Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Engenharia Elétrica – DELET ENG04453 – Eletricidade – 2015/2 Laboratório Eletricidade - Aula F e G Thainá Fonseca Ourique Turma I Porto Alegre, Setembro de 2015 Página 2 de 7 1. Introdução Neste laboratório tivemos como objetivo analisar 2 circuitos, RC e RL, utilizando dois novos equipamentos (osciloscópio e o gerador de funções). Assim, foi analisado o comportamento das tensões e correntes nos dois circuitos. 2. Explorando o Gerador de Funções e o Osciloscópio Inicialmente para analisar os dois circuitos foi necessário explorar esses dois novos equipamentos, gerador de funções e osciloscópio, já que foi o primeiro contato da turma. Gerador de funções: é um aparelho eletrônico utilizado para gerar sinais elétricos de formas de onda, frequências e amplitude (tensão) diversas. São muito utilizados em laboratórios de eletrônica como fonte de sinal para teste de diversos aparelhos e equipamentos eletrônicos. Osciloscópio: é um instrumento de medida eletrônico que cria um gráfico bidimensional visível de uma ou mais diferenças de potencial. O eixo horizontal do monitor normalmente representa o tempo, tornando o instrumento útil para mostrar sinais periódicos. O eixo vertical comumente mostra a tensão. A representação gráfica gerada por um osciloscópio permite a análise de diversas características de um sinal, como: Amplitude, período, frequência, defasagem entre dois sinais, existência de interferências (ruído) continuadas, perturbações transitórias, etc. O osciloscópio utilizado no laboratório tem dois canais de entrada de sinal elétrico. Cada canal recebe o sinal proveniente do circuito através de ponteiras. Cada ponteira tem o ponto de entrada e o ponto comum, o qual servirá de parâmetro para o cálculo das tensões. 3. Desenvolvimento Foi proposto no laboratório a analise de circuitos RC e RL. Assim, também foi necessário o conhecimento do funcionamento de cada componente. O capacitor é um componente que armazena energia num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio interno de carga elétrica. Ele contem dois eletrodos que armazenam cargas opostas. Estas duas placas são condutoras e são separadas por um isolante (ou dielétrico). A carga é armazenada na superfície das placas, no limite com o dielétrico. A propriedade que estes dispositivos têm de armazenar energia elétrica sob a forma de um campo eletrostático é chamada de capacitância (C) e é medida pelo quociente da quantidade de carga (Q) armazenada pela diferença de potencial ou tensão (V) que existe entre as placas. A unidade de medida da capacitância é o farad (F). Já o indutor também conhecido como solenoide ou bobina, é um componente elétrico capaz de armazenar energia em um campo magnético gerado pela corrente que o circula. Essa capacidade é chamada de indutância e é medida em Henrys (H). Ou seja, indutância é um parâmetro dos circuitos lineares que relaciona a tensão induzida por um campo magnético variável à corrente responsável pelo campo. O indutor se opõe a variações instantâneas da corrente que flui através dele, a fim de manter o seu campo magnético constante. Assim, foi proposto fazer a medição da diferença de fase entre tensão e corrente em um circuito RL e em um circuito RC. Para isso, usamos um circuito RL, um circuito RC, um gerador de funções, um osciloscópio. Página 3 de 7 Figura 1- Montagem dos circuitos analisados RC e RL. 3.1) Circuito RC O comportamento do circuito RC durante a carga e descarga é mostrada por meio daonda quadrática abaixo, para uma frequência de 100Hz. É possível perceber que o carrgamento do capacitor não é instantâneo, assim como a descarga. Na imagem mostra momentos onde a chave é ligada e desligada. Figura 2 – Comportamento onda quadratica do circuito RC Página 4 de 7 Para calcularmos a defasagem existente entre a tensão e a corrente, foi necessário modificar para onda senoidal. Então conectando o multiteste e o osciloscópio no circuito, foi possível verificar o comportamento dos sinais e medir a defasagem entre eles. Na tela pudemos ver que corrente no circuito RC, para mesma frequência de 100Hz, aparece adiantada em relação à tensão (figura 3) e então, calcular que a defasagem entre a corrente e tensão é de aproximadamente 57,6º. Figura 3 – Comportamento corrente(canal 2 – em amarelo) e tensão de um circuito RC. Nota- se que a corrente esta adiantada em relação a tensão. 3.2) Circuito RL Para o circuito RL foram feitas duas analises em diferentes frequências, uma com 4kHz e outra com 1kHz. Assim, foi possível verificar diferentes comportamentos do circuito. Da mesma forma que anteriormente, foi analisado o comportamento da tensão e da corrente no circuito RL e a defasagem entre eles. No caso para o circuito com indutor, a corrente(canal 2 em amarelo) está atrasada em relação a tensão, como podem ser vistas nas figuras 4 e 5 abaixo. Para a frequência de 1kHz(figura 4), pode-se perceber que os dois sinais estão bem próximos, comprovando pela defasagem calculada que foi de 18º. Já para a frequencia de 4kHz(figura 5) foi calculada uma defasagem de 50,4º. Página 5 de 7 Figura 4 - Comportamento circuito RL: corrente e tensão com frequencia 1kHz Figura 5 - Comportamento circuito RL: corrente e tensão com frequencia 4kHz Os cálculos de defasagem foram feitos a olho nu, podendo conter erros acumulados. Foi feito simplesmente uma regra de três, onde a medida de defasagem foi feita contando o numero de quadrados num período que corresponde a 360º, assim olhando a diferença nos quadrados dois sinais é possível calcular a defasagem. Por exemplo, a figura 5 mostra o circuito RL com frequência de 4kHz, 1 período corresponde a 5 quadrados e 0,7 quadrados corresponde a defasagem, assim calcula-se a defasagem como 50,4º. 4. Conclusões Em um circuito puramente resistivo, tensão e corrente estão em fase. Entretanto, quando inserimos um indutor ou um capacitor no circuito, constatamos atrasos ou adiantamentos da corrente em relação à tensão. Geralmente, um indutor atrasa a corrente e um Página 6 de 7 capacitor adianta a corrente. A ocorrência dessas diferenças de fase está relacionada com as reatâncias desses elementos. Neste laboratório foi possível observar tais características em circuitos RL e RC, assim como calcular as diferenças de fase a partir de métodos gráficos pelo osciloscópio. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Questões LAB F e G LAB F 1. A que está associado a frequência de oscilação de circuitos LC? A oscilação do circuito RC é descrito como a variação do armazenamento de energia em forma de campo elétrico pelo capacitor e do campo magnético pelo indutor. A frequência com que essa transição acontece é frequência e ressonância que é : F= 1/ (2π(LC)^0,5), sendo L, indutância e C capacitância. 2. E o fator de amortecimento de circuitos RL/RC/RLC? Para capacitores e indutores ideais não existe dissipação de energia, só carga e descarga pelas perdas, a função do elemento dissipativo fica para o resistor. Depois de um tempo que o RLC recebe um sinal a energia do sistema é dissipada até atingir zero em tempo muito grande. 3. É possível traçar-se um paralelo deste tipo circuito com sistemas massa-mola? A que resultado sechega? O sistema massa mola também pode ser descrito como uma onda que se o atrito é considerado no problema, vai diminuindo gradativamente com o tempo até atingr zero um tempo muito grande. Quando isso acontecer, toda energia dos sistema em forma de potencial e cinética foi dissipada em forma de energia térmica e som. A frequência dos sistema massa mola é : f= (1/(2π))*((k/m)^0,5), onde k constante elástica e m massa do sistema 4. Quantos conectores de “sinal terra” possui um osciloscópio? Apenas um sinal terra. 5. É possível conectar-se as duas ponteiras do osciloscópio (4 conectores no total) a 4 pontos distintos? Porque? Cada ponteira possui um terra, portanto apenas 3 pontos, 1 o terra e outros dois pontos. LAB G 1. Reproduza as curvas visualizadas no osciloscópio nos itens 1, 2 e 3, indicando: Frequência do sinal excitador, amplitude do sinal de entrada e saída, e diferença de fase entre os sinais de entrada e saída (tanto em ms como em “graus elétricos”) em cada caso. Mostrado na parte 3 do trabalho, no desenvolvimento. 2. Descreva, sucintamente, como é feita a medida de um sinal elétrico com o uso do osciloscópio. É feita pela deflexão de um feixe eletrônico que incide na tela marcando a grandeza em função do tempo instantaneamente. Página 7 de 7 3. Do sinal que aparece na tela do osciloscópio qual o parâmetro que é medido no eixo X? Qual o parâmetro que é medido no eixo Y? Unidade em x temos o tempo e em Y a amplitude da onda que pode representar tensão ou corrente por exemplo. 4. Porque, na medida usando dois canais, é necessário conectar apenas o terminal-terra de uma das ponteiras? No circuito temos apenas um terra, então necessita conectar apenas um terminal. 5. No circuito resistivo, qual a defasagem observada entre os sinais de tensão e corrente monitorados no osciloscópio? Explique porque ocorre este comportamento. Não existe defasagem no circuito puramente resistivo pois não há componente reativa. 6. No circuito com o indutor, qual a defasagem observada no osciloscópio entre os sinais de tensão e corrente monitorados no osciloscópio? Explique porque ocorre este comportamento. O circuito indutivo temos a corrente atrasada em relação a tensão de 50,4º para a frequencia de 4kHz(figura 5). Essa relação ocorre devido a reatância positiva do indutor. 7. No circuito com o capacitor, qual a defasagem observada no osciloscópio entre os sinais de tensão e corrente monitorados no osciloscópio? Explique porque ocorre este comportamento. Com frequência de 100Hz, a corrente aparece adiantada em relação à tensão (figura 3) de aproximadamente 57,6º. Ocorre devido a reatância negativa do capacitor.
Compartilhar