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Prof. Nathalia Masson 
 Aula 08 
 
1 de 163| www.direcaoconcursos.com.br 
Noções de Direito Constitucional - Soldado – PMDF 
 
 
 
Aula 08 
Noções de Direito Constitucional – 
Organização do Estado 
Soldado – PMDF 
Prof. Nathalia Masson 
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Noções de Direito Constitucional - Soldado – PMDF 
 
Sumário 
SUMÁRIO ............................................................................................................................. 2 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS ......... 3 
(1) RECADO INICIAL .............................................................................................................................................. 3 
(2) FORMAS DE ESTADO ....................................................................................................................................... 3 
(A) INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 3 
(B) FORMAS DE ESTADO ......................................................................................................................................6 
(B.1) ESTADO UNITÁRIO ......................................................................................................................................6 
(B.2) ESTADO FEDERADO .................................................................................................................................... 7 
(B.3) OUTRAS FORMAS DE ESTADO ....................................................................................................................9 
(C) A FEDERAÇÃO BRASILEIRA ......................................................................................................................... 12 
(C.1) INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 12 
(C.2) CAPITAL FEDERAL .................................................................................................................................... 17 
(C.3) TERRITÓRIOS FEDERAIS .......................................................................................................................... 19 
(C.4) FORMAÇÃO DE NOVOS ESTADOS E MUNICÍPIOS ................................................................................... 22 
(C.4.1) FORMAÇÃO DE NOVOS ESTADOS ......................................................................................................... 22 
(C.4.2) FORMAÇÃO DE NOVOS MUNICÍPIOS ................................................................................................... 29 
(C.5) VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS ................................................................................................................ 36 
(C.6) BENS DA UNIÃO ....................................................................................................................................... 42 
(D) REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS ................................................................................ 49 
(D.1) PRIMEIRAS PALAVRAS ............................................................................................................................. 49 
(D.2) COMPETÊNCIAS ESTADUAIS..................................................................................................................... 51 
(D.3) COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS ................................................................................................................... 53 
(D.4) COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL ................................................................................................59 
(D.5) COMPETÊNCIAS DA UNIÃO ...................................................................................................................... 61 
(3) QUESTÕES RESOLVIDAS EM AULA ...............................................................................................................87 
(4) OUTRAS QUESTÕES: PARA TREINAR .......................................................................................................... 122 
(5) RESUMO DIRECIONADO .............................................................................................................................. 155 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 163 
 
 
 
 
Prof. Nathalia Masson 
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Noções de Direito Constitucional - Soldado – PMDF 
 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E REPARTIÇÃO 
CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS 
(1) Recado Inicial 
Olá, estimado aluno! Lembre-se de duas coisas: 
(i) Esta aula foi produzida para o concurso de Soldado da PMDF, banca IADES, sendo datada de junho 
de 2021. Como o conteúdo de Direito Constitucional é o que mais se altera no mundo jurídico (em 
razão das constantes mudanças legislativas e, em especial, das incessantes novas decisões do STF), não 
desperdice seu tempo ou arrisque sua aprovação estudando um material desatualizado. Busque sempre 
a versão oficial da aula no site do nosso curso! 
(ii) Estamos diante de um tema altamente complexo para sua preparação. Estudar a organização do 
Estado envolve conhecer os dispositivos constitucionais que tratam do assunto, os aspectos 
doutrinários e, ainda, as decisões do STF sobre o tema. Repare que seu estudo terá que avançar pelas 
três camadas do Direito Constitucional: leitura da CF/88, investigação da doutrina, análise de decisão 
do STF. Afinal, não bastará, por exemplo, saber que os Municípios legislam sobre assuntos de interesse 
local (como nos informa o art. 30, I, CF/88): você terá que aprender o que a doutrina diz que é assunto 
de direito local (por ex.: coleta do lixo) e o que o STF já decidiu que é assunto de interesse local (por ex.: 
a fixação do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais; súmula vinculante 38). 
Mas avancemos sem medo! Seu edital exigiu o estudo desse assunto: é nosso dever vencê-lo! 
 
(2) Formas de Estado 
(A) Introdução 
Estimado aluno, futuro Soldado da PMDF: saiba que nossa Constituição de 1988, em seu art. 
1°, adotou o princípio federativo como critério ordenador da organização político-administrativa do 
Estado. Veja a redação do dispositivo: “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos (...)” 
Isso nos permite concluir que o poder constituinte originário optou pela descentralização no 
exercício do poder político, o que originou uma ordem jurídica central e outras ordens jurídicas parciais, 
de forma que a primeira abarca todos os indivíduos que se encontrem no território do Estado Nacional, 
e as outras, os sujeitos que se achem na circunscrição dos entes federados. 
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Definir os aspectos e consequências marcantes dessa escolha – examinando o nascimento 
histórico da federação pátria – e delimitar suas características primordiais, são os objetivos dessa nossa 
aula. 
Antes de avançarmos, no entanto, precisamos recordar que a forma de Estado é só uma dentre 
as três importantes escolhas que devem ser feitas para que tenhamos a estruturação adequada do país 
e para estabelecermos as diretrizes essenciais para a organização dos poderes. Precisamos, pois, 
delimitar: 
* a forma de Governo, 
* o sistema de Governo e 
* a forma de Estado. 
Desde agora, lembre-se que a nossa forma de Estado é a Federada (consagrada nos artigos 1° 
e 18 da CF/88), que nossa forma de governo é a republicana (descrita também em nosso art. 1°) e que 
nosso sistema de governo é o presidencialista.de plebiscito em função de 
lei complementar, porém os Estados não podem sofrer transformação no sentido de formar novos Estados 
ou Territórios Federais. 
E) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei municipal. 
Comentário: 
- Letra ‘a’: alternativa falsa. Nos termos do art. 18, § 3º, CF/88, temos: “Os Estados podem incorporar-se entre 
si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar”. 
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- Letra ‘b’: a banca considerou a alternativa falsa, por está incompleta diante da redação do art. 18, CF/88, 
qual seja: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. 
- Letra ‘c’: é nossa resposta, tendo em vista traduzir a literalidade do § 3º do art. 18, CF/88. 
- Letra ‘d’: alternativa falsa, pois a formação de novos estados (e territórios federais) é possível, conforme 
prevê o art. 18, §§ 2º e 3º, CF/88. 
- Letra ‘e’: alternativa falsa, pois a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-
se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal (dependerão, ainda, de 
consulta popular plebiscitária e apresentação de estudo de viabilidade municipal). 
Gabarito: C 
[FUNDATEC - 2014 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2] Com base na Organização 
Político- Administrativa do Estado, é correto afirmar que: 
I. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por Leis ou Decretos 
Estaduais, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão da consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de viabilidade 
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
II. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito ou referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
III. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração a 
qualquer Estado da Federação serão reguladas em lei complementar. 
Quais estão incorretas? 
A) Apenas I. 
B) Apenas II 
C) Apenas III. 
D) Apenas II e III. 
E) I, II e III 
Comentário: 
Todos os itens são falsos, de forma que vamos assinalar a letra ‘e’. Entenda o porquê: 
I - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por leis (e não decretos) 
estaduais. 
II - Nos termos do art. 18, §3º, a consulta deve ser plebiscitária, e não realizada por meio de referendo. 
III - Na eventualidade de um território federal não se desenvolver adequadamente, ele será reintegrado ao 
Estado de origem (e não a qualquer Estado da federação), nos termos do art. 18, §2º da CF/88. 
Gabarito: E 
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[MS CONCURSOS - 2016 - Prefeitura de Itapema - SC - Advogado CREAS/SUAS] A organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos autônomos, nos termos dessa Constituição Federal. Sobre isso, assinale a alternativa 
incorreta: 
A) Brasília é a Capital Federal. 
B) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
C) Os Estados não podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados. 
D) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro 
do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
Comentário: 
Todos os itens são corretos, com exceção do descrito na letra ‘c’, já que Estados podem sim incorporar-se 
entre si, subdividir-se ou anexarem-se a outros para formarem novos Estados. 
Gabarito: C 
 
(C.5) Vedações constitucionais 
Em seu artigo 19, nossa Constituição Federal veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles, ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. 
Os entes federados que integram a República Federativa do Brasil também não podem adotar 
oficialmente uma religião, uma vez que fazem parte de uma federação laica ou não confessional, que 
se caracteriza pela total separação entre Estado e igreja. 
É, igualmente, vedado aos entes federados recusar fé aos documentos públicos, devida a 
presunção de veracidade que estes possuem. 
Ressalta-se, por fim, que os entes da federação não podem criar distinções entre brasileiros ou 
preferências entre si. 
O tema é sempre bastante explorado em prova, como as questões a seguir podem comprovar: 
 
 
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Questões para fixar 
[UERR - 2018 - SETRABES - Contador] Considerando a Organização político-administrativa do Estado, nos 
termos da Constituição Federal, assinale a alternativa incorreta: 
A) É vedado à União estabelecer cultos religiosos. 
B) É vedado à União criar distinções entre estrangeiros ou preferências entre si. 
C) É vedado ao Distrito Federal subvencionar igrejas. 
D) É vedado aos Municípios embaraçar o funcionamento das igrejas. 
E) É vedado aos Estados estabelecer igrejas. 
Comentário: 
Claro que deveremos marcar como correta a letra ‘b’, pois é a única que não apresenta uma das vedações 
constitucionais dispostas no art. 19 
Gabarito: B 
[MPE-GO - 2018 - MPE-GO - Secretário Auxiliar - Goiás - Adaptada] De acordo com a Constituição Federal de 
1988, no tocante à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, julgue a assertiva: 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documentos públicos. 
Comentário: 
Item verdadeiro, conforme determina o art. 19, II da CF/88. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Técnico Judiciário – Área Administrativa - Adaptada] Com referência à organização 
político-administrativa do Estado, julgue a assertiva: 
É permitido à União, mas vedado aos estados, recusar fé aos documentos públicos. 
Comentário: 
Item falso! À União também é vedado (art. 19, II da CF/88). 
Gabarito: Errado 
[PaqTcPB - 2010 - IPSEM - Agente Administrativo] É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, EXCETO: 
A) estabelecer cultos religiosos ou igrejas. 
B) colaborar por intermédio de interesse público com cultos religiosos ou igrejas. 
C) embaraçar o funcionamento de cultos religiosos ou igrejas. 
D) recusar fé aos documentos públicos. 
E) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
Comentário: 
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A letra ‘b’ é a única alternativa que não apresenta uma vedação constitucional disposta no art. 19 da CF/88, 
ao contrário, apresenta uma ressalva do inciso Ido dispositivo legal. 
Gabarito: B 
[FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Tecnologia da Informação] É vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, mas é 
permitido, na forma da lei: 
A) manter com eles ou seus representantes relações de aliança. 
B) subvencioná-los. 
C) embaraçar-lhes o funcionamento. 
D) manter com eles ou seus representantes relações de dependência. 
E) manter com eles ou seus representantes colaboração de interesse público. 
Comentário: 
Letra ‘e’! Por força do que prevê o art. 19, I, será vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público. 
Gabarito: E 
[CESPE - 2012 - ANAC - Analista Administrativo - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 2, 3, 4 e 5] Julgue o 
próximo item, relativos à organização político-administrativa do Estado brasileiro: 
De acordo com a CF, o Brasil é um país laico, sendo vedado aos entes federativos estabelecer cultos 
religiosos e igrejas ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, inclusive 
colaboração de interesse público. 
 Comentário: 
Item falso! Trata-se de uma ressalva prevista no art. 19, I da CF/88. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário - Telecomunicações e Eletricidade - Conhecimentos Básicos] Julgue o 
item seguinte, referente à organização do Estado e ao Poder Judiciário: 
É permitido à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer cultos religiosos e igrejas, 
subvencioná-los e manter com essas entidades religiosas relações de aliança e colaboração, desde que 
respeitada a liberdade de consciência e crença. 
Comentário: 
Claramente um item falso! Já sabemos que é vedado (art. 19, I da CF/88)! 
Gabarito: Errado 
[Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2014 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Agente de Administração] É 
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vedado aos Estados: 
A) instituírem impostos e taxas 
B) estabelecerem cultos religiosos 
C) desmembrarem-se ou fundirem-se 
D) estabelecerem sua autonomia funcional 
Comentário: 
Fácil marcar a alternativa ‘b’ como correta, pois é a única que apresenta uma vedação do art. 19, disposta no 
inciso I. 
Gabarito: B 
[AOCP - 2016 - Prefeitura de Juiz de Fora - MG - Auditor Fiscal] De acordo com a orientação constitucional, é 
correto afirmar que os Municípios: 
A) podem estabelecer cultos religiosos ou igrejas, exceto se for para subvencionar-lhes e participar do 
funcionamento, conformando uma aliança municipal. 
B) não podem estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público. 
C) devem deixar de estabelecer cultos religiosos ou igrejas, desde que organizem seu funcionamento e 
mantenham com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. 
D) devem promover distinções entre os brasileiros, deixando de criar preferências entre eles. 
E) necessitam rechaçar fé aos documentos públicos. 
Comentário: 
A letra ‘b’ dispõe, de forma perfeita, o disposto pelo art. 19, I da CF/88 e, por tal razão, merece ser marcada 
(e, conforme o próprio dispositivo constitucional mencionado, as letras ‘a’ e ‘c’ estarão excluídas). A letra ‘d’ e 
‘e’ apresentam, de forma equivocada, as vedações apresentadas nos incisos III e II, respectivamente. 
Gabarito: B 
[FEC - 2010 - MPA - Agente Administrativo] Pierim é um estudante curioso quanto à Organização do Estado; 
leu o art. nº 19 da constituição vigente e aprendeu que é vedado à União: 
A) não subvencionar cultos religiosos ou igrejas, sejam elas quais forem. 
B) recusar fé aos documentos públicos. 
C) criar relações entre brasileiros. 
D) manter com as igrejas ou seus representantes, relações de independência, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse privado. 
E) não dar preferência aos naturalizados. 
Comentário: 
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A única alternativa que traz, de forma exata, uma vedação do art. 19 é a apresentada pela letra ‘b’! De acordo 
com a redação do inciso II do referido dispositivo constitucional. 
Gabarito: B 
[VUNESP - 2013 - COREN-SP - Advogado] A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da 
Constituição Federal de 1988, sendo-lhes vedado: 
A) recusar fé aos documentos públicos. 
B) tratar os brasileiros igualmente, sem distinções e preferências entre si. 
C) ter símbolos, como bandeira e hino próprios. 
D) utilizar a língua portuguesa como idioma oficial. 
E) possuir competências legislativas, administrativas e tributárias. 
Comentário: 
Mais uma questão que cobra a importância de saber as vedações constitucionais. Aqui, deveremos marcar a 
letra ‘a’, pois a única que apresenta, com exatidão, uma vedação do art. 19! 
Gabarito: A 
[Gestão Concurso - 2018 - EMATER-MG - Assessor Jurídico] O que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, em conjunto ou isoladamente, conforme disposto na Constituição Federal de 1988? 
A) Emitir moeda. 
B) Acusar fé aos documentos públicos. 
C) Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
D) Colaborar conforme o interesse público, na forma da lei, com as igrejas ou cultos religiosos. 
Comentário: 
Veja que aqui o examinador cobrou outra distinção, a do inciso III do art. 19! Sendo assim, a letra ‘c’ deverá 
ser marcada, visto que as demais não apresentam vedação. 
Gabarito: C 
[AOCP - 2018 - FUNPAPA - Auxiliar de Administração] Em relação à Organização do Estado, disciplinada na 
Constituição da República, assinale a alternativa INCORRETA: 
A) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios. 
B) Os Territórios Federais integram a União. 
C) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
D) Brasília é a Capital Federal. 
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E) É permitido que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabeleçam cultos religiosos e 
igrejas, podendo subvencioná-los. 
Comentário: 
A alternativa que deverá ser marcada é a letra ‘e’, pois a única, dentre as demais, que está em desacordo com 
o texto constitucional (art. 19, I da CF/88). 
Gabarito: E 
[FGV - 2019 - TJ MA - Técnico Judiciário - Apoio Técnico Administrativo] Com base no que dispõe a 
Constituição Federal acerca da Organização do Estado, considere as assertivas abaixo: 
I. O Distrito Federal é a capital Federal. 
II. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas por Emenda à Constituição. 
III. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei ordinária. 
IV. A criação de Municípios, far-se-ápor lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
V. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou 
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
(A) I e II. 
(B) III, IV e V. 
(C) I, III e IV. 
(D) IV e V. 
(E) II, III e V. 
Comentário: 
Interessante questão sobre a Organização do nosso Estado! Sabemos que as entidades dotadas de 
autonomia são as seguintes: União, Estados, DF e Municípios. Quanto à Capital Federal da República, ao 
contrário do que o item I afirma, não é o Distrito Federal, e sim Brasília (nos termos do art. 18, § 1º, CF/88). Os 
territórios federais não são entes federados, pois integram a União. Atualmente eles não existem, mas 
podem vir a ser criados por Lei Complementar, conforme determina o art. 18, § 2°, CF/88. Como a espécie 
normativa exigida pela Constituição é uma Lei Complementar (e não uma Emenda Constitucional), o item II é 
falso. No que se refere à formação de novos Estados, sabemos que essa possibilidade existe, estando descrita 
no § 3° do art. 18, CF/88. Consoante este dispositivo, os Estados poderão incorporar-se entre si, subdividir-se 
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
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aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito (e não referendo), e do Congresso 
Nacional, por lei complementar (e não lei ordinária). Diante disso, o item III pode ser considerado falso. Como 
os itens IV e V reproduzem dispositivos da CF/88 (respectivamente o § 4° do art. 18 e o art. 19, I), ambos são 
verdadeiros. 
Considerações feitas, pode assinalar a letra ‘d’ como sendo nossa resposta. 
Gabarito: D 
 
(C.6) Bens da União 
O art. 20, CF/88, indica como bens da União os seguintes: 
(i) os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
(ii) as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, 
das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
(iii) os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de 
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele 
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; 
(iv) as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas 
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas 
áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) 
(v) os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
(vi) o mar territorial; 
(vii) os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
(viii) os potenciais de energia hidráulica; 
(ix) os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
(x) as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
(xi) as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
Trataremos de cada um dos incisos em separado. Já lhe adianto que esse rol não é taxativo, 
sendo exemplificativo. 
(i) São bens da União: os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos. 
* Não há muito interesse prático neste inciso. 
* Claro que os bens que eram da União, quando da promulgação da Constituição de 1988, 
continuaram a pertencer-lhe posteriormente, com exceção, por óbvio, daqueles que ela 
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alienou. Da mesma forma, não há dúvidas de que os bens que lhe sejam atribuídos após 
1988 (ou os que ainda vierem a lhe ser atribuídos no futuro), passaram (ou passarão) a lhe 
pertencer. 
(ii) São bens da União: as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei. 
* Este é um dos incisos do artigo 20 mais cobrados em provas. Atenção! 
* Terras devolutas são as terras públicas que, não estando aplicadas a qualquer uso público 
federal, estadual ou municipal, não se incorporaram ao domínio privado. 
* Terras devolutas não são terras sem dono: são sempre terras públicas. 
* Em regra, as terras devolutas pertencem aos Estados-membros (veja o que diz o art. 26, 
IV: “Incluem-se entre os bens dos Estados as terras devolutas não compreendidas entre as 
da União”). Só são bens da União, portanto, as terras devolutas relacionadas à defesa das 
fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental. 
* A Constituição vinculou as terras devolutas da União a fins específicos: a defesa das 
fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental. 
* As terras devolutas não se confundem com a chamada “faixa de fronteira”, que o § 2° do 
art. 20 fixou em “até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras 
terrestres”. Por certo, as terras devolutas que se situam nessa faixa de fronteira são bens da 
União, pois, conforme preceitua o citado artigo, tal faixa é “fundamental para a defesa do 
território nacional”. Os demais imóveis nela situados, no entanto, não integram o 
patrimônio da União. 
(iii) São bens da União: os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que 
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território 
estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais. 
* As águas em terrenos de domínio da União a esta pertencem. 
* São também da União, os lagos, rios e correntes de água que banhem mais de um Estado, 
sirvam de limite com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele 
provenham. 
* Fora das hipóteses acima citadas, as águas ou pertencem aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios – por se situarem em terrenos de domínio dessas unidades políticas da 
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federação –, ou são privadas. 
* São igualmente da União os terrenos marginais dos rios, lagos e correntes que lhe 
pertencem, assim como as praias fluviais. 
(iv) São bens da União: as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias 
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, 
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 
26, II (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005). 
* Do mesmo modo como os rios que sirvam de limite com outros países são bens da União, 
assim também pertencem à União as ilhas fluviais e lacustres, nas zonas limítrofes com 
outros países. 
* As praias marítimas são, igualmente, bens da União, destinados ao uso comum do povo. 
* No que se refere às ilhas oceânicas e costeiras, elas integram o patrimônio da União, com 
as ressalvas que a Constituição estabelece. Entretanto, no que concerne às ilhas costeiras, 
as que contenham sede de Municípios a estes pertencem (como é o caso, por exemplo, de 
Florianópolis) – porém, as áreasafetadas ao serviço público federal e a unidade ambiental 
federal que existam em ilhas costeiras que sejam sede de Municípios incluem-se no domínio 
da União. 
(v) São bens da União: os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva. 
* Importante destacar, desde já, que os bens da União são, tão somente, os “recursos 
naturais” da plataforma continental e da zona econômica exclusiva, não a plataforma 
continental e da zona econômica exclusiva. Exatamente por isso o STF já decidiu (ADI 2080) 
que não podemos recusar a competência tributária dos Estados-membros e Municípios 
sobre as partes da plataforma continental, do mar territorial e da zona econômica exclusiva 
que sejam projeção dos seus respectivos territórios. 
(vi) São bens da União: o mar territorial. 
* O Brasil define o ‘mar territorial’ de forma harmônica com o padrão internacional, que é 
de 12 milhas marítimas. 
(vii) São bens da União: os terrenos de marinha e seus acrescidos. 
* São terrenos da marinha os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos 
rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés, bem como os que contornam as 
ilhas situadas em zona onde também se faça sentir a influência das marés, em uma 
profundidade de trinta e três metros medidos horizontalmente para a parte da terra, da 
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posição da linha do preamar médio de 1831. A influência das marés é caracterizada pela 
oscilação periódica de cinco centímetros, pelo menos, do nível das águas, que ocorra em 
qualquer época do ano. 
* Por seu turno, são terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou 
artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas em seguimento aos terrenos de 
marinha. 
(viii) São bens da União: os potenciais de energia hidráulica. 
* A CF/88 foi a primeira das constituições brasileiras a incluir os potenciais de energia 
hidráulica entre os bens da União. 
* No art. 21, XII, ‘b’, nossa Constituição ainda estabeleceu ser de competência da União 
explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e 
instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em 
articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos. 
(ix) São bens da União: os recursos minerais, inclusive os do subsolo. 
* Nossa Constituição confere aos recursos minerais, inclusive os do subsolo, tratamento 
assemelhado ao atribuído aos potenciais de energia elétrica, que verificamos no inciso 
anterior. 
* Veja o que indica o art. 176, CF/88: “As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos 
minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, 
para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao 
concessionário a propriedade do produto da lavra. § 1º A pesquisa e a lavra de recursos 
minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente 
poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, 
por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e 
administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando 
essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas”. 
(x) São bens da União: as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos. 
* Cavernas, furnas, grutas ou, genericamente, quaisquer cavidades naturais subterrâneas 
que existam no território natural são bens da União. Da mesma forma, também os sítios 
arqueológicos e pré-históricos. 
(xi) São bens da União: as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
* Este é um dos incisos do artigo 20 mais cobrados em provas. Atenção! 
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* Consoante prevê o art. 231, § 1°, CF/88, temos que “São terras tradicionalmente ocupadas 
pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades 
produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu 
bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e 
tradições”. 
* Já nos termos do art. 231, § 2°, CF/88, “As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios 
destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do 
solo, dos rios e dos lagos nelas existentes”. 
* Note que os índios têm a posse permanente dessas terras e o usufruto exclusivo das 
riquezas do solo, dos rios e dos lagos nela existentes, sendo o domínio da União limitado à 
nua propriedade. 
* A súmula 650 do STF indica que: “Não são bens da União as terras que sejam aldeamentos extintos 
em tempos remotos”. 
Quanto aos parágrafos do art. 20, CF/88, temos duas regras: 
(i) o § 1º determina ser assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos 
para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, 
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por 
essa exploração; 
(ii) por seu turno, o § 2º do art. 20 determina que a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de 
largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada 
fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. 
Por fim, é importante mencionar que o art. 26 da CF/88 determina quais são os bens dos 
Estados-membros, quais sejam: 
(i) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, 
na forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
(ii) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob 
domínio da União, Municípios ou terceiros; 
(ii) as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
(iv) as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 
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Questões para fixar 
[CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa - PB - Conhecimentos Básicos - Cargos: 1, 2 e 3] Considerando o modelo 
constitucional de repartição das competências e dos bens dos entes federados, julgue o próximo item, a 
respeito da organização do Estado: 
Os rios que banhem mais de um estado e que sejam provenientes de outros países são considerados bens da 
União. 
Comentário: 
Conforme determina o art. 20, III, CF/88, são bens da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água em 
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se 
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais. 
Nesse sentido, a assertiva é verdadeira. 
Gabarito: Certo 
[Quadrix - 2019 - CRO - AC - Assistente Jurídico] Julgue o item, relativos à organização do Estado e da 
Administração Pública: 
São bens da União as ilhas fluviais e lacustres. 
Comentário: 
Conforme determina o art. 20, IV c/c art. 26, III, ambos da CF/88, são bens da União somente as ilhas fluviais e 
lacustres que estejam localizas em rios e lagos que façam fronteira com outros países; as demais pertencem 
aos Estados-membros respectivos. Nesse sentido, a assertiva é falsa. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa] No que concerne ao direito constitucional 
e à Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir: 
Os recursos hídricos que constituem bensda União restringem-se aos lagos, rios e quaisquer correntes de 
águas localizados em território nacional. 
Comentário: 
Os recursos hídricos que constituem bens da União incluem os lagos, rios e quaisquer correntes de água em 
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se 
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais 
(art. 20, III, CF/88). A assertiva, portanto, é falsa. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa] A respeito da organização 
político-administrativa dos entes federados, julgue o item que se segue: 
Os recursos minerais, incluídos os do subsolo, são bens da União. 
Comentário: 
A assertiva é verdadeira, pois está de acordo com o que prevê o art. 20, IX, CF/88: 
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“São bens da União os recursos minerais, inclusive os do subsolo”. 
Gabarito: Certo 
[NUCEPE - 2017 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário – Adaptada] Julgue a assertiva sobre a disciplina 
constitucional da União: 
Entre os bens de propriedade da União estão as ilhas lacustres, as ilhas fluviais, as terras devolutas e os 
potenciais de energia hidráulica. 
Comentário: 
Item incorreto. Apenas as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países pertencem à União 
(art. 20, CF/88), as demais pertencem aos Estados (art. 26, III, CF/88). 
Gabarito: Errado 
[MPE-GO - 2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Adaptada) Julgue a assertiva: 
São bens pertencentes à União os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou 
que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro 
ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais. 
Comentário: 
Assertiva correta. Conforme preceitua o art. 20, III, CF/88, são bens da União os lagos, rios e quaisquer 
correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com 
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e 
as praias fluviais. 
Gabarito: Certo 
[MPE - 2012 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Adaptada] Analise a alternativa abaixo: 
São bens da União, dentre outros, os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica 
exclusiva, o mar territorial, os terrenos de marinha e seus acrescidos, os potenciais de energia hidráulica e os 
recursos minerais, inclusive os do subsolo. 
Comentário: 
A assertiva está correta, pois está em conformidade com o art. 20, V, VI, VII, VIII e IX, CF/88. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Conhecimentos Gerais e Específicos - Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7] 
A Constituição Federal de 1988 dispõe que são bens da União: 
A) as águas subterrâneas em depósito. 
B) as terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental. 
C) as ilhas fluviais e lacustres. 
D) as ilhas oceânicas e costeiras. 
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E) as águas superficiais fluentes. 
Comentário: 
Nossa resposta encontra-se na letra ‘b’. De acordo com o art. 20, II, CF/88: “As terras devolutas 
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de 
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.” 
Vejamos os erros das demais alternativas: 
- Letra ‘a’: são bens da União as cavidades naturais subterrâneas (art. 20, X, CF/88). 
- Letra ‘c’: são bens da União as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países (art. 20, IV, 
CF/88). 
- Letra ‘d’: são bens da União as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de 
Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no 
art. 26, II, CF/88 (art. 20, IV, CF/88). 
- Letra ‘e’: incluem-se entre os bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes 
e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União (art. 26, I, CF/88). 
Gabarito: B 
 
(D) Repartição constitucional de competências 
(D.1) Primeiras palavras 
Aos dividir as atribuições constitucionais e delimitar para os entes federados um campo 
material/legislativo/tributário de atuação, nossa Constituição Federal está viabilizando o pacto 
federativo e harmonizando a convivência entre as entidades. 
Uma vez que a divisão de atribuições é feita pela CF/88, eventuais conflitos referentes ao 
campo material de atuação de cada ente federado serão conflitos constitucionais, a serem 
solucionados pelo STF – afinal, não há hierarquia entre os entes federados, sendo todos autônomos e 
só subordinados à Constituição. 
Obs.: Foi exatamente por essa razão (por reconhecer que a dúvida sobre quem legisla sobre o assunto 
‘X’ é uma questão constitucional, referente às normas que disciplinam a repartição de competências) 
que a EC nº 45 deslocou para o STF uma antiga atribuição do STJ (ver artigo 102, III, “d” e artigo 105, III, 
“b”, CF). 
Art. 102, III, “d”, CF/88: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, 
quando a decisão recorrida: 
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d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 105, III, “b”, CF/88: Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, 
quando a decisão recorrida: 
b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação anterior) 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação atual dada 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). 
Nessa divisão de tarefas, a CF/88 se baseou na amplitude do assunto em discussão, valendo-
se, portanto, do princípio da preponderância/predominância dos interesses (e não exclusividade, já 
que o interesse nunca será exclusivo de um ente só). 
Assim, em sendo o interesse nacional o interesse preponderante, a competência é entregue à 
União; em sendo o regional, aos Estados-membros; em sendo o interesse local o predominante, a 
competência é entregue aos Municípios. Veja no esquema: 
 
De se notar, todavia, futuro Soldado da PMDF, que no direito brasileiro a observância deste 
princípio até norteia a repartição de tarefas, mas não a define em absoluto, afinal nossa tradição 
histórica, nitidamente centralizadora, e a efetiva e real possibilidade de implementação das 
competências, muitas vezes desloca atividades de marcada importância regional/local para a União. 
Some-se a isso a circunstância de certas atribuições necessitarem de grande aporte financeiro para 
serem cumpridas e também o desejo de termos uniformidade legislativa na federação no tratamento 
de certos temas, e está justificada a centralização das competências na União – o que ocasiona um 
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claro afastamento do princípio. Portanto, pode já concluir comigo algo importante: a União possui o 
maior volume de competências e atribuições em nossa federação. 
(D.2) Competências estaduais 
A regra é que os Estados possuam competências legislativas remanescentes, conforme indica 
o artigo 25, § 1º, CF: “São reservadasaos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta 
Constituição”. 
Um bom exemplo é o referente ao transporte público intermunicipal, conforme decidiu o STF 
na ADI 845/AP, Rel. Min. Eros Grau: 
“A competência para legislar a propósito da prestação de serviços públicos de transporte 
intermunicipal é dos Estados-membros. Não há inconstitucionalidade no que toca ao 
benefício, concedido pela Constituição estadual, de ‘meia passagem’ aos estudantes nos 
transportes coletivos intermunicipais”. 
Vale, todavia, frisar que existem algumas competências legislativas estaduais expressas. São 
exemplos as tarefas elencadas nos artigos 25, §§ 2º e 3º; e 18, § 4º, todos da CF/88. 
Art. 25, CF/88: 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) 
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum. 
Art. 18, § 4º, CF/88: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, 
far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados 
na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 - 
ADCT 
Para fechar, não custa lembrar da crítica doutrinária, para quem “Em termos reais, a 
competência estadual é, em face da competência da União, (...), das mais reduzidas, seja em extensão, 
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seja em importância. Aparece nisso um sinal seguro e insofismável da centralização de que sofre o 
federalismo brasileiro”5. 
Questões para fixar 
[FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Processo Legislativo] Relativamente aos Estados-membros e 
Municípios, no âmbito da federação brasileira: 
São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição da República. 
Comentário: 
Item correto! É o que prevê o art. 25, §1º da CF/88. 
Gabarito: Certo 
[FMP - Concursos - 2014 - TCE-MT - Auditor Público Externo] A competência dos Estados-Membros da 
Federação brasileira é: 
a) uniforme. 
b) exaustiva. 
c) enunciativa. 
d) enumerativa. 
e) residual. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a da letra ‘e’! A competência dos Estados-Membros da Federal é considerada 
residual (ou remanescente). Veja: Art. 25, § 1º, CF/88: “São reservadas aos Estados as competências que não 
lhes sejam vedadas por esta Constituição”. 
Gabarito: E 
[TJ-DFT - 2011 - TJ-DFT - Juiz - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Os Estados-membros não possuem competência constitucional enumerada, cabendo-lhes tão só a genérica 
competência remanescente ou residual. 
Comentário: 
Cuidado com essa afirmação! Em regra, as competências estaduais são mesmo remanescentes, mas nosso 
texto constitucional estabelece algumas competências legislativas estaduais expressas (arts. 25, §§2º e 3º; 18, 
§4º). Nosso item é, portanto, falso. 
Gabarito: Errado 
[VUNESP - 2017 - Câmara de Sumaré-SP - Procurador Jurídico] Com relação à organização político-
 
5
. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 1/204, 1990, Saraiva. 
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administrativa e competências fixadas pela União para os entes federativos, julgue a assertiva: 
Cabe aos Estados explorar diretamente, ou por meio de concessão, os serviços de gás canalizado, na forma 
da lei, permitindo-se a edição de medida provisória para sua regulamentação. 
Comentário: 
A edição de medida provisória é expressamente vedada neste caso (art. 25, §2º da CF/88). 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2020 - TJ PA – Analista Judiciário] Determinado estado da Federação pretende instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
Nessa situação, o ente federativo poderá efetivar tal medida mediante: 
a) lei ordinária estadual de iniciativa do Poder Executivo. 
b) lei complementar estadual de iniciativa parlamentar. 
c) lei ordinária federal. 
d) lei complementar federal. 
e) medida provisória estadual. 
Comentário: 
O art. 25, § 3º, CF/88 preceitua que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. Por essa razão, a letra ‘b’ é a nossa resposta. 
Gabarito: B 
 
(D.3) Competências municipais 
O art. 30 da CF enuncia as principais atribuições dos Municípios (existem outras atribuições 
listadas em artigos diferentes, como, por exemplo, no art. 144, § 8º): 
*Inciso I: legislar sobre assuntos de interesse local. 
*Inciso II: competência legislativa suplementar; 
*Inciso III: competência financeira (tributária e orçamentária); 
*Incisos IV a IX: competências materiais (administrativas). 
 
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Sobre a competência enunciado no inciso I (legislar sobre assuntos de interesse local), 
lembremos de algumas das mais importantes decisões já proferidas pelo STF acerca do tema: 
(i) A fiscalização das condições de higiene de bares e restaurantes situados em território municipal é de 
patente interesse local, sendo possível que o Município proíba que os estabelecimentos referidos 
utilizem embalagens devassáveis, por se tratar de matéria que envolve normas sanitárias. 
Nas palavras da Corte: 
“RE 594.057-RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski: Assim, cuida de regulação legislativa 
atinente a assunto de peculiar interesse local, relativo à fiscalização de condições de higiene 
de bares e restaurantes situados em seu território, cuja competência para legislar pertence 
aos Municípios. Sendo assim, em razão dos precedentes citados, verifica-se que o município 
apresenta competência para legislar sobre a proibição de utilização de embalagens 
devassáveis, por se tratar de matéria que envolve normas sanitárias de patente interesse 
local.” 
(ii) A fixação do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais é da competência dos 
Municípios, haja vista a predominância do interesse local na realização da tarefa. Nos termos da 
Súmula Vinculante 38 (antiga súmula 645): “É competente o Município para fixar o horário de 
funcionamento de estabelecimento comercial”. 
(iii) Noutro giro, é válido recordar que nos termos da súmula 19, STJ, é competência da União legislar 
sobre o horário de funcionamento das agências bancárias para fins de atendimento ao público (Súmula 
nº 19, STJ: A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União). 
(iv) Nada obstante os Municípios não estabelecerem o horário de funcionamento das agências 
bancárias, entende o STF que as normas referentes a segurança e conforto dos usuários dos serviços 
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bancários são de interesse local, logo sãode competência municipal. Assim manifestou-se nossa Corte 
Suprema no julgamento do RE 251.542-SP, de relatoria do Min. Celso de Mello: “O Município pode 
editar legislação própria, com fundamento na autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, 
I), com objetivo de determinar, às instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor 
dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes 
segurança (tais como portas eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante 
oferecimento de instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou colocação de 
bebedouros, ou, ainda, prestação de atendimento em prazo razoável, com a fixação de tempo máximo 
de permanência dos usuários em fila de espera.” 
(v) Em maio de 2019 o STF decidiu que é também competência municipal editar lei determinando que 
que os supermercados ficam obrigados a colocar, à disposição dos consumidores, funcionários em 
número suficiente nos caixas, de modo que a espera na fila não seja superior a 15 minutos6. De acordo 
com o STF, esse tipo de lei municipal não está obrigando a contratação de pessoal, e sim a colocação de 
trabalhadores em número suficiente no setor de caixas para o atendimento aos consumidores dentro 
de um prazo considerado razoável. 
(vi) Consoante o STF, é de competência municipal a lei que fixa um tempo razoável de espera dos 
usuários dos serviços de cartórios, para obtenção de serviços notariais, pois o assunto não se insere no 
tema ‘registros públicos’. Em suas palavras: “RE 397.094 - DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence: Distrito 
Federal: competência legislativa para fixação de tempo razoável de espera dos usuários dos serviços de 
cartórios. 1. A imposição legal de um limite ao tempo de espera em fila dos usuários dos serviços 
prestados pelos cartórios não constitui matéria relativa à disciplina dos registros públicos, mas assunto 
de interesse local, cuja competência legislativa a Constituição atribui aos Municípios, nos termos do seu 
art. 30, I. A LD 2.529/2000, com a redação da LD 2.547/2000, não está em confronto com a Lei Federal 
8.935/90 - que disciplina as atividades dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, nos 
termos do art. 236, § 1º, da Constituição - por tratarem de temas totalmente diversos. 3. RE conhecido e 
desprovido.” 
Em suma, Municípios brasileiros podem ter leis disciplinando tempo máximo de espera 
(usualmente é de 15 minutos) para o atendimento do consumidor em bancos, loterias, concessionárias 
de água, de energia elétrica, supermercados etc. Tais leis ficaram informalmente conhecidas como “Lei 
 
136. ARE 809489 AgR/SP, julgado em maio de 2019. 
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das Filas” e, segundo o STF, elas são constitucionais (pois trata-se de assunto de interesse local, sendo, 
portanto, de competência municipal, consoante o art. 30, I, CF/88). 
(vii) Em contrapartida, o STF já se manifestou no sentido de que o Município não pode, ao argumento 
de que está tratando da ordenação do solo urbano, impedir que determinado estabelecimento 
comercial se instale em certa área, sob pena de afrontar o princípio da livre concorrência (antiga súmula 
646, convertida em 2015 na súmula vinculante 49: “Ofende o princípio da livre concorrência lei 
municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada 
área”). 
(viii) De acordo com o STF, é constitucional atribuir às Guardas municipais o exercício do poder de 
polícia no trânsito, inclusive para a imposição de sanções administrativas legalmente previstas (ex: 
multas de trânsito). Senão vejamos: “RE 658.570/MG, Rel. Min. Marco Aurélio: É constitucional a 
atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição 
de sanções administrativas legalmente previstas. Com base nesse orientação, o Plenário, por maioria e 
em conclusão de julgamento, desproveu recurso extraordinário em que se discutia a possibilidade de lei 
local designar a guarda municipal para atuar na fiscalização, no controle e na orientação do trânsito e 
do tráfego, em face dos limites funcionais dispostos no art. 144, § 8º, da CF (“§ 8º - Os Municípios 
poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, 
conforme dispuser a lei”) — v. Informativo 785. A Corte destacou que o poder de polícia não se 
confundiria com a segurança pública. O exercício daquele não seria prerrogativa exclusiva das 
entidades policiais, a quem a Constituição outorgara, com exclusividade, no art. 144, apenas as funções 
de promoção da segurança pública.” 
(ix) Também em homenagem aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, o STF decidiu (em 
maio de 2019)7 que os Municípios não podem proibir o transporte de passageiros mediante aplicativo 
(Uber e similares), de forma que eventual lei (municipal ou distrital) que impeça essa atividade seja 
considerada inconstitucional. Além disso, como é competência da União legislar sobre “trânsito e 
transporte” (art. 22, XI, CF/88), os Municípios e o Distrito Federal, quando forem exercer sua 
competência na regulamentação e fiscalização do transporte privado individual de passageiros, não 
podem contrariar os parâmetros fixados pelo legislador federal. Todavia, enquanto os Municípios (e o 
DF) não editarem a lei regulamentadora, o serviço está permitido, uma vez que ele independe de 
autorização prévia e pode ser prestado regularmente ainda que não haja regulamentação local. 
 
7
. Na ADPF 449/DF e no RE 1054110/SP, julgados em 8 e 9/5/2019, e noticiados no Informativo 939. 
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Assim, restou fixada a seguinte tese (Tema nº 967; RE nº 1.054.110): 
I - A proibição ou restrição da atividade de transporte privado individual por motorista cadastrado em 
aplicativo é inconstitucional, por violação aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência; 
II - No exercício de sua competência para regulamentação e fiscalização do transporte privado 
individual de passageiros, os Municípios e o Distrito Federal não podem contrariar os parâmetros 
fixados pelo legislador federal (CF/1988, art. 22, XI). 
Questões para fixar 
[CS-UFG - 2010 - Prefeitura de Aparecida de Goiânia-GO - Procurador do Município] A Constituição da 
República Federativa do Brasil prevê que compete privativamente ao município legislar, sobre: 
a) assuntos de interesse local. 
b) combate às causas da pobreza. 
c) preservação da fauna e flora. 
d) política de educação para o trânsito. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a da letra ‘a’, pois está de acordo com o disposto pelo art. 30, inciso I da CF/88. As 
demais atribuições são materiais comuns, descritas no art. 23 (incisos X, VII e XII, respectivamente). 
Gabarito: A 
[TJ-PR - 2012 - TJ-PR - Assessor Jurídico - Adaptada] No que concerne à disciplina constitucional da 
competência legislativa dos Municípios, julgue a assertiva: 
É competência dos Municípios legislar de modo a suplementar a legislação federal e a estadual no que 
couber. 
Comentário: 
Item verdadeiro, conforme dispõe o inciso II do art. 30 da CF/88. 
Gabarito: Certo 
[FUMARC - 2011 - Prefeitura de Nova Lima-MG - Procurador Municipal] Compete aos Municípios, EXCETO: 
a) Legislar sobre assuntos de interesse local. 
b) Instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da 
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei. 
c) Organizar e prestar, diretamente ousob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de 
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial. 
d) Explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado. 
Comentário: 
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Já sabemos que a competência para explorar, diretamente ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, é do Estado-membro, e não do Município (art. 25, §2º da CF/88). Sendo assim, a alternativa 
correta é a da letra ‘d’. 
Gabarito: D 
[MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto - Adaptada] Acerca da repartição de 
competências legislativas fixada pela Constituição Federal e interpretada pelo Supremo Tribunal Federal, 
julgue as assertivas: 
I) É competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. 
II) Os municípios não possuem competência legislativa para instituir obrigação dirigida aos estabelecimentos 
bancários, no sentido de que estes instalem equipamentos de segurança em imóveis destinados ao 
atendimento do público, para segurança das pessoas. 
[MPDFT - 2013 - MPDFT - Promotor de Justiça - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Não cabe à lei municipal determinar às instituições financeiras a instalação de equipamentos destinados a 
proporcionar segurança ou conforto a seus usuários, inclusive não clientes. 
Comentário: 
Das assertivas apresentadas, a única correta é a primeira: por força da súmula vinculante 38, é competência 
dos Municípios fixar o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais. 
As demais são falsas, vez que já existe entendimento firmado no STF no sentido de que as normas referentes 
a segurança e conforto dos usuários dos serviços bancários são de interesse local, logo são de competência 
municipal (RE 251.542-SP, Rel. Min. Celso de Mello). 
Gabarito: Certo/Errado/Errado 
[VUNESP - 2018 - IPSM - Procurador] Compete aos municípios: 
a) legislar sobre a proteção e a integração social das pessoas portadoras de deficiência e a proteção à infância 
e à juventude. 
b) promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, 
do parcelamento e da ocupação do solo urbano. 
c) planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as 
inundações. 
d) exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão. 
e) explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada 
a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
Comentário: 
A única alternativa que a apresenta uma competência municipal é a da letra ‘b’! A competência de promover, 
no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do 
parcelamento e da ocupação do solo urbano, está disposta art. 30, VIII da CF/88. 
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No mais, vejamos o erro das demais proposições: 
- letra ‘a’: enuncia competências legislativas concorrentes (art. 24, XIV e XV); 
- letras ‘c’ e ‘d’: mencionam competências legislativas privativas da União (21, XVIII e XVI); 
- letra ‘e’: traz uma competência legislativa estadual, descrita no art. 25, § 2°. 
Gabarito: B 
[FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina-PI - Técnico de Nível Superior - Advogado] Lei estadual que fixe o horário 
de funcionamento de estabelecimentos comerciais situados no âmbito de seu território será: 
a) constitucional, por dispor sobre produção e consumo, matéria de competência concorrente de União e 
Estados, cabendo a estes legislar para atenderem a suas peculiaridades. 
b) inconstitucional, por invadir competência privativa da União para legislar sobre direito comercial, podendo 
ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
c) inconstitucional, por invadir competência dos Municípios para legislarem sobre interesse local, podendo 
ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
d) inconstitucional, por invadir competência privativa da União para legislar sobre direito comercial, podendo 
ser objeto de arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo Tribunal Federal. 
e) inconstitucional, por invadir competência dos Municípios para legislarem sobre interesse local, podendo 
ser objeto de arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo Tribunal Federal. 
Comentário: 
Obviamente, uma lei estadual que trate deste tema será inconstitucional, pois a competência é do Município, 
consoante dispõe a súmula vinculante 38, STF. No mais, leis e atos normativos estaduais pós-constitucionais 
podem ser objeto de ADI, por força do art. 102, I, ‘a’, CF/88. 
Gabarito: C 
 
(D.4) Competências do Distrito Federal 
Sobre o DF: trata-se de uma unidade federada autônoma, com competências parcialmente 
tuteladas pela União. 
Com não pode ser dividido em Municípios, o art. 32, § 1º, lhe conferiu uma competência 
legislativa cumulativa (estadual e municipal). 
É preciso, no entanto, ter o seguinte cuidado: o DF não possui todas as competências 
legislativas estaduais, uma vez que a União organiza e mantém algumas de suas instituições, a saber, o 
Poder Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Civil, a Polícia Penal, a Polícia Militar e o Corpo de 
Bombeiros Militar (ver o art. 21, XIII e XIV, e o art. 22, XVII, bem como Súmula Vinculante 39, antiga 
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súmula 647: “Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias 
civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal”. 
Em apertada síntese, pode-se dizer que o Distrito Federal é competente para: 
(i) editar sua própria Lei Orgânica; 
(ii) exercer a competência legislativa remanescente (e as eventuais enumeradas) dos Estados-
membros; 
(iii) exercer a eventual competência legislativa delegada pela União; 
(iv) exercer a competência legislativa concorrente-suplementar (complementar e supletiva) com os 
Estados-membros; 
(vi) exercer a competência legislativa enumerada dos Municípios; e 
(vii) exercer a competência legislativa suplementar dos Municípios. 
Questões para fixar 
[FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina – PI - Técnico de Nível Superior - Analista de Orçamento e Finanças 
Públicas] Acerca do Distrito Federal e dos Territórios, considere: 
Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 
[IESES - 2014 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros-Provimento] De acordo com a CRFB/88, 
no que se refere a organização do Estado, julgue a assertiva: 
Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas apenas aos Municípios. 
[CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário-Administrativa - Adaptada] Com relação à organização 
administrativa do Estado brasileiro, julgue a assertiva: 
O Distrito Federal concentra as competências legislativas dos estados e dos municípios, sendo administrado 
por um governador, eleito mediante eleições diretas. 
Comentário: 
A primeira e a última assertivas apresentadas são verdadeiras, ao passo que a segunda é falsa, vez que serão 
atribuídas ao DF as competências legislativas reservadas aos Estados e aos Municípios (art. 32, § 1º, CF/88). É 
a chamada competência legislativa cumulativa. 
Gabarito: Certo/Errado/Certo 
[CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área 2] Acerca das normas constitucionais aplicáveis 
ao regime federativo brasileiro, julgue o próximo item: 
A competência para legislar sobre osvencimentos das polícias civil e militar do Distrito Federal (DF) é 
privativa da União, podendo o DF legislar sobre a matéria somente no caso de inexistência da lei federal. F 
Comentário: 
A competência é privativa da União, nos termos da súmula vinculante 39, STF. Não há espaço para o DF 
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tratar do tema. 
Gabarito: Errado 
 
(D.5) Competências da União 
Ao enunciar as principais competências da União a Constituição Federal as enumerou, 
detalhando-as da seguinte maneira: 
- no art. 21, apresentou as competências materiais exclusivas; 
- no art. 23, as competências materiais comuns (partilhadas com os demais entes da federação); 
- no art. 22, as competências privativas legislativas; e, por fim, 
- no art. 24, as competências legislativas concorrentes com os Estados-membros e o Distrito Federal. 
Vamos adiante, pois trataremos das principais atribuições deste que é o ente com mais tarefas 
na nossa centralizadora federação! 
(i) Materiais exclusivas – art. 21, CF/88 
* As atribuições materiais, claramente administrativas, nos remetem à ideia de “fazer algo”, de “agir”, 
de “atuar”. Não por outra razão, estão todas organizadas em verbos, tais como “permitir”, “organizar”, 
“manter”, “emitir”, “conceder”, “autorizar”, “planejar”, “instituir”, etc. 
* São atribuições indelegáveis, isto é, devem ser necessariamente prestadas pela União. 
 
 
*Vamos ler o art. 21, CF/88, pois qualquer um dos seus 25 incisos pode ser cobrado em sua prova: 
Art. 21. Compete à União: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
III - assegurar a defesa nacional; 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
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V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
VII - emitir moeda; 
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, 
especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento 
econômico e social; 
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de 
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um 
órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 
15/08/95:) 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 8, de 15/08/95:) 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em 
articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou 
que transponham os limites de Estado ou Território; 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a 
Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar 
do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de 
serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 
2019) 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito 
nacional; 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e 
televisão; 
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XVII - conceder anistia; 
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as 
secas e as inundações; 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de 
direitos de seu uso; (Regulamento) 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e 
transportes urbanos; 
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal 
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de 
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante 
aprovação do Congresso Nacional; 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a 
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 
2006) 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos 
de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 49, de 2006) 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; 
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma 
associativa. 
 
(ii) Materiais comuns – art. 23, CF/88 
(a) Serão cumpridas pela União em conjunto com todos os demais entes federados, a saber, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios. 
(b) São atribuições administrativas exercitadas por todos os entes concomitantemente; podem ser 
intituladas “cumulativas”, uma vez que não há limites prévios estipulados para o cumprimento delas, 
isto é, a atuação de um ente não inviabiliza ou restringe a atuação dos demais. 
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(c) Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito 
nacional (é o que diz o parágrafo único do art. 23, CF/88). 
(d) Vamos ler o art. 23, CF/88 e seus 12 incisos: 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público; 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 
(Vide ADPF 672) 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os 
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor 
histórico, artístico ou cultural; 
V - proporcionaros meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à 
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; 
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico; (Vide ADPF 672) 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos 
hídricos e minerais em seus territórios; 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em 
âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
 
 
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Questões para fixar 
[FUNDATEC - 2018 - DPE-SC - Técnico Administrativo] De acordo com a Constituição Federal, é 
competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
I. Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. 
II. Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação. 
III. Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas I e II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
Comentário: 
As três assertivas apresentadas estão corretas, pois enumeram competências comuns da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios enunciadas no art. 23, incisos II, V e X, da CF/88, respectivamente. 
Gabarito: E 
[IBADE - 2017 - IPERON-RO - Técnico em Tecnologia da Informação] A União detém competência comum 
para: 
a) preservar as florestas, a fauna e a flora. (23, VII) 
b) decretar estado de defesa. 
c) legislar sobre direito penal. 
d) emitir moeda. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a da letra ‘a’, vez que a preservação das florestas, fauna e flora é competência 
comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, conforme art. 23, VII da CF/88. No mais, a decretação 
do Estado de defesa compete ao Presidente da República, nos termos do art. 84, IX; a atribuição para legislar 
sobre direito penal é privativa da União, consoante o art. 22, I; e, por fim, a competência material para emitir 
moeda é exclusiva da União, conforme prevê o art. 21, VII. 
Gabarito: A 
[FCC - 2019 - DETRAN-SP - Oficial Estadual de Trânsito] Segundo o que estabelece a Constituição Federal de 
1988, acerca do tema da Organização do Estado, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios: 
I. planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as 
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inundações. 
II. instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes 
urbanos. 
III. organizar, manter e executar a inspeção do trabalho. 
IV. cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. 
V. combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos. 
VI. zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) IV, V e VI. 
(B) II, IV e V. 
(C) I, III e V. 
(D) II, IV e VI. 
(E) I, II e III. 
Comentário: 
Como estamos buscando competências materiais comuns, descritas no art. 23, CF/88, podemos assinalar a 
letra ‘a’, vez que os incisos IV, V e VI trazem atribuições dessa natureza (veja o art. 23, incisos II, X e I). 
Vejamos as demais proposições: 
I. planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as 
inundações: competência material exclusiva da União (art. 21, XVIII); 
II. instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes 
urbanos: competência material exclusiva da União (art. 21, XX); 
III. organizar, manter e executar a inspeção do trabalho: competência material exclusiva da União (art. 21, 
XXIV). 
Gabarito: A 
[CESPE - 2018 - STM - Cargos de Nível Superior - Conhecimentos Básicos] Julgue o item seguinte, relativo à 
classificação das Constituições e à organização político-administrativa.: 
É competência comum da União, dos estados e dos municípios fiscalizar a produção e o comércio de material 
bélico. 
Comentário: 
A assertiva é falsa. É competência exclusiva da União autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de 
material bélico (art. 21, VI, CF/88). 
Gabarito: Errado 
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[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa] A respeito da organização 
político-administrativa dos entes federados, julgue o item que se segue: 
É competência comum da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal legislar sobre normas 
gerais de licitação para a administração pública direta. 
Comentário: 
Pode marcar o item como falso! O art. 22, XXVII, CF/88, determina que compete privativamente à União 
legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para a administração 
pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, nas diversas 
esferas de governo, e empresas sob seu controle. 
Gabarito: Errado 
 
(iii) Legislativas privativas – art. 22, CF/88 
(a) O art. 22, CF/88 traz as competências legislativas privativas da União, vale dizer, enuncia os temas 
para os quais a competência legislativa pertence somente à União. 
(b) A União irá legislar sobre algum tema, sobre algo; por isso os incisos são todos iniciados com 
substantivos: “desapropriação”, “trânsito e transporte”, “direito civil”, “comércio exterior e 
interestadual”, “jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia”, “competência da polícia federal 
e das polícias rodoviária e ferroviária federais”, etc. 
(c) São atribuições delegáveis, porque existe autorização constitucional expressa para a União permitir 
(por meio da edição de uma lei complementar) que Estados e DF tratem de questões específicas dos 
temas listados no art. 22 (“Art. 22, parágrafo único, CF/88: Lei complementar poderá autorizar os 
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo”). 
 
 
 
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(d) Vejamos os requisitos para que haja a delegação: 
- O parágrafo único do art. 22 (“Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões 
específicas das matérias relacionadas neste artigo”) autoriza que a União (se e quando quiser) delegue 
essa atribuição legislativa para os Estados e DF desde que sejam respeitados três requisitos: 
* Formal: a União só delega por meio da edição de uma Lei Complementar autorizadora. 
* Implícito: a delegação não pode ser feita só para um Estado-membro, pois deve alcançar 
todos os Estados e o DF (isonomia federativa, art. 19, III, CF). 
* Material: a União sóVeja o esquema posto abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Analisemos agora algumas questões que podem explorar o tema. Animado, caro aluno? Então 
vamos em frente! 
 
 
 
 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
Forma de Estado Federação 
Forma de Governo República 
Sistema de Governo Presidencialismo 
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Questões para fixar 
[FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP – Sociólogo] Segundo o artigo 1° da Constituição Federal de 1988, o 
Brasil é uma “República Federativa”. Esse termo exprime, respectivamente: 
A) a forma de governo e a forma de Estado. 
B) o sistema de governo e a forma de governo. 
C) a forma de Estado e o sistema de governo. 
D) a forma de Estado e a forma de governo. 
E) o sistema eleitoral e o sistema de governo. 
Comentário: 
Aposto que você assinalou com tranquilidade a letra ‘a’! Afinal, o termo “República” indica nossa forma de 
Governo, ao passo que a palavra “Federativa” indica nossa forma de Estado. 
Gabarito: A 
[CESPE - 2018 - TCE-PB - Agente de Documentação] De acordo com os princípios fundamentais 
estabelecidos na CF, assinale a opção que apresenta, respectivamente, as formas de Estado e de governo 
adotadas no Brasil: 
A) Federação e República 
B) Federação e presidencialismo 
C) Presidencialismo e República 
D) República e Federação 
E) República e presidencialismo. 
Comentário: 
Se você reparar bem, as alternativas “a” e “d” apresentam escolhas que refletem nossa forma de Estado e 
nossa forma de governo. O examinador, porém, lhe pediu para assinalar a alternativa que apresentasse tais 
escolhas na ordem: forma de Estado primeiro (federação) e forma de governo após (republicana). Destarte, 
você deve assinalar a alternativa “a”. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
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(B) Formas de Estado 
A forma de Estado indica a distribuição espacial do poder político em razão de um território, 
vale dizer, se há ou não uma descentralização no exercício do poder político. 
São duas as formas de Estado básicas: (i) Unitário e (ii) Federado. Trataremos de cada uma 
delas, com apresentação de suas características centrais. 
(B.1) Estado Unitário 
Também intitulado de ‘’estado simples’’ por alguns doutrinadores (vide José Afonso da Silva), 
sua característica marcante é a centralização política, pois o poder encontra-se enraizado em um único 
núcleo estatal, do qual emanam todas as decisões. Mesmo que não haja real descentralização política, 
existe a descentralização administrativa, o que torna o Estado governável e faz que estados unitários, 
portanto, possuam divisões administrativas subordinadas ao poder central. O Brasil já foi um Estado 
Unitário, no período Brasil-Império (enquanto vigorava nossa Constituição Imperial de 1824). 
Pois bem. Essa tipologia de forma de Estado é normalmente fracionada pela doutrina em três 
espécies: 
(i) Estado unitário puro: marcado pela total centralização no exercício do poder político. 
Majoritariamente entende-se que é um Estado que não tem precedentes históricos (ou seja: nunca 
existiu), por ser um modelo inviável. 
(ii) Estado unitário descentralizado administrativamente: neste modelo temos delegação de tarefas do 
poder central para as entidades regionais. Estas últimas não são autônomas, isto é, não são detentoras 
de poder político próprio. É a forma adotada pela maioria dos países. Nota-se que nesta tipologia as 
entidades são detentoras de capacidade de execução (que é meramente administrativa), e não de 
capacidade política. 
(iii) Estado Unitário Descentralizado política e administrativamente: segundo a doutrina majoritária, é 
adotado em alguns países, como a França, Portugal, Itália e Espanha. Baseia-se na existência de 
descentralização administrativa, mas também política, já que o governo central descentraliza sua 
própria capacidade política de criar leis, delegando às estruturas regionais não só a capacidade de 
elaborar leis, mas também a capacidade de executá-las. Repare que não é a Constituição que entrega 
competências e atribuições próprias para as entidades regionais, mas sim o ente central que, a qualquer 
momento, poderá resolver suprimi-las! Daí porque você notar, estimado aluno, que o Estado segue 
sendo unitário, pois as divisões regionais não são possuidoras de nenhuma autonomia, ou seja, não 
possuem poder político próprio (como ocorre em uma federação). 
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Em suma: não é suficiente que tenhamos descentralização político-administrativa para 
identificarmos a forma federada. É imprescindível verificarmos de que maneira essa descentralização 
foi firmada: se foi efetivada por delegação do ente central, o Estado é unitário; se foi feita por 
determinação da Constituição, o Estado é federado. 
(B.2) Estado Federado 
Segundo Georg Jellinek o federalismo é a unidade na pluralidade. Esta forma de Estado é 
marcada pela descentralização no exercício do poder político, o que resulta no surgimento de entidades 
políticas autônomas, reunidas por um vínculo indissolúvel, firmado por uma Constituição. 
Na precisa colocação do Min. Ricardo Lewandowski a federação é: “uma forma de organização 
estatal que assegura aos seus membros o desfrute de vantagens da unidade, ao mesmo tempo em que 
preservam os benefícios da diversidade”1. 
Destarte, escolher a forma federada para organizar o Estado, resulta na adoção das seguintes 
características: 
(1ª) Descentralização no exercício do poder político, que dará origem aos entes federados; 
(2ª) Indissolubilidade do vínculo federativo (com a consequente inexistência do direito à 
secessão/separação – o que significa que a Constituição Federal não admitirá que um ente federado 
abandone a federação e se torne um Estado Nacional soberano e independente; eles são parte de um 
todo, que é o Estado Federal); 
(3ª) Rigidez Constitucional (capaz de tornar o núcleo essencial da federação intocável a ação supressiva 
do legislador ordinário, que jamais poderá empreender sua extinção – rigidez associada à imutabilidade 
da forma federativa); 
(4ª) Existência de um Tribunal Constitucional com aptidão para interpretar e proteger a Constituição do 
Estado Federal e solucionar os conflitos entre os entes federados; 
(5ª) Previsão de um órgão Legislativo representativo das entidades regionais, permitindo que as 
vontades parciais contribuam na formação da vontade nacional (total) – é o chamado “princípio da 
participação” (no Brasil, este órgão é o Senado Federal – casa legislativa que, em âmbito federal, 
representa os Estados e o DF). 
Lhe convido agora a verificar o esquema que sintetiza essas informações e, na sequência, 
vamos à resolução de mais uma questão! 
 
1
. LEWANDOWSKI, Enrique Ricardo. Pressupostos Materiais e Formais da Intervenção Federal no Brasil. 1ª ed. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 1994, 9. 
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Questão para fixar 
[IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção] A Federação ou também 
chamada de Estado Federal é forma adotada pela República Federativa do Brasil desde a Proclamação da 
República em 1889, e encontram-se fundamentado nas coletividades regionais e políticas autônomas, 
denominadas Estados, insere-se neste contexto o Distrito Federal e os municípios, esta é a base do Princípio 
Federalista. Assinale a alternativa que demonstra todas as características do princípio anteriormente citado: 
A) Descentralização política ou repartiçãoirá delegar questões específicas das matérias relacionadas nos 
incisos, nunca a matéria toda. 
 
 
* E, para ilustrar essa modalidade de delegação, lembremos da LC 103/2000: 
 
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(e) Sobre a LC 103/2000: a União editou uma LC (requisito formal), delegando aos Estados e DF 
(requisito implícito) a possibilidade de eles legislarem sobre um tema específico dentro do assunto 
‘direito do trabalho’: piso salarial (requisito material). 
(f) Vamos ler os 29 incisos do art. 22? 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho; 
II - desapropriação; 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
V - serviço postal; 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; 
XI - trânsito e transporte; 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria 
Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, 
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; 
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XXIII - seguridade social; 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
XXV - registros públicos; 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações 
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido 
o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do 
art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; 
XXIX - propaganda comercial. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas 
das matérias relacionadas neste artigo. 
(g) Quanto aos incisos mais importantes (e mais incidentes em prova) do art. 22, CF/88, eu diria que são 
os seguintes: I, II, VIII, XI, XVII, XX (ver também a Súmula Vinculante 2). 
* Vou listá-los, para que você possa ler novamente: 
 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho; 
II - desapropriação; 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
XI - trânsito e transporte; 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria 
Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 69, de 2012) 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
Súmula Vinculante 2: “É inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual ou Distrital que disponha 
sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias”. 
(g) A memorização dos incisos I e II do art. 22 pode ser feita com a seguinte frase: “CAPACETE De PM”. 
Veja abaixo o significado de cada uma dessas letras: 
 
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Questões para fixar 
[FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário-Arquivologia] A Constituição Federal faculta à União a 
delegação de assuntos de sua competência legislativa privativa aos Estados, desde que satisfeitos os 
requisitos: 
a) absoluto, classificatório e nominal. 
b) explícito, objetivo e material. 
c) formal, material e implícito. 
d) explícito, formal e classificatório. 
e) subjetivo, implícito e absoluto. 
Comentário: 
A alternativa correta é a da letra ‘c’, pois apresenta, de forma correta, os requisitos para que seja possível a 
delegação em favor dos Estados e do DF, conforme parágrafo único do art. 22. Lembremos que o requisito 
formal consiste na necessidade de a União delegar mediante a edição de LC; o requisito implícito nos lembra 
que a delegação alcançará todos os Estados e o DF (não sendo possível delegar a atribuição a apenas um 
deles); por fim, o requisito material indica que a União não poderá delegar a atribuição para legislar sobre 
toda a matéria, mas, tão somente, a competência para legislar sobre questões específicas das matérias 
anunciadas no art. 22. 
Gabarito: C 
[MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça] Considere a seguinte afirmação sobre Competências: 
No âmbito da competência legislativa privativa da União, o regime constitucional impossibilita de forma 
absoluta a delegação de competências legislativas da União para os Estados. 
[UFMT - 2016 - DPE-MT - Defensor Público - Adaptada] Sobre as competências dos entes federativos, de 
acordo com a Constituição Federal de 1988, julgue a assertiva: 
A competência exclusiva da União só admite delegação aos Estados Membros por meio de lei complementar. 
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Comentário: 
Ambas as alternativas são falsas. Percebeu o porquê? A primeira peca ao não reconhecer a possibilidade de 
delegação das competências legislativas privativas da União em favor dos Estados-membros e do DF, 
descrita expressamente no parágrafo único do art. 22, CF/88. Quanto à segunda, erra ao mencionar que a 
competência exclusiva da União admite delegação, quando em verdade, as atribuições materiais exclusivas 
(do art. 21) são indelegáveis, sendo que a delegação somente pode alcançar as competências legislativas 
privativas enunciadas no art. 22. 
Gabarito: Errado/Errado 
[FCC - 2017 - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte I - Economia] Nos termos da Constituição 
Federal, a competência para legislar sobre trânsito e transporte é: 
a) comum da União, Estados e Distrito Federal. 
b) privativa dos Estados e Distrito Federal. 
c) concorrente entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
d) exclusiva dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
e) privativa da União. 
Comentário: 
A competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa da União, conforme previsão do art. 22, XI. 
Sendo assim, a letra ‘e’ é nossa alternativa correta. 
Gabarito: E 
[IDECAN - 2019 - AGU - Técnico em Comunicação Social] Segundo a Constituição Federal, é correto afirmar 
que a competência para legislar sobre propaganda comercial é: 
A) privativa da União. 
B) privativa dos Estados e dos Municípios.C) concorrente entre União, Estados e Municípios. 
D) exclusiva da União e dos Estados. 
E) exclusiva dos Municípios. 
Comentário: 
Outra competência privativa, prevista no art. 22, XXIX da CF/88. A alternativa correta está na letra ‘a’. 
Gabarito: A 
[IBFC - 2016 - TCM-RJ - Técnico de Controle Externo] De acordo com a Constituição Federal de 1988, existem 
matérias que são de competência privativa da União para legislar. Assinale abaixo a alternativa que 
corresponde a uma dessas matérias: 
a) Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico 
b) Juntas comerciais 
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c) Sistemas de consórcios e sorteios 
d) Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas 
Comentário: 
Por força do disposto no art. 22, inciso XX do texto constitucional, a nossa alternativa correta é a da letra ‘c’. 
Todas as demais alternativas trouxeram competências legislativas concorrentes (do art. 24, incisos I, III e X). 
Gabarito: C 
[CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Administrativa] Considere que determinado 
estado da Federação tenha editado lei estadual fixando o piso salarial de determinada categoria profissional 
do estado. A respeito da competência estadual para legislar acerca da matéria em apreço, assinale a opção 
correta: 
a) O estado possui competência para legislar sobre o assunto, nos limites de delegação conferida por lei 
complementar federal. 
b) O estado possui competência concorrente com a União para legislar sobre o assunto, podendo legislar 
plenamente sobre o assunto até a superveniência de lei federal. 
c) O estado possui competência de legislar sobre o assunto: trata-se de matéria reservada aos estados-
membros. 
d) O estado não possui competência para legislar a respeito do assunto: a matéria é de competência 
legislativa exclusiva da União. 
Comentário: 
Já sabemos que a União editou a LC 103/2000 justamente para permitir que os Estados e o DF possam legislar 
sobre uma questão específica dentro do tema ‘direito do trabalho’: o piso salarial. Por essa razão, podemos 
marcar a letra ‘a’ como sendo nossa reposta correta. 
Gabarito: A 
[FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho Substituto] Com objetivo de diminuir a ocorrência de 
acidentes de trânsito causados por motoristas que dirigem alcoolizados, determinado Estado-Membro da 
Federação promulgou lei estadual que tipifica infrações de trânsito para condutores em situação de flagrante 
embriaguez, aplicando-lhes sanções mais severas do que as previstas no Código de Trânsito Nacional. Neste 
caso, a referida lei estadual é: 
a) constitucional, pois a competência para legislar sobre trânsito e transporte é de natureza remanescente 
estadual 
b) inconstitucional, pois a competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa da União, sendo 
que o Estado-Membro apenas poderia legislar sobre questões específicas dessa matéria e desde que 
autorizado por lei complementar federal. 
c) constitucional, pois suplementa a legislação federal ao acrescentar medidas preventivas para diminuir 
acidentes de trânsito. 
d) inconstitucional, pois a competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa do Município. 
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e) constitucional, pois integra uma política de educação para a segurança do trânsito e, portanto, refere-se a 
uma competência federativa comum. 
Comentário: 
Claramente uma lei inconstitucional, tendo em vista o que prevê o art. 22 em seu inciso XI, no sentido de ser 
a competência legislativa para tratar do tema (trânsito e transporte) privativa da União. Se a União quiser, 
poderá editar uma LC autorizando os Estados e o DF a legislarem sobre questões específicas dentro deste 
tema. 
Gabarito: B 
[CESPE - 2020 - TJ PA – Analista Judiciário] Segundo o STF, lei editada pelo Poder Legislativo de estado da 
Federação para regulamentar o inquérito policial deverá ser considerada: 
a) inconstitucional, porque a competência legislativa para tratar do tema é privativa da União. 
b) inconstitucional, porque a competência legislativa para tratar do tema é exclusiva da União. 
c) constitucional, porque a competência legislativa para tratar de direito processual é comum à União, aos 
estados, ao Distrito Federal e aos municípios. 
d) constitucional, porque a competência legislativa para tratar do tema é concorrente, porém a 
superveniência de lei federal com normas gerais sobre o tema revogará a lei estadual. 
e) constitucional, porque a competência legislativa para tratar do tema é concorrente e, caso não haja lei 
federal sobre normas gerais, o estado poderá exercer a competência legislativa plena. 
Comentário: 
Como determinou nossa Suprema Corte, a persecução criminal, da qual fazem parte o inquérito policial e a 
ação penal, rege-se pelo direito processual penal. Apesar de caracterizar o inquérito policial uma fase 
preparatória da ação penal, por estar diretamente ligado à instrução processual que haverá de se seguir, é 
dotado de natureza processual, a ser cuidada, privativamente, por esse ramo do direito de competência da 
União (ADI 3.896, rel. min. Cármen Lúcia, j. 4-6-2008, P, DJE de 8-8-2008). Nesse sentido, nossa resposta 
está na letra ‘a’, pois, conforme determina o art. 22, I, CF/88, é competência privativa da União legislar sobre 
direito processual. 
Gabarito: A 
[FGV - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Direito] Considere que em determinado Estado da federação tenha 
sido promulgada lei ordinária, de iniciativa de Deputado Estadual, determinando que os agentes públicos, no 
exercício da função de fiscalização de trânsito, somente poderiam efetuar notificação a infrator nos casos e 
sob as condições especificadas no texto, não constantes de lei federal. De acordo com o ordenamento 
jurídico brasileiro, tal lei é 
(A) constitucional, uma vez que cuida de matéria de competência legislativa própria do Estado, haja vista o 
interesse regional do tema. 
(B) inconstitucional, pois a iniciativa do projeto de lei caberia ao chefe do Executivo local. 
(C) inconstitucional, na medida em que inexista autorização em lei complementar federal para que Estados 
legislem sobre questões específicas em trânsito e transporte, que é matéria de competência legislativa 
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privativa da União. 
(D) inconstitucional, pois a matéria deveria ter sido tratada por lei complementar, embora seja de 
competência do Estado. 
(E) constitucional, desde que vise a atender às peculiaridades do Estado, pois versa sobre matéria de 
competência legislativa concorrente de União, Estados e Distrito Federal. 
Comentário: 
Nos termos do art. 22, XI, a União legisla privativamente sobre o tema “trânsito e transporte”. No parágrafo 
único do art. 22 existe autorização para que a União, se desejar, edite lei complementar permitindo que os 
Estados e o DF legislem sobre questões específicas dos temas listados no art. 22. No entanto, não há 
atualmente nenhuma lei complementar federal permitindo que Estados e DF legislem sobre ‘trânsito e 
transporte’, de forma que a hipotética lei mencionada pela questão é inconstitucional. Destarte, nossa 
resposta encontra-se na letra ‘c’. 
Gabarito: C 
[FGV – 2019 - MP RJ - Técnico do Ministério Público - Área Administrativa] Determinado Estado da 
Federação editou lei ordinária estadual dispondo sobre desapropriação, inclusive estabelecendo normas 
gerais e abstratas sobre nova modalidade de desapropriação e seu respectivo procedimento. 
Instado a se manifestar sobre a matéria, o Procurador-Geral de Justiça deve apontar a: 
(A) constitucionalidadeda lei, pois compete concorrentemente à União, Estados e Distrito Federal legislar 
sobre desapropriação; 
(B) constitucionalidade da lei, pois compete concorrentemente a Estados, Distrito Federal e Municípios 
legislar sobre desapropriação; 
(C) inconstitucionalidade da lei, pois compete privativamente aos Municípios legislar sobre desapropriação, 
diante de evidente interesse local; 
(D) inconstitucionalidade da lei, pois compete privativamente à União legislar sobre desapropriação; 
(E) constitucionalidade da lei, pois compete privativamente aos Estados legislar sobre desapropriação. 
Comentário: 
É competência privativa da União legislar sobre o tema “desapropriação”, razão pela qual eventuais leis 
estaduais sobre o tema serão consideradas inconstitucionais. A letra ‘d’, portanto, é nossa resposta. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
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(iv) Legislativas concorrentes – art. 24, CF/88 
(a) O art. 24, CF/88, enuncia as competências concorrentes da União com os Estados e o DF. Façamos a 
leitura dos seus 16 incisos: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
II - orçamento; 
III - juntas comerciais; 
IV - custas dos serviços forenses; 
V - produção e consumo; 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, 
proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico; 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
XI - procedimentos em matéria processual; 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672) 
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; 
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
XV - proteção à infância e à juventude; 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
(b) Um detalhe importante: conforme você nota lendo o caput do art. 24, CF/88, os Municípios não 
foram listados como entes dotados de competência legislativa concorrente. Isso não os impede, 
todavia, de legislar sobre os temas relacionados nos incisos constantes do artigo, haja vista a 
competência suplementar que eles detêm como decorrência da previsão do art. 30, II, CF/88 (“Compete 
aos Municípios: II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber”). Deste modo, pode-se 
concluir que os Municípios estão aptos a complementar as leis federais e estaduais editadas no 
exercício da competência legislativa prevista no art. 24, com o intuito de melhor especificarem suas 
peculiaridades, nada obstante não terem sido relacionados no art. 24 enquanto entes dotados de 
competência legislativa concorrente. 
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(c) Em outras palavras: Municípios não possuem competência legislativa concorrente (não foram 
mencionados no art. 24), mas podem legislar sobre os assuntos ali relacionados, tendo em vista a 
autorização dada pelo art. 30, II, para que eles suplementem a legislação federal e estadual no que 
couber. Importante que você note, estimado aluno, que se a União e os Estados não tiverem legislado 
previamente sobre temas que estão no art. 24, CF/88, os Municípios não poderão atuar, pois não haverá 
o que complementar-suplementar. 
(d) Ao contrário das competências materiais comuns do art. 23, CF/88, que são cumulativas – pois não 
havia prévia determinação de limites para a atuação de cada ente –, a competência legislativa 
concorrente, é não cumulativa, afinal existe determinação expressa de limites à atuação dos entes, ou 
seja, as tarefas de cada um estão definidas de antemão. E como isso funciona? Os parágrafos do art. 24 
regulam e delimitam como se dará a atuação de cada ente federado. Vejamos: 
Art. 24, CF/88: 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer 
normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência 
suplementar dos Estados. 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no 
que lhe for contrário. 
(e) Nos termos do art. 24, § 1º, a União vai editar as normas gerais. 
(f) Conforme o § 2º, os Estados e o DF vão editar as normas específicas para complementar a legislação 
geral federal (competência suplementar-complementar). 
(g) Consoante prevê o art. 24, § 3º, se a União não editar a norma geral federal, os Estados e o DF não 
estarão impedidos de legislar sobre o assunto, pois poderão legislar de forma plena (competência 
suplementar-supletiva). 
(h) Por fim, e conforme dispõe o art. 24, § 4º, se depois que o Estado ou DF tiver legislado de forma 
plena a União resolver editar sua norma geral (superveniente), esta última irá suspender (e não revogar) 
a lei estadual anterior, onde houver contrariedade entre elas (onde forem compatíveis, elas podem 
conviver; a suspensão só alcança os trechos em que a norma estadual contrariar a nova norma geral 
federal). 
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(i) Para que você memorize mais facilmente os incisos I e II do art. 24 (que são alguns dos mais cobrados 
em prova), use a frase: “PUFETO”: 
 
(j) E, por fim, como o examinador pode mesclar as competências dos artigos 22 e 24, na tentativa de lhe 
confundir, eu já trouxe um quadro comparando as mais importantes. Verifique com atenção cada uma 
dessas linhas! 
 
 
Questões para fixar 
[CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II] A respeito da organização do 
Estado, a União, os estados federados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente sobre: 
A) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. 
B) ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do 
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solo urbano. 
C) combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos. 
D) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 
E) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores. 
Comentário: 
Por força do disposto pelo art. 24, I da CF/88, compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. Deste modo, a 
nossa resposta está na letra ‘a’. 
Gabarito: A 
[TRF - 4ª REGIÃO - 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Julgue a assertiva, de acordo 
com a Constituição Federal: 
Compete privativamente à União legislar sobre direito penal, direito processual penal e direito penitenciário. 
Comentário: 
Legislar sobre direito penitenciário é competência concorrente (art. 24, I da CF/88). Item falso. 
Gabarito: Errado 
[VUNESP - 2017 - Câmara de Sumaré-SP - Procurador Jurídico] Com relação à organização político-administrativa e competências fixadas pela União para os entes federativos, julgue a assertiva: 
Caso o Estado tenha legislado sobre normas gerais face à inexistência de normatização pela União, a 
superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a lei estadual. 
Comentário: 
Não há revogação, mas, sim, suspensão. É a inteligência do parágrafo 4° do art. 24, CF/88. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2014 - TJ-DFT - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Adaptada] Julgue o item acerca das 
normas constitucionais referentes ao DF: 
O DF pode legislar, de forma concorrente com a União, sobre registros públicos. 
Comentário: 
Item falso. Trata-se de uma competência privativa da União (art. 22, XXV da CF/88). 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2017 - DPE-RS - Técnico - Área Administrativa] A Constituição Federal estabelece um rol de matérias 
sobre as quais a União e os Estados têm competência concorrente para legislar. Isso implica, entre outras 
consequências, que, quanto a essas matérias: 
a) os Estados podem exercer sua competência legislativa apenas para complementar as lacunas da lei federal 
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editada pela União. 
b) cabe à União estabelecer normas gerais, não excluída a competência suplementar dos Estados. 
c) se houver legislação federal, os Estados não poderão mais legislar. 
d) se não houver legislação federal, os Estados podem estabelecer leis válidas em seu território, as quais 
prevalecerão sobre eventual lei federal posteriormente editada. 
e) a União e os Estados devem acordar sobre cada lei a ser editada, fazendo-o mediante aprovação pelo 
Poder Legislativo federal e pelo Poder Legislativo estadual. 
Comentário: 
A letra ‘a’ não deve ser assinalada, haja vista os Estados poderem legislar de forma plena diante da ausência 
de norma geral federal (art. 24, § 3°). 
A letra ‘b’ é nossa resposta, pois em plena consonância com o art. 24, § 2°. 
Os comentários já feitos sobre as assertivas ‘a’ e ‘b’ são suficientes para demonstrar o erro da alternativa ‘c’. 
Quanto à ‘d’, lembremos que o § 3° autoriza os Estados a legislarem de forma plena. No entanto, diante da 
superveniência de lei federal sobre normas gerais, a norma estadual ficará suspensa, onde contrariar a lei 
geral federal (art. 24, § 4°). 
Por fim, a letra ‘e’ é falsa, pois a Constituição já delimitou o campo de atuação legislativa de cada ente 
federado em se tratando de competência concorrente. 
Gabarito: B 
[PUC-PR - 2019 - ISS Campo Grande - Auditor] De acordo com o STF – “A competência legislativa 
concorrente cria o denominado “condomínio legislativo” entre a União e os Estados-Membros, cabendo à 
primeira a edição de normas gerais sobre as matérias elencadas no art. 24 da Constituição Federal; e aos 
segundos o exercício da competência complementar — quando já existente norma geral a disciplinar 
determinada matéria (CF, art. 24, § 2º) — e da competência legislativa plena (supletiva) — quando inexistente 
norma federal a estabelecer normatização de caráter geral (CF, art. 24, § 3º)” ADI 5077, Relator(a): Min. 
ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-250 
DIVULG 22- 11-2018 PUBLIC 23-11-2018. Sobre a competência legislativa concorrente entre União, Estados e 
Distrito Federal, é CORRETO afirmar que compreende: 
A) legislar sobre populações indígenas. 
B) legislar sobre sistemas de consórcios e sorteios. 
C) a possibilidade de instituição de regiões metropolitanas, desde que por meio de lei complementar. 
D) legislar sobre registros públicos. 
E) legislar sobre orçamento. 
Comentário: 
Conforme estudamos, as competências legislativas concorrentes entre a União, os Estados-membros e o DF 
estão previstas no art. 24, CF/88. Orçamento é tema descrito no referido dispositivo (art. 24, inciso II). Por 
essa razão, nossa resposta encontra-se na letra ‘e’. 
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As demais alternativas trazem competências legislativas privativas da União: 
- Populações indígenas: art. 22, inciso XIV 
- Sistemas de consórcios e sorteios: art. 22, inciso XX 
- Registros Públicos: art. 22, inciso XXV 
Já a possibilidade de instituir regiões metropolitanas, desde que por meio da edição de lei complementar, é 
competência legislativa estadual, consoante podemos extrair da leitura do art. 25, §3º da CF/88. 
Gabarito: E 
[CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II] A respeito da organização do 
Estado, a União, os estados federados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente sobre: 
A) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. 
B) ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do 
solo urbano. 
C) combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos. 
D) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 
E) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores. 
Comentário: 
A resolução dessa questão dependeria de o aluno conhecer o art. 24, CF/88, que enuncia os temas para os 
quais a competência para legislar é concorrente entre a União, os Estados-membros e o Distrito Federal. 
Lembre-se que ensino, como 1° passo para a memorização e comparação dos artigos 22 (competências 
privativas da União) e 24 (competências concorrentes), as frases CAPACETE De PM e PUFETO. Ambas 
enunciam os ramos do Direito em se inserem em cada dispositivo constitucional. Sabendo que PUFETO 
significa Penitenciário, Urbanístico, Financeiro, Econômico, Tributário e Orçamentário (são os incisos I e II do 
art. 24, CF/88), marcar a alternativa ‘a’ como resposta não seria tarefa tão complexa. 
Gabarito: A 
[FCC - 2019 - DETRAN-SP - Oficial Estadual de Trânsito] Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre: 
(A) trânsito e transporte. 
(B) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores. 
(C) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico. 
(D) sistemas de consórcios e sorteios. 
(E) organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões. 
Comentário: 
As alternativas das letras ‘a’, ‘b’, ‘d’ e ‘e’ enunciam competências legislativas privativas da União. Veja no art. 
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22, nos incisos XI, VII, XX e XVI. 
Já na letra ‘c’ temos uma competência legislativa que é concorrente, estando descrita no art. 24, inciso VIII. 
Eis, portanto, nossa resposta. 
Gabarito: C 
[FCC - 2019 - SEFAZ-BA - Auditor] Eventual lei estadual que disponha sobre produção e consumo será: 
a) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria de competência legislativa privativa da 
União. 
b) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria de interesse local, de competência dos 
Municípios. 
c) compatível com a Constituição Federal, inclusive se estabelecer normas gerais, desde que, nessa hipótese, 
inexista lei federal sobre normas gerais e que o Estado legisle para atender a suas peculiaridades. 
d) compatível com a Constituição Federal, desde que lei complementar federal autorize os Estados a 
legislarem sobre a matéria e que o Estado legisle sobre questões específicas da matéria. 
e) compatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria reservada aos Estados. 
Comentário: 
Referida lei estadual é compatível com o texto constitucional, pois é competência concorrente da União,dos 
Estados e do Distrito Federal legislar sobre produção e consumo, conforme disposição do art. 24, V da CF/88. 
Vale lembrar que no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer 
normas gerais (art. 24, § 1º, CF/88) – tal atribuição não exclui a competência suplementar complementar dos 
Estados (art. 24, § 2º, CF/88). 
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º, CF/88). 
Deste modo, a alternativa correta e que deverá ser marcada é aquela trazida pela letra ‘c’, não sendo 
necessário que lei complementar federal autorize os Estado a legislar sobre tal matéria. 
Gabarito: C 
[FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Zélia, Deputada Estadual, após constatar que 
a União e os Estados tinham competência concorrente para legislar sobre determinada matéria, solicitou que 
sua assessoria analisasse os limites da atuação da Assembleia Legislativa nessa temática, sendo-lhe 
respondido corretamente que: 
(A) caso a União discipline integralmente a matéria, será vedado que o Estado nela incursione; 
(B) o Estado pode legislar livremente sobre a matéria e, no caso de divergência da lei local com a da União, 
aquela prevalece; 
(C) o Estado terá competência plena caso a União não tenha editado lei veiculando normas gerais sobre a 
matéria; 
(D) o Estado somente poderá suplementar a lei federal caso esta o autorize expressamente; 
(E) o Estado pode editar normas gerais sobre a matéria, mas deve observar os pontos específicos 
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disciplinados pela União. 
Comentário: 
Consoante vimos, nos termos do art. 24, § 1º, a União vai editar as normas gerais e, conforme o § 2º, os 
Estados e o DF vão editar as normas específicas para complementar a legislação geral federal (competência 
suplementar complementar). No entanto, de acordo com o que prevê o art. 24, § 3º, se a União não editar a 
norma geral federal, os Estados e o DF não estarão impedidos de legislar sobre o assunto, pois poderão 
legislar de forma plena (competência suplementar supletiva). Por isso, nossa resposta encontra-se na letra 
‘c’. 
Por fim, segundo dispõe o art. 24, § 4º, se depois que o Estado ou DF tiver legislado de forma plena a União 
resolver editar sua norma geral (superveniente), esta última irá suspender (e não revogar) a lei estadual 
anterior, onde houver contrariedade entre elas. 
Gabarito: C 
[FCC - 2019 - TRF4 - Analista Judiciário-Área Judiciária] À luz da jurisprudência e das normas constitucionais 
no que concerne à repartição de competências entre os entes federados, 
(A) admite-se que os estados, no exercício de sua competência para suplementar as normas gerais da União, 
editadas nas matérias sujeitas à competência legislativa concorrente, possam dispor em sentido contrário às 
normas federais, desde que o façam para atender a seu interesse específico. 
(B) cabe aos estados exercer a competência legislativa plena, na ausência de normas gerais da União em 
matéria de desapropriação. 
(C) é vedado aos municípios em qualquer circunstância editar normas em matéria de proteção ao meio 
ambiente, uma vez que o tema se insere no âmbito das competências legislativas concorrentes atribuídas 
somente à União, estados e Distrito Federal. 
(D) a edição de normas em matéria de direito financeiro e de orçamento sujeita-se ao regime das 
competências legislativas concorrentes atribuídas à União, estados e Distrito Federal. 
(E) a edição de normas sobre procedimentos em matéria processual sujeita-se à competência legislativa 
privativa da União. 
Comentário: 
Nos termos do art. 24, I e II, CF/88, compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre direito financeiro e orçamento. Deste modo, podemos assinalar a letra ‘d’ como 
nossa resposta! 
Seguindo na análise da questão, repare que a letra ‘a’ não poderia ser nossa resposta, haja vista o equívoco 
de dizer que os Estados-membros poderiam, no exercício da competência legislativa concorrente, contrariar 
as normas gerais editadas pela União. Um absurdo desses não se harmoniza com a previsão do art. 24, § 1º 
(que determina ser atribuição da União a edição de normas gerais) associada com o § 2º (que nos lembra que 
os Estados e o DF vão editar as normas específicas para complementar a legislação geral federal -- 
competência suplementar complementar). 
A letra ‘b’ também não pode ser assinalada, haja vista competir privativamente à União legislar sobre 
desapropriação (art. 22, II, CF/88). 
No que se refere à letra ‘c’, ela também é falsa. Conforme se depreende da leitura do caput do art. 24, CF/88, 
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os Municípios não foram listados como entes dotados de competência legislativa concorrente. Isso não os 
impede, todavia, de legislar sobre os temas relacionados nos incisos constantes de tal artigo, haja vista a 
competência suplementar que eles detêm como decorrência da previsão do art. 30, II, CF/88. Deste modo, 
podemos concluir que os Municípios estão aptos a complementar as leis federais e estaduais editadas no 
exercício da competência legislativa prevista no art. 24, com o intuito de melhor especificarem suas 
peculiaridades, nada obstante não terem sido relacionados no art. 24 enquanto entes dotados de 
competência legislativa concorrente. Em conclusão: Municípios podem sim legislar sobre Direito Ambiental, 
desde que esteja presente o interesse local. 
Por último, a letra ‘e’ também é falsa, pois compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre procedimentos em matéria processual (art.24, XI, CF/88). Este foi um ponto no qual 
apostamos em nossa aula. 
Gabarito: D 
[CESPE - 2019 - TJ PR - Técnico Judiciário] Segundo a Constituição do Estado do Paraná, esse estado tem 
competência: 
A) privativa para legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais presentes no seu território. 
B) comum com os municípios para legislar sobre temas de interesse local. 
C) comum com a União para legislar sobre direito tributário. 
D) concorrente com a União para zelar pela guarda da Constituição e das instituições democráticas. 
E) concorrente com a União para legislar sobre procedimentos em matéria processual e custas dos serviços 
forenses. 
Comentário: 
Compete ao Estado do Paraná, concorrentemente com a União, legislar sobre custas dos serviços forenses e 
procedimentos em matéria processual, de acordo com o art. 13, IV e XI, da CEPR. Importante mencionar que, 
nos termos do art. 24, incisos IV e XI da CF/88, compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre custas dos serviços forenses e procedimentos em matéria processual. Destarte, 
nossa resposta encontra-se na letra ‘E’. 
Gabarito: E 
[UFPR - 2020 - Câmara de Curitiba - PR - Analista Legislativo] A respeito da competência concorrente da 
União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar, conforme o art. 24 da Constituição Federal, considere 
as seguintes afirmativas: 
1. No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
2. A elaboração de leis sobre a proteção ao patrimônio histórico, cultural e artístico é de competência 
concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
3. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades. 
4. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
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Assinale a alternativa correta. 
(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. 
(B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
(C) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
(D) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
(E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
Comentário: 
Pode marcar a alternativa ‘e’ como correta, já que todos os itens são verdadeiros. 
- Item I: É a redação do art. 24, § 1º; 
- Item II: Nos termos do art. 24, VII, da CF/88, a elaboração de leis sobre a proteção ao patrimônio histórico, 
cultural e artístico é de competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal; 
- Item III: Também verdadeiro, pois retrata a redação do § 3º do art. 24; 
- Item IV: Igualmente correto, representando a redação do § 4º do art. 24. 
Gabarito: E 
[UFPR - 2020 - Câmara de Curitiba - PR - Analista Legislativo] A respeito da divisão de competências para 
legislar, fixada na Constituição de 1988, é correto afirmar: 
(A) Compete privativamente à União legislar sobre direito tributário, financeiro, penitenciário e econômico. 
(B) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito civil, 
comercial, penal, processual, eleitoral e agrário. 
(C) Compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local, bem como suplementar a legislação 
federal e a estadual no que couber. 
(D) Compete privativamente à União legislar sobre procedimentos em matéria processual. 
(E) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre trânsito e 
transporte. 
Comentário: 
A alternativa que deve ser assinalada é a da letra ‘c’, pois nos termos do art. 30, I e II, o município é 
competente para legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e a estadual no 
que couber. 
Vejamos os erros das demais: 
- Letra ‘a’: A competência para legislar sobre direito tributário, financeiro, penitenciário e econômico é 
concorrente entre a União, os Estados e o DF (art. 24, I). O item, portanto, é falso; 
- Letra ‘b’: A competência para legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral e agrário é 
privativa da União, nos termos do art. 22, I. Vê-se que o item é falso; 
- Letra ‘d’: A competência para legislar sobre procedimentos em matéria processual é concorrente entre a 
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União, os Estados e o DF nos termos do art. 24, XI. Nesse sentido, a assertiva é falsa. 
- Letra ‘e’: Este último item também é falso, pois a competência para legislar sobre trânsito e transporte é 
privativa da União, nos termos do art. 22, XI. 
Gabarito: C 
 
(v) Encerramento do tema - Tabela 
Meu caro, vamos concluir nossos estudos verificando na tabela posta abaixo um breve resumo 
das competências da União (descritas nos artigos 21 a 24) que analisamos nessa aula: 
Dispositivo 
Constitucional 
Competência Natureza Detalhe importante 
21 Exclusiva da União 
Material / 
administrativa 
- São competências indelegáveis. 
- Tratam normalmente da relação entre a 
República Federativa do Brasil e outros 
Estados soberanos; bem como de assuntos 
que exigem tratamento nacionalmente 
uniforme. 
22 Privativa da União Legislativa 
- São competências legislativas passíveis de 
delegação para Estados e Distrito Federal, 
por meio de autorização dada por lei 
complementar federal. 
23 
Comum (União, 
Estados, DF e 
Municípios) 
Material / 
administrativa 
- É partilhada por todos os entes da 
federação. 
24 
Concorrente 
(União, Estados e 
DF) 
Legislativa 
- União edita as normas gerais. 
- Estados e Distrito Federal editam normas. 
Complementares - suplementares. 
- Se a União não editar a norma geral, 
Estados / DF poderão legislar de forma plena. 
- A superveniência de lei federal, trazendo 
norma geral, suspende a lei estadual onde 
houver entre elas contrariedade. 
 
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(3) Questões resolvidas em aula 
QUESTÃO 01 
[FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP – Sociólogo] Segundo o artigo 1° da Constituição Federal de 
1988, o Brasil é uma “República Federativa”. Esse termo exprime, respectivamente: 
A) a forma de governo e a forma de Estado. 
B) o sistema de governo e a forma de governo. 
C) a forma de Estado e o sistema de governo. 
D) a forma de Estado e a forma de governo. 
E) o sistema eleitoral e o sistema de governo. 
QUESTÃO 02 
[CESPE - 2018 - TCE-PB - Agente de Documentação] De acordo com os princípios fundamentais 
estabelecidos na CF, assinale a opção que apresenta, respectivamente, as formas de Estado e de 
governo adotadas no Brasil: 
A) Federação e República 
B) Federação e presidencialismo 
C) Presidencialismo e República 
D) República e Federação 
E) República e presidencialismo. 
QUESTÃO 03 
[IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção] A Federação ou também 
chamada de Estado Federal é forma adotada pela República Federativa do Brasil desde a proclamação 
da República em 1889, e encontram-se fundamentado nas coletividades regionais e políticas 
autônomas, denominadas Estados, insere-se neste contexto o Distrito Federal e os municípios, esta é a 
base do Princípio Federalista. Assinale a alternativa que demonstra todas as características do princípio 
anteriormente citado: 
A) Descentralização política ou repartição constitucional de competências, repartição constitucional de 
rendas, participação da vontade das entidades locais; possibilidade de autoconstituição; autonomia 
administrativa; autonomia política. 
B) Repartição constitucional de rendas e participação da vontade das entidades locais, repartição 
constitucional de competências, autonomia administrativa. 
C) A descentralização política ou repartição constitucional de competências e a autonomia política. 
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D) Autonomia administrativa e autonomia política. 
QUESTÃO 04 
[CESPE - 2015 - MPOG - Analista em tecnologia da Informação - Conhecimentos Básicos cargo - Cargo 
12] Com relação ao sistema político brasileiro e às relações entre Estado, governo e administração 
pública, julgue o item seguinte: 
São formas de governo a federação e a confederação. 
QUESTÃO 05 
[VUNESP - 2014 - PGM - SP - Procurador do Município] Para atingir o bem comum, o Estado se 
estrutura para exercer o poder político. Nesse sentido, seguindo o conceito de Forma de Estado, a 
organização pode ser: 
A) monarquia ou república. 
B) monarquia constitucional ou república. 
C) unitário ou federal. 
D) democrático ou autocrático. 
E) presidencialista ou parlamentarista. 
QUESTÃO 06 
[CS-UFG - 2018 - Câmara de Goiânia - GO - Assessor Técnico Legislativo – Administrador] O Estado 
Unitário se diferencia do Estado Federalista em vários aspectos. O que é um Estado Unitário? 
A) É um Estado governado por um governo central onde não há autonomia política das unidades 
subnacionais. 
B) É um Estado governado por um governo descentralizado e com autonomia política das unidades 
subnacionais, inclusive com governo próprio. 
C) É um Estado cujas funções administrativas não podem ser descentralizadas. 
D) É um Estado cujas competências estabelecidas pela constituição do país não podem ser revogadas 
pelo governo central. 
QUESTÃO 07 
[FGV - 2015 - TJ-RO - Técnico Judiciário] A respeito da organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil, é correto afirmar que ela é formada pela união: 
a) indissolúvel dos Estados e dos Municípios; 
b) indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
c) dissolúvel dos Estados, dos Municípios e dos Territórios;d) indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
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e) dissolúvel dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
QUESTÃO 08 
[CESPE - 2013 - TJ-RN - Juiz - Adaptada] No que concerne à organização do Estado brasileiro, julgue a 
assertiva: 
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
estados, o DF e os municípios, todos soberanos, nos termos da CF. 
QUESTÃO 09 
[FCC - 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] À luz da 
organização político-administrativa do Estado brasileiro, na qual prevalece a autonomia das entidades 
federativas: 
A) a autonomia baseia-se na existência de uma única esfera governamental atuante sobre a população, 
em um mesmo território. 
B) a Constituição Federal prevê mecanismos de proteção do sistema federativo, tais como a repartição 
de competências administrativas e legislativas entre os entes federados. 
C) a autonomia é assegurada a todos os entes sob os aspectos administrativo e fiscal, cabendo, no 
entanto, somente à União a autonomia legislativa. 
D) a soberania, na qualidade de poder supremo consistente na capacidade de autodeterminação do 
ente federado, cabe à União e aos Estados membros. 
QUESTÃO 10 
[FUNCAB - 2015 - ANS - Ativ. Tec. de Suporte - Direito - Adaptada] Acerca da organização do Estado 
brasileiro, julgue a assertiva: 
Os Municípios não dispõem de autonomia política, uma vez que não são dotados de capacidade de 
auto-organização e de autoadministração. 
QUESTÃO 11 
[CESPE - 2020 - TJ PA - Auxiliar Judiciário] A autonomia do Estado para gerir negócios próprios, pela 
ação administrativa do governador, denomina-se: 
a) autogoverno 
b) soberania 
c) autogestão 
d) autolegislação 
e) autoadministração. 
 
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QUESTÃO 12 
[FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária] A Câmara Municipal do Município Alfa 
aprovou em dois turnos de votação, com interstício de dez dias, pelo voto, de dois terços de seus 
membros, o projeto de lei orgânica, que passaria a reger o Município. Ato contínuo, a própria Câmara 
Municipal a promulgou. 
À luz da sistemática constitucional, o referido processo legislativo está: 
a) incorreto, pois o município deve ser regido pela Constituição Municipal; 
b) correto, desde que o Prefeito Municipal aceite sancionar a lei após a promulgação. 
c) correto, pois todas as fases de elaboração da lei orgânica se desenvolvem na Câmara Municipal; 
d) incorreto, pois a lei orgânica deveria ser sancionada pelo Prefeito Municipal, que a promulgaria; 
e) incorreto, pois o Município deve ser regido nos termos da Constituição Estadual, não por lei orgânica. 
QUESTÃO 13 
[CESPE - 2013 - TJ-RN - Juiz - Adaptada] No que concerne à organização do Estado brasileiro, julgue a 
assertiva: 
A capital federal, atualmente o DF, pode ser transferida para outra localidade, mediante lei 
complementar. 
QUESTÃO 14 
[CESPE - 2012 - ANATEL - Analista Administrativo] A respeito da organização político-administrativa 
do Estado brasileiro, julgue o próximo item: 
A cidade de Brasília é a capital federal, sendo vedada pela Constituição Federal a transferência da sede 
do governo federal para outra cidade. 
QUESTÃO 15 
[MPE-MG - 2010 - MPE-MG - Promotor de Justiça – 5º Concurso] Segundo a Constituição da República 
de 1988: 
A) o Distrito Federal é a Capital Federal. 
B) o Rio de Janeiro é a Capital em casos urgentes e de calamidade pública. 
C) Brasília é a Capital Federal. 
D) Goiás é a Capital em casos urgentes e de calamidade pública. 
QUESTÃO 16 
[CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1] Com relação à organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil, julgue o item subsecutivo: 
O Distrito Federal é a capital da República Federativa do Brasil. 
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QUESTÃO 17 
[CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação - Adaptada] 
Com relação à organização político-administrativa do Estado brasileiro, julgue o item a seguir: 
O Distrito Federal é a capital federal do Brasil. 
QUESTÃO 18 
[FGV - 2008 - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo Legislativo - Adaptada] Sobre a 
organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, julgue a assertiva: 
Brasília é a Capital Federal. 
QUESTÃO 19 
[CESPE - 2013 - TCE-RO - Agente Administrativo] Acerca da organização do Estado e da organização 
do poder estabelecida na CF, julgue o seguinte item: 
Brasília está localizada no Distrito Federal, mas não se confunde com ele. A capital federal não possui 
autonomia. De acordo com a CF, a autonomia é uma característica do Distrito Federal, dos municípios, 
dos estados-membros e da União. 
QUESTÃO 20 
[CESPE - 2013 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador] Julgue o item seguinte, com 
base na CF e no entendimento do STF: 
Apesar do entendimento comum de que Brasília seria a capital federal, a CF atribui ao DF a condição de 
capital federal, razão por que proíbe, taxativamente, a divisão dessa unidade federada em municípios. 
QUESTÃO 21 
[CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental] A respeito da 
organização do Estado, julgue o próximo item: 
Nos termos da CF, Brasília possui autonomia administrativa, legislativa e financeira, em virtude de ser a 
capital federal. 
QUESTÃO 22 
[CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário - Telecomunicações e Eletricidade - Conhecimentos Básicos] 
Julgue o item seguinte, referente à organização do Estado e ao Poder Judiciário: 
Com o advento da Constituição de 1988, Brasília deixou de ser a capital da República em favor do 
Distrito Federal, que passou a ter esse status. 
QUESTÃO 23 
[IADES - 2014 - FUNPRESP-EXE - Analista Técnico - Jurídico - Adaptada] Quanto à organização 
político-administrativa do Brasil, julgue o item: 
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O Distrito Federal é a capital da República e não faz parte da organização político-administrativa do 
Brasil. 
QUESTÃO 24 
[VUNESP - 2013 - TJ-SP - Juiz] Os Territórios Federais integram a União, e sua criação será regulada por 
meio de: 
a) Lei Complementar, precedida de consulta popular 
b) Emenda Constitucional. 
c) Plebiscito. 
d) Emenda Constitucional, precedida de consulta popular. 
QUESTÃO 25 
[VUNESP - 2016 - UNESP - Assistente Administrativo I] Os Territórios Federais integram a União e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em: 
A) Autorização Legislativa. 
B) Decreto Legislativo. 
C) Emenda Constitucional. 
D) Lei Complementar. 
E) Medida Provisória. 
QUESTÃO 26 
[CS-UFG - 2018 - SANEAGO - GO - Analista de Sistemas] Nos termos da Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, os Territórios Federais integram a União e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas por: 
A) Medidas Provisórias. 
B) Leis Delegadas. 
C) Lei Ordinária. 
D) Lei Complementar. 
QUESTÃO 27 
[CESPE - 2013 - FUNASA - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2] Julgue o item que 
se segue, a respeito da organização político-administrativa e da administração pública: 
Nos termos da CF, os territórios federais não são considerados entes federativos, isto é, não gozam de 
autonomia política, mas integram a União e possuem naturezade mera autarquia. 
 
 
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QUESTÃO 28 
[COPESE - UFT - 2012 - DPE-TO - Analista em Gestão Especializado - Ciências Contábeis - Adaptada] 
Julgue a assertiva a seguir: 
Os Territórios Federais não integram a União e sua extinção depende de Lei ordinária Estadual. 
QUESTÃO 29 
[CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1] Com relação à organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil, julgue o item subsecutivo: 
Atualmente, não existem territórios federais no Brasil, mas a Constituição Federal de 1988 prevê a 
possibilidade de serem criados por meio de lei complementar. 
QUESTÃO 30 
[CESPE - 2015 - TCE-RN - Conhecimentos Básicos para o Cargo 1] No que concerne à organização 
político-administrativa, julgue o item subsequente: 
Por possuírem autonomia política, os territórios federais têm sua criação, transformação em estado ou 
reintegração ao estado de origem dependente da aprovação, por plebiscito, da população diretamente 
interessada e da ratificação do Congresso Nacional. 
QUESTÃO 31 
[IADES - 2014 - FUNPRESP-EXE - Analista Técnico - Jurídico - Adaptada] Quanto à organização 
político-administrativa do Brasil, julgue o item: 
Os territórios federais não integram a União, e a criação ou transformação deles em estado ou 
reintegração ao estado de origem serão reguladas em lei ordinária. 
QUESTÃO 32 
[FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina-PI - Técnico de Nível Superior Adaptada] Acerca do Distrito Federal 
e dos Territórios, julgue o próximo item: 
As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do 
Tribunal de Contas da União. 
QUESTÃO 33 
[FUNDATEC - 2018 - DPE-SC - Técnico Administrativo] Quanto à Organização do Estado, analise a 
seguinte assertiva: 
Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei ordinária. 
 
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QUESTÃO 34 
[FGV - 2013 - TJ-AM - Juiz - Adaptada] Com relação ao federalismo, julgue a assertiva: 
Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação de leis estaduais, 
posteriormente ratificadas por referendo, que deverá ser convocado pelo Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
QUESTÃO 35 
[CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo - Área 1] A respeito da organização político-
administrativa do Estado brasileiro e da administração pública, julgue o item seguinte: 
A CF admite a incorporação, a subdivisão ou o desmembramento de estados. 
QUESTÃO 36 
[CESPE - 2016 - DPU - Agente Administrativo - Conhecimentos Básicos] Com base nas disposições da 
Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente: 
O Congresso Nacional poderá editar lei complementar para a fusão de dois estados em um novo, desde 
que as populações diretamente interessadas aprovem a fusão mediante plebiscito. 
QUESTÃO 37 
[CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Arquitetura] Conforme a CF, o 
desmembramento de estado-membro da Federação depende, entre outros requisitos, de: 
A) emenda à Constituição. 
B) referendo. 
C) ação popular. 
D) iniciativa popular. 
E) plebiscito. 
QUESTÃO 38 
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Conhecimentos Gerais e Específicos - Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7] Determinado 
estado-membro se desfez de parte de seu território, e a população ali residente foi unida a outro 
estado-membro, sem que aquele perdesse a sua identidade originária. 
Nessa situação, ocorreu a modalidade de formação de estados federados denominada: 
A) incorporação. 
B) subdivisão. 
C) desmembramento por anexação. 
D) desmembramento por formação. 
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E) fusão. 
QUESTÃO 39 
[CESPE - 2017 - PC-GO - Delegado de Polícia - Adaptada] A respeito dos estados-membros da 
Federação brasileira, julgue as assertivas: 
(i) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado-membro deve envolver a 
população de todo o estado-membro e não só a do território a ser desmembrado. 
(ii) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação de novos estados 
dependerá de referendo. Assim, o referendo é condição prévia, essencial ou prejudicial à fase seguinte: 
a propositura de lei complementar. 
QUESTÃO 40 
[CESPE - 2019 - TJ PR - Técnico Judiciário] A integridade territorial do Paraná, protegida pela 
Constituição desse estado, somente pode ser alterada mediante: 
A) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar federal. 
B) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar estadual. 
C) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar federal. 
D) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar estadual. 
E) lei complementar estadual de iniciativa popular.. 
QUESTÃO 41 
[SIGMA ASSESSORIA - 2012 - Prefeitura de Iracemápolis - SP - Advogado] A criação, incorporação, 
fusão e o desmembramento de Municípios: 
A) far-se-ão por lei federal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei; 
B) far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei; 
C) far-se-ão por lei municipal e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei; 
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D) far-se-ão por lei federal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, a toda população nacional, após ampla divulgação 
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
QUESTÃO 42 
[FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Tributário, Financeiro e Cidadania] De acordo com o 
texto constitucional, o desmembramento de Município pode ocorrer por lei: 
A) municipal, dentro do período determinado por lei complementar estadual, após divulgação dos 
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei, sendo desnecessária a 
consulta prévia, mediante plebiscito, à população do Município envolvido. 
B) municipal, dentro do período determinado por lei complementar federal, sendo necessária consulta 
prévia, mediante plebiscito, à população do Município envolvido, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
C) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, desde que atendidos aos 
demais requisitos previstos em lei, sendo desnecessária a consulta prévia, mediante plebiscito, à 
população do Município envolvido. 
D) estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, desde que atendidos aos 
demais requisitos previstos em lei, sendo desnecessária a consulta prévia, mediante plebiscito, à 
populaçãodo Município envolvido. 
E) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta 
prévia, mediante plebiscito, à população do Município envolvido, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
QUESTÃO 43 
[VUNESP - 2008 - DPE-MS - Defensor Público] O desmembramento de Município, conforme a 
Constituição Federal, far-se-á: 
A) por lei federal, dentro do período determinado por lei complementar estadual e dependerá de 
plebiscito, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal. 
B) por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal e dependerá de 
plebiscito, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal. 
C) por lei municipal, dentro do período determinado por lei complementar estadual e dependerá de 
referendo, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Estadual. 
D) por lei municipal, dentro do período determinado por lei complementar estadual e dependerá de 
plebiscito, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Federal. 
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QUESTÃO 44 
[VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe] A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios serão realizados por lei: 
A) federal, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de plebiscito. 
B) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e submetidos a referendo 
popular. 
C) federal, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e submetidos a referendo 
popular. 
D) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de plebiscito. 
E) estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e dependerão de 
plebiscito. 
QUESTÃO 45 
[FCC - 2009 - TJ-PA - Auxiliar Judiciário] A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
municípios, far-se-ão, observados outros requisitos de ordem constitucional, por: 
A) medida provisória. 
B) decreto-lei. 
C) lei estadual. 
D) resolução do Congresso Nacional. 
E) lei orgânica municipal. 
QUESTÃO 46 
[FUNCAB - 2015 - PC-AC - Perito Criminal] Vereadores de cidades vizinhas pretendem a fusão dos 
municípios com o objetivo de assegurar maior desenvolvimento social, cultural e econômico para a 
região. Para que essa fusão ocorra, a Constituição Federal exige: 
A) parecer prévio do governador do estado, lei estadual prevendo a fusão e estudos de viabilidade 
municipal. 
B) lei federal, consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos e estudos 
de viabilidade municipal. 
C) lei federal, consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos e parecer 
do governador do estado. 
D) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de 
viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
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E) lei estadual, consulta prévia à população do estado envolvido e estudos de viabilidade municipal. 
QUESTÃO 47 
[COPESE - UFT - 2012 - DPE-TO - Analista em Gestão Especializado - Ciências Contábeis - Adaptada] 
Julgue a assertiva a seguir: 
A Constituição Federal possibilita a transformação de Territórios em Estados-membros e a criação, 
incorporação, fusão e o desmembramento de Municípios. 
QUESTÃO 48 
[FCC - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal] Determinada 
região situada no território do Estado X pretende desmembrar-se deste para se anexar ao Estado Y, ao 
passo que os Municípios W e Z pretendem fundir-se. A Constituição Federal: 
A) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante aprovação da 
população interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar; assim 
como autoriza a fusão dos Municípios W e Z que se fará por lei municipal, dentro do período 
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta, mediante referendo, às 
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
B) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante aprovação da 
população interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar; assim 
como autoriza a fusão dos Municípios W e Z que se fará por lei estadual, dentro do período 
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
C) não autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, pois permite apenas que 
os Estados se incorporem entre si ou que se subdividam mediante aprovação da população interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar; autorizando, de outro lado, a 
fusão dos Municípios W e Z que se fará por lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
D) não autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, pois permite apenas o 
desmembramento de Estados para formarem novos Estados ou Territórios, mediante aprovação da 
população interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar; assim 
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como não autoriza a fusão dos Municípios W e Z, pois permite apenas a criação, a incorporação e o 
desmembramento de Municípios que se farão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerão de consulta, mediante referendo, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma 
da lei. 
E) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante aprovação da 
população interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar; não 
autoriza, de outro lado, a fusão dos Municípios W e Z, pois permite apenas a criação, a incorporação e o 
desmembramento de Municípios que se farão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerão de consulta, mediante referendo, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma 
da lei. 
QUESTÃO 49 
[AOCP - 2012 - TCE-PA - Técnico de Informática - Suporte] Analise as assertivas e assinale a alternativa 
que aponta as corretas: 
I. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
II. Brasília é a Capital Federal. 
III. Os Territórios Federais integram o Estado, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração 
à União serão reguladas em lei complementar. 
IV. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
A) Apenas I, II e III. 
B) Apenas II, III e IV. 
C) Apenas I e II. 
D) Apenas III eIV. 
E) I, II, III e IV. 
QUESTÃO 50 
[VUNESP - 2015 - Prefeitura de São Paulo - SP - Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental 
- Conhecimentos Gerais] Quanto à organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil, apresentada no artigo 18 da Constituição Federal, é correto afirmar que: 
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A) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, exclusivamente, por meio de lei 
complementar. 
B) a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
C) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
D) a criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem dos Territórios Federais 
podem acontecer mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito 
em função de lei complementar, porém os Estados não podem sofrer transformação no sentido de 
formar novos Estados ou Territórios Federais. 
E) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei municipal. 
QUESTÃO 51 
[FUNDATEC - 2014 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2] Com base na 
Organização Político- Administrativa do Estado, é correto afirmar que: 
I. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por Leis ou Decretos 
Estaduais, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão da consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
II. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito ou referendo, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
III. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração a 
qualquer Estado da Federação serão reguladas em lei complementar. 
Quais estão incorretas? 
A) Apenas I. 
B) Apenas II 
C) Apenas III. 
D) Apenas II e III. 
E) I, II e III 
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QUESTÃO 52 
[MS CONCURSOS - 2016 - Prefeitura de Itapema - SC - Advogado CREAS/SUAS] A organização 
político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos dessa Constituição Federal. Sobre isso, assinale 
a alternativa incorreta: 
A) Brasília é a Capital Federal. 
B) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração 
ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
C) Os Estados não podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados. 
D) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
QUESTÃO 53 
[UERR - 2018 - SETRABES - Contador] Considerando a Organização político-administrativa do Estado, 
nos termos da Constituição Federal, assinale a alternativa incorreta: 
A) É vedado à União estabelecer cultos religiosos. 
B) É vedado à União criar distinções entre estrangeiros ou preferências entre si. 
C) É vedado ao Distrito Federal subvencionar igrejas. 
D) É vedado aos Municípios embaraçar o funcionamento das igrejas. 
E) É vedado aos Estados estabelecer igrejas. 
QUESTÃO 54 
[MPE-GO - 2018 - MPE-GO - Secretário Auxiliar - Goiás - Adaptada] De acordo com a Constituição 
Federal de 1988, no tocante à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, 
julgue a assertiva: 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documentos 
públicos. 
QUESTÃO 55 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Técnico Judiciário – Área Administrativa - Adaptada] Com referência à 
organização político-administrativa do Estado, julgue a assertiva: 
É permitido à União, mas vedado aos estados, recusar fé aos documentos públicos. 
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QUESTÃO 56 
[PaqTcPB - 2010 - IPSEM - Agente Administrativo] É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, EXCETO: 
A) estabelecer cultos religiosos ou igrejas. 
B) colaborar por intermédio de interesse público com cultos religiosos ou igrejas. 
C) embaraçar o funcionamento de cultos religiosos ou igrejas. 
D) recusar fé aos documentos públicos. 
E) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
QUESTÃO 57 
[FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Tecnologia da Informação] É vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, mas é 
permitido, na forma da lei: 
A) manter com eles ou seus representantes relações de aliança. 
B) subvencioná-los. 
C) embaraçar-lhes o funcionamento. 
D) manter com eles ou seus representantes relações de dependência. 
E) manter com eles ou seus representantes colaboração de interesse público. 
QUESTÃO 58 
[CESPE - 2012 - ANAC - Analista Administrativo - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 2 , 3, 4 e 5] Julgue o 
próximo item, relativos à organização político-administrativa do Estado brasileiro: 
De acordo com a CF, o Brasil é um país laico, sendo vedado aos entes federativos estabelecer cultos 
religiosos e igrejas ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, 
inclusive colaboração de interesse público. 
QUESTÃO 59 
[CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário - Telecomunicações e Eletricidade - Conhecimentos Básicos] 
Julgue o item seguinte, referente à organização do Estado e ao Poder Judiciário: 
É permitido à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer cultos religiosos e 
igrejas, subvencioná-los e manter com essas entidades religiosas relações de aliança e colaboração, 
desde que respeitada a liberdade de consciência e crença. 
QUESTÃO 60 
[Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2014 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Agente de Administração] É 
vedado aos Estados: 
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A) instituírem impostos e taxas 
B) estabelecerem cultos religiosos 
C) desmembrarem-se ou fundirem-se 
D) estabelecerem sua autonomia funcional 
QUESTÃO 61 
[AOCP - 2016 - Prefeitura de Juiz de Fora - MG - Auditor Fiscal] De acordo com a orientação 
constitucional, é correto afirmar que os Municípios: 
A) podem estabelecer cultos religiosos ou igrejas, exceto se for para subvencionar-lhes e participar do 
funcionamento, conformando uma aliança municipal. 
B) não podem estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. 
C) devem deixar de estabelecer cultos religiososconstitucional de competências, repartição constitucional de 
rendas, participação da vontade das entidades locais; possibilidade de autoconstituição; autonomia 
administrativa; autonomia política. 
B) Repartição constitucional de rendas e participação da vontade das entidades locais, repartição 
constitucional de competências, autonomia administrativa. 
C) A descentralização política ou repartição constitucional de competências e a autonomia política. 
D) Autonomia administrativa e autonomia política. 
Comentário: 
A única alternativa que reúne todas as características centrais da forma Federada de Estado é a constante da 
letra ‘a’. 
Gabarito: A 
 
 
 
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(B.3) Outras formas de Estado 
Alguns autores apresentam a Confederação como uma terceira possibilidade de organizarmos 
o Estado. Ela designa a reunião de Estados soberanos, unidos por um Tratado/Acordo Internacional, no 
qual está assegurado o exercício do direito à secessão. Nos dizeres de Uadi Bulos, 
Confederação - união de Estados soberanos, regidos por um tratado, que seguem a política 
comum de segurança interna e de defesa externa. Exemplos: Confederação dos Países Baixos, 
de 1579, e Confederação do Reno, de 1806. Atualmente a confederação é uma referência 
histórica, mas que deixou marcas positivas no plano organizatório dos Estados, passando por 
experiências positivas, como ocorreu na Alemanha, na Suíça e nos Estados Unidos. Segundo 
Norberto Bobbio e Nicola Matteucci, no modelo confederativo inexiste limites à soberania 
absoluta dos Estados2. 
Já nos dizeres de Masson3, temos que a confederação é 
Formada pela reunião de Estados soberanos, é usualmente criada por meio de tratados, 
podendo, eventualmente, até mesmo adotar um documento comum intitulado 
“Constituição” – mas a natureza desse texto, independentemente da questão terminológica, 
será de tratado ou acordo, haja vista não haver qualquer alienação da soberania dos entes 
componentes ao Estado Confederado. Na confederação, ao contrário da federação, as 
entidades componentes são Estados Nacionais, que não deixam de ser soberanos e podem se 
separar a qualquer momento, já que o direito à secessão, ou seja, a dissolubilidade do vínculo 
entre eles, é nota marcante. 
A finalidade desse agrupamento é normalmente externa, voltada para o plano internacional. 
Normalmente o intuito é o de fortalecer o comércio, assegurar a defesa, unificar a moeda. Dois 
exemplos poderiam ser mencionados, um atual e outro já superado: (i) os Emirados Árabes Unidos e (ii) 
os EUA, entre os anos de 1781 a 1787. 
Obs.: Saiba, caro aluno, que parcela da doutrina não reconhece a confederação como forma de Estado, 
já que ela não distribui o exercício do poder político em razão de um território, afinal é uma reunião de 
mais de um país soberano (ou seja, ela trata de vários países ao mesmo tempo). 
Por fim, interessa-nos demais uma comparação4 entre a forma federada e a confederada, em 
especial para que você se mantenha sempre atento às distinções entre elas. Vejamos, pois, um 
esquema e, logo após, as questões que selecionei sobre o assunto: 
 
2. BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 924. 
3
. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 9º ed. Salvador: Juspodivm, 2021. 
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Questões para fixar 
[CESPE - 2015 - MPOG - Analista em tecnologia da Informação - Conhecimentos Básicos cargo - Cargo 12] 
Com relação ao sistema político brasileiro e às relações entre Estado, governo e administração pública, julgue 
o item seguinte: 
São formas de governo a federação e a confederação. 
Comentário: 
Ora, meu caro aluno, já sabemos que a forma Federada e a Confederada representam formas de Estado (e 
não de Governo). Por isso, pode marcar o item como falso. 
Gabarito: Errado 
[VUNESP - 2014 - PGM - SP - Procurador do Município] Para atingir o bem comum, o Estado se estrutura 
para exercer o poder político. Nesse sentido, seguindo o conceito de Forma de Estado, a organização pode 
ser: 
A) monarquia ou república. 
B) monarquia constitucional ou república. 
C) unitário ou federal. 
D) democrático ou autocrático. 
E) presidencialista ou parlamentarista. 
Comentário: 
A forma de Estado é uma escolha central para a estruturação do país e nos permite responder o 
questionamento referente à existência ou não de descentralização no exercício do poder político em razão de 
um determinado território. As duas formas típicas são: a unitária e a federada. Portanto, pode assinalar a 
 
 
 
4
. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 9ª ed. Salvador: Juspodivm, 2021. 
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letra ‘c’. 
Gabarito: C 
[CS-UFG - 2018 - Câmara de Goiânia - GO - Assessor Técnico Legislativo – Administrador] O Estado Unitário 
se diferencia do Estado Federalista em vários aspectos. O que é um Estado Unitário? 
A) É um Estado governado por um governo central onde não há autonomia política das unidades 
subnacionais. 
B) É um Estado governado por um governo descentralizado e com autonomia política das unidades 
subnacionais, inclusive com governo próprio. 
C) É um Estado cujas funções administrativas não podem ser descentralizadas. 
D) É um Estado cujas competências estabelecidas pela constituição do país não podem ser revogadas pelo 
governo central. 
Comentário: 
Muito interessante esta questão! Nossa resposta está na letra ‘a’, afinal, um Estado unitário tem poder 
central e não possui unidades subnacionais dotadas de poder político próprio (autônomas). As entidades que 
integram o Estado unitário são meras divisões administrativas. 
Gabarito: A 
 
Vejamos mais um esquema que estrutura e resume os conceitos referentes às diferentes 
formas de Estado que podem vir a ser adotadas: 
 
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(C) A Federação Brasileira 
(C.1) Introdução 
A forma federada foi estabelecida provisoriamente no Brasil no Decreto nº 01 de 1889 e 
constitucionalizada pela primeira vez na 1ª Constituição Republicana, que é a de 1891. Na Constituição 
de 1988 a federação é um princípio fundamental do Estado (artigo 1º) e é uma cláusula pétrea expressa, 
em razão da inserção no artigo 60, § 4º, I, CF. 
Como se estrutura nossa federação? 
Nosso Estado Federal é a República Federativa do Brasil, dotada de soberania (que é o poder 
político em grau máximo, supremo e independente – supremo porque não se limita na ordem interna 
por nenhum outro poder; independente, porque na ordem internacional se apresenta em condições de 
igualdade perante os demais Estados). 
As entidades federadas (ou entes da federação), dotados de autonomia, são as seguintes: 
União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. 
 
 
 
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Note, futuro Soldado, que a autonomia representa um poder bem menos extenso que a 
soberania. Significa a possibilidade de exercer uma tríplice capacidade, que abarca o autogoverno, a 
autoadministração e a auto-organização. Vejamos: 
(i) Autogoverno: escolher e eleger seusou igrejas, desde que organizem seu funcionamento e 
mantenham com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. 
D) devem promover distinções entre os brasileiros, deixando de criar preferências entre eles. 
E) necessitam rechaçar fé aos documentos públicos. 
QUESTÃO 62 
[FEC - 2010 - MPA - Agente Administrativo] Pierim é um estudante curioso quanto à Organização do 
Estado; leu o art. nº 19 da constituição vigente e aprendeu que é vedado à União: 
A) não subvencionar cultos religiosos ou igrejas, sejam elas quais forem. 
B) recusar fé aos documentos públicos. 
C) criar relações entre brasileiros. 
D) manter com as igrejas ou seus representantes, relações de independência, ressalvada, na forma da 
lei, a colaboração de interesse privado. 
E) não dar preferência aos naturalizados. 
QUESTÃO 63 
[VUNESP - 2013 - COREN-SP - Advogado] A organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos da Constituição Federal de 1988, sendo-lhes vedado: 
A) recusar fé aos documentos públicos. 
B) tratar os brasileiros igualmente, sem distinções e preferências entre si. 
C) ter símbolos, como bandeira e hino próprios. 
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D) utilizar a língua portuguesa como idioma oficial. 
E) possuir competências legislativas, administrativas e tributárias. 
QUESTÃO 64 
[Gestão Concurso - 2018 - EMATER-MG - Assessor Jurídico] O que é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios, em conjunto ou isoladamente, conforme disposto na Constituição 
Federal de 1988? 
A) Emitir moeda. 
B) Acusar fé aos documentos públicos. 
C) Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
D) Colaborar conforme o interesse público, na forma da lei, com as igrejas ou cultos religiosos. 
QUESTÃO 65 
[AOCP - 2018 - FUNPAPA - Auxiliar de Administração] Em relação à Organização do Estado, 
disciplinada na Constituição da República, assinale a alternativa INCORRETA: 
A) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
B) Os Territórios Federais integram a União. 
C) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
D) Brasília é a Capital Federal. 
E) É permitido que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabeleçam cultos religiosos 
e igrejas, podendo subvencioná-los. 
QUESTÃO 66 
[FGV - 2019 - TJ MA - Técnico Judiciário - Apoio Técnico Administrativo] Com base no que dispõe a 
Constituição Federal acerca da Organização do Estado, considere as assertivas abaixo: 
I. O Distrito Federal é a capital Federal. 
II. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas por Emenda à Constituição. 
III. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei ordinária. 
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IV. A criação de Municípios, far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
V. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou 
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
(A) I e II. 
(B) III, IV e V. 
(C) I, III e IV. 
(D) IV e V. 
(E) II, III e V. 
QUESTÃO 67 
[CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa - PB - Conhecimentos Básicos - Cargos: 1, 2 e 3] Considerando o 
modelo constitucional de repartição das competências e dos bens dos entes federados, julgue o 
próximo item, a respeito da organização do Estado: 
Os rios que banhem mais de um estado e que sejam provenientes de outros países são considerados 
bens da União. 
QUESTÃO 68 
[Quadrix - 2019 - CRO - AC - Assistente Jurídico] Julgue o item, relativos à organização do Estado e da 
Administração Pública: 
São bens da União as ilhas fluviais e lacustres. 
QUESTÃO 69 
[CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa] No que concerne ao direito 
constitucional e à Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir: 
Os recursos hídricos que constituem bens da União restringem-se aos lagos, rios e quaisquer correntes 
de águas localizados em território nacional. 
QUESTÃO 70 
[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa] A respeito da organização 
político-administrativa dos entes federados, julgue o item que se segue: 
Os recursos minerais, incluídos os do subsolo, são bens da União. 
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QUESTÃO 71 
[NUCEPE - 2017 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário – Adaptada] Julgue a assertiva sobre a disciplina 
constitucional da União: 
Entre os bens de propriedade da União estão as ilhas lacustres, as ilhas fluviais, as terras devolutas e os 
potenciais de energia hidráulica. 
QUESTÃO 72 
[MPE-GO - 2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Adaptada) Julgue a assertiva: 
São bens pertencentes à União os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu 
domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a 
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais. 
QUESTÃO 73 
[MPE - 2012 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Adaptada] Analise a alternativa abaixo: 
São bens da União, dentre outros, os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica 
exclusiva, o mar territorial, os terrenos de marinha e seus acrescidos, os potenciais de energia hidráulica 
e os recursos minerais, inclusive os do subsolo. 
QUESTÃO 74 
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Conhecimentos Gerais e Específicos - Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7] A Constituição 
Federal de 1988 dispõe que são bens da União: 
A) as águas subterrâneas em depósito. 
B) as terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental. 
C) as ilhas fluviais e lacustres. 
D) as ilhas oceânicas e costeiras. 
E) as águas superficiais fluentes. 
QUESTÃO 75 
[FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Processo Legislativo] Relativamente aos Estados-membros 
e Municípios, no âmbito da federação brasileira: 
São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição da 
República. 
QUESTÃO 76 
[FMP - Concursos - 2014 - TCE-MT - Auditor Público Externo] A competência dos Estados-Membros da 
Federação brasileira é: 
a) uniforme. 
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b) exaustiva. 
c) enunciativa. 
d) enumerativa. 
e) residual. 
QUESTÃO 77 
[TJ-DFT - 2011 - TJ-DFT - Juiz - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Os Estados-membros não possuem competência constitucional enumerada, cabendo-lhes tão só a 
genérica competência remanescente ou residual. 
QUESTÃO 78 
[VUNESP - 2017- Câmara de Sumaré-SP - Procurador Jurídico] Com relação à organização político-
administrativa e competências fixadas pela União para os entes federativos, julgue a assertiva: 
Cabe aos Estados explorar diretamente, ou por meio de concessão, os serviços de gás canalizado, na 
forma da lei, permitindo-se a edição de medida provisória para sua regulamentação. 
QUESTÃO 79 
[CESPE - 2020 - TJ PA – Analista Judiciário] Determinado estado da Federação pretende instituir 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões constituídas por agrupamentos de 
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum. 
Nessa situação, o ente federativo poderá efetivar tal medida mediante: 
a) lei ordinária estadual de iniciativa do Poder Executivo. 
b) lei complementar estadual de iniciativa parlamentar. 
c) lei ordinária federal. 
d) lei complementar federal. 
e) medida provisória estadual. 
QUESTÃO 80 
[CS-UFG - 2010 - Prefeitura de Aparecida de Goiânia-GO - Procurador do Município] A Constituição da 
República Federativa do Brasil prevê que compete privativamente ao município legislar, sobre: 
a) assuntos de interesse local. 
b) combate às causas da pobreza. 
c) preservação da fauna e flora. 
d) política de educação para o trânsito. 
 
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QUESTÃO 81 
[TJ-PR - 2012 - TJ-PR - Assessor Jurídico - Adaptada] No que concerne à disciplina constitucional da 
competência legislativa dos Municípios, julgue a assertiva: 
É competência dos Municípios legislar de modo a suplementar a legislação federal e a estadual no que 
couber. 
QUESTÃO 82 
[FUMARC - 2011 - Prefeitura de Nova Lima-MG - Procurador Municipal] Compete aos Municípios, 
EXCETO: 
a) Legislar sobre assuntos de interesse local. 
b) Instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da 
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei. 
c) Organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de 
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial. 
d) Explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado. 
QUESTÃO 83 
[MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto - Adaptada] Acerca da repartição de 
competências legislativas fixada pela Constituição Federal e interpretada pelo Supremo Tribunal 
Federal, julgue as assertivas: 
I) É competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. 
II) Os municípios não possuem competência legislativa para instituir obrigação dirigida aos 
estabelecimentos bancários, no sentido de que estes instalem equipamentos de segurança em imóveis 
destinados ao atendimento do público, para segurança das pessoas. 
QUESTÃO 84 
[MPDFT - 2013 - MPDFT - Promotor de Justiça - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Não cabe à lei municipal determinar às instituições financeiras a instalação de equipamentos 
destinados a proporcionar segurança ou conforto a seus usuários, inclusive não clientes. 
QUESTÃO 85 
[VUNESP - 2018 - IPSM - Procurador] Compete aos municípios: 
a) legislar sobre a proteção e a integração social das pessoas portadoras de deficiência e a proteção à 
infância e à juventude. 
b) promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do 
uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. (art. 30, VIII) 
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c) planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e 
as inundações. 
d) exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e 
televisão. (21, XVI) 
e) explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, 
vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
QUESTÃO 86 
[FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina-PI - Técnico de Nível Superior - Advogado] Lei estadual que fixe o 
horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais situados no âmbito de seu território será: 
a) constitucional, por dispor sobre produção e consumo, matéria de competência concorrente de União 
e Estados, cabendo a estes legislar para atenderem a suas peculiaridades: 
b) inconstitucional, por invadir competência privativa da União para legislar sobre direito comercial, 
podendo ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
c) inconstitucional, por invadir competência dos Municípios para legislarem sobre interesse local, 
podendo ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
d) inconstitucional, por invadir competência privativa da União para legislar sobre direito comercial, 
podendo ser objeto de arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo 
Tribunal Federal. 
e) inconstitucional, por invadir competência dos Municípios para legislarem sobre interesse local, 
podendo ser objeto de arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo 
Tribunal Federal. 
QUESTÃO 87 
[FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina – PI - Técnico de Nível Superior - Analista de Orçamento e Finanças 
Públicas] Acerca do Distrito Federal e dos Territórios, considere: 
Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 
QUESTÃO 88 
[IESES - 2014 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros-Provimento] De acordo com a 
CRFB/88, no que se refere a organização do Estado, julgue a assertiva: 
Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas apenas aos Municípios. 
QUESTÃO 89 
[CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário-Administrativa - Adaptada] Com relação à organização 
administrativa do Estado brasileiro, julgue a assertiva: 
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O Distrito Federal concentra as competências legislativas dos estados e dos municípios, sendo 
administrado por um governador, eleito mediante eleições diretas. 
QUESTÃO 90 
[CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área 2] Acerca das normas constitucionais 
aplicáveis ao regime federativo brasileiro, julgue o próximo item: 
A competência para legislar sobre os vencimentos das polícias civil e militar do Distrito Federal (DF) é 
privativa da União, podendo o DF legislar sobre a matéria somente no caso de inexistência da lei 
federal. 
QUESTÃO 91 
[FUNDATEC - 2018 - DPE-SC - Técnico Administrativo] De acordo com a Constituição Federal, é 
competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
I. Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. 
II. Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à 
inovação. 
III. Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas I e II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
QUESTÃO 92 
[IBADE - 2017 - IPERON-RO - Técnico em Tecnologia da Informação] A União detém competência 
comum para: 
a) preservar as florestas, a fauna e a flora. (23, VII) 
b) decretar estado de defesa. 
c) legislar sobre direito penal. 
d) emitir moeda. 
 
 
 
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QUESTÃO 93 
[FCC - 2019 - DETRAN-SP - Oficial Estadualde Trânsito] Segundo o que estabelece a Constituição 
Federal de 1988, acerca do tema da Organização do Estado, é competência comum da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
I. planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e 
as inundações. 
II. instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e 
transportes urbanos. 
III. organizar, manter e executar a inspeção do trabalho. 
IV. cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. 
V. combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos. 
VI. zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) IV, V e VI. 
(B) II, IV e V. 
(C) I, III e V. 
(D) II, IV e VI. 
(E) I, II e III. 
QUESTÃO 94 
[CESPE - 2018 - STM - Cargos de Nível Superior - Conhecimentos Básicos] Julgue o item seguinte, 
relativo à classificação das Constituições e à organização político-administrativa.: 
É competência comum da União, dos estados e dos municípios fiscalizar a produção e o comércio de 
material bélico. 
QUESTÃO 95 
[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa] A respeito da organização 
político-administrativa dos entes federados, julgue o item que se segue: 
É competência comum da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal legislar sobre 
normas gerais de licitação para a administração pública direta. 
 
 
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QUESTÃO 96 
[FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário-Arquivologia] A Constituição Federal faculta à 
União a delegação de assuntos de sua competência legislativa privativa aos Estados, desde que 
satisfeitos os requisitos: 
a) absoluto, classificatório e nominal. 
b) explícito, objetivo e material. 
c) formal, material e implícito. 
d) explícito, formal e classificatório. 
e) subjetivo, implícito e absoluto. 
QUESTÃO 97 
[MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça] Considere a seguinte afirmação sobre Competências: 
No âmbito da competência legislativa privativa da União, o regime constitucional impossibilita de 
forma absoluta a delegação de competências legislativas da União para os Estados. 
QUESTÃO 98 
[UFMT - 2016 - DPE-MT - Defensor Público - Adaptada] Sobre as competências dos entes federativos, 
de acordo com a Constituição Federal de 1988, julgue a assertiva: 
A competência exclusiva da União só admite delegação aos Estados Membros por meio de lei 
complementar. 
QUESTÃO 99 
[FCC - 2017 - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte I - Economia] Nos termos da 
Constituição Federal, a competência para legislar sobre trânsito e transporte é: 
a) comum da União, Estados e Distrito Federal. 
b) privativa dos Estados e Distrito Federal. 
c) concorrente entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
d) exclusiva dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
e) privativa da União. 
QUESTÃO 100 
[IDECAN - 2019 - AGU - Técnico em Comunicação Social] Segundo a Constituição Federal, é correto 
afirmar que a competência para legislar sobre propaganda comercial é: 
A) privativa da União. 
B) privativa dos Estados e dos Municípios. 
C) concorrente entre União, Estados e Municípios. 
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D) exclusiva da União e dos Estados. 
E) exclusiva dos Municípios. 
QUESTÃO 101 
[IBFC - 2016 - TCM-RJ - Técnico de Controle Externo] De acordo com a Constituição Federal de 1988, 
existem matérias que são de competência privativa da União para legislar. Assinale abaixo a alternativa 
que corresponde a uma dessas matérias: 
a) Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico 
b) Juntas comerciais 
c) Sistemas de consórcios e sorteios 
d) Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas 
QUESTÃO 102 
[CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Administrativa] Considere que 
determinado estado da Federação tenha editado lei estadual fixando o piso salarial de determinada 
categoria profissional do estado. A respeito da competência estadual para legislar acerca da matéria 
em apreço, assinale a opção correta: 
a) O estado possui competência para legislar sobre o assunto, nos limites de delegação conferida por lei 
complementar federal. 
b) O estado possui competência concorrente com a União para legislar sobre o assunto, podendo 
legislar plenamente sobre o assunto até a superveniência de lei federal. 
c) O estado possui competência de legislar sobre o assunto: trata-se de matéria reservada aos estados-
membros. 
d) O estado não possui competência para legislar a respeito do assunto: a matéria é de competência 
legislativa exclusiva da União. 
QUESTÃO 103 
[FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho Substituto] Com objetivo de diminuir a ocorrência 
de acidentes de trânsito causados por motoristas que dirigem alcoolizados, determinado Estado-
Membro da Federação promulgou lei estadual que tipifica infrações de trânsito para condutores em 
situação de flagrante embriaguez, aplicando-lhes sanções mais severas do que as previstas no Código 
de Trânsito Nacional. Neste caso, a referida lei estadual é: 
a) constitucional, pois a competência para legislar sobre trânsito e transporte é de natureza 
remanescente estadual 
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b) inconstitucional, pois a competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa da União, 
sendo que o Estado-Membro apenas poderia legislar sobre questões específicas dessa matéria e desde 
que autorizado por lei complementar federal. 
c) constitucional, pois suplementa a legislação federal ao acrescentar medidas preventivas para 
diminuir acidentes de trânsito. 
d) inconstitucional, pois a competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa do 
Município. 
e) constitucional, pois integra uma política de educação para a segurança do trânsito e, portanto, 
refere-se a uma competência federativa comum. 
QUESTÃO 104 
[CESPE - 2020 - TJ PA – Analista Judiciário] Segundo o STF, lei editada pelo Poder Legislativo de estado 
da Federação para regulamentar o inquérito policial deverá ser considerada: 
a) inconstitucional, porque a competência legislativa para tratar do tema é privativa da União. 
b) inconstitucional, porque a competência legislativa para tratar do tema é exclusiva da União. 
c) constitucional, porque a competência legislativa para tratar de direito processual é comum à União, 
aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios. 
d) constitucional, porque a competência legislativa para tratar do tema é concorrente, porém a 
superveniência de lei federal com normas gerais sobre o tema revogará a lei estadual. 
e) constitucional, porque a competência legislativa para tratar do tema é concorrente e, caso não haja 
lei federal sobre normas gerais, o estado poderá exercer a competência legislativa plena. 
QUESTÃO 105 
[FGV - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Direito] Considere que em determinado Estado da federação 
tenha sido promulgada lei ordinária, de iniciativa de Deputado Estadual, determinando que os agentes 
públicos, no exercício da função de fiscalização de trânsito, somente poderiam efetuar notificação a 
infrator nos casos e sob as condições especificadas no texto, não constantes de lei federal. De acordo 
com o ordenamento jurídico brasileiro, tal lei é 
(A) constitucional, uma vez que cuida de matéria de competência legislativaprópria do Estado, haja 
vista o interesse regional do tema. 
(B) inconstitucional, pois a iniciativa do projeto de lei caberia ao chefe do Executivo local. 
(C) inconstitucional, na medida em que inexista autorização em lei complementar federal para que 
Estados legislem sobre questões específicas em trânsito e transporte, que é matéria de competência 
legislativa privativa da União. 
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(D) inconstitucional, pois a matéria deveria ter sido tratada por lei complementar, embora seja de 
competência do Estado. 
(E) constitucional, desde que vise a atender às peculiaridades do Estado, pois versa sobre matéria de 
competência legislativa concorrente de União, Estados e Distrito Federal. 
QUESTÃO 106 
[2019 - FGV - MP RJ - Técnico do Ministério Público - Área Administrativa] Determinado Estado da 
Federação editou lei ordinária estadual dispondo sobre desapropriação, inclusive estabelecendo 
normas gerais e abstratas sobre nova modalidade de desapropriação e seu respectivo procedimento. 
Instado a se manifestar sobre a matéria, o Procurador-Geral de Justiça deve apontar a: 
(A) constitucionalidade da lei, pois compete concorrentemente à União, Estados e Distrito Federal 
legislar sobre desapropriação; 
(B) constitucionalidade da lei, pois compete concorrentemente a Estados, Distrito Federal e Municípios 
legislar sobre desapropriação; 
(C) inconstitucionalidade da lei, pois compete privativamente aos Municípios legislar sobre 
desapropriação, diante de evidente interesse local; 
(D) inconstitucionalidade da lei, pois compete privativamente à União legislar sobre desapropriação; 
(E) constitucionalidade da lei, pois compete privativamente aos Estados legislar sobre desapropriação. 
QUESTÃO 107 
[CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II] A respeito da organização do 
Estado, a União, os estados federados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente sobre: 
A) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico: 
B) ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação 
do solo urbano. 
C) combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos. 
D) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho. 
E) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores. 
QUESTÃO 108 
[TRF - 4ª REGIÃO - 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Julgue a assertiva, de 
acordo com a Constituição Federal: 
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Compete privativamente à União legislar sobre direito penal, direito processual penal e direito 
penitenciário. 
QUESTÃO 109 
[VUNESP - 2017 - Câmara de Sumaré-SP - Procurador Jurídico] Com relação à organização político-
administrativa e competências fixadas pela União para os entes federativos, julgue a assertiva: 
Caso o Estado tenha legislado sobre normas gerais face à inexistência de normatização pela União, a 
superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a lei estadual. 
QUESTÃO 110 
[CESPE - 2014 - TJ-DFT - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Adaptada] Julgue o item acerca 
das normas constitucionais referentes ao DF: 
O DF pode legislar, de forma concorrente com a União, sobre registros públicos. 
QUESTÃO 111 
[FCC - 2017 - DPE-RS - Técnico - Área Administrativa] A Constituição Federal estabelece um rol de 
matérias sobre as quais a União e os Estados têm competência concorrente para legislar. Isso implica, 
entre outras consequências, que, quanto a essas matérias: 
a) os Estados podem exercer sua competência legislativa apenas para complementar as lacunas da lei 
federal editada pela União. 
b) cabe à União estabelecer normas gerais, não excluída a competência suplementar dos Estados. 
c) se houver legislação federal, os Estados não poderão mais legislar. 
d) se não houver legislação federal, os Estados podem estabelecer leis válidas em seu território, as 
quais prevalecerão sobre eventual lei federal posteriormente editada. 
e) a União e os Estados devem acordar sobre cada lei a ser editada, fazendo-o mediante aprovação pelo 
Poder Legislativo federal e pelo Poder Legislativo estadual. 
QUESTÃO 112 
[PUC-PR - 2019 - ISS Campo Grande - Auditor] De acordo com o STF – “A competência legislativa 
concorrente cria o denominado “condomínio legislativo” entre a União e os Estados-Membros, 
cabendo à primeira a edição de normas gerais sobre as matérias elencadas no art. 24 da Constituição 
Federal; e aos segundos o exercício da competência complementar — quando já existente norma geral 
a disciplinar determinada matéria (CF, art. 24, § 2º) — e da competência legislativa plena (supletiva) — 
quando inexistente norma federal a estabelecer normatização de caráter geral (CF, art. 24, § 3º)” ADI 
5077, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2018, PROCESSO 
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ELETRÔNICO DJe-250 DIVULG 22- 11-2018 PUBLIC 23-11-2018. Sobre a competência legislativa 
concorrente entre União, Estados e Distrito Federal, é CORRETO afirmar que compreende: 
A) legislar sobre populações indígenas. 
B) legislar sobre sistemas de consórcios e sorteios. 
C) a possibilidade de instituição de regiões metropolitanas, desde que por meio de lei complementar. 
D) legislar sobre registros públicos. 
E) legislar sobre orçamento. 
QUESTÃO 113 
[CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II] A respeito da organização do 
Estado, a União, os estados federados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente sobre: 
A) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. 
B) ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação 
do solo urbano. 
C) combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos. 
D) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho. 
E) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores. 
QUESTÃO 114 
[FCC - 2019 - DETRAN-SP - Oficial Estadual de Trânsito] Compete à União, aos Estados e ao Distrito 
Federal legislar concorrentemente sobre: 
(A) trânsito e transporte. 
(B) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores. 
(C) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico. 
(D) sistemas de consórcios e sorteios. 
(E) organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões. 
QUESTÃO 115 
[FCC - 2019 - SEFAZ-BA - Auditor] Eventual lei estadual que disponha sobre produção e consumo será: 
a) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria de competência legislativa 
privativa da União. 
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b) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria de interesse local, de competência 
dos Municípios. 
c) compatível com a Constituição Federal, inclusive se estabelecer normas gerais, desde que, nessa 
hipótese, inexista lei federal sobre normas gerais e que o Estado legisle para atender a suas 
peculiaridades. 
d) compatível com a Constituição Federal, desde que lei complementar federal autorize os Estados a 
legislarem sobre a matéria e que o Estado legisle sobre questões específicasda matéria. 
e) compatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria reservada aos Estados. 
QUESTÃO 116 
[FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Zélia, Deputada Estadual, após constatar 
que a União e os Estados tinham competência concorrente para legislar sobre determinada matéria, 
solicitou que sua assessoria analisasse os limites da atuação da Assembleia Legislativa nessa temática, 
sendo-lhe respondido corretamente que: 
(A) caso a União discipline integralmente a matéria, será vedado que o Estado nela incursione; 
(B) o Estado pode legislar livremente sobre a matéria e, no caso de divergência da lei local com a da 
União, aquela prevalece; 
(C) o Estado terá competência plena caso a União não tenha editado lei veiculando normas gerais sobre 
a matéria; 
(D) o Estado somente poderá suplementar a lei federal caso esta o autorize expressamente; 
(E) o Estado pode editar normas gerais sobre a matéria, mas deve observar os pontos específicos 
disciplinados pela União. 
QUESTÃO 117 
[FCC - 2019 - TRF4 - Analista Judiciário-Área Judiciária] À luz da jurisprudência e das normas 
constitucionais no que concerne à repartição de competências entre os entes federados, 
(A) admite-se que os estados, no exercício de sua competência para suplementar as normas gerais da 
União, editadas nas matérias sujeitas à competência legislativa concorrente, possam dispor em sentido 
contrário às normas federais, desde que o façam para atender a seu interesse específico. 
(B) cabe aos estados exercer a competência legislativa plena, na ausência de normas gerais da União 
em matéria de desapropriação. 
(C) é vedado aos municípios em qualquer circunstância editar normas em matéria de proteção ao meio 
ambiente, uma vez que o tema se insere no âmbito das competências legislativas concorrentes 
atribuídas somente à União, estados e Distrito Federal. 
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(D) a edição de normas em matéria de direito financeiro e de orçamento sujeita-se ao regime das 
competências legislativas concorrentes atribuídas à União, estados e Distrito Federal. 
(E) a edição de normas sobre procedimentos em matéria processual sujeita-se à competência 
legislativa privativa da União. 
QUESTÃO 118 
[CESPE - 2019 - TJ PR - Técnico Judiciário] Segundo a Constituição do Estado do Paraná, esse estado 
tem competência: 
A) privativa para legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais presentes no seu território. 
B) comum com os municípios para legislar sobre temas de interesse local. 
C) comum com a União para legislar sobre direito tributário. 
D) concorrente com a União para zelar pela guarda da Constituição e das instituições democráticas. 
E) concorrente com a União para legislar sobre procedimentos em matéria processual e custas dos 
serviços forenses. 
QUESTÃO 119 
[UFPR - 2020 - Câmara de Curitiba - PR - Analista Legislativo] A respeito da competência concorrente 
da União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar, conforme o art. 24 da Constituição Federal, 
considere as seguintes afirmativas: 
1. No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
2. A elaboração de leis sobre a proteção ao patrimônio histórico, cultural e artístico é de competência 
concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
3. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
4. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
Assinale a alternativa correta. 
(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. 
(B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
(C) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
(D) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
(E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
 
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QUESTÃO 120 
[UFPR - 2020 - Câmara de Curitiba - PR - Analista Legislativo] A respeito da divisão de competências 
para legislar, fixada na Constituição de 1988, é correto afirmar: 
(A) Compete privativamente à União legislar sobre direito tributário, financeiro, penitenciário e 
econômico. 
(B) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito civil, 
comercial, penal, processual, eleitoral e agrário. 
(C) Compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local, bem como suplementar a 
legislação federal e a estadual no que couber. 
(D) Compete privativamente à União legislar sobre procedimentos em matéria processual. 
(E) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre trânsito e 
transporte. 
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GABARITO 
1 – A 
2 – A 
3 – A 
4 – F 
5 – C 
6 –A 
7 – B 
8 – F 
9 – B 
10 – F 
11 – E 
12 – C 
13 – F 
14 – F 
15 – C 
16 – F 
17 – F 
18 – V 
19 – V 
20 – F 
21 – F 
22 – F 
23 – F 
24 – A 
25 – D 
26 – D 
27 – V 
28 – F 
29 – V 
30 – F 
31 – F 
32 – V 
33 – F 
34 – F 
35 – V 
36 – V 
37 – E 
38 – C 
39 – V F 
40 – A 
41 – B 
42 – E 
43 – B 
44 – D 
45 – C 
46 – D 
47 – V 
48 – B 
49 – C 
50 – C 
51 – E 
52 – C 
53 – B 
54 – V 
55 – F 
56 – B 
57 – E 
58 – F 
59 – F 
60 – B 
61 – B 
62 – B 
63 – A 
64 – C 
65 – E 
66 – D 
67 – V 
68 – F 
69 – F 
70 – V 
71 – F 
72 – V 
73 – V 
74 – B 
75 – V 
76 – E 
77 – F 
78 – F 
79 – B 
80 – A 
81 – V 
82 – D 
83 – V F 
84 – F 
85 – B 
86 – C 
87 – V 
88 – F 
89 – V 
90 – F 
91 – E 
92 – A 
93 – A 
94 – F 
95 – F 
96 – C 
97 – F 
98 – F 
99 – E 
100 – A 
101 – C 
102 – A 
103 – B 
104 – A 
105 – C 
106 – D 
107 – A 
108 – F 
109 – F 
110 – F 
111 – B 
112 – E 
113 – A 
114 – C 
115 – C 
116 – C 
117 – D 
118 – E 
119 – E 
120 – C 
 
 
 
 
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(4) Outras questões: para treinar 
(A) QUESTÕES IADES 
QUESTÃO 01 
[IADES - 2017 - CREMEB - Advogado] A respeito da competência dos entes federativos, assinale a 
alternativa correta. 
A) A competência constitucional concorrente exclui os estados da Federação. 
B) É competência concorrente da União e do Distrito Federal legislar sobre vencimentos dos membros 
das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. 
C) A Constituição Federal de 1988 enumera competências privativas dos estados da Federação que 
podem ser delegadas por meio de lei complementar. 
D) O município é incompetente para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial 
com sede em seu território. 
E) Compete privativamente à União legislar sobre desapropriação e seguridade social. 
QUESTÃO 02 
[IADES - 2018 - IGEPREV-PA - Técnico Previdenciário A] Em relação à organização do Estado, assinale a 
alternativa correta. 
A) Aos estados compete explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, permitida a edição de medida provisória para a respectiva regulamentação. 
B) Os estados poderão, mediante ato normativo do chefe do Poder Executivo, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
C) O número de deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao mesmo número da 
representação do estado na Câmara dos Deputados. 
D) Tratando-se de legislação concorrente,a superveniência de lei federal acerca de normas gerais torna 
inválida a lei estadual, no que lhe for contrário. 
E) No âmbito da competência legislativa concorrente, cabe à União editar normas gerais, de sorte que 
isso não exclui a competência suplementar dos estados. Assim, inexistindo lei federal acerca de normas 
gerais, os estados exercerão a competência legislativa plena, para atender às respectivas 
peculiaridades. 
 
 
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QUESTÃO 03 
[IADES - 2011 - PG-DF - Analista Jurídico - Direito e Legislação] Quanto à competência legislativa 
concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a doutrina diferencia três 
espécies de atuação normativa: a plena, a complementar e a supletiva. Nesse sentido, assinale a 
alternativa correta. 
A) Nas matérias de competência legislativa concorrente, a União, ao legislar, pode apresentar 
comandos gerais válidos para todos e comandos específicos válidos apenas para os órgãos públicos 
federais e estaduais. 
B) A Constituição brasileira aceita, em algumas matérias, que os Estados legislem concorrentemente à 
União, e que a lei estadual assuma a função complementar ou, em casos mais restritos, a função 
supletiva para todo o território nacional. 
C) A Constituição brasileira aceita que os Municípios complementem a legislação federal e a estadual, 
desde que a lei municipal assuma a função legislativa suplementar. 
D) As matérias elencadas como de competência legislativa privativa da União, diante da inatividade 
desse ente federativo, podem ser reguladas livremente por leis estaduais para as suas respectivas 
circunscrições. 
E) A revogação de lei federal superveniente que tenha suspendido a eficácia de lei estadual, em matéria 
de competência legislativa concorrente, não implica em nenhuma hipótese a retomada da eficácia da 
lei estadual. 
QUESTÃO 04 
[IADES - 2014 - TRE-PA - Analista Judiciário - Análise de Sistemas] A Constituição Federal, ao tratar da 
repartição das competências entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visa a 
resguardar o denominado equilíbrio federativo. A respeito do tratamento constitucional da matéria, 
assinale a alternativa correta. 
A) No âmbito da legislação privativa, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
B) A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
C) Redação conferida pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006, passou a dispor que Leis 
complementares (e não somente uma Lei complementar, conforme previsão do texto originário da 
Constituição Federal de 1988) fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito 
nacional. 
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D) A superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a eficácia da lei estadual, distrital ou 
municipal, no que lhe for contrário. 
E) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão a 
competência legislativa plena para atender a suas peculiaridades. 
QUESTÃO 05 
[IADES - 2014 - SEAP-DF - Analista - Direito] Acerca da organização do Estado, em consonância com a 
Constituição Federal, assinale a alternativa correta. 
A) É competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios proporcionar os 
meios de acesso a` cultura, a` educação e a` ciência. 
B) É competência exclusiva da União proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, 
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais nota´veis e os sítios arqueológicos. 
C) É competência exclusiva dos estados impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras 
de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural. 
D) Compete, exclusivamente, a` União legislar sobre a proteção ao patrimônio histórico, cultural, 
artístico, turístico e paisagístico. 
E) Compete, exclusivamente, aos estados legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto. 
QUESTÃO 06 
[IADES - 2014 - CAU-RJ - Analista Jurídico] Quanto à da organização do Estado, nos termos da 
Constituição Federal, assinale a alternativa correta. 
A) É permitido à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios recusar fé aos documentos 
públicos. 
B) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos. 
C) Os territórios federais integram a União, e sua criação, transformação em estado ou reintegração ao 
estado de origem serão reguladas em lei ordinária. 
D) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei ordinária. 
E) É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios criar distinções entre brasileiros e 
estrangeiros. 
 
 
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 (B) QUESTÕES CESPE 
QUESTÃO 01 
[CESPE - 2018 - PC-MA - Investigador de Polícia - Adaptada] Julgue o item: 
Os estados podem incorporar-se entre si, mediante a aprovação da população diretamente 
interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
QUESTÃO 02 
[CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça Substituto] De acordo com a Constituição Federal de 
1988, compete privativamente à União legislar sobre: 
A) a defesa do solo e dos recursos naturais. 
B) a proteção do meio ambiente e o combate à poluição. 
C) a preservação das florestas e da flora. 
D) as florestas e a fauna. 
E) as águas e a metalurgia. 
QUESTÃO 03 
[CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II - Adaptada] Julgue o item: 
A respeito da organização do Estado, a União, os estados federados e o Distrito Federal podem legislar 
concorrentemente sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho. 
QUESTÃO 04 
[CESPE - 2018 - PC-MA - Investigador de Polícia - Adaptada] Julgue o item: 
O desmembramento de um município será determinado por lei municipal, dentro do período 
determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos municípios envolvidos, inexistindo a necessidade de divulgação prévia de estudos de 
viabilidade municipal na imprensa oficial. 
QUESTÃO 05 
[CESPE - 2017 - TCE-PE - Analista de Gestão - Julgamento] No que se refere à organização político-
administrativa da União, dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios e às atribuições e 
responsabilidades do presidente da República, julgue o item que se segue: 
A proteção ao meio ambiente é de competência comum da União, dos estados, do DF e dos municípios. 
QUESTÃO 06 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Com referência à 
organização político-administrativa do Estado, julgue a assertiva: 
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De acordo com a CF, o Distrito Federal — unidade federada indivisível em municípios — é a capital 
federal do país. 
QUESTÃO 07 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Adaptada] A respeito 
da organização do Estado e da administração pública, julgue o item: 
A formade federalismo adotada no Brasil é conhecida como federalismo de segregação e centrífugo, 
sendo os estados-membros dotados de autogoverno. 
QUESTÃO 08 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] No 
que se refere à organização político-administrativa do Estado, julgue o item: 
A competência da União e dos municípios é expressa, sendo a competência dos estados remanescente 
ou residual. 
QUESTÃO 09 
[CESPE - 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto]A respeito da ordem constitucional brasileira, 
julgue a assertiva: 
Não se considera o município entidade federativa, embora se reconheça que ele dispõe de capacidade 
de auto-organização, autogoverno e autoadministração. 
QUESTÃO 10 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue 
o item que se segue: 
Sendo o Brasil um Estado laico, é vedado aos entes federativos estabelecer cultos religiosos e igrejas ou 
manter com eles, ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, o que inclui a 
colaboração de interesse público. 
QUESTÃO 11 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Analista Judiciário] A respeito das competências dos entes federados, assinale 
a opção correta: 
a) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa residual 
para atender às suas peculiaridades. 
b) A eficácia de lei estadual vigente não será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal 
sobre normas gerais, mesmo que a lei federal traga disposições contrárias à lei estadual. 
c) Compete privativamente à União zelar pela guarda da CF, das leis e das instituições democráticas. 
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d) A competência da União para legislar sobre normas gerais afasta a competência suplementar dos 
estados. 
e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais 
QUESTÃO 12 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Técnico Judiciário] Incluem-se entre os bens do Estado da Federação: 
a) os terrenos de marinha. 
b) os recursos minerais, inclusive os do subsolo. 
c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio. 
d) o mar territorial. 
e) os potenciais de energia hidráulica. 
QUESTÃO 13 
[CESPE - 2017 - Prefeitura de Fortaleza - CE/Procurador do Município] A respeito das normas 
constitucionais, do mandado de injunção e dos Municípios, julgue o item subsequente: 
Os Municípios não gozam de autonomia para criar novos tribunais, conselhos ou órgãos de contas 
municipais. 
QUESTÃO 14 
[CESPE - 2016 - PCPE - Delegado de Polícia - Adaptada] A respeito da organização político-
administrativa do Estado Federal brasileiro, julgue a assertiva: 
Os Territórios não são entes federativos; assim, na hipótese de vir a ser criado um Território Federal, ele 
não disporá de representação na Câmara dos Deputados nem no Senado Federal. 
QUESTÃO 15 
[CESPE - 2018 - PGM - MA - Procurador do Município] Conforme regras e interpretação da CF, julgue o 
item subsequente, relativo a autonomia municipal: 
No âmbito de sua jurisdição, compete ao Município a fixação do horário de funcionamento de 
estabelecimentos comerciais, uma vez que se trata de assunto de interesse local. 
QUESTÃO 16 
[CESPE - 2012 - AGU - Advogado] A respeito do processo legislativo e da competência legislativa da 
União e dos Estados, julgue o próximo item: 
Serão constitucionais leis estaduais que disponham sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico, matérias que se inserem no âmbito da competência concorrente da União, 
dos Estados e do DF. 
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(C) QUESTÕES FCC 
QUESTÃO 01 
[FCC - 2014 - Câmara Municipal - SP Procurador Legislativo– Adaptada] Julgue o item: 
Ao disciplinar a instituição de regiões metropolitanas, determinou a Constituição Federal que poderão 
ser instituídas apenas por lei complementar estadual. 
QUESTÃO 02 
[FCC - 2010 - MPE - RS - Secretário de Diligências - Adaptada] Nos termos da Constituição Federal, 
dentre outras hipóteses, julgue o item: 
É vedado aos Municípios e ao Distrito Federal, nos termos da lei, a colaboração de interesse, ainda que 
alegado interesse público, com igrejas ou cultos ou seus representantes, salvo à União e aos Estados. 
QUESTÃO 03 
[FCC - 2017 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário] O Prefeito da pequena metrópole “Y” está 
com dúvidas a respeito da competência para estabelecer e implantar política de educação para a 
segurança do trânsito. Assim, consultando a Constituição Federal, verificou que se trata de 
competência: 
a) concorrente entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
b) privativa da União. 
c) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
d) privativa de cada Município. 
e) privativa dos Estados e do Distrito Federal. 
QUESTÃO 04 
[FCC - 2012 - DPE - SP - Defensor Público - Adaptada] A forma federativa de Estado é um importante 
instrumento para a limitação do exercício do poder político. Sobre essa forma de Estado, analise a 
assertiva abaixo: 
São características do Estado federal, entre outras, a autonomia de seus entes, a existência de uma 
Constituição como fundamento jurídico, a existência de direito de secessão de seus entes, a repartição 
de competências e a repartição de rendas. 
QUESTÃO 05 
[FCC - 2016 - SEGEP - MA - Procurador do Estado] Lei ordinária estadual criou Região Metropolitana 
formada por municípios contíguos e não contíguos, voltada para a prestação de serviços públicos de 
interesse comum aos municípios que a integram. A mesma lei criou órgão colegiado estadual, do qual 
fazem parte apenas autoridades estaduais, voltado para disciplinar a concessão de serviços municipais 
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de interesse comum à região metropolitana. De acordo com a Constituição Federal e a com a 
jurisprudência do STF, essa Região Metropolitana: 
A) apenas poderia ter sido criada por lei complementar e deveria ser formada apenas por municípios 
contíguos, sendo, ainda, inconstitucional a atribuição ao órgão colegiado estadual da competência para 
disciplinar a concessão de serviços municipais. 
B) poderia ter sido criada por lei ordinária, desde que assim previsto na Constituição do Estado, 
podendo a Região ser formada por municípios contíguos ou não, vez que voltada para a prestação de 
serviços públicos de interesse comum aos municípios, sendo constitucional a criação do órgão 
colegiado estadual com a competência que lhe foi atribuída, desde que o projeto de lei tenha sido de 
iniciativa do Chefe do Poder Executivo. 
C) poderia ter sido criada por lei ordinária, mas a Região deveria ser formada apenas por municípios 
contíguos, sendo inconstitucional a atribuição ao órgão colegiado estadual da competência para 
disciplinar a concessão de serviços municipais. 
D) apenas poderia ter sido criada por lei complementar, podendo a Região ser formada por municípios 
contíguos ou não, vez que voltada para a prestação de serviços públicos de interesse comum aos 
municípios, sendo constitucional a criação do órgão colegiado estadual com a competência que lhe foi 
atribuída, desde que o projeto de lei tenha sido de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. 
E) apenas poderia ter sido criada por lei complementar, podendo a Região ser formada por municípios 
contíguos ou não, vez que voltada para a prestação de serviços públicos de interesse comum aos 
municípios, sendo inconstitucional a atribuição ao órgão colegiado estadual da competência para 
disciplinar a concessão de serviçosmunicipais. 
QUESTÃO 06 
[2017 - FCC - TRE-SP - Analista Judiciário] À luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal, considere: 
I. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por Emenda Constitucional. 
II. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
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III. No caso de desmembramento de Município, é necessária tanto a consulta à população do território a 
ser desmembrado, quanto a do território remanescente. 
IV. No caso de desmembramento de Estado, não é necessária a consulta à população do território 
remanescente, uma vez que a Constituição Federal exige apenas a consulta da população diretamente 
interessada. 
Está correto o que consta APENAS em 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) II e IV. 
E) III e IV. 
QUESTÃO 07 
[FCC - 2019 - AFAP - Agente de Fomento Externo] Ao disciplinar a Organização do Estado, a 
Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que: 
A) os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 
B) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de emenda à 
Constituição. 
C) os Territórios, vedada sua divisão em Municípios, terão suas contas submetidas ao Congresso 
Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. 
D) compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
os serviços públicos de interesse local, incluído o de gás canalizado, que tem caráter essencial. 
E) compete privativamente à União legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da 
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. 
QUESTÃO 08 
[FCC - 2019 - Prefeitura de Recife - PE - Analista de Gestão Contábil] A Constituição Federal, no inciso I 
do caput do seu art. 24, estabelece que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: (I) direito tributário... De acordo com o texto constitucional, no que se refere 
à competência para legislar sobre direito tributário: 
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A) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
B) os Estados não têm competência para legislar sobre normas gerais. 
C) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União, desde que exercida por meio de lei 
complementar, não se limitará a estabelecer normas gerais. 
D) a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de todos os dispositivos da 
lei estadual, retroagindo seus efeitos à data da publicação da referida lei estadual. 
E) a competência da União para legislar sobre normas gerais limita-se à matéria relacionada com taxas 
federais, contribuições em geral e empréstimos compulsórios. 
QUESTÃO 09 
[FCC - 2019 - AFAP - Analista de Fomento - Advogado] Sobre as competências em matéria legislativa 
na Federação brasileira, no que se refere à legislação concorrente: 
A) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
B) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre jazidas, minas, outros recursos 
minerais e metalurgia. 
C) é de competência da União o estabelecimento de normas gerais, podendo ainda exercer 
competência suplementar caso inexista lei estadual ou distrital sobre a matéria. 
D) a superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
E) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar dos 
Estados. 
QUESTÃO 10 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo] De acordo com a 
Constituição Federal, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, desde que cumpridos os 
requisitos nela estabelecidos. Já com relação aos Municípios, dispõe, a mesma Constituição, que a 
criação, incorporação, fusão e o desmembramento far-se-ão por lei: 
A) municipal, dentro do período determinado por Lei Complementar Estadual, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, não sendo necessária a 
realização de qualquer estudo prévio. 
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B) estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
C) estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, a toda população do Estado respectivo, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
D) municipal, dentro do período determinado por Lei Complementar Estadual, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, a toda população do Estado respectivo, não sendo necessária a 
realização de qualquer estudo prévio. 
E) estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, independentemente de 
consulta prévia à população, sendo necessária apenas prévia divulgação dos Estudos de Viabilidade 
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
QUESTÃO 11 
[FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Sociólogo] Segundo o artigo 1° da Constituição Federal de 
1988, o Brasil é uma “República Federativa”. Esse termo exprime, respectivamente: 
A) a forma de governo e a forma de Estado. 
B) o sistema de governo e a forma de governo. 
C) a forma de Estado e o sistema de governo. 
D) a forma de Estado e a forma de governo. 
E) o sistema eleitoral e o sistema de governo. 
QUESTÃO 12 
[FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Bacharel em Ciências Contábeis- Conhecimentos 
Básicos] Na hipótese de determinado Estado pretender desmembrar-se da Federação brasileira, o ato 
em questão: 
A) deverá ser autorizado por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, 
e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, à população envolvida. 
B) será incompatível com a Constituição da República, por ofensa ao princípio constitucional da 
separação de poderes. 
C) deverá ser objeto de proposta de emenda à Constituição, discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, no mínimo dois 
terços dos votos dos respectivos membros. 
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D) será incompatível com a Constituição da República, uma vez que a federação brasileira é formada 
pela união indissolúvel de Estados, Municípios e Distrito Federal. 
E) deverá ser precedido de aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e 
do Congresso Nacional, por lei complementar. 
QUESTÃO 13 
[FCC - 2016 - SEGEP-MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Administração Tributária - 
Conhecimentos Gerais] A República Federativa do Brasil é composta pela união indissolúvel dos 
seguintes entes federados: 
A) União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
B) União, Estados, Territórios, Distrito Federal e Municípios. 
C) Estados, Territórios, Distrito Federal e Municípios. 
D) União, Estados e Distrito Federal. 
E) União, Estados e Municípios. 
QUESTÃO 14 
[FCC - 2017 - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte I - Economia] Nos termos da 
Constituição Federal, a competência para legislar sobre trânsito e transporte é: 
A) comum da União, Estados e Distrito Federal. 
B) privativa dos Estados e Distrito Federal. 
C) concorrente entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
D) exclusiva dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
E) privativa da União. 
 
 
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GABARITO COMENTADO 
(A) QUESTÕES IADES 
QUESTÃO 01 
[IADES - 2017 - CREMEB - Advogado] A respeito da competência dos entes federativos, assinale a 
alternativa correta. 
A) A competência constitucional concorrente exclui os estados da Federação. 
B) É competência concorrente da União e do Distrito Federal legislar sobre vencimentos dos membros 
das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. 
C) A Constituição Federal de 1988 enumera competências privativas dos estados da Federação que 
podem ser delegadas por meio de lei complementar. 
D) O município é incompetente para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial 
com sede em seu território. 
E) Compete privativamente à União legislar sobre desapropriação e seguridade social. 
Comentário: 
Vamos assinalar a alternativa ‘e’ como correta, pois está de acordo com o art. 22, II e XXIII, CF/88. Sobre 
as demais alternativas, vejamos o porquê de estarem incorretas: 
- Letra ‘a’: a competência constitucional concorrente abrange a União, os Estados e o Distrito Federal 
(art. 24, CF/88); 
- Letra ‘b’: é competência exclusiva da União legislar sobre os vencimentos dos membros das Polícias 
Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (art. 21, XIV, CF/88 e súmula 
vinculante 39); 
- Letra ‘c’: os Estados federados possuem competência residual, de acordo com o art. 25, §1º, CF/88; 
além disso, são as competências privativas da União que podem ser delegadas por meio da edição de 
lei complementar (art. 22, parágrafo único, CF/88); 
- Letra ‘d’: por força da Súmula Vinculante nº 38: “é competente o Município para fixar o horário de 
funcionamento de estabelecimento comercial”. 
QUESTÃO 02 
[IADES - 2018 - IGEPREV-PA - Técnico Previdenciário A] Em relação à organização do Estado, assinale a 
alternativa correta. 
A) Aos estados compete explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, permitida a edição de medida provisória para a respectiva regulamentação. 
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B) Os estados poderão, mediante ato normativo do chefe do Poder Executivo, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
C) O número de deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao mesmo número da 
representação do estado na Câmara dos Deputados. 
D) Tratando-se de legislação concorrente, a superveniência de lei federal acerca de normas gerais torna 
inválida a lei estadual, no que lhe for contrário. 
E) No âmbito da competência legislativa concorrente, cabe à União editar normas gerais, de sorte que 
isso não exclui a competência suplementar dos estados. Assim, inexistindo lei federal acerca de normas 
gerais, os estados exercerão a competência legislativa plena, para atender às respectivas 
peculiaridades. 
Comentário: 
O tema “Da organização do Estado” está regulado sob o Título III da nossa Constituição Federal de 
1988. Vejamos cada uma das alternativas à luz dos dispositivos constitucionais: 
- Letra ‘a’: incorreta. “Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços 
locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisório para a sua 
regulamentação” – art. 25, §2º, CF/88; 
- Letra ‘b’: incorreta. “Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planetamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum” – art. 25, §3º, CF/88; 
- Letra ‘c’: incorreta. “O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da 
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido 
de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze” – art. 27, CF/88; 
- Letra ‘d’: incorreta. “A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário” – art. 24, §4º, CF/88; 
- Letra ‘e’: correta, de acordo com o art. 24, §§ 1º a 3º, CF/88, portanto, é o nosso gabarito. 
QUESTÃO 03 
[IADES - 2011 - PG-DF - Analista Jurídico - Direito e Legislação] Quanto à competência legislativa 
concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a doutrina diferencia três 
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espécies de atuação normativa: a plena, a complementar e a supletiva. Nesse sentido, assinale a 
alternativa correta. 
A) Nas matérias de competência legislativa concorrente, a União, ao legislar, pode apresentar 
comandos gerais válidos para todos e comandos específicos válidos apenas para os órgãos públicos 
federais e estaduais. 
B) A Constituição brasileira aceita, em algumas matérias, que os Estados legislem concorrentemente à 
União, e que a lei estadual assuma a função complementar ou, em casos mais restritos, a função 
supletiva para todo o território nacional. 
C) A Constituição brasileira aceita que os Municípios complementem a legislação federal e a estadual, 
desde que a lei municipal assuma a função legislativa suplementar. 
D) As matérias elencadas como de competência legislativa privativa da União, diante da inatividade 
desse ente federativo, podem ser reguladas livremente por leis estaduais para as suas respectivas 
circunscrições. 
E) A revogação de lei federal superveniente que tenha suspendido a eficácia de lei estadual, em matéria 
de competência legislativa concorrente, não implica em nenhuma hipótese a retomada da eficácia da 
lei estadual. 
Comentário: 
Somente a assertiva ‘c’ está correta, sendo o nosso gabarito. Nos termos do art. 30, II, CF/88: “Compete 
aos Municípios suplementar a legislação federal e a estadual no que couber”. Quanto às demais 
assertivas, vejamos: 
- Letra ‘a’: incorreta. “No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a 
estabelecer normas gerais” – art. 24, §1º, CF/88; 
- Letra ‘b’: incorreta. A competência suplementar dos Estados não tem abrangência em todo o 
território nacional, pois restringe-se ao território estadual (art. 24, §2º, CF/88); 
- Letra ‘d’: incorreta.As matérias de competência privativa da União não podem ser livremente 
reguladas por lei estadual. De acordo com o parágrafo único do art. 22 da Constituição Federal: “lei 
complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias 
relacionadas neste artigo”; 
- Letra ‘e’: incorreta. Caso a revogação da lei federal ocorra por outra lei federal que não é mais 
conflitante com a anterior lei estadual (que estava com a eficácia suspensa), esta terá sua eficácia 
retomada – é o caso de incidência do instituto conhecido como “repristinação”. 
QUESTÃO 04 
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[IADES - 2014 - TRE-PA - Analista Judiciário - Análise de Sistemas] A Constituição Federal, ao tratar da 
repartição das competências entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visa a 
resguardar o denominado equilíbrio federativo. A respeito do tratamento constitucional da matéria, 
assinale a alternativa correta. 
A) No âmbito da legislação privativa, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
B) A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
C) Redação conferida pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006, passou a dispor que Leis 
complementares (e não somente uma Lei complementar, conforme previsão do texto originário da 
Constituição Federal de 1988) fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito 
nacional. 
D) A superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a eficácia da lei estadual, distrital ou 
municipal, no que lhe for contrário. 
E) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão a 
competência legislativa plena para atender a suas peculiaridades. 
Comentário: 
Vamos analisar cada uma das alternativas: 
- Letra ‘a’: incorreta. “No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a 
estabelecer normas gerais” – art. 24, §1º, CF/88; 
- Letra ‘b’: incorreta. “A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados” – art. 24, §2º, CF/88; 
- Letra ‘c’: correta, portanto, é o nosso gabarito! A assertiva está de acordo com a redação atual do 
parágrafo único do art. 23 da Constituição (redação dada pela EC nº 53/2006); 
- Letra ‘d’: incorreta. “A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário” – art. 24, §4º, CF/88; 
- Letra ‘e’: incorreta. “Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades” – art. 24, §3º, CF/88. 
QUESTÃO 05 
[IADES - 2014 - SEAP-DF - Analista - Direito] Acerca da organização do Estado, em consonância com a 
Constituição Federal, assinale a alternativa correta. 
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A) É competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios proporcionar os 
meios de acesso a` cultura, a` educação e a` ciência. 
B) É competência exclusiva da União proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, 
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais nota´veis e os sítios arqueológicos. 
C) É competência exclusiva dos estados impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras 
de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural. 
D) Compete, exclusivamente, a` União legislar sobre a proteção ao patrimônio histórico, cultural, 
artístico, turístico e paisagístico. 
E) Compete, exclusivamente, aos estados legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto. 
Comentário: 
Vamos assinalar a letra ‘a’ como a única correta, de acordo com o art. 23, V, CF/88. Porém, vale 
destacar que a redação deste dispositivo foi alterada pela EC nº 85/2015, sendo que a questão é de 
2014. Atualmente, o inciso possui a seguinte redação: “proporcionar os meios de acesso à cultura, à 
educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação”. Quanto às demais alternativas, vejamos o 
porquê de estarem incorretas: 
- Letra ‘b’: trata-se de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
a proteção aos documentos, obras e bens de valor histórico, artístico, cultural, monumentos, paisagens 
naturais notáveis e sítios arqueológicos (art. 23, III, CF/88); 
- Letra ‘c’: é de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor 
histórico, artístico ou cultural (art. 23, IV, CF/88); 
- Letra ‘d’: é competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal legislar sobre 
proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico (art. 24, VII, CF/88); 
- Letra ‘e’: também se trata de competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal 
legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto (art. 24, IX, CF/88, cuja redação foi alterada em 2015 
pela EC nº 85). 
QUESTÃO 06 
[IADES - 2014 - CAU-RJ - Analista Jurídico] Quanto à da organização do Estado, nos termos da 
Constituição Federal, assinale a alternativa correta. 
A) É permitido à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios recusar fé aos documentos 
públicos. 
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B) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos. 
C) Os territórios federais integram a União, e sua criação, transformação em estado ou reintegração ao 
estado de origem serão reguladas em lei ordinária. 
D) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei ordinária. 
E) É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios criar distinções entre brasileiros e 
estrangeiros. 
Comentário: 
Não foi difícil marcar a letra ‘b’, não é verdade? Esta alternativa corresponde ao art. 18 da Constituição 
Federal. Vejamos agora o erro das demais alternativas: 
- Letra ‘a’: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos 
documentos públicos” – art. 19, II, CF/88; 
- Letra ‘c’: “Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou 
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar” – art. 18, §2º, CF/88; 
- Letra ‘d’: “Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da 
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar” – art. 18, §3º, CF/88; 
- Letra ‘e’: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre 
brasileiros ou preferências entre si” – art. 19, III, CF/88. 
 
(B) QUESTÕES CESPE 
QUESTÃO 01 
[CESPE - 2018 - PC-MA - Investigador de Polícia - Adaptada] Julgue o item: 
Os estados podem incorporar-se entre si, mediante a aprovação da população diretamente 
interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Comentário: 
Eis um item verdadeiro, pois está em conformidade com o art. 18, § 3º do texto constitucional. Nunca se 
esqueça,próprios representantes (segundo o STF, essa capacidade: 
“determina a eleição do chefe do Poder Executivo e dos representantes no Poder Legislativo”); 
(ii) Autoadministração: gerir seus próprios negócios, exercer as atividades/atribuições de cunho 
legislativo, administrativo e tributário (segundo o STF, essa capacidade: “implica capacidade decisória 
quanto aos interesses locais, sem delegação ou aprovação hierárquica”); 
(iii) Auto-organização: elaborar sua própria legislação fundamental (cada Estado tem sua própria 
Constituição; DF e Municípios vão editar suas Leis Orgânicas), e o restante do corpo normativo (as 
demais leis, para alguns uma competência chamada de autolegislação). 
Obs.: Aproveitando que falamos nas leis orgânicas, não custa lembrar que elas (as dos Municípios e 
também a do DF) são elaboradas na base do DDD. O que isso significa? Que serão votadas em Dois 
turnos, sendo que o intervalo entre eles será de, no mínimo, Dez dias e a maioria de aprovação será de 
Dois terços. Veja os artigos 29 e 32, ambos da CF/88. 
Obs.: Outro detalhe importante: apesar de o DF ter uma Lei Orgânica, é bom frisar que ela tem status 
de Constituição estadual (ou seja, tem a mesma importância e está no mesmo nível das Constituições 
Estaduais). 
República 
Federativa do 
Brasil 
Entes da Federação 
(União; Estados; 
Distrito Federal; 
Municípios) 
AUTONOMIA SOBERANIA 
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Bom, meu caro aluno, a essa altura da aula, você já sabe que a União é um ente federado, que não 
se confunde com a República Federativa do Brasil (que é o Estado Federal). Aliás, por que tantos 
pensam que União e República são pessoas jurídicas idênticas? Suspeito que existam três razões 
centrais que induzem à confusão: 
1- O fato de ambas terem o mesmo território (que é o território nacional); 
2- A circunstância de a mesma pessoa física, que é o Presidente da República, representar as duas, em 
virtude de o nosso sistema de governo ser o presidencialista (mas lembre-se: quando o Presidente 
representa a União ele age como chefe de governo; quando representa a República Federativa do Brasil 
ele atua como chefe de Estado); 
3- O fato de a União cumprir certas competências como representante do Estado Federal soberano (por 
exemplo, a descrita no art. 21, I, CF/88 – “manter relações com Estados estrangeiros e participar de 
organizações internacionais”). 
Agora que já reforçamos a ideia de que a União e a República Federativa do Brasil (RFB) são 
pessoas jurídicas distintas – a União é um ente da federação, dotado de autonomia; a RFB é o Estado 
Federal (é “o todo!”), dotada de soberania –, podemos seguir no estudo da matéria. Mas antes, vamos 
resolver mais algumas questões? 
Questões para fixar 
[FGV - 2015 - TJ-RO - Técnico Judiciário] A respeito da organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil, é correto afirmar que ela é formada pela união: 
a) indissolúvel dos Estados e dos Municípios; 
b) indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
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c) dissolúvel dos Estados, dos Municípios e dos Territórios; 
d) indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
e) dissolúvel dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
Comentário: 
A única alternativa em sintonia com o caput do art. 1º da CF/88 é a da letra ‘b’. 
Gabarito: B 
[CESPE - 2013 - TJ-RN - Juiz - Adaptada] No que concerne à organização do Estado brasileiro, julgue a 
assertiva: 
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, o 
DF e os municípios, todos soberanos, nos termos da CF. 
Comentário: 
O uso do termo “soberanos” torna o nosso item incorreto. Afinal, a organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, o DF e os municípios, todos autônomos, nos 
termos da CF/88 (art. 18, CF/88). 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] À luz da 
organização político-administrativa do Estado brasileiro, na qual prevalece a autonomia das entidades 
federativas: 
A) a autonomia baseia-se na existência de uma única esfera governamental atuante sobre a população, em 
um mesmo território. 
B) a Constituição Federal prevê mecanismos de proteção do sistema federativo, tais como a repartição de 
competências administrativas e legislativas entre os entes federados. 
C) a autonomia é assegurada a todos os entes sob os aspectos administrativo e fiscal, cabendo, no entanto, 
somente à União a autonomia legislativa. 
D) a soberania, na qualidade de poder supremo consistente na capacidade de autodeterminação do ente 
federado, cabe à União e aos Estados membros. 
Comentário: 
Em um Federação, somente o Estado Federal é dotado de soberania (razão pela qual a letra ‘d’ é 
equivocada). Os entes federados são dotados de autonomia, que representa a possibilidade de exercer a 
chamada tríplice capacidade (que envolve autonomia legislativa; o que torna a letra ‘c’ incorreta). Quanto à 
letra ‘a’, a autonomia não pode ser assim representada, pois a definição que a alternativa traz mais se 
assemelha à explicação do que seria o governo central, típico dos Estados unitários. 
Portanto, nossa resposta está na letra ‘b’, pois, de fato, nossa CF prevê mecanismos que visam proteger o 
pacto federativo: um deles é o estabelecimento pelo texto constitucional de um sistema de repartição de 
competências entre os entes federados. 
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Gabarito: B 
[FUNCAB - 2015 - ANS - Ativ. Tec. de Suporte - Direito - Adaptada] Acerca da organização do Estado 
brasileiro, julgue a assertiva: 
Os Municípios não dispõem de autonomia política, uma vez que não são dotados de capacidade de auto-
organização e de autoadministração. 
Comentário: 
Municípios são entes federados. A redação dos artigos 1º e 18 deixa isso bem claro. Nosso item é, portanto, 
falso. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2020 - TJ PA - Auxiliar Judiciário] A autonomia do Estado para gerir negócios próprios, pela ação 
administrativa do governador, denomina-se: 
a) autogoverno 
b) soberania 
c) autogestão 
d) autolegislação 
e) autoadministração. 
Comentário: 
Sabemos que, em uma Federação, somente o Estado Federal (em nosso caso, a República Federativa do 
Brasil) é dotada de soberania. Os entes federados (que, em nosso país, são: a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios) são dotados, tão somente, de autonomia. Esta é representada pela possibilidade de 
exercer a tríplice capacidade: autogoverno (capacidade de escolher e eleger seus próprios representantes), 
auto-organização (capacidade de editar seu documento normativo principal próprio e todo o restante da 
legislação – sendo que esta última atribuição também é conhecida como autolegislação), e 
autoadministração (que é, justamente, a capacidade de gerir negócios próprios, cumprindo os ditames 
constitucionais). Portanto, a nossa resposta está na letra ‘e’. 
Gabarito: E 
[FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária] A Câmara Municipal do Município Alfa aprovou em 
dois turnos de votação, com interstício de dez dias, pelo voto, de dois terços de seus membros, o projeto de 
lei orgânica, que passaria a reger o Município. Ato contínuo, a própria Câmara Municipal a promulgou. 
À luz da sistemática constitucional, o referido processo legislativo está: 
a) incorreto, pois o município deve ser regido pela Constituição Municipal; 
b) correto, desde que o Prefeito Municipalcaro aluno: (i) que o plebiscito não pode ser substituído por outras formas de manifestação 
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popular; (ii) que a população a ser consultada é tanto a da área a ser desmembrada quanto da área 
remanescente. 
QUESTÃO 02 
[CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça Substituto] De acordo com a Constituição Federal de 
1988, compete privativamente à União legislar sobre: 
A) a defesa do solo e dos recursos naturais. 
B) a proteção do meio ambiente e o combate à poluição. 
C) a preservação das florestas e da flora. 
D) as florestas e a fauna. 
E) as águas e a metalurgia. 
Comentário: 
A única alternativa que apresenta competências consideradas como privativas da União é a da letra ‘e’, 
conforme preceitua o art. 22, incisos IV e XII do texto constitucional. As demais assertivas apresentam 
competências legislativas concorrentes, dispostas no art. 24, inciso VI da CF/88 (letras ‘a’ e ‘b’) e 
materiais comuns, do art. 23, VII (letras ‘c’ e ‘d’). 
QUESTÃO 03 
[CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II - Adaptada] Julgue o item: 
A respeito da organização do Estado, a União, os estados federados e o Distrito Federal podem legislar 
concorrentemente sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho. 
Comentário: 
Estou certa de que você marcou esse item como falso, pois ele traz competências legislativas que são 
privativas da União, dispostas no art. 22, I do texto constitucional. 
QUESTÃO 04 
[CESPE - 2018 - PC-MA - Investigador de Polícia - Adaptada] Julgue o item: 
O desmembramento de um município será determinado por lei municipal, dentro do período 
determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos municípios envolvidos, inexistindo a necessidade de divulgação prévia de estudos de 
viabilidade municipal na imprensa oficial. 
Comentário: 
Após uma leitura atenta do item é possível perceber que ele erra em dois momentos, conforme 
previsão do art. 18, § 4º do texto constitucional: 
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(i) o desmembramento do Município será determinando por lei estadual; 
(ii) há a necessidade de divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na 
forma da lei. 
Nesse sentido, o item deve ser julgado como falso. 
QUESTÃO 05 
[CESPE - 2017 - TCE-PE - Analista de Gestão - Julgamento] No que se refere à organização político-
administrativa da União, dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios e às atribuições e 
responsabilidades do presidente da República, julgue o item que se segue: 
A proteção ao meio ambiente é de competência comum da União, dos estados, do DF e dos municípios. 
Comentário: 
Uma vez que o item menciona uma competência disposta no art. 23, VI do texto constitucional, que 
traz as competências comuns da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, ele deverá 
ser marcado como correto! 
QUESTÃO 06 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Com referência à 
organização político-administrativa do Estado, julgue a assertiva: 
De acordo com a CF, o Distrito Federal — unidade federada indivisível em municípios — é a capital 
federal do país. 
Comentário: 
Estamos diante de um item falso! Dizer que o Distrito Federal é a capital federal do país, é uma das 
diversas formas de a banca tentar lhe confundir! Por força do art. 18, § 1º do texto constitucional, a 
capital federal do país é Brasília. Vale mencionar, ainda, que o Distrito Federal realmente não pode ser 
dividido em Municípios (art. 32, caput, CF/88). 
QUESTÃO 07 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Adaptada] A respeito 
da organização do Estado e da administração pública, julgue o item: 
A forma de federalismo adotada no Brasil é conhecida como federalismo de segregação e centrífugo, 
sendo os estados-membros dotados de autogoverno. 
Comentário: 
O item é verdadeiro! Realmente nossa Federação se formou por segregação, pois é o produto do 
desfazimento de um Estado unitário. Logo, nosso movimento de formação foi o centrífugo (‘força’ que 
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vai do centro em direção à periferia), pois foi um processo de descentralização de um poder até então 
central. 
A questão acerta, também, ao dizer que os Estados-membros são dotados de autogoverno! Lembre-se 
que os Estados também possuem auto-organização e autoadministração, exercendo, nesse sentido, a 
tríplice capacidade que a eles confere autonomia. 
QUESTÃO 08 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] No 
que se refere à organização político-administrativa do Estado, julgue o item: 
A competência da União e dos municípios é expressa, sendo a competência dos estados remanescente 
ou residual. 
Comentário: 
Com certeza você assinalou este item como verdadeiro! As competências da União e dos Municípios 
estão previstas no texto constitucional de forma expressa, em dispositivos constitucionais diversos. Por 
outro lado, a competência legislativa dos Estados é denominada “residual” (ou remanescente), por 
força da norma contida no artigo 25, § 1º da CF/88, que dispõe serem reservadas aos Estados as 
competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição. 
QUESTÃO 09 
[CESPE - 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto]A respeito da ordem constitucional brasileira, 
julgue a assertiva: 
Não se considera o município entidade federativa, embora se reconheça que ele dispõe de capacidade 
de auto-organização, autogoverno e autoadministração. 
Comentário: 
Eis um item claramente falso! O art. 18, caput, CF/88, inclui o município entre as entidades federadas 
(União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) que são dotadas de autonomia. O mesmo já 
havia sido feito pelo art. 1°, CF/88. 
QUESTÃO 10 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue 
o item que se segue: 
Sendo o Brasil um Estado laico, é vedado aos entes federativos estabelecer cultos religiosos e igrejas ou 
manter com eles, ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, o que inclui a 
colaboração de interesse público. 
 
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Comentário: 
O item deverá ser julgado como falso, pois a colaboração dos entes federativas com representantes 
religiosos em prol do interesse público é uma exceção apresentada pelo art. 19, I, CF/88, que dispõe: “É 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou 
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. 
QUESTÃO 11 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Analista Judiciário] A respeito das competências dos entes federados, assinale 
a opção correta: 
a) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa residual 
para atender às suas peculiaridades. 
b) A eficácia de lei estadual vigente não será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal 
sobre normas gerais, mesmo que a lei federal traga disposições contrárias à lei estadual. 
c) Compete privativamente à União zelar pela guarda da CF, das leis e das instituições democráticas. 
d) A competência da União para legislarsobre normas gerais afasta a competência suplementar dos 
estados. 
e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
Comentário: 
A única alternativa correta apresentada é a da letra ‘e’, pois em consonância com o disposto no art. 24, 
§1º da CF/88. 
A letra ‘a’ não poderá ser marcada pois a inércia da União em estabelecer normas gerais sobre matéria 
de competência legislativa concorrente permite que os Estados-membros e o Distrito Federal exerçam 
competência legislativa plena – também chamada de suplementar supletiva –, para atenderem às suas 
peculiaridades (art. 24, § 3°, CF/88). 
A letra ‘b’, por sua vez, erra, já que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a 
eficácia da lei estadual/distrital eventualmente existente, naquilo que lhe for contrária (art. 24, § 4°, 
CF/88). 
Quanto à letra ‘c’, apresenta uma competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, conforme dispõe o art. 23, I, CF/88 (e não uma competência ‘privativa’ da União). 
Por fim, a letra ‘d’ está errada pois a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui 
a competência suplementar dos Estados (art. 24, § 2°, CF/88). 
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QUESTÃO 12 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Técnico Judiciário] Incluem-se entre os bens do Estado da Federação: 
a) os terrenos de marinha. 
b) os recursos minerais, inclusive os do subsolo. 
c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio. 
d) o mar territorial. 
e) os potenciais de energia hidráulica. 
Comentário: 
A única alternativa que apresenta bens dos Estados é a da letra ‘c’, conforme disposto no art. 26, II da 
CF/88. Todas as demais apresentam bens da União (conforme art. 20, incisos VII, IX, VI e VIII, 
respectivamente, da CF/88). 
QUESTÃO 13 
[CESPE - 2017 - Prefeitura de Fortaleza - CE/Procurador do Município] A respeito das normas 
constitucionais, do mandado de injunção e dos Municípios, julgue o item subsequente: 
Os Municípios não gozam de autonomia para criar novos tribunais, conselhos ou órgãos de contas 
municipais. 
Comentário: 
Estamos diante de um item verdadeiro! Como sabemos, os Municípios possuem autonomia para 
organizar seus poderes Executivo e Legislativo, mas não há autorização constitucional para que 
organizem e criem os seus próprios Tribunais, Conselhos ou órgãos de contas municipais, de acordo 
com o art. 31, §4º da CF/88 (“É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas 
Municipais”). 
QUESTÃO 14 
[CESPE - 2016 - PCPE - Delegado de Polícia - Adaptada] A respeito da organização político-
administrativa do Estado Federal brasileiro, julgue a assertiva: 
Os Territórios não são entes federativos; assim, na hipótese de vir a ser criado um Território Federal, ele 
não disporá de representação na Câmara dos Deputados nem no Senado Federal. 
Comentário: 
Item falso! De fato, se forem criados por lei complementar, os Territórios Federais não serão entes 
federativos, pois integrarão a União. Justamente por não serem entes federados, não terão 
representação no Senado Federal. No entanto, nos termos do art. 45, §2º, o TF possuirá representação 
na Câmara dos Deputados (4 deputados). 
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QUESTÃO 15 
[CESPE - 2018 - PGM - MA - Procurador do Município] Conforme regras e interpretação da CF, julgue o 
item subsequente, relativo a autonomia municipal: 
No âmbito de sua jurisdição, compete ao Município a fixação do horário de funcionamento de 
estabelecimentos comerciais, uma vez que se trata de assunto de interesse local. 
Comentário: 
Trata-se de um item verdadeiro, conforme disposição da SV nº 38! 
QUESTÃO 16 
[CESPE - 2012 - AGU - Advogado] A respeito do processo legislativo e da competência legislativa da 
União e dos Estados, julgue o próximo item: 
Serão constitucionais leis estaduais que disponham sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico, matérias que se inserem no âmbito da competência concorrente da União, 
dos Estados e do DF. 
Comentário: 
Claramente verdadeiro, pois em consonância com o que prevê o art. 24, I, CF/88. 
 
(C) QUESTÕES FCC 
QUESTÃO 01 
[FCC - 2014 - Câmara Municipal - SP Procurador Legislativo– Adaptada] Julgue o item: 
 Ao disciplinar a instituição de regiões metropolitanas, determinou a Constituição Federal que poderão 
ser instituídas apenas por lei complementar estadual. 
Comentário: 
Eis um item verdadeiro apresentado pela FCC! Conforme preceitua o art. 25, § 3º, CF/88, os Estados 
poderão, mediante edição de lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 
QUESTÃO 02 
[FCC - 2010 - MPE - RS - Secretário de Diligências - Adaptada] Nos termos da Constituição Federal, 
dentre outras hipóteses, julgue o item: 
É vedado aos Municípios e ao Distrito Federal, nos termos da lei, a colaboração de interesse, ainda que 
alegado interesse público, com igrejas ou cultos ou seus representantes, salvo à União e aos Estados. 
 
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Comentário: 
Item falso! Por força do que dispõe o art. 19, I, da CF/88, será vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles, ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. 
QUESTÃO 03 
[FCC - 2017 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário] O Prefeito da pequena metrópole “Y” está 
com dúvidas a respeito da competência para estabelecer e implantar política de educação para a 
segurança do trânsito. Assim, consultando a Constituição Federal, verificou que se trata de 
competência: 
a) concorrente entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
b) privativa da União. 
c) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
d) privativa de cada Município. 
e) privativa dos Estados e do Distrito Federal. 
Comentário: 
A questão apresenta uma competência material comum, disposta no art. 23, XII da CF/88, que deve ser 
cumprida por todos os entes da Federação de forma conjunta. Sendo assim, nossa alternativa correta é 
a da letra ‘c’. 
QUESTÃO 04 
[FCC - 2012 - DPE - SP - Defensor Público - Adaptada] A forma federativa de Estado é um importante 
instrumento para a limitação do exercício do poder político. Sobre essa forma de Estado, analise a 
assertiva abaixo: 
São características do Estado federal, entre outras, a autonomia de seus entes, a existência de uma 
Constituição como fundamento jurídico, a existência de direito de secessão de seus entes, a repartição 
de competências e a repartição de rendas. 
Comentário: 
Item falso, vez que o direito de secessão (separação) não é assegurado em federações, pois o vínculo 
federativo é, necessariamente, indissolúvel (art. 1º da CF/88). 
QUESTÃO 05 
[FCC - 2016 - SEGEP - MA - Procurador do Estado] Lei ordinária estadual criou Região Metropolitana 
formada por municípios contíguos e não contíguos, voltada para a prestação de serviços públicos de 
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interesse comum aos municípios que a integram. A mesma lei criou órgão colegiado estadual, do qual 
fazem parte apenas autoridades estaduais,voltado para disciplinar a concessão de serviços municipais 
de interesse comum à região metropolitana. De acordo com a Constituição Federal e a com a 
jurisprudência do STF, essa Região Metropolitana: 
A) apenas poderia ter sido criada por lei complementar e deveria ser formada apenas por municípios 
contíguos, sendo, ainda, inconstitucional a atribuição ao órgão colegiado estadual da competência para 
disciplinar a concessão de serviços municipais. 
B) poderia ter sido criada por lei ordinária, desde que assim previsto na Constituição do Estado, 
podendo a Região ser formada por municípios contíguos ou não, vez que voltada para a prestação de 
serviços públicos de interesse comum aos municípios, sendo constitucional a criação do órgão 
colegiado estadual com a competência que lhe foi atribuída, desde que o projeto de lei tenha sido de 
iniciativa do Chefe do Poder Executivo. 
C) poderia ter sido criada por lei ordinária, mas a Região deveria ser formada apenas por municípios 
contíguos, sendo inconstitucional a atribuição ao órgão colegiado estadual da competência para 
disciplinar a concessão de serviços municipais. 
D) apenas poderia ter sido criada por lei complementar, podendo a Região ser formada por municípios 
contíguos ou não, vez que voltada para a prestação de serviços públicos de interesse comum aos 
municípios, sendo constitucional a criação do órgão colegiado estadual com a competência que lhe foi 
atribuída, desde que o projeto de lei tenha sido de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. 
E) apenas poderia ter sido criada por lei complementar, podendo a Região ser formada por municípios 
contíguos ou não, vez que voltada para a prestação de serviços públicos de interesse comum aos 
municípios, sendo inconstitucional a atribuição ao órgão colegiado estadual da competência para 
disciplinar a concessão de serviços municipais. 
Comentário: 
A alternativa correta é a apresentada pela letra ‘a’! Por força do que dispõe o art. 25, §3º do texto 
constitucional, os Estados poderão, mediante edição de lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. Além disso, de acordo com STF, lei que cria órgão colegiado estadual, do qual fazem parte 
apenas autoridades estaduais, é inconstitucional, pois acarreta um esvaziamento da autonomia 
municipal. O estabelecimento de região metropolitana não significa simples transferência de 
competências para o Estado, pois neste caso é necessário seja estabelecida uma divisão de 
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responsabilidades entre Municípios e Estado, a fim de evitar que o poder decisório e o poder 
concedente se concentrem nas mãos de um único ente para preservação do autogoverno e da 
autoadministração dos Municípios. Nesse sentido: ADI 1.842, Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado 
em 6/3/2013. 
QUESTÃO 06 
[2017 - FCC - TRE-SP - Analista Judiciário] À luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal, considere: 
I. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por Emenda Constitucional. 
II. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
III. No caso de desmembramento de Município, é necessária tanto a consulta à população do território a 
ser desmembrado, quanto a do território remanescente. 
IV. No caso de desmembramento de Estado, não é necessária a consulta à população do território 
remanescente, uma vez que a Constituição Federal exige apenas a consulta da população diretamente 
interessada. 
Está correto o que consta APENAS em 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) II e IV. 
E) III e IV. 
Comentário: 
Dentre as assertivas apresentadas, apenas a II e III estão corretas, pois se encontram em plena 
consonância com o disposto pelo artigo 18, §4º e com o entendimento do STF, que indica que a 
expressão “às populações dos Municípios envolvidos”, contida na redação do § 4º do art. 18 da CF/88 
torna necessária a consulta a toda a população afetada pela modificação territorial, o que, no caso de 
desmembramento, deve envolver tanto a população do território a ser desmembrado, quanto a do 
território remanescente (ADI 2.650, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 24-8-2011). 
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O item I é falso pois, conforme determina o art. 18 § 3º, CF/88, a formação de novos Estados-membros 
depende de provação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar (e não emenda constitucional, conforme mencionado pela assertiva). 
Já o item IV está incorreto pois, consoante decidiu o STF, a população diretamente interessada envolve 
não só a população da área a ser desmembrada, como também a população da área remanescente. 
QUESTÃO 07 
[FCC - 2019 - AFAP - Agente de Fomento Externo] Ao disciplinar a Organização do Estado, a 
Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que: 
A) os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 
B) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de emenda à 
Constituição. 
C) os Territórios, vedada sua divisão em Municípios, terão suas contas submetidas ao Congresso 
Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. 
D) compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
os serviços públicos de interesse local, incluído o de gás canalizado, que tem caráter essencial. 
E) compete privativamente à União legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da 
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. 
Comentário: 
A nossa alternativa correta é aquela apresentada pela letra ‘a’! É o que prevê o art. 25, § 3º da 
Constituição Federal, que institui que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
A letra ‘b’ erra ao dizer que a subdivisão, incorporação ou desmembramento de Estado far-se-ão por 
emenda à Constituição, pois o texto constitucional preceitua, em seu art. 18, § 3º, que serão feitas por 
Lei Complementar. No que tange à letra ‘c’, esta peca ao afirmar que os Territórios não poderão ser 
divididos em Municípios: poderão, conforme o art. 33, § 1º da CF/88 – não custa aproveitar o ensejo para 
lembrarmos que o DF não pode ser dividido em Municípios, nos termos do art. 32, caput. 
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A letra ‘d’, por sua vez, apresenta uma competência estadual e não municipal, prevista no art. 25, § 2º 
da CF/88. 
Por fim, a letra ‘e’ apresenta uma competência legislativa concorrente (e não privativa da União), 
descrita pelo art. 24, VI da CF/88. 
QUESTÃO 08 
[FCC - 2019 - Prefeitura de Recife - PE - Analista de Gestão Contábil] A Constituição Federal, no inciso I 
do caput do seu art. 24, estabelece que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: (I) direito tributário... De acordo com o texto constitucional, no que se refere 
à competência para legislar sobre direito tributário: 
A) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
B) os Estados não têm competência para legislar sobre normas gerais. 
C) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União, desde que exercida por meio de lei 
complementar, não se limitará a estabelecer normas gerais. 
D) a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de todos os dispositivos da 
lei estadual, retroagindo seus efeitos à data da publicação da referida lei estadual. 
E) a competência da União para legislar sobre normas gerais limita-se à matéria relacionada com taxas 
federais, contribuições em geral e empréstimos compulsórios. 
Comentário: 
A alternativa que deverá ser marcada é a da letra ‘a’! Trata-se de uma competência legislativa 
concorrente (art. 24, I), cabendo à União estabelecer as normas gerais sobre o tema ‘direito tributário’, 
não excluindo a competência suplementar dos Estados e do DF (§§ 1º e 2º do art. 24 da CF/88). 
Entretanto, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados (e o DF) exercerão competência 
legislativa plena, para atender suas peculiaridades (art. 24, § 3º da CF/88). No mais, lembremos, caro 
aluno, que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspenderá a eficácia da lei estadual 
naquilo que lhe for contrária (§ 4º do art. 24, CF/88). 
QUESTÃO 09 
[FCC - 2019 - AFAP - Analista de Fomento - Advogado] Sobre as competências em matéria legislativa 
na Federação brasileira, no que se refere à legislação concorrente: 
A) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
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B) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre jazidas, minas, outros recursos 
minerais e metalurgia. 
C) é de competência da União o estabelecimento de normas gerais, podendo ainda exercer 
competência suplementar caso inexista lei estadual ou distrital sobre a matéria. 
D) a superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
E) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar dos 
Estados. 
Comentário: 
A alternativa ‘a’ é a correta, pois está em plena sintonia com o que dispõe o art. 24, § 3º da Constituição 
Federal. 
A letra ‘b’ erra, uma vez que legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais e metalurgia é 
competência privativa da União (art. 22, XII da CF/88). 
A letra ‘c’, por sua vez, é falsa, pois a competência da União se limita à edição de normas de caráter 
geral. Estados e DF exercerão a competência legislativa suplementar complementar. 
A letra ‘d’ está errada, pois, por força do disposto no art. 24, § 4º, CF/88, a superveniência de lei federal 
sobre normas gerais suspende (e não revoga) a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
Por fim, a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência 
suplementar dos Estados e, por esta razão, a letra ‘e’ é falsa (art. 24, § 2º, CF/88). 
QUESTÃO 10 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo] De acordo com a 
Constituição Federal, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, desde que cumpridos os 
requisitos nela estabelecidos. Já com relação aos Municípios, dispõe, a mesma Constituição, que a 
criação, incorporação, fusão e o desmembramento far-se-ão por lei: 
A) municipal, dentro do período determinado por Lei Complementar Estadual, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, não sendo necessária a 
realização de qualquer estudo prévio. 
B) estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
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C) estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, a toda população do Estado respectivo, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
D) municipal, dentro do período determinado por Lei Complementar Estadual, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, a toda população do Estado respectivo, não sendo necessária a 
realização de qualquer estudo prévio. 
E) estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, independentemente de 
consulta prévia à população, sendo necessária apenas prévia divulgação dos Estudos de Viabilidade 
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Comentário: 
De acordo com o art. 18, § 4º da Constituição Federal, a criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
Sendo assim, a alternativa que deverá ser marcada é a letra ‘b’, única que está de acordo com o que 
determina nossa Constituição Federal. 
QUESTÃO 11 
[FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Sociólogo] Segundo o artigo 1° da Constituição Federal de 
1988, o Brasil é uma “República Federativa”. Esse termo exprime, respectivamente: 
A) a forma de governo e a forma de Estado. 
B) o sistema de governo e a forma de governo. 
C) a forma de Estado e o sistema de governo. 
D) a forma de Estado e a forma de governo. 
E) o sistema eleitoral e o sistema de governo. 
Comentário: 
Lembre-se que a nossa forma de Estado é a Federada (consagrada nos artigos 1° e 18 da CF/88), que 
nossa forma de governo é a republicana (descrita também em nosso art. 1°) e que nosso sistema de 
governo é o presidencialista. Portanto, pode assinalar a letra ‘a’! 
 
 
 
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QUESTÃO 12 
[FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Bacharel em Ciências Contábeis- Conhecimentos 
Básicos] Na hipótese de determinado Estado pretender desmembrar-se da Federação brasileira, o ato 
em questão: 
A) deverá ser autorizado por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, 
e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, à população envolvida. 
B) será incompatível com a Constituição da República, por ofensa ao princípio constitucional da 
separação de poderes. 
C) deverá ser objeto de proposta de emenda à Constituição, discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, no mínimo dois 
terços dos votos dos respectivos membros.D) será incompatível com a Constituição da República, uma vez que a federação brasileira é formada 
pela união indissolúvel de Estados, Municípios e Distrito Federal. 
E) deverá ser precedido de aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e 
do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Comentário: 
Muito interessante esta questão! Nossa resposta está na letra ‘d’, afinal, por força do art. 1º da CF/88, a 
federação é formada pela União indissolúvel dos Estados, Municípios e do DF, de modo que não está 
assegurado o direito de secessão (separação) dos entes federados! 
QUESTÃO 13 
[FCC - 2016 - SEGEP-MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Administração Tributária - 
Conhecimentos Gerais] A República Federativa do Brasil é composta pela união indissolúvel dos 
seguintes entes federados: 
A) União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
B) União, Estados, Territórios, Distrito Federal e Municípios. 
C) Estados, Territórios, Distrito Federal e Municípios. 
D) União, Estados e Distrito Federal. 
E) União, Estados e Municípios. 
Comentário: 
A única alternativa em sintonia com o caput do art. 1º da CF/88 é a da letra ‘a’. Não se esqueça, 
ademais, que atualmente não existem Territórios Federais em nosso ordenamento jurídico, mas, ainda 
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que novos sejam criados por Lei Complementar (art. 18, § 2°), eles não serão entes federados, pois não 
possuirão autonomia (integrarão a União, como meras descentralizações territoriais administrativas). 
QUESTÃO 14 
[FCC - 2017 - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte I - Economia] Nos termos da 
Constituição Federal, a competência para legislar sobre trânsito e transporte é: 
A) comum da União, Estados e Distrito Federal. 
B) privativa dos Estados e Distrito Federal. 
C) concorrente entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
D) exclusiva dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
E) privativa da União. 
Comentário: 
É fácil marcar a letra ‘e’, afinal, sabemos que, por força do art. 22, XI, CF/88, compete privativamente à 
União legislar sobre trânsito e transporte! Aliás, essa é uma competência cobrada o tempo todo em 
prova, nunca se esqueça dela. 
 
 
 
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(5) Resumo direcionado 
 Organização do Estado 
 
 Formas de Estado 
 
 
 
Introdução 
 
 
 
 
Formas de Estado 
 
 
 
Estado 
Unitário 
 
 
 
 
 
 
 
Estado 
Federado 
 
 
 
 
 
- Em seu art. 1°, nossa Carta Constitucional de 1988 adotou o princípio federativo como 
critério ordenador da organização político-administrativa do Estado. 
- Isso significa que nossa forma de Estado é a Federada. 
- Por outro lado, lembre-se que nossa forma de governo é a republicana e que nosso 
sistema de governo é o presidencialista. 
- A forma de Estado indica a distribuição espacial do poder político em razão de 
um território, vale dizer, se há ou não uma descentralização no exercício do 
poder político. 
- São duas as formas de Estado básicas: (i) Unitário e (ii) Federado. 
- Também intitulado de ‘’estado simples’’, sua característica marcante é a centralização 
política, pois o poder encontra-se enraizado em um único núcleo estatal, do qual 
emanam todas as decisões. 
- O Brasil já foi um Estado Unitário, no período Brasil-Império. 
 
- Segundo Georg Jellinek o federalismo é a unidade na pluralidade. 
- Esta forma de Estado é marcada pela descentralização no exercício do poder político, 
o que resulta no surgimento de entidades políticas autônomas, reunidas por um vínculo 
indissolúvel, estatuído em uma Constituição. 
- Escolher a forma federada para organizar o Estado, resulta na adoção das seguintes 
características: 
(1ª) Descentralização no exercício do poder político, que dará origem aos entes 
federados; 
(2ª) Indissolubilidade do vínculo federativo; 
(3ª) Rigidez Constitucional; 
(4ª) Existência de um Tribunal Constitucional com aptidão para interpretar e proteger a 
Constituição do Estado Federal e solucionar os conflitos entre os entes federados; 
(5ª) Previsão de um órgão Legislativo representativo das entidades regionais, 
permitindo que as vontades parciais contribuam na formação da vontade nacional 
(total). 
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Outras formas de 
Estado 
 
 
 A Federação Brasileira 
 
 
 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
Capital Federal 
 
 
 
Territórios 
Federais 
 
 
 
 
Formação de 
novos 
Estados e 
Municípios 
 
 
 
- Confederação é termo que designa a reunião de Estados soberanos, unidos por um 
Tratado/Acordo Internacional, no qual está assegurado o exercício do direito à 
secessão. 
- A forma federada foi constitucionalizada pela primeira vez na 1ª Constituição 
Republicana (de 1891) 
- É na Constituição de 1988 um princípio fundamental do Estado (artigo 1º) e cláusula 
pétrea expressa (em razão da inserção no artigo 60, § 4º, I, CF). 
- O Estado Federal é a República Federativa do Brasil, dotada de soberania. 
- As entidades federadas (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) são 
dotados de autonomia. 
- Brasília é a Capital Federal. 
- Atualmente, não existem Territórios Federais na República Federativa do Brasil. 
- Todavia, a CF/88 autoriza que um novo TF seja criado por Lei Complementar. 
- Se criado, o TF não será um ente federado, pois integrará a União como uma mera 
descentralização territorial administrativa (Autarquia Territorial). 
- É sabido que uma das características centrais da Federação é a inadmissibilidade do 
direito à secessão. Isso não impede, porém, que a arquitetura interna da Federação seja 
remodelada, por meio da formação de novas entidades políticas. 
- Nossa Constituição autoriza, nos §§ 3° e 4° do art. 18, a formação de novos Estados e 
de novos Municípios. 
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Formação de 
novos Estados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- São 3 os requisitos para a formação de novos Estados: 
(i) Consulta prévia à população diretamente interessada, por meio de plebiscito. 
(ii) Oitiva das Assembleias Legislativas dos Estados envolvidos (artigo 48, VI, CF/88). 
(iii) Aprovação do Congresso Nacional por meio da edição de uma Lei Complementar. 
- São 5 as possibilidades de divisão interna do Território da República Federativa do 
Brasil: a incorporação, a fusão, a subdivisão, o desmembramento-anexação e o 
desmembramento-formação. 
- (i) Incorporação 
* Quando um Estado é agregado a outro, com a extinção somente do Estado agregado 
e a manutenção do Estado agregador. 
- (ii) Fusão 
* “Incorporação entre si” significa fusão: é o resultado da reunião de dois ou mais 
Estados, que perdem suas personalidades jurídicas originais, propiciando o surgimento 
de um novo Estado-membro na Federação. 
- (iii) Subdivisão 
* Um Estado se divide em dois ou mais novos Estados. O Estado originário desaparece 
(perde sua personalidade jurídica originária), e novos Estados surgem. 
- (iv) Desmembramento-anexação 
* Nenhum Estado originário desaparece, tampouco um novo Estado surge. O que 
temos, tão somente, é uma alteração nos limites geográficos das entidades (um Estado 
tem ganho e outro tem perda territorial). 
- (v) Desmembramento-formação 
* O Estado originário perde uma porção do seu território, mas continua existindo com 
sua personalidade jurídica originária. Essa parcela territorial desmembrada formará um 
novo Estado ou um novo território federal. Ex.: art. 13 doADCT). 
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Formação de 
novos 
Municípios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vedações 
constitucionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Os 4 requisitos necessários à formação de novos Municípios são os seguintes: 
(1) Edição de LC Federal, fixando genericamente o período em que poderemos ter a 
formação de novos Municípios, dentre outras regras (vale destacar que essa lei ainda 
não foi editada, o que inviabiliza a criação de novos Municípios atualmente); 
(2) Apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal; 
(3) Consulta popular por meio de plebiscito, convocado pela Assembleia Legislativa do 
Estado. É o TRE que conduz a manifestação plebiscitária, que de forma alguma poderá 
ser substituída por uma pesquisa de opinião ou um abaixo-assinado; 
(4) Aprovação de Lei Ordinária Estadual. 
- Em seu artigo 19, nossa Constituição Federal veda à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles, ou seus representantes, relações 
de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse 
público. 
- Os entes federados também não podem adotar oficialmente uma religião, uma vez 
que fazem parte de uma federação laica ou não confessional, que se caracteriza pela 
total separação entre Estado e igreja. 
- É, igualmente, vedado aos entes federados recusar fé aos documentos públicos, 
devida a presunção de veracidade que estes possuem. 
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Bens da União 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Repartição constitucional de competências 
 
 
 
 
Primeiras 
palavras 
 
 
 
 
- Aos dividir as atribuições constitucionais e delimitar para os entes federados um 
campo material/legislativo/tributário de atuação, nossa Constituição Federal está 
viabilizando o pacto federativo e harmonizando a convivência entre as entidades. 
- Nessa divisão de tarefas, a CF/88 se baseou na amplitude do assunto em discussão, 
valendo-se, pois, do princípio da preponderância/predominância dos interesses (e não 
exclusividade, já que o interesse nunca será exclusivo de um ente só). 
- Assim, em sendo o interesse nacional, a competência é entregue à União; em sendo 
regional, aos Estados-membros; em sendo local, aos Municípios. 
O art. 20, CF/88, indica como bens da União os seguintes: 
(i) os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
(ii) as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, 
definidas em lei; 
(iii) os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que 
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a 
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias 
fluviais; 
(iv) as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias 
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede 
de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental 
federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 
2005) 
(v) os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
(vi) o mar territorial; 
(vii) os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
(viii) os potenciais de energia hidráulica; 
(ix) os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
(x) as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
(xi) as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
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Competências 
estaduais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competências 
municipais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A regra é que os Estados possuam competências legislativas remanescentes, 
conforme indica o artigo 25, § 1º, CF: “São reservadas aos Estados as competências que 
não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. 
- Um bom exemplo é o referente ao transporte público intermunicipal, conforme 
decidiu o STF na ADI 845/AP 
- O art. 30 da CF enuncia as principais atribuições dos Municípios (existem outras atribuições 
listadas em artigos diferentes, como, por exemplo, art. 144, § 8º): 
*Inciso I: legislar sobre assuntos de interesse local. 
*Inciso II: competência legislativa suplementar; 
*Inciso III: competência financeira (tributária e orçamentária); 
*Incisos IV a IX: competências materiais. 
- Sobre a competência enunciado no inciso I, lembremos de algumas das mais importantes 
decisões já proferidas pelo STF acerca do tema: 
(i) A fiscalização das condições de higiene de bares e restaurantes situados em território 
municipal é de patente interesse local, sendo possível que o Município proíba que os 
estabelecimentos referidos utilizem embalagens devassáveis, por se tratar de matéria que 
envolve normas sanitárias. 
 (ii) A fixação do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais é da 
competência dos Municípios, haja vista a predominância do interesse local na realização da 
tarefa. Nos termos da Súmula Vinculante 38: “É competente o Município para fixar o horário 
de funcionamento de estabelecimento comercial”. 
(iii) Noutro giro, é válido recordar que nos termos da súmula 19, STJ, é competência da 
União legislar sobre o horário de funcionamento das agências bancárias para fins de 
atendimento ao público . 
(iv) Nada obstante os Municípios não estabelecerem o horário de funcionamento das 
agências bancárias, entende o STF que as normas referentes a segurança e conforto dos 
usuários dos serviços bancários são de interesse local, logo são de competência municipal. 
(v) Consoante o STF, é de competência municipal a lei que fixa um tempo razoável de 
espera dos usuários dos serviços de cartórios, para obtenção de serviços notariais, pois o 
assunto não se insere no tema ‘registros públicos’. 
(vi) Em contrapartida, o STF já se manifestou no sentido de que o Município não pode, ao 
argumento de que está tratando da ordenação do solo urbano, impedir que determinado 
estabelecimento comercial se instale em certa área, sob pena de afrontar o princípio da livre 
concorrência (súmula vinculante 49). 
(vii) De acordo com o STF, é constitucional atribuir às Guardas municipais o exercício do 
poder de polícia no trânsito, inclusive para a imposição de sanções administrativas 
legalmente previstas (ex: multas de trânsito). 
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Competências 
do Distrito 
Federal 
 
 
 
 
 
 
Competências 
da União 
 
 
 
 
 
 
Materiais 
exclusivas – art. 
21, CF/88 
 
 
 
 
Materiais 
comuns – art. 
23, CF/88 
 
 
 
 
- Sobre o DF: trata-se de uma unidade federada autônoma, com competências 
parcialmente tuteladas pela União. 
- Com não pode ser dividido em Municípios, o art. 32, § 1º, lhe conferiu uma 
competência legislativa cumulativa (estadual e municipal). 
- Ao enunciar as principais competências da União a Constituição Federal as enumerou, 
detalhando-as da seguinte maneira: 
* no art. 21, apresentou as tarefas materiais exclusivas; 
* no art. 23, as competências materiais comuns (partilhadas com os demais entes da 
federação); 
* no art. 22, as atribuições privativas de cunho legislativo; e, por fim, 
* no art. 24, as atribuições legislativas concorrentes com os Estados-membrose o 
Distrito Federal. 
* As atribuições materiais, claramente administrativas, nos remetem à ideia de “fazer 
algo”, de “agir”, de “atuar”. Não por outra razão, estão todas organizadas em verbos, 
tais como “permitir”, “organizar”, “manter”, “emitir”, “conceder”, “autorizar”, 
“planejar”, “instituir”, etc. 
* São atribuições indelegáveis, isto é, devem ser necessariamente prestadas pela União. 
 
* Serão cumpridas pela União em conjunto com todos os demais entes federados, a 
saber, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. 
* Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do 
bem-estar em âmbito nacional. 
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Legislativas 
privativas – art. 
22, CF/88 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legislativas 
concorrentes – 
art. 24, CF/88 
 
 
 
 
 
 
 
* O art. 22, CF/88 traz as competências legislativas privativas da União, vale dizer, 
enuncia os temas para os quais a competência legislativa pertence somente à União. 
* A União irá legislar sobre algum tema, sobre algo; por isso os incisos são todos 
iniciados com substantivos: “desapropriação”, “trânsito e transporte”, “direito civil”, 
“comércio exterior e interestadual”, “jazidas, minas, outros recursos minerais e 
metalurgia”, “competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária 
federais”, etc. 
* São atribuições delegáveis, porque existe autorização constitucional expressa. 
* Vejamos os requisitos para que haja a delegação: 
- O parágrafo único do art. 22 autoriza que a União delegue essa atribuição legislativa 
para os Estados e DF desde que sejam respeitados três requisitos: 
* Formal: a União só delega por meio da edição de uma LC autorizadora. 
* Implícito: a delegação vai alcançar todos os Estados e o DF (isonomia federativa, art. 
19, III, CF) 
* Material: a União só irá delegar questões específicas das matérias relacionadas nos 
incisos, nunca a matéria toda. 
* O art. 24, CF/88, enuncia as competências concorrentes da União com os Estados e o 
DF. 
* Nos termos do art. 24, § 1º, a União vai editar as normas gerais e, conforme o § 2º, os 
Estados e o DF vão editar as normas específicas para complementar a legislação geral 
federal (competência suplementar complementar). 
* Mas consoante o art. 24, § 3º, se a União não editar a norma geral federal, os Estados 
e o DF não estarão impedidos de legislar sobre o assunto, pois poderão legislar de forma 
plena (competência suplementar supletiva). 
* Por fim, e conforme dispõe o art. 24, § 4º, se depois que o Estado ou DF tiver legislado 
de forma plena a União resolver sua norma geral (superveniente) esta última irá 
suspender (e não revogar) a lei estadual anterior, onde houver contrariedade entre elas. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2017. 
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal anotada. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 9ª ed. Salvador: Juspodivm, 2021. 
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de 
Direito Constitucional. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 41ª ed. atual. São Paulo: Malheiros, 
2018. 
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 9ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.aceite sancionar a lei após a promulgação. 
c) correto, pois todas as fases de elaboração da lei orgânica se desenvolvem na Câmara Municipal; 
d) incorreto, pois a lei orgânica deveria ser sancionada pelo Prefeito Municipal, que a promulgaria; 
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e) incorreto, pois o Município deve ser regido nos termos da Constituição Estadual, não por lei orgânica. 
Comentário: 
Aprendemos que as leis orgânicas dos Municípios são confeccionadas na Câmara Municipal com base na 
regra que intitulamos de “DDD”. O que isso significa? Que serão votadas em Dois turnos, sendo que o 
intervalo mínimo entre eles será de Dez dias e a maioria de aprovação será de Dois terços. 
Por isso, nossa resposta encontra-se na letra ‘c’. 
Gabarito: C 
 
(C.2) Capital Federal 
Consoante determina nossa Constituição no art. 18, § 1º, CF/88, Brasília é a Capital Federal. 
Cuidado, pois o examinador lhe dirá que nossa Capital é o Distrito Federal, como as questões abaixo 
vão lhe mostrar: 
Questões para fixar 
[CESPE - 2013 - TJ-RN - Juiz - Adaptada] No que concerne à organização do Estado brasileiro, julgue a 
assertiva: 
A Capital Federal, atualmente o DF, pode ser transferida para outra localidade, mediante lei complementar. 
Comentário: 
Item claramente falso! O art. 18, §1º da CF/88 indica que Brasília é a Capital Federal. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2012 - ANATEL - Analista Administrativo] A respeito da organização político-administrativa do 
Estado brasileiro, julgue o próximo item: 
A cidade de Brasília é a Capital Federal, sendo vedada pela Constituição Federal a transferência da sede do 
governo federal para outra cidade. 
Comentário: 
Apesar de realmente Brasília ser a Capital Federal (art. 18, §1º da CF/88), não é vedada a transferência da 
sede do Governo Federal para outra cidade, conforme nos indica a redação do art. 48, VII (que permite a 
transferência temporária da sede do Governo Federal). 
Gabarito: Errado 
[MPE-MG - 2010 - MPE-MG - Promotor de Justiça – 5º Concurso] Segundo a Constituição da República de 
1988: 
A) o Distrito Federal é a Capital Federal. 
B) o Rio de Janeiro é a Capital em casos urgentes e de calamidade pública. 
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C) Brasília é a Capital Federal. 
D) Goiás é a Capital em casos urgentes e de calamidade pública. 
Comentário: 
Com base no art. 18, §1º da CF/88, pode assinalar a alternativa ‘c’ como resposta. 
Gabarito: C 
[CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1] Com relação à organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil, julgue o item subsecutivo: 
O Distrito Federal é a capital da República Federativa do Brasil. 
[CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação - Adaptada] Com 
relação à organização político-administrativa do Estado brasileiro, julgue o item a seguir: 
O Distrito Federal é a capital federal do Brasil. 
[FGV - 2008 - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo Legislativo - Adaptada] Sobre a organização 
político-administrativa da República Federativa do Brasil, julgue a assertiva: 
Brasília é a Capital Federal. 
[CESPE - 2013 - TCE-RO - Agente Administrativo] Acerca da organização do Estado e da organização do 
poder estabelecida na CF, julgue o seguinte item: 
Brasília está localizada no Distrito Federal, mas não se confunde com ele. A capital federal não possui 
autonomia. De acordo com a CF, a autonomia é uma característica do Distrito Federal, dos municípios, dos 
estados-membros e da União. 
[CESPE - 2013 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador] Julgue o item seguinte, com base 
na CF e no entendimento do STF: 
Apesar do entendimento comum de que Brasília seria a capital federal, a CF atribui ao DF a condição de 
capital federal, razão por que proíbe, taxativamente, a divisão dessa unidade federada em municípios. 
[CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental] A respeito da organização 
do Estado, julgue o próximo item: 
Nos termos da CF, Brasília possui autonomia administrativa, legislativa e financeira, em virtude de ser a 
capital federal. 
[CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário - Telecomunicações e Eletricidade - Conhecimentos Básicos] Julgue o 
item seguinte, referente à organização do Estado e ao Poder Judiciário: 
Com o advento da Constituição de 1988, Brasília deixou de ser a capital da República em favor do Distrito 
Federal, que passou a ter esse status. 
[IADES - 2014 - FUNPRESP-EXE - Analista Técnico - Jurídico - Adaptada] Quanto à organização político-
administrativa do Brasil, julgue o item: 
O Distrito Federal é a capital da República e não faz parte da organização político-administrativa do Brasil. 
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Comentário: 
Reuni estas oito assertivas pois todas elas são muito semelhantes. Somente as dos itens 3 e 4 são 
verdadeiras, pois Brasília é, de fato, a Capital Federal (art. 18, §1º da CF/88), estando localizada no Distrito 
Federal, mas sem se confundir com ele. Ademais, a Capital Federal não possui autonomia, pois esta é uma 
característica apenas dos entes federados (União, Estados, Municípios e DF). 
No mais, é realmente vedada a divisão do DF em Municípios, conforme determina o caput do art. 32 (o DF 
somente se divide em regiões administrativas). 
Gabarito: Errado/Errado/Certo/Certo/Errado/Errado/Errado/Errado 
 
(C.3) Territórios Federais 
Atualmente, não existem Territórios Federais na República Federativa do Brasil. Todavia, a 
CF/88 autoriza que um novo TF seja criado – por Lei Complementar, nos termos do art. 18, §§ 2º e 3º, 
CF/88. No entanto, o TF criado não será um ente federado, pois integrará a União como uma mera 
descentralização territorial administrativa (Autarquia Territorial). 
Aliás, lembre-se que a CF/88 extinguiu os últimos territórios federais que tínhamos: 
(i) Roraima e Amapá foram transformados em Estados-membros (art. 14, ADCT); 
(ii) Fernando de Noronha foi reincorporado ao Estado de origem, Pernambuco (art. 15, ADCT). 
Vejamos agora algumas informações sobre os Territórios Federais que precisam ser 
estruturadas: 
(i) A criação de novos territórios federais, a transformação em Estado ou a eventual reintegração ao 
Estado de origem serão feitas por Lei Complementar Federal. No entanto, uma vez criado o TF, ele será 
organizado por Lei Ordinária Federal (art. 33, caput, CF). 
(ii) Os territórios federais podem (ou não) ser divididos em Municípios. Se estes existirem no TF, eles 
serão entidades autônomas tratadas a partir do mesmo regime jurídico que os Municípios localizados 
nos Estados-membros. Enquanto estes últimos, todavia, podem sofrer intervenção estadual e nunca 
aquela determinada pela União, os Municípios dos territórios federais só sofrem intervenção 
determinada pela União. Sobre intervenção, nunca é demais sugerir a leitura dos artigos 34 a 36, CF/88. 
(iii) O Presidente da República escolherá o Governador (administrador) e o nomeará após a aprovação 
da maioria absoluta dos integrantes do SF (arts. 84, XIV e 52, III, “c”, CF). Note, pois, que o Governador 
do Território não será eleito – afinal, por não ser ente federado, o Território não tem autonomia, isto é, 
não tem autogoverno. 
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(iv) Nos TFs com mais de 100 mil habitantes, além do Governador, teremos membros do MP, 
Defensores Públicos Federais e órgãos do Poder Judiciário de primeira e segunda instância (art. 33, § 3º, 
CF). 
(v) Nos termos do artigo21, XIII, a União organiza e mantém o Poder Judiciário e o MP do DF e 
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios. O ensino nos TFs é organizado pela União (art. 211, § 
1º, CF). 
(vi) A União é responsável pelos impostos federais e estaduais no TF. Será também responsável pelos 
municipais se o TF não for dividido em Municípios (art. 147, CF). 
(vii) Cada Território elegerá, independentemente do seu número de habitantes, quatro Deputados 
Federais (art. 45, § 2º, CF). Vale destacar que por não ser entidade federada o TF não terá nenhum 
representante no Senado Federal. 
(xi) Contas do TF: serão avaliadas pelo CN, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União (art. 33, 
§ 2º, CF), afinal, a Câmara Territorial só tem função deliberativa. 
Vamos fechar a análise dos TFs com a verificação de algumas interessantes questões sobre o 
tema: 
Questões para fixar 
[VUNESP - 2013 - TJ-SP - Juiz] Os Territórios Federais integram a União, e sua criação será regulada por meio 
de: 
a) Lei Complementar, precedida de consulta popular 
b) Emenda Constitucional. 
c) Plebiscito. 
d) Emenda Constitucional, precedida de consulta popular. 
[VUNESP - 2016 - UNESP - Assistente Administrativo I] Os Territórios Federais integram a União e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em: 
A) Autorização Legislativa. 
B) Decreto Legislativo. 
C) Emenda Constitucional. 
D) Lei Complementar. 
E) Medida Provisória. 
[CS-UFG - 2018 - SANEAGO - GO - Analista de Sistemas] Nos termos da Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, os Territórios Federais integram a União e sua criação, transformação em 
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Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas por: 
A) Medidas Provisórias. 
B) Leis Delegadas. 
C) Lei Ordinária. 
D) Lei Complementar. 
[CESPE - 2013 - FUNASA - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2] Julgue o item que se 
segue, a respeito da organização político-administrativa e da administração pública: 
Nos termos da CF, os territórios federais não são considerados entes federativos, isto é, não gozam de 
autonomia política, mas integram a União e possuem natureza de mera autarquia. 
[COPESE - UFT - 2012 - DPE-TO - Analista em Gestão Especializado - Ciências Contábeis - Adaptada] Julgue 
a assertiva a seguir: 
Os Territórios Federais não integram a União e sua extinção depende de Lei Ordinária Estadual. 
[CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1] Com relação à organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil, julgue o item subsecutivo: 
Atualmente, não existem territórios federais no Brasil, mas a Constituição Federal de 1988 prevê a 
possibilidade de serem criados por meio de lei complementar. 
[CESPE - 2015 - TCE-RN - Conhecimentos Básicos para o Cargo 1] No que concerne à organização político-
administrativa, julgue o item subsequente: 
Por possuírem autonomia política, os territórios federais têm sua criação, transformação em estado ou 
reintegração ao estado de origem dependente da aprovação, por plebiscito, da população diretamente 
interessada e da ratificação do Congresso Nacional. 
[IADES - 2014 - FUNPRESP-EXE - Analista Técnico - Jurídico - Adaptada] Quanto à organização político-
administrativa do Brasil, julgue o item: 
Os territórios federais não integram a União, e a criação ou transformação deles em estado ou reintegração 
ao estado de origem serão reguladas em lei ordinária. 
Comentário: 
Pois bem, meu caro aluno. Reuni oito questões de diferentes cargos, bancas e anos, que podem ser 
solucionadas com as seguintes explicações: 
(i) Atualmente, não possuímos territórios federais, mas nossa Constituição autorizou que novos sejam 
criados por meio de lei complementar (não lei ordinária ou medida provisória ou emenda constitucional); 
(ii) Se um território novo for criado, ele não será considerado ente federativo, pois não possuirá autonomia: 
integrará a União na condição de mera descentralização territorial administrativa (autarquia); 
(iii) Vale lembrar que a conversão dos territórios federais em Estados ou sua reintegração ao Estado de 
origem dependem de lei complementar. 
Portando, os gabaritos dessas oitos questões ficam da seguinte forma: A D D V F V F F 
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Gabarito: A/D/D/Certo/Errado/Certo/Errado/Errado 
[FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina-PI - Técnico de Nível Superior Adaptada] Acerca do Distrito Federal e dos 
Territórios, julgue o próximo item: 
As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal 
de Contas da União. 
Comentário: 
Item verdadeiro, consoante o que prevê o art. 33, §2º da CF/88. 
Gabarito: Certo 
 
(C.4) Formação de novos Estados e Municípios 
É sabido que uma das características centrais da Federação é a inadmissibilidade do direito à 
secessão/separação (o vínculo é indissolúvel). Isso não impede, porém, que a arquitetura interna da 
Federação seja remodelada, por meio da formação de novas entidades políticas. 
Nesse sentido, a CF/88 autoriza, nos §§ 3° e 4° do art. 18, a formação de novos Estados e de 
novos Municípios. Vejamos nos próximos itens quais são os requisitos que devem ser observados em 
cada caso. 
(C.4.1) Formação de novos Estados 
Nos termos do art. 18, § 3º, CF/88 e da Lei 9.709/1998, são 3 os requisitos para a formação de 
novos Estados: 
(i) Consulta prévia à população diretamente interessada, por meio de plebiscito. 
Quem será a ‘população diretamente interessada’? Segundo consolidou o STF na ADI 2650, em 
caso de desmembramento-formação a população diretamente interessada é tanto aquela da área que 
será desmembrada, quanto aquela da área remanescente. Em caso de fusão entre dois ou mais 
Estados, é a população de todos os Estados envolvidos; em caso de desmembramento-anexação é a 
população dos dois Estados (do que terá acréscimo geográfico, e do que terá perda). Veja a decisão da 
nossa Corte Suprema: 
ADI 2.650-DF, Rel. Min. Dias Toffoli: A expressão “população diretamente interessada” 
constante do § 3º do art. 18 da CF (“Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e 
do Congresso Nacional, por lei complementar”) deve ser entendida como a população tanto 
da área desmembranda do Estado-membro como a da área remanescente. Essa a conclusão 
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do Plenário ao julgar improcedente pedido formulado em ação direta de 
inconstitucionalidade, ajuizada pela Mesa da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, 
contra a primeira parte do art. 7º da Lei 9.709/98. 
(ii) Oitiva das Assembleias Legislativas dos Estados envolvidos (artigo 48, VI, CF/88). 
(iii) Aprovação do Congresso Nacional por meio da edição de uma Lei Complementar. 
O esquema posto abaixo sintetiza essas informações: 
 
 
 
 
Outras informações adicionais são as seguintes: 
(i) O plebiscito tem o poder de paralisar o processo caso o resultado seja NÃO. 
(ii) A decisão popular favorável no plebiscito não vincula o Congresso Nacional (em outras palavras: a 
discordância da população impede o Congresso Nacional de efetivar a alteração territorial; todavia, a 
concordância da população não obriga o Congresso Nacional a editar a Lei Complementar). 
(iii) Toda a população do Estado deve ser ouvida no plebiscito (não somente a população integrante da 
área territorial que se pretende desmembrar). 
(iv)A manifestação da(s) Assembleia(s) Legislativa(s) é meramente opinativa (o parecer, positivo ou 
negativo, não vincula o Congresso Nacional). 
Dando sequência ao nosso estudo, saiba, estimado aluno, que são 5 as possibilidades de 
divisão interna do Território da República Federativa do Brasil: a incorporação, a fusão, a subdivisão, o 
desmembramento-anexação e o desmembramento-formação. 
 
 
Requisitos para a 
formação de novos 
Estados 
Consulta prévia à população 
diretamente interessada, por meio 
de PLEBISCITO 
Oitiva das Assembleias 
Legislativas dos Estados envolvidos 
Aprovação do Congresso Nacional, 
consubstanciada na edição de uma LEI 
COMPLEMENTAR 
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Esquematicamente: 
 
 
Falemos de cada uma delas: 
(i) Incorporação 
* Quando um Estado é agregado a outro, com a extinção somente do Estado agregado e a manutenção 
do Estado agregador. 
* A título de exemplificação, mencione-se a incorporação do Estado da Guanabara pelo Estado do Rio 
de Janeiro, a partir de 15 de março de 1975, por meio da LC 20, de julho de 1974, que em seu artigo 8º 
dispôs que “Os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara passarão a constituir um único Estado, sob a 
denominação de Estado do Rio de Janeiro, a partir de 15 de março de 1975”. 
 
(ii) Fusão 
* “Incorporação entre si” significa fusão: é o resultado da reunião de dois ou mais Estados, que perdem 
suas personalidades jurídicas originais, propiciando o surgimento de um novo Estado-membro na 
Federação. 
POSSIBILIDADES DE 
DIVISÃO INTERNA DO 
TERRITÓRIO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL 
Incorporação 
Fusão 
Subdivisão 
Desmembramento-
anexação 
Desmembramento-
formação 
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(iii) Subdivisão 
* Um Estado se divide em dois ou mais novos Estados. O Estado originário desaparece (perde sua 
personalidade jurídica originária), e novos Estados surgem. 
 
 
(iv) Desmembramento-anexação 
* Nenhum Estado originário desaparece, tampouco um novo Estado surge. O que temos, tão somente, 
é uma alteração nos limites geográficos das entidades (um Estado tem ganho e outro tem perda 
territorial). 
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(v) Desmembramento-formação 
* O Estado originário perde uma porção do seu território, mas continua existindo com sua 
personalidade jurídica originária. Essa parcela territorial desmembrada formará um novo Estado ou um 
novo território federal. Ex.: art. 13 do ADCT). 
 
 
 
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Questões para fixar 
[FUNDATEC - 2018 - DPE-SC - Técnico Administrativo] Quanto à Organização do Estado, analise a seguinte 
assertiva: 
Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei ordinária. 
[FGV - 2013 - TJ-AM - Juiz - Adaptada] Com relação ao federalismo, julgue a assertiva: 
Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação de leis estaduais, posteriormente 
ratificadas por referendo, que deverá ser convocado pelo Congresso Nacional, por lei complementar. 
[CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo - Área 1] A respeito da organização político-administrativa 
do Estado brasileiro e da administração pública, julgue o item seguinte: 
A CF admite a incorporação, a subdivisão ou o desmembramento de estados. 
[CESPE - 2016 - DPU - Agente Administrativo - Conhecimentos Básicos] Com base nas disposições da 
Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente: 
O Congresso Nacional poderá editar lei complementar para a fusão de dois estados em um novo, desde que 
as populações diretamente interessadas aprovem a fusão mediante plebiscito. 
[CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Arquitetura] Conforme a CF, o 
desmembramento de estado-membro da Federação depende, entre outros requisitos, de: 
A) emenda à Constituição. 
B) referendo. 
C) ação popular. 
D) iniciativa popular. 
E) plebiscito. 
Comentário: 
Veja, meu caro aluno, que reuni agora cinco questões que resolveremos em conjunto simplesmente 
recordando que: 
(i) Nossa CF admite que haja a incorporação, subdivisão, desmembramento de Estados. 
(ii) Para tanto, dependeremos de 3 requisitos: 
* Aprovação da população diretamente interessada 
* Por meio de plebiscito 
* e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Portanto, os gabaritos ficarão da seguinte forma: os dois primeiros itens são falsos, o terceiro e o quarto são 
verdadeiros e a quinta questão tem por resposta a letra ‘e’. 
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Gabarito: Errado/Errado/Certo/Certo/E 
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Conhecimentos Gerais e Específicos - Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7] Determinado estado-
membro se desfez de parte de seu território, e a população ali residente foi unida a outro estado-membro, 
sem que aquele perdesse a sua identidade originária. 
Nessa situação, ocorreu a modalidade de formação de estados federados denominada: 
A) incorporação. 
B) subdivisão. 
C) desmembramento por anexação. 
D) desmembramento por formação. 
E) fusão. 
Comentário: 
Nesta hipótese, nem tivemos o desaparecimento de um Estado originário, tampouco tivemos a formação de 
uma nova entidade federada. Simplesmente houve alteração nos limites geográficos de Estados já 
existentes, o que caracteriza o desmembramento por anexação. 
Gabarito: C 
[CESPE - 2017 - PC-GO - Delegado de Polícia - Adaptada] A respeito dos estados-membros da Federação 
brasileira, julgue as assertivas: 
(i) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado-membro deve envolver a 
população de todo o estado-membro e não só a do território a ser desmembrado. 
(ii) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação de novos estados 
dependerá de referendo. Assim, o referendo é condição prévia, essencial ou prejudicial à fase seguinte: a 
propositura de lei complementar. 
Comentário: 
O primeiro item é verdadeiro, vez que a consulta popular em caso de desmembramento de Estado envolve 
toda a população da entidade federada (e não só a do território que será desmembrado). Quanto ao item II, é 
falso, pois a CF/88 exige a realização de uma consulta popular prévia, de um plebiscito (e não de um 
referendo). 
Gabarito: Certo/Errado 
[CESPE - 2019 - TJ PR - Técnico Judiciário] A integridade territorial do Paraná, protegida pela Constituição 
desse estado, somente pode ser alterada mediante: 
A) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar federal. 
B) aprovação da população local, por meio de plebiscito, e lei complementar estadual. 
C) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar federal. 
D) aprovação da população local, por meio de referendo, e lei complementar estadual. 
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E) lei complementar estadual de iniciativa popular. 
Comentário: 
Segundo dispõe o art. 18, § 3º, CF/88, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, medianteaprovação da 
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Assim, a integridade territorial do Estado do Paraná só poderá ser alterada mediante aprovação de sua 
população, por meio de plebiscito, e por lei complementar federal, conforme preceitua o art. 3º, CEPR. Nossa 
resposta, portanto, está na letra ‘A’. 
Gabarito: A 
 
(C.4.2) Formação de novos Municípios 
Para entendermos a possibilidade de formação de novos Municípios é preciso, de início, 
fazermos a leitura do art. 18, § 4º, CF/88, que assim dispõe: 
“A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei”. 
A atual redação desse dispositivo foi dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996, que o 
tornou uma norma constitucional de eficácia limitada ao inserir no parágrafo o seguinte trecho: “dentro 
do período determinado por Lei Complementar Federal”. O intuito inequívoco dessa nova exigência 
feita pelo poder reformador foi o de evitar o avanço desenfreado de novos Municípios (que eram 
criados com finalidade exclusivamente eleitoreira). 
O fato é que referida LC Federal não foi até hoje editada. Isso significa que de 1996 em diante 
nenhum novo Município poderia ter sido criado. 
Vou encerrar o item organizando e estruturando os 4 requisitos necessários à formação de 
novos Municípios. Logo após, partiremos para a análise das questões. 
(1) Edição de LC Federal, fixando genericamente o período em que poderemos ter a formação de novos 
Municípios, dentre outras regras. 
(2) Apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal. 
(3) Consulta popular por meio de plebiscito, convocado pela Assembleia Legislativa do Estado. É o TRE 
que conduz a manifestação plebiscitária, que de forma alguma poderá ser substituída por uma pesquisa 
de opinião ou um abaixo-assinado. 
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(4) Aprovação de Lei Ordinária Estadual. 
Questões para fixar 
[SIGMA ASSESSORIA - 2012 - Prefeitura de Iracemápolis - SP - Advogado] A criação, incorporação, fusão e o 
desmembramento de Municípios: 
A) far-se-ão por lei federal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos 
de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei; 
B) far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão 
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos 
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei; 
C) far-se-ão por lei municipal e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na 
forma da lei; 
D) far-se-ão por lei federal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, a toda população nacional, após ampla divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Comentário: 
É fácil marcar a letra ‘b’, afinal, sabemos que a criação, incorporação, fusão e desmembramento de 
Municípios far-se-ão por lei estadual (art. 18, §4º da CF/88). 
Gabarito: B 
[FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Tributário, Financeiro e Cidadania] De acordo com o texto 
constitucional, o desmembramento de Município pode ocorrer por lei: 
A) municipal, dentro do período determinado por lei complementar estadual, após divulgação dos Estudos 
de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei, sendo desnecessária a consulta prévia, 
mediante plebiscito, à população do Município envolvido. 
B) municipal, dentro do período determinado por lei complementar federal, sendo necessária consulta 
prévia, mediante plebiscito, à população do Município envolvido, após divulgação dos Estudos de Viabilidade 
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
C) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, desde que atendidos aos demais 
requisitos previstos em lei, sendo desnecessária a consulta prévia, mediante plebiscito, à população do 
Município envolvido. 
D) estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, desde que atendidos aos demais 
requisitos previstos em lei, sendo desnecessária a consulta prévia, mediante plebiscito, à população do 
Município envolvido. 
E) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta prévia, 
mediante plebiscito, à população do Município envolvido, após divulgação dos Estudos de Viabilidade 
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Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Comentário: 
Outra questão tranquila de ser assinalada. Como sabemos que o desmembramento de Município depende de 
lei estadual dentro do período determinado por lei complementar federal, e ainda depende de consulta 
popular plebiscitária, podemos assinalar a letra ‘e’ como resposta. 
Gabarito: E 
[VUNESP - 2008 - DPE-MS - Defensor Público] O desmembramento de Município, conforme a Constituição 
Federal, far-se-á: 
A) por lei federal, dentro do período determinado por lei complementar estadual e dependerá de plebiscito, 
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal. 
B) por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal e dependerá de plebiscito, 
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal. 
C) por lei municipal, dentro do período determinado por lei complementar estadual e dependerá de 
referendo, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Estadual. 
D) por lei municipal, dentro do período determinado por lei complementar estadual e dependerá de 
plebiscito, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Federal. 
[VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe] A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios serão realizados por lei: 
A) federal, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de plebiscito. 
B) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e submetidos a referendo popular. 
C) federal, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e submetidos a referendo popular. 
D) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de plebiscito. 
E) estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e dependerão de plebiscito. 
[FCC - 2009 - TJ-PA - Auxiliar Judiciário] A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
municípios, far-se-ão, observados outros requisitos de ordem constitucional, por: 
A) medida provisória. 
B) decreto-lei. 
C) lei estadual. 
D) resolução do Congresso Nacional. 
E) lei orgânica municipal. 
[FUNCAB - 2015 - PC-AC - Perito Criminal] Vereadores de cidades vizinhas pretendem a fusão dos municípios 
com o objetivo de assegurar maior desenvolvimento social, cultural e econômico para a região. Para que essa 
fusão ocorra, a Constituição Federal exige: 
A) parecer prévio do governador do estado, lei estadual prevendo a fusão e estudos de viabilidade municipal. 
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B) lei federal, consulta prévia, mediante plebiscito,às populações dos municípios envolvidos e estudos de 
viabilidade municipal. 
C) lei federal, consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos e parecer do 
governador do estado. 
D) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
E) lei estadual, consulta prévia à população do estado envolvido e estudos de viabilidade municipal. 
Comentário: 
A resolução dessas quatro questões depende de nos lembrarmos que os atos de criação, incorporação, fusão 
e desmembramento de Municípios depende de lei estadual dentro do período determinado por lei 
complementar federal, bem como de consulta plebiscitária. Com essas informações você será capaz de 
marcar os seguintes gabaritos: B D C D 
Gabarito: B/D/C/D 
[COPESE - UFT - 2012 - DPE-TO - Analista em Gestão Especializado - Ciências Contábeis - Adaptada] Julgue 
a assertiva a seguir: 
A Constituição Federal possibilita a transformação de Territórios em Estados-membros e a criação, 
incorporação, fusão e o desmembramento de Municípios. 
Comentário: 
Item verdadeiro, consoante determina o art. 18, §§2º, 3º e 4º da CF/88. 
Gabarito: Certo 
[FCC - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal] Determinada região 
situada no território do Estado X pretende desmembrar-se deste para se anexar ao Estado Y, ao passo que os 
Municípios W e Z pretendem fundir-se. A Constituição Federal: 
A) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante aprovação da população 
interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar; assim como autoriza a 
fusão dos Municípios W e Z que se fará por lei municipal, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerá de consulta, mediante referendo, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da 
lei. 
B) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante aprovação da população 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar; assim como autoriza a 
fusão dos Municípios W e Z que se fará por lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da 
lei. 
C) não autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, pois permite apenas que os 
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Estados se incorporem entre si ou que se subdividam mediante aprovação da população interessada, através 
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar; autorizando, de outro lado, a fusão dos 
Municípios W e Z que se fará por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, 
e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
D) não autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, pois permite apenas o 
desmembramento de Estados para formarem novos Estados ou Territórios, mediante aprovação da 
população interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar; assim como 
não autoriza a fusão dos Municípios W e Z, pois permite apenas a criação, a incorporação e o 
desmembramento de Municípios que se farão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerão de consulta, mediante referendo, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da 
lei. 
E) autoriza o desmembramento do Estado X para se anexar ao Estado Y, mediante aprovação da população 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar; não autoriza, de outro 
lado, a fusão dos Municípios W e Z, pois permite apenas a criação, a incorporação e o desmembramento de 
Municípios que se farão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos 
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Comentário: 
Questão extensa, porém, de fácil resolução. Nossa CF autoriza o desmembramento do Estado X para se 
anexar ao Estado Y, desde que os requisitos descritos no art. 18, §3º do texto constitucional estejam 
presentes. Da mesma forma que autoriza a fusão dos Municípios W e Z, desde que os requisitos enunciados 
pelo §4º do art. 18 possam ser devidamente cumpridos. 
Nesse sentido, podemos assinalar a letra ‘b’ como resposta. 
Gabarito: B 
[AOCP - 2012 - TCE-PA - Técnico de Informática - Suporte] Analise as assertivas e assinale a alternativa que 
aponta as corretas: 
I. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
II. Brasília é a Capital Federal. 
III. Os Territórios Federais integram o Estado, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração à 
União serão reguladas em lei complementar. 
IV. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
A) Apenas I, II e III. 
Prof. Nathalia Masson 
 Aula 08 
 
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Noções de Direito Constitucional - Soldado – PMDF 
 
B) Apenas II, III e IV. 
C) Apenas I e II. 
D) Apenas III e IV. 
E) I, II, III e IV. 
Comentário: 
Vejamos cada um dos itens: 
I - Verdadeiro, sendo a redação exata do art. 18, caput da CF/88. 
II - Verdadeiro, por traduzir a literalidade do art. 18, §1º. 
III - Falso, pois se um território federal for criado por lei complementar, ele integrará a União. E, na 
eventualidade de tudo dar errado, ele não será transformado em Estado -membro, mas, sim, será 
reintegrado ao Estado de origem 
IV - O único erro é mencionar que a consulta popular se daria mediante referendo, pois sabemos que será 
uma consulta prévia, por meio de plebiscito. 
Nesse contexto, em que apenas os itens I e II estão corretos, podemos assinalar a letra ‘c’. 
Gabarito: C 
[VUNESP - 2015 - Prefeitura de São Paulo - SP - Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental - 
Conhecimentos Gerais] Quanto à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, 
apresentada no artigo 18 da Constituição Federal, é correto afirmar que: 
A) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, exclusivamente, por meio de lei complementar. 
B) a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios. 
C) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
D) a criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem dos Territórios Federais podem 
acontecer mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio

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