Aula_03

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LITERATURA COMPARADA
 Aula 3 - Fundamentos Teóricos
Alguns fundamentos teóricos da Literatura Comparada
•	Teoria bem aplicada é um importante instrumento para enriquecer nossa prática de ler as obras e compará-las entre si.
•	Teoria nos instrumentaliza aumentando nossa capacidade de compreender os fatos da realidade
Tema da Apresentação
“Escolas”: 
Literatura Comparada é composta de três grandes linhas teóricas divididas em “escolas”: 
Francesa – relações “causais” entre obras ou entre autores ligada e historiografia literária;
Norte-Americana – eclética e absorve o New Criticism e os estudos comparados na fronteira de uma única literatura.
Soviética- apoiada nos princípios do estruturalismo de Praga - formalistas russos ou leste europeu. 
Paul Van Tieghem (precursor); 
História literária;
História Geral; 
Duas ou mais literaturas distintas;
As ligações que existentes entre: forma, conteúdo e estilo;
Metodologia: emissor, receptor e transmissor;
O foco é o autor e o que lhe diz respeito. 
História literária, Crítica literária, Literatura comparada;
Literatura Geral x Literatura Comparada.
 “Escola Francesa” 
Tema da Apresentação
“Aquela obra, aquele conjunto de obras que você leu com interesse, examinou e julgou, qual foi a sua origem, o que as ocasionou, qual o seu destino, em resumo, sua história? Este escritor que lhe agrada, como foi a sua carreira, breve, longa, brilhante ou obscura, abundante em publicações ou marcada por um único livro que é uma obra-prima? Sob que influência se formou, como desenvolveu seu talento, que relações manteve com seus contemporâneos dos quais você também leu certas publicações? Permaneceu independente ou fez parte de uma escola/ Que ação exerceu durante a vida...”. 
(TIEGHEM, Paul Van. Crítica Literária, história literária, literatura comparada. In: Literatura Comparada: textos fundadores. org. Eduardo F. Coutinho e Tânia Franco Carvalhal. Ed Rocco,2011, p.101)
Tema da Apresentação
“Escola norte-americana” 
 René Wellek colocou em xeque a hegemonia francesa nos estudos comparatistas;
Cisão entre o princípio francês e norte-americano; 
Eclética, aceita a análise de obras literárias dentro de uma única literatura e também se pauta nos estudos do new criticism;
Condena o afastamento dos movimentos críticos e acadêmicos;
Condena a separação entre Literatura comparada e Literatura geral;
Estudar qualquer literatura internacional e sem limitar a um único método.
Tema da Apresentação
“O homem, o homem universal, o homem de qualquer lugar e de qualquer tempo, em toda a sua variedade, vai emergir e os estudos literários deixarão de ser um passatempo antiquado, um cálculo de créditos e débitos nacionais ou mesmo um mapeamento de redes de relações. Os estudos literários tornar-se-ão um ato de imaginação, como a própria arte e, portanto, um preservador e criador dos valores mais elevados da humanidade.”
(WELEK, René. A crise da literatura comparada. In: Literatura Comparada: textos fundadores. org. Eduardo F. Coutinho e Tânia Franco Carvalhal. Ed Rocco,2011, p.131.)
Tema da Apresentação
O Renovação dos estudos da literatura comparada – 1950/60;
Quebra da supremacia francesa e norte-americana;
Investigação literária marxista se coloca contra a orientação francesa – Vitor Zhirmunsky;
Compreensão da literatura como produto da sociedade;
Distinguir entre analogias tipológicas e importações culturais – influências;
“Escola soviética”
Tema da Apresentação
Relevância dos estudos literários será a questão social
Comparação será a base da investigação histórica
As influências literárias internacionais possuem três pontos: Ideológica, literária e conexões e influências 
Literatura geral e Literatura comparada.
“Escola soviética”
No que diz respeito às contribuições da história para a compreensão dos fatos literários, as melhores contribuições viriam de autores de formação marxista, pois estudos literários puderam saber aproveitar com mais equilíbrio as vantagens que poderiam advir de um diálogo com outras disciplinas, tais como a história, a sociologia ou a psicologia. 
Tema da Apresentação
Novos contornos para a dialética entre Literatura e Sociedade 
Antonio Candido, no ensaio “Crítica e sociologia (tentativa de esclarecimento)” com que abre sua importante obra Literatura e Sociedade, propõe que o estudo de aspectos sociais numa obra literária pode adquirir novos contornos na medida em que deixarmos de considerar o meio social como algo externo a obra e passarmos a verificar que ele se realiza como um dos aspectos internos. 
Existe ainda outro fator básico que interfere na relação entre a obra literária e o contexto social – as ideologias. Com efeito, todo discurso, inclusive o literário, sempre reflete aos padrões ideológicos vigentes na época em que o autor viveu. Os modos de pensar e agir de uma época estão marcados em qualquer discurso que se produza em tal época. Visto sob este ponto de vista, todo texto literário testemunha padrões ideológicos. Isso se dá mesmo quando o autor não toma plena consciência do fato. Ler um clássico da literatura é sempre ter contato com o mundo em que ele viveu.
Tema da Apresentação
Registro de frequência 
Questão 1 - Debater a importância das influências e dos empréstimos é um dos requisitos considerados fundamentais por qual escola teórica de Literatura Comparada?
a) A francesa, que reúne a nata dos mais destacados pesquisadores da atualidade;
b) A norteamericana, que reúne pesquisadores fortemente influenciados pelas correntes teóricas do início do século XX;
c) A francesa, que reúne os pesquisadores ainda influenciados pelas doutrinas dominantes no século XIX;
d) A norteamericana, que reúne a nata dos mais destacados pesquisadores da atualidade;
e) A soviética, que reúne pesquisadores que souberam reler e revalorizar a contribuição das doutrinas do século XIX.
Tema da Apresentação
Registro de frequência 
Questão 2 – Segundo o pesquisador russo Viktor Zhirmunsky, só podemos falar propriamente em influência quando...
A literatura receptora é incapaz de dar uma formulação própria para o tema tomado de empréstimo.
b) A literatura transmissora impõe à receptora a sua própria formulação do tema.
c) A literatura transmissora consegue retrabalhar o tema tomado de empréstimo.
d) A literatura receptora consegue retrabalhar o tema tomado de empréstimo.
Tema da Apresentação
Registro de frequência 
Questão 3 – René Wellek, em sua argumentação, contesta os argumentos centrais do comparativismo tradicional, entre os quais podemos destacar:
a) A ênfase na análise estrutural, inspirada na linguística saussereana e a busca de elementos de análise nas camadas mais profundas do texto.
b) A ênfase no historicismo determinista, ao gosto do século XIX e a pouca importância dada à leitura em profundidade das obras em si.
c) A ênfase no historicismo determinista, ao gosto do século XX e a relativa valorização dada à leitura em profundidade das obras em si.
d) A ênfase na análise de cunho ideológico e na percepção de que os elementos contextuais podem, muitas vezes, deixar de ser apenas externos às obras, revelando-se internos.
e) Nenhuma das respostas acima.
Tema da Apresentação
Registro de frequência 
Questão 4 – O exemplo retirado por Antonio Candido de uma análise do romance Senhora, de José de Alencar se articula a um movimento...
a)	Em prol da valorização dos aspectos contextuais, seguindo os modelos de análise históricos e sociológicos da escola norteamericana, sem desprezar as contribuições das outras escolas. 
b)	Em prol de uma renovação dos estudos literários em diálogo com aspectos históricos e sociológicos configura uma tendência da escola teórica marxista, mas sem desprezar as contribuições dos formalistas.
c)	Em prol de uma renovação dos estudos literários em diálogo com aspectos históricos e sociológicos configura uma tendência da escola teórica formalista,
mas sem desprezar as contribuições dos marxistas.
d)	Em prol da valorização dos aspectos contextuais, seguindo os modelos de análise históricos e sociológicos da escola francesa, sem desprezar as contribuições das outras escolas. 
e)	Nenhuma das respostas acima.
Tema da Apresentação
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