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Sistema Nervoso Límbico 
Na face medial de cada hemisfério cerebral, observa-se um anel cortical 
constituído pelo giro do cíngulo, giro-hipocampal e hipocampo. Papez, 
posteriormente publicou um trabalho famoso, no qual propunha um mecanismo 
para explicar as emoções. Esse mecanismo envolveria as estruturas do lobo 
límbico, núcleos do hipotálamo e tálamo todas unidas por um circuito conhecido 
como Circuito de Papez. Mais tarde seriam integradas a amígdala e a área septal. 
O circuito de papez, com exceção da parte anterior do giro do cíngulo, está 
relacionado com a memória e não com as emoções. O centro do sistema límbico 
não é mais o hipocampo, e sim a amígdala. 
Formação hipocampal → fórnice → corpos mamilares → trato mamilotalâmico → 
núcleo talâmico anterior → cíngulo → córtex entorrinal → formação hipocampal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amígdala 
Também chamado de corpo amigdalóide, por conda de seu formado é 
chamado de amígdala que em grego significa amêndoa. É o componente mais 
importante do sistema nervoso límbico. 
Apesar de seu tamanho possui 13 núcleos que se dispõem em três grupos 
principais sendo eles: 
• Corticomedial: Recebe conexões olfatórias e está envolvido com os 
comportamentos sexuais. 
• Basolateral: Recebe a maior parte das conexões aferentes da amigdala 
• Central: Dá origem às conexões eferentes 
As conexões eferentes, distribuem-se em duas vias: 
• Amigdalofugal dorsal: projeta-se para os núcleos septais, núcleo 
Accumbens, núcleos hipotalâmicos e núcleos da habénula. 
• Amigdalofugal ventral: Áreas corticais talâmicas e hipotalâmicas de 
origem das fibras aferentes. 
Do ponto de vista neuroquímico a amígdala tem grande diversidade de 
neurotransmissores como: Acetilcolina GABA, serotonina, noradrenalina, 
substância P e encefalinas. Sua complexidade estrutural e neuroquímica está de 
acordo com a complexidade de suas funções, sendo a principal responsável pelo 
processamento das emoções e desencadeadora do comportamento emocional. 
 
Funções 
Estimulações do núcleo do grupo baso lateral: Causam reações de medo e fuga 
Estimulações do núcleo do grupo Corticomedial: Reação defensiva e agressiva 
 
A amígdala contém a maior concentração de receptores para hormônios sexuais do 
sistema nervoso central. E também está associada ao reconhecimento de faces 
 
 
 
 
Pacientes com lesões bilateraisda amígdala não sentem medo, mesmo em 
situações de perigo óbvio. 
Síndrome de emergência de Cannon 
1. A informação visual do perigo é levada ao tálamo (Corpo geniculado lateral) 
e daí para as áreas visuais primárias e secundárias. 
2. A partir desse ponto ela segue por dois caminhos: 
- Direta: A informação é levada e processada na amígdala basolateral, passa a 
amígdala central que dispara o alarme, a cargo do sistema simpático. 
- Indireta: Passa ao córtex pré-frontal e depois a amígdala, sendo mais lenta mas 
permitindo a análise das informações recebidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cortex Cíngular Anterior 
A parte anterior do giro do cíngulo relaciona-se com processamento das 
emoções sendo principalmente a de tristeza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cortex Insular Anterior 
Característicos das áreas de associação. Suas funções estão relacionadas 
com empatia, cognição social. A perda da empatia é perdida em lesões da insula e 
pode estar na base de muitas psicopatias. A área da insula anterior também está 
associada a sensação de nojo por estar envolvida no processamento olfatório e 
gustativo. Também é ativada pela visão de pessoas com nojo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Córtex pré-frontal orbitofrontal 
Circuito envolvido no processamento das emoções, na supressão de 
comportamentos socialmente indesejáveis e manutenção da atenção. Suas 
lesões ocorrem nas lobotomias pré-frontais, ocasionando no tamponamento 
psíquico, ou seja, o paciente deixa de reagir à situações que normalmente 
resultam em alegria ou tristeza. 
 
 
 
 
 
Hipotálamo 
No contexto do sistema nervoso límbico é evidente a função a regulação dos 
processos emocionais. Lesões em áreas do hipotálamo ou estimulações elétricas 
determinam respostas de raiva e medo (A retirada do núcleo ventromedial 
hipotalâmico). As áreas específicas do hipotálamo ventromedial são necessárias 
para gerar estados emocionais defensivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Junto da amígdala a principal parte do sistema límbico é o hipotálamo, com 
suas estruturas relacionadas, além de funções de controle comportamental, essas 
áreas controlam funções internas vegetativas (temperatura, osmolaridade e 
impulsos para comer e beber). E também funções comportamentais associados ao 
sistema límbico como por exemplo: 
1. Estimulação do hipotálamo lateral leva o animal à ira e brigas 
2. Estimulação do núcleo ventromedial leva a sensação de saciedade, 
diminuição da alimentação e tranquilidade. 
3. Núcleos paraventriculares: Reações de medo e punição 
Área Septal 
Situada abaixo do rosto do corpo caloso. Compreende grupos de neurônios 
conhecidos como núcleos septais possui conexões extremamente amplas e 
complexas, com projeções para várias outras regiões límbicas por meio do feixe 
prosencéfalico medial. Faz parte do sistema mesolímbico ou, o sistema de 
recompensa do cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Núcleo Accumbens 
Situado entre a cabeça do núcleo caudado e o putame. O núcleo Accumbens 
faz parte do corpo estriado ventral. Recebe aferências dopaminérgicas sendo o 
mais importante componente do sistema mesolímbico que é o sistema de 
recompensa ou do prazer do cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habênula 
É situada no trígono da habenulas no epitálamo, acima da glândula pineal, 
constituída pelos núcleos habenulares medial e lateral. O núcleo lateral da 
habénula possui ação inibitória no sistema mesolímbico. Participando da 
regulação dos níveis de dopamina nos neurônios do sistema mesolímbico. 
Experiências com macacos são condicionados a apertar um botão e conseguir 
comida resultam na ativação do mesolímbico, quando a recompensa não vem a 
habénula é ativada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de recompensa do encéfalo 
O sistema de recompensa premia com a sensação de prazer os 
comportamentos importantes para a sobrevivência, mas é também ativado por 
situações cotidianas que causam alegria, como quando rimos de uma piada, 
vencemos algum desafio, conquistamos uma vitória. 
O prazer sentido após uso de drogas resulta da estimulação do sistema 
dopaminérgico mesolímbico, em especial do núcleo Accumbens. A dependência 
ocorre pela estimulação exagerada, o que resulta em gradual diminuição da 
estimulação da sensibilidade dos receptores e redução de seu número 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A estimulação elétrica de certas áreas límbicas agrada ou satisfaz o animal, 
enquanto a estimulação de outras causa terror, dor, medo, defesa. Por 
experimentos foram identificados que os principais centros de recompensas foram 
encontratos ao longo do fascículo prosencefálico medial. Especialmente nos 
núcleos lateral e ventromedial do hipotálamo. 
É interessante que o núcleo lateral esteja incluído entre as áreas de 
recompensa pois estímulos fortes nessa área podem causar ira, no entanto 
estímulos mais fracos podem causar a sensação de recompensa e o mais fortes de 
punição. 
 
 
 
 
 
Hipocampo 
O hipocampo, através do córtex entorrinal recebe aferência de grande número 
de áreas neocorticais e através do fórnix projeta-se aos corpos mamilares do 
hipotálamo. Recebe também fibras da amígdala que reforçam a memória de 
eventos associados a situações emocionais. 
O grau de consolidação da memória pelo hipocampo é modulado pelas 
aferências que ele recebe da amígdala. Esta consolidação é maior quando a 
informação a ser memorizada está associada a um episódio de grande impacto 
emocional, que pode ser uma emoção positiva, como a vitória de seu time, ou 
negativacomo a morte de um parente. Memórias de longo prazo não são 
memorizadas pelo hipocampo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Função de motivação do cérebro 
Sem a transmissão contínua de sinais nervosos da parte inferior do encéfalo 
para o cérebro, o mesmo se torna inútil. Os sinais nervosos do tronco encefálico 
ativam o cérebro de duas maneiras 
1. Estimulando diretamente um nível basal de atividade neuronal em amplas 
áreas do cérebro 
2. Ativando sistemas neuro-hormonais que liberam neurotransmissores 
específicos. Facilitadores ou inibitórios. 
No tronco encefálico temos um sistema geral para controlar o nível de 
atividade cerebral. O componente motriz desse sistema é uma região excitatória 
chamada de área facilitadora bulboreticular. 
Essa área envia uma profusão de sinais na direção ascendente, onde a 
maioria desses sinais vai ao tálamo, e consequentemente ao córtex. Também 
possui uma área inibitória, que inibe a atuação da área excitatória, para reduzir o 
nível de ativação cortical. Os sinais que passam pelo tálamo são de dois tipos: 
1. Rápido e transitório (Acetilcolina -> durando milissegundos): Produzir 
respostas rápidas, despertar súbito, resposta imediata a estímulos 
sensoriais. 
2. Lento e sustentado (Fibras finas -> duração de segundos a minutos): Vigilia, 
atenção sustentada... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além do controle direto da atividade cerebral pela transmissão de sinais, há 
outro mecanismo fisiológico, que se trata da secreção de neurotransmissores 
hormonais excitatórios ou inibitórios. Esses hormônios em geral, persistem por 
minutos, horas e fornecem portanto longos períodos de controle. Temos sendo eles 
os mais estudados: 
• Sistema Noradrenalina: Tendendo a agir como um hormônio excitatório 
• Sistema Serotonina: Tendendo a agir como um hormônio inibitório 
• Sistema Dopamina: Excitatória em algumas áreas, inibitórias em outras. 
 
O locus ceruleus e o sistema da noradrenalina 
O locus ceruleus é uma pequena área situada bilateralmente e posterior a 
junção da ponte e do mesencéfalo. São responsáveis por secretar noradrenalina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A substância necra e o sistema dopamina 
Situado no mesencéfalo superior, e seus neurônios enviam terminações 
nervosas sobretudo para o núcleo caudado e para o putame, onde secretam 
dopamina. A dopamina atua como um inibidor transmissor inibitório nos núcleos 
da base. (Destruição de neurônios dopaminérgicos estão associados a causa 
básica da doença de Parkinson) 
 
 
 
 
 
Núcleos da rafe e o sistema serotonina 
Muitos dos neurônios desse núcleo secretam serotoninam, algumas de suas 
fibras possuem terminações no diencéfalo e estão associadas a um papel inibitório 
muito importante para ajudar a causar o sono normal.

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