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A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL. Página 1 
 
A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL NO DESENVOLVIMENTO 
INTEGRAL DOS ESTUDANTES: ESTRATÉGIAS PARA O SÉCULO XXI. 
 
Giane Demo 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
Sandro Garabed Ischkanian 
Silvana Nascimento de Carvalho 
A educação socioemocional vem ganhando relevância no cenário educacional contemporâneo, 
consolidando-se como um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento integral dos 
estudantes. Muito além do domínio de conteúdos acadêmicos, a formação plena do sujeito exige a 
construção de competências emocionais, sociais e éticas, que o capacitem a lidar com os desafios 
da vida pessoal, escolar e profissional de forma consciente, empática e responsável. Nesse sentido, 
diversas pesquisas destacam que a educação socioemocional contribui significativamente para o 
bem-estar, a saúde mental, o engajamento escolar e a formação cidadã dos estudantes, tornando-se 
indispensável em uma proposta educacional voltada para o século XXI (Brilhante et al., 2024; 
Rezende et al., 2024). Estudos demonstram que a implementação sistemática de programas e 
estratégias socioemocionais nas escolas favorece o aprimoramento das relações interpessoais, a 
redução de conflitos e comportamentos violentos, além do fortalecimento da autoestima, da 
resiliência e do autocontrole dos alunos (Sá; Lima, 2025; Dias et al., 2024). Essas habilidades são 
essenciais para o sucesso acadêmico e social, pois capacitam os estudantes a enfrentar frustrações, 
persistir diante de dificuldades e cooperar com os colegas e professores em contextos diversos. O 
trabalho dos docentes, nesse processo, é central. Segundo Dias et al. (2024), os professores são 
agentes mediadores do desenvolvimento socioemocional, e por isso necessitam de formação 
específica e contínua para planejar intervenções pedagógicas eficazes e sensíveis às necessidades 
emocionais dos alunos. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) brasileira já reconhece a 
importância das competências socioemocionais como parte indissociável da formação dos 
estudantes, propondo sua integração às áreas do conhecimento de forma transversal (Carneiro; 
Pinho, 2025). No entanto, essa proposta ainda enfrenta desafios concretos de implementação, que 
envolvem desde a ausência de políticas públicas mais consistentes até a resistência cultural de 
modelos tradicionais de ensino. A superação desses obstáculos demanda investimento em 
formação docente, desenvolvimento de materiais pedagógicos, adaptação do currículo e 
construção de um clima escolar acolhedor e democrático. As metodologias ativas e o uso crítico 
de tecnologias educacionais são apontados por Malta et al. (2024) como recursos potentes para o 
desenvolvimento das competências socioemocionais. Por meio de projetos interdisciplinares, 
dinâmicas colaborativas, debates e simulações, os estudantes vivenciam situações de 
aprendizagem significativas, que os desafiam a refletir sobre seus sentimentos, atitudes e decisões 
em contextos reais e simbólicos. Tais abordagens promovem o protagonismo juvenil, fortalecem o 
vínculo com a escola e estimulam a autorregulação emocional. A educação socioemocional deve 
ser compreendida como uma dimensão essencial da prática pedagógica contemporânea, capaz de 
promover não apenas melhores resultados acadêmicos, mas, sobretudo, a formação de sujeitos 
mais empáticos, resilientes e socialmente responsáveis. Como defendem Barbosa et al. (2024), a 
construção de uma escola verdadeiramente inclusiva e transformadora exige a valorização da 
dimensão humana da educação, articulando razão e emoção, conhecimento e sensibilidade. 
Investir em estratégias socioemocionais, assim, é investir na construção de um futuro mais justo, 
solidário e equilibrado para todos. 
Palavras-chave: Educação socioemocional; desenvolvimento integral; competências emocionais; 
BNCC; Estratégias pedagógicas. 
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THE INFLUENCE OF SOCIO-EMOTIONAL EDUCATION ON THE HOLISTIC 
DEVELOPMENT OF STUDENTS: STRATEGIES FOR THE 21ST CENTURY. 
Giane Demo 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
Sandro Garabed Ischkanian 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Socio-emotional education has been gaining increasing relevance in the contemporary educational 
landscape, establishing itself as one of the fundamental pillars for the holistic development of 
students. Beyond the mastery of academic content, the full formation of individuals requires the 
development of emotional, social, and ethical competencies, enabling them to deal with the 
challenges of personal, academic, and professional life in a conscious, empathetic, and responsible 
manner. In this sense, several studies highlight that socio-emotional education significantly 
contributes to students' well-being, mental health, school engagement, and civic development, 
making it indispensable for any educational proposal aimed at the 21st century (Brilhante et al., 
2024; Rezende et al., 2024). Research has shown that the systematic implementation of socio-
emotional programs and strategies in schools fosters the improvement of interpersonal 
relationships, reduces conflict and violent behaviors, and strengthens students’ self-esteem, 
resilience, and self-control (Sá & Lima, 2025; Dias et al., 2024). These skills are essential for both 
academic and social success, as they prepare students to cope with frustration, persist in the face 
of adversity, and collaborate effectively with peers and teachers in various contexts. Teachers play 
a central role in this process. According to Dias et al. (2024), educators are mediators in the 
development of socio-emotional competencies and therefore require specific and ongoing training 
to design pedagogical interventions that are effective and responsive to students' emotional needs. 
The Brazilian National Common Curricular Base (BNCC) already recognizes the importance of 
socio-emotional competencies as an inseparable part of student development, advocating for their 
transversal integration across all areas of knowledge (Carneiro & Pinho, 2025). However, this 
proposal still faces concrete implementation challenges, ranging from the lack of consistent public 
policies to cultural resistance stemming from traditional teaching models. Overcoming these 
obstacles requires investment in teacher training, the development of pedagogical materials, 
curriculum adaptation, and the creation of a welcoming and democratic school environment. 
Active methodologies and the critical use of educational technologies are identified by Malta et al. 
(2024) as powerful tools for fostering socio-emotional skills. Through interdisciplinary projects, 
collaborative dynamics, debates, and simulations, students engage in meaningful learning 
experiences that challenge them to reflect on their emotions, behaviors, and decision-making 
processes in both real and symbolic contexts. These approaches encourage student agency, 
strengthen their connection with the school, and stimulate emotional self-regulation. Socio-
emotional education should thus be understood as an essential dimension of contemporary 
pedagogical practice. It is capable of promoting not only improved academic outcomes but, above 
all, the development of more empathetic, resilient, and socially responsible individuals. As 
Barbosa et al. (2024) affirm, the construction of a truly inclusive and transformative school 
requires valuing the human dimension of education, integrating reason and emotion, knowledge 
and sensitivity. Investing in socio-emotional strategies, therefore, means investing in building a 
more just, compassionate, and balanced future for all. 
Keywords: Socio-emotional education; holistic development;emotional competencies; BNCC; 
pedagogical strategies. 
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LA INFLUENCIA DE LA EDUCACIÓN SOCIOEMOCIONAL EN EL DESARROLLO 
INTEGRAL DE LOS ESTUDIANTES: ESTRATEGIAS PARA EL SIGLO XXI. 
Giane Demo 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
Sandro Garabed Ischkanian 
Silvana Nascimento de Carvalho 
La educación socioemocional ha adquirido una importancia creciente en el panorama educativo 
contemporáneo, consolidándose como uno de los pilares fundamentales para el desarrollo integral de 
los estudiantes. Más allá del dominio de los contenidos académicos, la formación plena del individuo 
exige el desarrollo de competencias emocionales, sociales y éticas que le permitan afrontar los desafíos 
de la vida personal, escolar y profesional de manera consciente, empática y responsable. En este 
sentido, diversas investigaciones destacan que la educación socioemocional contribuye 
significativamente al bienestar, la salud mental, la participación escolar y la formación ciudadana de 
los estudiantes, siendo indispensable para una propuesta educativa orientada al siglo XXI (Brilhante et 
al., 2024; Rezende et al., 2024). Los estudios demuestran que la implementación sistemática de 
programas y estrategias socioemocionales en las escuelas favorece la mejora de las relaciones 
interpersonales, la reducción de conflictos y comportamientos violentos, así como el fortalecimiento 
de la autoestima, la resiliencia y el autocontrol de los alumnos (Sá; Lima, 2025; Dias et al., 2024). 
Estas habilidades son esenciales para el éxito académico y social, ya que preparan a los estudiantes 
para enfrentar frustraciones, persistir ante las dificultades y colaborar con compañeros y docentes en 
distintos contextos. El papel del profesorado es central en este proceso. Según Dias et al. (2024), los 
docentes actúan como mediadores en el desarrollo socioemocional, por lo que requieren formación 
específica y continua para diseñar intervenciones pedagógicas eficaces y sensibles a las necesidades 
emocionales de los alumnos. La Base Nacional Común Curricular (BNCC) de Brasil ya reconoce la 
importancia de las competencias socioemocionales como parte inseparable de la formación estudiantil, 
proponiendo su integración transversal en todas las áreas del conocimiento (Carneiro; Pinho, 2025). 
Sin embargo, esta propuesta aún enfrenta desafíos concretos de implementación, que van desde la falta 
de políticas públicas más consistentes hasta la resistencia cultural de modelos tradicionales de 
enseñanza. Superar estos obstáculos exige inversión en la formación docente, el desarrollo de 
materiales pedagógicos, la adaptación del currículo y la construcción de un ambiente escolar acogedor 
y democrático. Las metodologías activas y el uso crítico de las tecnologías educativas son señaladas 
por Malta et al. (2024) como recursos poderosos para el desarrollo de competencias socioemocionales. 
A través de proyectos interdisciplinarios, dinámicas colaborativas, debates y simulaciones, los 
estudiantes participan en experiencias de aprendizaje significativas que los desafían a reflexionar sobre 
sus emociones, actitudes y decisiones en contextos reales y simbólicos. Estas metodologías fomentan 
el protagonismo juvenil, fortalecen el vínculo con la escuela y estimulan la autorregulación emocional. 
Por lo tanto, la educación socioemocional debe entenderse como una dimensión esencial de la práctica 
pedagógica contemporánea, capaz de promover no solo mejores resultados académicos, sino, sobre 
todo, la formación de individuos más empáticos, resilientes y socialmente responsables. Como afirman 
Barbosa et al. (2024), la construcción de una escuela verdaderamente inclusiva y transformadora 
requiere valorar la dimensión humana de la educación, articulando razón y emoción, conocimiento y 
sensibilidad. Invertir en estrategias socioemocionales significa, así, apostar por la construcción de un 
futuro más justo, solidario y equilibrado para todos. 
 
Palabras clave: Educación socioemocional; desarrollo integral; competencias emocionales; 
BNCC; estrategias pedagógicas. 
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1. INTRODUÇÃO 
A educação socioemocional assume um papel essencial no desenvolvimento integral dos 
estudantes, pois vai além do aprendizado cognitivo e prepara os jovens para os complexos desafios 
da contemporaneidade. Ao estimular competências como autoconhecimento, autorregulação 
emocional, empatia, pensamento crítico e resolução pacífica de conflitos, essa abordagem 
contribui de maneira decisiva tanto para o êxito acadêmico quanto para a formação de cidadãos 
conscientes, resilientes e colaborativos. Trata-se de uma dimensão da educação que promove não 
apenas o desempenho escolar, mas também o bem-estar psicológico e a convivência harmônica, 
fatores indispensáveis para uma sociedade mais justa e humana. 
Entre os principais benefícios da educação socioemocional, destaca-se a melhoria no 
rendimento acadêmico, pois alunos emocionalmente equilibrados tendem a desenvolver maior 
concentração, persistência diante das dificuldades e capacidade de lidar com a pressão. Além 
disso, o fortalecimento do clima escolar é evidente em instituições que adotam práticas 
socioemocionais, com ambientes mais empáticos, colaborativos e respeitosos, favorecendo o 
vínculo entre professores e estudantes. Outro ganho significativo é a redução de comportamentos 
agressivos e casos de bullying, uma vez que a promoção da empatia e da escuta ativa cria espaços 
de convivência mais seguros. A promoção da saúde mental também é um resultado importante, 
contribuindo para o fortalecimento da autoestima, da autoconfiança e da resiliência emocional dos 
alunos. Essa formação prepara os estudantes para os diversos papéis sociais e profissionais que 
desempenharão ao longo da vida, oferecendo-lhes habilidades essenciais para a tomada de 
decisões conscientes e éticas no mundo adulto. 
Para que a educação socioemocional cumpra plenamente seu propósito, é necessário 
investir em estratégias eficazes e adaptadas à realidade do século XXI. A primeira delas é a 
integração transversal ao currículo escolar, garantindo que os princípios socioemocionais estejam 
presentes em todas as áreas do conhecimento, e não limitados a uma disciplina específica. Outro 
ponto crucial é a formação continuada dos professores, que precisam estar preparados para atuar 
como mediadores do desenvolvimento emocional, além de estarem aptos a lidar com as emoções 
dos alunos e com os desafios de sala de aula. A parceria com as famílias também se mostra 
indispensável, pois o fortalecimento da relação escola-família potencializa os resultados, 
assegurando que os valores ensinados na escola sejam também vivenciados em casa. Além disso, é 
fundamental investir na criação de ambientes escolares seguros e afetivos, nos quais os estudantes 
se sintam acolhidos, respeitados e encorajados a expressar suas emoções livremente. Por fim, a 
adoção de metodologias ativas, como projetos interdisciplinares, dinâmicas em grupo e práticas 
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colaborativas, favorece a internalização dos aprendizados socioemocionais de maneira prática e 
significativa. 
Ao reconhecer a educação socioemocional como um dos pilares da formação humana no 
século XXI, ampliamos a compreensão de que aprender vai muito além de memorizar conteúdos: 
é também desenvolver a capacidade de conviver, dialogar, enfrentar adversidades e construir 
relações éticas e empáticas com o outro. A escola que valoriza essa dimensão oferece aos seus 
alunos as ferramentas necessárias para que sejam protagonistas de suas trajetórias, conscientes de 
suas emoções, respeitosos com as diferenças e preparados para tomar decisões responsáveis diante 
de um mundocada vez mais interdependente e complexo. 
Investir em educação socioemocional é investir em uma educação mais completa, que 
abraça a diversidade, promove a inclusão, estimula a aprendizagem significativa e fortalece as 
bases para uma sociedade mais solidária e equilibrada. Ao aliar a formação intelectual à 
emocional, criamos condições para que os alunos se tornem não apenas profissionais competentes, 
mas também seres humanos íntegros, preparados para transformar o mundo com sensibilidade, 
responsabilidade e consciência. 
2. DESENVOLVIMENTO 
Investir em educação socioemocional é investir em uma educação mais completa, capaz 
de ir além da mera transmissão de conteúdos e de responder às reais demandas do século XXI. Em 
um mundo cada vez mais complexo, interconectado e repleto de desafios emocionais, sociais e 
éticos, a formação dos estudantes precisa ser integral. Isso significa incluir, com intencionalidade, 
o desenvolvimento de habilidades como empatia, autorregulação, comunicação não violenta, 
colaboração e tomada de decisões responsáveis. Ao trabalhar essas competências desde os 
primeiros anos escolares, as instituições de ensino contribuem não apenas para o sucesso 
acadêmico, mas para a construção de cidadãos mais conscientes, resilientes e preparados para 
conviver em sociedade de maneira saudável e respeitosa. 
A educação socioemocional desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão 
e da equidade dentro da escola. Ao valorizar a escuta ativa, o respeito às diferenças e o 
acolhimento das emoções, ela favorece a construção de ambientes escolares mais seguros, 
colaborativos e emocionalmente positivos. Isso é essencial para estudantes que enfrentam 
vulnerabilidades sociais, dificuldades emocionais ou deficiências, pois cria um espaço onde todos 
se sentem pertencentes, compreendidos e respeitados. A inclusão, portanto, não se limita a 
aspectos físicos ou curriculares, mas se expande para o campo das emoções e das relações 
humanas, sendo a educação socioemocional um instrumento poderoso nessa construção. 
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Estudantes que desenvolvem suas competências socioemocionais tendem a se engajar 
mais nas atividades escolares, a persistir diante de desafios e a ter mais autonomia e motivação 
para aprender. O vínculo afetivo com os professores e colegas, bem como o reconhecimento de 
seus próprios sentimentos e limites, contribui para um processo de ensino-aprendizagem mais 
humanizado, no qual o estudante é protagonista de seu percurso formativo. Aprender, nesse 
contexto, deixa de ser uma obrigação e passa a ser um processo prazeroso, com sentido e 
propósito, reforçado pelo apoio emocional oferecido pela escola. 
No cenário atual, marcado por índices alarmantes de ansiedade, depressão e conflitos 
interpessoais entre jovens, fortalecer as bases emocionais dos alunos é uma medida urgente. A 
escola precisa ser, cada vez mais, um espaço de escuta, acolhimento e desenvolvimento 
emocional. A presença de programas de educação socioemocional sistematizados, integrados ao 
currículo e aplicados com metodologias ativas, pode contribuir significativamente para a 
prevenção de problemas de saúde mental, para a redução da evasão escolar e para a promoção do 
bem-estar geral dos estudantes. Cuidar das emoções é, portanto, cuidar da aprendizagem, da 
convivência e da saúde. 
A formação intelectual isolada não é mais suficiente para garantir o sucesso no mundo 
profissional. O mercado de trabalho valoriza, cada vez mais, profissionais que saibam trabalhar 
em equipe, comunicar-se com empatia, adaptar-se a mudanças, lidar com pressões e tomar 
decisões éticas. Essas são competências essencialmente socioemocionais. Assim, ao integrar essas 
habilidades à formação escolar, estamos preparando nossos estudantes para a vida como um todo – 
não apenas para ingressar em uma profissão, mas para exercer uma cidadania ativa, ética e 
transformadora em todos os espaços sociais em que atuarem. 
Ao aliar a formação intelectual à emocional, criamos condições para que os alunos se 
tornem não apenas profissionais competentes, mas também seres humanos íntegros, preparados 
para transformar o mundo com sensibilidade, responsabilidade e consciência. 
A educação socioemocional, quando bem conduzida, impacta positivamente toda a 
comunidade escolar: professores mais empáticos, famílias mais engajadas e alunos mais felizes e 
realizados. Ela representa um passo fundamental na construção de uma sociedade mais justa, 
solidária e equilibrada, onde o conhecimento e a emoção caminham juntos para formar indivíduos 
mais humanos, sensíveis às necessidades do outro e comprometidos com o bem coletivo. 
Giane Demo (2025), destaca que a educação socioemocional deve ser compreendida 
como um processo contínuo e intencional que permite ao estudante desenvolver habilidades 
essenciais para a vida em sociedade, como a empatia, a escuta ativa e o autocontrole, sendo 
indispensável que a escola contemporânea promova ambientes em que o aluno se sinta acolhido, 
respeitado em sua individualidade e incentivado a refletir sobre suas emoções e atitudes, como 
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ocorre, por exemplo, em programas escolares que incluem atividades semanais de autorreflexão e 
projetos voltados para a convivência ética e o respeito mútuo, contribuindo assim para uma 
formação integral baseada na autonomia e na responsabilidade social. 
Simone Helen Drumond Ischkanian (2025), ressalta a importância de integrar a dimensão 
emocional à formação intelectual, considerando que o verdadeiro aprendizado acontece quando o 
estudante se sente emocionalmente seguro, valorizado e motivado a participar do processo de 
construção do conhecimento, o que exige do educador uma postura sensível, aberta ao diálogo e 
atenta às necessidades emocionais da turma, como se observa em experiências escolares que 
utilizam metodologias ativas e rodas de conversa para promover a empatia, a solidariedade e o 
trabalho colaborativo, demonstrando que o desenvolvimento emocional impacta diretamente na 
aprendizagem e no bem-estar dos alunos. 
Para Gladys Nogueira Cabral (2025), investir em estratégias socioemocionais é um 
caminho eficaz para transformar a escola em um espaço mais inclusivo, democrático e 
humanizado, onde os estudantes não apenas adquirem conhecimento acadêmico, mas também 
aprendem a lidar com frustrações, tomar decisões conscientes e estabelecer relações respeitosas, 
como é o caso de instituições que adotam a pedagogia da presença e o cuidado com o outro como 
práticas permanentes no cotidiano escolar, favorecendo a formação de indivíduos resilientes, 
preparados para atuar de forma ética e colaborativa na sociedade do século XXI. 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos (2025), argumenta que o desenvolvimento das 
competências socioemocionais deve estar presente desde a primeira infância, pois é nesse período 
que se constroem as bases da identidade emocional, da autorregulação e das relações interpessoais, 
sendo essencial que professores da educação infantil sejam capacitados para mediar situações de 
conflito, estimular a expressão emocional e valorizar as experiências afetivas dos alunos, como 
ocorre em práticas pedagógicas que envolvem contação de histórias, dramatizações e jogos 
cooperativos, os quais favorecem o desenvolvimento do autoconceito positivo e do respeito às 
diferenças desde os primeiros anos escolares. 
Gabriel Nascimento de Carvalho (2025), enfatiza que a articulação entre educação 
socioemocional e tecnologia, quando feita de forma crítica e consciente, pode ampliar as 
possibilidades de aprendizagem e engajamento dos estudantes, especialmente por meio de 
plataformas interativas, aplicativos de meditação e projetos colaborativos online, que incentivam a 
reflexão sobre as emoções e promovem a construção de vínculos afetivos, mesmo emambientes 
digitais, como se observa em escolas que adotam ambientes virtuais gamificados para promover a 
empatia, o diálogo e a cooperação entre os alunos, utilizando recursos tecnológicos como aliados 
no desenvolvimento humano e social. 
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Sandro Garabed Ischkanian (2025), defende que a formação continuada dos professores 
em competências socioemocionais é uma condição indispensável para que a escola consiga 
cumprir seu papel de formar cidadãos completos, pois o educador precisa não apenas dominar 
conteúdos acadêmicos, mas também ser capaz de mediar conflitos, acolher emoções e desenvolver 
práticas pedagógicas que estimulem a convivência respeitosa, como ocorre em formações que 
abordam temas como comunicação não violenta, escuta ativa e inteligência emocional, tornando o 
professor um modelo de equilíbrio emocional e favorecendo a criação de ambientes de 
aprendizagem mais saudáveis e produtivos. 
Silvana Nascimento de Carvalho (2025), considera que a educação socioemocional, ao 
promover o autoconhecimento e a consciência das emoções, contribui decisivamente para o 
fortalecimento da autoestima e da identidade dos estudantes, permitindo que eles se tornem 
protagonistas de sua própria história e agentes transformadores da realidade, como pode ser 
observado em projetos pedagógicos que envolvem diários emocionais, exposições artísticas e 
oficinas de sentimentos, nos quais os alunos compartilham experiências, desenvolvem a empatia e 
constroem uma visão mais humana e solidária do mundo, consolidando uma aprendizagem que 
integra razão e emoção de forma harmônica e significativa. 
2.1. A EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL COMO BASE PARA O DESENVOLVIMENTO 
INTEGRAL 
A educação socioemocional se configura como um elemento fundamental para o 
desenvolvimento integral dos estudantes, pois vai além do simples aprendizado de conteúdos 
acadêmicos, promovendo o fortalecimento das dimensões emocional, social, cognitiva e ética do 
indivíduo. De acordo com Barbosa et al. (2024, p. e5166), no contexto da educação especial 
inclusiva, as tendências pedagógicas atuais ressaltam a importância de práticas que valorizem a 
diversidade e promovam a inclusão, criando condições para que todos os alunos, 
independentemente de suas particularidades, desenvolvam competências socioemocionais que os 
tornem sujeitos mais equilibrados e preparados para a vida em sociedade. Nesse sentido, a 
formação integral não pode prescindir do cultivo da empatia, da resiliência e do autocontrole, 
habilidades que são essenciais para que o estudante enfrente os desafios pessoais e coletivos de 
maneira consciente e responsável. 
Brilhante et al. (2024, p. 7-21) também destacam que a educação socioemocional impacta 
diretamente no crescimento global das crianças, ao possibilitar que elas reconheçam e gerenciem 
suas emoções, estabeleçam relações interpessoais saudáveis e adotem posturas éticas e solidárias. 
Este desenvolvimento ampliado contribui para a formação de indivíduos capazes de dialogar com 
o mundo ao seu redor, exercendo a cidadania de forma ativa e participativa. A construção de 
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sujeitos emocionalmente inteligentes reflete-se não apenas no ambiente escolar, mas também nas 
interações familiares e comunitárias, consolidando uma base sólida para a aprendizagem 
significativa e para o exercício da convivência democrática. 
A educação socioemocional atua como um mecanismo preventivo contra problemas 
como a violência, o bullying e o isolamento social, pois ao estimular o autoconhecimento e a 
empatia, ela promove um clima escolar mais positivo e colaborativo. Barbosa et al. (2024, p. 
e5166) ressaltam que a promoção desses valores é especialmente relevante na educação especial 
inclusiva, onde a valorização das diferenças e a garantia de direitos se entrelaçam para construir 
espaços educativos mais justos e acolhedores. Esse ambiente, por sua vez, potencializa o 
desenvolvimento cognitivo e emocional dos estudantes, tornando-os mais preparados para os 
desafios contemporâneos. 
Brilhante et al. (2024, p. 7-21) complementam que o desenvolvimento integral propiciado 
pela educação socioemocional tem reflexos concretos no desempenho acadêmico, uma vez que 
alunos emocionalmente equilibrados apresentam maior capacidade de concentração, motivação e 
resiliência diante das dificuldades. Esse conjunto de competências favorece a persistência nos 
estudos e a busca por soluções criativas, formando indivíduos com maior autonomia e consciência 
crítica. Assim, a integração da dimensão socioemocional ao currículo escolar não deve ser vista 
como um complemento, mas como um componente central para o sucesso educacional e pessoal 
dos estudantes. 
A promoção da educação socioemocional exige uma atuação conjunta de educadores, 
famílias e comunidade, que precisam estar alinhados e comprometidos com a construção de uma 
cultura escolar que valorize a dimensão humana do aprendizado. Barbosa et al. (2024, p. e5166) 
enfatizam que superar os desafios históricos e as barreiras culturais na educação especial inclusiva 
depende da implementação de práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento integral e a 
inclusão efetiva. Paralelamente, Brilhante et al. (2024, p. 7-21) apontam que a formação contínua 
dos profissionais da educação é imprescindível para que estes possam mediar processos 
socioemocionais de forma eficaz, garantindo que a escola se torne um espaço de transformação 
social e pessoal para todos os estudantes. 
2.2. O IMPACTO DAS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS NO SUCESSO 
ESCOLAR E NA VIDA 
As competências socioemocionais, que englobam habilidades como autoconhecimento, 
empatia, autorregulação e colaboração, têm um impacto profundo e multifacetado no sucesso 
escolar dos estudantes, assim como em sua capacidade de se relacionar e conviver 
harmoniosamente em sociedade. Carneiro e Pinho (2025, p. 458-480) destacam que essas 
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competências, integradas de forma transversal na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), não 
são apenas complementares ao conteúdo acadêmico, mas essenciais para que os alunos possam 
desenvolver uma postura ativa, crítica e ética diante dos desafios do século XXI, seja no ambiente 
escolar ou na vida cotidiana. Quando um estudante entende suas próprias emoções e limitações, é 
capaz de se autorregular, estabelecer metas realistas e se engajar em processos de aprendizagem 
com maior autonomia, o que reflete diretamente na melhoria do rendimento escolar. 
O desenvolvimento da empatia e da capacidade de colaboração favorece a construção de 
um ambiente escolar mais harmonioso e produtivo, onde conflitos são minimizados e as relações 
interpessoais são fortalecidas. Dias et al. (2024, p. 7808-7822) afirmam que o papel dos 
professores é fundamental nesse processo, pois são eles os mediadores que incentivam e orientam 
a prática dessas habilidades no dia a dia da sala de aula. Por meio de estratégias pedagógicas que 
promovam o diálogo, o respeito mútuo e o trabalho em equipe, os educadores contribuem para que 
os alunos aprendam não apenas conteúdos acadêmicos, mas também valores e atitudes que são 
indispensáveis para uma convivência social saudável. 
O impacto dessas competências vai além do contexto escolar, pois prepara os estudantes 
para lidar com as complexidades e exigências da vida adulta, que demandam flexibilidade 
emocional, resiliência diante das adversidades e a capacidade de se relacionar positivamente com 
pessoas de diferentes origens e perspectivas. Carneiro e Pinho (2025, p. 458-480) explicam que a 
educação que promove as competências socioemocionais contribui para formar cidadãos 
conscientes, capazes de participar ativamente da sociedade, de resolver conflitos de maneira 
pacífica e de colaborar para a construção de comunidades maisjustas e solidárias. Essa preparação 
integral é imprescindível em uma época marcada por rápidas transformações sociais, econômicas e 
tecnológicas. 
O desenvolvimento socioemocional também tem efeitos comprovados no comportamento 
dos estudantes dentro da escola, refletindo em menos episódios de indisciplina, maior 
engajamento nas atividades e melhor relacionamento com colegas e professores. Conforme 
apontam Dias et al. (2024, p. 7808-7822), ambientes escolares que investem em práticas de 
educação socioemocional tendem a apresentar uma cultura mais positiva, onde os alunos se 
sentem seguros para expressar suas ideias e emoções, o que contribui para o fortalecimento da 
autoestima e da motivação para aprender. Esse clima favorece a aprendizagem significativa, pois 
os estudantes estão emocionalmente preparados para absorver, processar e aplicar o conhecimento 
de forma eficaz. 
A integração das competências socioemocionais no currículo escolar exige um 
compromisso institucional e uma formação continuada dos profissionais da educação, para que 
possam atuar como facilitadores desses processos e garantir que a escola cumpra seu papel de 
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espaço para o desenvolvimento integral do aluno. Carneiro e Pinho (2025, p. 458-480) ressaltam 
que a implementação dessas habilidades deve ser planejada de forma sistemática e alinhada às 
diretrizes educacionais vigentes, promovendo práticas pedagógicas inovadoras que incentivem o 
protagonismo estudantil e o aprendizado colaborativo. Dias et al. (2024, p. 7808-7822) 
complementam que o envolvimento das famílias e da comunidade é igualmente essencial para 
reforçar e ampliar o impacto das competências socioemocionais na formação dos estudantes. 
Assim, fica evidente que as competências socioemocionais assumem um papel 
absolutamente central e indispensável não apenas na promoção do sucesso acadêmico dos 
estudantes, mas também na formação integral de indivíduos que estejam plenamente preparados 
para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais complexo, dinâmico e interconectado, onde 
as relações humanas e profissionais exigem habilidades que vão muito além do conhecimento 
técnico ou científico. Essas competências desenvolvem em cada aluno a capacidade de reconhecer 
e gerir suas próprias emoções, compreender e respeitar as emoções dos outros, estabelecer 
vínculos de cooperação e empatia, e agir de maneira ética e responsável em diferentes contextos, o 
que é fundamental para construir ambientes sociais, escolares e de trabalho mais harmoniosos e 
produtivos. 
Ao promover a resiliência, essas habilidades fortalecem a capacidade dos indivíduos de 
lidar com adversidades, aprender com os erros e persistir diante das dificuldades, características 
essenciais para o sucesso em qualquer área da vida. 
A educação socioemocional não apenas prepara estudantes para serem profissionais 
competentes, mas também cidadãos conscientes e ativos, capazes de contribuir para a construção 
de uma sociedade mais justa, solidária, inclusiva e equilibrada, na qual o respeito à diversidade e a 
valorização da cooperação coletiva sejam pilares fundamentais para o desenvolvimento 
sustentável e o bem-estar comum. Portanto, investir no desenvolvimento dessas competências é 
investir no futuro da humanidade, promovendo uma transformação social profunda e positiva, em 
que o equilíbrio entre razão e emoção, conhecimento e sensibilidade, seja a base para a construção 
de um mundo mais humano, ético e compassivo. 
2.3. O PAPEL DO PROFESSOR E A NECESSIDADE DE FORMAÇÃO CONTINUADA 
O papel do professor na mediação do desenvolvimento socioemocional dos estudantes é 
absolutamente fundamental, uma vez que esses profissionais estão na linha de frente da vivência 
escolar diária e, portanto, são responsáveis por criar ambientes de aprendizagem que promovam 
não apenas o domínio dos conteúdos curriculares, mas também o cuidado com as emoções e o 
bem-estar dos alunos, aspectos imprescindíveis para a formação integral e para o sucesso 
acadêmico e pessoal dos estudantes. Nesse contexto, Malta et al. (2024, p. 44-72) destacam que a 
 A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL. Página 12 
 
adoção de metodologias ativas, aliadas ao uso consciente e crítico das tecnologias educacionais, 
potencializa o desenvolvimento das competências socioemocionais, permitindo que os professores 
conduzam práticas pedagógicas inovadoras que envolvam a participação ativa, a colaboração e a 
reflexão emocional dos alunos. 
Para que essa mediação seja eficaz, é imprescindível que os docentes recebam uma 
formação continuada, especializada e sistemática, que os prepare para identificar as necessidades 
emocionais de seus estudantes e intervir de forma sensível e adequada, promovendo uma 
aprendizagem que integre conhecimento e cuidado emocional. Rezende et al. (2024, p. 63-86) 
reforçam essa necessidade, ressaltando que o investimento na capacitação docente deve incluir o 
desenvolvimento de habilidades para gerir conflitos, estimular a empatia e a resiliência, além de 
favorecer práticas que valorizem a inclusão e o respeito à diversidade. 
A formação continuada dos professores não é apenas uma demanda pedagógica, mas uma 
estratégia essencial para garantir que a educação socioemocional seja efetivamente incorporada ao 
cotidiano escolar, contribuindo para a construção de ambientes mais acolhedores, democráticos e 
capazes de promover o desenvolvimento integral dos alunos. 
Investir na qualificação dos educadores é uma estratégia imprescindível para transformar 
profundamente a qualidade da educação oferecida, pois professores bem preparados têm a 
capacidade de promover ambientes de aprendizagem mais ricos, inclusivos e sensíveis às 
necessidades individuais e coletivas dos alunos. Quando a formação docente é contínua, atualizada 
e direcionada não apenas ao domínio dos conteúdos curriculares, mas também ao desenvolvimento 
das competências socioemocionais, os educadores se tornam agentes capazes de mediar processos 
educacionais que contemplam o crescimento integral dos estudantes, considerando suas emoções, 
relações interpessoais e desafios cotidianos. Essa preparação robusta permite que os professores 
atuem com maior segurança, criatividade e empatia, conseguindo identificar sinais de sofrimento 
emocional, estimular a autoestima e a resiliência, além de incentivar o pensamento crítico e a 
cooperação em sala de aula, aspectos essenciais para formar indivíduos completos e socialmente 
responsáveis. 
A formação continuada dos educadores representa um investimento direto no futuro das 
novas gerações, pois professores qualificados são fundamentais para preparar estudantes que 
consigam enfrentar e superar as complexidades e desafios de um mundo cada vez mais dinâmico, 
globalizado e marcado por mudanças rápidas, incertezas e demandas emocionais. A educação não 
pode mais ser compreendida apenas como a transmissão mecânica de conhecimentos acadêmicos; 
ela deve contemplar a preparação para a vida em sua totalidade, o que inclui o desenvolvimento de 
habilidades socioemocionais que permitam aos alunos lidar com a ansiedade, a frustração, a 
diversidade cultural, os conflitos e a cooperação social. Assim, ao investir na formação dos 
 A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL. Página 13 
 
educadores, a sociedade está promovendo um impacto positivo e duradouro que ultrapassa as 
paredes da escola, contribuindo para a construção de cidadãos mais conscientes, éticos, empáticos 
e resilientes, aptos a agir de forma responsável em múltiplos contextos sociais e profissionais. 
Vale destacar que a qualificação contínua e a capacidade dos professores de incorporarem 
metodologias inovadoras e ativas, que promovem a participação efetiva dos estudantes, a reflexão 
crítica e o protagonismo juvenil, essenciais para o desenvolvimento integral no século XXI, é degrande valia no cotidiano educacional. Quando os educadores são estimulados e apoiados para 
experimentar novas estratégias pedagógicas, como o uso de tecnologias digitais, projetos 
interdisciplinares, dinâmicas de grupo e debates que abordem temas atuais e relevantes, eles 
ampliam o potencial de engajamento e de aprendizagem significativa dos alunos. Essas práticas 
enriquecem o processo educativo ao criar situações de aprendizagem que vão além do conteúdo 
teórico, promovendo a vivência de valores socioemocionais como a empatia, o respeito, a 
colaboração e a autorregulação emocional, que são fundamentais para a construção de ambientes 
escolares democráticos, inclusivos e acolhedores. 
A qualificação dos educadores é um elemento chave para a superação de desigualdades e 
barreiras estruturais presentes no sistema educacional, especialmente em contextos de 
vulnerabilidade social e cultural. Professores capacitados podem atuar com maior sensibilidade e 
eficácia para atender às diversidades presentes na sala de aula, reconhecendo e valorizando as 
diferentes realidades, origens e necessidades dos alunos, e promovendo práticas pedagógicas 
inclusivas que garantam o direito de todos à aprendizagem e à participação plena no ambiente 
escolar. Esse compromisso com a formação docente ajuda a construir uma educação que não 
exclui, que não reproduz preconceitos, e que valoriza a diversidade como um recurso para o 
aprendizado coletivo e para a formação de cidadãos críticos e solidários. 
Investir na qualificação dos educadores também significa fortalecer a valorização da 
profissão docente, promovendo condições de trabalho mais dignas, reconhecimento social e 
oportunidades de crescimento profissional. Professores motivados e valorizados tendem a se 
dedicar com mais empenho, inovação e responsabilidade, impactando diretamente no ambiente 
escolar e na qualidade do ensino. Essa valorização contribui para a retenção dos profissionais na 
carreira e para a formação de equipes pedagógicas mais coesas e colaborativas, capazes de 
desenvolver projetos educacionais que atendam às demandas do século XXI. Dessa forma, o 
investimento na qualificação dos educadores se configura como uma ação estratégica que 
beneficia toda a comunidade escolar e, em última análise, toda a sociedade, ao preparar cidadãos 
mais preparados, conscientes e comprometidos com a construção de um futuro mais justo, 
equilibrado e humano. 
 A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL. Página 14 
 
 
2.4. DESAFIOS E CAMINHOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO NAS ESCOLAS 
A incorporação efetiva da educação socioemocional no currículo escolar enfrenta uma 
série de desafios práticos que dificultam sua plena implementação, destacando-se entre eles a 
resistência cultural e institucional às mudanças pedagógicas, que muitas vezes estão enraizadas em 
modelos tradicionais de ensino voltados exclusivamente para o conteúdo acadêmico, sem 
considerar a dimensão emocional e social dos estudantes. Essa resistência pode manifestar-se tanto 
entre gestores escolares quanto entre educadores, que, por falta de preparo ou compreensão, 
podem não perceber a relevância das competências socioemocionais para o desenvolvimento 
integral dos alunos. Além disso, há um desafio significativo relacionado à ausência de políticas 
públicas consistentes e permanentes que garantam recursos, formação e acompanhamento para 
que a educação socioemocional seja incorporada de maneira sistemática e integrada às práticas 
pedagógicas, evitando que essas iniciativas se tornem pontuais ou fragmentadas (Sá; Lima, 2025, 
p. 10). 
O ambiente escolar, por mais que seja fundamental, não pode agir isoladamente, pois o 
desenvolvimento das competências socioemocionais requer a construção de uma rede de suporte 
que envolva professores, gestores, familiares e a comunidade em geral, criando um ambiente 
acolhedor e colaborativo que favoreça o aprendizado e a prática dessas habilidades no dia a dia 
dos estudantes. Essa integração é especialmente importante na primeira infância, quando a base 
emocional e social começa a se consolidar, e o envolvimento da família se torna um fator 
determinante para a eficácia das ações socioemocionais promovidas pela escola. A falta desse 
alinhamento pode comprometer os resultados esperados, além de gerar conflitos e desmotivação 
entre os envolvidos (Sá; Lima, 2025, p. 15). 
A carência de formação específica e contínua dos profissionais da educação se apresenta 
como um entrave significativo para a implementação da educação socioemocional nas escolas. 
Professores que não recebem capacitação adequada enfrentam dificuldades para identificar e 
trabalhar as necessidades emocionais dos alunos, assim como para planejar e aplicar intervenções 
pedagógicas que integrem de forma harmônica o desenvolvimento socioemocional com os 
conteúdos acadêmicos. Essa lacuna formativa compromete a qualidade do ensino e a efetividade 
das práticas, reforçando a urgência de investimentos em programas de formação que preparem os 
educadores para lidar com a complexidade das demandas socioemocionais dos estudantes, além de 
proporcionar suporte psicológico e pedagógico contínuo para que possam desempenhar esse papel 
com confiança e competência (Sá; Lima, 2025, p. 22). 
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Muitas vezes, os currículos escolares permanecem rígidos e excessivamente centrados em 
conteúdos tradicionais, priorizando disciplinas acadêmicas específicas como matemática, língua 
portuguesa, ciências e história, o que acaba por restringir significativamente o espaço destinado a 
atividades que promovam o desenvolvimento emocional e social dos alunos, aspectos 
fundamentais para a formação integral e equilibrada do estudante. Essa estrutura curricular rígida 
limita não apenas a inclusão de práticas pedagógicas inovadoras, mas também reduz a 
possibilidade de os educadores explorarem metodologias que estimulem competências 
socioemocionais, como o trabalho em grupo, a resolução de conflitos, o diálogo empático e a 
autorregulação emocional, essenciais para o desenvolvimento das habilidades necessárias no 
mundo contemporâneo. 
A ênfase exagerada no ensino tradicional pode gerar um ambiente escolar marcado pela 
pressão excessiva por resultados acadêmicos quantitativos, deixando de lado a importância do 
bem-estar emocional dos alunos e sua capacidade de lidar com desafios interpessoais, o que pode 
afetar negativamente sua motivação, autoestima e engajamento. 
A falta de flexibilidade curricular, portanto, dificulta a integração entre o aprendizado 
cognitivo e socioemocional, elementos que deveriam caminhar lado a lado para garantir uma 
educação mais humana, inclusiva e alinhada às demandas do século XXI. Consequentemente, é 
imprescindível repensar e reformular os currículos de maneira a garantir que o desenvolvimento 
socioemocional ocupe um espaço significativo dentro do processo educativo, favorecendo assim a 
formação de cidadãos mais conscientes, colaborativos e preparados para enfrentar os desafios 
complexos da vida pessoal, acadêmica e profissional. 
A flexibilização curricular, aliada ao uso de metodologias ativas e ao emprego crítico de 
tecnologias educacionais, aparece como uma estratégia eficaz para superar essa barreira, 
permitindo que as competências socioemocionais sejam trabalhadas em conjunto com outras áreas 
do conhecimento, de maneira contextualizada e significativa para os estudantes. No entanto, essa 
transformação demanda planejamento, recursos e comprometimento coletivo, incluindo o 
envolvimento dos gestores escolares para garantir condições adequadas de implementação (Sá; 
Lima, 2025, p. 28). 
A superação dos desafios para a implementação da educação socioemocional nas escolas 
passa pela construção de uma cultura escolar que valorize a dimensão humana da aprendizagem, 
articulando razão e emoção, conhecimento e sensibilidade,conforme defendem Sá e Lima (2025, 
p. 33). Essa cultura implica em reconhecer que o desenvolvimento integral dos estudantes depende 
do equilíbrio entre aspectos cognitivos, emocionais e sociais, e que a escola deve ser um espaço de 
acolhimento, respeito e diálogo, onde os alunos possam desenvolver sua autonomia, empatia e 
responsabilidade social. Para isso, é fundamental que políticas públicas, formação docente, 
 A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL. Página 16 
 
envolvimento familiar e práticas pedagógicas estejam alinhados e comprometidos com essa visão, 
garantindo que a educação socioemocional deixe de ser um complemento opcional para se tornar 
uma parte essencial e estruturante do processo educativo no século XXI. 
2.5. METODOLOGIAS ATIVAS E TECNOLOGIAS COMO ESTRATÉGIAS 
INOVADORAS 
Metodologias ativas e tecnologias digitais configuram-se como estratégias inovadoras e 
eficazes para o desenvolvimento das competências socioemocionais no ambiente escolar, 
proporcionando aos estudantes experiências de aprendizagem que vão muito além do ensino 
tradicional, permitindo que eles se tornem protagonistas do próprio processo educacional. 
Segundo Carneiro e Pinho (2025, p. 458-480), a utilização de projetos interdisciplinares e 
atividades colaborativas favorece a construção coletiva do conhecimento, estimulando habilidades 
como a empatia, a comunicação assertiva e o trabalho em equipe, essenciais para a convivência 
social e para o sucesso acadêmico. Nessas metodologias, os alunos são desafiados a participar 
ativamente, refletir sobre seus sentimentos e atitudes, e resolver problemas reais ou simulados que 
exigem cooperação e criatividade, o que contribui para a autorregulação emocional e para o 
fortalecimento da resiliência. 
Dias et al. (2024, p. 7808-7822) destacam que o papel do professor é fundamental para 
mediar essas experiências, promovendo um ambiente seguro e acolhedor onde os estudantes 
possam expressar suas emoções e opiniões sem medo de julgamento, além de utilizar tecnologias 
digitais de forma crítica e consciente para ampliar as possibilidades de interação e aprendizagem. 
Ferramentas digitais como plataformas de aprendizagem colaborativa, jogos educacionais, fóruns 
de debate e aplicativos de autoconhecimento permitem que os alunos experimentem diferentes 
papéis, assumam responsabilidades e desenvolvam competências socioemocionais em contextos 
diversificados, tanto presenciais quanto virtuais. 
O uso das tecnologias, aliado às metodologias ativas, torna-se um recurso poderoso para a 
personalização do ensino, atendendo às necessidades e ritmos individuais dos alunos e 
promovendo uma educação mais inclusiva e democrática. A interação constante entre pares e com 
o professor, mediada por essas estratégias, potencializa o desenvolvimento da empatia, da escuta 
ativa e da capacidade de resolver conflitos, habilidades imprescindíveis para a vida em sociedade. 
Além disso, o aprendizado ativo promove a motivação e o engajamento dos estudantes, tornando o 
processo educacional mais significativo e alinhado às demandas do século XXI. 
A implementação dessas metodologias exige a formação contínua dos educadores, que 
devem estar preparados para planejar, conduzir e avaliar atividades que integrem os aspectos 
emocionais e sociais ao conteúdo acadêmico, garantindo que o desenvolvimento integral do aluno 
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seja o foco principal. O desafio consiste em superar resistências culturais e estruturais, adaptando 
práticas pedagógicas tradicionais e incorporando inovações que valorizem a dimensão humana da 
educação. 
Giane Demo (2025), destaca que a incorporação de metodologias ativas no processo 
educacional, como a aprendizagem baseada em projetos interdisciplinares que envolvem desafios 
reais da comunidade local, promove não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas também 
habilidades socioemocionais como a empatia e a colaboração, exemplificando, por exemplo, 
atividades em que estudantes criam campanhas digitais para a conscientização ambiental usando 
plataformas tecnológicas que estimulam o trabalho em grupo e a reflexão crítica sobre os impactos 
sociais e ambientais. 
Simone Helen Drumond Ischkanian (2025), argumenta que o uso de jogos digitais 
educativos, combinados com dinâmicas presenciais de debate e resolução de problemas, serve 
como um ambiente propício para a prática do autocontrole emocional e da comunicação eficaz, 
citando como exemplo a implementação de jogos de simulação onde os alunos precisam tomar 
decisões em cenários complexos que envolvem conflitos interpessoais, o que contribui para o 
desenvolvimento da resiliência e da capacidade de negociação, habilidades essenciais para o 
século XXI. 
Gladys Nogueira Cabral (2025), enfatiza que as atividades colaborativas mediadas por 
tecnologias digitais permitem o fortalecimento das relações interpessoais e a construção coletiva 
do conhecimento, ilustrando com projetos que utilizam plataformas online para a criação de 
conteúdos multimídia em grupos, como vídeos e podcasts, que abordam temas de saúde emocional 
e cidadania, promovendo a participação ativa dos estudantes e o exercício da responsabilidade 
social de forma integrada ao currículo. 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos (2025), ressalta que a aplicação de metodologias 
ativas baseadas em problemáticas reais, como a realização de debates virtuais em ambientes 
educacionais digitais sobre temas de ética e diversidade, oferece oportunidades para que os 
estudantes desenvolvam habilidades de escuta ativa, argumentação e respeito às diferenças, ao 
mesmo tempo em que exercitam o autoconhecimento e a autorregulação emocional, tornando a 
aprendizagem mais significativa e contextualizada. 
Gabriel Nascimento de Carvalho (2025), aponta que o uso crítico e reflexivo das 
tecnologias digitais, incluindo redes sociais educacionais e ferramentas colaborativas, pode ser um 
poderoso aliado para o desenvolvimento socioemocional quando utilizado para a criação de 
espaços seguros de expressão e troca, exemplificando projetos em que os alunos desenvolvem 
blogs ou fóruns para compartilhar suas experiências emocionais e promover o apoio mútuo, 
fortalecendo o senso de pertencimento e a empatia dentro da comunidade escolar. 
 A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL. Página 18 
 
Sandro Garabed Ischkanian (2025), destaca que as metodologias ativas, como oficinas 
interativas e simulações em realidade virtual, potencializadas pelo uso das tecnologias 
educacionais, propiciam contextos ricos para o desenvolvimento de competências 
socioemocionais, como o pensamento crítico e a autorregulação, exemplificando a aplicação de 
ambientes virtuais que simulam situações de conflito e colaboração, nos quais os estudantes 
precisam tomar decisões conscientes e refletir sobre as consequências de suas ações em grupos 
diversificados. 
Silvana Nascimento de Carvalho (2025), evidencia que a integração das metodologias 
ativas com o uso de tecnologias digitais não só torna o ensino mais dinâmico e envolvente, mas 
também contribui para a formação integral dos alunos, promovendo habilidades socioemocionais 
como a autoconfiança e a responsabilidade social, citando como exemplo a utilização de 
plataformas gamificadas que incentivam a resolução de desafios em equipe, promovendo o 
protagonismo juvenil e o desenvolvimento da autonomia em ambientes que valorizam a 
diversidade e a inclusão. 
Diante do cenário destacado pelos autores é essencial que as escolas, gestores, 
professores e famílias trabalhem de forma articulada para criar uma cultura escolar que valorize a 
educação socioemocional como parte inseparável do currículo, utilizando metodologias ativas e 
tecnologias digitais como ferramentas para formar cidadãos críticos, solidários e capazes de 
contribuir para uma sociedade mais justa e equilibrada. O processo educativose torna um espaço 
de transformação pessoal e social, onde o desenvolvimento das competências socioemocionais 
prepara os estudantes para os desafios e oportunidades do mundo contemporâneo. 
3. CONCLUSÃO 
A influência da educação socioemocional no desenvolvimento integral dos estudantes 
representa um avanço significativo no campo educacional, uma vez que amplia o conceito 
tradicional de aprendizagem, ultrapassando a mera aquisição de conteúdos acadêmicos para 
englobar o crescimento emocional, social e ético dos indivíduos. Esse processo formativo 
possibilita que os alunos desenvolvam habilidades essenciais para a vida, como o 
autoconhecimento, a empatia, a autorregulação emocional e a cooperação, que são fundamentais 
para que eles possam enfrentar as complexidades do mundo contemporâneo com equilíbrio e 
consciência. Dessa forma, a educação socioemocional não apenas contribui para melhores 
resultados escolares, mas também promove a formação de cidadãos mais críticos, conscientes e 
responsáveis, capazes de atuar de forma construtiva em diferentes contextos sociais. 
A integração de estratégias inovadoras, tais como as metodologias ativas, os projetos 
interdisciplinares, os jogos, os debates e as atividades colaborativas, aliadas ao uso consciente das 
 A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL. Página 19 
 
tecnologias digitais, potencializa o desenvolvimento dessas competências socioemocionais. Ao 
proporcionar ambientes de aprendizagem dinâmicos e interativos, essas abordagens estimulam o 
protagonismo dos estudantes, encorajando-os a refletir sobre suas emoções, atitudes e decisões, 
enquanto desenvolvem a capacidade de trabalhar em equipe e resolver conflitos de maneira 
pacífica. O uso das tecnologias, quando orientado criticamente, amplia ainda mais esse impacto, 
tornando o aprendizado mais atrativo e alinhado com a realidade digital em que os jovens estão 
inseridos, favorecendo a construção de conhecimentos e habilidades para a vida. 
A educação socioemocional tem papel central na promoção da inclusão e na valorização 
da diversidade dentro das escolas, pois reconhece e respeita as diferentes realidades, sentimentos e 
experiências de cada aluno. Ao fortalecer a autoestima, a resiliência e o autocontrole, essa 
abordagem contribui para a redução de comportamentos violentos, bullying e exclusão social, 
criando um ambiente escolar mais acolhedor e democrático. Essa dimensão humanizadora da 
educação é crucial para que todos os estudantes, independentemente de suas condições, possam se 
sentir pertencentes e motivados a participar ativamente do processo educativo, ampliando suas 
possibilidades de sucesso acadêmico e social. 
Investir na formação continuada dos educadores é imprescindível para que eles 
compreendam a importância da integração das competências emocionais ao currículo, planejem 
intervenções pedagógicas adequadas e sejam capazes de identificar e responder às necessidades 
emocionais dos alunos. Quando o docente está capacitado para atuar nesse sentido, o impacto da 
educação socioemocional se potencializa, contribuindo para a construção de uma cultura escolar 
positiva, que valoriza o cuidado, o respeito mútuo e o desenvolvimento integral dos estudantes. 
É igualmente importante destacar os desafios que ainda permeiam a implementação 
efetiva da educação socioemocional nas escolas, como a rigidez dos currículos tradicionais, a falta 
de políticas públicas consistentes e a resistência cultural a mudanças pedagógicas. Superar esses 
obstáculos requer um compromisso conjunto de gestores, educadores, famílias e comunidade, 
além de investimentos em infraestrutura, materiais didáticos e formação docente. A construção de 
um ambiente escolar acolhedor, democrático e inovador, onde a dimensão socioemocional seja 
valorizada, depende de ações articuladas e contínuas que considerem as especificidades de cada 
contexto educacional. 
A educação socioemocional deve ser encarada como um componente indispensável da 
prática pedagógica contemporânea, capaz de promover não só o sucesso acadêmico, mas também 
a formação de indivíduos mais empáticos, resilientes e socialmente responsáveis. Essa abordagem 
prepara os estudantes para os desafios e demandas de um mundo em constante transformação, 
estimulando o desenvolvimento de habilidades que vão além do conhecimento técnico, ampliando 
sua capacidade de agir com sensibilidade e ética diante das diversas situações da vida. Assim, a 
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educação socioemocional contribui para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e 
equilibrada, na qual o potencial humano é valorizado em sua totalidade. 
Investir na educação socioemocional é investir no futuro, garantindo que as escolas se 
tornem espaços onde o aprendizado ocorre de maneira integrada e significativa, e onde os 
estudantes se formem como cidadãos plenos, preparados para transformar positivamente o mundo 
em que vivem. Essa visão amplia o papel da educação, tornando-a uma força poderosa para a 
promoção do bem-estar coletivo, da inclusão social e do desenvolvimento sustentável, alinhada 
aos princípios e desafios do século XXI. Dessa forma, a educação socioemocional é um caminho 
fundamental para a construção de um futuro mais humano, equilibrado e próspero para todos. 
REFERÊNCIAS 
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históricos e oportunidades na contemporaneidade. Cuadernos de Educación y Desarrollo, v. 
16, n. 8, e5166, 2024. 
 
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CARNEIRO, T.; PINHO, A. Competências socioemocionais na base nacional comum 
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MALTA, D. et al. A influência das metodologias ativas e das tecnologias no desenvolvimento 
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REZENDE, G. et al. O impacto da educação socioemocional no desenvolvimento dos alunos. 
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SÁ, L.; LIMA, L. Educação socioemocional na primeira infância. Educação Ciência e Cultura, 
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