Prévia do material em texto
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AEROESPACIAL COMISSÃO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO - CSMT TREINAMENTO DA CIPA 2025 O Treinamento de Segurança da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio – CIPA, tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador (Ref. NR-05). MÓDULO 6: NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS SUMÁRIO 6.1 DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS---------------------------------------------------01 6.2 C-A-B DA VIDA----------------------------------------------------------------------------------------06 6.3 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – PCR--------------------------------------------------10 6.4 PARADA RESPIRATÓRIA--------------------------------------------------------------------------15 6.5 CONVULSÃO------------------------------------------------------------------------------------------19 6.6 TÉCNICA DE LATERALIZAÇÃO------------------------------------------------------------------20 6.7 DESMAIO-----------------------------------------------------------------------------------------------21 6.8 QUEIMADURAS---------------------------------------------------------------------------------------22 6.9 CHOQUE ELÉTRICO--------------------------------------------------------------------------------25 6.10 PRINCIPAIS LESÕES TRAUMA ORTOPÉDICAS-----------------------------------------26 6.11 HEMORRAGIAS-------------------------------------------------------------------------------------31 6.12 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS----------------------------------------35 6.13 DICAS BÁSICAS ESSENCIAIS PARA OS PRIMEIROS SOCORROS---------------39 1 MÓDULO 6 NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS 6.1 DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS Primeiros Socorros são os cuidados iniciais que devem ser prestados rapidamente a uma vítima de acidente ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, com o fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de assistência qualificada. Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros, atuando com serenidade, compreensão e confiança. É importante manter a vítima estável e conforme a gravidade do acidente, siga os passos investigando a existência de: ✔ Hemorragias; ✔ Parada Respiratória; ✔ Parada Cardíaca; ✔ Convulsões; ✔ Lesões na Cabeça; ✔ Fraturas; ✔ Amputações. DENTRE AS FUNÇÕES DO SOCORRISTA ESTÃO: 1. Contactar o serviço de atendimento emergencial; 2. Fazer o que deve ser feito no momento certo, a fim de: ✔ Salvar uma vida; ✔ Prevenir danos maiores. 3. Manter o acidentado vivo até a chegada deste atendimento; 4. Manter a Calma, Serenidade e Confiança frente a situação; 5. Aplicar os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado; 6. Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado evitando causar traumas secundários; 7. Passar as informações para o serviço de atendimento emergencial; 8. Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento, avaliando seus limites físicos e de conhecimentos. 2 ABORDAGEM INICIAL À VÍTIMA É primordial que o servidor civil ou militar atente para a preservação de sua segurança, não colocando a sua própria vida em risco. Manter a calma é essencial para que as ações realizadas tenham êxito. No atendimento inicial, indicam-se as etapas seguintes a fim de proporcionar segurança nas ações a serem empregadas, que possibilitem ao indivíduo uma visão geral do quadro encontrado: ✔ Avaliação da Cena e da Cinemática do Trauma; ✔ Avaliação do Nível de Consciência - AVDI; ✔ Pedido de Ajuda; ✔ Avaliação da Circulação (C); ✔ Avaliação das Vias Aéreas (A); ✔ Avaliação da Respiração (B). AVALIAÇÃO DA CENA E DA CINEMÁTICA DO TRAUMA É a 1ª etapa básica na prestação dos Primeiros Socorros. Ao chegar no local do acidente, seja em casa ou no local de trabalho, assuma o controle da situação e proceda a uma rápida e segura avaliação da ocorrência. ✔ Chame por ajuda: 193 (Bombeiro), 192 (SAMU), 190 (Polícia Militar), no DCTA 3300 GSAU-SJ. ✔ Obtenha o máximo de informações possíveis sobre o ocorrido; ✔ Evite o pânico; ✔ Mantenha afastados os curiosos para evitar confusão e ter espaço para trabalhar; ✔ Identifique pessoas que possam ajudar, dando ordens breves, claras, objetivas e concisas; ✔ Observe rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro nas proximidades da ocorrência, como, por exemplo: • Fiações elétricas soltas e ou desencapadas; • Tráfego de Veículos; • Escadas e Andaimes; • Vazamento de Gás, etc; 3 • Adotar medidas de biossegurança (óculos, luvas, máscaras e evitar contato com fluidos corporais da vítima). ✔ Não altere a posição em que se encontra o acidentado, somente, no caso de risco de vida para ele ou para o socorrista; Ex: risco de explosão, estrada perigosa onde não haja como sinalizar. ✔ Tranquilize o acidentado e transmita-lhe segurança e conforto; ✔ A calma do acidentado desempenha um papel muito importante na prestação dos primeiros socorros. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA - AVDI É a 2ª etapa básica na prestação dos Primeiros Socorros. Ela permite o início imediato das manobras de reanimação e o acionamento do serviço de urgência e emergência. Deve ser realizada em qualquer situação de urgência. A vítima está consciente? ✔ Toque-a no ombro com delicadeza. ✔ Fale alto perto do ouvido da vítima “posso ajudar?” ✔ A vítima responde a estímulo verbal? ✔ Apresenta pulso? ✔ Está respirando? ✔ A via aérea está desobstruída? 4 O exame deve sistemático, observando as seguintes prioridades: ✔ Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas; ✔ Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar normalmente pelas narinas ou boca; ✔ Hemorragia: quantidade, volume e qualidade do sangue; ✔ Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria; ✔ Temperatura do Corpo: na face e extremidades. PEDIDO DE AJUDA O acionamento do socorro deve ser realizado em todas as circunstâncias em que se constate dano à saúde de um indivíduo em seu local de trabalho, rua ou em sua residência, seja este dano de pequena, média ou grande severidade. Caso esteja sozinho, deve-se acionar o socorro especializado primeiramente, antes de implementar qualquer tipo de cuidado inicial. Contatar os Serviços de Urgência válidos no território nacional pelos telefones: 193 (Bombeiros) ou 192 (SAMU), DCTA 3300 GSAU-SJ. Ao acionar o Serviço de Urgência é importante informar: ✔ O tipo de emergência; ✔ O número de vítimas; ✔ O local do evento, com pontos de referência; ✔ O melhor acesso ao local. 5 6.2 C.A.B DA VIDA Novas diretrizes para a abordagem inicial da vítima foram traçadas pela American Heart Association - AHA em 2010, que reformularam a sequência de intervenções. A reformulação do A-B-C embasou-se na necessidade de brecar o retardamento da aplicação das compressões torácicas. Com a aplicação do C-A-B, as compressões torácicas serão iniciadas mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo, conferindo, qualidade a Ressuscitação Cardiopulmonar – RCP. As novas diretrizes da American Heart Association AHA, preconizam a seguinte sequência: 1. Massagem Cardíaca (com qualidade); 2. Desobstrução de Vias Aéreas; 3. Boa Ventilação. 6 C – CIRCULAÇÃO A verificação de circulação poderá ser feita também pelo pulso carotídeo da vítima, devendo durar de 5 a 10 segundos também. O procedimento consiste em: ✔ Estender o pescoço da vítima e posicionar os dedos indicador e médio sobre a proeminência laríngea. Faça então deslizar lateralmente a ponta dos dois dedos executando uma leve pressão sobre o pescoço até que se perceba a pulsação. Em situações de emergência deve ser tomado sempre o Pulso Central (pulso carotídeo), uma vez que este não desaparece em condiçõesde baixa pressão sanguínea. Caso haja dificuldade ou dúvida da presença de pulso, deverá avaliar a presença de sinais de Circulação, conhecidos como Sinais Vitais. Se estiverem presentes, a vítima possui circulação. Os sinais sobre o funcionamento do corpo humano que devem ser compreendidos e conhecidos são: ✔ Temperatura; ✔ Pulso; ✔ Respiração; ✔ Pressão Arterial. Podemos deduzir que a ausência deles indica alterações nas funções vitais do corpo. 7 A – ABERTURA DAS VIAS AÉREAS (Avaliação das Vias Aéreas) A desobstrução das Vias Aéreas é feita pela manobra de Inclinação da Cabeça e Elevação do Queixo, processo corrige a principal causa de obstrução de vias aéreas em indivíduos inconscientes, não vítimas de trauma: ✔ A Queda de Língua. O músculo da língua perde o controle do tônus, retrai, ficando sobre a epiglote, fechando a glote obstruindo a passagem de ar. Para executar a manobra, deve-se : ✔ Colocar uma mãos na fronte e inclinar a cabeça para trás; ✔ Deslocar a mandíbula para a frente com a mão no queixo. B – BOA VENTILAÇÃO (Avaliação da Respiração) A respiração da vítima é verificada rapidamente, por cerca de 10 segundos, para constatar a Parada Cardiorrespiratória – PCR. Essa nova sequência C-A-B recomendada pela American Heart Association – AHA eliminou o procedimento de: ✔ “Ver, Ouvir e Sentir – VOS” Conferindo agilidade ao Suporte Básico de Vida – SBV. 8 Avalia-se a qualidade da ventilação da vítima utilizando como parâmetro a própria respiração. Se a vítima não estiver ventilando, deve-se ventilar 02 vezes utilizando uma Pocket Mask. A ventilação é realizada com a máscara de ventilação que formará uma barreira, por meio do filtro de ar existente em sua estrutura. ✔ A respiração boca a boca não é recomendada devido aos riscos de contaminação por agentes patogênicos. Caso não possua a Pocket Mask ou não tenha preparo para aplicar as ventilações, realize Compressões Torácicas Contínuas no ritmo de 100 a 120 por minuto. Ao utilizar a Pocket Mask siga os seguintes procedimentos, objetivando uma ventilação eficaz do indivíduo: ✔ Ajoelhar-se atrás ou ao lado da vítima; ✔ Aplicar a máscara que deverá cobrir a boca e o nariz da vítima; ✔ Utilizar os polegares e indicadores para fixar a máscara na face da vítima, enquanto os demais dedos elevam a mandíbula; ✔ Ventilar 02 vezes, observando a expansão do tórax da vítima. 9 6.3 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – PCR SUPORTE BÁSICO DE VIDA – SBV O Suporte Básico de Vida (SBV) é um protocolo de atendimento crucial, focado no reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR) e na aplicação de manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). O objetivo principal é manter a vítima viva até a chegada do serviço de emergência especializado. No Brasil, a PCR é uma ocorrência frequente, com cerca de 200 mil casos estimados anualmente, distribuídos igualmente entre ambientes hospitalares e extra- hospitalares. A alta taxa de mortalidade associada a essa condição ressalta a importância vital da RCP. A cada minuto sem a intervenção adequada, a chance de sobrevivência da vítima diminui drasticamente, em torno de 7-10%. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA A Cadeia de Sobrevivência foi desenvolvida para enfatizar a importância de uma resposta organizada e hierarquizada em casos de Parada Cardiorrespiratória (PCR) fora do ambiente hospitalar. Este protocolo estruturado em cinco elos visa otimizar as chances de sobrevivência da vítima até a chegada do atendimento médico especializado. O conhecimento e a execução eficiente de cada elo são cruciais para maximizar os resultados e salvar vidas. Vamos explorar, em detalhes, cada um desses elos vitais. 10 ETAPAS: ✔ Reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória -PCR e acionamento do Serviço de Emergência/Urgência; ✔ A Reanimação Cardiopulmonar precoce, com ênfase nas compressões torácicas; ✔ Rápida desfibrilação com uso do Desfibrilador Externo Automático – DEA; ✔ Suporte Avançado de Vida – SAV, eficaz; A PCR é reversível se houver atendimento rápido, especialmente na forma do Suporte Básico de Vida – SBV prestado por aquele que presenciou o acidente ou que primeiro encontrou a vítima. É uma condição em que a vítima deixa de realizar as incursões respiratórias (inspirar e expirar); Os pulmões deixam de realizar as trocas gasosas (entrada de oxigênio e saída de gás carbônico); O coração deixa de realizar sua função de bombeamento do sangue para o corpo; Cessando a chegada de sangue com oxigênio aos tecidos, que pode causar danos aos órgãos vitais, como cérebro e coração. A identificação e os primeiros atendimentos devem ser iniciados dentro de um período de, no máximo, 4 minutos, a partir da ocorrência, pois os centros vitais do sistema nervos continuam em atividade. A maioria das PCR em adultos é decorrente de uma alteração do ritmo cardíaco, denominada Fibrilação Ventricular. O tratamento é a desfibrilação (DEA), que é uma descarga elétrica aplicada no coração na tentativa de retornar a seu ritmo normal. 11 REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA – RCP A RCP é a associação das técnicas de abertura das vias respiratórias, ventilação e compressão torácica, e constitui as medidas iniciais para manutenção da vida do indivíduo em PCR. A aplicação da RCP deverá ser realizada após o reconhecimento eficaz da PCR, por meio da verificação da respiração e da pulsação da vítima. Se tiver dúvida da ocorrência de PCR, é recomendável realizar o procedimento de Ventilação Passiva (respirações de resgate – 01 respiração a cada 5-6 segundos) do indivíduo por 02 vezes. A RCP deverá ser realizada na forma de ciclos. Cada ciclo corresponde: ✔ 30 Compressões Torácicas e 02 Ventilações. Cada ventilação precisa ter duração de 01 segundo. Para ventilar um paciente em PCR existem três (3) formas: ✔ Boca a boca; ✔ Dispositivo Válvula Máscara – Pocket Mask; ✔ Dispositivo Bolsa/Válvula/Máscara – AMBU. ✔ As compressões torácicas devem ter frequência de 100 a 120/min, realizando 05 ciclos, + ou - 02 minutos de RCP. ✔ A função da RCP não é despertar a vítima, mas estimular a oxigenação e a circulação do sangue até que seja iniciado o tratamento definitivo. 12 COMPRESSÕES TORÁCICAS EM ADULTOS 1. De joelhos, boa base, ao lado da vítima e localizar o esterno situado entre os mamilos; 2. Apoiar a palma da mão sobre o esterno; 3. A outra mão sobre a primeira, com os dedos entrelaçados; 4. Manter os braços esticados, com os ombros diretamente sobre as mãos, efetuando a compressão sobre o esterno da vítima; 5. A força da compressão deve ser provida pelo peso do tronco e não pela força dos braços; 6. O esterno deve ser comprimido cerca de 1/3 à metade de sua profundidade para o adulto normal (cerca de 5 cm); 7. A compressão deve ser aliviada completamente sem que o socorrista retire suas mãos do tórax da vítima. Ela deverá ser utilizada a partir do momento que o socorrista não sentir o pulso da vítima, na etapa: ✔ C – Circulação da Sequência C-A-B da Vida. Quando a execução da RCP deve ser parada? ✔ Chegada do Suporte Especializado – SAV; ✔ Ordem Médica; ✔ Cansaço extremo do Socorrista; ✔ Presença de Sinais de Vida na vítima. 13 COMPRESSÕES TORÁCICAS EM CRIANÇAS ✔ Comprima com força, menor ou igual a 1/3 do diâmetro torácico anteroposterior, e rapidez de 100 à 120/min (01 mão); ✔ Minimize os intervalos entre as compressões; ✔ Alterne os responsáveis pelas compressões a cada dois minutos ou antes, se houver cansaço; ✔ Para cada 15 compressões aplique 02 ventilações. COMPRESSÕES TORÁCICAS EM BEBÊS ✔ RCP em bebês até 1 ano, posicione os dedos indicador e médio sobre o coração, entre os mamilos, pressione, contando duas compressões por segundo, até a chegada do resgate. 14 6.4 PARADA RESPIRATÓRIA É a supressão súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser acompanhada ou não de Parada Cardíaca cujos sintomas são: ✔ Ausência de Movimentação do Tórax; ✔ Ausênciade Ruído característico da Respiração. CAUSAS O QUE FAZER ✔ Deitar a vítima de costas; ✔ Desobstruir as Vias Aéreas; ✔ Suspender o pescoço e inclinar a cabeça para trás; ✔ Iniciar a ventilação artificial e observar se há expansão torácica e deixe o indivíduo expirar livremente; ✔ Repetir o processo de 12 a 15 vezes por minuto (aproximadamente 1 insuflação a cada 5 segundos). 15 OVACE A Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho, ocorre devido a pedaços de alimentos ou objetos pequenos que ficam detidos em alguma localidade das vias aéreas, impedindo a passagem do ar para os pulmões. A identificação do tipo de Obstrução de Vias Aéreas é fundamental para o sucesso na ajuda aos indivíduos, que pode ser: ✔ Obstrução Parcial; ✔ Obstrução Total. Na OBSTRUÇÃO PARCIAL a vítima apresenta: ✔ Tosse Ineficaz, ✔ Ruídos Respiratórios e Agudos ✔ Sensação de Sufocamento. Deve-se acalmar a vítima, estimular a tosse, retirar roupas apertadas que dificultam a respiração, bem como solicitar socorro especializado. Na OBSTRUÇÃO TOTAL a vítima apresenta: ✔ Apneia (sem de respiração); ✔ Cianose; ✔ Ausência de Ruídos Respiratórios; ✔ Resultando em Inconsciência. Caso a vítima não seja socorrida poderá evoluir para PCR. É considerada uma emergência, que pode levar a pessoa à morte por asfixia ou deixá-la inconsciente por um tempo. Agir rapidamente pode evitar complicações. 16 Como agir em caso de obstrução por corpo estranho? Deve-se solicitar ajuda especializada e iniciar a técnica de desobstrução, chamada MANOBRA DE HEIMLICH. Essa técnica expulsa do corpo estranho através da eliminação do ar residual dos pulmões, forçando uma tosse artificial. MANOBRA DE HEIMLICH PASSO A PASSO ✔ Posicione-se atrás e enlace a vítima com os braços ao redor do abdome (se for criança de joelhos), caso esteja consciente. ✔ Uma das mãos permanece fechada sobre a chamada “Boca do Estômago” (região epigástrica). ✔ A outra mão comprime a primeira, ao mesmo tempo em que empurra a “Boca do Estômago” para dentro e para cima, como se quisesse levantar a vítima do chão; ✔ Com o punho fechado e polegar voltado para dentro, realize compressões abdominais sucessivas, “EM J”, direcionadas para cima, até desobstruir a via aérea ou a vítima perder a consciência. 17 ✔ Com a VÍTIMA INCONSCIENTE (deitada), o socorrista deve: 1. Inspecionar a boca, remover o corpo caso seja visível; 2. Realizar 02 ventilações, com duração de um segundo cada; 3. Realizar 30 Compressões Torácicas. ✔ Segue a sequência acima até que ocorra a desobstrução ou chegada do Socorro Especializado. 18 6.5 CONVULSÃO É a perda súbita da consciência acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias, entre as causas estão: ✔ Epilepsia, Hipoglicemia, Meningite, Febre Alta; ✔ Exposição a Agentes Químicos de poder convulsígeno (inseticidas clorados e o óxido de etileno); ✔ Overdose de Cocaína; ✔ Abstinência Alcoólica ou de outras Drogas; ✔ Lesões Cerebrais (tumores, AVE, TCE). Os procedimentos a serem realizados são: ✔ Avaliar a segurança da cena; ✔ Procurar sinais de consumo de drogas ou envenenamentos; ✔ Adotar medidas de biossegurança (óculos, luvas, máscaras e evitar contato com fluidos corporais da vítima). ✔ Verificar Nível de Consciência da Vítima (AVDI); ✔ Proteger a cabeça da vítima, colocando um apoio macio; ✔ Não impedir os movimentos da vítima, não segure ou a agarre; ✔ Não coloque a mão dentro da boca da vítima (inconscientemente a pessoa poderá mordê-lo). ✔ Posicione o indivíduo de lado para que o excesso de saliva, vômito ou sangue escorra da boca, evitando bronco aspiração; Atenção: Nunca introduza objetos na boca da vítima em crise convulsiva. 19 6.6 TÉCNICA DE LATERALIZAÇÃO A Posição Lateral de Segurança deve ser usada para manter a vítima em segurança até a chegada da ajuda médica e, por isso, só pode ser feita em pessoas que estão inconscientes, mas respirando. Por meio dela, é possível garantir que a língua não caia sobre a garganta obstruindo a respiração, assim como também prevenir que possíveis fluidos possam ser engolidos ou aspirados para o pulmão, causando pneumonia ou asfixia. Sua sequência consiste em: 1. Colocar uma das mãos da vítima ao lado do corpo em direção a cabeça; 2. Colocar a outra mão da vítima no próprio pescoço; 3. Dobrar um dos joelhos da vítima; 4. Segurar a vítima pelo pescoço e o joelho dobrado lateralizando-a em sua direção. 20 6.7 DESMAIOS É a perda súbita, temporária e repentina da consciência, devido à diminuição de sangue e oxigênio no cérebro, que reage com falta de força muscular, queda do corpo e perda de consciência. O QUE FAZER: 1. Se a vítima estiver consciente (antes do desmaio) ✔ Sentá-la em uma cadeira, ou outro local semelhante; ✔ Curvá-la para frente; ✔ Colocar a cabeça do acidentado entre as pernas e pressionar a para baixo; ✔ Manter a cabeça mais baixa que os joelhos; ✔ Fazê-la respirar profundamente, até que passe o mal-estar. 2. Havendo o desmaio ✔ Manter o acidentado deitado, colocando sua cabeça e ombros em posição mais baixa em relação ao resto do corpo; ✔ Afrouxe sua roupa; ✔ Se houver vômito, lateralize a cabeça, para evitar sufocamento; ✔ Se o desmaio durar mais que dois minutos agasalhar a vítima e chame o socorro especializado. 21 6.8 QUEIMADURAS É toda lesão produzida no tecido de revestimento do organismo, por: ✔ Agentes térmicos, elétricos; ✔ Produtos Químicos; ✔ Radiação Ionizante; ✔ Animais (água-viva) e Plantas (urtiga),entre outros. O fogo é o principal agente das queimaduras, embora as produzidas pela eletricidade sejam as mais graves. A dor na queimadura é resultante do contato das terminações nervosas, expostas pela lesão, com o ar. Os agentes causadores de queimaduras podem ser: Físicos: ✔ Temperatura: Objetos Aquecidos, Água Quente, Chama etc. ✔ Eletricidade: Corrente Elétrica, Raios etc. ✔ Radiação: Sol, Raios-X, Raios Ultravioleta etc. Químicos: ✔ Produtos Químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina etc. Biológicos: ✔ Animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa etc. 22 Quanto à Profundidade, as queimaduras podem ser: ✔ 1º Grau: Atinge a epiderme ou a pele (vermelhidão); ✔ 2º Grau: Atinge a epiderme e parte da derme (bolhas); ✔ 3º Grau: Atinge toda a epiderme, a derme e outros tecidos mais profundos, podendo chegar até os ossos. Surge a cor preta, devido à carbonização dos tecidos. Classificação pelo percentual de superfície corporal: 23 O grau de mortalidade das queimaduras está relacionado com a profundidade e extensão da lesão e com a idade do acidentado. Queimaduras de 50% da superfície do corpo são geralmente fatais, especialmente em crianças e em pessoas idosas. Quanto maior a extensão da queimadura, maior é o risco que corre o acidentado. Os cuidados com as vítimas seguem as recomendações: 1. Retirar a vítima do contato com a causa da queimadura: ✔ Vestes pegando fogo não permita que pessoa corra, apague o fogo abafando com um cobertor rolando o acidentado no chão; ✔ Verificar o nível de consciência, a respiração e o batimento cardíaco da vítima. ✔ Retirar a roupa do acidentado, se ela ainda contiver parte da substância que causou a queimadura; ✔ Em queimaduras de pequena extensão: lavar a área queimada com bastante água corrente, em jato suave, por aproximadamente, 10 (dez) minutos, no caso de agentes químicos líquidos (ver FSD); ✔ Em caso de queimaduras extensas, colocar a vítima debaixo do chuveiro durante 30 minutos. Após este período, retire as roupas molhadas e proteja seu corpo com um lençol ou pano limpo. 2. Aliviar a dor e prevenir infecção no local da queimadura: ✔ Não romper as bolhas, se rompidas, não colocá-las sob a água; ✔ Não utilizar água em queimaduras provocadas por pó químico, pois pode se espalhar no corpo e produzir novas queimaduras; ✔ Não retirar roupas queimadas que estiverem aderidas à pele; ✔ Não aplicar pomadas, líquidos, cremes, manteiga, pó de café,creme dental ou outras substâncias sobre a queimadura; ✔ Não oferecer água a vítimas com mais de 20% da superfície corporal atingida; ✔ Não aplicar gelo sobre a queimadura. O gelo poderá agravar mais a queimadura; ✔ Encaminhar, o mais rápido possível, a vítima para o cuidado e atendimento especializados. 24 6.9 CHOQUE ELÉTRICO Causam danos a vítima devido a conversão da eletricidade em calor durante a passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. A partir de 50 volts, o corpo humano já sente os efeitos de uma descarga elétrica, um choque acima desse valor pode ser fatal. As principais consequências do choque elétrico são: ✔ Parada Cardiorrespiratória; ✔ Queimaduras. O QUE FAZER ✔ Ligar para qualquer outro atendimento especializado; ✔ Avaliar a segurança da cena; ✔ Se possível, interromper o contato da vítima desligar a fonte de eletricidade; ✔ Realizar o C-A-B da vida; ✔ Em queimaduras, proceder como indicado. 25 6.10 PRINCIPAIS LESÕES TRAUMA ORTOPÉDICAS A maioria das Lesões Trauma Ortopédicas não apresenta muita gravidade, porém, todas elas são extremamente dolorosas, desde as mais simples entorses até as fraturas expostas com hemorragia. Todo acidentado de Lesão Traumato Ortopédica necessita obrigatoriamente de atendimento médico especializado. ENTORSES São lesões dos ligamentos das articulações, onde estes esticam além de sua amplitude normal e se rompem, mas não há o deslocamento completo dos ossos da articulação. Os locais mais recorrentes onde ocorrem são as articulações: ✔ Tornozelos; ✔ Ombros; ✔ Joelhos; ✔ Punhos e dedos. ENTORSES – O QUE FAZER ✔ Se houver ferida no local da entorse, cobrir com compressa seca e limpa; ✔ Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima; ✔ A imobilização deve ser firme, mas sem compressão excessiva, para prevenir insuficiência circulatória; ✔ Encaminhar a vítima para avaliação e tratamento especializado. 26 LUXAÇÃO São lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é deslocada do seu lugar. Ocorre o deslocamento e perda de contato total ou parcial dos ossos que compõe a articulação afetada. A luxação ocorrem geralmente devido a traumatismos, por golpes indiretos ou movimentos articulares violentos, as articulações mais atingidas são os ombros, cotovelos, dedos e a mandíbula. Para identificar uma luxação deve-se observar as seguintes características: ✔ Dor intensa no local afetado (maior a entorse); ✔ Edema; ✔ Impotência funcional; ✔ Deformidade visível na articulação. LUXAÇÃO – O QUE FAZER ✔ A recolocação na posição anatômica original (redução), é atividade exclusiva de pessoal especializado; ✔ Os primeiros socorros limitam-se à aplicação de bolsa de gelo ou compressas frias no local afetado e à imobilização da articulação, preparando o acidentado para o transporte; ✔ Manter o acidentado em repouso, na posição mais confortável, até a chegada de socorro ou até que possa ser realizado o transporte adequado para atendimento médico; ✔ A imobilização da luxação deve ser feita da mesma forma que se faz para os casos de entorse; ✔ A manipulação da articulação deve ser cuidadosa, levando em consideração a dor do acidentado. 27 FRATURAS Trata-se de uma interrupção na continuidade do osso, sintomas: ✔ Dor intensa no local e que aumente ao menor movimento; ✔ Edema local; ✔ Paralisia (lesão de nervos); ✔ Crepitação ao movimentar; ✔ Hematoma ou Equimose (mancha de coloração azulada na pele e que aparece horas após a fratura). As fraturas podem ser classificadas em Fechadas ou Abertas. ✔ Fratura Fechada ou Interna: os ossos quebrados permanecem no interior do membro sem perfurar a pele. Poderá, entretanto, romper um vaso sanguíneo ou cortar um nervo; ✔ Fratura Aberta ou Exposta: os ossos quebrados saem do lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes. Este tipo de fratura pode causar infecções. FRATURAS – O QUE FAZER ✔ Acionar o atendimento especializado o mais rápido possível; ✔ Manter a estrutura afetada imóvel, evitando dessa forma piora da lesão e aumento da dor da vítima; ✔ Nas fraturas abertas proteger o tecido exposto com compressas ou panos limpos evitando perdas sanguínea; ✔ Nunca tentar recolocar o osso fraturado de volta no seu eixo. ✔ Acionar o atendimento especializado o mais rápido possível; ✔ Manter a estrutura afetada imóvel, evitando dessa forma piora da lesão e aumento da dor da vítima; 28 ✔ Nas fraturas abertas proteger o tecido exposto com compressas ou panos limpos evitando perdas sanguínea; ✔ Nunca tentar recolocar o osso fraturado de volta no seu eixo. ✔ Imobilizar as articulações acima e abaixo da lesão, com talas. ✔ Não havendo talas, é possível improvisar com pedaços de papelão, revistas ou jornais dobrados ou pedaços de madeira; ✔ Em caso de fratura exposta, deve-se cobrir o ferimento, de preferência com gaze esterilizada ou um pano limpo. ✔ Se houver um sangramento muito intenso, é necessário fazer compressão acima da região fraturada para tentar impedir a saída do sangue. AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA É definida como lesão em que há a separação de um membro ou de uma estrutura protuberante do corpo, causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou por forças de tração. Seu tratamento inicial deve ser rápido pela gravidade da lesão, e pela possibilidade de reimplante do membro amputado. O Controle da Hemorragia é crucial na primeira fase do atendimento de primeiros socorros. 29 São três os tipos de amputação: ✔ Amputação completa ou total: o segmento é totalmente separado do corpo. ✔ Amputação parcial: o segmento tem 50% ou mais de área de solução de continuidade com o corpo. ✔ Desenluvamento: quando a pele e o tecido adiposo são arrancados sem lesão do tecido subjacente. Cuidados com o segmento amputado: ✔ Limpeza com solução salina, sem imersão em líquido; ✔ Envolvê-lo em gaze estéril, seca ou compressa limpa; ✔ Cobrir a área ferida com compressa úmida em solução salina; ✔ Proteger o membro amputado com sacos plásticos; ✔ Colocar o saco plástico em caixa de isopor com gelo; ✔ Não colocar a extremidade em contato direto com o gelo. 30 6.11 HEMORRAGIAS É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, podendo ocorrer por meio de ferimentos em cavidades naturais como Nariz, Boca, Ouvido etc. CLASSIFICAÇÃO DA HEMORRAGIA DE ACORDO COM: 1. O Vaso Sanguíneo Atingido: ✔ ARTERIAL: Sangramento em jato, possui coloração vermelho vivo, geralmente. É mais grave que o sangramento venoso. ✔ VENOSO: Sangramento contínuo e lento, geralmente de coloração escura. ✔ CAPILAR: Sangramento discreto escoando lentamente, normalmente numa cor menos viva que o sangue arterial. 2. Local para onde o sangue é derramado: ✔ EXTERNA: Sangramento de estruturas superficiais com exteriorização do sangramento. Geralmente são controladas utilizando técnicas e cuidados iniciais. ✔ INTERNA: Sangramento de estruturas profundas. As medidas básicas de cuidados iniciais não funcionam. “Encaminhe a Vítima imediatamente ao Hospital” 31 SINAIS E SINTOMAS CONFORME O VOLUME DE SANGUE: Perdas de até 15% (cerca de 750 ml em adultos): ✔ Geralmente não causam alterações; ✔ O organismo consegue compensar; ✔ É o caso da doação de sangue. Perdas entre 15% e 30% (de 750 a 1.500 ml): ✔ Ansiedade; ✔ Sede; ✔ Pulso radial fraco; ✔ Pele fria, pálida e suor frio; ✔ Taquipneia; ✔ Taquicardia. Perdas acima de 30% (maiores que 1.500 ml): ✔ Choque descompensado com redução da pressão arterial; ✔ Agitação, confusão, até inconsciência; ✔ Sede intensa; ✔ Pele fria, pálida e suor frio; ✔ Taquicardia; ✔ Pulso radial ausente. 32 HEMORRAGIA EXTERNA – O QUE FAZER ✔ Acione equipe especializada, informando o local da lesão; ✔ Adotar medidas de biossegurança (óculos, luvas, máscaras e evitar contato com fluidos corporais da vítima). ✔ Manter a região que sangra em posição mais elevada que o resto do corpo. ✔ Não eleve o segmento ferido se isso produzirdor ou se houver suspeita de lesão interna como uma fratura. ✔ Aplique compressa com pano limpo sobre o local e aplique PRESSÃO DIRETA, com a palma da mão e dedos de forma contínua e uniforme; ✔ Se a compressa ficar encharcada, coloque outra por cima sem retirar a primeira. ✔ Quanto maior a quantidade de sangue perdida, mais graves serão as Hemorragias. ✔ No Sangramento do Nariz (Epistaxe) fazer compressão na narina com um lenço ou aplicar gelo, respirar pela boca e manter a cabeça na posição neutra ou ligeiramente inclinada para frente. ✔ PRESSÃO DIRETA 33 ✔ PRESSÃO INDIRETA (TORNIQUETE) ATENÇÃO!!!!! Não utilize produtos sobre os ferimentos, tais como pó de café ou açúcar, pois podem ocasionar comprometimentos ou provocar infecções por micro-organismos no ferimento. 34 6.12 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS As técnicas para remoção e transporte de acidentados visam a proteção da vítima traumatizada, buscando evitar lesões secundárias, que são aquelas causadas após o trauma inicial. Por isso, é importante que as técnicas para remoção e transporte de acidentados sejam utilizadas por socorristas leigos somente em situações excepcionais. Caso a vida do acidentado esteja em risco permanecendo no local, como no caso um de incêndio ou desmoronamento. O salvamento de vítimas em perigo, constitui um dos principais objetivos da ação de bombeiros e da brigada de incêndio, devendo ser visto como uma ação prioritária em caso de sinistros. A busca de vítimas no interior da edificação, deve ser prioritária e poderá envolver ações de transporte e movimentações de vítimas como manobras de salvamento. Sempre que possível, não remova uma vítima. Os socorristas devem cuidar da vítima no local de emergência, mantê-la estável e esperar pela chegada da equipe de resgate. Mas existem situações em que você deve transportar uma vítima, chamadas de transportes de emergência. 35 TRANSPORTE DE APOIO TRANSPORTE NAS COSTAS TRANSPORTE CADEIRINHA 36 TRANSPORTE PELAS EXTREMIDADES CHAVE DE RAUTEK VÍTIMA SUSPEITA DE LESÃO NA COLUNA A remoção de uma vítima com suspeita de fratura de coluna ou de bacia e/ou acidentado em estado grave, com urgência de um local onde a maca não consegue chegar, deverá ser efetuada como se seu corpo fosse uma peça rígida (transporte em bloco), levantando, simultaneamente, todos os segmentos do seu corpo, deslocando o acidentado até a maca. 37 LEVANTAMENTO À CAVALEIRO ROLAMENTO 90º 38 6.13 DICAS BÁSICAS ESSENCIAIS PARA OS PRIMEIROS SOCORROS 1. Mantenha a calma e verifique a segurança da área antes de agir; 2. Adotar medidas de biossegurança (óculos, luvas, máscaras e evitar contato com fluidos corporais da vítima). 3. Não mova a vítima, a menos que haja riscos imediatos. 4. Peça ajuda e chame os serviços de emergência, se necessário; 5. Verifique se a vítima está consciente e responde a estímulos; 6. Se a vítima estiver inconsciente, verifique se as vias aéreas estão desobstruídas e inicie as Compressões Torácicas – RCP, se não houver respiração ou pulso; 7. Em caso de hemorragia, aplique pressão direta sobre a ferida com um pano limpo ou gaze; 8. Em caso de fraturas, imobilize a área afetada com talas ou imobilizador, evitando movimentos bruscos na coluna vertebral; 9. Em caso de queimadura, lave a área afetada com água corrente fria por alguns minutos. Cubra a área com um pano limpo e seco. Se a queimadura for causada por produto químico, consulte imediatamente a Ficha de Dados de Segurança (FDS) para obter informações específicas sobre os primeiros socorros; 10. Mantenha a vítima aquecida e confortável enquanto aguarda a chegada dos profissionais de saúde; 11. Não ofereça alimentos ou bebidas para a vítima, caso haja necessidade de cirurgia; 12. Lembre-se de que a segurança da pessoa que está sendo socorrida e a sua própria segurança devem ser sempre prioridade. 39 REFERÊNCIAS American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH). (2012). Definição de Higiene Industrial. American Heart Association (AHA). (2010). Diretrizes para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência. American Industrial Hygiene Association (AIHA). (2012). Definição de Higiene Industrial. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras. Portaria do MTB nº 3.214, de 08 de junho de 1978. Brasil. Presidência da República. Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980. Dispõe sobre o Estatuto dos Militares. Comando da Aeronáutica. Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 206-1. Segurança e Saúde do Trabalho no COMAER. 2023. Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. Instrução Complementar (IC) DCTA 2025. British Occupational Hygiene Society (BOHS). (2012). Definição de Higiene Ocupacional. FUNDACENTRO. Portal dedicado à saúde e segurança do trabalhador. Disponível em: www.fundacentro.gov.br. International Occupational Hygiene Association (IOHA). (2012). Definição de Higiene Ocupacional. National Safety Council (NSC). (2012). Definição de Higiene Industrial. Occupational Safety and Health Administration (OSHA). (2012). Definição de Higiene Ocupacional. Organização Internacional do Trabalho (OIT). Convenções e recomendações sobre segurança no trabalho. Organização Mundial da Saúde (OMS). Diretrizes sobre saúde ocupacional. 40