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Resistência genética a 
helmintos gastrintestinais
Alessandro F. T. Amarante
Departamento de Parasitologia
IB/UNESP, Botucatu - SP
Principais espécies de nematódeos 
gastrintestinais de ruminantes
Oesophagostomum columbianumOesophagostomum 
radiatum
Intestino 
Grosso
Trichostrongylus colubriformis
Cooperia curticei
Cooperia punctata
Bunostomum phlebotomum
Intestino 
Delgado
Haemonchus contortusHaemonchus placei
Haemonchus similis
Trichostrongylus axei
Abomaso
OVINOS E CAPRINOSBOVINOS
“PAPEIRA”
A resistência dos parasitas às 
drogas
Redução percentual dos valores de OPG sete dias após o tratamento de 
ovinos com anti-helmínticos de amplo-espectro em 10 propriedades do 
Estado de São Paulo (Amarante et al., Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., v.29, p.31-38, 1992).
Propriedade Oxfendazol
4,5 mg/kg
Levamisol
7,5 mg/kg
Ivermectin
0,2 mg/kg
1 0,0% 70,6% 89,3%
2 48,9% 88,2% 74,5%
3 0,0% 86,8% 66,0%
4 3,5% 84,8% 30,0%
5 12,0% 86,1% 73,9%
6 40,0% 100,0% 100,0%
7 10,9% 0% 99,5%
8 48,7% 94,6% 63,0%
9 47,2% 51,0% 54,8%
10 - 0% 70,3%
10
Propriedade Albendazol 
3,4 mg/kg 
Levamisol 
4,7 mg/kg 
Moxidectina 
0,2 mg/kg 
Ivermectina
0,2 mg/kg 
1 100.0 100.0 98.5 89.4 
2 96.0 96.3 100.0 -3.7 
3 87.1 100.0 94.1 -6.1 
4 100.0 100.0 100.0 95.7 
5 83.3 92.3 100.0 46.6 
6 100.0 100.0 100.0 -13.5 
7 50.0 74.4 96.0 -38.1 
8 100.0 100.0 100.0 32.3 
9 93.6 100.0 97.8 55.3 
10 100.0 94.4 100.0 76.5 
11 100.0 100.0 100.0 18.1 
12 100.0 100.0 100.0 44.9 
10 
 
Redução percentual dos valores de OPG sete dias após o tratamento de 
bovinos com anti-helmínticos de amplo-espectro em 12 propriedades do 
Estado de São Paulo (Soutello et al., 2003).
Ciclo evolutivo
• Hospedeiro
– Larvas imaturas
– Parasitas adultos
• Ambiente
– Ovos
– Larvas de primeiro 
estágio (L1)
– Larvas de segundo 
estágio (L2)
– Larvas de terceiro 
estágio (L3)
Resposta imunológica
• Mediada por linfócitos Th2 CD4+
– Aumento do número de mastócitos na mucosa, 
– Eosinofilia, 
– Produção de anticorpos específicos e
– Presença de substância inibidoras no muco e o 
aumento de sua produção (Amarante & Amarante, 
2003).
A resistência não é uniforme e 
constante
• Animais resistentes
• Animais susceptíveis
• Animais com resistência intermediária
RAÇAS RESISTENTES ÀS 
INFECÇÕES POR 
NEMATÓDEOS 
GASTRINTESTINAIS
Scottish Blackface
Gulf Coast Native
Florida Native
St. Croix
Barbados Blackbelly
Katahdin
Red Maasai 
RAÇAS BRASILEIRAS
Crioula Lanada
Crioula Lanada
Corriedale
Número médio de exemplares de 
Haemonchus contortus em cordeiros
(Bricarello et al. Small Rumin. Res., v.51, p.75-83, 2004)
0
500
1000
1500
2000
2500
Carga parasitária
Crioula Lanada
Corriedale
Santa Inês
Santa Inês
Suffolk
Ile de France
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
24/10 21/11 19/12 16/01 13/02 13/03 10/04 08/05 05/06 03/07 31/07
Data
Santa Inês Suffolk Ile de France
Contagem de ovos por grama de fezes (OPG)
Amarante et al. Vet. Parasitol., v. 120, p.91-106, 2004
Percentual de animais tratados com anti-helmíntico
0
20
40
60
80
100
Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Meses
Santa Inês
Suffolk
Ile de France
Número de vezes que os animais foram tratados 
individualmente com anti-helmíntico ao longo de sete meses
0
10
20
30
40
50
60
70
Santa Inês Suffolk Ile de France
P
e
r
c
e
n
t
u
a
l
 
d
e
 
a
n
i
m
a
i
s
nenhum
1-2
3-4
5-6
17
19
21
23
25
27
29
31
33
24/10 21/11 19/12 16/01 13/02 13/03 10/04 08/05 05/06 03/07 31/07
Data
Santa Inês Suffolk Ile de France
Volume globular (%)
Peso (kg)
15
20
25
30
35
40
45
50
55
24/10 24/11 24/12 24/01 24/02 24/03 24/04 24/05 24/06 24/07
Data
Santa Inês Suffolk Ile de France
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
24/10 21/11 19/12 16/01 13/02 13/03 10/04 08/05 05/06 03/07 31/07
Data
Santa Inês Suffolk Ile de France
OPG
Tratamento com
Anti-helmíntico
Número médio de exemplares de Haemonchus contortus
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
Santa Inês Suffolk Ile de France
Número médio de Trichostrongylus colubriformis
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
Santa Inês Suffolk Ile de France
Número médio de exemplares de Cooperia curticei
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Santa Inês Suffolk Ile de France
Média de exemplares e de nódulos de 
Oesophagostomum columbianum
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Santa Inês Suffolk Ile de France
Exemplares
Nódulos
Desempenho de cordeiros Ile de France (IF) e Santa Inês (SI) 
artificialmente infectados com Haemonchus contortus. Os animais foram 
alimentados com dietas isoenergéticas com teor alto (18%) ou baixo 
(10%) de proteína bruta (7,5% e 12,9% de proteína metabolizável, 
respectivamente) .
(Bricarello. Tese - Doutoramento. CENA – USP, 2004)
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
semanas
O
P
G
Ile de France infectado - baixa proteína
Ile de France infectado - alta proteína
Santa Inês infectado - baixa proteína
Santa Inês infectado - alta proteína
Carga parasitária de cordeiros Ile de France e Santa Inês 
artificialmente infectados com Haemonchus contortus.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Imaturos Machos adultos Fêmeas adultas Carga Total
Ile de France - baixa proteína
Ile de France - alta proteína
Santa Inês - baixa proteína
Santa Inês - alta proteína
Valores médios do Volume Globular (VG) de cordeiros Ile de 
France e Santa Inês dos grupos infectados (I) e controles (C).
25
27
29
31
33
35
37
39
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
semanas
V
G
 
(
%
)
IF C BP IF C AP IF I BP IF I AP
SI C BP SI C AP SI I BP SI I AP
Valores médios de proteína plasmática total (PPT) de 
cordeiros Ile de France e Santa Inês dos grupos infectados (I) 
e controles (C).
4,5
4,7
4,9
5,1
5,3
5,5
5,7
5,9
6,1
6,3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
semanas
P
P
T
 
g
/
d
l
IF C BP IF C AP IF I BP IF I AP
SI C BP SI C AP SI I BP SI I AP
Peso médio de cordeiros Ile de France e Santa Inês dos 
grupos infectados (I) e controles (C).
25.0
30.0
35.0
40.0
45.0
50.0
55.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
semanas
p
e
s
o
 
(
k
g
)
IF C BP IF C AP IF I BP IF I AP
SI C BP SI C AP SI I BP SI I AP
Em ovinos de raças resistentes o 
desenvolvimento da imunidade contra os 
nematódeos gastrintestinais se manifesta 
precocemente.
Peso de cordeiros a desmama (60 dias de 
idade). 
Manejo Santa Inês Ile deFrance 
Confinados 18,8 kg 22,8 kg 
Criados em 
pastagem 
15,7 kg 13,5 kg 
 
Diferença 
 
3,1 kg 
 
9,3 kg 
 
 
Fenômeno do periparto
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1 gest 2 gest 3 gest 4 gest 5 gest 1 lact 2 lact 1 desm 2 desm
Meses
O
v
o
s
 
p
o
r
 
g
r
a
m
a
 
d
e
 
f
e
z
e
s
 
(
O
P
G
)
Santa Inês
Ile France
Valores médios de OPG de ovelhas Ile de France e Santa Inês
(Rocha et al. Small Rumin. Res. No prelo, 2004).
Parto
Causas do fenômeno do periparto
A imunidade adquirida contra os parasitas 
pode ser penalizada em épocas de escassez 
de nutrientes (Houdjik et al., 2003). 
Como minimizar o fenômeno do 
periparto
• Final da gestação: dieta com 10,7% de 
proteína metabolizável
• Lactação: dietacom 12,9% de proteína 
metabolizável
Fonte: Houdjik et al. (2001)
Comparação entre a produtividade de ovinos Red Maasai
e Dorper frente às infecções por Haemonchus contortus
(Mugambi et al. WAAVP, 19, Anais, 2003. p.245)
– Retomada do desenvolvimento de larvas
– Criação em região sub-úmida favorável à
transmissão dos parasitas: produtividade dos 
ovinos Red Maasai superou em cinco vezes a 
produtividade dos ovinos Dorper
– Criação em região semi-árida, desfavorável à
transmissão: produtividade das duas raças foi 
similar
Cruzamento: raça susceptível x 
raça resistente
• Rambouillet (susceptível) x Florida Native
(resistente): F1 susceptíveis enquanto 
jovens, mas com grande habilidade para 
desenvolver resistência adquirida na idade 
adulta (Amarante et al. Vet. Parasitol., v.80, p.311-324, 1999a e Vet. Parasitol., 
v.85, p.61-69, 1999b).
Cruzamento: raça susceptível x 
raça resistente
• Suffolk (susceptível) x Gulf Coast Native
(resistente): cordeiros F1apresentaram 
resultados mais próximos dos valores 
registrados nos cordeiros Gulf Coast Native 
(Li et al. Vet. Parasitol., v.98, p.273-283, 2001).
Caprinos (Costa et al. Vet. Parasitol., v.88, p.153-158, 2000).
Anglo-Nubian
Caninde
Bhuj
Uma pequena proporção dos animais do rebanho 
alberga a maioria da população de parasitas
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0-100 150-300 350-500 550-700 750-900 >950
OPG
F
r
e
q
ü
ê
n
c
i
a
Bovinos machos da raça Nelore com 10-12 meses de idade.
SELEÇÃO DE ANIMAIS 
RESISTENTES
• Herdabilidade da característica: 0,3-0,5 (Barger, 
Vet. Parasitol., v.32, p.21-35, 1989)
• Seleção para a resistência contra uma 
determinada espécie de nematódeo resulta 
na melhora da resistência contra outras 
espécies (Sréter et al., Int. J. Parasitol., v.24, p.871-876, 1994)
• Os parasitas não se adaptam aos ovinos 
resistentes (Woolaston et al., Int. J. Parasitol., v.22, p.377-380, 1992).
Marcadores genéticos da 
resistência
• A resistência é controlada por vários genes.
• Não existem evidências da presença de 
genes principais associados com a 
resistência a Trichostrongylus colubriformis 
em ovinos. 
• Algumas regiões dos cromossomos 1, 3, 6, 
11 e 12 se mostraram associadas com a 
resistência (Beh et al. Anim. Genet., v.33, p.97-106, 2002) 
Correlações fenotípicas* e genéticas** entre valores de 
OPG e ganho de peso1 ou peso corporalt2 em ovinos
Bishop & Stear
(1999)
-0.10*
-0.27**
Scottish 
Blackface1
Escócia
Eady et al. 
(1998)
-0.20**Merino2Austrália
Boiux et al. 
(1998)
-0, 15*
-0.61**
Polish Long-
wool1
Polônia
Bisset et al. 
(1992)
-0.07*
-0.48**
Romney1Nova 
Zelândia
ReferênciasCoeficientes 
de correlação
RaçaPaís
Produção de lã
• Ao contrário do ganho de peso, a seleção 
para aumento na produção de lã resultou em 
aumento na susceptibilidade aos parasitas 
em ovinos Merino Australiano (Eady et al., Aust. J. 
Agric. Res., v.49, p.1201-1211, 1998) e Romney Marsh (Williamson 
et al., N. Z. J. Agric. Res., v.38, p.381-397, 1995).
A resposta imunológica como 
causa de prejuízo
• A seleção de linhagens de ovinos resistentes 
aos nematódeos gastrintestinais com base 
em contagens de OPG, pode, também, 
inadvertidamente selecionar animais mais 
predispostos a terem diarréia, já que estes 
apresentam maior reação de 
hipersensibilidade às larvas infectantes (Larsen
et al. Vet. Rec., v.137, p.572, 1995)
Seleção para resistência ou 
tolerância? 
• Resistência: a resposta imunológica limita o 
estabelecimento dos parasitas. 
• Tolerância (resiliência): os animais são 
capazes de “conviver” com os parasitas com 
redução mínima da produtividade (Alberts et al., Int. 
J. Parasitol., v.17, p.1355-1363, 1987).
As estratégias de seleção para a 
resistência devem levar em consideração, 
não apenas a redução dos valores de OPG, 
mas também a combinação de vários tratos 
de produtividade e de escores relacionados 
à diarréia (Morris et al., Anim. Sci., v.70, p.17-27, 2000).
CONSEQÜÊNCIA DA CRIAÇÃO DE 
ANIMAIS RESISTENTES NA 
EPIDEMIOLOGIA DAS PARASITOSES
• As elevações sazonais da carga parasitária 
são grandemente reduzidas o que provoca 
redução ainda mais acentuada no número de 
larvas infectantes na pastagem (Barger, 1989; Bisset et
al., 1997; Bishop & Stear, 1999)
FUTURO
• Anti-helmínticos?
Profilaxia das parasitoses
• MANEJO: descontaminação de pastagens e 
confinamento
• NUTRIÇÃO: nível elevado de proteína na 
dieta, especialmente das categorias mais 
susceptíveis (cordeiros e ovelhas no 
periparto)
• GENÉTICA: criação de animais resistentes
EQUIPE
• Técnicos
– Maria Ângela Batista Gomes
– Valdir Ângelo Paniguel
• Alunos – Pós-graduação
– Raquel Abdallah da Rocha
– Patrizia A. Bricarello
– Renata del Carratore
– Giuliano Lumina
– Luis Henrique Fernandes
Endereço eletrônico:
amarante@ibb.unesp.br
Livro:
PARASITOLOGIA ANIMAL: ANIMAIS DE 
PRODUÇÃO
– Editora de Publicações Biomédicas (EPUB)
– http://www.epub.com.br
– 0800-552982 ou 0800-253722

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