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Leptospirose A leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, onde o indivíduo pode apresentar desde as formas clínicas assintomáticas até aspectos graves da doença. No Brasil é considerada uma doença endêmica, porém em períodos chuvosos torna-se epidêmicas, devido ás condições de saneamento básico, as aglomerações populacionais de baixa renda e alta infestação de roedores infectado pela bactéria transmissora da leptospirose. Agente Etiológico A doença é causada pela bactéria leptospira. São espiroquetas e vivem em água doce. Elas podem ainda serem divididas por sorovares, atualmente foram identificados mais de 300 tipos. No Brasil os sorovares que estão relacionadas as formas graves das doenças são os Icterohaemorrhagiae e Copenhageni. Fonte de infecção Os animais que alojam a leptospira vão desde os sinantrópicos, domésticos aos selvagens, como por exemplo: ratos, cachorros, porcos, cavalos e vacas. Os principais reservatórios são os roedores das espécies rattus norvegicus (ratazana ou ratos de esgoto), rattus rattus (rato de telhado ou rato- preto) e mus musculus (camundongo ou catita) estes não desenvolvem a doença, são apenas reservatórios, que vão liberar a bactéria leptospira em sua forma viva pela urina no solo e alimentos os contaminando-o. O indivíduo é considerado apenas um hospedeiro acidental dentro da cadeira de transmissão. Transmissão A infecção humana pode ocorrer por meio do contato direto com animal infectado ou na forma indireta, que é pelo solo, água contaminada pela urina dos animais infectados. A bactéria penetra através de lesões existentes na pele ou em peles integras expostas por longos períodos em águas contaminadas. Podendo ainda ser resultante de ingesta de água ou alimentos contaminados. Período de Incubação Varia de 1 a 30 dias, com período médio de 5 a 14 dias. Período De Transmissibilidade A transmissibilidade depende do animal infectado, podendo ser por meses, anos ou por toda vida do animal. Manifestações Clínicas As apresentações clínicas são divididas em duas fases, são elas: fase precoce e fase tardia. Os sintomas da leptospirose podem variar de sinais leves, semelhantes aos da gripe, a outros mais graves. À medida que ela progride, sinais adicionais podem surgir, como icterícia (amarelamento da pele e olhos), insuficiência renal e sangramento. O período para o aparecimento dos sinais e sintomas, pode variar de dois a 30 dias (em médias sete a 14 dias) após a exposição a áreas contaminadas. Os sintomas da leptospirose podem ser diversos, porém comumente englobam: É importante procurar atendimento médico se você suspeitar de leptospirose, especialmente se tiver estado em uma área onde a doença é comum. A detecção e o tratamento precoces são fundamentais para evitar complicações. Diagnóstico Para um diagnóstico definitivo, são necessários testes laboratoriais que normalmente envolvem a coleta de amostras de sangue. O método a ser escolhido dependerá da fase clínica em que o paciente se enquadra. Porém os dois métodos, mas utilizados são o ensaio imunoenzimático (ELISA-IgM) Na leptospirose, por exemplo: O ELISA-IgM é usado para confirmar a doença na fase inicial. É um exame de sorologia, ou seja, analisa o soro do sangue. A detecção de IgG pode indicar que o paciente já teve contato anterior com a bactéria, mas não necessariamente está doente naquele momento e a microaglutinação (MAT). É considerado o padrão-ouro (o mais confiável) para o diagnóstico da leptospirose. Funciona detectando anticorpos específicos contra várias sorovariedades de Leptospira no sangue do paciente. Como funciona? 🧪 No laboratório, o soro do paciente é colocado em contato com diferentes tipos de Leptospira vivas (mantidas em cultura). Se o paciente já teve contato com a bactéria, os anticorpos presentes no soro vão reagir, causando aglutinação (os microrganismos se agrupam). Tratamento O tratamento deve ser iniciado imediatamente após a suspeita clínica, sempre sob orientação médica. Antibioticoterapia Geralmente utilizada Entre os medicamentos utilizados estão: doxiciclina (comprimidos), amoxicilina (comprimidos ou solução oral), penicilina cristalina (solução injetável), ceftriaxona e cefotaxima (pó para solução injetável). Esses medicamentos estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Definição De Caso Suspeito Notificação/Investigação A Leptospirose é uma doença de notificação compulsória. Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente, dentro de 24 horas, e investigado pelos serviços de saúde, juntamente com os Núcleos de Vigilância Epidemiológica, por meio da Ficha de notificação/investigação- Leptospirose do Sinan | | | | | | | | | Nº República Federativa do Brasil Ministério da Saúde SINAN Dados Complementares do Caso | 32 | | | 31 Data da Investigação | | | A nt ec ed en te s E pi de m io ló gi co s FICHA DE INVESTIGAÇÃO LEPTOSPIROSE Leptospirose 33 Situação de Risco Ocorrida nos 30 dias que Antecederam os Primeiros Sintomas - Contato/ limpeza de: 34 Casos Anteriores de Leptospirose no Local Provável de Infecção nos últimos dois meses 1- Sim 2- Não 9- Ignorado Casos Humanos Casos Animais D ad os C lin ic os | | | | 35 Data de Atendimento | | | | Insuficiência renal Alterações respiratórias Vômito Hemorragia pulmonar Febre Mialgia Diarréia Prostração Dor na panturrilha Cefaléia Icterícia 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado36 Sinais e Sintomas 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Água ou lama de enchente Rio, córrego, lagoa ou represa Outras__________________ Ocupação SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO Criação de animais Caixa d´água Fossa, caixa de gordura ou esgoto Local com sinais de roedores Água ou lama de enchente Plantio/ colheita (lavoura) Roedores diretamente Alterações cardíacas Congestão conjuntival MeningismoOutras hemorragias Outros, quais? ___________ Terreno baldio Lixo/ entulho Armazenamento de grãos/ alimentos A te nd im en to 37 Ocorreu Hospitalização Data de Alta | | | | | | | 40 Data da Internação | | | | | | | 38 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Município do Hospital 42 41 | UF Nome do Hospital CASO SUSPEITO: Indivíduo com febre, cefaléia e mialgia, que apresente pelo menos um dos seguintes critérios: Critério 1- antecedentes epidemiológicos sugestivos nos 30 dias anteriores `a data de início dos sintomas(exposição a situações de risco, vínculo epidemiológico com um caso confirmado por critério laboratorial ou residir/trabalhar em áreas de risco); Critério 2- pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: sufusão conjuntival, sinais de insuficiência renal aguda, icterícia e/ou aumento de bilirrubinas e fenômeno hemorrágico. 39 N ot ifi ca çã o In di vi du al Unidade de Saúde (ou outra fonte notificadora) Nome do Paciente Tipo de Notificação Município de Notificação Data dos Primeiros Sintomas | | | | | 1 5 6 8 | | 7 Data de Nascimento | | | | | 9 | | 2 - Individual D ad os G er ai s Nome da mãe16 11 M - Masculino F - Feminino I - Ignorado | | Número do Cartão SUS | | | | | | | | | | | | | | | 15 1-1ºTrimestre 2-2ºTrimestre 3-3ºTrimestre10 (ou) Idade Sexo 4- Idade gestacional Ignorada 5-Não 6- Não se aplica 9-Ignorado Raça/Cor13Gestante12 14 Escolaridade 1 - Hora 2 - Dia 3 - Mês 4 - Ano 0-Analfabeto 1-1ª a 4ª série incompleta do EF (antigo primário ou 1º grau) 2-4ª série completa do EF (antigo primário ou 1º grau) 3-5ª à 8ª série incompleta do EF (antigo ginásio ou 1º grau) 4-Ensino fundamental completo (antigo ginásio ou 1º grau) 5-Ensino médio incompleto (antigo colegial ou 2º grau ) 6-Ensino médio completo (antigo colegialou 2º grau ) 7-Educação superior incompleta 8-Educação superior completa 9-Ignorado 10- Não se aplica | UF4 | | | | | | Código Data da NotificaçãoAgravo/doença | | | | | 32 | | Código (CID10) LEPTOSPIROSE A 2 7. 9 | | | | | | Código 1-Branca 2-Preta 3-Amarela 4-Parda 5-Indígena 9- Ignorado | | | | | Código (IBGE) | | | | | Código (IBGE) Sinan NET SVS 02/02/2007 D ad os d e R es id ên ci a CEP Bairro Complemento (apto., casa, ...) | | | | - | | Ponto de Referência País (se residente fora do Brasil) 23 26 20 28 30Zona29 22 Número 1 - Urbana 2 - Rural 3 - Periurbana 9 - Ignorado (DDD) Telefone 27 Município de Residência | UF17 Distrito19 Geo campo 124 Geo campo 225 | | | | | Código (IBGE) Logradouro (rua, avenida,...) Município de Residência18 | | | | | Código (IBGE) 2121 | | | | || | | | | Código https://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Leptospirose/Ficha_Leptospirose.pdf https://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Leptospirose/Ficha_Leptospirose.pdf Medidas De Prevenção E Controle A prevenção da Leptospirose é direcionada para o controle de reservatórios, direcionamento para o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) durante o trabalho e promoção da saúde destacando as condições higiênico-sanitárias na comunidade. É importante que a equipe da vigilância oriente os suspeitos de leptospirose, seus vizinho, parentes e contatos próximos em relação a medidas de prevenção: Em casos de desastres naturais não nadar, ingerir ou tomar banho em água oriundas de locais que possam ter entrado em contato com urina de animais; •Realizar curativo oclusivo simples e impermeáveis em lesões de pele , devido ao risco de ser por de entrada para a bactéria; •Usar sapatos fechados; •Prevenir a instalação de roedores (antirratização e desrratização frequentes), bem como o descarte adequado do lixo; •Lavar recipientes de água e alimentação dos pets; •Caso apresente sintomas característicos da doença, é importante buscar atendimento médico. Referência Ministério da Saúde https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leptospirose#:~:text=A%20leptospirose %20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,contaminada%20ou%20por%20meio%20de https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leptospirose#:~:text=A%20leptospirose%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,contaminada%20ou%20por%20meio%20de https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leptospirose#:~:text=A%20leptospirose%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,contaminada%20ou%20por%20meio%20de https://www.gov.br/saude/pt-br Leptospirose