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MATÉRIA N3 Restrição ao direito de propriedade SLIDE 163 1. Fundamento das limitações 2. Natureza das restrições ao domínio 3. Restrições de caráter particular FOCO da matéria é com relação ao direito de vizinhança (Arts. 1277 a 1313 CC) 4. Restrições à propriedade em virtude de interesse social 5. Limitações ao domínio baseadas no interesse privado Dos direitos de vizinhança conceito, espécies, quanto a intensidade do exercício (uso normal ou anormal da propriedade) Direito de vizinhança Conceito limitações impostas por normas jurídicas a propriedades individuais, com o escopo de conciliar interesses de proprietários vizinhos, reduzindo os poderes inerentes ao domínio e de modo a regular a convivência social. Espécies Quanto a intensidade Arts. 1277 a 1281 regula o uso ANORMAL da propriedade; Similares às servidões Arts. 182 a 1296 questões sobre árvores limítrofes, passagem forçada, passagem de cabos e tubulações de águas; Oriundas das relações de contiguidade entre 2 imóveis Art. 1297 a 1313 limites entre prédios, direito de tapagem e direito de construir. Restrições ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício: uso normal e o uso anormal da propriedade Atos emulativos/abuso de direito prejuízos houver no exercício anormal de um direito, ultrapassando os limites impostos à zona de garantia de cada um. Art. 1.277: proprietário ou o possuidor de um prédio tem direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha". Dificuldade de estabelecer a linha divisória (Art. 186 e 188) do uso regular ou irregular do bem. Fatores a se considerar: 1. grau de tolerabilidade 2. localização do prédio 3. natureza da utilização/incômodo 4. pré-ocupação quem chegou primeiroAção de dano infecto Art. 1280 Limitação legal à propriedade similar as servidões Árvores limítrofes cria condomínio necessário Art. 1282 presunção juris tantum *Prazo para reclamação 10 anos Colheita de frutos Art. 1284 Os pendentes pertencem ao dono da árvore Os que caírem em VIA PÚBLICA pertencem ao dono da árvore Os que caírem em PROPRIEDADE PRIVADA pertencem ao dono do solo onde caiu Raízes e Ramos Art. 1283 fato da raíz entrar no meu terreno ja me dá o direito de cortar a raiz, sem aviso ou indenização ao dono da árvore. Essa árvore NÃO é a da divisa dos terrenos, está em terreno alheio. *Tribunais entendem que as concessionárias de energia tem direito de poda livre!! Passagem forçada Art. 1285 caput SLIDE 174 É o direito do proprietário de prédio (rústico ou urbano), que não tem acesso a via pública, nascente ou porto, mediante pagamento de cabal indenização, reclamar do vizinho que lhe deixe passagem, com fixado judicialmente o rumo se não haver acordo. Modo menos oneroso e mais cômodo para ambas as partes. Preciso indenizar o vizinho pela passagem, e tem que ser um rumo que menos o prejudique!!!! Ação de direito de passagem, necessário provar a necessidade da passagem, e o local da passagem (menos gravoso), e ainda o montante da indenização Passagem particular sem se dirigirem a via pública NÃO é servidão!!! São atos de mera tolerância (Art. 1208). direito de passagem forçada funda-se no princípio da solidariedade social nas relações de vizinhança e o fato da sociedade ter função econômicasocial. Recebe proteção possessória (Súmula 415 STF). NÃO tem nada haver com servidão de passagem!!!! Requisitos: 1. imóvel encravado se ache, realmente, sem acesso a via pública, nascente ou porto; (*Enunciado 88 do Conselho da Justiça Federal também é garantido direito nos casos que acesso for insuficiente ou inadequado, consideradas inclusive as necessidades de exploração econômica); 2. Que o prédio esteja naturalmente encravado. seu encravamento, para efeito de passagem forçada, não pode ter sido provocado por um fato imputável, culposamente, ao proprietário encravado 3. Que proprietário do prédio receba indenização cabal (Art. 1285) cálculo deve ser feito com base na desvalorização. *O não-uso por 10 anos pode acarretar a perda (Art. 1389 III) 4. Direito deve ser exercido por um titular legítimo, ou seja, pelo proprietário, usufrutuário ou enfiteuta Art. em caso de alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário deve tolerar a passagem" Art. se antes da alienação havia passagem através de imóvel vizinho, o proprietário deste não está constrangido, depois, a dar uma outra. Cabe ao órgão judicante decidir sobre o direito à passagem, a vista das necessidades e interesses de ambos, procurando adotar modo menos oneroso para quem concede 1.285. É uma restrição legal e NÃO uma servidão!!!!! Extingue-se quando cessarem as circunstâncias que caracterizam o encravamento. Passagem de cabos e tubulações Art. 1286 Mediante indenização proprietário é obrigado a tolerar a passagem por seu imóvel, de cabos aéreos de energia elétrica, de telefonia ou de processamento de dados ou tubulações subterrâneas de água, gás e esgoto e outros condutos subterrâneos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa. quantum indenizatório é proporcional à desvalorização do imóvel ou ao prejuízo sofrido pela limitação do jus fruendi.proprietário pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso e é possível remoção e obras de segurança Art. 1287. Trata-se de servidões legais administrativas, são ônus reais de uso, impostos pela Administração Pública com escopo de obras e serviços públicos. Posso modificar a localização dos cabos e tubulações, desde que eu arque com os custos. Das águas Arts. 1288 a 1296 CC e Código de Águas (Decreto 24.643/34) Por relevância social o proprietário é obrigado a tolerar a passagem através de seu imóvel, de cabos aéreos de energia elétrica, de telefonia ou de processamento de dados, tubulações subterrâneas de água, gás e esgoto e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública. Regime de águas legalmente estabelecido: conjunto de normas para regular das relações entre vizinhos, referentes às águas nascentes e pluviais, que, com a finalidade de harmonizar interesses e contendas, criam direitos e obrigações recíprocas. prédio inferior tem dever de receber as águas que correm naturalmente do superior Art. 1288 CC e Art. 69 do Código de águas. Águas que caem NORMALMENTE (pluviais chuva, nascentes...) não podem ser bloqueadas, eu tenho que dar passagem. Art. 1289 se a minha casa for no alto posso pedir que o meu esgoto passe pelo meu vizinho, desde que eu indenize e faça a obras por meu custo. Servidão legal de escoamento Art. 92 Código de águas Fatores: conformação do solo + lei da gravidade São EXCLUÍDAS as águas extraídas de poços, piscinas ou reservatórios, as oriundas de fábricas ou usinas, as elevadas artificialmente e as que caem dos tetos o prédio inferior, está proibido de realizar obras que dificultem o fluxo das águas. Nem o dono do prédio superior pode efetuar obras que agravam a condição do prédio inferior Art 1.288.proprietário tem direito de explorar sua propriedade, direito de construir barragens, tanques, hidroelétricas, açudes, ou outras obras para represamento de águas pluviais ou as de nascentes em seu prédio; podendo utilizá-las para atividade de piscicultura, recreativa ou para irrigação de lavoura. Tem a obrigação de contê-las, pois se as águas represadas invadirem prédio alheio causando prejuízo e vantagem, será o seu proprietário indenizado pelo dano sofrido, deduzido valor do benefício obtido, para que não haja enriquecimento indevido. Art. 92 e § ú do Código de Águas, "mediante indenização, os donos dos prédios inferiores, de acordo com as normas da servidão legal de escoamento, são obrigados a receber as águas das nascentes artificiais". Proibida está a poluição aquática; se ela se der, o poluidor deverá recuperar as águas poluídas, sob pena de pagar uma indenização pelos prejuízos causados aos possuidores dos imóveis inferiores. (Art. 1291 e enunciado 244) dono de nascente, ou do solo onde caírem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu consumo, não pode impedir curso natural das águas remanescentes, pelos prédios inferiores, e muito menos desviar-lhe o curso Art. 1290 CC e Código de Aguas 90 e 94. Direitos dos proprietários: a)- dono do prédio superior de facilitar o escoamento das águas, mediante abertura de sulcos e drenos. b)- o prédio inferior de facilitar escoamento natural das águas com a abertura de canais e valeta; c)- o de captar as águas de que se serve; d)- prédio superior de utilizar-se livremente das águas de fonte não captada para satisfazer suas necessidades; e)- prédio inferior sobre as sobras de fonte não captada do prédio superior; f)- o de captar águas de fonte; g)- utilizar-se das águas pluviais; h)- aproveitar águas de rios públicos; i)- canalizar, através de prédios alheios, as águas a que tenha direito; j)- captar águas dos rios que banhem ou atravessem seu terreno; k)- alterar álveo da corrente que atravessa seu imóvel, desde que mantenha o mesmo ponto de saída para o prédio inferior. Deveres: a)- prédio inferior de receber as águas que correm naturalmente do superior, obra da natureza e as águas pluviais; b)- prédio superior de não aumentar o ímpeto das águas, reunindo-as num só curso;c)- prédio inferior de consentir que o proprietário do prédio superior penetre em seu terreno para conservação e limpeza; d)- superior de não impedir curso natural das águas pelos prédios inferiores; e)- permitir, através de seus prédios, o aqueduto; f)- não captar toda a água da corrente que atravessa ou banha seu terreno, para não privar prédio vizinho do que lhe toca; g)- prédio superior de não piorar a situação do prédio inferior, com as obras para facilitar o escoamento das águas. direito ao uso das águas, é pelo e pelo Código das águas IMPRESCRITÍVEL!!!! Direito de usurpação de desviar ou represar as águas alheias CP 161 I, detenção de 6 meses e multa Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis SLIDE 185 Dos limites entre dois prédios Art. 1297 Conferem direitos recíprocos aos proprietários dos prédios contíguos Os marcos os cercas garantem a paz Ação demarcatória (Art. 575 CPC) podendo ser simples (demarcação de limites, apenas fixando o marco divisório) ou sofisticada (demarcação de limites + reintegração do pedaço que está sendo ocupado pelo meu vizinho) obrigação de fazer a divisa e fazer muro entre dois prédios. Art. 1297 e parágrafos proprietário pode constranger/obrigar seu confinante a fazer a demarcação, renovar marcos destruídos e etc, divididas as respectivas despesas. Art. 89 CPC Art. 575 CPC proprietário em sentido amplo!! *Divisa é condomínio necessário!!!! Construção de tapumes especiais pode ser exigidas de quem provocou a necessidade deles!!!! *Ação demarcatória é imprescritível e irrenunciável Objetivos da demarcatória levantar a linha divisória entre 2 prédios, aviventar rumos apagados e renovar marcos destruídos ou arruinados. Vide Art. 569 CPC Requisitos da ação demarcatória 1. contiguidade de prédios confinantes, se não foram limítrofes tal ação NÃO cabe; 2. necessidade de fixar limites novos ou aviventar os já existentes;3. titularidade do domínio dos prédios vizinhos deve ser de pessoas diversas; 4. sentença que homologa (Art. 587 CPC) se reveste de caráter meramente declaratório. A demarcatória SOFISTICADA/QUALIFICADA é julgada por sentença que faz coisa julgada em relação à propriedade. juiz define a linha divisória com base no procedimento processual (Arts. 574 a 587 CPC) baseado em parecer técnico. *O Art. 573 CPC dispensa a prova pericial se houver georreferenciamento averbado no registro de imóveis. Direito de Tapagem Art. 1297 1. Presume-se que tapumes divisórios entre as propriedades confinantes sejam comuns presunção juris tantum, incumbindo o onus probandi em contrário àquele a quem interessar a meação (Art. 1297 2. cONCEDENDO PROPRIETÁRIO DIREITO DE OBRIGAR SEU VIZINHO A PROCEDER COM ELE À DEMARCAÇÃO ENTRE 2 PRÉDIOS, À AVIVENTAÇÃO DOS RUMOS APAGADOS, MEDIANTE A REPARTIÇÃO PROPORCIONAL ENTRE INTERESSADOS DAS DESPESAS. 3. Tapumes divisórios 4. obrigação de construir tapumes especiais 5. Os tapumes deverão ser cosntruídos de acordo com as dimesnões etabelecidas em posturas municipais 6. a linha 7. 8. *A introdução de animais em imóvel alheio por falta deste tapumes representa crime previsto no Art. 164 CP Direito de Construir Art. 1299 Prerrogativa inerente da propriedade o direito que possui o seu titular de construir em seu terreno. Deverá observar os regulamentos administrativos: 1. Proíbem a construção de casa de taipa, palhoças e mocambos; edifícios de elevados gabaritos; de fábricas ou estabelecimentos comerciais em zonas residenciais 2. impedem a demolição de prédios ou monumentos históricos; 3. exigem que a construção sejam de determinado tipo ou conservem certo recuo lateral ou do alinhamento da rua; 4. impoem o acatamento às regras de higiene, estética e solidez. Ação demolitória Art. 1302 e 1312 para defender-se contra edificações que infringirem normas regulamentares e preceitos de direito civil, prejudicado poderá,dentro do prazo decadencial de 1 ano e dia, após a conclusão da obra, exigir que se desfaça janela, sacado, terraço ou goteira sobre o seu prédio. Nunciação de obra nova que só poderá, por sua vez, ser deferida durante a construção para impedir que na edificação levantada no prédio confiante se abra. Art. 318 Se o lesado não embargar nesse lapso de tempo (ano e dia Art.1031), o infrator adquire a servidão de luz, de modo que o primeiro não poderá erguer construção em seu terreno que vede essa abertura. COMPLETAR COM OS SLIDES Art. 1313 obrigação de tolerar a entrada do vizinho no prédio mediante prévio aviso quando (ação de obrigação de fazer): dele temporariamente usar por razões indispensáveis para limpeza, reforma etc... para buscar animais que entrem la... VIDE ARTIGO TODO!!!! Modos de aquisição e perda da propriedade móvel ESQUEMA SLIDE 197 *Tesouro é algo que tem valor, está escondido, e não se sabe quem é dono *Especificação é tipo uma acessão invertida!!! *Confusão, comistão e adjunção é basicamente a mesma coisa Modos ORIGINÁRIOS de aquisição e perda - não há qualquer ato volitivo de transmissibilidade. Modos DERIVADOS de aquisição e perda - porque só se perfazem com a manifestação de ato de vontade.Ocupação - ORIGINÁRIO - Art. 1263 Modo de aquisição ORIGINÁRIO por excelência de coisa móvel ou semovente, sem dono, por não ter sido ainda apropriada, ou por ter sido abandonada não sendo essa apropriação defesa por lei no Art. 1263 Pode ser: Apropriar-se de coisa sem dono Apropriar-se de coisa abandonada Art. 1275 III Apropriar-se parcialmente de coisa comum Formas: Propriamente dita Art. 1263 tem por objeto seres vivos e coisas inanimadas Caça e pesca Leis especiais (Lei de proteção da fauna e da pesca) a caça pode ocorrer em terras públicas ou particulares, e a pesca em águas públicas ou particulares. São de domínio público todos animais e vegetais que se encontrem em águas dominiais. No tocante as águas particulares há necessidade de licença expressa ou tácita dos proprietários, seja atividade de pesca predatória ou desportiva. Descoberta ORIGINÁRIO Arts. 1233 a 1237 Relativa a coisas perdidas, a descoberta vem ser o achado de coisa móvel perdida pelo proprietário, com a obrigação de restituí-la ao seu dono ou legítimo possuidor Arts. 1170 e 1173 CPC *Se eu não conseguir achar dono, dever é entregar o bem à autoridade policial (Art. 1233 A violação desse art pode enquadrar-se no delito de apropriação indébita Art. 169 §u do CP descobridor NÃO adquire a propriedade do objeto que encontrou. descobridor tem direito a recompensa ("achádego") e indenização pelas despesas em entregar a coisa ao dono Art. 1234 e Processo de venda da coisa é regulado pelo Art. 746 e parágrafos do Venda em hasta pública a autoridade que recebeu objeto vendê-lo-á em hasta pública, e, deduzidas do preço as despesa, mais a recompensa do descobridor, remanescente pertencerá ao Município em cuja circunscrição se deparou objeto perdido Art. 1237.Tesouro ORIGINÁRIO - Arts. 1264 a 1266 É depósito antigo de coisas preciosas, oculto, de cujo dono não haja memória Art. 1264 Podendo justificar o domínio não há tesouro!!!! Requisitos: -Se um depósito de coisas móveis preciosas, feitas por mão humana -Não restar memória de seu proprietário -Estar o culto -Ser seu encontro meramente CASUAL não há de se falar em tesouro se se penetrar em terreno alheio, intencionalmente, para efetuar pesquisas nesse sentido Pertencem ao proprietário do imóvel somente: Achado pelo proprietário em seu próprio imóvel pertence-lhe exclusivamente Encontrado pela pessoa a quem o proprietário do prédio incumbiu de pesquisa e de procurar algum tesouro, pertencerá ao dono do prédio por inteiro Aquele, que sem a autorização do proprietário do terreno, intencionalmente pesquisava Art. 1265. Será dividido: Se for encontrado, casualmente, em prédio alheio, será dividido entre o dono do prédio e que achou Art. parte Várias forem as pessoas que encontrarem, de modo casual, receberá o prêmio aquele que encontrou primeiro. Se o terreno é objeto de usufruto ou locação, ao usufrutuário, ou locatário, nenhum direito assiste em relação ao tesouro casualmente encontrado por outrem; direito à metade desse tesouro compete ao nu-proprietário e ao locador É crime achar tesouro em prédio alheio, apropriando-se de quinhão a que faz jus proprietário do prédio Art. 169 §único CP Usucapião de coisa móvel ORIGINÁRIO Fundamento é o mesmo do usucapião de imóveis, EXCETO no tocante aos prazos, que são mais curtos!!Modalidades: Ordinária quando alguém possuir como sua uma coisa móvel, ininterruptamente e sem oposição durante 3 anos Art. 1260 não basta a mera posse, esta terá que ser contínua e pacífica, exercida com animus domini que tenha por base justo título e boa-fé; Extraordinária posse ininterrupta e pacífica, por 5 anos, sem que haja necessidade de provar justo título e boa-fé, possuidor adquirirá o domínio do bem móvel Art. 1261 e Súmula 445 STF *Pode unir a posse do antecessor como na de imóveis??? EXCEÇÕES Decreto n° 22.468/33 Art. 2° Considera como pertencentes à Fazenda Nacional todos os objetos de valor recolhidos aos cofres dos depósitos públicos e não reclamados dentro do prazo de 5 anos, contados da data do depósito. Lei n° 370/37 Art. 1° dinheiro e objetos de valor depositados em estabelecimentos comerciais e bancários, considerando-os abandonados, quando a conta tiver ficado sem movimento e os objetos não houverem sido reclamados durante 30 anos, contados do depósito. Especificação - DERIVADO Art. 1269 Modo de aquisição de propriedade mediante transformação da coisa móvel em espécie nova, em virtude do trabalho ou da indústria do especificador, desde que impossível de reduzi-la à sua forma primitiva. Art. primeira parte "novidade" deve advir de uma alteração importante, feita pela capacidade criadora do homem, ou seja, de suas atividades artesanais, artísticas ou pelo desenvolvimento de indústrias. É imprescindível que a matéria-prima NÃO pertença ao especificador!!! Art. 1269 se a matéria prima pertencer só em parte ao especificador e NÃO puder voltar à sua forma anterior a propriedade da coisa nova será do especificador. Se a matéria prima pertencer em parte ao especificador, mas pode ser restituída à forma anterior, o dono da matéria prima não perde a propriedade.Art. 1270 e matéria prima for de terceiro e não puder retornar à forma anterior, pertencerá a coisa nova ao especificador de BOA-FÉ; estando de MÁ-FÉ ele perde a coisa em favor do dono da matéria prima. Art. matéria prima de terceiro, pode voltar a forma anterior, coisa nova é do dono da matéria prima. Art. matéria prima de terceiro, pode ou não retornar a forma anterior, estando ou não especificador de boa-fé, caso da mão de obra, exceda preço da matéria prima, a coisa nova é do especificador. Art. 1271 em qualquer um dos casos, a aquisição de propriedade deverá ser acompanhada de indenização a parte prejudicada com o fato. Matéria-prima Retorno a forma anterior Proprietário Parte do especificador Impossível Especificador Parte do especificador Possível Dono da matéria prima Terceiro Impossível Especificador de boa-fé Terceiro Impossível Dono da matéria prima (estando o especificador de má-fé) Terceiro Possível Dono da matéria prima Terceiro Possível/Impossível Preço da mão de obra exceder da matéria prima especificador Confusão, comistão e adjunção Quando coisas pertencentes a pessoas diversas se mesclarem de tal forma q seria impossível separá-las. Confusão mistura entre coisas líquidas (EX: gasolina) Comistão mistura entre coisas sólidas (EX: grãos de café) Justaposição mistura de coisas que torna impossível destacar a acessória da principal sem causar deterioração (EX: peça de roupa com estampa de outrem) Possível a separação SEM deterioração sendo possível também a identificação da coisa de cada proprietário, cada qual permanece com seu domínio Art. 1272.Impossível a separação SEM deterioração constitui-se condomínio forçado, cabendo a cada um dos proprietários quinhão proporcional ao valor do bem 272 Se uma das coisas puder ser considerada principal, o respectivo dono sê- lo-á do totó, indenizando demais proprietários pelo valor das acessórias Art. *Vide Art. 1273 condomínio ou indenização Tradição Entrega da coisa móvel ao adquirente, com a intenção de lhe transferir o domínio, em razão de título translativo de propriedade. contrato por si só, NÃO é apto para transferir domínio!!!! Contém apenas um direito pessoal; só com a tradição é que essa declaração translativa de vontade se transforma em direito real (Arts. 1267 e 1226) Casos de dispensa da tradição: 1. As compras e vendas de títulos de dívida pública da União, dos Estados e dos Município, em que simples contrato transfere ao comprador a propriedade do título (Dec Lei 3545/41); 2. Transferência de ações nominativas de sociedades anônimas LSA; 3. Casamento sob regime de comunhão universal, dá-se independentemente de tradição, em virtude da solenidade inerente a esse ato Arts. 1667 e 1668; 4. Alienação fiduciária há transferência do domínio para o credor independentemente da tradição, porquanto o devedor mantém a posse direta e permanece como depositário da coisa alienada. A tradição envolve imissão do adquirente na posse da coisa mobiliária, não sendo, contudo, proibido o constituto possessório Art. 1267 A tradição só terá o poder de transferir a propriedade da coisa se o tradens (quem faz a tradição) for o proprietário da coisa. Alienação levada a efeito por quem não é dono constitui crime de estelionado!!! Art. 171 CP alienante realize a tradição por meio de um representante, munido com poderes bastantes para isso, pois se estes lhe faltarem, nenhuma consequência jurídica resultará da tradição.Art. 1.267 parágrafo único: valerá como tradição, produzindo os mesmos efeitos desta, a cessão que lhe fizer alienante de seu direito à restituição de coisa que se encontrar na posse de terceiro. Exemplo: A vende a B, seu automóvel, que está emprestado a C; logo em seguida, vem a ceder a seu direito de receber de volta bem. B, então, com tal cessão, tornou-se o novo proprietário, podendo reclamar de C a sua entrega. A tradição também não transfere a propriedade, quando tiver por título um negócio jurídico nulo Art. 1.268 Propriedade resolúvel ou revogável Conceito Excepcionalmente, admite certas situações em que a propriedade de coisa móvel ou imóvel se torna temporária, subordinando-se uma condição resolutiva ou termo final contido no título constitutivo do direito ou originário de causa a este superveniente. Imprescindível é a expressa declaração de vontade nesse sentido!!!!! A resolução pode operar-se em benefício do próprio alienante, de seu sucessor ou de terceiro, pouco importando a pessoa que vai auferir vantagens com ela. Interessa é saber se a propriedade se extingue com implemento do termo ou da condição. Propriedade resolúvel pode advir de um negócio jurídico a título gratuito ou oneroso, inter vivos ou causa mortis, isto porque a sua resolubilidade está subordinada a acontecimento futuro, certo ou incerto. EX: alienação fiduciária do veículo, devedor tem a posse direta do carro e o compromisso de pagar as parcelas, até a quitação da dívida, banco tem propriedade indireta e RESOLÚVEL do bem, essa se resolverá mediante pagamento integral da dívida. Retrovenda Art. 505 cláusula contratual prazo de 3 anos - vendedor do imóvel se reserva direito de recobrar a coisa alienada dentro do prazo, mediante devolução do preço e reembolso de despesas.Venda a contento Art. 509 cláusula contratual condição resolutiva, onde há estipulação de que ficará desfeita a venda, se o bem alienado não for do agrado do adquirente. Alienação fiduciária ex do carro acima Direito de preferência condomínio Art. 504 clá Cláusula de reversão Art. doador doa para o donatário, mas se o doador sobreviver ao donatário, o bem retorna ao doador. Bem sujeito a evento futuro e incerto. Fideicomisso Art. 1951 substituição testamentária herdeiro ou legatário terá o dever de transmitir herança ou legado depois de verificada a condição. EX: deixo bem para um filho meu que ainda não nasceu, esse bem fica com uma pessoa (intermediário) por tempo determinado ou até quando meu filho nascer. quem doa Fiduciário intermediário adquire a propriedade resolúvel mas permanece com usufruto de qlqr forma Fideicomissário destinatário final do bem Efeitos 1. Enquanto o evento não se der, titular desse domínio condicionado poderá exercer todos os seus direitos; 2. A realização desse evento cessa direito do proprietário condicional, passando para aquele cujo benefício se operou a resolução Art. 1359 resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha. A condição ou termo de que fala essa norma são os que constam do próprio título constitutivo da propriedade. A efetivação dessa causa resolutiva já é conhecida de terceiros que, ao adquirirem a propriedade resolúvel ou a receberem como garantia, estão assumindo os riscos de perderem, com o implemento da condição resolutiva ou do termo.Venda a contento Art. 509 cláusula contratual condição resolutiva, onde há estipulação de que ficará desfeita a venda, se o bem alienado não for do agrado do adquirente. Alienação fiduciária ex do carro acima Direito de preferência condomínio Art. 504 clá Cláusula de reversão Art. doador doa para o donatário, mas se o doador sobreviver ao donatário, o bem retorna ao doador. Bem sujeito a evento futuro e incerto. Fideicomisso Art. 1951 substituição testamentária herdeiro ou legatário terá o dever de transmitir herança ou legado depois de verificada a condição. EX: deixo bem para um filho meu que ainda não nasceu, esse bem fica com uma pessoa (intermediário) por tempo determinado ou até quando o meu filho nascer. Fideicomitente/Fiduciante quem doa Fiduciário intermediário adquire a propriedade resolúvel mas permanece com usufruto de qlqr forma Fideicomissário destinatário final do bem Efeitos 1. Enquanto o evento não se der, titular desse domínio condicionado poderá exercer todos seus direitos; 2. A realização desse evento cessa o direito do proprietário condicional, passando para aquele cujo benefício se operou a resolução Art. 1359 resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha. A condição ou termo de que fala essa norma são os que constam do próprio título constitutivo da propriedade. A efetivação dessa causa resolutiva já é conhecida de terceiros que, ao adquirirem a propriedade resolúvel ou a receberem como garantia, estão assumindo os riscos de perderem, com o implemento da condição resolutiva ou do termo.EX: se for comprar um imóvel, e da escritura de compra e venda consta o pacto de retrovenda, de modo que basta um simples exame nesse documento para saber que se trata de propriedade resolúvel. Operação revogação ex tunc no caso do Art. 1359, a condição e o termo resolutivo operam retroativamente, todos os direitos constituídos em sua pendencia são desfeitos. Cabe ação reivindicatória para recuperar o bem do poder de quem detenha ou possua, por tê-lo adquirido de proprietário resolúvel - Art. 1360 A nulidade Direitos reais sobre coisas alheias Conceito direitos reais são direitos subjetivos que recaem sobre objetos materiais ou coisas corpóreas e incorpóreas. Coisa corpórea - objetos que podem ser percebidos pelos sentidos humanos. Coisa incorpórea objetos destituídos dessa aptidão (ex: direito de crédito, direito de uso) Os direitos reais sobre coisas alheias são numerus clausus sendo eles: Enfiteuse Arts. 678 a 694 CC/16 e Arts. 2038 e 2° Servidões prediais - Arts. 1225 II, 1378 a 1389 Usufruto Arts. 1225 IV, 1390 a 1411 Uso Arts. 1225 V, 1412 e 1413 Habitação Arts. 1.225 VI, 1.414 a 1.416. Superfície Arts. 1.225, II, 1.369 a 1.377. Concessão de uso especial para fins de moradia Arts. 1.225 XI. Concessão de direito real de uso Arts. 1.225, XII. Laje Art. 1225 XIII, acrescentado pela MP 759/2016. Legitimação de posse (leis 11.977/2009 art. 59 e PMCMV 13465/2017 art. 25 a 27. ENFITEUSE Direito real sobre coisa alheia que autoriza enfiteuta a exercer, restritiva e perpetuamente sobre a coisa imóvel, TODOS os poderesdo domínio, mediante pagamento ao senhorio de renda anual (laudêmio) - Art. 678 CC/16 Características - a) Requer a presença de 2 pessoas: Senhorio (domínio) e Enfiteuta (possuidor direto); b) Direito real sobre imóveis; c) É perpétuo; d) Obrigação do enfiteuta de pagar o foro. Objeto - Terras não cultivadas (Art. 680 CC/16) Terrenos que se destinam à edificação (Art. 680 CC/16) Terrenos da marinha e acrescidos (Art. 694 CC/16) Constituição Mediante: Registro (Art. 167 Lei 6015/73); Sucessão hereditária (Art. 678 CC/16) Usucapião (Arts. 550 e 551 CC/16) Enfiteuse vs. Usufruto Enfiteuse Usufruto mais extensa pode ser transmitida por herança extingue-se com a morte do usufrutuário Alienável Inalienável - pode ser apenas cedido (gratuita ou onerosamente Art. 1393) Onerosa Gratuito Enfiteuse vs. Locação Enfiteuse Locação Perpétua transitória Direitos do foreiro são extensos Direitos do locatário são mais restritos Bem enfitêutico é alienável Locatário não pode alienar do bem locado, apenas utiliza-lo Direitos do enfiteuta Usufruir do bem aforado; Transmitir a coisa enfitêutica aos herdeiros (Art. 681 CC/16); Alienar a coisa aforada (Art. 683 CC/16) comunicando o senhorio p/ exercer direito de preferência; Adquirir imóvel direito de preferência se senhorio quiser aliena-lo (Art. 684 CC/16); Abandonar bem enfitêutico (Arts. 687 e 691 CC/16);Gravar a coisa aforada; Instituir subenfiteuse (Art. 694 CC/16) VEDADO pelo atual CC Art. 2038 II: Constituir co-enfiteuse (Art. 690 e 2° CC/16); Às benfeitorias necessárias em caso de comisso (Art. 692 CC/16); Ao resgate do foro (Art. 693 CC/16 e Arts. 103 e 122 Decreto- Lei 9760/46); Às ações: possessória, confessória e negatória. Deveres do enfiteuta Não atingir a substancia da coisa com a fruição (Art. 681 CC/16); Não vender ou dar em pagamento o bem sem avisar o senhorio (Art. 683 CC/16) Avisar o senhorio direto quando doar, ou trocar por coisa não fungível bem aforado (Art. 688 CC/16); Eleger cabecel quando houve co-enfiteuse (Art. 690 CC/16); Pagar foro anual (Art. 678 CC/16); Pagar previamente os credores quando abandonar gratuitamente ao senhorio prédio aforado (Art. 691 CC/16); Pagar laudêmio, em caso de alienação ao senhorio ATUALMENTE NÃO TEM MAIS ESSE DEVER!! Pagar as importâncias previstas no Art. 693 CC/16 para exercer resgate; Pagar os impostos e ônus reais que gravem o imóvel - (Art. 682 CC/16) e contribuições de melhoria (Art. 8° Decreto Lei 195/67). Direitos do senhorio - Exigir a conservação da substância do bem; Às acessões; Ao tesouro; Alienar domínio direto; D. de preferência em alienação do domínio útil (Arts. 683 e 684 CC/16); Consolidar o domínio se o enfiteuta alienar o domínio útil sem notifica-lo (Art. 685 CC/16); Ser citado, em caso de penhora do domínio útil por dívida do foreiro (Art. 689 CC/16 e 698 CPC); Consentir ou não na divisão, do imóvel aforado (Art. 681 CC/16); Escolher cabecel, se co-enfiteutas não fizerem (Art. 690 CC/16);Receber pensões anuais (Art. 678 CC/16), foro de cada gleba em caso de divisão da enfiteuse (Art. 690 CC/16); Receber laudêmio quando houver transferência de domínio útil (Art. 686 CC/16 e 585 IV CPC) PERDEU ESSE DIREITO - Art. 2038 CC/02, com exceção do caso do Art. 22 I da Lei 9514/97 (alterada pela Lei 11.481/07); Foro por parte do foreiro anterior, quando não tiver sido comunicado da doação, dote e permuta por coisa infungível do prédio aforado, feita por ele (Art. 688 CC/16); Pagamento do resgate (Art. 693 CC/16); Invocar ação real: reivindicatória, confessória, negatória, ação pessoal para cobrar foro e laudêmio, e, ação de comisso. Obrigações do senhorio - Respeitar o domínio útil do foreiro; Notificar o enfiteuta quando alienar o seu domínio; Conceder resgate nos termos do contrato. Extinção da enfiteuse Pela deterioração do prédio aforado (Art. 692 I CC/16); Pelo comisso (CC de 1916, art. 692, II; Dec-lei n. 9.760/46, arts. 101, § 2°, 103, § 1°, 118 e 121); Pelo falecimento do enfiteuta, sem herdeiros (CC de 1916, art. 692, III); Pela confusão; Pela perda da nacionalidade brasileira (Dec n. 3.438/41, art. 18, Pela total destruição do prédio aforado; Pela usucapião; Pela desapropriação. *enfiteuta morre, sem herdeiros, a herança vai pro Estado como herança jacente? não, volta pro senhorio pq o enfiteuta não é proprietário. SERVIDÃO PREDIAL SLIDES USUFRUTO Arts. 1390 a 1411 Conceito é direito real de fruição, decorrente de Lei, contrato, sentença, e usucapião pelo qual alguém retira de coisa alheia, temporariamente frutos e utilidades.Partes - Usufrutuário não proprietário que retira vantagens Nu-proprietário proprietário que não pode retirar proveito Objeto pode ser Coisa móvel infungível e inconsumível Bens móveis corpóreos e incorpóreos (ex: ações LSA - Art. 40) Bem imóvel - edificado ou não. Abrange tds os acessórios. *Registro necessário para validade erga omnes Florestas e recursos minerais *Obs necessária delimitação de extensão do usufruto e dos meios de exploração (código das minas e código florestal). Patrimônio no todo ou em parte Universalidade ou cota parte (EX: herança) Sobre direitos direito de crédito sobre dinheiro aplicado (impróprio) Sobre direito de valores - ações de S/A (Art. 1325 Legado de usufruto - testamento com usufruto das ações de S/A e nu proprietário outro (proteção e dirigismo de herança e patrimônio) *Usufrutuário tem direito a metade do tesouro encontrado por terceiro no bem frutuário e do usufrutuário *Usufrutuário tem direito do valor recebido por indenização de meação de parede, muro, etc Usufruto impróprio/quase usufruto sobre coisa móvel consumível *Usufruto é INTRANSFERÍVEL!!!! Posso ceder em aluguel. exercício do usufruto é inalienável, o direito não!!!!! Características Direito real sobre coisa alheia desde que haja registro (efeito erga omnes) Temporário máximo a vida do usufrutuário (vitalício), se for PJ, prazo máx de 30 anos (Arts. 1410 e 1410 III) Personalíssimo intransmissível e inalienável mas o exercício pode ser cedido oneroso ou gratuito (Art. 1393) desde que com registro para valer contra terceiros (Art. 1399) Impenhorável direito impenhorável mas o exercício do direito é penhorável (*o exercício do usufruto é penhoravel EX: penhora de alugueres de imóveis que tenha usufruto) *Em decorrência de lei é insuscetível de penhora até mesmo exercício.Classificação Quanto a origem Usufruto legal - proveniente de lei. EX: enquanto meus filhos forem menores de idade, eu tenho usufruto do bem do filho. (Arts. 1689 e 1652). Cônjuges tbm tem isso sobre os bens do outro. Convencional ato inter vivos ou mortis causa. Ou por usucapião - 10 anos com justo títulos e 15 anos sem justo título. Alienação quando o proprietário se reserva a nua propriedade e cede usufruto. Retenção cede a nua propriedade e reserva-se usufruto. Quanto ao objeto Próprio bem fungível Impróprio - bem consumível ou fungível (Arts. 1392 e 1395) Quanto a extensão Universal/geral Art. 1405 EX: fundo de comércio Particular - Art. 1390 EX: casa, chácara Pleno retira todas as utilidades Restrito retira algumas utilidades Quanto a duração Temporário - prazo estipulado Vitalício - enquanto usufrutuário viver Simultâneo/conjunto - Art. 1411 quando é concedido a m2 ou mais pessoas o usufruto de uma coisa só. Quando algum dos usufrutuários morre, extingue-se a cota parte. Salvo, se houver cláusula especial - Direito de acrescer (Art. 1946 e §U) Sucessivo NÃO É MAIS PERMITIDO - Art. 1410 Modos constitutivos por lei- Arts. 1689 e 1652 I, com dispensa de registro 1391. ato jurídico inter vivos ou causa mortis. sub-rogação real. usucapião requisitos dos Arts. 1238 e 1242. Sentença de execução - Arts. 867 a 869 CPC. Direitos do usufrutuário Usar retirar temporariamente frutos e rendimentos de coisa alheia Art. 1394 Posse direta com defesa por ações possessórias Emprestar ou alugarPerde frutos naturais pendentes ao término do usufruto, são do nu- proprietário Ganha os frutos naturais pendentes no início do usufruto Frutos civis vencidos no início do usufruto são do nu-proprietário Cria de animal usufrutuário é dono dos animais nascidos dos dados em usufruto durante a vigência. *Tbm é obrigado a repor animal morto durante usufruto Administrar a coisa frutuária sem alterar a destinação da coisa, salvo com autorização do nu-proprietário. Deveres do usufrutuário Inventariar a coisa móvel Art. 1400 Caução real ou fidejussória Art. 1400 2°parte como garantia pedida pelo nu-proprietário para bem administrar a coisa se não Gozar da coisa usufrutuária com moderação Zelar e conservar a destinação do imóvel e fazer despesas ordinárias e módicas Evitar o perecimento das servidões ativas e evitar criação de servidões passivas Preservar a destinação econômica Art. 1399 Fazer despesas ordinárias Art. 1403 Pagar certas contribuições (Art. 1403 e 1407), taxas, impostos e seguro Sinistro contra deterioração ou perda indenização fica gravada como usufruto impróprio por ser dinheiro (coisa fungível) Se usufrutuário ficar com a indenização e reconstruir o prédio este fica onerado com usufruto no lugar do sinistrado Desapropriação do imóvel usufrutuado o valor da indenização fica gravado com usufruto com devolução ao final do usufruto do capital Devolver a coisa findo usufruto Direitos do Nu-proprietário Exigir a conservação da coisa Exigir a caução ou administrar a coisa Arts. 1400 e 1401 Autorizar a mudança de destinação Art. 1399 Exigir o equivalente se recair no usufruto impróprio Art. Exigir outra coisa similar no usufruto impróprio Art. 1392 Ir contra o segurador para receber a indenização Não estabelecer novamente o usufruto em caso de sinistro se ele, nu-proprietário, reconstruir a coisa sinistrada. *Se usufrutuário reconstruir com a indenização recebida, é obrigado nu proprietário a manter usufruto Pedir extinção se coisa se deteriorar por culpa do usufrutuárioDeveres do Nu-proprietário Não impedir o uso da coisa dada Entregar ao usufrutuário os rendimentos se for o administrador deduzindo as despesas de administração (caso haja caução) Art. 1401 Fazer reparações extraordinárias - Art. 1404 Respeitar o usufruto eventualmente sub-rogado por desapropriação ou pagamento de seguro Art. 1408 Extinção do usufruto Só com o cancelamento do registro por ser direito real. Morte do usufrutuário Art. 1410 Término de 30 anos se o usufrutuário for PJ Art. 1410 Condição resolutiva Destruição total da coisa se não houver seguro, não há sub-rogação Art. 1410 IV Consolidação na mesma pessoa une-se o nu-proprietário e usufrutuário Art. 1410 VI Não uso da coisa e deterioração da coisa por culpa do usufrutuário Art. 1410 VIII Renúncia do usufrutuário apenas em favor do nu-proprietário Resolução do domínio por parte do nu-proprietário DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE Arts. 1369 a 1377 Noção dono do solo é o dono do imóvel, superfície adere ao solo. EX mais famoso: estádio do palmeiras WTorre Legislação Estatuto da Cidade concessão de superfície ligada a bens pertencentes a PJ de D. Público interno (Arts. 21 a 24) Código Civil Arts. 1225, 1369 a 1377 Só sobre IMÓVEL, tem que ser feito por instrumento público e tem que ser registrado na matrícula!!!! Foi criado para substituir a enfiteuse, é direito relacional à PJ de direito privado ou a PF para atender princípio da função social da propriedade, para fins de edificação ou cultivo, por tempo determinado ou indeterminado, oneroso ou gratuito, tendo que ser outorgado por meio de escritura pública, com devido registro.Partes - Superficiário posse direta usa solo alheio Fundiário Posse indireta e proprietário do solo *Posso VENDER minha posição de superficiário!!! Ao contrário do usufruto Modos de aquisição Só pode constituir por negócio jurídico contratual por escritura pública Pode se adquirir a superfície por usucapião se houver defeito na escritura Testamento transmissão do direito de superfície ao herdeiro do superficiário pelo tempo que resta de direito *Somente pode ser feito por escritura pública e registrado na matrícula do imóvel Natureza jurídica direito real de fruição sobre imóvel alheio que não atinge a propriedade do dono do solo. *Só para uso do solo para construção e plantação que são acessões artificiais *O uso é só da SUPERFÍCIE, não posso utilizar subsolo!!!!!! EXCEPCIONALMENTE pode haver concessão especial para uso do subsolo (poço, alicerce, canalização, etc) Concessão onerosa fundieiro sobra do superficiário um percentual em dinheiro a ser pago temporariamente com autorização chamada de Solarium ou Cânom superficial pelo fato de ser substituto da enfiteuse. Findo o direito de superfície recebe o uso do solo + construção ou plantação + pagamento da Canom. Concessão gratuita - SEM pagamento de solarium Fundieiro recebe posse direta de volta ao fim da superfície e a propriedade das acessões artificiais. Responsabilidade por encargos superficiário é o responsável por todos os encargos (EX: IPTU, taxas), pois é ele que frui da propriedade Transferência de superfície Não é personalíssimo!! Se transfere (a herdeiros ou terceiros) por sucessão pelo tempo que restar a concessão da superfície.Direito de preferência comutativo - qualquer das partes que queria vender seu direito real devem dar direito de preferência ao outro, sob pena de perdas e danos ou de aquisição forçada por força legal. *Isenção de ITBI Não há imposto sobre a transmissão de propriedade pq só se transmite o uso ou seja função de propriedade *Usufruto é SEMPRE isento de pagamento, o direito de superfície pode ser gratuito ou oneroso!!!! Extinção Consolidação (espécie de confusão) as figuras do superficiário e do fundieiro fundem-se na mesma pessoa Distrato Advento do prazo Destruição total do imóvel Renúncia do superficiário Mudança de destinação da coisa unilateralmente pelo superficiário Indenização por desapropriação é dividida entre as partes Mau uso do direito de plantar e construir Falecimento do superificário sem herdeiros, conforme *Só se da a extinção do direito de superfície com CANCELAMENTO do registro imobiliário!!! *Ação para receber a posse quando findo o direito é a de ESBULHO *Objetivo principal é o aproveitamento, o fundiário haver de volta para si a posse do terreno e a acessão que foi colocada. HABITAÇÃO Conceito Arts. 1225 VI e 1414 a 1416 é direito real TEMPORÁRIO de ocupar gratuitamente casa alheia, para morada do titular e de sua familia Objeto é o bem imóvel, casa ou apartamento, com a destinação de proporcionar moradia gratuita, podendo ser utilizado para estabelecimento de fundo de comércio ou de indústria. portanto, esse direito deverá ser levado a registro imobiliário. (Art. 167 da lei 6015/73) Características Direito personalíssimo titular desse direito NÃO pode alugar, nem emprestar esse imóvel;Habitação conjunta direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa Exercício comum em habitação conjunta como são iguais direitos, a nenhum será lícito impedir o exercício do outro ou dos outros; Conteúdo do direito real de habitação é HABITAR *a exploração comercial ou industrial do local desconfigura a habitação!!! *é intransferível, e pode ter por prazo máximo a vida do habitador!!!!!! Se qualquer delas, que habite sozinha em casa, não terá de pagar aluguel aos demais, mas não as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la (Art. 1415) Natureza jurídica direito real sobre a propriedade alheia: limitado, personalíssimo, temporário, indivisível, intransmissível e gratuito. *Mesmo diante de compra e venda ou penhora do imóvel, direito de habitação perdura. IMPORTANTE, se a execução ou penhora e andamento não posso dar direito de habitação para outrem, isso vai anular o negócio jurídico por fraude a credores ou fraude a execução!!!! Direito do habitador Morar na casa com sua família, podendo hospedar parentes e amigos, desde que estes não paguem hospedagem; Exigir que dono do imóvel respeite esse seu direito de moradia; Defender sua posse por meio de interditos possessórios, não só contra terceiros mas também contra proprietário do imóvel; Receber indenização pelas benfeitorias necessárias que fizer; Ao cônjuge sobrevivente Habitação legal (Art. 1831): 1. qualquer que seja regime de bens (*cabe p/ união estável tbm); 2. sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança; 3. usufruir do direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja único bem daquela natureza a inventariar Obrigações do habitador Guardar e conservar o prédio; Não alugar nem emprestar o imóvel;Fazer seguro, se o título lhe impuser tal realização, devendo valor segurado ser empregado na reedificação do prédio se este sofrer destruição por caso fortuito ou força maior; Pagar todos tributos que recaírem sobre imóvel; Restituir o prédio ao proprietário ou a seus herdeiros, no estado em que o recebeu, salvo deterioração derivada do uso regular, sob pena de pagar indenização de perdas e danos por todos os prejuízos que, por sua negligência, ocasionou. Modo de extinção Art. 1416 CC *necessário cancelamento do registro por se tratar de direito real Morte do habitador; Condição resolutiva; Destruição total da coisa se não houver seguro, não há sub-rogação; Consolidação: mesma pessoa une-se habitador e proprietário espécie de confusão; Não uso da coisa e deterioração da coisa por culpa do habitador; Renúncia do habitador. DIREITO REAL DE USO DA COISA ALHEIA Arts. 1412 e 1413 CC Quase a mesma coisa que usufruto, só que a aqui, eu posso usar mas de forma LIMITADA ao sustento da minha família. Conceito direito real que, a título gratuito ou oneroso, que autoriza uma pessoa a retirar, temporariamente, de coisa alheia, todas as utilidades para atender às suas próprias necessidades e às de sua família. Noção Art. 1412 usuário usará das coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de suas família" Visão SUBJETIVA das necessidades: necessidades pessoais serão avaliadas conforme a condição social do usuário e o lugar em que ele vive.] SLIDE DIREITO DE LAJE Art. 1225 XIII, 1510-A a 1510-E Lei 13.465/17Conceito direito real de fruição pelo qual alguém poderá edificar unidade na superfície superior ou inferior de uma construção-base pertencente a outrem, desde que haja, obviamente, permissão do proprietário da unidade original construída sobre o solo. Com isso ter-se-á a coexistência de unidades imobiliárias autônomas de titularidade distintas situadas numa mesma área. Condomínio edilício vs direito de laje condomínio tem parte comum e tem uma saída só para rua; a laje não tem parte comum, é autônoma e deve ter saída direta para rua, tem matrículas DISTINTAS. Características a) recai sobre espaço aéreo ou subsolo de terrenos públicos ou privados, tornados em projeção vertical, como unidade imobiliária autônoma, não contemplando as demais áreas edificadas ou não pertencentes ao proprietário da construção-base; b) não atribui fração ideal de terreno ao titular da laje ou a participação proporcional em áreas já edificadas; C) deverá possuir acesso próprio a via pública, sem que esta seja área condominial. Consequências jurídicas em relação ao titular do direito: a) constituição de unidade imobiliária autônoma constituída em matrícula própria, no registro imobiliário; b) poderá o titular dela: usar, gozar e dispor; c) poderá ceder a superfície de sua construção para a instituição de um sucessivo direito real de laje, desde que haja anuencia EXPRESSA dos titulares da construção-base e das demais lajes, respeitadas as posturas edilícias e urbanísticas vigentes; SLIDE Extingue o direito real de laje a ruína da construção-base a) salvo se tal direito foi instituído sobre o subsolo ou se a construção- base não for reconstituída no prazo de 5 anos; b) eventual reparação civil contra culpado pela ruína.Direitos reais de garantia Direitos reais de garantia 1.419 a 1.510 a coisa é dada como garantia: a)- penhor 1.225 VIII, 1.431 a 1.472. b)- anticrese 1.225 X, 1.506 a 1.510. c)- hipoteca 1.225 IX, 1.473 a 1.505. d)- alienação fiduciária em garantia (Lei n. 4.728/65, art. 66, com alterações do Dec. lei n. 911/69, das Leis n. 10.931/2004 e 11.076/2004 e art. 4° da Lei n. 6.071/74); cessão fiduciária de direitos creditórios oriundos de contratos de alienação de imóveis (Lei n. 9.514/97) e propriedade fiduciária 1.361 a 1.368. As garantias pessoais (fiança e aval) não tem as mesmas características das garantias reais As garantias reais prendem no objeto, elas acompanham até nas mutações subjetivas *pgnoratício credor que tem penhor como garantia *pacto comissório não pode credor ficar com o bem dado em garantia, deve excuti-lo levar a leilão Os direitos reais de garantia são aqueles que vinculam DIRETAMENTE ao poder do credor determinada coisa do devedor, ou outrem por ele, assegurando a satisfação de seu crédito em caso de inadimplência OU direito pelo qual o credor garante o pagamento de seu crédito com valor ou renda de coisa alheia que é do devedor ou de outra que lhe ofereça em garantia (Art. 1419) Requisitos Subjetivos Capacidade genérica para atos da vida civil Capacidade de alienar (Art. 1420) Ser proprietário da coisa IMPORTANTE: *Incapazes dependem de assistência e autorização judicial (Arts. 1691 e 1782) *Terceiro pode dar garantia mas SEM necessidade de substituição ou de reforço (Art. 1427) *Os cônjuges só podem dar garantia real com vênia conjugal, SALVO em caso de regime de separação de bens ou partilha de aquestos com cláusula especial (Art. 1647 I) *Ascendente p/ descendente necessita de anuência dos demais descendentes (Art. 496) inventariante só pode dar bens do inventário em garantia com autorização judicial*Mandatário só poderá dar garantia real com poderes específicos *O falido após declaração de falência não pode outorgar bens em garantia *Bem comum somente poderá ser dado em garantia com anuência de todos os donos (Art. 1420 Regras Bem condominial só pode ser dado, em seu todo, em garantia real se todos os condôminos concordarem; Cada um poderá, individualmente, dar em garantia real da sua parte (bem divisível. Sendo vem indivisível, só com anuência de todos Se condomínio de apartamento pode gravar isoladamente, pela lei especial Requisitos objetivos Somente bens alienáveis poderão ser dados em garantia real (Art. 1420 2° parte). Por quem for seu proprietário. *NULAS são as garantias sobre bens gravados com inalienabilidade Bem comum em garantia possui requisitos especiais Bens comente de quem for seu legítimo proprietário ou com boa-fé a aquisição pode ser convalidada a posteriori (Art. parte) Podem recair sobre coisas móveis (penhor), ou imóveis (hipoteca e anticrese). Requisitos formais *Para fins de eficácia, é necessária especialização (pormenorização dos elementos que caracterizam a obrigação, vem como do bem dado em garantia Art. 1424) e publicidade (se da pelo registro e pela tradição). Valor do crédito Prazo Taxa de juros Especificação (móvel - quantidade, qualidade / imóvel - descrição do imóvel e da situação) a falta deste DESCARACTERIZA a garantia!! *IMPORTANTE - não registro do título com a devida especificação e publicidade não anula, mas, transforma-o em uma simples obrigação pessoal, SEM validade erga omnes. Efeitos Separa o bem dado em garantia do patrimônio do devedor, para pagamento prioritário ao credor real *Em caso de insolvência do devedor - credor pignoratício ou hipotecário tem preferência!! (Arts. 1423 e 1430) Vencimento da garantia Vencimento antecipado desvalorização econômica ou deterioração do objeto (Art. 1425 I) (não há reforço obrigatório, só por clausula especial); falência ou insolvência do devedor (Art. 1425 II); falta de pontualidade no pagamento das prestações (execução imediata Art. 1425 III); perecimentodo objeto dado em garantia e não substituído (Se houver seguro ou culpado estes pagarão e produto se sub-rogará Arts. 1425 IV e 1425 I); e desapropriação total do bem dado em garantia (ficam sub-rogados no preço quaisquer ônus que recaiam sobre o bem expropriado) PENHOR Direito real que consiste na tradição de coisa móvel, suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou pelo terceiro ao credor, à fim de garantir o pagamento do débito - Art. 1431 Sujeitos Devedor pignoratício pode ser o devedor da obrigação principal ou terceiro que oferece ônus real Credor pignoratício credor que empresta dinheiro e recebe o bem empenhado no momento da tradição da coisa Características Direito real de garantia Art. 1225 VIII credor que recebe a coisa pode excuti-la em não havendo pagamento. Registro em cartório (Art. 1432) Direito acessório depende da sorte do principal com única exceção o Art. 1433 pelo direito de retenção em razão de benfeitorias ou vícios da coisa empenhada. (Nulidade Art. 184 parte) Depende da tradição contrato só se perfaz com a tradição (não admite tradição simbólica) *EXCEÇÃO feita aos casos de penhor rural, industrial, mercantil e de veículos Art. 1431 §único) Decai sobre coisa móvel - singular ou coletiva, corpórea ou incorpórea e infungível (coisa fungível - penhor irregular) Alienabilidade do objeto Bem deve ser de propriedade do devedor - SALVO domínio superveniente ou garantia dada por terceiro. NÃO admite pacto comissório nulidade Art. 1428 É direito real uno e indivisível amortização não libera parcialmente o bem, salvo disposição expressa em contrato Temporário Modos constitutivos Convenção contrato solene, mediante instrumento público ou particular c/ registo. Independe de consenso do credor hipotecário. Conteúdo mínimo Art. 1424 especificaçãoPor lei para proteção de certos créditos a lei já outorga garantias (hospedeiro e locatário) Extinção SEMPRE por meio de registro Extinção da dívida Perecimento do objeto empenhado possível sub-rogação Renúncia do credor Confusão Adjudicação Resolução da propriedade Nulidade da obrigação principal Prescrição da obrigação principal Escoamento do prazo Reivindicação do bem gravado, julgada procedente Remissão da dívida *EXCEÇÕES - penhor sobre imóvel nos casos de acessões físicas ou intelectuais penhor rural, agrícola, industrial ou de direitos. Hipoteca sobre móveis navios, ferrovias e aeronaves. *Pacto comissório é a clausula em que credor pignoratício, hipotecário, fica com bem se não for pago, se tiver essa cláusula estiver no contrato não vale nada. Só pode ficar com o bem ao final da execução. ANTICRESE Arts. 1506 a 1510 Conceito direito real sobre IMÓVEL alheio, em virtude do qual o credor obtém a posse da coisa a fim de perceber-lhe frutos e imputá-los no pagamento da dívida, juros e capital, sendo porém, permitido que frutos sejam, na sua totalidade, percebidos a conta de juros. Características Direito real de garantia adere ao imóvel + validade erga omnes + direito de retenção (Art. 1509) Partes capazes Não confere preferência ao anticresista ao pagamento de crédito Constituição por mio de: escritura pública e registro em cartório Incide sobre coisa imóvel alienável Requer tradição para fins de recebimento de frutos. Partes podem fixar sobre as formas de amortização do valor devido: frutos e rendimentos imputados no capital e no juros; somente no juros; primeiro no juros e depois no capital; primeiro no capital e depois no juros; somente no capital; que o débito se extinga, paulatinamente, seja qual for a quantidade de frutos Formas de extinçãoPagamento da dívida Término do prazo MAX 15 anos (prescrição liberatória) Perecimento do bem Desapropriação (Art. 1509 Renúncia Excussão do bem por outros credores (Art. 1509) (Art. 685 CPC) Resgate feito pelo adquirente do imóvel gravado (Arts. 1510 CC e 651 CPC) HIPOTECA Conceito direito real de garantia de natureza civil que grava coisa IMÓVEL ou bem que a lei entende por hipotecável, pertence ao devedor ou terceiro, SEM transmissão de posse ao credor, conferindo a este o direito de promover a sua venda judicial, pagando-se preferencialmente, se inadimplente devedor. Requisitos SUBJETIVOS Só pode ser feito por quem pode alienar a coisa Pode ser constituída pelo dono do imóvel diretamente ou por meio de procurador especial é NULO se o mandatário não tiver poderes especiais expressos Menores só podem hipotecar desde que representados e autorizados pelo juiz Casados necessitam de vênia conjugal Ascendente p/ descendente apenas com anuência dos demais herdeiros Falido não pode Regime de Recuperação judicial só é possível com autorização do juiz Espécies de hipoteca Convencional se constitui por meio de um acordo de vontade do credor e do devedor da obrigação principal. Legal a lei confere a certos credores, que por se encontrarem em determinada situação, e pelo fato de que seus bens são confiados à administração alheia devem ter uma proteção especial Judicial a lei empresta a todos julgamento que condena um devedor a executar sua obrigação Efeitos em relação ao DEVEDOR Não pode praticar atos que desvalorizem, deteriorem ou destruam o objeto Não poderá alterar a substancia e destinação do bem onerado Não poderá constituir outro direito real sobre imóvel hipotecado Deverá conservar o imóvel Poderá alienar o bem gravado, transferindo o ônus Proposta a execução, devedor perde direito de alienar e receber frutos, sob pena de se presumir fraude a execução Não perde a posse, logo, tem a seu favor as ações possessórias, até mesmo em face do credormesmo bem pode ser dado em hipoteca mais de uma vez para mesmo credor ou diferentes (*o 2° credor é sub-hipotecário, será preterido em relação ao primeiro, e é considerado quirografário) Pode antecipar o pagamento da dívida Efeitos em relação ao CREDOR Poderá exigir a conservação do bem gravado Não tem propriedade nem posse da coisa Tem direito potencial antes do executivo hipotecário seu direito de execução pressupõe a exigibilidade da dívida Pode pedir reforço da garantia hipotecária A fim de não lesar credor, considera sem efeito a hipoteca celebrada em período de falência Preferencia em qualquer concurso hipotecário Efeitos gerais Hipoteca convencional pode ser estipulada por qualquer prazo, desde que não exceda 30 anos (prazo peremptório) Hipoteca legal perdura indefinidamente, com limite de 20 anos, enquanto se prolongar a situação jurídica Vínculo real, com oposição erga omnes, entre o credor e o imóvel gravado Efeitos com relação a terceiros Erga omnes Lícita alienação de imóvel hipotecado a terceiro gravame segue com imóvel A cessão de créditos pode ser feita sem consentimento do devedor É possível sub-rogação do credor Efeitos em relação ao bem gravado Hipoteca segue o imóvel Em caso de perecimento do bem hipotecado, ônus real desaparece, podendo haver sub-rogação A reconstrução do bem sinistrado pelo segurado ou responsável, credor não poderá exigir preço, mas a hipoteca permanece sem qualquer formalidade A hipoteca estende-se às benfeitorias ou acessões trazidas ao bem gravado Assegura o cumprimento de obrigações acessórias (juros, multa) CONTINUAÇÃO SLIDES. Direito real de Aquisição Art. 1417 e 1418 Noção: contrato obrigação pessoal com eficácia real obrigação híbrida. Partes: a)- Compromitente Vendedor: que é o proprietário que se obriga a vender. b)- Compromissário Comprador: tem direito real de aquisição desde que haja registro do contrato e que se obriga a comprar. Se pagar todas as prestações, pode socorrer-se da ação adjudicação compulsória, se houver negativa da outorga