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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ – CUNTINS 
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
 
ATIVIDADE A2: LINHA DO TEMPO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA 
BRASILEIRA 
 
DOCENTE: PROF. DR DENIVALDO PANTOJA DA SILVA DATA: 22-02-2024 
DISCENTE: MAICON DE OLIVEIRA BACHA 
 
INTRODUÇÃO 
O ensino de matemática no brasil é uma tema que possui grande relevância, no 
que diz respeito a discursões e reflexões no campo educacional, haja vista que ao longo 
dos anos esse ensino passou por diversas fases, bem como, mudanças que impactaram de 
forma significativa o ensino de matemática no brasil. Muitos são os fatores que se 
mostraram essenciais para que hoje fosse possível observar o processo de modernização 
deste ensino. Nesse sentido o trabalho em questão busca por meio de uma linha do tempo 
compreender os principais eventos ocorrentes nestes anos e também os autores que 
fizeram parte de processo direta e indiretamente, e assim ressaltar a importância da 
evolução que o ensino de matemática teve no brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ENSINO DE MATEMÁTICA NO BRASIL: EVOLUÇÃO E 
MODERNIZAÇÃO 
ORIGEN
S 
1599 – Durante esse período, as escolas seguiram a tradição clássico-humanista (Pelo 
ratio atque institutio studiorum societatis jesu) 
1586 – No ratio entretanto, o tempo destinado a elas foi reduzido para dois anos 
(1673 – 1746) – Muitos jesuítas não viam com bons olhos as matemáticas – “doutor 
Jean Bouhier presidente de Dijon, filosofo, historiador e poeta acadêmico” confirmam 
essa hostilidade dos jesuítas em relação as matemáticas 
(1537 – 1612) – Esse foi o caso do Colégio de Roma, onde o padre Christopher Cavius. 
Mostrou-se grande defensor das matemáticas. 
1744 - Foi nesse período, que o padre Morand iniciou o seu curso aos alunos do 
Colégio de Avilon, 
1549 - Temos poucas informações sobre o ensino de Matemática existente nos colégios 
que os jesuítas estabeleceram no Brasil - apenas alguns anos após a sua chegada. 
1759 - Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, o sistema educacional brasileiro 
praticamente desmoronou, restando apenas alguns poucos centros educacionais 
dirigidos por outras ordens religiosas e poucos padres-professores, formados pelas 
escolas jesuíticas. 
 
1772 - Foram criadas pela reforma pombalina as chamadas "aulas régias" - aulas de 
disciplinas isoladas- cujo objetivo consistia em preencher a lacuna deixada pela 
eliminação da estrutura escolar jesuítica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1798 - O bispo Azeredo Coutinho cria o Seminário de Olinda, que valoriza o ensino das 
matemáticas e das ciências físicas e naturais. 
1835 - O Ateneu do Rio Grande do Norte é criado como um Liceu. 
1800 - O Seminário de Olinda começa a funcionar, introduzindo novas tendências 
pedagógicas e métodos mais suaves e humanos. 
1814 - A ordem jesuíta é restaurada após ser suprimida, e o Ratio de 1599 é revisado. 
1834 - O relatório do ministro do Império, Antônio Pinto Chichorro da Gama, revela 
que as aulas de matemáticas nas aulas régias enfrentam problemas de baixa frequência 
e falta de alunos matriculados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÉCULO XIX (PRIMEIRA METADE) 
1836 - Os Liceus da Bahia e da Paraíba são estabelecidos, reunindo aulas avulsas em 
um mesmo edifício. 
1837 - O Colégio Pedro II é criado, representando um primeiro passo para mudanças 
no ensino secundário brasileiro. 
SÉCULO XIX (SEGUNDA METADE) 
1852: Gonçalves Dias, em seu relatório, critica a instrução secundária no Brasil, 
afirmando que os liceus são escolas preparatórias para as academias, com estudos 
insuficientes e exames fáceis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1833 - Ministros do Império propõem modificações no ensino secundário devido ao 
estado precário em que se encontrava. 
1837 - Criação do Colégio Pedro II, a primeira escola secundária pública no Rio de 
Janeiro, com um plano gradual e integral de estudos. 
1890 - Reforma Benjamin Constant, uma reforma profunda no sistema educacional 
brasileiro, introduzindo uma formação científica no ensino secundário. 
1890 - O programa de Matemática da escola secundária inclui o estudo completo de 
aritmética e álgebra elementar no primeiro ano, seguido por geometria preliminar, 
trigonometria retilínea e geometria especial no segundo ano. / No terceiro ano, é 
ensinada geometria geral e seu complemento algébrico, além de cálculo diferencial e 
integral limitado ao conhecimento essencial para o estudo da mecânica geral. / No 
quarto ano, são abordados a mecânica geral e a astronomia, juntamente com noções de 
geometria celeste e mecânica celeste. 
1920 - As correntes educacionais alteraram completamente a fisionomia da educação 
no Brasil. 
1912 - O Brasil participa como "país convidado" na reunião da Comissão Internacional 
para o Ensino de Matemática durante o V Congresso Internacional de Matemática, em 
Cambridge. Eugênio de Banos Raja Gabaglia é nomeado delegado do Brasil. 
1920 - Reforma educacional em São Paulo, por Sampaio Dória, seguindo os princípios 
renovadores. / Surgimento do Movimento da Escola Nova no Brasil, que abrangia 
várias correntes pedagógicas modernas e defendia os princípios da atividade e da 
introdução de situações da vida real na escola. 
1922 - Reforma educacional no Ceará, por Lourenço Filho, também baseada nos 
princípios renovadores. / Reforma educacional no Distrito Federal, influenciada pelos 
princípios renovadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1930 - Nenhuma das reformas ocorridas após a Reforma Benjamin Constant produziu 
mudanças significativas no ensino secundário brasileiro. A questão sobre a melhor 
formação secundária, literária ou científica, não foi resolvida. 
 
1931 - Francisco Campos, então primeiro-ministro do recém-criado Ministério da 
Educação e Saúde Pública, introduz uma reforma no ensino secundário. 
• A reforma incorpora as ideias modernizadoras na Matemática, introduzindo o 
conceito de função e noções do cálculo infinitesimal. 
1937 - Euclides Roxo publica "A Matemática na educação secundária," reforçando 
sua posição em defesa da modernização do ensino de Matemática. 
1930 - Apesar da resistência inicial de alguns professores e defensores do ensino 
clássico, as ideias modernizadoras são gradativamente implementadas no ensino de 
Matemática em todas as escolas secundárias brasileiras. 
1929 - A proposta do Colégio Pedro II é homologada pelo Conselho Nacional do 
Ensino e transformada no Decreto n° 18.564, de 15 de janeiro de 1929. Essas 
mudanças, no entanto, são aplicadas apenas no Colégio Pedro II inicialmente. 
 
1924 - Criação da Associação Brasileira de Educação e realização das Conferências 
Nacionais de Educação, que promoveram discussões sobre questões pedagógicas. 
1925 - Reforma educacional no Rio Grande do Norte, liderada por José Augusto e 
inspirada nos princípios renovadores. 
1927 - Reforma educacional no Paraná, liderada por Lysímaco da Costa, baseada nos 
princípios renovadores. / Reforma educacional em Minas Gerais, por Francisco 
Campos, seguindo os princípios renovadores. 
1928 - Reforma educacional no Distrito Federal, por Fernando de Azevedo, com 
influências dos princípios renovadores. / Reforma educacional na Bahia, por Anísio 
Teixeira, também seguindo os princípios renovadores. 
(1932-1935) Reforma proposta por Anísio Teixeira para o Distrito Federal, com 
ênfase em problemas aritméticos baseados em situações da vida real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1936: Arlindo Vieira critica a prematura especialização, o excesso de conteúdos e o 
"fusionismo" nas áreas de matemática no ensino fundamental. Ele propõe uma 
simplificação e reestruturação do programa, dando mais ênfase ao Latim. 
• AlmeidaLisboa, professor do Colégio Pedro II, expressa oposição à proposta 
de modernização, defendendo a Matemática clássica no estilo euclidiano. Ele 
critica a falta de teoria e rigor matemático nos programas oficiais brasileiros. 
 
• Euclides Roxo responde às críticas, especialmente em seu livro "Matemática 
na escola secundária", defendendo as ideias modernizadoras e a necessidade 
de adaptação às novas exigências sociais e pedagógicas. 
 
• Debate e discussões continuam entre defensores da Matemática clássica e os 
proponentes das ideias modernizadoras. A questão central parece ser a 
reestruturação do ensino de Matemática nas escolas secundárias brasileiras. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A linha do tempo apresentada revela como se deu o processo de evolução e 
modernização do ensino de matemática no brasil, e por meio da mesma foi possível 
observar que este ensino passou por diversos momentos, bem como na implementação de 
ideias que ao longo do tempo foram se fortalecendo, no entanto mesmo sabendo que o 
ensino de matemática seja hoje bastante moderno, o processo permanece continuamente, 
visando a busca por um ensino de matemática eficaz e de qualidade.

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