Prévia do material em texto
Tecnologia Pós-colheita de frutas Alunos: André Fadini, João Vitor Machado, Gabriela Silvestre, Gabrielly Deorce, Laisa Gomes e Pedro Henrique AGR.304 I Tecnologia e Qualidade de Produtos de Origem Vegetal Introdução O Brasil é atualmente o terceiro maior produtor mundial de frutas, com uma produção de aproximadamente 45 milhões de toneladas em 2022 (IBGE, 2023). A fruta mais produzida em volume, seguida por maçã, uva, melancia, laranja e manga (FAO, 2023). Mais consumida in natura , com produção de cerca de 7,1 milhões de toneladas em 2022 (ABRAFRUTAS, 2023). A laranja é a principal fruta produzida no país, com cerca de 17,9 milhões de toneladas em 2022 (MAPA, 2023), sendo 75% destinadas ao processamento para suco. Introdução No Brasil, cerca de 50% da produção de frutas destina-se ao consumo in natura e 50% para industrialização/processamento A diversificação das apresentações - frescas, desidratadas, chips e sucos - fator determinante para ampliar o mercado e facilitar o consumo O comércio internacional de frutas frescas atingiu aproximadamente 90 milhões de toneladas e US$ 90 bilhões em valor em 2022 (FAO, 2023) Mercado doméstico ainda é predominante Frutas visualmente e gustativamente mais objetivas sendo específicas ao consumo direto Frutas com pequenos defeitos direcionados para a indústria (MAPA, 2023). Estudo e técnicas para conservação, armazenamento, transporte e comercialização Manter a qualidade original das frutas colhidas, evitando perda de umidade, danos físicos e alterações químicas indesejáveis, além de retardar a flexibilidade e prolongar a vida útil dos produtos. Abrange desde a colheita até o consumo ou processamento final Pós-Colheita de frutas Operações: manuseio, limpeza, classificação, embalagem, armazenamento e transporte A inadequada gestão da pós-colheita possibilita perdas significativas, que podem chegar a até 40% da produção, conforme dados FAO. Pós-Colheita de frutas Processo de Comercialização de Frutas Planejamento de Venda Conhecimento do Mercado Definição da Frequência de Oferta Comercialização Comercialização e beneficiamento INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 20, DE 27 DE SETEMBRO DE 2001 Visa regular a produção, pós-colheita, processos em empacotadoras e a comercialização das frutas frescas, promovendo a qualidade dos alimentos e a proteção ambiental e da saúde humana. Promove-se a identificação clara do processo produtivo, com controle desde o cultivo até a comercialização, enfatizando práticas que atendem a padrões internacionais reconhecidos no setor de produção integrada. Legislação 03 RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 91, DE 11 DE MAIO DE 2001 (*) Definição de embalegem Estabelece critérios gerais e classificação para materiais de embalagens e equipamentos destinados ao contato com alimentos As embalagens e equpamentos que estejam em contato direto com alimento deve ser fabricados em conformidade com as BPF Legislação Reações Metabólicas A capacidade de armazenamento de frutas depende de várias reações metabólicas moduladas por temperatura, transpiração e a concentração de gases na atmosfera, como CO2, O2 e etileno. Processos pós-colheita Processos pós colheita Respiração A respiração é o principal processo fisiológico envolvido na fisiologia pós- colheita de frutas. A elevação da temperatura causa um aumento exponencial da taxa de respiração e também causa redução exponencial da vida útil das frutas Conceitos pós colheita Transpiração É um processo natural em que frutas perdem água, pois a concentração de água é maior na fruta do que no ambiente. Essa perda de água se dá através da casca, lenticelas, cálice e cicatriz do caule. Levando a uma perda de peso, enrugamento, murcha e deterioração da qualidade do produto Conceitos pós colheita O que é Etileno? É um hormônio produzido naturalmente pelas células vegetais e desempenha um papel fundamental no amadurecimento de frutas e vegetais. O etileno afeta a cor, o aroma, o sabor e a textura das frutas, tornando-as mais doces e palatáveis. Algumas frutas, como bananas, abacates e tomates, são conhecidas por produzir grandes quantidades de etileno, enquanto outras, como mirtilos e cerejas, produzem muito pouco. Conceitos pós colheita O que é Etileno? Conceitos pós colheita Como o etileno é medido? Reguladores de etileno pré e pós-colheita Ethephon ReTain® HarvistaTM ReTain® e Harvista® 1-MCP (SmartFreshTM) Padrões de amadurecimento de frutas Climatéricos e Não climatéricos são categorias de frutas baseadas em seu padrão de amadurecimento após a colheita. Frutas climatéricas continuam a amadurecer após serem colhidas, experimentando um aumento na respiração e na produção de etileno, um hormônio que acelera o amadurecimento. Frutas não climatéricas não amadurecem significativamente após a colheita e, se colhidas verdes, podem não atingir a maturação completa. Padrões de amadurecimento de frutas Taxa de respiração: Ponto Ideal de Colheita O ponto ideal de colheita de uma fruta depende da espécie Pode ser determinado por: critérios visuais (cor, tamanho, forma) Físicos (firmeza, peso, diâmetro) Químicos (teor de açúcares – Brix) Frutas climatéricas, como bananas e mangas, são colhidas ainda verdes e amadurecem fora da planta, As frutas climatéricas devem ser colhidas verdes para facilitar o transporte e o manuseio, pois elas continuam o processo de amadurecimento após a colheita devido à produção do hormônio etileno, que acelera a maturação Enquanto frutas não climatéricas, como laranjas e morangos, devem ser colhidas no seu ponto ideal de maturação na planta, pois não amadurecem após a colheita. Ponto Ideal de Colheita https://www.google.com/search?sca_esv=2b4e205084afbc65&cs=0&sxsrf=AE3TifPfdiH7VS-pZjYT4GINkBmPK1WlFA%3A1755214438050&q=etileno&sa=X&ved=2ahUKEwjEh8Wou4uPAxUKLbkGHZk9KAAQxccNegQIAhAB&mstk=AUtExfAK7P7svotHF_oGYTHB25Oee4T_hXpS57zPopx7SIxJVooXXKU1K6Z20QzC9BufbawZEI3IVTetLRfVSxhyPfnlAoPCx_F-aeXenC_1beGCwP9YzGeTnJSEquCnOqOA6M--eK-hJVRbJj0t48JhpfJdR3f15-J4mjQsgHwqcYCz6qAGAgn_4mYsAo8EA5AOC0AGvMQh61oVDHnc3XpYC7YzHqI2dYmE5YKprThku9Q5Rfkw9B4lnau8IfgRi3zdjCaIDiznyRWUTkMG2J7uJYOZ7BUTjYo4X5UD-gLDiFeN1A&csui=3 Fatores Ambientais Temperatura Umidade Relativa Exposição à Luz Os principais fatores que influenciam a deterioração de frutas pós-colheita Fatores Fisiológicos Taxa de Respiração Senescência Os principais fatores que influenciam a deterioração de frutas pós-colheita https://www.google.com/search?cs=0&sca_esv=55a910f019e63594&sxsrf=AE3TifNrg7DhsV3LhX888UUv8TMnS8Lmdg%3A1755125570647&q=Taxa+de+Respira%C3%A7%C3%A3o&sa=X&ved=2ahUKEwiE-fWg8IiPAxUEuZUCHatQFPsQxccNegQIJBAB&mstk=AUtExfDNuX-iH7XBe27GSxBIsJpFeno2HkYliKFytzqnlkZn_sIcSo6l31xFtsXNNbBhoSPj2cwntO1H9DcQggCJJ1y8vZVz6NXfrY0yIggQfvzasY81GrX8-uWnlYfjnSuygHbeDo8ryTLjlaJF1A3wk3dB54ekN6fBsBa3HdQS0vMgHTM&csui=3 Fatores Biológicos Microrganismos Pragas Os principais fatores que influenciam a deterioração de frutas pós-colheita Fatores Químicos e Nutricionais: Atividade Nutricional Desbalanço de Água Os principais fatores que influenciam a deterioração de frutas pós-colheita Fatores de Manuseio e Armazenamento: Danos Físicos Armazenamento e Transporte Inadequados Os principais fatores que influenciam a deterioração de frutas pós-colheita Durante a Colheita: Ferramentas adequadas Colheita seletiva Separação de frutos Local de trabalho Praticas e Tecnologias de Conservação Durante a Colheita: Práticas e Tecnologias de Conservação Transporte e Armazenamento: Acondicionamento cuidadoso Transporte para embalagem Caminhos adequados Práticas e Tecnologias de Conservação As frutas podem ser contaminadas por dois tipos de microrganismos, quais sejam: Sanitização Microrganismos que causam doenças em plantas Microrganismos e parasitas que causam doenças em humanos Etapas da sanitização industrial de frutas: Seleção Pré-lavagem Imersão em solução sanitizante: Solução cloradaPeróxido de hidrogênio (H₂O₂) Tempo de contato Enxágue Consumo ou processamento Sanitização A desinfecção pós-colheita para exportação envolve lavagem, desinfecção com agentes aprovados (como cloro e peróxido de hidrogênio), tratamentos térmicos e o uso de agentes antimicrobianos em água, tudo isso para eliminar patógenos e pragas, prolongar a vida útil e atender aos rigorosos requisitos fitossanitários dos mercados internacionais. Sanitização A desinfecção pós-colheita para exportação Tratamentos Químicos Soluções Cloradas Biocidas Peróxido de Hidrogênio Tratamentos Térmicos Água Quente Outras tecnologias Ozônio Irradiação Sanitização Sanitização Sanitização Sanitização Importância da sanitização na indústria: Segurança alimentar Conformidade com a legislação Qualidade do produto Práticas e Tecnologias de Conservação Técnicas de Armazenamento Controle de Temperatura Controle de Umidade Relativa (UR) Atmosfera Modificada (AM) O armazenamento adequado é fundamental para prolongar a vida útil das frutas após a colheita. As principais técnicas incluem: Tecnologias na luta contra o tempo 06 As primeiras técnicas de conservação dos alimentos remontam há milhares de anos. Armazenadas em vasos de cerâmicas, as frutas eram, então, vedadas e guardadas em cavernas, a uma temperatura inferior à do ambiente. Com o passar do tempo, a sabedoria tradicional foi incorporada à ciência, que passou a realizar experimentos para tentar descobrir as bases científicas das técnicas de conservação. Controle de Temperatura 06 O controle da temperatura reduz a respiração das frutas, retarda o amadurecimento e diminui a evaporação. Temperaturas baixas de armazenamento reduzem a perda de água e a transpiração. A umidade relativa alta retarda a perda de água, mas deve ser controlada para evitar o desenvolvimento de doenças. Práticas e Tecnologias de Conservação Considerações de Temperatura, Umidade e Tipos de Produtos Frutas tropicais (ex.: banana, abacaxi) amadurecem rapidamente e têm ritmos respiratórios elevados, o que reduz sua vida útil. Frutas temperadas (ex.: maçã, batata) têm ritmos respiratórios mais baixos, o que permite maior vida de armazenamento. A respiração aumenta com a temperatura, tornando o controle da temperatura essencial para a conservação. Práticas e Tecnologias de Conservação Desafios do Controle de Temperatura Temperatura e umidade devem ser ajustadas com precisão para cada tipo de produto Cuidado com a ventilação: a circulação de ar é necessária para garantir um resfriamento eficiente, mas a circulação excessiva pode aumentar a perda de água do produto. A temperatura ideal varia dependendo do tipo de fruta e do estágio de maturação. Práticas e Tecnologias de Conservação Tecnologia monitora transmissão do calor em frutas e ajuda a reduzir perdas na pós-colheita Inovação Brasileira no Combate às Perdas Pós-Colheita A Embrapa Meio Ambiente (SP) desenvolveu um dispositivo inovador para monitoramento em tempo real da distribuição de calor durante o tratamento hidrotérmico de frutas. A técnica de tratamento térmico é essencial para controlar doenças e preservar a qualidade das frutas, atendendo aos padrões de mercados internacionais. Perdas pós-colheita: Em algumas espécies, as perdas podem chegar a 80%. O dispositivo mede como o calor se distribui de superfície a polpa, ajustando a temperatura para garantir a preservação da qualidade das frutas. Dispositivo acompanha, em tempo real, a temperatura da fruta durante o tratamento Tecnologia monitora transmissão do calor em frutas e ajuda a reduzir perdas na pós-colheita 09 Tecnologia monitora a temperatura interna da fruta durante o tratamento térmico. Objetivo: Reduzir perdas pós-colheita e melhorar a competitividade no mercado internacional. Controle de Umidade 06 A umidade relativa do ar é outro fator importante no armazenamento e conservação de frutas. Em níveis ideais diminui a desidratação, modifica processos fisiológicos e bioquimicos associados ao amadurecimento, afeta interações com os patógenos e diminui os danos pelo frio e batidas. Práticas e Tecnologias de Conservação Relação entre umidade relativa e qualidade das frutas UR baixa (95%): favorece condensação gerando microambientes para proliferação de fungos e bactérias. UR ideal: varia por espécie Ex.: Uva e morango: 90–95% Banana: 85–90% Citros: 85–90% Maçã e pera: 90–95% Práticas e Tecnologias de Conservação Tecnologias para controle de umidade Câmaras frias com UR controlada: umidificadores (ultrassônico/vapor) e desumidificadores, com sensores/automação para manter a UR estável. Embalagens e filmes plásticos (PE, PP, MAP): reduzem transpiração; microperfurações e filmes antiembaçantes evitam condensação; absorvedores podem ser usados conforme o produto. Revestimentos comestíveis: cera de carnaúba, quitosana etc. criam barreira semipermeável à perda de água. Práticas e Tecnologias de Conservação Nebulização fina (misting) no varejo: repõe umidade superficial sem encharcar o produto. Controle de ventilação: velocidade de ar moderada e distribuição homogênea para não acelerar a evaporação. Materiais higroscópicos (para frutas secas): sílica gel/sais para evitar mofo. Práticas e Tecnologias de Conservação Tecnologias para controle de umidade 06 Práticas e Tecnologias de Conservação Atmosfera Controlada e Modificada (AC e AM) são técnicas utilizadas no armazenamento de frutas e vegetais após a colheita, com o objetivo de prolongar sua vida útil e preservar sua qualidade. Atmosfera Modificada e Controlada Práticas e Tecnologias de Conservação Envolve o uso de embalagens especiais que modificam a composição do ar ao redor das frutas. Diferente da atmosfera controlada, a modificação da atmosfera ocorre de forma passiva, com a embalagem ajustando os níveis de gases conforme a fruta respira. Essa técnica é mais simples e é comumente usada em frutas que não exigem armazenamento prolongado. Atmosfera Modificada (AM): Refere-se ao processo de controle rigoroso da composição do ar dentro de um ambiente de armazenamento, ajustando os níveis de oxigênio, dióxido de carbono e umidade. Este processo ajuda a retardar o amadurecimento das frutas, controlando a respiração e a perda de água. As condições ideais variam dependendo do tipo de fruta, mas geralmente a redução de oxigênio e o aumento do dióxido de carbono são fundamentais. Atmosfera Controlada (AC): AROWWAI FARMING Práticas e Tecnologias de Conservação ATMOSFERA CONTROLADA Diminuição da Taxa de Respiração Atraso no amadurecimento Eliminação dos gases produzidos Aumento de dióxido de carbono (CO2) PAGE 05 AC - ATMOSFERA CONTROLADA A Atmosfera Controlada (AC) complementa a armazenagem refrigerada de frutas, ajustando não apenas a temperatura e a umidade relativa, mas também a concentração de gases nas câmaras de armazenamento. Redução de oxigênio (O2): Níveis de oxigênio são reduzidos para 1% a 3%, diminuindo a taxa de respiração das frutas. Aumento de dióxido de carbono (CO2): O nível de CO2 é elevado para 2% a 20%, o que ajuda a retardar o amadurecimento. Controle do etileno: O etileno, gás natural produzido pelas frutas, é eliminado das câmaras, evitando o amadurecimento precoce. Fatores que levam ao uso de câmaras de atmosfera controlada para a conservação de frutas – Retardo do amadurecimento; – Redução da perda de peso e ressecamento dos frutos; – Colheita de frutos mais maduros permitindo maior acúmulo de peso, açucares e maior desenvolvimento de cor da casca; – Aumento da “shelf life” (vida na prateleira) dos frutos. Práticas e Tecnologias de Conservação Características de câmaras frigoríficas destinadas ao armazenamento em atmosfera controlada São geralmente de médio e grande portes Com capacidades que variam entre 200 e 1000 toneladas de frutas. Elas devem ser herméticas, para evitar aentrada de ar que aumenta os níveis de oxigênio e também a saída de gás carbônico. Elas também devem ter pouca variação de temperatura para uma melhor conservação das frutas (a umidade relativa se mantém em níveis que reduzem a desidratação das frutas) e menor consumo de energia. Práticas e Tecnologias de Conservação Equipamento: 1. Absorvedor de CO2 para remover o dióxido de carbono produzido pela respiração da fruta 2.Gerador de nitrogênio PSA, para produzir nitrogênio de forma autônoma e reduzir o nível de O2 por deslocamento 3.Sistema de gerenciamento de gás automático eletromecânico 4.Monitoramento de computador com controle remoto via PC ou smartphone 5.Analisador portátil de O2/CO2/C2H4 para análise e monitoramento dos níveis de gás 6.Catalisador de etileno, para atingir concentrações muito baixas na câmara Sistema para controle automático da temperatura e dos níveis de gases das câmaras de atmosfera controlada A correção constante dos níveis de gases da câmara é necessária devido aos frutos respirarem FUNCIONAMENTO SISTÊMICO DA CÂMARA Na respiração é consumido o O2 e produzido CO2, desta forma, há aumento do CO2 e redução do O2 da câmara , sendo necessário absorver CO2 e injetar O2 para manter os níveis de gases ideias para a fruta armazenada, o que é realizado automaticamente pelo sistema de controle. 01 02 Reguladores de crescimento- Em alguns frutos são aplicados reguladores de crescimento, também conhecidos como fitorreguladores, que tem a função de reduzir o amadurecimento dos frutos e aumentar a vida pós-colheita. fitorreguladores ou regulador de crescimento São substâncias sintéticas que, quando aplicadas na planta, causam alteração no balanço hormonal, que altera o crescimento e/ou desenvolvimento normal da planta ou frutos. FITORREGULADORES MAIS COMUNS AVG (aminoetoxivinilglicina) 1-MCP (1-metilciclopropeno) Etefon (Ethephon) Tem a capacidade de reduzir a síntese de etileno. – É aplicado antes da colheita, por isso atrasa o período de colheita e também aumenta o período de conservação pós- colheita da fruta. Reduz a ação do etileno. – É aplicado nos frutos na câmara de armazenamento para reduzir o amadurecimento Estimula a produção de etileno e acelera a maturação .– Usados frequentemente em maçã e abacaxi, para adiantar o período de colheita. Curiosidade Frutas como o kiwi, devem ser armazenadas na câmara com absorvedor de etileno, pois ele é muito sensível ao etileno, ou seja, mesmo em uma baixa concentração de etileno (0,1ppm) é suficiente para o kiwi amadurecer. Concentração de oxigênio: o nível total é reduzido e estabelecido em 1% a 3% .– Concentração de gás carbônico: o nível total é aumentado ou reduzido a 2%e 20%. – Concentração de etileno: o nível total é eliminado a 0% 01 02 RECOMENDAÇÃO PARA ARMAZENAMENTO Como cada espécie de fruta necessita uma condição especifica para sua adequada conservação. Considerações sobre Temperatura e Atmosfera para Frutas Temperatura ideal de armazenamento: Para frutas como banana e citrus, a temperatura ideal é mais elevada. Quando armazenados em temperaturas muito baixas, esses frutos podem sofrer de dano por frio, o que compromete sua qualidade. Diferenças entre cultivares: É importante notar que os valores ideais de temperatura e gases variam entre as cultivares de uma mesma espécie. Exemplo: Maçã: Cultivar Gala: Pode ser armazenada com até 3% de CO2. Cultivar Fuji: Tolerante a no máximo 1% de CO2 na câmara. 01 ATMOSFERA CONTROLADA NO BRASIL A atmosfera controlada ainda tem muitas barreiras a transpor em solo nacional. Primeiramente, ainda somos carentes de desenvolvimento de tecnologia, por tanto temos que importar equipamentos significativamente. estrangeiros a preço de dólar, aumentando os custos ) Por outro lado, a falta de mão-de-obra especializada e a pouca informação do produtor de frutas a respeito do assunto também fazem com que a técnica de atmosfera controlada prolifere pouco no Brasil PAGE 02 ATMOSFERA CONTROLADA NO BRASIL Foi utilizado o uso desta tecnologia em 1982, mas precisamente em Santa Catarina, na cidade de Fraiburgo em câmaras de estocagem de maçãs Brasil: possui mais de 500 mil toneladas em capacidade de armazenamento em atmosfera controlada e algumas empresas nacionais já estão buscando desenvolver suas próprias tecnologias em prol da mesma ATMOSFERA MODIFICADA (AM) Esse método de armazenamento consiste em embalar os frutos em embalagens plásticas de PVC ou polietileno e fechá-los bem. – Desta forma, formará uma alteração na composição gasosa, o oxigênio será reduzido e o gás carbônio irá aumentar em função da respiração dos frutos. – Não há controle dos níveis de gases.– Esta alteração nos gases reduz o amadurecimento do fruto e prolonga a vida pós-colheita. ATMOSFERA MODIFICADA (AM) Os filmes utilizados em AM possuem alguma permeabilidade aos gases, impedindo que o O2 chegue a níveis excessivamente baixos e o CO2 demasiadamente altos, com o prolongamento do armazenamento . Frutas embalada a vácuo é um exemplo de atmosfera modificada, pois é retirado o O2 da embalagem, pela injeção de N2 PAGE 09 01 02 A atmosfera modificada pode ser aplicada em recipientes selados: – Embalagem de atmosfera modificada (MAP– Modified Atmosphere Packaging), ou no armazenamento em massa. Em ambos os casos,esta tecnologia é definida como um: – Processo dinâmico, em que a composição gasosa do ar que envolve o produto é alterada. Além disso, é necessário um constante controlo de temperatura, que deve ser refrigerada AM Benefícios: Minimiza crescimento microbiológico. Evita oxidação e escurecimento. Retarda a respiração e a produção de etileno, prolongando o amadurecimento e evitando a senescência. Atmosfera Modificada no Armazenamento de Frutas Objetivo: Alterar a composição gasosa para reduzir o oxigênio (O₂) e aumentar o dióxido de carbono (CO₂). O₂: Reduzido para 1-5% CO₂: Aumentado para 3-20% CUIDADOS I. O próprio CO2 tem um efeito bacteriostático e fungistático, ou seja, retarda o crescimento de bactérias e fungos , respetivamente. III. A síntese dos compostos associados ao aroma agradável e reconhecido dos hortícolas é afetada, o que pode conduzir a uma percepção da perda de qualidade por parte do consumidor II.Contudo, é necessário avaliar os limites mínimos de oxigênio, isto é, o nível de O2 que induz a fermentação, um processo que conduz ao desenvolvimento de sabores e odores desagradáveis IV. Deste modo, é necessário um equilíbrio . entre os níveis de O2 e CO2, que sejam adaptados a cada cultivar , de modo que o objetivo último de estender o tempo de vida útil microbiológico e sensorial do produto seja alcançado O MAP é o registo mais utilizado na indústria dos produtos frescos (sobretudo no caso dos produtos minimamente processados prontos para o consumo), em que os produtos são colocados numa embalagem selada com um filme/película.– A modificação da atmosfera pode ocorrer de um modo passivo ou ativamente. PROCESSO Esquema do processo de respiração dos produtos no interior de umaembalagemematmosfera modificada. Princípio do Funcionamento da Embalagem em Atmosfera Modificada (MAP) Seleção do Produto: Escolha do tipo de alimento perecível, para determinar a mistura de gases ideal. Mistura de Gases: Combinação de nitrogênio e CO₂, ajustada conforme o produto. Em alguns casos, o oxigênio também é necessário. Remoção de Ar: Técnicas como lavagem a vácuo ou Purge Flushing para remover o ar da embalagem. Lavagem Controlada da Mistura de Gases: Injeção controlada da mistura de gases na embalagem, evitando excesso de gases. Vedação: Fechamento hermético da embalagem com técnicas como selagem a vácuo, selagem mecânica ou selagem a quente. Controle de Qualidade: Verificação da composição de gases e da vedação para garantir a preservação. Descarga de Gás: Elimina o ar indesejado, substituindo-o por uma mistura de gases controlada. Embalagem Passiva: Criação de atmosfera controlada atravésda respiração natural do alimento (ideal para frutas e vegetais). Técnicas Utilizadas em Embalagens em Atmosfera Modificada (MAP) Embalagem de Equilíbrio (Equilibrium MAP): Combina a descarga de gás com técnicas passivas para obter a mistura ideal de gases. Embalagem a Vácuo: Redução de oxigênio na embalagem, criando um ambiente quase de vácuo que impede a oxidação e o crescimento de micróbios. Embalagem Skin: Uso de filme flexível para embrulhar os produtos, frequentemente combinado com MAP para retardar a degradação. Sistema de Abastecimento de Gás: Tanques de gás, reguladores e válvulas que controlam a mistura de gases a ser injetada. Estação de Embalagem: Câmara onde os alimentos são embalados com precisão, utilizando filme de embalagem e sistemas de vácuo. Sistemas de Embalagem em Atmosfera Modificada (MAP) Sistema de Mistura de Gás: Misturadores e analisadores de gás para garantir a mistura correta e regulagem dos gases na embalagem. Sistema de Descarga de Gás: Purga e bicos responsáveis pela remoção de ar e injeção da mistura de gases controlada. Filme de Embalagem: Filme polimérico utilizado para proteger os alimentos e manter a composição da atmosfera modificada. Sistema de Vácuo: Elimina o ar da embalagem, criando um ambiente controlado para os alimentos perecíveis. Painel de Controle: Sistema automatizado para monitoramento e controle da mistura de gases e do desempenho do sistema MAP. Sensores: Sensores de temperatura, pressão e gás que garantem a precisão na embalagem e preservação do produto. Componentes de um Sistema de Embalagem MAP Materiais Utilizados em Embalagens de Atmosfera Modificada 30 - 11 - 26 PRESENTATION BY AARON LOEB Filme Polimérico: Resistente à umidade e oxigênio, ideal para manter a qualidade dos alimentos. 01 02 03 Polietileno: Material resistente e utilizado para embalar alimentos devido à sua capacidade de proteger contra poluentes. Polipropileno: Flexível e resistente a produtos químicos, muito usado em embalagens de alimentos perecíveis Materiais Utilizados em Embalagens de Atmosfera Modificada 30 - 11 - 26 PRESENTATION BY AARON LOEB Álcool Vinílico de Etileno (EVOH): Excelente barreira contra oxigênio, ideal para embalar produtos como carne e vegetais. 01 02 03 Ácido Polilático (PLA): Material ecológico, crescente em popularidade, mas com desafios de resistência ao calor. Laminados e Folha de Alumínio: Utilizados para garantir a proteção contra luz, oxigênio e umidade. ConsideraçõesFINAIS Parâmetros a ser controlados: Temperatura: Fator determinante na taxa de depreciação pós-colheita. Umidade Relativa: Influencia a perda de água, o desenvolvimento de doenças e acidentes fisiológicos. Composição da Atmosfera: Ajuste de O₂ e CO₂ para prolongar a vida útil. Câmaras frigoríficas devem manter temperatura uniforme. Fatores que afetam a atmosfera modificada: Massa do produto, área de troca de gases, respiração do produto, entre outros. Benefícios: Retarda senescência e amadurecimento. Reduz a produção de etileno e a sensibilidade ao etileno (com CO₂ > 1%). Alivia danos por frio em produtos como maçã, pêra e alface. Reduz patógenos, prevenindo podridões. EMBRAPA. CURSO DE TECNOLOGIA PÓS-COLHEITA EM FRUTAS E HORTALIÇAS. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.EMBRAPA.BR/BUSCA-DE-IMAGENS/-/MIDIA/4375008/CURSO-DE-TECNOLOGIA-POS- COLHEITA-EM-FRUTAS-E-HORTALICAS. ACESSO EM: 14 AGO. 2025. EMBRAPA. PÓS-COLHEITA DE FRUTAS E HORTALIÇAS – TECNOLOGIA PÓS COLHEITA. DISPONÍVEL EM: HTTPS://POSCOLHEITA.CNPDIA.EMBRAPA.BR/INDEX.PHP/POS-COLHEITA-DE-FRUTAS-E-HORTALICAS. ACESSO EM: 14 AGO. 2025. JASMINE ALIMENTOS. EMBALAGEM COM ATMOSFERA MODIFICADA (MAP). DISPONÍVEL EM: HTTPS://JASMINEALIMENTOS.COM/IMPRENSA/EMBALAGEM-COM-ATMOSFERA-MODIFICADA-AMPLIA- CONSERVACAO-DOS-ALIMENTOS. ACESSO EM: 14 AGO. 2025. AIR LIQUIDE. O QUE É ATMOSFERA MODIFICADA E COMO APLICAR NA SUA EMPRESA. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.AIRLIQUIDE.COM.BR/COMO-APLICAR-ATMOSFERA-MODIFICADA. ACESSO EM: 14 AGO. 2025. APACK EMBALAGENS PLÁSTICAS. ARQUIVOS ATMOSFERA MODIFICADA. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.APACK.COM.BR/EMBALAGENS-EM-ATMOSFERA-MODIFICADA. ACESSO EM: 14 AGO. 2025. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Obrigado! 10