsabilidade 
socioambiental para as organizações, no sentido de minimizar os impactos 
causados ao meio ambiente por meio da manutenção dos recursos naturais 
para as gerações futuras. As ações das organizações devem visar ao alcance 
de uma sociedade mais justa e sustentável, seguindo o tripé sustentável como 
um orientador para que as organizações possam, de fato, elaborar ações e 
estratégias sustentáveis. Além disso, as organizações precisam estar atentas 
às políticas ambientais e às agendas globais e locais. Por fim, destaca-se a 
importância de uma gestão consciente, partindo da elaboração de estratégias, 
ferramentas e ações que tornem possível que as organizações sejam eficazes 
nos cuidados com o ambiente e a sociedade como um todo. 
Referências
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GASI, T. M. T.; FERREIRA, E. Produção mais limpa. In: VILELA JR, A.; DEMAJOROVIC, J. 
(org.). Modelos e ferramentas de gestão ambiental: desafios e perspectivas para as 
organizações. São Paulo: Senac, 2006.
GUARNIERI, P. Logística reversa: em busca do equilíbrio econômico e ambiental. [S. l.]: 
Clube de Autores, 2011.
GUIMARÃES, D. O que é sustentabilidade? In: MEIO Sustentável. [S. l.: s. n.], 2019. Dis-
ponível em: https://meiosustentavel.com.br/sustentabilidade/. Acesso em: 18 dez. 
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www.prod.org.br/doi/10.1590/S0103-65132011005000062. Acesso em: 18 dez. 2020.
ONU. Conheça a Agenda 2030. New York: ONU, 2015. Disponível em: http://www.
agenda2030.org.br/sobre/. Acesso em: 18 dez. 2020.
PALHARES, J. M.; NAGATA, N. Responsabilidade social e ambiental das empresas: um 
estudo das ações praticadaspela Itaipu binacional. In: SEMINÁRIO LATINO AMERICANO 
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SCANDELARI, V. R. N. Ambidestralidade e desempenho socioambiental de empresas 
do setor eletroeletrônico. 360 f. Tese de doutorado ‒ Universidade Federal do Paraná. 
Curitiba, 2011.
Leituras recomendadas
BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. 
Brasília: Presidência da República, 1981. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: 18 dez. 2020.
BRASIL. Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constitui-
ção Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. 
Brasília: Presidência da República, 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm. Acesso em: 18 dez. 2020.
Gestão com responsabilidade socioambiental14
BRASIL. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 
Brasília: Presidência da República, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 18 dez. 2020.
BRASIL. Lei n. 12.349, de 15 de dezembro de 2010. Altera as Leis nos 8.666, de 21 de 
junho de 1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004; e 
revoga o § 1o do art. 2o da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006. Brasília: Presidência 
da República, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12349.htm. Acesso em: 18 dez. 2020.
VOCÊ sabe o que é ecodesign? [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo (4 min). Publicado pelo canal 
TV Justiça Oficial. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9U6hFv-uTRc. 
Acesso em: 18 dez. 2020.
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Gestão com responsabilidade socioambiental 15
Dica do professor
A responsabilidade socioambiental tem em vista a aplicação de uma série de estratégias e 
ferramentas, oportunizando, assim, que as organizações se tornem sustentáveis. 
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer algumas empresas que operam global e localmente, 
sendo referências para outras organizações, considerando a sustentabilidade e a redução de danos 
causados ao meio ambiente e à sociedade.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) Na história há uma série de marcos, documentos e conceitos que compõem o que hoje é 
chamado de responsabilidade socioambiental. Um desses conceitos é o desenvolvimento 
ecossustentável, cunhado por Maurice Strong, em 1973. 
Quais são os princípios básicos elaborados a partir desta visão?
A) O relatório Meadows.
B) Uma abordagem mais realista das questões socioambientais.
C) Os elementos presentes na Agenda 21.
D) Sistema social que garanta emprego e respeito às culturas.
E) Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
2) O tripé sustentável serve como orientador, a fim de que as organizações possam elaborar 
ações, ferramentas e estratégias socioambientalmente responsáveis. 
O que é correto afirmar em relação a este conceito?
A) É composto pelos elementos econômicos, ambientais e legais.
B) Serve para regular a gestão socioambiental nas organizações.
C) Busca impedir ações socioambientais voltadas apenas a aspectos econômicos.
D) É umas das formas de certificação empresarial para organizações sustentáveis.
E) Possibilita que ações socioambientais impeçam a maximização dos lucros.
3) Há diversos instrumentos utilizados na gestão sustentável. Alguns destes 
pretendem garantir a transparência na comunicação entre empresas e seus públicos 
(sociedade, clientes, fornecedores, etc.).
Qual das opções a seguir é considerada um dos instrumentos voltados ao processo de 
comunicação com os stakeholders?
A) Balanço social.
B) Norma ISO 9001.
C) Norma ISO 14001.
D) Guia ISO 72.
E) PAS 99.
4) Há uma série de alternativas que possibilitam a redução de problemas socioambientais, 
tendo em vista alcançar os objetivos para o desenvolvimento sustentável. Um desses 
exemplos é a prática de gestão Produção mais Limpa (P+L).
Uma das atitudes básicas que possibilitam a implementação dessa gestão é:
A) a redução da eficiência e, por consequência, a redução dos riscos.
B) a redução da produtividade, reduzindo os riscos.
C) a maximização dos sistemas produtivos, focando nos aspectos econômicos.
D) o aumento dos custos e consequente redução do desperdício.
E) a eliminação integral dos poluentes.
5) Barbieri (2007), evidencia três abordagens orientadoras para as organizações que têm como 
meta a implementação de práticas de gestão ambiental. Essas abordagens têm o foco em 
ações corretivas, preventivas e antecipatórias. 
Quais são as três abordagens orientadoras destacadas por Barbieri?
A) Gestão da Qualidade Ambiental Total, ecologia industrial e simbiose industrial.
B) Controle da poluição, prevenção da poluição e abordagem estratégica.
C) São atitudes básicas: não gerar, minimizar e tratar e dispor.
D) Manutenção do sistema de gestão, garantia da transparência e comunicação.
E) As abordagens econômica, social e ambiental.
Na prática
Um dos grandes desafios socioambientais do país está em tornar sustentáveis as empresas da área 
da construção civil. Conforme a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção 
Civil e Demolição, o descarte de entulho é feito de forma incorreta em 80% dos municípios, 
representando grande impacto para a saúde ambiental do país. 
Neste Na Prática, você vai ver o caso de uma empresa da área da construção civil que passou por 
um processo de remodelagem de processos de gestão socioambiental e, assim, reduziu os impactos 
ao meio ambiente.
Aponte a câmera para o 
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f84d99da-531a-4f87-a183-b2d6f9b140e2/55417b8a-83b5-483f-be1b-3b50bd335e6e.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Responsabilidade socioambiental: o caso de uma indústria de 
cosméticos do interior de Minas Gerais, Brasil
Este artigo aponta as principais questões relacionadas à gestão socioambiental, identificando os 
principais projetos sociais e ambientais em uma indústria de cosméticos. Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Educação e gestão ambiental no mundo globalizado: a relação 
das novas ferramentas sustentáveis com o cotidiano da 
sociedade contemporânea
Este artigo salienta a incapacidade da legislação, embora muito vasta, em minimizar os impactos da 
degradação ambiental. Neste sentido, o estudo discute sobre estratégias para considerar os 
aspectos social, econômico, ambiental, político, tecnológico e cultural na tomada de decisão, 
voltadaàs práticas de gestão ambiental. Veja a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Gestão da responsabilidade socioambiental
Este vídeo aponta as principais ações do Tribunal do Trabalho para a conscientização da 
importância da gestão socioambiental nas empresas, discutindo a partir da agenda 2030 da 
Organização das Nações Unidas (ONU) a efetivação da política da responsabilidade socioambiental, 
evidenciando temas como o assédio moral e a discriminação no espaço de trabalho.
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3056/3503
http://revistas.icesp.br/index.php/FINOM_Humanidade_Tecnologia/article/view/657
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/zunzjwF1HoA

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