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Classificação de rochas ígneas
Apresentação
A classificação de rochas ígneas é uma tarefa complexa que engloba um conjunto de atividades 
interligadas. Esse processo considera as características texturais das rochas, sua composição 
química e a sua cor. Esses traços são reflexos diretos da composição do conteúdo magmático 
originário da rocha e do ambiente no qual os magmas se consolidam.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá a diferenciar as texturas apresentadas por rochas 
plutônicas e vulcânicas e a utilizar o diagrama QAPF, que mostra a composição de uma rocha ígnea. 
Além disso, você saberá como classificar uma rocha ígnea, considerando a sua textura, composição 
e cor.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar texturas de rochas plutônicas e vulcânicas. •
Usar o diagrama QAPF para mostrar a composição de uma rocha ígnea. •
Classificar uma rocha ígnea considerando textura, composição e cor. •
Desafio
A classificação das rochas ígneas é uma importante etapa do estudo desse tipo específico de rocha. 
Nesse processo, são consideradas as características texturais das rochas (o que indica diretamente 
o seu ambiente de formação), sua coloração, que é consequência direta da presença abundante de 
minerais máficos, de cor escura, ou félsicos, 
de cor clara, e sua respectiva composição mineralógica, representada principalmente pelo teor de 
sílica (% SiO2) presente na rocha.
Imagine que você faz parte de uma equipe multidisciplinar de uma empresa de mineração. 
Com a finalidade de cumprir a tarefa solicitada, baseando-se nas características das duas rochas, 
para dar o seu parecer final sobre 
a classificação das rochas, você precisará analisar e responder as questões a seguir:
a) Existe uma notável diferença visual entre as rochas a e b. 
Explique as principais causas da diferença de textura, isto é, 
tamanho e características físicas dos minerais entre elas.
b) Qual a textura da rocha a e qual a textura da rocha b?
c) Qual das duas rochas se enquadraria na classificação de rochas máficas? Do mesmo modo, qual 
das duas poderia ser classificada 
como uma rocha félsica?
d) Sabe-se que as rochas ácidas são aquelas que têm alto teor de 
sílica em sua composição mineralógica, ao contrário das rochas básicas. De acordo com a 
classificação pela composição mineralógica, entre as rochas a e b, qual se enquadraria como uma 
rocha ácida? No mesmo sentido, é possível classificar, especificamente, a rocha b pela sua 
composição mineralógica? Caso negativo, de acordo com qual critério você classificaria a rocha b?
Infográfico
Diferentes ambientes de consolidação do magma geram diferentes tipos de rochas ígneas, 
sobretudo no aspecto textural delas. De modo geral, o magma se consolida na superfície terrestre 
ou em grandes profundidades, gerando rochas denominadas como vulcânicas e plutônicas, 
respectivamente.
Confira, no Infográfico, as diferentes texturas apresentadas pelas 
rochas vulcânicas e plutônicas, ou seja, de acordo com o seu ambiente de consolidação.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/1cdc30fc-7080-4c55-af45-24d3af905789/ee9afc7a-6764-4265-b0ed-0c51fb4727ca.jpg
Conteúdo do livro
A classificação das rochas ígneas é uma importante tarefa da Petrologia, sendo realizada a partir da 
análise de características inerentes a esse tipo de rocha. Ao analisar aspectos como a textura, a 
composição química e mineralogia, além das cores que as rochas ígneas apresentam, o profissional 
pode conhecer as características químicas do magma originário e saber em qual ambiente o magma 
de outrora se consolidou, tornando-se uma rocha. Sendo assim, com essas informações 
estabelecidas, se torna possível classificar e nomear as rochas de seu interesse.
No capítulo Classificação de rochas ígneas, da obra Petrologia, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você aprenderá a diferenciar as texturas das rochas plutônicas e vulcânicas e saberá 
como utilizar o diagrama QAPF, um instrumento de classificação e nomeação de rochas ígneas 
adotado internacionalmente. Você também irá aprender a classificar uma rocha ígnea de acordo 
com as suas características de textura, composição e cor.
Boa leitura.
PETROLOGIA
Vítor de Oliveira Santos
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Diferenciar texturas de rochas plutônicas e vulcânicas.
 > Usar o diagrama QAPF para mostrar a composição de uma rocha ígnea.
 > Classificar uma rocha ígnea considerando textura, composição e cor.
Introdução
As rochas ígneas são as rochas cuja formação se deu em temperaturas elevadas, 
oriundas de um material fundido, espesso e que, não raro, emerge da profundidade 
do manto terrestre até a superfície: o magma. Dependendo do ambiente de con-
solidação do magma, podem ser formadas rochas ígneas com características 
completamente distintas, principalmente no aspecto textural. Além do ambiente de 
consolidação, as características composicionais dos magmas, como a abundância 
ou a ausência de sílica, também imprimem características específicas nesse tipo 
de rocha, a exemplo do índice de coloração que a rocha apresenta. Todos esses 
fatores são elementos relevantes para classificar e nomear uma rocha ígnea.
Neste capítulo, você vai aprender a diferenciar as texturas que as rochas 
plutônicas e vulcânicas apresentam. Além disso, será apresentado o diagrama 
QAPF, um método de nomenclatura de rochas ígneas que é adotado pela União 
Internacional de Ciências Geológicas, e irá aprender a usá-lo de maneira prática. 
Por último, você vai saber como classificar rochas ígneas a partir da textura, da 
composição e das cores que as rochas vierem a apresentar.
Classificação de 
rochas ígneas
Texturas e estruturas das rochas plutônicas 
e vulcânicas
O arcabouço mineralógico de uma rocha ígnea é o principal quesito para 
estabelecer sua nomenclatura e a classificação de sua petrografia, além de 
relacionar, de modo direto, a rocha ígnea com a composição do magma a 
partir do qual se consolidou. Todavia, para uma nomenclatura e classificação 
petrográfica coerente e completa, é preciso que sejam consideradas algu-
mas informações acerca do ambiente onde o magma foi consolidado. Tais 
informações podem ser levantadas a partir das texturas e estruturas que as 
rochas ígneas encontradas na Terra apresentam. É importante lembrar que 
essas características se desenvolvem em uma resposta direta ao ambiente 
no qual um magma específico é alojado e, finalmente, consolidado (SZABÓ; 
BABINSKI; TEIXEIRA, 2008). 
A textura se relaciona às características e relações entre as fases mine-
rais constituintes de uma rocha, isto é, a espacialização dos cristais, seus 
tamanhos e formatos. Todas essas características são definidas, em geral, 
em uma escala de amostra de mão ou então em escala microscópica, ou seja, 
com o uso de um microscópio petrográfico (Figura 1).
Figura 1. As duas escalas de análise da textura das rochas ígneas são a escala de amostra de 
mão e a escala microscópica, que aqui foi obtida por um microscópio petrográfico. Imagem 
com nicóis cruzados (luz polarizada). Escala: 2mm.
Fonte: cesarandrade/Shutterstock.com.
Classificação de rochas ígneas2
O histórico da cristalização das rochas ígneas pode ser reconstituído por 
intermédio das dimensões relativas entre as suas fases minerais (SZABÓ; 
BABINSKI; TEIXEIRA, 2008). Desse modo, as rochas que foram consolidadas 
em um único evento têm a tendência de apresentar constituintes minerais do 
mesmo tamanho, sejam eles muito finos ou de granulação grossa. Entretanto, 
quando os magmas iniciam o seu processo de cristalização em determinado 
ambiente e são transportados, de modo a terminar o seu processo de con-
solidação em um ambiente diferente, eles apresentam cristais de tamanhos 
diferentes. Seguindo essa lógica, quando todos os minerais da rocha têm o 
mesmo tamanho, diz-se quea sua textura é equigranular. Em contrapartida, 
quando existem, em uma rocha, minerais de tamanho maior a despeito de 
outros minerais de tamanho menor, essa textura é reconhecida como porfi-
rítica. Aqueles minerais maiores são chamados de fenocristais, já os cristais 
de dimensões menores se integram como a matriz.
A estrutura, por sua vez, está relacionada aos arranjos estruturais distintos 
de uma rocha, como, por exemplo, se a rocha é bandada ou maciça, e às suas 
feições macroscópicas (observadas também em escala de mão) ou à escala de 
afloramento rochoso. A análise da estrutura, devido à sua escala de análise, 
todavia, não considera as relações entre os constituintes fundamentais das 
rochas ígneas, que são os minerais. 
As diferenças entre as texturas das rochas ígneas são mais bem visua-
lizadas ao comparar as rochas consolidadas em ambientes vulcânicos, isto 
é, na superfície da crosta terrestre ou próximas à superfície e às rochas 
que são consolidadas no interior da crosta terrestre em uma profundidade 
considerável. As rochas que são consolidadas em ambientes mais superficiais 
da crosta terrestre recebem o nome de rochas vulcânicas (ou extrusivas) e 
rochas plutônicas (ou intrusivas), respectivamente.
Texturas e estruturas das rochas vulcânicas
As rochas vulcânicas (extrusivas) são aquelas que sofrem um resfriamento 
rápido na superfície terrestre, ou em uma profundidade mais rasa, e têm 
textura de granulação fina ou um aspecto vítreo. O magma, que no caso de ser 
oriundo de um derrame pode ser chamado de lava, perde calor rapidamente, 
sofrendo uma consolidação mais acelerada. Quando há um resfriamento 
rápido, forma-se um número grande de germes de cristalização em um curto 
espaço de tempo, o que impede que haja uma difusão adequada dos compo-
nentes mineralógicos, formando, portanto, cristais bastante pequenos, mas 
em grande quantidade. As rochas ígneas com essas características têm textura 
afanítica. Exemplos de rochas com essa textura são os basaltos (Figura 2a). 
Classificação de rochas ígneas 3
Não são raros os casos em que a consolidação do magma é tão rápida que 
não há tempo suficiente para a formação e o desenvolvimento dos minerais. O 
produto final de uma consolidação muito rápida pode ser um vidro vulcânico, 
a exemplo da obsidiana (Figura 2b). Diz-se, portanto, que rochas compostas 
predominantemente por vidro vulcânico têm uma textura vítrea. Nas rochas 
vulcânicas, há algumas estruturas que estão intimamente ligadas ao processo 
de extrusão do magma e à sua consequente solidificação. São os casos das 
vesículas (que, quando vazias, indicam o escape de gases) e as amígdalas, já 
que esses espaços são preenchidos por minerais ditos tardios.
Outro exemplo de rocha vulcânica é a pedra-pome (Figura 2c), que é uma 
rocha piroclástica. A pedra-pome é uma massa porosa de vidro vulcânico com 
uma grande quantidade de vesículas, que são buracos vazios formados depois 
que os gases presos no magma em processo de solidificação vão escapando. 
Figura 2. (a) Exemplo de um fragmento de basalto, (b) uma obsidiana (vidro vulcânico) e 
(c) uma pedra-pome. Todas essas três rochas são originadas a partir do resfriamento e da 
solidificação rápida do magma, geralmente na superfície terrestre ou em profundidades 
rasas, não dando tempo para a formação e o desenvolvimento adequado dos minerais. As 
amostras apresentadas têm escala centimétrica.
Fonte: Adaptada de (a) Universidade de São Paulo (c2020b); (b) Hans/Pixabay.com; (c) Vladimir 
Arndt/Shutterstock.com.
(a) (b)
(c)
Classificação de rochas ígneas4
As rochas piroclásticas são originadas por meio de erupções de 
grande energia que dão origem aos piroclastos. O termo piroclástico 
deriva dos termos gregos pyros, que significa fogo, e klastos (quebrado). Esses 
materiais são constituídos por materiais soltos, desagregados, ou pela mistura 
de cinzas vulcânicas, blocos de magma e gases. Os piroclástos mais finos são as 
cinzas vulcânicas, ao passo que os que têm textura mais grossa são as brechas 
vulcânicas. Alguns exemplos de brechas vulcânicas podem ser classificados 
como andesito.
Textura das rochas plutônicas
Quando o magma se resfria e é consolidado em grandes profundidades, 
diz-se que as rochas oriundas desse processo são plutônicas ou intrusivas. 
Nesse caso, há uma diferença de temperatura menor entre o magma e as 
rochas encaixantes, quando comparados ao ambiente de consolidação das 
rochas vulcânicas. Sendo assim, as rochas encaixantes se caracterizam como 
isolantes térmicos bastante eficientes. Esse isolamento térmico diminui a 
perda de calor do magma, o que faz com que a sua consolidação demore 
mais tempo (SZABÓ; BABINSKI; TEIXEIRA, 2008). 
Derrames de lava mais espessos podem se consolidar em questão de anos 
ou séculos. Em alguns casos, quando o isolamento térmico eficiente das rochas 
encaixantes se soma à espessura dos derrames magmáticos, o resfriamento 
do magma pode demorar até milhares de anos (SZABÓ; BABINSKI; TEIXEIRA, 
2008). Por causa dessa solidificação lenta, a cristalização dos minerais é mais 
eficiente, proporcionando, portanto, uma melhor difusão dos componentes 
magmáticos. A partir desse processo, desenvolvem-se minerais de tamanhos 
maiores. Quando os cristais das rochas plutônicas têm um tamanho que 
possibilita a sua identificação e a individualização a olho nu, a rocha tem 
uma textura fanerítica. Como exemplos de rochas faneríticas, pode-se citar 
os granitos e os gabros (Figura 3).
Classificação de rochas ígneas 5
Figura 3. Exemplos de rochas de textura fanerítica. (a) Uma espécie de granito e (b) uma espécie 
de gabro. Ambas as rochas são plutônicas (intrusivas). Amostras em escala centimétrica.
Fonte: Adaptada de (a) michal812/Shutterstock.com; (b) Wilson (2008).
(a) (b)
As rochas de textura fanerítica podem apresentar diversas granulações 
a partir do tamanho dos minerais. Essas granulações vão de fina a muito 
grosseira e são classificadas a partir do Quadro 1 que pode ser visto a seguir.
Quadro 1. Classificação da textura das rochas faneríticas de acordo com o 
tamanho dos minerais constituintes
Classificação Tamanho dos minerais
Muito grosseira > 30mm
Grosseira 5–30mm
Média 2–5mm
Muito finatendo um formato 
irregular. De maneira convencional, chama-se de batólito um corpo intrusivo 
que tem uma área maior que 100km2 em superfície. Caso o corpo intrusivo seja 
menor que isso, ele é denominado de stock. Os xenólitos ocorrem nas áreas 
marginais dos batólitos e dos stocks, sendo fragmentos da rocha encaixante que 
foram arrancados e englobados pelo magma durante o evento de consolidação 
(SZABÓ; BABINSKI; TEIXEIRA, 2008). 
Fonte: Adaptada de Szabó, Babinski e Teixeira (2008) (croqui em escala regional).
Classificação de rochas ígneas 7
As rochas faneríticas de textura muito fina podem indicar uma consoli-
dação em ambiente vulcânico ou subvulcânico. Um exemplo de rocha que 
se consolida nesses ambientes é o aplito. Os aplitos são rochas de textura 
muito fina, equigranulares, que podem se consolidam, em geral, nos diques. 
Por sua vez, as rochas faneríticas de textura média e grossa se desenvolvem, 
exclusivamente, em corpos intrusivos mais profundos de grandes dimensões. 
No caso dos pegmatitos (Figura 4), a presença de minerais grossos a muito 
grossos se deve ao tempo e à profundidade de cristalização, mas também a 
fatores extras, como a riqueza mineral presente no magma de origem (SZABÓ; 
BABINSKI; TEIXEIRA, 2008). 
Figura 4. (a) Amostra de pegmatito e (b) amostra de aplito.
Fonte: Adaptada de (a) Universidade de São Paulo (c2020c) (b) Universidade de São Paulo (c2020a).
(a) (b)
Nomenclatura e composição das rochas 
ígneas a partir do diagrama QAPF
A nomenclatura das rochas ígneas é estabelecida a partir das suas com-
posições mineralógicas e pelas suas texturas. Os critérios adotados foram 
internacionalmente padronizados pelo sistema adotado pela IUGS (União 
Internacional de Ciências Geológicas, do inglês International Union of Ge-
ological Science) em 1967. Esse sistema de nomenclatura também é conhe-
cido como Nomenclatura de Rochas Ígneas de Streckeisen em homenagem 
ao geólogo suíço Albert Streckeisen, que idealizou a adoção de critérios 
de nomenclatura das rochas ígneas mundialmente padronizados. Segundo 
esse sistema de nomenclatura, as rochas são subdivididas em vulcânicas, 
ao apresentar textura afanítica ou vítrea, e em plutônicas (ou intrusivas), 
quando a textura for fanerítica, independente da granulação e do tamanho 
dos minerais. Desse modo, o nome das rochas ígneas é estabelecido pela 
Classificação de rochas ígneas8
proporção observada entre os minerais constituintes em maior quantidade 
(SZABÓ; BABINSKI; TEIXEIRA, 2008). 
A Nomenclatura de Rochas Ígneas de Streckeisen se baseia no diagrama 
QAPF (Quartzo, Feldspatos Alcalinos, Plagioclásio e Feldpspatoides). A no-
menclatura das rochas por meio desse diagrama tem como base a proporção 
entre os minerais QAPF presentes nas rochas. A classificação das rochas não 
ultramáficas, que têm em sua composição menos de 90% de minerais máficos 
e saturadas em SiO2, é estabelecida pelos vértices QAP do diagrama QAPF. A 
efeitos de explicação, os minerais máficos são aqueles que possuem teores 
elevados do elemento Ferro (Fe) e Magnésio (Mg) e possuem coloração mais 
escura do que os minerais félsicos (fel, oriundo de feldspatos ou feldspatoides 
e si de sílica/quartzo), que é um mineral de cor clara (WINGE et al., 2020). As 
rochas insaturadas em SiO2 têm, por sua vez, a sua nomenclatura estabelecida 
a partir dos vértices APF do diagrama. É importante lembrar que a presença 
de quartzo é incompatível com a presença de minerais feldspatoides. Sendo 
assim, a quantidade de minerais QAPF é obtida, proporcionalmente, e re-
calculada para 100%. O resultado desse cálculo, em porcentagem, é então 
lançado no diagrama QAPF (Figura 5), por meio do qual pode ser obtido o 
nome raiz da rocha. 
Classificação de rochas ígneas 9
Utilização do diagrama QAPF
Nas rochas ígneas, a associação mineral é classificada em minerais essenciais 
e acessórios ou traço. Os minerais essenciais são aqueles que predominam 
na rocha e são subdivididos em dois tipos: 
Figura 5. Diagrama QAPF (simplificado).
Fonte: Adaptada de Pomerol et al. (2013).
Classificação de rochas ígneas10
 � os utilizados para classificar a rocha, quais sejam quartzo, feldspatos 
(alcalino e plagioclásio) e feldspatoides (nefelina, leucita, etc.); 
 � aqueles que indicam a variedade do tipo de rocha, quais sejam mi-
cas, piroxênios, anfibólios, etc. (p. ex., biotita granito, hornblenda 
granodiorito). 
Se ocorrerem dois minerais que indicam a variedade do tipo de rocha, o 
mineral mais abundante é escrito mais próximo da designação da rocha. Se 
um granito contém 3% de biotita e 2% de hornblenda, por exemplo, nesse caso 
a rocha será classificada como um hornblenda-biotita granito. Os acessórios 
ou traços compreendem os minerais que ocorrem em pequenas quantidades, 
como exemplificado por zircão, titanita, ilmenita, carbonatos, epidoto, apatita, 
pirita, entre outros. Por sua vez, os acessórios podem ser subdivididos em 
transparentes (zircão, apatita, etc.) e opacos (magnetita, cromita, entre outros).
A classificação das rochas ígneas com o auxílio do diagrama QAPF se baseia 
na quantidade dos minerais essenciais: q = quartzo; a = feldspato alcalino; p 
= plagioclásios e f = feldspatoides. Desse modo, para classificar uma rocha 
ígnea, deve-se seguir os passos descritos a seguir. Estima-se a proporção de 
todos os minerais na rocha de tal forma que a soma dos minerais essenciais 
e acessórios totalize 100% do volume da rocha.
Calcula-se a quantidade relativa (normalização) de quartzo, feldspato alca-
lino e plagioclásio de tal forma que a soma q + a + p totalize 100%. Se a rocha 
for insaturada em sílica, então, em vez de quartzo, a rocha será constituída 
por feldspatoide (nefelina e leucita são os mais comuns), feldspato alcalino 
(a) e plagioclásio (p).
Plota-se a proporção relativa de quartzo, feldspato alcalino e plagioclásio 
no triângulo QAP ou se usa o triângulo AFP para projetar a quantidade relativa 
de feldspatoide, feldspato alcalino e plagioclásio. 
A projeção da quantidade relativa dos minerais essenciais será um único 
ponto. O campo no qual o ponto foi plotado corresponderá ao nome da rocha. 
Imagine que se deseja classificar um fragmento de rocha contendo 
12% de quartzo (Q), 25% de feldspato alcalino (A) e 28% de plagioclásio 
(P), entre outros minerais. A determinação desses valores é o primeiro passo do 
processo de classificação da rocha. A estimativa pode ser qualitativa (obtida 
por avaliação visual) ou quantitativa (faz-se a contagem de mineral por mineral 
com o auxílio de microscópio petrográfico com placa de Charriot). O segundo 
passo é a normalização dos valores de cada mineral descrito anteriormente 
(Quartzo = 12%, Feldspato Alcalino = 25%, Plagioclásio = 28%).
Classificação de rochas ígneas 11
O processo de normalização se baseia no cálculo desses minerais, como 
se a soma deles fosse para 100% do volume da rocha. O procedimento é o 
seguinte: soma-se a porcentagem de cada mineral (12 + 25 + 28= 65) e se utiliza 
esse valor como o denominador da divisão do valor 100 (100/65). Logo, nesse 
caso hipotético, chega-se ao índice 1,54. O valor 1,54, então, é multiplicado pela 
porcentagem real de cada um dos minerais (1,54 × 28 = 43 – plagioclásio; 1,54 × 
12 = 18 – quartzo; 1,54 × 25 = 39 – feldspato alcalino). Desse modo, a soma dos 
valores 43 + 18 + 39 é igual a 100. 
O terceiro passo é a plotagem dos valores normalizados de cada mineral 
no diagrama QAP, pois a rocha em análise tem quartzo, então se pressupõe 
a inexistência de feldspatoides. Dessa forma, utiliza-se apenas a porção su-
perior do diagrama (vértices QAP). A utilização deve ser feita de modo atento 
e cauteloso, visando à confiabilidade das análises. Parte-se, então, para a 
plotagem desses valores, obedecendo à dinâmica apresentada na Figura 6.
Figura 6. Esquema simplificado do diagrama QAPF para rochas com quartzo.
Q0% 100%
100%
100%
Plagioclásio
Fe
ld
sp
at
o 
al
ca
lin
o
Quartzo
0%
0%
A P
É importante considerar que os vérticesQ, A e P representam a totali-
dade dos minerais em análise, ou seja, 100%. Para plotar a quantidade de 
determinado mineral, é preciso traçar uma reta que seja paralela ao lado do 
triângulo que é oposto ao vértice de interesse. Para plotar a porcentagem de 
plagioclásio (vértice P), por exemplo, uma reta paralela ao lado referente ao 
feldspato alcalino deve ser traçada, de modo que um ponto dessa reta repre-
sente a porcentagem de plagioclásio e que o ponto, no outro extremo (que 
acompanha o lado representativo de quartzo), seja inversamente proporcional 
a esse valor. Seguindo essa lógica, de acordo com o exemplo apresentado, 
temos 43% de plagioclásio (valor normalizado). Logo, traça-se uma reta em 
Classificação de rochas ígneas12
que um extremo esteja nos 43% de plagioclásio e o outro esteja na posição 
57% (100-43%).
Para a plotagem do valor de quartzo, segue-se o mesmo raciocínio: esta-
belece-se o ponto referente à porcentagem de quartzo (valor normalizado, 
18%). A linha a ser traçada, no caso do quartzo, deve ser paralela ao lado do 
triângulo oposto ao vértice Q (lado do triângulo referente ao plagioclásio). 
Nesse caso, um ponto da reta representará a porcentagem de quartzo (18%) 
e o outro ponto acompanhará, de maneira inversamente proporcional, esse 
valor (100 - 18 = 82%). Assim, a reta, para a representação da quantidade de 
quartzo, terá um ponto em 18% (no lado do triângulo referente ao quartzo), 
ao passo que o outro ponto da reta estará plotado no valor 82% (nolado do 
triângulo referente ao feldspato alcalino). 
Por último, para a plotagem da porcentagem normalizada de feldspato 
alcalino, traça-se uma reta em que um ponto esteja em 39% desse mineral 
e o outro esteja na posição 61% (100 - 39) do lado do triângulo referente ao 
plagioclásio. Nesse caso a linha será paralela ao lado do triângulo oposto 
ao vértice A.
A posição da rocha em questão no diagrama QAPF é, portanto, estabele-
cida pelo ponto de intersecção das três retas plotadas (Figura 7). De modo 
ilustrativo, a posição dessa rocha estaria na seguinte posição do diagrama 
QAPF, na qual a reta vermelha se refere ao plagioclásio, a reta amarela ao 
quartzo e a reata verde ao feldspato alcalino.
Figura 7. Plotagem dos valores exemplificados no diagrama QAPF.
Q0% 100%
100%
43% 61%
100%
Plagioclásio
39%
82% 18%
57%
Fe
ld
sp
at
o 
al
ca
lin
o
Quartzo
0%
0%
A P
Classificação de rochas ígneas 13
Ao plotar esses valores hipotéticos no diagrama QAPF real, percebe-se 
que o ponto de intersecção se localiza no campo 8 referente ao quartzo-
-monzonito. A Figura 8 representa a plotagem desses valores, de modo mais 
exato, utilizando o aplicativo para celular Diagrama QAPF.
Figura 8. Tela de utilização do aplicativo Diagrama QAPF para plotagem dos valores dos 
minerais presentes na rocha citada no exemplo. 
Diagrama para rocas plutónicas
Q = 18%
A = 39%
P = 43%
F = 0%
Q
F
Cuarzomonzonita
A P
90
60
20
55
20
10
60 60
10
60
90
90
90
9090
653510
10
Classificação das rochas ígneas por meio da 
textura, da cor e da composição química
A classificação das rochas ígneas se baseia em três parâmetros de análise 
que podem influenciar diretamente a nomenclatura de uma rocha. O primeiro 
parâmetro se refere aos aspectos qualitativos, como a presença e a ausência 
de minerais cristalizados na rocha. O segundo parâmetro diz respeito aos 
aspectos quantitativos, como a porcentagem de quartzo presente na rocha. Já 
o terceiro parâmetro versa sobre a composição química das rochas (GILL, 2014). 
As características e a relação entre os componentes minerais constituintes 
de uma rocha, como seus tamanhos, formatos, comportamentos e padrões 
de arranjo, são entendidas como textura (SZABÓ; BABINSKI; TEIXEIRA, 2008).
Classificação de rochas ígneas14
Classificação a partir da textura
As rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com as suas texturas, 
isto é, trata-se das características das fases minerais dessas rochas. As 
informações texturais estão diretamente relacionadas ao ambiente em que 
determinado magma se consolida. Quando o magma passa por um processo 
de consolidação lento, há tempo para o desenvolvimento adequado dos 
minerais. Lembrando que o resfriamento lento do magma é proporcionado 
por ambientes plutônicos/intrusivos. Em contrapartida, quando o magma se 
consolida rapidamente, muitas vezes não há tempo para a cristalização dos 
minerais, o que faz com que as rochas apresentem cristais bastante pequenos 
e em grande quantidade ou nem apresentem minerais visíveis a olho nu. 
De modo geral, as rochas vulcânicas/extrusivas apresentam textura vítrea 
e/ou afanítica. As rochas com textura vítrea são aquelas predominantemente 
constituídas por vidro vulcânico. As rochas com textura afanítica têm, por 
sua vez, uma textura muito fina, de modo que os minerais são dificilmente 
perceptíveis a olho nu. Logo, os cristais afaníticos são cristais finos. Já as ro-
chas plutônicas/intrusivas apresentam textura fanerítica, ou seja, os minerais 
constituintes dessas rochas têm um tamanho que permite identificá-los e 
individualizá-los. Os cristais minerais de textura fanerítica são considerados 
cristais médios e cristais grossos. Os cristais médios são muito pequenos para 
serem identificados à vista desarmada. Por outro lado, os cristais grossos 
podem ser identificados a olho nu (GILL, 2014). 
Dependendo do ambiente de consolidação, um mesmo tipo de magma (i.e., 
um magma com a mesma composição química), quando consolidado, pode 
gerar rochas com texturas completamente diferentes. É o caso do basalto 
(rocha vulcânica, de textura afanítica) e de seu correspondente, o gabro (ro-
cha intrusiva, de textura fanerítica), e o caso do granito (rocha intrusiva, de 
textura fanerítica) e do riólito (rocha vulcânica, de textura afanítica) (PRESS 
et al., 2006). Esses exemplos podem ser visualizados na Figura 9.
Classificação de rochas ígneas 15
Figura 9. Diferentes aspectos texturais em rochas de mesma composição magmática. Notam-
-se os aspectos distintos do (a) basalto e de seu correspondente, (b) o gabro, bem como do 
(c) riólito e do seu correspondente, (d) o granito. Assim sendo: (a) e (c) têm textura afanítica, 
ao passo que (b) e (d) têm textura fanerítica. Todas as amostras exemplificadas apresentam 
escala centimétrica.
Fonte: Adaptada de (a) Tyler Boyes/Shutterstock.com; (b) www.sandatlas.org/Shutterstock.com; 
(c) Sakdinon Kadchiangsaen/Shutterstock.com; (d) Gyvafoto/Shutterstock.com.
(a) (b)
(c) (d)
Classificação a partir da cor
Outro parâmetro bastante utilizado na classificação das rochas ígneas é o 
índice de cor (M). Esse índice considera a proporção entre minerais máficos e 
félsicos e é definido pelo número correspondente ao percentual de minerais 
máficos (minerais escuros) na constituição volumétrica das rochas ígneas. 
Os minerais máficos são aqueles de coloração escura, com teores 
elevados de ferro (Fe) e magnésio (Mg), ou seja, são minerais ferro-
-magnesianos. Os minerais félsicos são os minerais de cor clara com teores expres-
sivos de elementos leves, como o silício (Si) e o alumínio (Al) (WINGE et al., 2020). 
Classificação de rochas ígneas16
De acordo com Szabó, Babinski e Teixeira (2008), considerando o índice de 
cor (M), as rochas ígneas podem ser subdividas de acordo com o Quadro 2. 
Quadro 2. Proporções em volume de minerais félsicos (cor clara) e máficos 
(cor escura)
Tipo de rocha quanto à coloração Índice de cor (M)
Hololeucocráticas (félsica) M 90
Fonte: Adaptado de Szabó, Babinski e Teixeira (2008).
Como exemplos de minerais félsicos, é possível citar o quartzo, o felds-
pato e a muscovita. Por sua vez, os minerais biotita, olivina e piroxênio são 
exemplos de minerais máficos. 
Classificação a partir da composição química
A composição química dos diferentes tipos de rochas ígneas sereflete dire-
tamente nos tipos de minerais constituintes e na proporção entre as fases 
minerais. Sendo assim, um dos principais parâmetros para a classificação 
a partir da composição química é o teor de sílica (SiO2) (SZABÓ; BABINSKI; 
TEIXEIRA, 2008). 
De acordo com esse parâmetro, as rochas ígneas podem ser classificadas 
como ultrabásicas, básicas, intermediárias e ácidas. As rochas ígneas que são 
consideradas ultrabásicas têm um teor de sílica inferior a 45%. Já as rochas 
básicas apresentam teor de sílica entre 45 e 52%. Por sua vez, as rochas 
intermediárias têm um teor de sílica entre 52 e 66%. Por último, para que uma 
rocha ígnea seja considerada como ácida, é necessário que o teor de sílica 
em sua composição seja maior do que 66% (SZABÓ BABINSKI; TEIXEIRA, 2008). 
Em rochas ácidas (SiO2 > 66%), a grande quantidade de sílica tem como 
consequência a cristalização do quartzo. Essa cristalização representa jus-
tamente o excesso de sílica presente na rocha, que vem a ter abundância de 
minerais félsicos de cores claras. Já nas rochas básicas (SiO2 entre 45 e 52%), 
Classificação de rochas ígneas 17
os teores reduzidos de sílica resultam no consequente aumento do teor de 
outros componentes químicos, como o Ferro (Fe), o Magnésio (Mg) e o Cálcio 
(Ca), que são considerados minerais máficos, ou seja, de cor escura (SZABÓ; 
BABINSKI; TEIXEIRA, 2008). 
Outro método de classificação das rochas ígneas de acordo com a sua 
composição química é a utilização do Diagrama TAS (álcalis totais vs. Sílica, 
do inglês Total-Alkali vs. Silica). O Diagrama TAS se baseia na comparação da 
soma da porcentagem dos teores de Na2O e K2O (óxidos de sódio e de potássio, 
respectivamente, também chamados de álcalis totais), com a porcentagem 
de sílica (SiO2). A porcentagem de Na2O e K2O nesse diagrama é plotada no 
eixo y e a porcentagem de SiO2 no eixo x, conforme mostrado na Figura 10. 
Figura 10. Diagrama TAS. B, basalto; O1, andesito basáltico; O2, andesito; O3, dacito; R, riolito; 
T, traquito; Ph, fonólito; S1, traquibasalto (*as variantes sódica e potássica são hawaiito e 
traquibasalto potássico); S2, traquiandesito basáltico (*as variantes sódica e potássica são 
mugearito e soshonito); S3, traquiandesito (as variantes sódica e potássica são benmoreíto 
e latito); Pc, picrobasalto; U1, basanito; U2, fonotefrito; U3, tefrifonolito; F, foídito; Wt%, 
porcentagem por peso.
Fonte: Adaptada de Weber (2008).
Por fim, as rochas com álcalis em abundância apresentam composições 
mineralógicas distintas, com minerais máficos de Sódio (Na) e Potássio (K), 
sendo estas então chamadas de rochas alcalinas. Como exemplos de rochas 
alcalinas, citam-se os fonólitos e os traquitos.
Classificação de rochas ígneas18
Referências
DORADO, A. C. Petrografia basica: texturas, classification y nomenclatura de rocas. 
Madrid: Paraninfo, 1989.
GILL, R. Rochas e processos ígneos: um guia prático. Porto Alegre: Bookman, 2014.
POMEROL, C. et al. Princípios de geologia: técnicas, modelos e teorias. 14. ed. Porto 
Alegre: Bookman, 2013.
PRESS. F. et al. Para entender a terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
SZABÓ, G. A. J.; BABINSKI, M.; TEIXEIRA, W. Rochas ígneas. In: TEIXEIRA, W. et al. (org.). 
Decifrando a terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. cap. 8.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Geociências. Aplito. c2020a. Dis-
ponível em: https://didatico.igc.usp.br/rochas/igneas/aplito. Acesso em: 5 
out. 2020.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Geociências. Basalto. c2020b. 
Disponível em: https://didatico.igc.usp.br/rochas/igneas/basalto/. Acesso 
em: 5 out. 2020.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Geociências. Pegmatito. c2020c. 
Disponível em: https://didatico.igc.usp.br/rochas/igneas/pegmatito. Acesso 
em: 5 out. 2020.
WEBER, J. TAS-Diagramm. 2008. Disponível em: https://commons.wikimedia.
org/wiki/File:TAS-Diagramm.svg. Acesso em: 5 out. 2020.
WILSON, M. A. GabbroRockCreek1. 2008. Disponível em: https://pt.wikipedia.
org/wiki/Ficheiro:GabbroRockCreek1.jpg. Acesso em: 5 out. 2020.
WINGE, M. et al. Glossário geológico ilustrado. 2020. Disponível em: http://sigep.cprm.
gov.br/glossario/. Acesso em: 5 out. 2020.
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Classificação de rochas ígneas 19
Dica do professor
A classificação das rochas ígneas visa a agrupar o conjunto de rochas a partir de alguns parâmetros. 
Esses parâmetros estão relacionados à textura, à composição e à cor delas.
Veja, nesta Dica do Professor, como se dá a classificação das rochas ígneas e quais são os critérios 
adotados para analisar as suas características.
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Exercícios
1) De acordo com o ambiente de consolidação do magma, as rochas podem apresentar texturas 
distintas. De modo geral, existem dois ambientes em que os magmas se alocam e se 
consolidam: os vulcânicos e os plutônicos.
Leia as afirmações a respeito do ambiente de consolidação do magma e da formação das 
rochas.
I) Os ambientes vulcânicos, também conhecidos como intrusivos, permitem que o material 
magmático se consolide lentamente, o que favorece a formação de cristais nas rochas.
II) Os ambientes plutônicos, que também podem ser chamados de intrusivos, favorecem a 
formação de cristais nas rochas devido à baixa diferença térmica entre o magma e o 
ambiente de consolidação.
III) Os ambientes vulcânicos (extrusivos) fazem com que o magma se resfrie rapidamente, o 
que impede a formação dos minerais nas rochas.
IV) As rochas formadas em ambientes plutônicos têm minerais com tamanhos que permitem 
a sua individualização a olho nu.
Assinale a alternativa que contém as afirmações corretas:
A) I , II e IV.
B) II e III.
C) II, III e IV.
D) I, III e IV.
E) III e IV.
2) As rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com suas texturas, ou seja, segundo as 
características físicas dos minerais que as compõem. A textura das rochas está ligada 
diretamente ao ambiente no qual a rocha foi consolidada.
Sobre a textura das rochas, assinale a alternativa correta:
Carlos Henrique
Realce
A) As rochas plutônicas, formadas em grandes profundidades, podem apresentar textura vítrea 
ou fanerítica.
B) As rochas vulcânicas, que foram consolidadas na superfície terrestre, têm textura fanerítica, o 
que permite que os seus cristais minerais sejam individualizados e identificados.
C) As rochas vulcânicas apresentam textura vítrea, sendo que todas as rochas desse tipo 
(vulcânicas/extrusivas) têm um aspecto parecido com as rochas obsidianas (vidro vulcânico).
D) As rochas plutônicas têm textura fanerítica, isto é, os cristais minerais podem ser visualizados 
e até identificados pela vista desarmada.
E) A maioria das rochas plutônicas tem textura vítrea devido ao lento processo de consolidação 
por que essas rochas passam.
3) As rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com sua textura, cor e composição. Um 
dos principais modos de classificá-las, de acordo com a sua composição química, é o teor de 
sílica (SiO2%). Dependendo deste, uma rocha ígnea pode ser classificada como ultrabásica, 
básica, intermediária ou ácida.
Considerando a classificação das rochas ígneas a partir da sua composição química, relacione 
a primeira e a segunda colunas, de modo a estabelecer uma relação correta entre elas:
I) Rochas ácidas.
II) Rochas básicas.
III) Rochas intermediárias.
IV) Rochas ultrabásicas.
( ) Apresentam um teor de sílica menor que 45%.
( ) Esse tipo derocha apresenta um teor de sílica entre 45 e 52% e essa porcentagem 
propicia a abundância de minerais máficos, de coloração escura.
( ) Essas rochas têm um teor de sílica entre 52 e 66%.
( ) Essas rochas têm um teor de sílica maior que 66%, resultando na cristalização abundante 
do mineral quartzo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
A) IV, II, III, I. 
Carlos Henrique
Realce
Carlos Henrique
Realce
B) I, II, III, IV. 
C) IV, II, I, III.
D) III, IV, I, II.
E) II, IV, I, III.
4) O diagrama QAPF é um instrumento utilizado para a classificação de rochas ígneas que têm 
em sua composição menos que 90% de minerais máficos (de coloração escura). Desse modo, 
as rochas não ultramáficas são classificadas pelo diagrama QAPF a partir do levantamento 
da porcentagem dos minerais quartzo, feldspatos alcalinos, plagioclásio e os feldspatoides. 
Leia as afirmativas a seguir a respeito da utilização do diagrama QAPF.
I) O método de classificação pelo diagrama QAPF é informal e não oficial, sendo que é 
utilizado apenas por sua praticidade em plotar as quantidades dos minerais quartzo, 
feldspatos alcalinos, plagioclásio e feldspatoides.
II) Apenas os minerais quartzo e plagioclásio presentes na rocha de interesse devem ser 
normalizados, visando à plotagem das informações no diagrama QAPF.
III) O processo de normalização, fase importante para a plotagem das informações 
mineralógicas das rochas ígneas no diagrama QAPF, se baseia no cálculo dos minerais 
quartzo, feldspatos alcalinos, plagioclásios, além dos feldspatoides, como se a soma desses 
minerais ocupasse 100% do volume da rocha.
IV) No caso da existência de quartzo, feldspatos alcalinos e plagioclásios na rocha a ser 
estudada, para a plotagem dos valores normalizados desses minerais, é necessário traçar, no 
diagrama QAPF, três retas paralelas aos lados do triângulo opostos aos vértices que 
representam os minerais.
Assinale a alternativa que contém apenas as opções corretas:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e III.
D) III e IV.
E) I e IV.
Carlos Henrique
Realce
5) No campo da Petrologia, a classificação das rochas ígneas é uma etapa fundamental para as 
atividades profissionais, sobretudo do engenheiro de minas. Desse modo, a classificação 
desse tipo específico de rocha pode ser feita a partir da análise das texturas que ela 
apresenta, bem como da composição química e da coloração.
Em relação aos métodos de classificação das rochas ígneas, analise as colunas a seguir e 
relacione-as de modo a estabelecer uma relação correta entre elas:
I) Análise da textura.
II) Análise da composição química.
III) Análise da cor.
( ) Essa análise é muito utilizada na classificação das rochas ígneas. Aqui, é considerado o 
percentual de minerais máficos na constituição volumétrica das rochas ígneas. As rochas, de 
acordo com esse critério, podem ser classificadas como máficas, ultramáficas ou félsicas.
( ) Um dos principais parâmetros para a classificação das rochas ígneas por meio dessa 
análise é o teor de sílica – SiO2. Dependendo da porcentagem desse mineral na rocha, ela 
pode ser classificada como ultrabásica, básica, intermediária ou ácida.
( ) É o tipo de análise que está relacionada às características das fases minerais das rochas. 
Essas informações estão diretamente relacionadas ao ambiente em que o magma se 
consolida. Essa análise pode indicar se uma rocha é vítrea, afanítica ou farenítica.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
A) I, III, II. 
B) II, III, I. 
C) III, I, II. 
D) I, II, III. 
E) III, II, I. 
Carlos Henrique
Realce
Na prática
A utilização do diagrama QAPF permite que os profissionais da área 
da mineração identifiquem determinados tipos de rocha a partir de 
suas composições mineralógicas. Esse diagrama, idealizado pelo geólogo suíço A. Streckeisen, 
analisa a presença, em porcentagem normalizada, de quartzo, feldspatos alcalinos, plagioclásios e 
feldspatoides nas rochas. 
Confira, em Na Prática, como o diagrama QAPF pode ser aplicado por 
um engenheiro de minas no dia a dia de suas atividades profissionais.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Trabalho de campo e petrografia ígnea das rochas da região de 
Encruzilhada do Sul/RS
O diagrama QAPF, também conhecido como diagrama de Streckeisen, é um dos principais métodos 
utilizados pela União Internacional de Ciências Geológicas para realizar a classificação das rochas 
ígneas. Acesse o link para saber mais sobre esse método e ver um exemplo de utilização do 
diagrama.
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A textura das rochas ígneas em função do ambiente de 
consolidação
A textura das rochas ígneas é função direta do ambiente no qual o magma originário dessas rochas 
foi consolidado. Confira, neste vídeo, a partir dos 23 minutos, uma aula do Professor Wilson 
Teixeira, uma das maiores referências da Geologia no Brasil, sobre o tema.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Classificação das rochas ígneas
A classificação de rochas ígneas pode ser feita de diversas formas: pela análise de seus minerais 
constituintes; pela sua composição química e mineralógica; ou até pelo seu índice de cor. Para 
saber mais sobre esses métodos de classificação de rochas ígneas, acesse o site do Museu de 
Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert.
http://200.132.146.161/index.php/siepe/article/view/14738
https://www.youtube.com/embed/ho6XYH2je3Y
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https://museuhe.com.br/rochas/rochas-igneas/classificacao-de-rochas-igneas/?v=204369219

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