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RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL

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30/08/2023, 15:40 wlldd_231_u3_res_soc_amb
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658394&atividadeDesc… 1/27
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INTRODUÇÃO
Estudante, é uma alegria tê-lo conosco em uma nova aula da disciplina de Responsabilidade Social e Ambiental.
A temática que estudaremos é sobre a responsabilidade social corporativa. Trata-se de uma nova con�guração
para as empresas que, reconhecendo o seu valor como agente social, assumem o compromisso ético para o
cumprimento das dimensões econômica, social e ambiental da sustentabilidade. Por meio da responsabilidade
social corporativa, a empresa estabelece um diálogo permanente com a sociedade, conjugando a perspectiva
dos seus negócios com as demandas socioambientais.
Portanto, você, como futuro pro�ssional, a partir dessa aula, compreenderá a importância da atuação da
empresa como um vetor para a construção de valores de uma sociedade comprometida com a qualidade de
vida e a sustentabilidade.
Vamos juntos no estudo dessa temática? Estou te esperando! 
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
Por meio da responsabilidade social corporativa, a empresa estabelece um diálogo permanente
com a sociedade, conjugando a perspectiva dos seus negócios com as demandas
socioambientais.
30 minutos
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL E
GESTÃO CORPORATIVA
 Aula 1 - Responsabilidade social corporativa
 Aula 2 - Indicadores de sustentabilidade
 Aula 3 - Agenda 2030
 Aula 4 - ESG
 Referências
121 minutos
30/08/2023, 15:40 wlldd_231_u3_res_soc_amb
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O CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
No que consiste e quais são os propósitos da responsabilidade social corporativa? Qual a sua importância no
contexto empresarial e nas relações com a sociedade? Essas são perguntas que nos conduzem para uma nova
dimensão do papel das empresas no mundo contemporâneo.
Em primeiro lugar, é preciso re�etir sobre o signi�cado do termo empresa. A compreensão usual é que se
constitui de uma atividade econômica organizada com a �nalidade de obtenção de lucro. Desde o início do
sistema de produção capitalista, o sentido da atividade econômica por meio de organizações de variados tipos
sempre esteve vocacionado para a maximização da lucratividade a partir da redução de custos e do aumento da
produção, ou seja, uma dimensão de caráter eminentemente econômico.
Todavia, a empresa, enquanto atividade, transformou-se tanto em relação à maneira pela qual se dá a sua
con�guração quanto no que se refere à sua importância social. A empresa é um agente fundamental para o
ciclo econômico na medida em que vincula nos processos produtivos mão de obra e insumos com a geração de
renda e as transformações signi�cativas no ambiente natural e social. Por essa razão e considerando os
impactos das suas atividades, as empresas não estão livres das discussões sobre a sua responsabilidade no
quadro do desenvolvimento, especialmente o sustentável.
Na década de 1950, no cenário norte-americano, Howard Bowen lançou a obra Social Responsabilities of the
Businessman, considerada a primeira re�exão acadêmica a respeito do tema da responsabilidade social. O
autor não se restringiu às questões �lantrópicas e pontuou a importância do compromisso das empresas para a
melhoria das condições sociais da sociedade (JUNCO; FLORENCIO; BUSTELO, 2014).
No Brasil, é a partir da década de 1990 que o tema da responsabilidade social passa a ser importante para a
administração e gestão organizacional. Coube ao Instituto Ethos estimular a adoção das práticas de
Responsabilidade Social Corporativa (também chamada de Responsabilidade Social Empresarial) no espaço de
negócios brasileiro.
As discussões sobre a responsabilidade social contribuíram para que a ciência jurídica incorporasse um
redimensionamento da concepção da atividade empresarial em nossa sociedade. Nesse sentido, a função social
da empresa é um dos aspectos centrais da Constituição Federal de 1988, em que a atividade econômica é uma
conjugação dos interesses dos proprietários com os da coletividade. No capítulo sobre a ordem econômica, a
Carta Magna disciplina os princípios da livre iniciativa e concorrência à luz da justiça social e de uma sociedade
livre, justa e solidária. As empresas estão vinculadas a conservar e nutrir respeito à ordem econômica e social
por meio da preservação do meio ambiente, da proteção aos consumidores e aos trabalhadores (BRASIL, 1988).
As empresas têm uma função social destacada e não vinculada exclusivamente à questão econômica.
Em que pese a centralidade da função social da empresa no universo jurídico, ela não se confunde com a
responsabilidade social corporativa. Essa é mais ampla e representa um compromisso das empresas além do
processo econômico e legal para um engajamento social e ambiental em sociedade. Por essa razão, o
desempenho da atividade econômica em conformidade com a legislação é somente um dos elementos da
responsabilidade social corporativa.
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Com esses apontamentos, indaga-se: como conceituar a responsabilidade social corporativa? No âmbito
internacional, uma importante normatização, a ISO 26000:2010, estabelece os parâmetros para a
responsabilidade social, que, por sua vez, apresenta o seguinte conceito:
Para o Instituto Ethos, a responsabilidade social corporativa é de�nida como:
Nota-se, portanto, que a responsabilidade social corporativa expressa uma convenção empresarial,
representativa do novo contexto das empresas que estão eticamente comprometidas com os processos
econômicos, sociais e ambientais.
OS ELEMENTOS ESTRUTURANTES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA
A responsabilidade social corporativa é uma convenção que estabelece compromissos éticos quanto ao papel e
à ponderação das consequências da atividade empresarial. Dessa forma, a empresa passa a �gurar não apenas
como um agente econômico, mas como um vetor para a construção de valores de uma sociedade
compromissada com a qualidade de vida e com a sustentabilidade.
A responsabilidade social se expressa pelo desejo e pelo propósito das organizações em
incorporarem considerações socioambientais em seus processos decisórios e a
responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio
ambiente. Isso implica um comportamento ético e transparente que contribua para o
desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja
consistente com as normas internacionais de comportamento. Também implica que a
responsabilidade social esteja integrada em toda a organização, seja praticada em suas
relações e leve em conta os interesses das partes interessadas.
— (ABNT, 2010, p. 6)
[...] a forma de gestão que se de�ne pela relação ética, transparente e solidária da
empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona [...] e pelo
estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento
sustentável da sociedade, de forma a preservar recursos ambientais e culturais para
gerações futuras, respeitar a diversidade e promover a redução das desigualdades
sociais.
— (EMPRESAS..., 2006, p. 17)
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Nesse sentido, como compreender a responsabilidade social corporativa? Há diversosmodelos, mas um dos
principais estabelece e articula quatro categorias de responsabilidade social: (i) econômica; (ii) legal; (iii) ética; (iv)
de ação discricionária (CARROL, 1979 apud AMORIM, 2009). As duas primeiras responsabilidades são inerentes
às atividades empresariais, na medida em que o objetivo econômico de uma empresa não pode prescindir da
observância da legislação, seja tributária, trabalhista ou ambiental. A responsabilidade ética, por sua vez,
expressa o compromisso da transparência, da lealdade nas relações, inclusive intergeracional, ou seja, de
garantir os recursos naturais para as gerações futuras. A responsabilidade discricionária, por �m, é o
engajamento voluntário com os projetos comunitários (sociais, educacionais, recreativos), que contribuem para
mudanças na sociedade (AMORIM, 2009).
Os princípios estruturantes da responsabilidade social corporativa estão estabelecidos na norma internacional
ISO 26000:2010 (ABNT, 2010). O primeiro deles é a accountability, isto é, a obrigação da empresa em ser
responsável por suas ações e decisões, o que implica a prestação de contas. Accountability deve ser entendida
como a “[...] condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e prestar contas destas decisões e
atividades aos órgãos de governança de uma organização, a autoridades legais e, de modo mais amplo, às
partes interessadas da organização” (ABNT, 2010, p. 2). O segundo princípio é a transparência, que consiste em
divulgar de forma clara e objetiva as consequências dos impactos de suas atividades nas comunidades afetadas.
O terceiro princípio é o comportamento ético, que signi�ca integridade, a organização deve se estabelecer com
base na honestidade e no compromisso com valores em prol da comunidade e do meio ambiente. O quarto
princípio é o respeito pelos interesses das partes interessadas, isto é, identi�car os stakeholders (que são todas
as partes envolvidas e interessadas em um negócio), ouvindo-os ativamente e considerando as suas
proposições. O quinto princípio é o respeito pelo Estado de Direito, ou seja, a organização deve aceitar e
respeitar as normas jurídicas constituintes do Estado. O sexto princípio é o respeito pelas normas internacionais
de comportamento, com a adoção de comportamentos organizacionais responsáveis e comprometidos com as
melhores práticas de governança social e ambiental, mesmo em países em que as normas sejam mais �exíveis.
O sétimo e último princípio é o respeito pelos direitos humanos em sua compreensão de universalidade, como
direitos para todas as pessoas, sem quaisquer tipos de discriminações, em todos os lugares do planeta. O
respeito aos direitos humanos impõe igualmente a sua promoção, isto é, o engajamento de promovê-los em
conformidade com os preceitos da Carta Internacional dos Direitos Humanos.
A responsabilidade social corporativa equivale a um novo estágio de entendimento do papel da empresa. Ela
conduz a empresa a uma dimensão de cidadania, como uma empresa-cidadã. Supera-se a ideia de uma
empresa como um negócio, de interesse exclusivo dos investidores, ou mesmo de uma empresa como
organização social (MARTINELLI, 1997 apud AMORIM, 2009).
A empresa-cidadã tem “[...] uma concepção estratégica e um compromisso ético, resultando na satisfação das
expectativas e respeito pelos parceiros” (AMORIM, 2009, p. 134). A empresa olha para si mesma, e a sociedade e
o mercado a olham também para avaliar a sua contribuição e participação no processo de redução dos
problemas socioambientais. Neste cenário, a empresa articula ações a partir de objetivos que não consistem em
práticas comerciais ou em resultados econômicos imediatos; ela passa a atuar como um agente social
(AMORIM, 2009). Nota-se, destarte, que a responsabilidade social corporativa contém um núcleo de cidadania
empresarial, com ganhos e resultados tanto internamente quanto externamente que, em última análise, são
representativos dos compromissos com a sociedade.
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RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA NA PRÁTICA
A responsabilidade social corporativa, como já destacado, é de implementação voluntária. Por essa razão, há
diversas estratégias para torná-la efetiva no contexto empresarial, de acordo com o setor econômico e o
tamanho da empresa. Todavia, o aspecto fundamental é que toda e qualquer empresa pode adotar os preceitos
da responsabilidade social corporativa.
A norma ISO 26000:2010 fornece algumas diretrizes de campos temáticos e de reconhecido interesse e
relevância social. As empresas podem, ao dialogar com as expectativas e necessidades das partes interessadas,
articular ações concretas. As diretrizes funcionam como temas centrais, a partir dos quais a organização poderá
identi�car questões peculiares, relevantes, estabelecendo suas prioridades de ação. Então, como áreas centrais,
tem-se: governança organizacional; direitos humanos; práticas de trabalho; meio ambiente; práticas leais de
operação; questões relativas ao consumidor; envolvimento e desenvolvimento da comunidade (ABNT, 2010).
É preciso destacar que a responsabilidade social corporativa demanda o cumprimento de deveres, isto é, ações
reais. Por este motivo, é primordial enxergar a responsabilidade social corporativa no sentido de ações a serem
desempenhadas. Não se trata de algo teórico, mas de medidas reais, efetivas, na expectativa de transformação.
A compreensão da responsabilidade social corporativa impõe a conjugação de duas perspectivas. Na primeira, a
responsabilidade social corporativa está relacionada com as condutas internas (JONES, 1997 apud AMORIM,
2009), que dizem respeito às dinâmicas operacionais da empresa. Neste caso, estão incluídas as ações no
contexto de programas de relação com os empregados, sobretudo no que tange ao respeito aos direitos sociais
do trabalho, assim como na geração de uma percepção interna de satisfação e de mútua colaboração, num
ambiente laboral que proporcione o crescimento pro�ssional e a igualdade de oportunidades. No mesmo
sentido, a responsabilidade social perpassa pela estruturação de um programa de integridade e governança
corporativa que esteja imbuído do máximo respeito aos direitos dos colaboradores, permitindo-lhes o
desenvolvimento integral e o engajamento nas ações empresariais.
No plano interno, ainda há de se pontuar ações no campo do respeito aos direitos humanos, principalmente
para promover a igualdade de gênero, evitando práticas discriminatórios de quaisquer tipos, bem como
integração e acessibilidade de pessoas com de�ciência. Enumeram-se, ainda, programas de ética corporativa,
com especial atenção à prevenção de assédio sexual e moral, programas de relacionamento interno, para
promover uma política de recursos humanos pautada na conciliação e no respeito mútuo das diferenças e
singularidades, programas de capacitação em responsabilidade social corporativa com enfoque na integração
da empresa junto à comunidade local, bem como o estabelecimento de códigos de conduta no relacionamento
com clientes, fornecedores e parceiros comerciais.
A segunda perspectiva da responsabilidade social corporativa é voltada ao plano externo, com a participação da
corporação em ações fora dos seus interesses diretos e imediatos (AMORIM, 2009), por meio de investimento e
destinação de recursos a programas sociais, de proteção ambiental, de conscientização sanitária etc., criados e
mantidos pela própria empresa, ou em parceria com organizações não governamentais ou mesmo com as
entidades do Poder Público. Como destaque, há o desenvolvimento de projetos socioeducacionais junto às
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comunidades, atendimento de grupos de risco e pessoas em situação de vulnerabilidade e projetos para a
conservação e recuperação de áreas degradadas pelas próprias atividades empresariais. O plano externo é
estabelecido entre a empresa em suas relações com o entorno, seja a comunidade ou meio ambiente.
Como se pode notar, a responsabilidade social corporativa contempla inúmeras possibilidades de atuação para
a empresa, a qual caberá de�nir o conjunto de ações pertinentes ao seu modelo de negócios ou à dimensão
que pretende conferir ênfase em sua atuação.
VIDEOAULA
Neste vídeo, estudaremos um tema central para compreender o papel das empresas no contexto da
sustentabilidade: a responsabilidade social corporativa. Você conhecerá os aspectos conceituais e os elementos
estruturantes para uma atuação empresarial socialmente responsável. Ao �nal, conhecerá também algumas
possibilidades de aplicação da responsabilidade social no contexto das organizações. Vamos juntos? Estou te
aguardando para essa aula!
 Saiba mais
No Brasil, a divulgação das iniciativas de responsabilidade social corporativa está associada ao trabalho do
Instituto Ethos. Trata-se da principal organização na promoção de cursos e capacitações para o
desenvolvimento sustentável na área empresarial. Conhecer o trabalho desse instituto, por meio de suas
publicações e eventos, é uma forma de aprofundar nas temáticas para uma governança socialmente
responsável. A sugestão, portanto, é você conhecer o trabalho da entidade por meio de seu site. Bons
estudos!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Aula 2
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
Para que uma empresa seja considerada como sustentável, é necessário mais do que o
cumprimento das obrigações legais. Exige-se que ela adote processos e procedimentos que
reduzam os seus impactos no meio ambiente.
27 minutos
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Querido aluno, é uma alegria tê-lo conosco nesta aula em que discutiremos os indicadores de sustentabilidade,
que são as práticas e os procedimentos para que uma empresa se apresente como responsável ecologicamente
perante o mercado e os seus consumidores.
Para que uma empresa seja considerada como sustentável, é necessário mais do que o cumprimento das
obrigações legais. Exige-se que ela adote processos e procedimentos que reduzam os seus impactos no meio
ambiente. Uma das principais iniciativas nesse sentido é a adoção de um sistema de gestão ambiental, com a
adoção de uma política empresarial que conjugue o planejamento e o gerenciamento dos impactos de suas
atividades. Por isso, estudaremos a implantação da ISO 14001:2015, que é uma das principais normas
internacionais para a implementação de um sistema de gestão ambiental.
Vamos juntos no estudo dessa instigante temática! 
A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
Atualmente, o discurso sobre a sustentabilidade é dominante em todos os setores, público ou privado. Trata-se
de uma demanda que conjuga o compromisso com o planeta e o ambiente de negócios. No entanto, a
sustentabilidade não pode estar restrita à articulação de seus pressupostos em um plano meramente retórico,
são necessários critérios para aferir se, de fato, uma organização adota processos, procedimentos e práticas
sustentáveis. E ainda que uma empresa respalde um conjunto de práticas sustentáveis, elas nem sempre são
su�cientes para que essa se atribua a prerrogativa de ser sustentável. Diante disso, como caracterizar uma
empresa comprometida com a sustentabilidade?
Em um primeiro momento, o compromisso básico com a sustentabilidade está no cumprimento das disposições
legais, em especial das políticas públicas ambientais. Nelas temos as normas jurídicas de comando e controle,
ou seja, aquelas que estabelecem imposições para as empresas para, em seguida, serem �scalizadas pelas
autoridades competentes pelo cumprimento. O licenciamento ambiental é um exemplo na medida em que,
após a empresa cumprir com os procedimentos legais (comando) e obter a licença de operação, então, ela
passa a ser �scalizada pelos órgãos ambientais (controle).
Mas, para que uma organização seja considerada sustentável, é preciso mais que a submissão à legislação
ambiental, a qual, apesar de obrigatória, se encontra no nível elementar.
Para ser sustentável, a empresa precisa conferir outros aspectos estruturais em seus negócios, como a
implantação de um Sistema de Gestão Ambiental, conjugando as exigências legais com a de�nição de uma
política ambiental empresarial, que tenha como referência o planejamento e o gerenciamento ambiental de
suas atividades (SEIFFERT, 2007). Nesse sentido, em um Sistema de Gestão Ambiental, a política empresarial
traduz o propósito da empresa com os seus compromissos para a proteção do meio ambiente. O nível de
planejamento envolve a adequação do uso dos recursos naturais, isto é, a conjugação do cumprimento dos
objetivos das políticas públicas com as aspirações da sociedade no que se refere aos impactos ambientais da
empresa. Já o gerenciamento ambiental está no caráter mais tático, operacional, com o “[...] conjunto de ações
destinado a regular o uso, controle, proteção e conservação do meio ambiente [...]” (SEIFFERT, 2007, p. 54).
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Mas, qual a importância de um Sistema de Gestão Ambiental? Além de lidar com as pressões dos agentes
públicos e privados, há o compromisso de minimizar ao máximo os efeitos prejudiciais de suas atividades
econômicas sobre o meio ambiente. Por isso, um Sistema de Gestão Ambiental inclui a estrutura organizacional
e o conjunto de elementos de planejamento, procedimentos, processos e práticas para implementar e manter
uma política ambiental na organização (ABNT, 2015).
Nesse contexto, o gerenciamento ambiental assume relevância na medida em que busca o que foi prometido
no plano discursivo, ou seja, a coerência exigida entre os compromissos assumidos e a realidade das práticas
com efeitos na redução dos impactos deletérios de uma determinada organização. Entendendo o
gerenciamento como o nível operacional da sustentabilidade, é por meio dele que veri�camos se os aspectos
legais e de planejamento são observados; se, de fato, o Sistema de Gestão Ambiental é e�ciente para a proteção
do meio ambiente.
Por essa razão, o próprio ambiente de negócios estabeleceu um conjunto de parâmetros, instrumentos e
certi�cações para a sustentabilidade. Eles são responsáveis por veri�car e atestar se uma organização adota em
sua estrutura organizacional, de fato, normas e procedimentos que articulam os pilares da sustentabilidade.
PRINCIPAIS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Há um conjunto de processos, procedimentos e práticas que são balizadores dos indicadores de desempenho
para a sustentabilidade ambiental em nível corporativo. Em comum, eles procuram minimizar os impactos
negativos de uma atividade ou de um empreendimento sobre o meio ambiente.
Um dos mais importantes parâmetros para a sustentabilidade empresarial é a exigência de avaliar o ciclo de
vida de produtos, que consiste nos “[...] estágios consecutivos e encadeados de um sistema de produto (ou
serviço), desde a aquisição da matéria-prima ou de sua geração, a partir de recursos naturais até a disposição
�nal” (ABNT, 2015, p. 5). Essa avaliação é uma abordagem do berço ao túmulo, ou seja, desde a matéria-prima,
passando pelo processo produtivo, o consumo, até a disposição �nal ambientalmente adequada, que é a
distribuição desse produto enquanto resíduo sólidoque se transformou em rejeito, considerado aquele que
não pode mais ser tratado ou que o tratamento é inviável economicamente.
A legislação brasileira, a propósito, na Lei nº 12.305/2010, que de�niu a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
estabelece entre os seus objetivos a implementação do ciclo de vida dos produtos, inclusive instituindo uma
responsabilidade compartilhada para todos os envolvidos, como fabricantes, importadores, distribuidores,
comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos (BRASIL, 2010). Desde a fabricação até a disposição �nal dos rejeitos em aterros, todos possuem uma
responsabilidade individualizada e encadeada, inclusive os consumidores, que, por exemplo, devem entregar os
resíduos de seu consumo nos sistemas de coleta seletiva. No âmbito empresarial, é preciso avaliar todos os
riscos de um produto, da extração enquanto recurso natural aos impactos do seu processo produtivo e de sua
disposição �nal, tudo com vistas a proteger a saúde humana e o meio ambiente.
De igual perspectiva, é necessário destacar a ecoe�ciência, que é um conceito que “[...] descreve uma visão para
a produção de bens e serviços que possuam valor econômico enquanto reduzem os impactos ecológicos da
produção” (CAMARA, 2009, p. 237). Ou seja, processos produtivos que reduzam a intensidade de materiais e
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energia, assim como adotem processos de reciclagem e tratamentos de resíduos sólidos. A ecoe�ciência
também está prevista na Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, como
Esse conceito da legislação brasileira destaca que a satisfação das necessidades da presente geração deve ser
de forma a não comprometer a capacidade de sustentação dos recursos naturais planetários para as futuras
gerações, consignando uma concepção de ética intergeracional. Com a ecoe�ciência, temos reciprocamente a
melhoria econômica e da imagem da empresa perante as autoridades governamentais e a sociedade, na
medida que assume o valor de gerar negócios levando em consideração a capacidade de suporte do planeta,
tanto na extração de recursos naturais quanto no que se refere à capacidade em receber resíduos e rejeitos
(CAMARA, 2009).
Outro importante indicador de desempenho é o método da Produção mais Limpa (P + L), criado pelas Nações
Unidas. Trata-se de uma estratégia preventiva e estratégica para otimizar a e�ciência no uso de matérias-primas
e minimizar os resíduos gerados no processo produtivo, exigindo um processo de inovação permanente nas
empresas. O P + L atua por níveis operacionais. O primeiro nível de P + L é que a empresa deve minimizar a
geração de resíduos de sua atividade, na própria origem ou fonte, seja com a mudança de matéria-prima, seja
com o uso de tecnologias limpas. O segundo nível é a reciclagem interna de seus produtos, que consiste em
serem usados no próprio processo produtivo da empresa. Por �m, em um terceiro nível, adotar a reciclagem
externa, isto é, quando o resíduo de uma empresa é aproveitado por outra empresa, minimizando, assim, os
impactos na geração de resíduos.
Por �m, a rotulagem verde ou ambiental, que são selos, marcas ou símbolos utilizados para conferir orientação
aos consumidores �nais sobre a origem e observância de padrões ambientais para determinados produtos ou
serviços disponíveis no mercado (SEIFFERT, 2007). Assim, nos rótulos de embalagens de um produto, temos a
rotulagem ou selo verde. Normalmente, a rotulagem é feita por entidades independentes, de forma a garantir a
con�abilidade e seriedade das etapas de veri�cação da conformidade ambiental de um produto. A rotulagem
verde contribui reciprocamente com a empresa e com os consumidores, ao incentivar o consumo ambiental
consciente. Em conjunto com a rotulagem, temos a certi�cação ambiental, que se relaciona com os métodos e
processos de produção de uma atividade econômica. Enquanto a rotulagem é destinada para os consumidores
�nais, a certi�cação é direcionada para as indústrias que usam os recursos, como no caso da certi�cação
�orestal no Brasil, que atesta a origem legal da madeira manejada de forma adequada e poderá ser usada em
outros setores econômicos com a garantia de sua origem.
a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços
quali�cados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a
redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no
mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta.
— (BRASIL, 2010, [s. p.])
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A APLICAÇÃO DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 
Um dos principais programas internacionais para a sustentabilidade corporativa é a norma ISO 14001:2015, que
articula um conjunto de preceitos e requisitos para a implementação de um sistema de gestão que melhore o
desempenho ambiental de uma organização. No Brasil, essa norma é de responsabilidade da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e tem como objetivo “[...] prover às organizações uma estrutura para a
proteção do meio ambiente e possibilitar uma resposta às mudanças das condições ambientais em equilíbrio
com as necessidades socioeconômicas” (ABNT, 2015, p. viii).
Ao adotar a ISO 14001:2015, a empresa deve se comprometer com uma abordagem chamada de Plan-Do-
Check-Act (PDCA), que traduzido para o português seria: planejar, fazer, checar e agir. Cada verbo representa
um ciclo da abordagem para um Sistema de Gestão Ambiental, isoladamente ou em conjunto (ABNT, 2015).
O primeiro ciclo é planejar, com o estabelecimento dos objetivos e processos necessários para o Sistema de
Gestão Ambiental da empresa. O segundo ciclo é fazer, que consiste na execução do que foi planejado. O
terceiro ciclo é checar, que consiste em “[...] monitorar e medir os processos em relação à política ambiental,
incluindo seus compromissos, objetivos ambientais e critérios operacionais, e reportar os resultados” (ABNT,
2015, p. ix). Por �m, o quarto ciclo é agir e refere-se à tomada de ações para a melhoria contínua do sistema de
gestão ambiental.
A �gura a seguir é representativa do PDCA:
Figura 1 | Relação entre o ciclo PDCA e a estrutura da Norma ISO 14.001:2015
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Fonte: ABNT (2015, p. x).
Com o Sistema de Gestão Ambiental da ISO 14001:2015, a organização deverá de�nir o seu propósito e os
objetivos ambientais que pretende assumir e/ou melhorar. No que se refere ao conteúdo, um Sistema de
Gestão Ambiental deve contemplar alguns pontos norteadores, a saber: (i) o papel da liderança; (ii)
planejamento; (iii) apoio; (iv) operação; (v) avaliação de desempenho; (vi) melhoria (ABNT, 2015).
Em primeiro plano, a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental passa pelas lideranças da
organização, com o comprometimento e a de�nição de política ambiental compatível com as exigências da
empresa. Em seguida, o planejamento, que se dá por meio de ações para abordar os riscos e as oportunidades
de um sistema de gestão ambiental. Nisso, a empresa deve “[....] determinar os aspectos ambientais de suas
atividades, produtos e serviços os quais ela possa controlar e aqueles que ela possa in�uenciar, e seus impactos
ambientais associados [...]” (ABNT, 2015, p. 10). A referência para o planejamento é a avaliação para o ciclo de
vida do produto, comoabordamos no tópico anterior. O terceiro ciclo é o apoio, com a comunicação e
conscientização sobre o Sistema de Gestão Ambiental pelos colaboradores de todos os níveis da organização,
que, de acordo com suas funções, possam receber capacitações e treinamentos correspondentes ao programa.
O quarto ciclo é o de operação, com os critérios operacionais do seu processo produtivo, sendo que “a
organização deve controlar mudanças planejadas e analisar criticamente as consequências de mudanças não
intencionais, tomando ações para mitigar quaisquer efeitos adversos [...]” (ABNT, 2015, p. 15). Essa etapa
também deve assegurar respostas para prevenir e mitigar impactos ambientais adversos, assim como para os
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casos de emergências. O quinto ciclo é sobre a avaliação de desempenho, em que a empresa deve monitorar,
analisar e avaliar o seu desempenho ambiental. Isso inclui a realização de auditorias internas, de forma a avaliar
o sistema de gestão ambiental, com as ações necessárias, corretivas ou de mudança dos procedimentos
ambientais. Por �m, o ciclo de melhoria, que consiste na melhoria contínua da adequação e e�cácia do seu
Sistema de Gestão Ambiental.
Ao adotar todas essas etapas, a empresa recebe a certi�cação ISO 14001:2015, que traduz o seu compromisso
com a sustentabilidade e a melhoria ambiental contínua em seus negócios, reduzindo os seus impactos no
ambiente e contribuindo na melhoria da sua imagem e das suas relações com o mercado e os consumidores.
VIDEOAULA
Neste vídeo, faremos uma abordagem sobre os indicadores de sustentabilidade ambiental. Você conhecerá as
etapas e como se implementa um sistema de gestão ambiental. Além disso, estudará alguns dos principais
parâmetros para a sustentabilidade empresarial, como a avaliação do ciclo de vida dos produtos, a
ecoe�ciência, o programa produção mais limpa e o selo verde. Vamos juntos? Estou te aguardando para essa
aula!
 Saiba mais
Conhecer os projetos e as práticas empresariais para a sustentabilidade é uma forma de diversi�car as
alternativas e respostas aos problemas enfrentados no cotidiano pro�ssional. Uma das iniciativas que
conjuga as inovações e orientações do setor empresarial brasileiro para a sustentabilidade é o Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), uma associação civil sem �ns
lucrativos. O CEBDS é integrado por algumas das maiores empresas, que representam quase metade do
PIB brasileiro, e é responsável por estudos e publicações para a construção de um país mais justo e
sustentável. Como destaque, sugerimos conhecer o documento Visão Brasil 2050, em que o CEBDS destaca
os elementos para uma agenda sustentável para as empresas brasileiras até o ano de 2050. Bons estudos!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Aula 3
AGENDA 2030
A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, as organizações e o planeta. Por sua
relevância, estudaremos cada um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
29 minutos
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Estudante, atualmente, a Agenda 2030 é a principal referência para a sustentabilidade em nível global. Trata-se
de um documento �rmado por todos os países que integram a Organização das Nações Unidas, que assumiram
o compromisso de implementar até o ano de 2030 um conjunto de 17 objetivos e 169 metas para o
desenvolvimento sustentável.
A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, as organizações e o planeta. Por sua relevância,
estudaremos cada um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Eles, de forma fundamental,
propugnam a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões como um requisito fundamental
para um planeta que conjugue o respeito à dignidade da pessoa humana e a proteção à natureza.
Conhecer os objetivos e as metas da Agenda 2030 são requisitos importantes para uma atuação pro�ssional em
diálogo com a sustentabilidade.
Venha conosco! 
O SURGIMENTO DA AGENDA 2030
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é, atualmente, o mais importante documento das
prioridades globais para a sustentabilidade. Firmada em setembro 2015 e com vigência a partir de 1º de janeiro
de 2016, ela traduz o compromisso comum dos 193 países da Organização das Nações Unidas (ONU) para
atender aos objetivos e às metas para o desenvolvimento sustentável até o ano de 2030. Ela articula, em
essência, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: econômico, social e ambiental.
O conteúdo da Agenda 2030 contém uma declaração formal e um plano de ação para o cumprimento dos 17
(dezessete) Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (conhecidos pela sigla ODS), com 169 metas associadas.
Os objetivos e as metas da Agenda 2030 baseiam-se nas principais declarações e convenções do sistema global
de direitos humanos e nas conferências ambientais no âmbito da ONU. Por isso, os preceitos da Agenda 2030
assentam-se na a�rmação da concepção universal dos direitos humanos, com os seus valores de dignidade da
pessoa humana e de igualdade e não discriminação. Isto é, uma concepção integral, indivisível e
interdependente de direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais.
O plano de ação da Agenda 2030 estrutura-se nos chamados 5 Ps: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e
Parcerias. Trata-se do compromisso de que os seres humanos possam viver com prosperidade e paz em um
mundo ambientalmente saudável e, para que isso seja possível, as parcerias entre atores internacionais e
nacionais são fundamentais.
Em seu preâmbulo, o documento reconhece que “a erradicação da pobreza em todas as suas formas e
dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desa�o global e um requisito indispensável para o
desenvolvimento sustentável” (ONU, 2015, p. 1). Por isso, erradicar a pobreza extrema é condição para que a
sustentabilidade seja uma possibilidade para os objetivos da Agenda 2030. A partir desse ponto crucial, temos
os demais compromissos dos signatários da Agenda 2030, dos quais destacamos (ONU, 2015):
1. Comprometimento com a educação de qualidade em todos os níveis.
2. Promoção da saúde física e mental e cobertura universal da saúde de qualidade.
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3. Compromisso com a mudança nos padrões de produção e consumo, de forma a garantir a
sustentabilidade.
4. Reconhecimento da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima como o fórum
intergovernamental para negociar a resposta global à mudança climática, diante do caráter transfronteiriço
das mudanças do clima, que exige a cooperação de todos os países.
5. Reconhecimento que o desenvolvimento depende da gestão sustentável dos recursos naturais do planeta.
6. Reconhecimento da importância do desenvolvimento e da gestão urbana sustentáveis como condição da
qualidade de vida.
7. O reconhecimento que a paz e a segurança são essenciais para o desenvolvimento sustentável, com
sociedades justas e pací�cas, assentadas no Estado de Direito e no respeito aos direitos humanos.
8. O compromisso na promoção da diversidade cultural, da tolerância e do respeito mútuo para uma ética de
cidadania global em um mundo de responsabilidades compartilhadas. Refere-se ao reconhecimento que
todas as culturas podem contribuir para o desenvolvimentosustentável.
Em constatação ao momento histórico e aos riscos subjacentes, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável traz, em suas linhas �nais, um chamado à ação para mudar o mundo, por meio de uma articulação
em todas as escalas e níveis de atuação no planeta, do global ao local, do público ao privado, em um
engajamento com o planeta, a nossa casa comum.
Para a Agenda 2030, “o futuro da humanidade e do nosso planeta está em nossas mãos” (ONU, 2015, p. 16). E
conclui: “temos mapeado o caminho para o desenvolvimento sustentável; será para todos nós, para garantir
que a jornada seja bem-sucedida e seus ganhos irreversíveis” (ONU, 2015, p. 16).
O CONTEÚDO DA AGENDA 2030
O cerne da Agenda 2030 são os 17 (dezessete) Objetivos de Desenvolvimento sustentável (ODS). Cada um deles
representa um propósito a ser implementado em todos os países do mundo. Os ODS devem ser
compreendidos como integrados e indivisíveis, mas a aplicação de cada qual deve levar em consideração as
singularidades e realidades de cada país, de acordo com o seu estágio face aos desa�os do desenvolvimento.
Nesse sentido, para compreender a Agenda 2030, é necessário relacionar o conteúdo de cada um dos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável.
Figura 1 | Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
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Fonte: Nações Unidas Brasil (c2013, [s. p.]).
O Objetivo 1 é “acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares” (ONU, 2015, p. 19). O
combate à pobreza extrema é o pressuposto para que seja possível o cumprimento dos demais objetivos.
A�nal, um cenário de pobreza não permite o exercício dos mais elementares direitos da pessoa humana.
O Objetivo 2 é “acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a
agricultura sustentável” (ONU, 2015, p. 19). Esse é um objetivo múltiplo, mas que estabelece os sistemas
sustentáveis de produção de alimentos como meio para reduzir as vulnerabilidades nutricionais e a fome em
todo o planeta.
O Objetivo 3 é “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades” (ONU,
2015, p. 19). Esse compromisso procura reduzir a mortalidade em todos os estágios da vida, do nascimento à
velhice. Ademais, que todos possam ter acesso a um sistema de saúde universal, cujo �nanciamento deve ser
uma prioridade.
O Objetivo 4 é “assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de
aprendizagem ao longo da vida para todos” (ONU, 2015, p. 19). Temos aqui a educação de meninos e meninas,
em todos os estágios, como uma condição para uma vida digna. De igual forma, erradicar o analfabetismo em
todas as idades. Esse objetivo estabelece o investimento adequado tanto em infraestrutura quanto na formação
de professores, inclusive para o ensino das técnicas e habilidades para o desenvolvimento sustentável.
O Objetivo 5 é “alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas” (ONU, 2015, p. 19).
Trata-se reciprocamente de um objetivo e de um pressuposto para um mundo plural e dialógico, em que
mulheres e meninas possam exercer plenamente os seus direitos e liberdades em igualdade de condições, sem
discriminações e violências.
O Objetivo 6 é “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos” (ONU, 2015,
p. 19). Para tanto, garantir o acesso equitativo à água potável, segura e acessível para todos, assim como
saneamento como condição de saúde.
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O Objetivo 7 é “assegurar o acesso con�ável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos”
(ONU, 2015, p. 19). Energia como elemento de dignidade de comunidades e pessoas, assim como a sua geração
por meio de energias renováveis.
O Objetivo 8 é “promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e
produtivo e trabalho decente para todos” (ONU, 2015, p. 19). Esse é um objetivo econômico, com incentivos às
políticas de desenvolvimento e de e�ciência dos processos de produção e consumo. Também, de emprego
decente em um sistema de proteção trabalhista a homens e mulheres.
O Objetivo 9 é “construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e
fomentar a inovação” (ONU, 2015, p. 19). Nele, comtemplam-se infraestruturas resilientes e con�áveis;
modernização para tornar as indústrias sustentáveis; investimentos em pesquisas tecnológicas para as
inovações necessárias.
O Objetivo 10 é “reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles” (ONU, 2015, p. 20). A redução das
desigualdades e a promoção da inclusão social, política e econômica são imperativas no mundo
contemporâneo. Isso passa por políticas de proteção social para todos.
O Objetivo 11 é “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”
(ONU, 2015, p. 20). Em um planeta que a maior parte da população vive em cidades, cabe a exigência de uma
urbanização inclusiva e sustentável, com garantia de habitação, serviços públicos de qualidade, redução da
poluição e proteção ao patrimônio histórico. Também, tornar as cidades resilientes para os desa�os da
mudança do clima.
O Objetivo 12 é “assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis” (ONU, 2015, p. 20), ou seja, a
gestão e�ciente dos recursos naturais, por meio de políticas públicas sustentáveis, tais como a redução do
desperdício de alimentos, redução de resíduos etc. E o fundamental: a conscientização e re�exão dos padrões
de consumo em sociedade.
O Objetivo 13 é “tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos” (ONU, 2015, p.
20). Trata-se do imperativo de reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação face às mudanças climáticas.
O Objetivo 14 é a “conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o
desenvolvimento sustentável” (ONU, 2015, p. 20). Signi�ca reduzir a poluição marinha e a acidi�cação dos
oceanos, que são riscos para a sustentabilidade global.
O Objetivo 15 é “proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma
sustentável as �orestas, combater a deserti�cação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de
biodiversidade” (ONU, 2015, p. 20). Traduz a necessidade de proteção das �orestas do mundo e da
biodiversidade, que são constitutivos do suporte da vida humana na terra.
O Objetivo 16 é “promover sociedades pací�cas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o
acesso à justiça para todos e construir instituições e�cazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis” (ONU,
2015, p. 20). Para tanto, reduzir a violência em todas as suas formas, proteger as liberdades fundamentais e
fortalecer o Estado de Direito.
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Por �m, o Objetivo 17, que é “fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o
desenvolvimento sustentável (ONU, 2015, p. 20)”. Esse último objetivo conjuga �nanças, tecnologia, parcerias,
en�m, cooperação nacional e internacional, para que os países possam executar, de fato, os objetivos de
desenvolvimento sustentável.
A APLICAÇÃO DA AGENDA 2030 NAS ORGANIZAÇÕES
A implementação dos ODS demanda o engajamento degovernos, organizações e sociedade civil. Apesar de
facultativo, esses objetivos conjugam um compromisso comum para a promoção dos direitos humanos e da
sustentabilidade planetária. No entanto, as ênfases nos objetivos e nas metas são uma decisão das respectivas
organizações.
No que se refere ao Brasil, por meio do Decreto nº 8.892/2016, foi criada a Comissão Nacional para os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável, com a �nalidade de internalizar, difundir e dar transparência ao processo de
implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. De início, o Brasil assumiu
formalmente a promessa de observar e concretizar os ODS, contudo, com a mudança de governos, o Decreto nº
10.179/2019 revogou a norma que criou a Comissão brasileira. Atualmente, não há qualquer dispositivo legal
que estabeleça as incumbências do Estado brasileiro quanto ao cumprimento dos objetivos e das metas da
Agenda 2030. Essa é uma situação que coloca o Brasil em dissonância com as exigências comuns do tabuleiro
das relações internacionais, em que o cumprimento da Agenda 2030 é uma delas. Até mesmo porque o Brasil é
um país central para o enfrentamento das mudanças climáticas e para a estabilidade dos sistemas de
sustentação da vida no planeta.
No que se refere às organizações empresariais, há em nível internacional um compromisso para a realização da
Agenda 2030. Trata-se do Pacto Global da ONU, uma iniciativa voluntária que re�ete a preocupação de líderes e
corporações com a sustentabilidade. O Pacto Global conjuga os princípios fundamentais para os negócios no
contexto do desenvolvimento sustentável, estabelecidos a partir de documentos do Sistema Global de Direitos
Humanos, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos; a Declaração da Organização Internacional do
Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho; a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento; a Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. Esses documentos são estruturantes
das quatro responsabilidades do Pacto Global, a saber: (i) direitos humanos, (ii) trabalho, (iii) meio ambiente e
(iii) combate à corrupção (ONU, 2022). Essas responsabilidades são representativas dos princípios e valores
universais que devem ser incorporados no ambiente de negócios em nível global.
Por sua vez, essas responsabilidades são estruturantes dos 10 (dez) princípios do Pacto Global, que as empresas
se comprometem a seguir (ONU, 2022). Em matéria de direitos humanos, as empresas se comprometem a
respeitá-los conforme os documentos do sistema internacional (Princípio 01). Além disso, comprometem-se a
não participar de violações de direitos humanos (Princípio 02). No que se refere ao aspecto de trabalho, as
empresas devem a liberdade de associação dos trabalhadores e reconhecer a negociação coletiva (Princípio 03);
eliminar o trabalho forçado (Princípio 04); abolir o trabalho infantil (Princípio 05) e eliminar a discriminação no
emprego (Princípio 06). Quanto à proteção do meio ambiente, as empresas devem apoiar a prevenção aos
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danos ambientais (Princípio 07); promover a responsabilidade ambiental (Princípio 08) e estimular o
desenvolvimento e a difusão de tecnologias ecologicamente corretas (Princípio 09). Por �m, no que tange à
corrupção, as empresas devem se comprometer a combatê-la em todas as suas formas (Princípio 10).
Na edição 2020 do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, foi lançado o Programa Ambição pelos ODS,
uma iniciativa do Pacto Global com metas para auxiliar as empresas que desejam atuar pelos objetivos e pelas
metas da Agenda 2030. A �gura a seguir relaciona as principais referências (chamadas de benchmarks) do
programa.
Figura 2 | Principais referências (benchmarks) do Programa Ambição pelos ODS
Fonte: ONU ([s. d.], p. 5).
A empresa poderá, de acordo com a sua área de atuação, escolher uma ou mais referências para os seus
negócios. Conforme o Pacto Global (ONU, 2022), os critérios de sucesso empresarial e os modelos econômicos
estão mudando, e isso signi�ca que as empresas podem assumir um protagonismo diante dos desa�os para a
vida das pessoas e para o planeta.
Por �m, diante da inércia do governo brasileiro na implantação dos ODS, o setor empresarial tem se articulado
para conferir a sua contribuição no cenário do Pacto Global e do Programa Ambição pelos ODS, até mesmo
porque uma das condições para o recebimento de investimentos oriundos de fundos internacionais é a
observância da Agenda 2030. Portanto, os ODS são uma necessidade no ambiente corporativo, como também
uma oportunidade de negócios baseados em valores e compromissos para um futuro comum.
VIDEOAULA
Neste vídeo, estudaremos uma das principais iniciativas globais para a sustentabilidade: a Agenda 2030. Trata-
se de um documento �rmado em 2015 por todos os países da ONU com os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável para o ano de 2030. A Agenda 2030 preocupa-se com a prosperidade e a paz global, com
compromissos que governos, corporações e pessoas devem assumir para a sustentabilidade. Estudaremos,
assim, os principais aspectos da Agenda 2030. Estou te aguardando!
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 Saiba mais
A Agenda 2030 conjuga 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas associadas. Como
se pode notar, trata-se de um extenso programa para direcionar o mundo para a sustentabilidade.
Portanto, é importante que você conheça o detalhamento de uma cada um dos ODS, articulando a
correspondência com a sua atuação pro�ssional. Nesse sentido, recomendamos acessar o endereço
eletrônico do escritório da ONU no Brasil.
Além disso, há várias iniciativas nos órgãos governamentais brasileiros para a implementação da Agenda
2030, como no caso do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal e do Instituto Nacional
de Pesquisa Econômica Aplicada. Bons estudos!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Estudante, uma das mais importantes discussões no universo empresarial é o paradigma ESG. Mas, você sabe o
que signi�ca ESG?
A sigla ESG é a conjugação de três palavras da língua inglesa que estabelecem os parâmetros para a
sustentabilidade corporativa, que em português signi�cam: o ambiental, o social e a governança. O ESG tem
origem no mercado de investimentos, como um parâmetro norteador para a alocação de recursos �nanceiros
em empresas que se comprometem com as práticas de sustentabilidade. Hoje, adotar o paradigma ESG é tanto
um compromisso com o planeta quanto uma garantia de manutenção da empresa no tabuleiro das relações
econômicas. A�nal, para uma empresa expandir, precisa de investimentos e, hoje, eles são alocados
principalmente naquelas que adotam as práticas ESG.
Vamos conhecer um pouco mais sobre ESG?
Tenho certeza de que você vai gostar desse conteúdo!  
O CONCEITO DE ESG
Aula 4
ESG
O ESG tem origem no mercado de investimentos, como um parâmetro norteador para a alocação
de recursos �nanceiros em empresas que se comprometem com as práticas de sustentabilidade.
30 minutos
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/crime/embaixadores-da-juventude/conhea-mais/a-agenda-2030-para-o-desenvolvimento-sustentvel.html
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/agenda-2030/
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
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A complexidade dos desa�os ambientais contemporâneos assume destaque na agenda das organizações e
corporações. Elas reconhecem que o engajamento para a superação dos problemas impõe uma avaliação
permanente das relações econômicas com o entorno, incluindo pessoas, meio ambiente e o próprio mercado. À
medida que surgem questões no tabuleiro das relações globais, novos paradigmas são estabelecidos. É nessa
perspectiva que o ESG é uma tendência presente em todas as discussões corporativas internacionais.
Mas, o que é ESG? Qual a sua origem? E como as diretrizes e os programas de ESG estão impactando o mundo
corporativo? Essas são perguntas fundamentais para que possamos compreender como o ESG é, hoje, o
principal referencial para os investimentos de fundos do mercado �nanceiro e para outros setores
empresariais.
ESG é a sigla para três expressões da língua inglesa: environmental (meio ambiente), social (com o mesmo
sentido em português) e governance (governança). Essas palavras representam o conjunto de programas e
práticas de uma organização em sua atuação no mercado, isto é, empresas que atuam diretamente em
observância aos parâmetros ambientais, que conjugam o compromisso social com os seus colaboradores e a
comunidade do entorno do empreendimento e adotam procedimentos de governança corporativa em
conformidade com os aspectos legais e éticos nos negócios.
A sigla ESG surgiu em uma publicação do Pacto Global das Nações Unidas (ONU) em parceria com o Banco
Mundial denominada Who Cares Wins (Quem se Importa Ganha), de 2004, vinculado ao setor do mercado de
capitais. No ano seguinte, a Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma; a sigla em inglês é UNEP-FI) lançou o Relatório Fresh�eld, elaborado pelo escritório de advocacia
Fresh�elds Bruckhaus Deringer, sobre a importância, a legalidade e a responsabilidade �duciária das estratégias
ESG para o mercado de investimentos (ONU, 2009). Fala-se em responsabilidade �duciária porque essa é a
relação estabelecida entre o investidor e o gestor, ou seja, os gestores de fundos devem alocar os recursos
�nanceiros dos investidores para empresas que estejam alinhadas com os princípios de ESG. Nota-se que o
conceito de ESG surgiu diretamente da preocupação do setor de �nanças ao perceber a relação entre as
questões ambientais e o desempenho �nanceiro das organizações a médio e longo prazo (LEMME, 2018).
Investimentos, portanto, devem ser destinados a empresas que compreendem e implementam as questões de
ESG como estruturantes do seu modelo de negócios.
A importância dessa concepção levou a iniciativa �nanceira do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma) a elaborar, em atenção à solicitação do Secretário-Geral das Nações Unidas, um documento
especí�co, os Princípios para o Investimento Responsável (ONU, 2019), com os compromissos para a
incorporação do ESG nas decisões de investimentos. São seis os princípios para o investimento sustentável. O
primeiro é incorporar os temas de ESG às análises de investimento e aos processos de tomada de decisão. Os
fundos e as carteiras de investimentos internacionais devem considerar as questões de ESG na alocação de
seus recursos. O segundo princípio é incorporar os temas de ESG às políticas e práticas de propriedade de
ativos das organizações de investimentos. O terceiro princípio é fazer com que as entidades que recebem
investimentos façam a divulgação de suas ações relacionadas aos temas de ESG. Empresas que recebem
investimentos devem declarar que incorporaram os padrões de ESG. O quarto princípio é promover a aceitação
e implementação dos quatro princípios anteriores dentro do setor do investimento. O quinto princípio é a
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articulação dos fundos para trabalharem unidos para ampliar a e�cácia na implementação dos princípios. Por
�m, o sexto princípio estabelece que os signatários do documento se comprometam a divulgar relatórios sobre
atividades e progresso da implementação dos princípios para o investimento responsável (ONU, 2019).
Mas, qual a importância das questões de ESG? Estabelecer o paradigma de ESG é uma decisão sobre o futuro
sustentável de uma empresa. Como vimos, os parâmetros de ESG são decisivos para que fundos de
investimentos internacionais escolham as empresas em que pretendem alocar os recursos sob sua custódia,
isto é, a destinação de investimentos internacionais e nacionais, atualmente, é orientada para empresas
alinhadas e focadas nos pilares de ESG. A�nal, em uma economia de mercado, os agentes �nanceiros
in�uenciam diretamente as decisões de setores, empresas e empreendedores (LEMME, 2018). Uma empresa
que não esteja atenta a essas questões não terá os investimentos ou �nanciamentos necessários para a
expansão dos seus negócios. Para exempli�car: as atividades produtivas em geral precisam de empréstimos
para os seus negócios, que são obtidos em instituições �nanceiras, como é o caso dos bancos. As diretrizes
socioambientais, nos dias atuais, são norteadoras para a concessão desses �nanciamentos, até mesmo porque
nenhuma instituição quer ser associada ou responsabilizada por danos ambientais.
Outro aspecto a ser considerado é que as empresas que adotam as questões de ESG articulam ativos
intangíveis como valor e reputação, que são importantes nas relações de mercado e com o consumidor. Ora,
uma empresa não fará negócios com uma outra empresa que não tenha compromisso com os parâmetros
ambientais, que se bene�cia do desmatamento ilegal ou que adota processos produtivos que estão em
dissonância com os padrões globais de redução da emissão dos gases de efeito estufa. Da mesma forma, qual o
valor de uma empresa que adota políticas discriminatórias quanto a gênero e raça e que tem condutas que são
atentatórias aos direitos humanos? Ou ainda, usa relatórios de governança incompletos ou enganosos para
maquiar as suas �nanças e situação �nanceira. Por esse conjunto de razões, os valores de ESG são
fundamentais para a sustentabilidade corporativa, razão pela qual vão assumindo um papel de centralidade nas
discussões econômicas em todo o planeta.
OS ELEMENTOS ESTRUTURANTES DE ESG
Agora que você conhece a origem e a importância do paradigma de ESG, aprofundaremos a discussão sobre os
seus elementos estruturantes, em especial, o sentido de cada uma de suas letras.
A letra “E” signi�ca Environmental ou, em português, Ambiental. Trata-se do parâmetro que traz uma
constatação imediata: sem um planeta habitável, sustentável, não há como se falar ou mensurar o social e a
governança. O Ambiental preocupa-se com os impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente, em
especial, os efeitos da mudança do clima sobre os sistemas de sustentação da vida. Com as transformações
climáticas cada vez mais intensas, esse parâmetro traz a importância do compromisso corporativo com a
redução da emissão de gases de efeito estufa. Por isso, um aspecto fundamental está na substituição da matriz
energética, de uma economia baseada na queima dos combustíveis fósseis, para uma economia de baixo
carbono. Além disso, no Ambiental, temos a gestão de recursos naturais, como os hídricos, cuja disponibilidade
encontra-se comprometida pela escassez e pela poluição. Por isso, a necessidade de apoiar empresas que
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façam uso e�ciente desse recurso. Na mesma perspectiva, o uso racional e adequado do solo, evitando os
desmatamentos e as queimadas, assim como é fundamental a proteção de espaços ambientais, como as áreas
de preservação permanentee as reservas legais.
Outro ponto está na gestão e no gerenciamento dos resíduos sólidos. Em uma sociedade de consumo, é preciso
pensar em procedimentos que articulem a avaliação pelo ciclo de vida dos produtos, desde o desenvolvimento,
a obtenção de matérias-primas, o consumo até a disposição �nal. É necessário avaliar o impacto de um
produto, de sua concepção até o momento �nal, quando se torna rejeito – que é o resíduo sólido que não pode
ser mais tratado ou não é mais viável economicamente – e será destinado a um aterro. Essa avaliação
empresarial é de suma importância para reduzir a produção de resíduos sólidos e, por evidente, os riscos para a
saúde humana e o meio ambiente.
A letra “S”, por sua vez, signi�ca Social, e indica as questões sociais, de como a empresa se relaciona com o
cumprimento e a promoção dos direitos humanos, assim como suas relações com os stakeholders – tais como
funcionários, fornecedores, clientes e a comunidade do entorno. No contexto empresarial, fala-se, hoje, em um
capitalismo de stakeholders, ou seja, que além do lucro busque criar valor para todas as partes que se
relacionam com a empresa.
No Social, a organização deve se comprometer com a promoção do trabalho digno e decente para os seus
colaboradores. Trata-se de conjugar a observância necessária à legislação trabalhista com aspectos como a
proteção social, a promoção de expedientes de reconhecimento da diversidade e de eliminação da
discriminação nas relações de trabalho. Por proteção social entende-se: garantir aos colaboradores a redução
de riscos e incertezas em suas atividades, respeitando a saúde física e mental. De igual forma, a empresa deve
garantir o acesso equitativo de grupos vulneráveis e minorias às relações de trabalho, em respeito à
diversidade. E isso passa por processos admissionais e de convivência laboral sem discriminações. Como
exemplo temos a questão de gênero, o respeito e o reconhecimento das mulheres no mercado de trabalho,
inclusive em cargos de che�a e direção. No que se refere às pessoas com de�ciência, a garantia do trabalho em
igualdade de condições com as demais pessoas e sem discriminações. Apesar da ênfase nas questões laborais,
o “S” inclui o respeito amplo aos direitos humanos, em todas a suas dimensões: como direitos civis e políticos
(primeira dimensão); direitos econômicos, sociais e culturais (segunda dimensão); direitos de solidariedade
(terceira dimensão). Essa conjugação expressa a leitura de universalidade, indivisibilidade e interdependência
dos direitos humanos, ou seja, são direitos para todas as pessoas, sem discriminações, em que essas
dimensões de direitos formam um núcleo fundamental, pois são recíprocos entre si. A�nal, como falar em
direitos sociais e econômicos sem um meio ambiente sadio? Isso mostra como esses direitos se relacionam e
são fundamentais para uma sociedade dialógica e democrática.
A letra “G”, por �m, é para Governance, ou em português Governança Corporativa. Trata-se da base estrutural
do paradigma de ESG, porque é por meio dela que temos a cultura organizacional da empresa e o seu
alinhamento com a sustentabilidade. Uma governança estabelece de forma objetiva a articulação do seu
propósito com os objetivos do negócio. Ela impõe a transparência nas informações, com “[...] políticas
corporativas transparentes que protejam seus clientes, seu modelo de negócios e preservem a credibilidade e
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reputação” (MOTA FILHO, 2022, p. 650). Por isso, a governança corporativa conjuga o combate à corrupção e de
todas as formas de favorecimentos por meios ilícitos e antiéticos, porque essas condutas reduzem recursos
destinados à sociedade e solapam a con�ança da empresa.
A APLICAÇÃO DOS PROGRAMAS DE ESG
A implementação de um programa de ESG em uma organização é facultativa, mas revela um compromisso com
os stakeholders, a comunidade, o planeta e, por evidente, a sua própria permanência no sistema de relações
econômicas. Adotar o processo de ESG, contudo, não é uma decisão retórica de supostamente a�rmar valores
ecológicos e de proteção ambiental. Isso porque temos casos de empresas que proclamam a adoção de
padrões de sustentabilidade, mas que estiveram envolvidas em acidentes ambientais e outros procedimentos
incompatíveis.
Trata-se do denominado greenwashing (em português, lavagem verde), que consiste na prática de utilizar o
marketing verde, com propagandas e retóricas de alinhamento ambiental, mas que, na prática, é uma cortiça de
fumaça para iludir os consumidores. Ou ainda, de forma mais sensível, a desconexão entre a publicidade
ecológica e a realidade da empresa, que continua a manter processos produtivos com impactos prejudiciais ao
meio ambiente.
E por que isso ocorre? Possivelmente, porque não há uma regulamentação das dinâmicas de ESG. Apesar dos
relatórios de sustentabilidade sobre ESG em determinados setores da economia mundial, não há no Brasil
regulamento sobre a questão. Por isso, para evitar situações como greenwashing, as estratégias de ESG exigem
ações concretas, um engajamento efetivo da organização com a sustentabilidade.
O primeiro passo para a implementação de ESG está na governança corporativa, isto é, “[...] um alinhamento
entre a parte formal (das políticas, regimentos e códigos) e a parte informal (que é esse dia a dia) da empresa e
sua cultura” (DONAGGIO, 2022, p. 417).  Apesar de ser um elemento importante em empresas multinacionais e
de grande porte, a governança é possível naquelas empresas de médio e pequeno porte; para tanto, basta
existir uma estrutura mínima de controle e monitoramento interno dos riscos de suas atividades.
Algumas estratégias são fundamentais para se veri�car a governança corporativa, entre elas: as práticas de
gestão alinhadas ao ESG; o diálogo e a publicidade sobre os seus processos e procedimentos; o combate à
corrupção e a adoção de programas de compliance.
Segundo Halla (2022), a governança em aderência ao ESG está ligada aos fatores como de�nição de propósito
da empresa, com declaração pública de seus valores e objetivos, assim como estabelecer em seu corpo de
governança uma composição que respeite a diversidade de gênero e social. Da mesma forma, os relatórios de
sustentabilidade da empresa (também chamados de relatórios corporativos socioambientais) devem ser
elaborados de forma a contemplar “[...] os temas que os stakeholders ou partes interessadas têm de dúvidas
em relação à empresa” (HALLA, 2022, p. 589), inclusive no que se refere às questões de riscos do
empreendimento, saúde �nanceira e �scal etc. Em todos os níveis empresariais, deve haver o compromisso
com o combate às condutas que se con�guram como corrupção por meio de orientação e treinamentos
internos e pela assunção de políticas semelhantes em relação aos parceiros do negócio, ou seja, não comprar
ou transacionar com empresas envolvidas em casos de corrupção.
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Uma das principais instâncias para o cumprimento dos princípios de ESG e que tem sido adotada pelas grandes
corporações são os programas de compliance, que contribuem para minimizar os riscos e orientar a empresa
na observância dos padrões legais e éticos nos negócios. Sobre a importância e abrangência de compliance
ambiental, Marchezini destaca que ele
Nota-se, portanto, que o compliance ambiental é um programa multidimensional, conjugando a
sustentabilidade a partir das variáveis econômica, social, legal, ética e ambiental (MARCHEZINI, 2022) de forma
contínua. O monitoramento e a revisão de processos e procedimentos quando necessáriossão elementos que
garantem a integridade e a con�abilidade sobre a adoção das práticas de ESG. Ademais, essa conjugação de
fatores contribui para o ganho de imagem da empresa perante a sociedade e o mercado.
A partir dos elementos delineados, temos a estruturação do paradigma de ESG, que será presente na cultura
organizacional e no �uxo operacional e produtivo da empresa. 
VIDEOAULA
Esse vídeo tem como conteúdo o estudo de uma das mais importantes iniciativas para a sustentabilidade no
universo empresarial: o paradigma ESG. Trata-se do tema do momento no contexto de negócios em nível global.
Conheceremos os parâmetros e as práticas ESG e como impactam diretamente nos principais aspectos das
corporações. Essa é uma discussão fundamental para o seu futuro pro�ssional. Vamos juntos? Estou te
aguardando!
 Saiba mais
[...] vai além da mera obediência à normas e regulamentos administrativos ou de
políticas voluntárias de responsabilidade socioambiental. Contribui para uma redução
signi�cativa dos riscos de desastres e escândalos ambientais com proteção da imagem,
para o aprimoramento de processos voltando-se à racionalização do uso de recursos
naturais e do barateamento dos custos de produção; viabiliza maior acessibilidade a
processos seletivos e licitações e, agora, investimentos; reduz custos processuais, com
controle preventivo de responsabilização.
— (MARCHEZINI, 2022, p. 102)
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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Uma forma de aprofundar os estudos sobre o paradigma ESG é ler e conhecer os relatórios de
sustentabilidade de algumas das principais empresas da economia brasileira. Eles permitem visualizar
como os aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa são conjugados no ecossistema da
empresa. Assim, a primeira sugestão é conhecer o relatório ESG da empresa Cogna Educação.
Em outro setor econômico, sugerimos conhecer as dinâmicas ESG da Petrobras.
Bons estudos!
Aula 1
AMORIM, T. N. G. F. Responsabilidade Social Corporativa. In: ALBUQUERQUE, J. de L. (Org.). Gestão Ambiental e
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JUNCO, J. G. del; FLORENCIO, B. P.; BUSTELO, F. E. Manual Práctico de Responsabilidad Social Corporativa.
Gestión, diagnóstico e impacto en la empresa. Madrid: Ediciones Pirámide, 2014. 
Aula 2
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001:2015. Sistemas de gestão ambiental:
requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2015.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2022].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 3 out. 2022.
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Social. Conceitos, Ferramentas e Aplicações. São Paulo, SP: Atlas, 2009.
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REFERÊNCIAS
5 minutos
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https://www.investidorpetrobras.com.br/esg-meio-ambiente-social-e-governanca/apresentacoes-e-relatorios-e-webinars/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/%20Constitui%C3%A7ao.htm
https://www3.ethos.org.br/wp-content/uploads/2014/05/Empresas-e-Imprensa-Pauta-de-Responsabilidade-Uma-Analise-da-Cobertura-Jornalistica-sobre-a-RSE.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
30/08/2023, 15:40 wlldd_231_u3_res_soc_amb
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658394&atividadeDes… 26/27
Aula 3
BRASIL. Decreto nº 8.892, de 27 de outubro de 2016. Cria a Comissão Nacional para os Objetivos de
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8892.htm. Acesso em: 1º out 2022.
BRASIL. Decreto nº 10.179, de 18 de dezembro de 2019. Declara a revogação, para os �ns do disposto no art.
16 da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, de decretos normativos. Brasília, DF: Presidência da
República, [2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
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Aula 4
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8892.htm
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https://hippo-files.com/public/uploads/698712c22d2947668c4c0d3a5137c302/anonymous/a788c6b864d3469b8be4953b32bd74c1/ambic_a_o_pelos_ods_3a_edic_a_o_baixa_res.pdf
https://www.pactoglobal.org.br/
https://brasil.un.org/sites/default/files/2020-09/agenda2030-pt-br.pdf

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