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La inclusión de estudiantes con Trastorno del Espectro Autista (TEA) y sordera en los entornos 
escolares y universitarios se ha consolidado como uno de los mayores desafíos contemporáneos 
de la educación. La promoción de prácticas pedagógicas inclusivas y el uso adecuado de 
Tecnologías Asistivas (TA) se han revelado como estrategias fundamentales para garantizar la 
accesibilidad, la equidad y un aprendizaje significativo para estos estudiantes. La 
neurodiversidad, entendida como una forma legítima de diversidad humana, exige que las 
instituciones educativas reformulen sus prácticas pedagógicas, planes de estudio y ambientes 
físicos para acoger diferentes formas de aprender y comunicarse. La legislación brasileña, 
como la Ley Brasileña de Inclusión (Ley nº 13.146/2015), el Decreto nº 7.611/2011 y la Ley nº 
12.764/2012, garantiza el derecho a la atención educativa especializada y al uso de recursos de 
TA. Sin embargo, el cumplimiento efectivo de estas normativas depende de una formación 
docente adecuada y del apoyo institucional. Autores como Bezerra (2020) y Emer (2011) 
señalan que aún existen importantes lagunas en la formación docente respecto al uso de 
tecnologías asistivas y prácticas pedagógicas diferenciadas. La ausencia de profesionales 
especializados y la falta de preparación de las escuelas para adaptarse a las necesidades de los 
estudiantes con TEA y sordera contribuyen a una exclusión velada de estos sujetos. Diversas 
investigaciones destacan el potencial de las tecnologías en el proceso de enseñanza-aprendizaje. 
Estudios de Barbosa (2009) y Bersch & Tonolli (2006) demuestran cómo el uso de software 
específico, juegos digitales y recursos de realidad aumentada pueden fomentar el compromiso, 
la autonomía y el desarrollo de habilidades cognitivas y sociales en estudiantes con TEA. 
Además, la robótica educativa, como discute Campos (2017), surge como una herramienta 
innovadora para promover un aprendizaje activo y colaborativo, con beneficios comprobados 
para estudiantes neurodivergentes. A pesar de estos avances, las prácticas pedagógicas 
tradicionales aún predominan en las aulas, ignorando las necesidades específicas de aprendizaje 
de estos estudiantes. Es urgente repensar los modelos pedagógicos, integrando metodologías 
activas, enseñanza híbrida y recursos accesibles que fomenten la participación efectiva de todos 
los alumnos. La formación continua de docentes, abordada por Hummel (2012) y Galvão Filho 
(2009), es esencial para garantizar una actuación pedagógica crítica, creativa e inclusiva, 
basada en los principios de equidad y respeto a la diversidad. La escuela inclusiva debe ir más 
allá de la mera inserción física de los estudiantes en el ambiente escolar, promoviendo la 
construcción de un espacio democrático donde se valore la singularidad de cada individuo. 
Superar las barreras actitudinales, comunicacionales y pedagógicas es el camino hacia una 
educación verdaderamente inclusiva. El compromiso con la neurodiversidad exige acciones 
interdisciplinares, políticas públicas eficaces, inversión en la formación docente y la ampliación 
del uso de tecnologías asistivas, no como soluciones paliativas, sino como instrumentos de 
transformación educativa y social. 
Palabras clave: Educación inclusiva; Neurodiversidad; Trastorno del Espectro Autista; 
Sordera; Tecnologías asistivas; Prácticas pedagógicas. 
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1. INTRODUÇÃO 
A educação inclusiva, especialmente no que se refere à neurodiversidade, apresenta-se 
como um desafio e uma oportunidade fundamentais para a construção de ambientes escolares e 
universitários mais justos, acolhedores e eficazes. No contexto de estudantes com Transtorno 
do Espectro Autista (TEA) e surdez, torna-se imprescindível o desenvolvimento e a 
implementação de abordagens pedagógicas adaptadas, que considerem suas particularidades e 
promovam sua plena participação no processo educativo. 
A adoção de práticas pedagógicas específicas, como adaptações curriculares, ensino 
estruturado, mediação pedagógica e o uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), 
somadas ao fortalecimento da formação docente, são elementos essenciais para garantir que 
estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e surdez tenham acesso efetivo ao 
conhecimento e à socialização. Essas práticas, fundamentadas na pedagogia da inclusão, visam 
respeitar os diferentes estilos de aprendizagem, promover a autonomia e garantir a equidade no 
ambiente escolar e universitário. 
O ensino estruturado, por exemplo, favorece a previsibilidade e a organização do 
ambiente de aprendizagem, aspectos fundamentais para estudantes com TEA. A mediação 
pedagógica, realizada por professores ou profissionais de apoio capacitados, atua na ponte entre 
os conteúdos escolares e a forma singular como esses alunos os assimilam. Já a CAA constitui-
se como uma ferramenta essencial de expressão para estudantes com déficits severos de 
linguagem verbal, promovendo a interação social, a construção do pensamento e o exercício da 
cidadania (Bezerra, 2020; Emer, 2011). 
Paralelamente, as tecnologias assistivas desempenham um papel crucial no apoio ao 
processo de ensino-aprendizagem. Softwares educativos, aplicativos adaptados, recursos 
visuais (como pictogramas, agendas visuais, vídeos com legenda e Libras) e equipamentos de 
amplificação sonora ampliam as possibilidades de acesso à informação, organização da rotina e 
desenvolvimento das funções executivas, linguagem e habilidades cognitivas e sociais (Bersch 
& Tonolli, 2006; Barbosa, 2009). 
Além dos recursos pedagógicos e tecnológicos, as adaptações físicas e espaciais nos 
ambientes escolares, como a criação de salas sensoriais, iluminação adequada, acessibilidade 
arquitetônica e sinalização visual, são fundamentais para atender às necessidades sensoriais e 
comunicacionais desses estudantes. O acompanhamento individualizado, pautado em planos 
educacionais personalizados (PEP), possibilita intervenções mais eficazes e alinhadas às 
potencialidades de cada aluno. 
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Ações afirmativas que incentivem a participação ativa dos estudantes com deficiência, 
associadas a programas contínuos de sensibilização da comunidade escolar, são indispensáveis 
para o combate ao preconceito e à estigmatização. Como destaca Carvalho (2004), a construção 
de uma cultura inclusiva exige o rompimento com a lógica excludente e capacitista, 
substituindo-a por uma perspectiva ética de valorização da diferença como componente 
enriquecedor da convivência humana. 
A efetivação da educação inclusiva, portanto, não se limita à aplicação de recursos ou 
estratégias isoladas, mas pressupõe um compromisso coletivo e sistêmico. Essa articulação 
deve envolver a escola, a família, a comunidade e o poder público, criando uma rede de apoio 
estruturada por políticas públicas, formação continuada de professores e gestão educacional 
comprometida com a equidade. 
Tal perspectiva alinha-se à concepção de educação como direito universal, conforme 
previsto nas diretrizes da Lei Brasileira de Inclusão (BRASIL, 2015) e nas normativas que 
regulam o atendimento educacional especializado (BRASIL, 2011; 2012). A valorização da 
neurodiversidade implica não apenas garantir a presença física dos estudantes nas instituições, 
mas assegurar sua participação ativa, seu protagonismo e o reconhecimento de sua 
subjetividade. 
A educação inclusiva se apresenta como um projeto ético-político e pedagógico, 
voltado para a transformação social, que exige rupturas com modelos tradicionais e o 
reconhecimento da pluralidade humana como fundamento para uma escola verdadeiramente 
democrática e justa. Tal perspectiva rompe com a visão homogênea e normatizadora da 
educação, historicamente voltada para a padronização de corpos, mentes e comportamentos, e 
propõe a construçãode um espaço educacional que celebre a diversidade como valor central. 
De acordo com Carvalho (2004), a educação inclusiva não deve ser compreendida 
apenas como uma estratégia técnica de inserção de sujeitos com deficiência nas escolas 
regulares, mas como uma reconfiguração das concepções pedagógicas, curriculares, 
organizacionais e atitudinais que sustentam a prática educativa. Trata-se de um 
reposicionamento ético frente às desigualdades históricas, que reconhece a diferença não como 
déficit, mas como expressão legítima da condição humana. 
Essa abordagem exige, como destaca Drago e Manga (2018), uma revisão profunda 
dos paradigmas formativos que ainda privilegiam práticas excludentes. A formação docente, 
nesse sentido, deve ser repensada para contemplar as complexidades da diversidade humana, 
capacitando os professores a atuarem de forma crítica, reflexiva e responsiva frente às múltiplas 
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necessidades de seus estudantes. A inclusão, portanto, demanda mais do que boa vontade: exige 
competência técnica, sensibilidade ética e compromisso político com a justiça social. 
2. DESENVOLVIMENTO 
O uso de Tecnologias Assistivas (TA) e de recursos educacionais inovadores também 
se insere nesse contexto como instrumento de superação de barreiras, promovendo 
acessibilidade, autonomia e engajamento. Pesquisas como as de Emer (2011), Hummel (2012) 
e Galvão Filho (2009) demonstram que a apropriação crítica e criativa das TICs no contexto 
educacional pode potencializar o aprendizado de estudantes com deficiência, ao passo que 
amplia as possibilidades pedagógicas para todos. A realidade aumentada, por exemplo, 
conforme apresentado por Lopes et al. (2019), tem se mostrado eficaz no estímulo à 
aprendizagem interativa, contribuindo para o envolvimento de alunos com diferentes estilos 
cognitivos. 
É fundamental compreender que a tecnologia, isoladamente, não garante a inclusão. O 
que determina seu potencial transformador é a intencionalidade pedagógica com que é utilizada 
e o contexto institucional que a sustenta. Assim, como ressalta Gil (2002), a elaboração de 
projetos educacionais inclusivos exige planejamento consistente, avaliação permanente e 
articulação entre teoria e prática. 
A educação inclusiva representa um compromisso com a equidade e com os direitos 
humanos, exigindo a reconstrução dos fundamentos éticos da educação, a escuta ativa das 
vozes marginalizadas e a valorização das múltiplas formas de ser, aprender e conviver. Ao 
colocar a pluralidade humana no centro do fazer pedagógico, a escola se reinventa como espaço 
de convivência democrática e de emancipação social, reafirmando sua função transformadora 
na construção de uma sociedade mais justa e solidária. 
2.1. REFORMULAÇÃO PEDAGÓGICA E CURRICULAR A PARTIR DA 
NEURODIVERSIDADE 
A reformulação pedagógica e curricular à luz da neurodiversidade é uma tarefa que 
exige uma mudança de paradigma na concepção e na prática educacional. A neurodiversidade, 
entendida como a variedade natural das configurações neurológicas humanas, requer que o 
sistema educacional se distancie de modelos homogêneos e adote abordagens flexíveis, que 
reconheçam e valorizem as diferenças como elementos enriquecedores do processo de ensino-
aprendizagem. 
Essa perspectiva rompe com a lógica tradicional da normalização, que historicamente 
buscou enquadrar todos os estudantes em padrões fixos de comportamento, cognição e 
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desempenho. A partir da neurodiversidade, torna-se evidente que o currículo precisa ser 
moldado de forma inclusiva, adaptável e sensível às distintas formas de aprender e interagir 
com o mundo. 
O currículo escolar tradicional, centrado em conteúdos rígidos e avaliações 
padronizadas, não contempla a complexidade da diversidade neurológica. Alunos com 
Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 
(TDAH), dislexia, entre outros, enfrentam desafios significativos em contextos escolares que 
não reconhecem suas especificidades cognitivas. 
Para que o currículo seja verdadeiramente inclusivo, é necessário adotar práticas 
pedagógicas baseadas em metodologias ativas, ensino híbrido, e avaliação formativa. Tais 
práticas permitem maior flexibilidade na organização do tempo, dos espaços e dos conteúdos, 
favorecendo a participação efetiva de todos os estudantes, independentemente de seu perfil 
neurológico. 
A Portaria n. 105 do Ministério da Educação (2015) e o Manual do Programa de 
Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais (2010) estabelecem diretrizes fundamentais 
para a inclusão de alunos com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento, 
ressaltando a importância da oferta de Atendimento Educacional Especializado (AEE) como 
suporte ao currículo comum. 
A implementação do AEE exige formação docente contínua, planejamento pedagógico 
colaborativo e uso de recursos acessíveis e personalizados. O objetivo é garantir que os alunos 
neurodivergentes tenham acesso ao conhecimento de forma equitativa, com base em seus 
interesses, ritmos e formas de expressão. 
Autores como Carvalho (2004) afirmam que a inclusão não se resume à presença 
física do aluno na escola, mas à efetiva participação nos processos pedagógicos. Isso só é 
possível mediante uma revisão profunda das práticas escolares, com foco na equidade e na 
justiça educacional. 
A neurodiversidade, portanto, convoca a escola a abandonar os modelos centrados na 
deficiência e a adotar uma pedagogia da potência, em que cada sujeito seja reconhecido em 
suas singularidades e potencialidades. Isso implica reformular os objetivos de aprendizagem e 
ampliar as estratégias de ensino. 
É fundamental considerar a comunicação aumentativa e alternativa (CAA), os recursos 
de Tecnologia Assistiva (TA) e os ambientes sensoriais adaptados como componentes 
curriculares que enriquecem a experiência educacional dos estudantes neurodivergentes. 
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A robótica educacional, discutida por Campos (2017), emerge como ferramenta 
potente para promover aprendizagem ativa e colaborativa, estimulando a resolução de 
problemas, o pensamento lógico e a criatividade. Esse tipo de atividade curricular estimula 
estudantes neurodiversos a se engajarem de maneira significativa. 
O currículo inclusivo deve contemplar aspectos afetivos e relacionais da 
aprendizagem. A construção de vínculos, a escuta ativa e o respeito à individualidade são 
condições indispensáveis para o acolhimento de todos os estudantes. 
O trabalho com projetos interdisciplinares pode ser uma estratégia eficaz para integrar 
conteúdos curriculares a partir de temas significativos, respeitando os diferentes modos de 
apropriação do conhecimento. Tais projetos favorecem o protagonismo estudantil e o trabalho 
em equipe. 
Avaliações tradicionais, centradas na memorização e na padronização, tendem a 
excluir alunos que não se ajustam a esse modelo. Avaliações diversificadas, processuais e 
baseadas em portfólios, autoavaliações e produções criativas podem oferecer uma visão mais 
justa do progresso dos alunos. 
A inclusão curricular precisa ser pensada desde a Educação Infantil até o Ensino 
Superior. Nas universidades, a presença de estudantes neurodivergentes demanda políticas de 
permanência, acessibilidade e suporte pedagógico contínuo, bem como adaptações nos planos 
de ensino e avaliação. 
A formação docente, nesse sentido, é elemento-chave para que a neurodiversidade seja 
acolhida e compreendida no ambiente escolar. Cursos de formação inicial e continuada devem 
abordar fundamentos teóricos sobre diversidade neurológica, práticas pedagógicas inclusivas, 
tecnologias assistivas e legislação educacional. 
O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é uma ferramenta pedagógica que pode 
contribuir para a organização docurrículo a partir das necessidades e potencialidades de cada 
estudante. Ele orienta o trabalho do professor e da equipe escolar, promovendo a 
personalização do ensino. 
É imprescindível, ainda, envolver as famílias no processo de reformulação 
pedagógica. O diálogo constante entre escola e família fortalece as estratégias de 
acompanhamento e estimula a corresponsabilidade na promoção da inclusão educacional. 
A gestão escolar deve garantir tempo, recursos e apoio técnico aos professores para 
que a inclusão seja viável na prática cotidiana. Sem o comprometimento institucional, os 
esforços pedagógicos individuais tendem a se esvaziar. 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 9 
 
A criação de espaços de escuta e reflexão coletiva, como grupos de estudo, oficinas e 
comunidades de aprendizagem, pode favorecer a construção de uma cultura escolar mais aberta 
à diversidade e à inovação pedagógica. 
A autora Juliana Balta Ferreira defende que a reformulação pedagógica e curricular a 
partir da neurodiversidade deve partir do reconhecimento das diferenças cognitivas como 
expressão legítima da condição humana, exigindo um comprometimento ético das instituições 
educacionais com a construção de ambientes escolares que valorizem a multiplicidade de 
trajetórias de aprendizagem e rompam com a lógica excludente da padronização curricular. 
Para Simone Helen Drumond Ischkanian, a neurodiversidade impõe à educação a 
necessidade de uma pedagogia inclusiva, pautada em práticas críticas, criativas e responsivas às 
singularidades dos estudantes, sendo indispensável a adoção de metodologias ativas, avaliações 
formativas e o uso intencional de tecnologias assistivas para garantir o pleno desenvolvimento 
de todos os sujeitos no espaço escolar. 
Segundo Gladys Nogueira Cabral argumenta que a transformação curricular baseada 
na neurodiversidade requer uma ruptura epistemológica com modelos educacionais 
tradicionais, centrados na homogeneização do ensino, para dar lugar a um paradigma que 
valorize a heterogeneidade neurológica como elemento enriquecedor do processo formativo e 
estruturador da prática pedagógica. 
Nivea Maria Costa Vieira enfatiza que a ressignificação das práticas pedagógicas, 
orientadas pela perspectiva da neurodiversidade, exige investimento contínuo na formação 
docente, articulação entre os saberes interdisciplinares e construção de um currículo flexível e 
contextualizado, capaz de acolher diferentes formas de expressão, linguagem e pensamento no 
cotidiano escolar. 
Conforme Idenis Gloria de Souza de Melo, a inclusão de estudantes neurodivergentes 
no ensino básico e superior requer uma reestruturação profunda dos processos educacionais, 
que envolva não apenas a adaptação de conteúdos e espaços, mas a revisão dos fundamentos 
filosóficos da escola, que devem se alinhar à ética da diversidade e à promoção da equidade 
educacional. 
Priscilla Nayane Magalhães Ribeiro dos Santos ressalta que o redesenho curricular à 
luz da neurodiversidade precisa superar práticas segregacionistas e compensatórias, 
incorporando estratégias de ensino colaborativas e diferenciadas que respeitem os ritmos, 
interesses e estilos de aprendizagem, de modo a assegurar o direito à educação com qualidade 
para todos os estudantes. 
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Andreia de Lima Aragão Teixeira sustenta que uma escola verdadeiramente 
democrática e inclusiva é aquela que se compromete com a transformação curricular em 
diálogo com os princípios da neurodiversidade, incorporando tecnologias assistivas, recursos 
acessíveis e formas plurais de avaliação como instrumentos pedagógicos para romper com as 
barreiras históricas à participação e ao pertencimento escolar. 
O currículo inclusivo não deve ser pensado como algo à parte do currículo comum, 
mas como parte constitutiva de uma proposta pedagógica que valoriza as diferenças e promove 
a justiça educacional. 
A perspectiva da neurodiversidade amplia o entendimento sobre o que é aprender, 
ensina a flexibilizar expectativas e a aceitar múltiplos caminhos para a construção do 
conhecimento. Isso desafia a escola a sair da lógica do desempenho e adotar uma lógica do 
desenvolvimento. 
A abordagem universal do desenho para aprendizagem (DUA) pode ser utilizada como 
princípio orientador na elaboração de materiais didáticos, planejamento de aulas e organização 
dos ambientes escolares. Essa abordagem propõe múltiplas formas de apresentar conteúdos, 
engajar os alunos e possibilitar expressões de aprendizagem. 
Os desafios da reformulação curricular incluem a resistência de alguns setores da 
comunidade escolar, a escassez de recursos e a necessidade de superar o capacitismo estrutural 
que ainda permeia muitas instituições de ensino. 
Contudo, experiências exitosas em diferentes regiões do Brasil demonstram que é 
possível implementar um currículo inclusivo com base na neurodiversidade, desde que haja 
vontade política, investimento público e mobilização da comunidade escolar. 
O reconhecimento legal da diversidade humana, por meio de legislações como a Lei 
Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), fortalece o direito à educação inclusiva e orienta a 
construção de políticas curriculares mais equitativas. 
Reformar o currículo é um ato político que envolve disputas de poder, valores e visões 
de mundo. Por isso, é fundamental que a elaboração curricular seja participativa, envolvendo 
docentes, estudantes, famílias e especialistas em inclusão. 
A neurodiversidade, ao desafiar os modelos hegemônicos de ensino, nos convida a 
repensar a própria função social da escola e a redefinir os critérios de sucesso e fracasso escolar 
a partir de uma lógica mais humana e solidária. 
A inclusão curricular exige coragem para romper com a tradição e ousadia para criar 
novas formas de ensinar e aprender. É nesse processo que a escola se transforma e se aproxima 
de seu ideal democrático. 
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A reformulação pedagógica e curricular a partir da neurodiversidade não é apenas uma 
exigência legal ou técnica, mas um compromisso ético com a dignidade, os direitos e as 
potencialidades de todos os sujeitos que habitam o espaço escolar. 
2.2. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS E FORMAÇÃO DOCENTE 
A consolidação de uma educação verdadeiramente inclusiva, voltada para a 
valorização da diversidade e a garantia do direito à aprendizagem de todos os estudantes, impõe 
às instituições educacionais a adoção de práticas pedagógicas que contemplem as 
especificidades dos sujeitos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e surdez. Nesse 
contexto, torna-se imprescindível a implementação de estratégias diferenciadas, tais como o 
ensino estruturado, o uso de metodologias ativas, o ensino híbrido e a mediação pedagógica 
especializada, que considerem as singularidades cognitivas, comunicacionais e sensoriais 
desses estudantes. 
A inclusão escolar dos estudantes com TEA e surdez não se restringe à inserção física 
em salas regulares, mas requer um processo contínuo de adaptação curricular, de 
reconfiguração dos ambientes de aprendizagem e de reformulação das práticas pedagógicas. O 
ensino estruturado, por exemplo, com organização temporal e espacial, previsibilidade e clareza 
de tarefas, tem se mostrado uma metodologia eficaz para estudantes com TEA, pois contribui 
para a redução da ansiedade e para a ampliação da autonomia. Já para estudantes surdos, 
práticas bilíngues que integrem Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a língua portuguesa 
escrita, bem como o uso de recursos visuais e tecnológicos, são essenciais para a construção do 
conhecimento. 
Essas práticas, no entanto, não se sustentam sem uma formação docente adequada. A 
formação inicial, frequentemente marcada por lacunas teórico-práticas sobre educação 
inclusiva, precisa ser urgentemente revista à luz da legislação vigente, como a Lei Brasileirade 
Inclusão (Lei nº 13.146/2015), o Decreto nº 7.611/2011 e a Política Nacional de Proteção dos 
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Lei nº 12.764/2012). A formação 
continuada, por sua vez, deve proporcionar aos professores oportunidades de aprofundamento 
em estratégias inclusivas, tecnologias assistivas, mediação pedagógica e gestão da diversidade 
em sala de aula. 
Estudos como os de Bersch e Tonolli (2006) e Bersch (2013) evidenciam que o uso 
planejado e orientado da Tecnologia Assistiva (TA) pode promover maior acessibilidade, 
engajamento e autonomia dos estudantes com deficiência, desde que os professores sejam 
devidamente preparados para utilizá-las de forma crítica e contextualizada. Nesse sentido, a 
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presença de serviços especializados, como as Salas de Recursos Multifuncionais, depende 
diretamente do envolvimento docente e da existência de políticas institucionais comprometidas 
com a inclusão. 
A legislação educacional brasileira, além de garantir o atendimento educacional 
especializado (AEE), reforça a responsabilidade do Estado na oferta de formação aos 
profissionais da educação. A Lei nº 12.796/2013, ao alterar a LDB (Lei nº 9.394/1996), reforça 
que os sistemas de ensino devem promover a formação continuada em serviço, assegurando 
que os docentes estejam preparados para responder às exigências da diversidade presente nas 
salas de aula. No entanto, pesquisas revelam que muitos professores ainda enfrentam 
dificuldades no planejamento e na aplicação de práticas inclusivas, em razão do despreparo 
técnico, da ausência de suporte institucional e da sobrecarga de trabalho. 
A efetividade das práticas pedagógicas inclusivas no atendimento a estudantes com 
TEA e surdez está diretamente vinculada à formação crítica, ética e reflexiva dos professores, à 
articulação entre teoria e prática, ao apoio da equipe pedagógica e ao compromisso político das 
instituições com a equidade educacional. A superação de modelos excludentes e a construção 
de uma escola plural e democrática dependem da valorização da neurodiversidade como 
princípio estruturante da ação educativa e da formação docente como pilar fundamental da 
transformação social. 
 
2.1.1. NEURODIVERSIDADE E INCLUSÃO EDUCACIONAL 
A neurodiversidade, enquanto conceito que reconhece a pluralidade das formas de 
funcionamento cognitivo e sensorial dos indivíduos, impõe novos desafios e possibilidades à 
educação. A partir dessa perspectiva, a inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro 
Autista (TEA) e surdez não pode se restringir ao acesso físico ao espaço escolar, mas deve 
contemplar a efetiva participação e aprendizagem. Isso exige uma profunda reformulação das 
práticas pedagógicas, da formação docente e dos currículos escolares. 
 
2.1.2. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIFERENCIADAS 
A utilização de metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos, o 
ensino híbrido e a sala de aula invertida, favorece a construção de ambientes mais dinâmicos, 
colaborativos e inclusivos. Essas práticas, aliadas ao ensino estruturado, são especialmente 
eficazes no atendimento a estudantes com TEA, pois promovem previsibilidade, organização e 
redução da ansiedade. Para os estudantes surdos, a adoção de recursos visuais, legendas, Libras 
e materiais adaptados é essencial para o processo de ensino-aprendizagem. 
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2.1.3. FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS PROFESSORES 
A formação docente é um dos pilares da inclusão escolar. A formação inicial, ainda 
fortemente pautada por modelos tradicionais e pouco voltada para a diversidade, necessita de 
reformulação profunda. Já a formação continuada deve contemplar aspectos teóricos e práticos 
da inclusão, com foco nas especificidades dos estudantes com deficiência, transtornos globais 
do desenvolvimento e altas habilidades/superdotacão. A legislação brasileira, como a LBI (Lei 
nº 13.146/2015), reforça a obrigatoriedade de formação adequada dos profissionais da 
educação. 
 
2.1.4. TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E RECURSOS DE ACESSIBILIDADE 
As tecnologias assistivas (TA) têm se revelado como ferramentas poderosas para a 
promoção da autonomia e da aprendizagem de estudantes com TEA e surdez. Softwares 
educativos, sistemas de comunicação alternativa, jogos digitais, aplicativos interativos e 
recursos de realidade aumentada, como apontam Bersch (2006, 2013) e Campos (2017), podem 
ser incorporados de forma pedagógica, desde que o professor esteja preparado para utilizá-los 
de forma contextualizada e sensível às necessidades dos alunos. 
 
2.1.5. POLÍTICAS PÚBLICAS E SUPORTE INSTITUCIONAL 
A efetiva inclusão educacional depende do compromisso das instituições de ensino 
com as normativas legais e com a implementação de políticas públicas de suporte ao trabalho 
docente. É fundamental que haja investimentos na formação de professores, na oferta de Salas 
de Recursos Multifuncionais, na presença de tradutores/intérpretes de Libras e na articulação 
entre as equipes pedagógicas e os serviços especializados. O despreparo institucional ainda é 
um dos principais entraves para a consolidação de uma educação verdadeiramente inclusiva. 
Uma educação inclusiva não se realiza sem rupturas profundas com as práticas 
excludentes ainda presentes nas escolas e universidades. 
O reconhecimento da neurodiversidade como valor educativo, a formação qualificada 
dos docentes e a utilização de tecnologias assistivas são condições indispensáveis para que 
estudantes com TEA e surdez possam ter seus direitos assegurados e suas potencialidades 
plenamente desenvolvidas. É preciso que a escola se reconfigure como espaço de escuta, de 
acolhimento e de valorização das diferenças, promovendo uma cultura educacional baseada na 
equidade, no respeito e na justiça social. 
 
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2.3. TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
As Tecnologias Assistivas (TAs) constituem um conjunto diversificado de recursos, 
equipamentos, dispositivos, softwares e estratégias que têm como objetivo ampliar, manter ou 
melhorar as capacidades funcionais de pessoas com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e outras condições que demandam suporte educacional diferenciado, 
favorecendo sua inclusão plena no processo de ensino-aprendizagem e na participação social, 
segundo o entendimento da legislação brasileira vigente e dos avanços da pesquisa educacional 
contemporânea. 
O uso das TAs no contexto escolar e universitário apresenta-se como uma ferramenta 
crucial para potencializar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e comunicativas 
de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), surdez, deficiências visuais, motoras 
e outras necessidades específicas, promovendo a equidade e a autonomia na aprendizagem, ao 
mesmo tempo em que permite a adaptação dos ambientes pedagógicos às singularidades 
neurodivergentes. 
Nesse sentido, os softwares educativos, aplicativos digitais, recursos visuais, auditivos 
e comunicativos, incluindo sistemas de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), 
despontam como instrumentos facilitadores para o acesso ao currículo, à informação e à 
interação, oferecendo múltiplas formas de expressão, compreensão e participação que 
respeitam e valorizam as diferentes maneiras de aprender e se relacionar com o mundo. 
Um dos avanços mais notórios no campo das TAs é a incorporação da realidade 
aumentada (RA) no ambiente educacional, que, por meio da sobreposição de elementos virtuais 
no espaço físico, proporciona experiências de aprendizagem mais dinâmicas, interativas e 
significativas, favorecendo a construção do conhecimento e o engajamento ativo dos 
estudantes, especialmente aqueles com TEA, que se beneficiam de estímulos visuais e 
contextos concretos. 
A robótica educacional, por sua vez,tem ganhado destaque como uma estratégia 
inovadora que possibilita o desenvolvimento de habilidades de raciocínio lógico, resolução de 
problemas, trabalho colaborativo e autonomia, sendo especialmente eficaz no atendimento a 
estudantes neurodivergentes, pois associa a aprendizagem a atividades concretas, lúdicas e 
contextualizadas, potencializando a motivação e o interesse. 
A formação de professores para o uso efetivo das Tecnologias Assistivas é condição 
indispensável para garantir que esses recursos cumpram sua função pedagógica e inclusiva, 
uma vez que a simples disponibilização de equipamentos e softwares não assegura, por si só, a 
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transformação das práticas docentes e a superação das barreiras educacionais enfrentadas pelos 
alunos com necessidades especiais. 
Estudos como o de Hummel (2012) evidenciam que a capacitação continuada e 
especializada de educadores para o manejo das TAs em Salas de Recursos Multifuncionais e 
salas regulares é fundamental para a promoção de uma educação realmente inclusiva, na qual 
as tecnologias se integrem organicamente ao planejamento pedagógico e ao cotidiano escolar, 
promovendo a adaptação curricular e o atendimento personalizado. 
A pesquisa aponta ainda que muitos docentes se sentem despreparados para utilizar as 
tecnologias assistivas de modo crítico e eficaz, o que reforça a urgência de políticas públicas 
voltadas à formação docente que contemplem não apenas o aspecto técnico, mas também o 
pedagógico e o ético da inclusão, fortalecendo a compreensão da neurodiversidade como valor 
educativo. 
A compreensão dos recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa é 
especialmente relevante para o atendimento a estudantes com TEA, uma vez que muitos desses 
alunos apresentam dificuldades na comunicação verbal, e a CAA oferece alternativas que 
ampliam sua capacidade de interação, expressão de necessidades, desejos e pensamentos, 
tornando-os protagonistas do processo educativo. 
Os recursos visuais, como pictogramas, quadros de rotina, mapas conceituais e 
infográficos, também desempenham papel fundamental na organização do espaço-tempo 
escolar, na estruturação das atividades e no suporte à compreensão, proporcionando 
previsibilidade e segurança para os estudantes que se beneficiam de uma aprendizagem mais 
estruturada e visualmente mediada. 
Aplicativos de comunicação, dispositivos móveis adaptados e softwares específicos 
contribuem para o desenvolvimento da autonomia comunicativa e do protagonismo dos alunos 
com surdez, que dependem da linguagem visual e gestual para o aprendizado, além de facilitar 
a interação com os colegas e professores, favorecendo o processo de inclusão social e 
acadêmica. 
A inclusão digital, por meio do acesso a computadores, tablets e internet, ampliou as 
possibilidades de uso das Tecnologias Assistivas, tornando-as mais acessíveis e integradas ao 
dia a dia dos estudantes e educadores, o que exige das instituições educativas a organização de 
infraestrutura adequada e o investimento em recursos tecnológicos que atendam às 
especificidades de cada aluno. 
No que tange à avaliação, as tecnologias assistivas oferecem também instrumentos que 
possibilitam diferentes formas de registro, acompanhamento e análise do processo de 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 16 
 
aprendizagem, contemplando critérios variados e individualizados que respeitam os ritmos e as 
particularidades cognitivas dos estudantes, afastando-se da padronização que frequentemente 
exclui. 
A realidade aumentada, conforme revisão sistemática apresentada por Lopes, Vidotto, 
Pozzebon e Ferenhof (2019), é uma das inovações educacionais que mais vem ganhando 
espaço no contexto inclusivo, permitindo aos professores criar ambientes de aprendizagem 
diferenciados que respondem às necessidades sensoriais e cognitivas de alunos com TEA, por 
exemplo, ao facilitar a visualização e manipulação de conceitos abstratos por meio de 
elementos concretos e interativos. 
É importante destacar que a implementação de Tecnologias Assistivas não deve ser 
vista como solução isolada, mas como parte integrante de um conjunto de práticas pedagógicas 
inclusivas, que envolvem planejamento, mediação, adaptação curricular, participação ativa dos 
estudantes e o envolvimento da família e da comunidade escolar. 
O uso das TAs deve estar sempre associado a uma postura pedagógica crítica, 
reflexiva e flexível, que valorize o potencial dos estudantes e promova o respeito à diversidade, 
rompendo com modelos tradicionais de ensino que reproduzem exclusão e deficitização das 
diferenças. 
A robótica educacional, ao integrar elementos de programação, construção e 
experimentação, promove uma aprendizagem ativa e colaborativa, estimulando não apenas 
habilidades cognitivas, mas também socioemocionais, como o trabalho em grupo, a paciência, a 
criatividade e a perseverança, essenciais para o desenvolvimento integral dos estudantes 
neurodiversos. 
Campos (2017) ressalta que, apesar dos avanços tecnológicos, ainda há desafios para a 
implementação efetiva da robótica educacional em escolas públicas brasileiras, incluindo a 
necessidade de formação docente específica, recursos financeiros e adequação dos currículos, o 
que evidencia a importância de políticas públicas voltadas à democratização dessas tecnologias. 
A formação docente deve contemplar não apenas o conhecimento técnico das 
tecnologias, mas também a reflexão sobre seus impactos pedagógicos e sociais, capacitando os 
professores para identificar as necessidades dos alunos, selecionar os recursos mais adequados 
e planejar intervenções pedagógicas inclusivas e efetivas. 
A promoção da autonomia dos estudantes por meio das tecnologias assistivas 
representa um avanço significativo na educação inclusiva, pois rompe com a ideia de 
dependência e patologização, valorizando as competências e capacidades individuais e 
fortalecendo a autoestima e a participação ativa no processo educacional. 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 17 
 
A colaboração entre diferentes profissionais — como fonoaudiólogos, psicólogos, 
terapeutas ocupacionais, especialistas em tecnologia assistiva e professores — é fundamental 
para a construção de um projeto pedagógico integrado e eficaz, que potencialize os resultados 
das intervenções e assegure o acompanhamento contínuo dos estudantes com TEA e surdez. 
A participação da família no processo de uso das tecnologias assistivas é igualmente 
essencial, pois fortalece o vínculo entre a escola e o ambiente domiciliar, favorece a 
continuidade do aprendizado e promove o entendimento sobre as potencialidades e limitações 
dos estudantes, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias que respondam às suas 
necessidades. 
O acesso a recursos tecnológicos adaptados deve respeitar os princípios da 
universalidade, da acessibilidade e da equidade, garantindo que todos os estudantes, 
independentemente de sua condição, possam usufruir das mesmas oportunidades e participar 
plenamente das atividades escolares. 
É imprescindível que as instituições de ensino promovam a sensibilização de toda a 
comunidade escolar sobre a importância das tecnologias assistivas, combatendo preconceitos e 
estigmas relacionados às diferenças e promovendo uma cultura de valorização da diversidade e 
do respeito mútuo. 
As tecnologias assistivas, quando integradas a práticas pedagógicas centradas no 
aluno, contribuem para a personalização do ensino, possibilitando que os conteúdos sejam 
apresentados de forma contextualizada, significativa e alinhada às características e interesses de 
cada estudante. 
A pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias assistivas devem ser 
incentivados e apoiados por políticas públicas e parcerias com universidades e centros de 
pesquisa, de modo a garantir a constante atualização e adequação desses recursos às demandaseducacionais e sociais contemporâneas. 
A formação continuada dos professores deve incorporar as atualizações tecnológicas e 
as novas metodologias pedagógicas, preparando-os para lidar com as transformações constantes 
no campo da educação inclusiva e garantir que as tecnologias assistivas sejam usadas com 
eficácia e responsabilidade. 
O desenvolvimento de projetos interdisciplinares, que integrem tecnologia, pedagogia, 
saúde e psicologia, pode ampliar as possibilidades de intervenção e fortalecer a rede de suporte 
aos estudantes com TEA e surdez, promovendo um atendimento mais integral e humanizado. 
A avaliação da eficácia das tecnologias assistivas no processo de ensino-aprendizagem 
deve considerar indicadores qualitativos e quantitativos, que reflitam não apenas o desempenho 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 18 
 
acadêmico, mas também o desenvolvimento social, emocional e comunicativo dos estudantes, 
contribuindo para a melhoria contínua das práticas educacionais. 
É fundamental reconhecer que as Tecnologias Assistivas, longe de serem meros 
instrumentos técnicos, são ferramentas poderosas de transformação educacional e social, que, 
quando usadas com responsabilidade, criatividade e compromisso ético, podem contribuir para 
a construção de uma escola verdadeiramente inclusiva, democrática e capaz de valorizar a 
neurodiversidade em toda a sua complexidade e riqueza. 
2.4. BARREIRAS À INCLUSÃO: ATITUDINAIS, COMUNICACIONAIS E 
INSTITUCIONAIS 
Apesar dos avanços significativos nas legislações brasileiras que garantem o direito à 
educação inclusiva, como a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) e o Decreto nº 
7.611/2011, a implementação dessas políticas enfrenta ainda barreiras concretas que limitam o 
pleno acesso e permanência de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e surdez 
no ambiente escolar e universitário. Essas barreiras manifestam-se principalmente em três 
dimensões: atitudinais, comunicacionais e institucionais, que atuam conjuntamente para 
impedir a efetivação de uma educação verdadeiramente inclusiva e equitativa. Nesse cenário, a 
ausência de profissionais especializados, o despreparo das instituições para atender às 
demandas específicas, a resistência cultural e atitudinal de parte da comunidade escolar e a 
insuficiência ou inadequação da infraestrutura física e tecnológica constituem obstáculos que 
precisam ser urgentemente superados para que a inclusão transcenda a mera presença física do 
aluno no espaço educacional. 
A barreira atitudinal, muitas vezes velada, é uma das mais desafiadoras de superar, 
pois envolve preconceitos, estigmas e falta de compreensão acerca das necessidades e 
potencialidades dos estudantes neurodiversos. A resistência pode se manifestar em práticas 
discriminatórias, na manutenção de métodos pedagógicos homogêneos e na falta de 
sensibilidade para as singularidades de aprendizagem, o que compromete não só a experiência 
escolar dos estudantes com TEA e surdez, mas também a construção de uma cultura escolar 
verdadeiramente inclusiva. Conforme destaca Emer (2011), a formação docente é um aspecto 
crucial para modificar essas atitudes, pois professores despreparados tendem a reproduzir 
práticas excludentes e não se sentem aptos a utilizar tecnologias assistivas ou metodologias 
diferenciadas que atendam à diversidade. 
No âmbito comunicacional, a acessibilidade ainda é um desafio constante. A 
comunicação efetiva entre alunos, professores e a comunidade escolar depende do uso 
adequado de recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), de interpretação em 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 19 
 
Libras para alunos surdos, de materiais visuais adaptados e de tecnologias assistivas que 
facilitem o processo comunicativo. No entanto, a insuficiência de tais recursos e a falta de 
capacitação dos profissionais em sua utilização adequada resultam em uma exclusão velada, 
que impede a participação plena dos estudantes e limita seu desempenho acadêmico e social. 
Barbosa (2009) destaca a importância do uso de novas tecnologias e recursos adaptados para 
facilitar a comunicação e o aprendizado de alunos autistas, apontando que a falta desses 
instrumentos constitui uma barreira significativa para a inclusão efetiva. 
A dimensão institucional é marcada por desafios estruturais, como a escassez de 
políticas públicas integradas, insuficiência de investimentos para a aquisição e manutenção de 
tecnologias assistivas, a ausência de equipes multiprofissionais especializadas e a inexistência 
de planos pedagógicos individualizados adequados às necessidades dos estudantes. Galvão 
Filho (2009) enfatiza que a apropriação das tecnologias assistivas pelas escolas depende 
diretamente do compromisso institucional e da elaboração de estratégias que respondam às 
demandas específicas da comunidade escolar, incluindo a formação continuada dos professores 
e a sensibilização de toda a equipe. Sem esse suporte institucional, as políticas de inclusão 
ficam limitadas a documentos legais sem tradução efetiva para a prática cotidiana. 
A inclusão escolar não pode ser entendida como um ato meramente formal, que se 
resume à matrícula dos estudantes com necessidades educacionais especiais em classes 
regulares, mas precisa ser uma ação transformadora que garanta a acessibilidade 
comunicacional, afetiva e pedagógica, promovendo a participação ativa, o protagonismo e o 
desenvolvimento integral dos estudantes. A superação das barreiras atitudinais, 
comunicacionais e institucionais requer uma revisão conceitual profunda que compreenda a 
neurodiversidade como valor e promova a democratização do ensino por meio de práticas 
pedagógicas inovadoras, uso adequado das tecnologias assistivas e formação docente 
qualificada, conforme apontado pela literatura especializada. 
O enfrentamento das barreiras à inclusão educacional requer, necessariamente, uma 
ação conjunta, articulada e contínua entre diferentes segmentos da sociedade, envolvendo não 
apenas governos e instituições escolares, mas também as famílias, organizações da sociedade 
civil e a comunidade em geral, numa perspectiva integrada que reconheça a complexidade das 
demandas apresentadas pelos estudantes com necessidades educacionais específicas, como 
aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e surdez. Essa cooperação deve se 
concretizar por meio do fortalecimento e da efetivação das políticas públicas, que precisam ser 
constantemente revisadas, ampliadas e aprimoradas para garantir que seus objetivos não 
permaneçam apenas no papel, mas se traduzam em ações concretas e efetivas que promovam a 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 20 
 
acessibilidade, a equidade e a participação plena de todos os alunos. Para isso, é imprescindível 
que os investimentos em infraestrutura física e tecnológica sejam ampliados e direcionados de 
forma estratégica, de modo a garantir ambientes escolares adequados, com recursos acessíveis, 
tecnologias assistivas atualizadas e materiais pedagógicos adaptados, que possam responder às 
diversas necessidades cognitivas, sensoriais e comunicacionais dos estudantes. 
A capacitação continuada e a valorização dos profissionais da educação constituem 
pilares fundamentais para o sucesso desse processo inclusivo, pois são esses educadores que, 
no cotidiano das salas de aula, vão operacionalizar as políticas e transformar práticas 
pedagógicas para que se tornem verdadeiramente inclusivas. Investir na formação inicial e 
continuada dos professores, assim como em sua sensibilização para as questões da 
neurodiversidade, é garantir que eles estejam preparados para lidar com a diversidade humana 
de forma crítica, criativa e acolhedora, utilizando metodologias diferenciadas, recursos 
tecnológicos e estratégias pedagógicas centradas nas singularidades de cada estudante. 
Paralelamente, é essencial promover uma culturaescolar que combata sistematicamente todas 
as formas de preconceito, discriminação e exclusão, valorizando a diversidade como riqueza e 
fortalecendo o respeito mútuo entre alunos, professores, gestores e familiares, para que a escola 
se constitua num verdadeiro espaço democrático, onde a diferença não seja apenas tolerada, 
mas celebrada como condição para o aprendizado e o convívio social. 
A inclusão deixa de ser um mero ato formal de integração física e passa a se 
configurar como uma transformação profunda nas estruturas, nas práticas e nas relações 
escolares, que reconhecem e valorizam a pluralidade de modos de aprender e se expressar, 
promovendo a equidade e o direito de todos à educação de qualidade. Esse compromisso 
coletivo e contínuo é o que garantirá que a inclusão seja efetiva, rompendo com a exclusão 
histórica que marcou a trajetória educacional de muitos estudantes com necessidades especiais, 
e fazendo da escola um espaço de acolhimento, respeito, empoderamento e desenvolvimento 
integral para todos os seus membros. 
2.5. POLÍTICAS PÚBLICAS, LEGISLAÇÃO E COMPROMISSO INTERSETORIAL 
A efetivação da educação inclusiva no Brasil é um desafio que ultrapassa as fronteiras 
das instituições escolares e demanda uma articulação eficaz e contínua entre diferentes setores 
da sociedade, envolvendo políticas públicas, escolas, universidades, famílias e comunidades, 
que devem atuar de forma integrada e colaborativa para garantir o direito à educação de 
qualidade para todos os estudantes, independentemente de suas especificidades. Os 
instrumentos legais vigentes, como a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), o Decreto 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 21 
 
nº 7.611/2011 que regulamenta o atendimento educacional especializado, e a Lei nº 
12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com 
Transtorno do Espectro Autista, constituem fundamentos jurídicos essenciais que asseguram o 
acesso e a permanência dos estudantes com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação no sistema educacional regular. Contudo, a 
existência dessas leis, por si só, não garante a sua plena implementação; é necessário um 
compromisso político e social para que os direitos previstos sejam traduzidos em ações 
concretas, por meio do investimento financeiro adequado, da fiscalização rigorosa e da 
formação técnica e continuada dos profissionais envolvidos no processo educativo. 
Nesse sentido, o papel do Estado é central na garantia das condições estruturais e 
pedagógicas que possibilitem a inclusão efetiva, desde a elaboração e execução de políticas 
públicas que promovam a acessibilidade física, comunicacional e pedagógica, até a 
disponibilização de recursos materiais e humanos especializados. A articulação entre os 
diversos entes federativos — União, estados e municípios — e a cooperação com instituições 
de ensino superior e organizações da sociedade civil são estratégias fundamentais para 
fomentar a produção de conhecimento, o desenvolvimento de tecnologias assistivas e a 
formação qualificada dos docentes e demais profissionais da educação. Ao mesmo tempo, a 
participação ativa das famílias e da comunidade é indispensável para o sucesso das práticas 
inclusivas, pois o processo educativo é também um espaço de construção coletiva, em que o 
diálogo, a troca de experiências e a valorização das singularidades fortalecem o compromisso 
social com a equidade. 
Autores como Barbosa e Moura (2013) destacam a importância de metodologias ativas 
de aprendizagem que envolvam o estudante em seu processo educativo de forma crítica e 
participativa, enfatizando que as práticas pedagógicas inclusivas devem ir além da adaptação de 
conteúdos, promovendo um ensino que respeite as múltiplas formas de aprender e se expressar, 
especialmente em contextos da educação profissional e tecnológica. Bezerra (2020) acrescenta 
que a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, apesar de 
avançar significativamente, ainda enfrenta desafios, entre eles a problemática do papel do 
profissional de apoio à inclusão escolar, que muitas vezes não é devidamente integrado ao 
projeto pedagógico da escola, resultando em uma atuação fragmentada e pouco efetiva. 
Portanto, é imprescindível que o compromisso intersetorial se manifeste na construção de 
políticas públicas integradas, que reconheçam e valorizem a diversidade humana, fomentando 
um sistema educacional que seja, de fato, democrático, acessível e transformador para todos. 
 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 22 
 
3. CONCLUSÃO 
A educação inclusiva, fundamentada no princípio do respeito à neurodiversidade, 
representa um avanço paradigmático e profundo rumo à construção de uma sociedade 
verdadeiramente mais justa, democrática e acolhedora, onde as diferenças não são mais vistas 
como limitações ou entraves, mas, sim, como elementos essenciais da riqueza humana que 
contribuem para o fortalecimento do convívio social e do aprendizado coletivo. 
As práticas pedagógicas adaptadas, que levam em consideração as singularidades 
cognitivas, emocionais e sensoriais de cada estudante, e o uso cada vez mais qualificado e 
inovador das tecnologias assistivas tornam-se ferramentas indispensáveis para garantir não 
apenas a inclusão formal, mas o pleno desenvolvimento integral dos estudantes com Transtorno 
do Espectro Autista (TEA) e surdez, ampliando suas possibilidades reais de aprendizagem, 
comunicação efetiva, autonomia e participação ativa dentro do ambiente escolar e universitário. 
Essa combinação de práticas e recursos tecnológicos permite que esses estudantes superem 
barreiras históricas e estruturais, promovendo sua integração efetiva e valorização social, o que 
reflete diretamente na construção de ambientes educacionais mais inclusivos, humanizados e 
capazes de responder às demandas da diversidade contemporânea. 
A educação inclusiva deixa de ser um ideal abstrato para se tornar uma prática 
concreta, capaz de transformar vidas, rompendo com paradigmas excludentes e abrindo 
caminhos para uma sociedade onde o direito à educação e à cidadania plena seja uma realidade 
para todos, independentemente das condições individuais de cada sujeito. 
Embora inúmeros desafios ainda persistam no caminho da efetivação plena da 
educação inclusiva, a crescente conscientização social acerca da importância de valorizar e 
respeitar as diferenças, aliada ao aprimoramento constante das políticas públicas específicas e 
ao significativo investimento na formação continuada e especializada de educadores, apontam 
claramente para um cenário promissor e indicam que estamos avançando de maneira 
consistente na construção de espaços educacionais verdadeiramente acolhedores e preparados 
para receber a diversidade em toda a sua complexidade e plenitude. Essa trajetória progressiva, 
que se destaca por sua natureza colaborativa e interdisciplinar, envolve o engajamento ativo e 
permanente das famílias, das escolas, das universidades, das comunidades e dos órgãos 
governamentais, reforçando a importância da articulação entre esses diferentes atores para a 
superação de barreiras e para a promoção de um ambiente educativo que valorize cada 
indivíduo em sua singularidade. 
Dessa forma, reafirma-se a capacidade transformadora da educação inclusiva, que 
transcende a simples oferta de acesso e equidade, indo além para fortalecer o tecido social 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 23 
 
como um todo, ao garantir que todas as vozes sejam ouvidas, que todas as expressões tenham 
espaço e que todos os sujeitos possam exercer plenamente seu direito à participação, à 
aprendizagem e à construção de um futuro em que a diversidade seja celebrada como elemento 
fundamental da convivência humana. 
O compromisso com a neurodiversidade e a inclusão nos convidaa continuar 
avançando com esperança, criatividade e dedicação, sabendo que a verdadeira aprendizagem se 
dá quando todos têm a oportunidade de aprender juntos, em ambientes ricos em diversidade e 
respeito. 
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 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 25 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E TECNOLOGIAS 
ASSISTIVAS NO ATENDIMENTO A ESTUDANTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E SURDEZ NO CONTEXTO ESCOLAR E UNIVERSITÁRIO. 
 
Juliana Balta Ferreira 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Nivea Maria Costa Vieira 
Idenis Gloria de Souza de Melo 
Priscilla Nayane Magalhães Ribeiro dos Santos 
Andreia de Lima Aragão Teixeira 
 
CONVITE IMPERDÍVEL PARA EDUCADORES, PESQUISADORES E TODOS 
QUE ACREDITAM NA INCLUSÃO! 
 
Você já pensou como a educação pode se transformar quando valorizamos a 
neurodiversidade e utilizamos tecnologias assistivas de forma estratégica? Nosso artigo 
“Educação Inclusiva e Neurodiversidade: Práticas Pedagógicas e Tecnologias Assistivas 
no Atendimento a Estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Surdez no 
Contexto Escolar e Universitário” revela caminhos inovadores para construir ambientes 
educativos mais acessíveis, acolhedores e efetivos. 
Explore práticas pedagógicas que respeitam as singularidades, descubra como recursos 
tecnológicos estão ampliando as possibilidades de comunicação e aprendizagem, e entenda a 
importância de formar educadores preparados para esses desafios. 
Este é um convite para você que quer estar na vanguarda da educação inclusiva, 
refletir criticamente e contribuir para uma escola e universidade que realmente acolham a 
diversidade em todas as suas formas. 
 
Não perca a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e inspirar sua prática. 
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https://www.academia.edu/136849674/Educacao_Inclusiva_e_Neurodiversidade 
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avançando com esperança, criatividade e dedicação, sabendo que a verdadeira aprendizagem se 
dá quando todos têm a oportunidade de aprender juntos, em ambientes ricos em diversidade e 
respeito. 
REFERÊNCIAS 
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Dissertação. Instituto Superior de Engenharia do Porto. 2009. Disponível em: 
https://core.ac.uk/download/pdf/47138121.pdf. Acesso em: 10 jul. 2025. 
BARBOSA, E.; MOURA, D. Metodologias ativas de aprendizagem na educação 
profissional e tecnológica. Boletim Técnico do Senac. Rio de Janeiro, v. 39, n. 2, p. 48-67, 
maio/ago. 2013. Disponível em: www.senac.br/media/42471/os_boletim_web_4.pdf. Acesso 
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BEZERRA, G. F. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva: a problemática do profissional de apoio à inclusão escolar como um de seus 
efeitos. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 26, n. 4, 2020. Disponível em: 
https://doi.org/10.1590/1980-54702020v26e0184. Acesso em: 10 jul. 2025. 
BERSCH, R. C. R.; TONOLLI, J. C. Tecnologia Assistiva. 2006. Disponível em: 
http://www.assistiva.com.br. Acesso em: 10 jul. 2025. 
BERSCH, R. C. R. Design de um Serviço de Tecnologia Assistiva em Escolas Públicas. 
Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2013. Porto Alegre. 
Acesso em: 11 jul. 2025. 
BRASIL. Decreto Nº 7.611, 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o 
atendimento educacional especializado e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm. Acesso em: 08 
jul. 2025. 
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da República Federativa do 
Brasil, Brasília, DF, 07 jul. 2015. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 08 jul. 
2025. 
BRASIL. Lei no 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção 
dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Brasília, DF, 2012. Acesso em: 11 
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 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 24 
 
BRASIL. Lei no 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação 
dos profissionais da educação e dar outras providências. Brasília, DF, 2013. Acesso em: 11 jul. 
2025. 
BRASIL, Ministério da Educação. Portaria n.105 de 14 de outubro de 2015. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacaocontinuada-alfabetizacao-diversidade-
einclusao/programas-e-acoes. Acesso em: 11 jul. 2025. 
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Manual do Programa de 
Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais. Brasília, 2010. Disponível em: 
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manual-orientacao-programa-implantacao-salas-recursos-multifuncionais&Itemid=30192. 
Acesso em: 10 jul. 2025. 
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perspectivas futuras. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 12, n. 4, p. 2108–
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tecnologia assistiva na sala de recurso multifuncional e sala de aula. Dissertação Mestrado 
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uso de Tecnologia Assistiva. Tese de Doutorado. Universidade Estadual Paulista ―Júlio de 
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Acesso em: 10 jul. 2025. 
https://doi.org/10.21723/riaee.v12.n4.out/dez.2017.8778
http://bds.unb.br/handle/123456789/143
https://doi.org/10.22476/revcted.v3i3.239
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/36313
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/10563/1/Tese%20Teofilo%20Galvao.pdf
https://doi.org/10.1590/0102-4698197403
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE Página 25 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NEURODIVERSIDADE: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E TECNOLOGIAS 
ASSISTIVAS NO ATENDIMENTO A ESTUDANTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E SURDEZ NO CONTEXTO ESCOLAR E UNIVERSITÁRIO. 
 
Juliana Balta Ferreira 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Nivea Maria Costa Vieira 
Idenis Gloria de Souza de Melo 
Priscilla Nayane Magalhães Ribeiro dos Santos 
Andreia de Lima Aragão Teixeira 
 
CONVITE IMPERDÍVEL PARA EDUCADORES, PESQUISADORES E TODOS 
QUE ACREDITAM NA INCLUSÃO! 
 
Você já pensou como a educação pode se transformar quando valorizamos a 
neurodiversidade e utilizamos tecnologias assistivas de forma estratégica? Nosso artigo 
“Educação Inclusiva e Neurodiversidade: Práticas Pedagógicas e Tecnologias Assistivas 
no Atendimento a Estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Surdez no 
Contexto Escolar e Universitário” revela caminhos inovadores para construir ambientes 
educativos mais acessíveis, acolhedores e efetivos. 
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tecnológicos estão ampliando as possibilidades de comunicação e aprendizagem, e entenda a 
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diversidade em todas as suas formas. 
 
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