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Doenças Transmissíveis: 
Desvendando os Inimigos 
Invisíveis
Bem-vindos à nossa jornada pelo mundo das doenças 
transmissíveis! Nesta aula, vamos explorar os conceitos 
essenciais, a classificação dos agentes causadores e as 
estratégias de prevenção. Preparem-se para desvendar os 
mistérios dos inimigos invisíveis e fortalecer a nossa capacidade 
de proteger a saúde pública.
por Aline Fernanda de Almeida Chaves
O Que São Doenças 
Transmissíveis?
Doença transmissível é toda enfermidade causada por um
agente infeccioso. Este agente pode ser transferido de uma
pessoa para outra, ou do ambiente para o ser humano.
Pense na dengue, na COVID-19, ou mesmo em um resfriado
comum. Todas elas são exemplos de doenças que se espalham.
A prevenção é a chave para conter a disseminação!
Definição Clara
Enfermidades causadas por agentes infecciosos transferíveis 
entre indivíduos ou do ambiente para humanos.
Agente, Hospedeiro e Meio Ambiente: O Tríplice Fator
O Modelo Epidemiológico Clássico nos ajuda a entender a dinâmica das doenças. Ele considera três elementos 
cruciais: o agente etiológico, o hospedeiro e o meio ambiente.
Agente Etiológico
É o "ator" principal: bactérias, 
vírus, protozoários... cada um com 
suas características.
Hospedeiro
É o "público": o indivíduo 
suscetível à doença, com sua 
própria imunidade e 
vulnerabilidades.
Meio Ambiente
É o "cenário": as condições que 
favorecem a transmissão, como 
clima, saneamento e densidade 
populacional.
Classificação dos Agentes 
Infecciosos
Os agentes infecciosos são diversos e cada um tem suas particularidades. 
Conhecê-los é fundamental para combatê-los!
Vírus
Ex: HIV, Influenza
Bactérias
Ex: Tuberculose, Cólera
Fungos
Ex: Candidíase
Protozoários
Ex: Malária
Vias de Transmissão
As doenças se espalham de diferentes formas. É essencial conhecer as vias de transmissão para 
interromper o ciclo da infecção.
Transmissão Direta
• Contato físico
• Gotículas respiratórias
• Relações sexuais
Transmissão Indireta
• Vetores (mosquitos, carrapatos)
• Fômites (objetos contaminados)
• Água/alimentos contaminados
MODO DE TRANSMISSÃO DO AGENTE 
 INDIRETA: transferência do agente etiológico por meio de propagadores 
ANIMADOS OU INANIMADOS
•agentes com capacidade de sobreviver fora do organismo durante período de 
tempo;
•Existência de propagadores que transportem os microrganismos ou parasitas 
de um lugar a outro.
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
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MODO DE TRANSMISSÃO DO AGENTE 
 INDIRETA: 
a)veículos de transmissão ou fômites
Fômite: objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e 
transportar organismos contagiantes ou infecciosos de um indivíduo a outro.
Ex. .: sapato, luvas, maçaneta de porta, roupas, talheres, água, leite, 
alimentos, sangue, plasma, soluções parenterais ou instrumentos cirúrgicos
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
MODO DE TRANSMISSÃO DO AGENTE 
 INDIRETA: 
b) VETORES
•inseto ou qualquer portador vivo que transporta um agente infeccioso de 
um indivíduo ou seus excrementos até um indivíduo suscetível, até sua 
comida ou ao seu ambiente imediato. 
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MODO DE TRANSMISSÃO DO AGENTE 
DIRETA (pessoa a pessoa) 
•transferência rápida do agente etiológico, SEM interferência de veículos 
(dispersão de gotículas (gotas de flugge ou perdigotos) nas conjuntivas ou nas 
membranas mucosas do nariz ou da boca ao espirrar, tossir, cuspir, falar ou 
cantar, e pelo contato direto como tocar, beijar, ou ter relações sexuais)
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Períodos das Doenças Transmissíveis
Cada doença tem seu próprio ritmo, com diferentes períodos e características. Entender esses períodos é crucial para o diagnóstico e controle.
Incubação
Intervalo entre a infecção e o surgimento dos primeiros sintomas.
Transmissibilidade
Período em que a doença pode ser transmitida a outras pessoas.
Prodrômico
Fase inicial com sintomas leves e inespecíficos.
Clínico
Período com sintomas característicos da doença.
• Período de incubação: é o intervalo de tempo entre o momento em que ocorre a 
infecção (ou infestação) e o aparecimento das primeiras manifestações de doença 
atribuíveis ao agente em causa. A duração varia desde horas até anos.
• Período prodrômico: é o intervalo de tempo durante o qual o paciente apresenta 
manifestações inespecíficas, ou seja, desde o aparecimento dos primeiros sinais e 
sintomas até que surjam aqueles que são característicos.
• Período de transmissibilidade: é o intervalo de tempo em continuidade ou com 
intermitências, durante o qual, por alguma forma, pode ocorrer “eliminação” do agente, 
a partir da fonte de infecção (transferido, direta ou indiretamente).
 
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INFECÇÃO
• PENETRAÇÃO, ALOJAMENTO E, EM GERAL, MULTIPLICAÇÃO de 
um agente etiológico no organismo de um hospedeiro, produzindo-lhe 
danos, com ou sem aparecimento de sintomas clinicamente 
reconhecíveis.
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Fonte: https://exame.abril.com.br/ciencia/imagens-mostram-coronavirus-atacando-celulas-humanas/
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INFESTAÇÃO
Alojamento, desenvolvimento e reprodução de 
artrópodes na SUPERFÍCIE DO CORPO OU NAS 
ROUPAS DE PESSOAS OU ANIMAIS
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Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/como-as-pessoas-pegam-piolhos.ghtml
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CONTAMINAÇÃO
Presença de agente na SUPERFÍCIE DO CORPO OU NA DE OBJETOS
INANIMADOS (com capacidade de absorver, reter, transportar agentes
infecciosos) que podem servir de fonte de infecção.
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PROCESSO INFECCIOSO:
• agente infeccioso;
• fonte de infecção;
• hospedeiro;
• vias de eliminação e
• processo de transmissão
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AGENTES INFECCIOSOS
Apresentam CARACTERÍSTICAS (interagem com o meio e o 
hospedeiro), que influenciam o comportamento das doenças 
infecciosas na comunidade
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INFECTIVIDADE
•capacidade de alojamento e multiplicação no organismo do hospedeiro
•número mínimo de partículas infecciosas que são necessárias para produzir 
uma infecção (dose infectante mínima - pode variar muito de um hospedeiro 
para outro e dentro de uma mesma espécie)
•Ex.: exposição ao HIV (com uma agulha contaminada): probabilidade de infecção é 
de aproximadamente 4 em 1.000; 
•Ex.: Exposição ao VHB: probabilidade infecção de 1 em 7. 
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• PATOGENICIDADE: é a capacidade de um agente infeccioso de produzir 
doença em pessoas infectadas.
• Depende: 
 a rapidez e o grau do dano tecidual causado pela multiplicação do agente 
Possibilidade do agente produzir uma toxina específica
 Ex.: AIDS e varicela: agentes altamente patogênicos - praticamente cada 
infecção em um indivíduo suscetível resulta em doença 
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VIRULÊNCIA 
•é a capacidade do agente infeccioso de produzir casos graves ou fatais. 
LETALIDADE
•número de casos fatais em proporção ao número total de casos aparentes 
(usualmente os diagnosticados) NO MESMO PERÍODO (capacidade do 
agente infeccioso de produzir casos fatais). 
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• RESISTÊNCIA ÀS CONDIÇÕES DO MEIO: capacidade de sobreviver
nas condições do meio ambiente,
Ex.: HIV e Hepatite B.
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INÓCULO OU DOSE INFECTANTE
QUANTIDADE do agente que penetra no novo hospedeiro suscetível. 
•Quanto maior o inóculo, maior a gravidade da doença e, geralmente, 
menor o período de incubação.
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PORTADOR
• Indivíduo não apresenta sintomas clinicamente reconhecíveis de 
uma determinada doença transmissível ao ser examinado, mas que 
está albergando e ELIMINANDO o agente etiológicorespectivo.
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PORTADOR
• APRESENTAM sintomas (INFECÇÃO APARENTE OU CLÍNICA), 
podendo ser também de duração e grau variáveis
• Indivíduos que NÃO apresentam sintomas, nem sinais clínicos no curso 
da infecção (INFECÇÃO INAPARENTE OU SUBCLÍNICA) 
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PORTADOR ASSINTOMÁTICO:
• Presença de um agente infeccioso em um hospedeiro SEM QUE 
APAREÇAM SINAIS OU SINTOMAS CLÍNICOS MANIFESTOS (sadio). 
• Identificados apenas por MÉTODOS DE LABORATÓRIO ou pela 
manifestação de reatividade positiva nos testes cutâneos específicos 
(sinônimo: INFECÇÃO SUBCLÍNICA, ASSINTOMÁTICA OU OCULTA). 
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PORTADOR ASSINTOMÁTICO:
•portador em incubação (durante o período de incubação)
•portador convalescente. 
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VIA DE ELIMINAÇÃO OU DE SAÍDA DO AGENTE
•Caminho pelo qual um agente infeccioso deixa seu hospedeiro 
• Respiratórias: doenças de maior difusão e de controle mais difícil 
(ex.:tuberculose, influenza, sarampo etc). 
• Genitourinárias: leptospirose, sífilis, AIDS, gonorréia e outras doenças de 
transmissão sexual. 
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
• Isolamento: segregação de um caso clínico do convívio das outras pessoas 
durante o período de transmissibilidade, a fim de evitar que os suscetíveis 
sejam infectados (ser domiciliar ou hospitalar) 
MEDIDAS DE PROFILAXIA E CONTROLE
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
MEDIDAS DE PROFILAXIA E CONTROLE
• Quarentena: isolamento de indivíduos ou animais sadios pelo período 
máximo de incubação da doença, contado a partir da data do último contato 
com um caso clínico ou portador, ou da data em que esse comunicante 
sadio abandonou o local em que se encontrava a fonte de infecção. 
• Evitar o contato com indivíduos não expostos
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Tecnologias de Combate
A ciência e a tecnologia são nossas aliadas na luta contra as doenças 
transmissíveis. Os avanços nos ajudam a diagnosticar, prevenir e tratar!
Diagnóstico Rápido
Alerta Precoce
IA na Epidemiologia
Vacinas e Tratamentos
CONTROLE, ELIMINAÇÃO E ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS
• ERRADICAÇÃO: é uma forma radical de controle
Eliminação dos casos e das causas da doença, em especial, do agente. 
a erradicação de uma doença adquire seu real significado quando 
alcançada numa escala mundial. 
exemplo, embora a poliomielite tenha sido “erradicada” das Américas, a 
eventual importação de casos das zonas infectadas pode comprometer a 
erradicação.
objetivo raramente atingido.
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
• ELIMINAÇÃO:
atingida quando cessa sua transmissão em extensa área geográfica, 
persistindo, no entanto, o risco de sua reintrodução, seja por falha na 
utilização dos instrumentos de vigilância ou controle, seja pela modificação 
do comportamento do agente ou vetor.
CONTROLE, ELIMINAÇÃO E ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
ELIMINAÇÃO:
• não existem casos de doença, embora persistam as causas que podem 
potencialmente produzi-la. 
• Ex.: em zonas urbanas infestadas pelo Aedes aegypti, mesmo na ausência 
da circulação do vírus da febre amarela ou da dengue, a simples presença 
do vetor constitui um risco potencial para a eventual ocorrência de casos. 
CONTROLE, ELIMINAÇÃO E ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Desafios Contemporâneos
O mundo enfrenta novos desafios no combate às doenças 
transmissíveis. É preciso estar preparado para as ameaças emergentes!
Resistência Antimicrobiana
Pandemias Globais
Mutações de Patógenos
Saúde Pública no Século XXI
Conclusão
Chegamos ao fim da nossa aula! Recapitulando, lembrem-se do "DA-VI-CA": Doença, Agente, Via, Cadeia, Ação Preventiva.
O conhecimento é a nossa principal ferramenta na promoção da saúde pública. Juntos, podemos construir um futuro mais seguro e saudável 
para todos!
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Doença
Agente Via
Cadeia
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Escape Room 
Epidemiológico: Caçadores 
de Surto
Engaje os alunos com este jogo. Usem os conceitos 
aprendidos para solucionar um caso de doença 
transmissível. Resolvam o quebra-cabeça e interrompam a 
cadeia de transmissão.
por Aline Fernanda de Almeida Chaves
🧩 Enigma 1 – Sintomas 
misteriosos
Três pacientes chegam com febre alta, exantema maculopapular, tosse 
seca e manchas de Koplik. Dois são estudantes não vacinados.
Qual a provável doença?
Qual é o agente etiológico?
🔎 Enigma 1 – Resposta
Doença provável:
Sarampo.
Agente etiológico:
Morbillivirus (Paramyxoviridae).
Raciocínio:
Exantema maculopapular, febre, tosse e conjuntivite 
são indicativos. Manchas de Koplik são 
patognomônicas. Falta de vacinação reforça a 
suspeita.
🔗 Enigma 2 – Cadeia da 
doença
Monte a cadeia epidemiológica do caso.
Qual a fonte de 
infecção?
Qual a via de 
transmissão?
Quem é o hospedeiro suscetível?
🔗 Enigma 2 – Resposta
Fonte:
Pessoa infectada.
Via:
Transmissão direta – 
gotículas/aerossóis.
Hospedeiro:
Indivíduos não vacinados.
🛡 Enigma 3 – Medidas
Escola funcionando, apenas 70% vacinados. Quais medidas imediatas 
devem ser tomadas para conter o surto?
Medidas imediatas?
Tipo de isolamento?
Ação com contatos?
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🛡 Enigma 3 – Resposta
Medidas:
• Afastamento dos casos suspeitos
• Verificação da vacinação
• Vacinação de bloqueio
• Orientação
Isolamento:
Respiratório (gotículas).
Contatos:
• Vacinar não vacinados
• Monitorar sintomas
• Orientar sinais de alerta
Enigma 4 – Notificação
Você é o RT da unidade de saúde. O surto chegou ao sistema de vigilância. O que você faz?
É de notificação 
compulsória?
Em quanto tempo? Que órgão recebe a 
notificação?
📋 Enigma 4 – Resposta
SIM!
Notificação 
compulsória 
imediata.
Imediatamente
Após suspeita.
Vigilância
Epidemiológica 
Municipal.
🎉 Missão Cumprida!
Parabéns, agentes da saúde pública! Vocês salvaram Farmaville! Identificaram o vírus, reconheceram a cadeia, 
aplicaram as medidas. A sala está livre do surto!