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Aula_06 (1)

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LITERATURA POPULAR REGIONAL
Aula 6: Contextualidade dos fenômenos literários regionais e tipos de regionalismo
 - Alguns dos fenômenos literários que mais caracterizam cada uma das cinco regiões do Brasil;
- Os tipos de regionalismos mais presentes nas diversas manifestações artístico-literárias da atualidade.
Tema da Apresentação
Contextualidade dos fenômenos literários regionais e tipos de regionalismo– AULA6
Literatura popular regional
A cultura popular
Regionalismo é o tipo de produção literária que privilegia sua narrativa em determinada parte de um país. 
Foto de Dida Sampaio. Vidas Secas, da exposição “Narrativas Brasileiras”, Cidade do Porto, Portugal
Tema da Apresentação
Contextualidade dos fenômenos literários regionais e tipos de regionalismo– AULA6
Literatura popular regional
Os primeiros autores do gênero não mencionavam uma localidade, mas seus textos estavam cheios das referências à cultura regional brasileira. Esse tema é recorrente na literatura brasileira desde o século XIX. 
novel de Carlos Ferreira e Rodrigo Rosa inspirada em Os Sertões
Tema da Apresentação
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Literatura popular regional
 
Vídeo 1
 Lendas...
Tela Boto Rosa, inspirada na famosa lenda amazonense, do pintor fd. Bassani
Tema da Apresentação
Contextualidade dos fenômenos literários regionais e tipos de regionalismo– AULA6
Literatura popular regional
Autores como José de Alencar, Guimarães Rosa, Érico Veríssimo e Franklin Távora deram o “pontapé” inicial e até hoje encontramos alguns traços de regionalismo na literatura brasileira, embora as obras mais representativas se concentrem nos textos da metade do século passado, com José Lins do Rego, Graciliano Ramos entre outros.
Quadro Boi maravilhoso, de Fábio Campos, inspirado nas obras de Guimarães Rosa
Tema da Apresentação
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Literatura popular regional
 
A região amazônica não compreende somente a grande floresta ou o folclore. O ciclo da borracha, por exemplo, é pano de fundo para diversos romancistas amazonenses da primeira metade do século XX. As questões do homem, da sua dignidade e as injustiças sociais acerca da exploração extrativista na Amazônia são retratadas no romance Terra de Ninguém, do escritor Francisco Galvão e publicado em 1934. Décadas depois, escritores como Arthur Engrácio (1928-1997), dividiriam o interesse pelas tradições populares e regionais com narrativas cujo tom de denúncia social marcava suas obras. 
Região Norte 
A literatura amazônica;
Lendas indígenas;
Referência da cultura acadêmica: Milton Hatoum
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Literatura popular regional
 
Em 1954 foi fundado pelo poeta Jorge Tufic e outros o Clube da Madrugada, escritores de vanguarda artística que tinham como objetivo modernizar a arte e a literatura no Amazonas, em conexão com as novas ideias surgidas no país a partir do movimento modernista. A partir do final da década de 60 do último século, Manaus sofre grandes transformações, sobretudo a partir da instalação da Zona Franca. Este cotidiano ‘das cidades’ começa a se refletir na literatura da região.
Jorge Tufic 
Tema da Apresentação
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Literatura popular regional
 Vídeo 2
Poesia, música, tambores.
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Literatura popular regional
 
	As origens do movimento denominado Trovismo encontram-se na literatura oral, isto é, nas raízes mais sólidas da cultura literária popular. 	Muito antes que fossem desenvolvidos os sistemas de escrita o homem já contava histórias, prática comum em todo tipo de sociedade. Com o advento da imprensa e a democratização da leitura a oralidade perdeu prestígio, sobretudo nos centros urbanos. Até a primeira metade do século XX, período em que não havia rádio ou televisão, as pessoas costumavam se divertir em reuniões com seus familiares. Um dos entretenimentos era a narração de histórias, não raro baseadas em repertórios folclóricos. 
	 
Região sudeste
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Literatura popular regional
 
No livro Origem Capixaba da Trova, o escritor e acadêmico capixaba Clério José Borges relata historicamente alguns fatos importantes para a fixação e estudo das trovas. 
 
“O primeiro coletor das chamadas Trovas Populares em terras capixabas (...) foi o primeiro Governador Republicano, Afonso Cláudio de Freitas Rosa, que publicou no Rio de Janeiro, em 1921, o livro Trovas e Cantares Capixabas, no qual reuniu 21 Trovas.”
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Literatura popular regional
 
Segundo Clério Borges, a Revista Vida Capixaba passa a ser o principal divulgador dos poetas do trovismo, divulgando seus trabalhos ao lado de matérias políticas e sociais da época. 
Em 1949, o professor Guilherme Santos Neves publica o livro Cancioneiro Capixaba de Trovas Populares.
Guilherme dos Santos Neves, um dos maiores pesquisadores do folclore capixaba
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Literatura popular regional
Região sul 
A literatura regional popular no Rio Grande do Sul tem semelhanças e uma evidente identificação com a de outras regiões do país. A poesia gauchesca, assim como a nordestina, está originalmente vinculada à música, à dança, a glosa e outros jogos de trovar. 
Tema da Apresentação
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Literatura popular regional
“Gauchando” poeticamente
 
Existem pelo menos dois tipos de poesia popular no Rio Grande do sul: as “décimas” e as “quadrinhas”. A primeira resulta em longas narrativas de aventura, a segunda em quadrinhas cantadas, chamadas de versos decorados, opondo-se aos versos de improviso, esta “a principal forma de trova campeira no Rio Grande”, segundo o historiador e folclorista Barbosa Lessa. 
			Bote uma linha no começo.
			Mais outra, prá dar a rima.
			E depois duas, que nada
			Têm a ver com as de cima
					LESSA, Barbosa. História do chimarrão. Rio Grande 					do Sul: Sulinas
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Literatura popular regional
Vídeo 3
Contos gauchescos e cinema
.
Narrativa e folclore gaúcho no cinema: adaptação para as telas de Contos gauchescos, de João Simões Lopes Neto
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Literatura popular regional
Região centro-oeste
 
Cora retratada na peça em sua homenagem: Os Meninos Verdes de Cora Coralina, da Cia. Teatro de Bonecos do Distrito Federal
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Literatura popular regional
Cora
 
	Concentraremos a literatura popular da região centro-oeste em um nome: Cora Coralina.
	Os poucos anos de escolaridade formal não impediram que o Brasil conhecesse a poesia delicada, de palavras precisas da artista mais reverenciada da lírica do centro-oeste. Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Cora Coralina, escrevia desde os treze anos, fundou um jornal literário em Goiás aos dezessete anos com as amigas Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana, mas só alcançou o sucesso nacional em na década de 80, quando Carlos Drummond de Andrade a pareniza publicamente, em uma carta com muitos elogios ao livro Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha:
Tema da Apresentação
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Literatura popular regional
 
“Minha querida amiga Cora Coralina: Seu "Vintém de Cobre" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( ...)." 
Vintém de cobre - Meias confissões de Aninha, Global Editora — São Paulo, 2001, pág. 174.
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