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O papel para a evolução da economia brasileira

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O papel para a evolução da economia brasileira entre 2003-2014
Ana Luiza, Kaíza Kelly, Lucas Mendes, Luis Grazioli, Maria Luiza, Marina Paula, Thalles Feliciano.
Histórico dos BRICS
Jim O’ Neil, em 2001 : acrônimo referente aos países em desenvolvimento que se destacaram no início da década de 2000 pelo rápido crescimento de suas economias 
2006: nomeação da nova articulação de políticas externas dos quatro países em desenvolvimento.
2011: a África do Sul incluída nesse grupo depois de ser convidada pelos os outros quatro países-membros.
BRICS não é uma organização internacional, ou sequer, um bloco econômico. Mantém-se pela vontade política dos países-membros.
Novo Banco de Desenvolvimento e Fundo Monetário
2012, Índia: inicio da discutição sobre a criação de um banco de desenvolvimento;
Objetivos: afirmar o poder do grupo e influenciar mais as questões internacionais, financiar projetos sobre desenvolvimento e infraestrutura.
2014, Fortaleza: Presidência rotativa com mandato de cinco anos; Sede do Banco será na China e a primeira presidência será comandada pela Índia. 
Países terão cotas de 20% cada; Capital destinado a investimentos em infraestrutura e desenvolvimento sustentável; Criação de um fundo de reservas.
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Complementaridade da Pauta e Oportunidades de Aproximação Comercial do Brasil com os demais BRICS
Aproximação comercial do Brasil com os demais BRICS
Objetivo: analisar e compreender como se dá o atual comércio exterior de bens dos BRICS, identificando oportunidades não exploradas de ampliação dos fluxos comerciais entre o Brasil e cada um dos demais BRICS.
Método: índice de complementaridade comercial entre dois países que identifica produtos em que há coincidência de vantagem comparativa revelada para o país exportador e desvantagem comparativa revelada para o importador.
Resultado: identificação dos produtos que se percebe o índice de complementaridade comercial e a identificação dos bens em que tal potencial não se realiza. 
Índice de complementaridade entre os países e os dois indicadores
Índice de complementaridade da pauta
Índice de complementaridade
Relações comerciais entre o Brasil e os demais países do BRICS (2000- 2010) - gráficos UNComtrad
Brasil e China
Relações em maior quantidade na categoria de produtos primários e manufaturas intensivas em recursos, em detrimento da indústria de baixa e média tecnologia, ao passo que a de alta tecnologia manteve-se relativamente estável com parcela mínima. 
Valor total das exportações brasileiras para a China de produtos para os quais há complementaridade- produtos primários e manufaturados-, chegou a ultrapassar os 90% indicando que apesar de existir razoável quantidade de produtos em que há complementaridade nas categorias de baixa e média tecnologia, o valor alcançado pelas exportações de tais produtos é relativamente menor. Destaca-se o minério de ferro, soja e, petróleo.
Brasil e Índia 
Categoria em que há complementaridade é a de média tecnologia e a de manufaturas intensivas em recursos. 
Acerca da participação de cada categoria no valor total de exportação de produtos com complementaridade produtiva destacam-se setores primários (petróleo cru) e de manufaturas intensivas em recursos (óleo de soja, minério de cobre e açúcar de cana). 
Brasil e Rússia
Destaca a categoria de média tecnologia e de manufaturados intensivos em recurso. E, quando analisa o valor ponderado pela exportação, vê-se que os bens primários e manufaturado intensivo em recurso crescem espetacularmente. Com isso, destaca-se a exportação da carne bovina, suína e de aves e da de cana de açúcar. 
Brasil e África do Sul 
A categoria em destaque é a de média tecnologia seguida pelas manufaturas intensivas em recursos. 
As proporções ponderadas pelo valor exportado de cada produto destaca-se a categoria de média tecnologia, observando que a importância dessa categoria se deve principalmente a produtos do setor automotivo.
Oportunidade comercial e os quatro critérios:
Existência de complementaridade entre as exportações brasileiras e as importações do parceiro correspondente (ou seja, com IC > 1); 
Existência de vantagem comparativa revelada nas exportações brasileiras (IVCR > 1); 
Participação relativamente baixa obtida pelas exportações brasileiras dentre as importações do país de destino; 
Volume de importações não desprezível por parte do parceiro.
Oportunidades não exploradas de ampliação dos fluxos comerciais entre o Brasil e cada um dos demais BRICS segundo o índice de complementaridade
China
Brasil e Índia
Brasil e Rússia
Brasil e África do Sul
China
Produtos primários: distribuição extensa ao longo dos capítulos do Sistema Harmonizado. Manufaturas intensivas em recursos naturais: Capítulos referentes a produtos químicos, borracha e suas obras e, em menor medida, minérios.
Baixa tecnologia: Capítulos caracterizados por objetos metálicos como ferro fundido e aço, obras de ferro fundido e aço e ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, de metais comuns. 
Média tecnologia: Capítulos de máquinas e equipamentos mecânicos, plásticos e produtos químicos inorgânicos.
Alta tecnologia: quase a metade dos produtos selecionados encontra-se no capítulo de máquinas e equipamentos elétricos.
Brasil e Índia
Produtos intensivos em recursos: Setor químico, que neste caso se refere, sobretudo, a produtos químicos em formas primárias. 
Baixa tecnologia e média tecnologia: Produtos de ferro e aço foram ainda maiores do que a observada no caso da China. O mesmo ocorrendo com o capítulo de máquinas e equipamentos mecânicos. 
Brasil e Rússia 
Produtos primários: quase total ausência de produtos minerais
Manufaturas intensivas em recursos: baixa participação dos produtos químicos 
Média tecnologia: Quase 70% de suas oportunidades concentradas em máquinas e equipamentos mecânicos e veículos automóveis. 
Alta tecnologia: Máquinas e equipamentos elétricos. 
Brasil e África do Sul
Produtos primários, Manufaturados e de baixa tecnologia: Distribuição bastante relevante entre os diferentes capítulos. 
Média e alta tecnologia: Distribuição é semelhante ao caso russo, com 70% dos produtos de média tecnologia concentrados nos capítulos referentes a máquinas e equipamentos mecânicos e a veículos automotores, e metade dos de alta tecnologia no capítulo relativo a máquinas e equipamentos elétricos. 
A política comercial dos BRICS: 
seu entorno e seus efeitos para o Brasil
Importância cada vez maior de algumas economias emergentes: BRICS
Grandes dimensões geográficas e demográficas, potencial econômico
Novos arranjos regionais
“Replicar, na medida do possível, a estratégia adotada em outras regiões, aumentando significativamente o grau de complementaridade produtiva na América Latina, de modo a ganhar competitividade para explorar de forma conjunta terceiros mercados”.
Dilema
Redução de eventuais desequilíbrios comerciais em alguns setores da economia VS dificuldade em acessar o mercado por parte dos produtos provenientes de regiões diferentes.
Reforma da política comercial externa
Credibilidade como variável condicionante
Resultados sustentáveis no longo prazo
Empenho político: adoção de medidas complementares que possibilitem estabilidade
Preservação de um processo de liberalização comercial: registro, junto à OMC, das tarifas consolidadas, isto é, dos valores máximos para o imposto de importação. 
Rússia, só recentemente teve aprovado seu ingresso como país membro da OMC. 
Índia e África do Sul têm menos setores com tarifas consolidadas na OMC do que a China e o Brasil. 
Reforma da política comercial externa
Entender esse processo de adoção das tarifas consolidadas é importante porque a exclusão de setores da lista destas tarifas dá ao país margem para elevação de alíquotas, portanto sinaliza um empenho menor em restringir eventuais ímpetos protecionistas. 
Em termos de nível de tarifas consolidadas, a economia mais fechada dos BRICS é a da Índia, seguida
do Brasil, China e África do Sul.
Relações de cada BRICS com os países em sua área de influência econômica
Proximidade geográfica e importância relativa das relações comerciais
Brasil: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
China: Cingapura, Coreia do Sul, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, Mongólia, Taiwan, Tailândia e Vietnã.
Índia: Bangladesh, Butão, Maldivas, Paquistão e Sri Lanka.
Rússia: Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Moldávia, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão;
África do Sul: Angola, Botswana, Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Moçambique, Ilhas Mauricio, Namíbia, Ilhas Seychelles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
Dados coletados em pesquisas: processo de intensificação – por parte de cada país BRICS – das preferências comerciais concedidas aos países vizinhos, bem como de parte desses em relação aos produtos provenientes dos BRICS. 
De modo geral, o número de incidências setoriais em que as tarifas brasileiras superam as tarifas adotadas por outros países em relação aos produtos brasileiros é maior do que os casos de barreiras externas mais elevadas. 
Desafio aos produtores brasileiros: lidar com fonte de competitividade adicional às condições internas de cada país parceiro comercial. 
Dificuldades adicionais de acesso a mercado, caso as preferências concedidas entre países de uma mesma região signifiquem que as barreiras que os produtos brasileiros têm de enfrentar são maiores do que as dos concorrentes em cada região. 
Nesse sentido, a pesquisa demonstra que, de fato, existem barreiras diferenciadas que beneficiam os países vizinhos dos demais BRICS, e que impõem aos produtos brasileiros condições menos favoráveis de acesso aos mercados regionais, visto que nossos produtos são sujeitos a tarifas mais elevadas do que as praticadas entre os países da Ásia, da África e da Europa Ocidental.
Retrospecto
Na análise das tarifas consolidadas na OMC há diferenças entre os BRICS no que se refere ao grau de abrangência dessas tarifas. 

Entre 2005 e 2010 houve aumento de concessões preferenciais em termos de tarifas. Isso ocorreu entre cada BRICS e seus vizinhos, sendo a China o país mais ativo nesse sentido. 

Há diferenças entre os BRICS no tocante aos motivos que levam a essas preferências. 
Na análise por setores, o Brasil se caracteriza por adotar tarifas em geral mais elevadas do que outros países cobram pelos produtos brasileiros. Não é clara a lógica econômica da seleção de setores em que isso ocorre
Retrospecto
Há um percentual importante de setores nos quais as preferências tarifárias de cada país do BRICS para com seus vizinhos e vice-versa colocam os produtos brasileiros em situação desvantajosa, por incidir neles barreiras tarifárias mais elevadas. 
O crescente regionalismo e seletividade nas preferências comerciais implica um desafio para os produtores brasileiros. 
Há, então, uma clara necessidade de estudos em um nível mais detalhado, em termos de produtos, assim como a importância de se poder dispor de um banco de dados acessível por parte dos empresários brasileiros, que mostre as preferências que os BRICS e seus vizinhos praticam no comércio bilateral, e as tarifas incidentes sobre os produtos brasileiros exportados para esses mercados. 
Os grandes países periféricos na política externa brasileira
Mudança de patamar da inserção internacional do Brasil nos últimos 10 anos
Internacionalização política e econômica do país se processa principalmente de três formas:
Comércio e investimentos de grandes empresas, com forte apoio estatal, destacando-se o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Construção de instâncias de concertação política e participação em coalizões, envolvendo grandes países do Sul na articulação de posições negociadoras comuns em temas da agenda global e dos regimes internacionais.
Cooperação para o desenvolvimento em que o país já aparece como um “doador” importante no Sul, dirigida aos países de menor desenvolvimento relativo.
Estas atividades podem se sobrepor em vários dos teatros de operação e envolver atores públicos e privados distintos.
Dilema do processo de internacionalização: Se por um lado a inserção de novos atores nas agendas contribuem para a horizontalização das mesmas, por outro, há um risco de potencial fragmentação na condução da política externa e a respectiva perda de um centro coordenador.
Coordenação de posições políticas em negociações internacionais com outros grandes países do Sul: objetivos estratégicos
Retomada do protagonismo clássico visando as mudanças normativas nos regimes internacionais de forma a torná-los mais permeáveis aos interesses dos países em desenvolvimento de modo geral, e aos dos países em ascensão, em particular. 
Para essa mudança, é fundamental que haja a desconcentração do processo decisório nas diversas instâncias de regulação internacional. 
Tendo em vista que o Brasil é um participante ativo na economia globalizada, mas sem o respaldo da capacidade nuclear-militar, o Brasil necessariamente terá de fazer uso da sua capacidade de negociação político-diplomática para fazer valer seus interesses na cena global.
Formação de coalizões de geometria variável, envolvendo grandes países periféricos.
Países periféricos e principalmente o Brasil vêm conquistando espaço no processo de mudança institucional
Busca por mudanças em relação ao status quo desfavorável. 
Ao contrário dos argumentos realistas, estes países preferem uma ordem institucional baseada em regras para as externalidades criadas pela interdependência. 
Logo, a questão não é se os países emergentes aceitam uma ordem multilateral, mas sim se os Estados Unidos e demais países desenvolvidos aceitam uma ordem baseada em regras e em normas de não discriminação:
“De memória recente, o unilateralismo do governo Bush representou a maior ameaça à ordem multilateral e ao sistema de segurança coletiva da ONU. Para vários dos emergentes, o processo em curso de gradual desconstitucionalização da ordem multilateral instituída no pós-Segunda Guerra representa uma ameaça real. São países como África do Sul, Argentina, Brasil e Índia, por exemplo, os defensores hoje de um multilateralismo universal e não discriminatório.” 
Medidas tomadas pelos países periféricos
Restauração da atividade regulatória do Estado
Reforço das capacidades dos governos nacionais em garantir estabilidade econômica e proteção social
Articulações e alianças políticas variadas. 
Importância da agência política e a natureza contingente do processo de mudança institucional na atualidade
Novo papel exercido pelo Brasil e pelos demais países periféricos na mudança das regras internacionais que lhes são desfavoráveis e sua contribuição para a institucionalização de novos procedimentos internacionais no comércio e nas finanças.
 Melhor articulação entre os países e um desenvolvimento mais abrangente.
A crise financeira: Impacto sobre o BRIC e as políticas de resposta
BRIC e a crise de 2008
Mecanismos de Transmissão:
Sistema Financeiro
Investimentos institucionais estrangeiros
Oferta de crédito de curto prazo e investimento direto estrangeiro
Taxa de câmbio
Setor comercial
Queda no crescimento
Respostas:
Políticas fiscais
Políticas monetárias
O papel do BRIC na recuperação global
A defesa comercial dos BICs 
(Brasil, Índia e China):
 Algumas lições para a política brasileira
A defesa comercial dos BIC’s: Algumas lições para a política brasileira
Introdução 
Cenário Econômico
Atuação na OMC
Instrumentos de Defesa Comercial
A atuação de Brasil, Índia e China na Organização Mundial do Comércio 
Alteração de cenário mundial
Brasil
Índia
China
Instrumentos de Defesa Comercial
Antidumping
China
Índia
Brasil
2. Tabelas
Contra os BIC’s
Pelos BIC’s
Medidas compensatórias
Subsídio: contribuição financeira concedida pelo governo, ou seja, benefício que traz
posição vantajosa, que pode trazer concorrência desleal.
Contribuição financeira: Direta de fundos; Perdão de dívidas; Fornecimento de bens e serviços por parte do governo; Pagamento.
Proibição: Se for em específico (a uma empresa ou indústria).
Acordo de Subsídios (2000) prevê subsídios:
Proibidos: Vinculados à exportação em detrimento a importação (comércio desleal).
Acionáveis: específicos para empresas ou indústrias que podem causar danos.
Salvaguardas
Instrumento de defesa comercial que pode conceder um remédio, emergencial, em situações extraordinárias para proteção temporária. 
Salvaguardas devem aplicar-se sem discriminação, como emergencial, frente à surto de importações "imprevistas", com situações não previstas mediante contrato anterior ou proveniente de obrigações feitas durante o GATT. 
Maiores usuários: Índia, Turquia e Jordânia.
Setores mais afetados: Plástico, Cimento cerâmica e Vidros e carnes.
China: salvaguardas provisórias
Alternativa da organização do mercado proposta pelos demais membros da OMC frente o crescimento comercial do mercado Chinês e o aumento de suas importações.
 
Considerações finais 
O Brasil precisa produzir de forma produtiva dentro de um contexto de alta taxa de juros e custos elevados de infraestrutura no setor doméstico, e competir com importações de países extremamente competitivos.
Diante do desafio apresentado soma-se um cenário de poucas opções abertas e importações consideradas desleais onde os instrumentos oferecidos na OMC são indispensáveis.
A presença do Brasil no BIC's é tímida e seu posicionamento na área de defesa comercial é pouco agressivo, onde deveria fazer valer regras negociados internacionalmente e fortalecer seu posicionamento frente ao multilateralismo.
Investimentos estrangeiros diretos nas economias BRIC: mudando o cenário de investimento 
Relação do BRICS com IDE
A crise econômica e financeira alterando o cenário de investimento global
BRICs como importante destino para IDE
BRICs como investidores no mercado financeiro internacional
Referências 
http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/15/banco-do-brics-tera-sede-em-xangai-e-1-presidencia-sera-da-india.htm
http://economia.terra.com.br/brics/ 
Carneiro, F.L. Complementaridade da Pauta e Oportunidades de Aproximação Comercial do Brasil com os demais BRICS, Boletim de Economia e Política Internacional. n 9, pag 7-41, jan/mar 2012.
BANERJEE Ritwik; VASHISTH Pankaj. A Crise Financeira: Impacto Sobre o BRIC e as Políticas de resposta. Revista Tempo do Mundo, v. 2, n. 2, agosto de 2010.
THORSTENSEN, Vera. A defesa comercial dos BICs (BRASIL, ÍNDIA E CHINA): algumas lições para a política brasileira. IPEA - Governo Federal. Brasilia, 2011
KAPOOR, Radhika; TEWARI Ritika. Investimentos estrangeiros diretos nas economias BRIC: mudando o cenário de investimento.

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