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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS - TJPE
Material Completo com Base Legal, Exemplos Práticos e Questões
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
1.1. Princípios Constitucionais Expressos (Art. 37, CF/88)
Base Legal: Art. 37, caput, CF/88
"A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE,
MORALIDADE, PUBLICIDADE e EFICIÊNCIA"
MNEMÔNICO: L.I.M.P.E - Este é o ponto mais cobrado em concursos públicos!
a) Legalidade
Conceito: A Administração só pode fazer o que a lei permite ou autoriza.
Diferença fundamental: O particular pode fazer tudo que a lei não proíbe; a Administração só pode fazer o que a lei
expressamente autoriza.
Exemplo prático: Um servidor público não pode criar um procedimento administrativo que não esteja
previsto em lei, mesmo que seja mais eficiente.
b) Impessoalidade
Conceito: Tratamento igual e imparcial aos administrados; vedação ao personalismo e favorecimentos.
Art. 37, §1º, CF: Proibição expressa de promoção pessoal em publicidade oficial.
Exemplo prático: Em um concurso público, todos os candidatos devem ser tratados com igualdade,
seguindo critérios objetivos pré-estabelecidos.
c) Moralidade
Conceito: Comportamento ético, honesto, de boa-fé na condução dos negócios públicos.
Desdobramento importante: Lei de Improbidade Administrativa (8.429/92).
Exemplo prático: Nepotismo - vedado pela Súmula Vinculante 13 do STF, que proíbe a nomeação de
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau.
d) Publicidade
Conceito: Transparência dos atos administrativos como regra geral.
Exceções constitucionais: Art. 5º, XXXIII, CF - informações imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado.
Instrumentos: Diário Oficial, portal da transparência, publicação de editais de licitação.
e) Eficiência (incluído pela EC 19/98)
Conceito: Busca da melhor relação custo-benefício nas atividades administrativas.
Instrumentos: Avaliação de desempenho de servidores, estabelecimento de metas de qualidade.
1.2. Princípios Implícitos (Muito Cobrados)
Razoabilidade e Proporcionalidade: Adequação entre meios e fins
Autotutela: Súmulas 346 e 473 do STF - poder-dever de controlar os próprios atos
Continuidade do Serviço Público: Serviços essenciais não podem parar
Supremacia do Interesse Público: Interesse coletivo prevalece sobre o individual
2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: CONCEITO, PRINCÍPIOS, FINALIDADE, ÓRGÃOS
E AGENTES
2.1. Conceito
Administração Pública é o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que o Estado utiliza para o desempenho de suas
atividades administrativas, visando à satisfação do interesse público.
2.2. Sentidos da Administração Pública
Subjetivo/Orgânico: QUEM administra (órgãos e pessoas jurídicas)
Objetivo/Material: O QUE se administra (atividade administrativa)
Formal: COMO se administra (sob regime jurídico administrativo)
2.3. Finalidade
Interesse público - dividido em:
Primário: Interesse da coletividade
Secundário: Interesse do Estado como pessoa jurídica
2.4. Órgãos Públicos
Base Legal: Art. 1º, §2º, Lei 9.784/99
"Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta."
Conceito: Centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes.
Classificação dos Órgãos:
Critério Tipos Características
Hierarquia Superiores / Subalternos Posição na escala hierárquica
Estrutura Simples / Compostos Órgãos internos ou não
Atuação Singulares / Colegiados Um ou vários agentes
2.5. Agentes Públicos
Conceito amplo: Todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função
estatal.
Classificação:
1. Agentes políticos: Presidente, Ministros, Governadores, Prefeitos, Parlamentares
2. Servidores estatais:
Servidores públicos (estatutários)
Empregados públicos (CLT)
Temporários (art. 37, IX, CF)
3. Particulares em colaboração: Mesários, jurados, requisitados
3. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA
3.1. Administração Direta
Conceito: Conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas (União, Estados, DF e Municípios), aos quais foi
atribuída competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas.
Características principais:
Ausência de personalidade jurídica própria
Subordinação hierárquica
Desconcentração administrativa
Exemplos: Ministérios, Secretarias Estaduais, Secretarias Municipais, Presidência da República.
3.2. Administração Indireta
Base Legal: Art. 37, XIX, CF/88; Decreto-lei 200/67
"Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação..."
Conceito: Conjunto de pessoas jurídicas de direito público ou privado, criadas ou autorizadas por lei, para desempenhar
atividades de interesse público, de forma descentralizada.
Entidades da Administração Indireta:
a) Autarquias
Conceito: Pessoa jurídica de direito público
Características: Patrimônio próprio, especialização técnica, capacidade de auto-administração
Privilégios: Imunidade tributária, prazos processuais dobrados, bens impenhoráveis
Criação: Por lei específica
Exemplos: INSS, IBAMA, BACEN, CVM, ANATEL.
b) Fundações Públicas
Conceito: Patrimônio personalizado, total ou parcialmente público, destinado a fim específico de interesse coletivo
Natureza: Pode ser de direito público ou privado
Finalidade típica: Educação, cultura, pesquisa científica
Criação: Por lei específica (se direito público) ou autorizada por lei (se direito privado)
Exemplos: FUNAI, Fundação Nacional de Saúde, IBGE.
c) Empresas Públicas
Conceito: Pessoa jurídica de direito privado, com capital 100% público
Forma jurídica: Qualquer forma societária admitida em direito
Foro: Justiça Federal (se federais), Justiça Estadual (se estaduais/municipais)
Criação: Autorizada por lei específica
Exemplos: Caixa Econômica Federal, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
d) Sociedades de Economia Mista
Conceito: Pessoa jurídica de direito privado, com capital misto (público + privado)
Forma jurídica: Apenas sociedade anônima
Controle: Poder público detém maioria das ações com direito a voto
Criação: Autorizada por lei específica
Exemplos: Banco do Brasil, Petrobrás, Eletrobrás.
Quadro Comparativo (Muito Cobrado):
Entidade Natureza Jurídica Capital Forma Societária Criação
Autarquia Direito Público Público - Lei específica
Fundação Pública Público ou Privado Público - Lei específica
Empresa Pública Direito Privado 100% Público Qualquer Autorizada por lei
S.E.M. Direito Privado Misto S.A. Autorizada por lei
Controle da Administração Indireta: Tutela ou Controle Finalístico (NÃO é hierarquia!)
4. PODERES ADMINISTRATIVOS
4.1. Conceito
São instrumentos de direito público que permitem à Administração Pública cumprir suas finalidades. Na verdade, são
deveres-poderes, pois seu exercício é obrigatório.
4.2. Características
Dever-poder: Exercício obrigatório quando presentes os pressupostos
Irrenunciáveis: Não podem ser objeto de renúncia
Imprescritíveis: Não se perdem pelo não uso
4.3. Espécies
a) Poder Vinculado
Características:
Liberdade zero para o administrador
Lei define todos os elementos do ato
Verificados os requisitos legais, o ato DEVE ser praticado
Exemplo: Concessão de aposentadoria - preenchidos os requisitos legais, é direito do servidor e dever da
Administração conceder.
b) Poder Discricionário
Características:
Liberdade de escolha quanto à conveniência e oportunidade
Elementos MOTIVO e OBJETO podem ser discricionários
Controle judicial: apenas legalidade, NÃO o mérito
Exemplo: Escolha do local para desapropriação de utilidade pública - há discricionariedade na escolha,
desde que atenda à finalidade legal.
c) Poder Hierárquico
Conceito: Poder de organização interna da Administração Pública.Manifestações:
Comando: Dar ordens e instruções
Fiscalização: Verificar o cumprimento das ordens
Revisão: Rever os atos dos subordinados
Punição: Aplicar sanções disciplinares
Delegação: Transferir competências a subordinados
Avocação: Chamar para si competência do subordinado
IMPORTANTE: A hierarquia só existe DENTRO da mesma pessoa jurídica!
d) Poder Disciplinar
Conceito: Poder de punir servidores públicos e particulares sujeitos à disciplina administrativa.
Características:
Apura infrações através de sindicância e processo administrativo disciplinar
Aplica penalidades de forma graduada
Respeita o devido processo legal, contraditório e ampla defesa
Graduação das penalidades (Lei 8.112/90):
1. Advertência
2. Suspensão (até 90 dias)
3. Demissão
4. Cassação de aposentadoria ou disponibilidade
5. Destituição de cargo em comissão
e) Poder de Polícia
Base Legal: Art. 78, CTN
"Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público..."
Conceito: Faculdade discricionária da Administração de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e
direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.
Atributos do Poder de Polícia:
Discricionariedade: Em regra (há atos vinculados)
Auto-executoriedade: Execução sem intervenção judicial
Coercibilidade: Imposição coativa das medidas
Fases do Poder de Polícia:
1. Legislação: Criação da norma limitadora
2. Consentimento: Licenças e autorizações
3. Fiscalização: Verificação do cumprimento das normas
4. Sanção: Aplicação de penalidades
Diferença Fundamental (Muito Cobrada):
LICENÇA AUTORIZAÇÃO
Ato vinculado Ato discricionário
Direito subjetivo Interesse público
Definitive (estável) Precária (revogável)
Ex: licença para construir Ex: porte de arma
Feito com Genspark
5. ATOS ADMINISTRATIVOS
5.1. Conceito
Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha
por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria.
5.2. Requisitos/Elementos
Base Legal: Art. 2º, Lei 9.784/99 - Lei do Processo Administrativo Federal
a) Competência (Elemento Subjetivo)
Características:
Inderrogável: Não pode ser alterada pela vontade das partes
Improrrogável: Incompetência não se convalida
Imprescritível: Não se perde pelo tempo
Delegação e Avocação: Possíveis, salvo nos casos de competência exclusiva.
b) Finalidade
O ato deve visar sempre ao interesse público específico que a lei pretende alcançar.
Vício: Desvio de poder ou desvio de finalidade.
c) Forma
Regra: Forma escrita
Exceções: Sinais de trânsito, ordens verbais em situações urgentes.
d) Motivo
Situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato.
Teoria dos Motivos Determinantes: A validade do ato se vincula aos motivos indicados como seu fundamento -
muito cobrada!
e) Objeto
É o efeito jurídico imediato que o ato produz, aquilo que o ato dispõe.
Requisitos: Deve ser lícito, possível e determinado.
5.3. Atributos dos Atos Administrativos
a) Presunção de Legitimidade (ou Legalidade)
Conceito: Presume-se que o ato foi praticado conforme a lei
Consequência: Inversão do ônus da prova
Natureza: Relativa (júris tantum) - admite prova em contrário
b) Imperatividade (ou Poder Extroverso)
Conceito: Possibilidade de a Administração impor unilateralmente obrigações aos administrados
NÃO possuem: Atos enunciativos (certidões, atestados)
c) Auto-executoriedade
Conceito: Possibilidade de execução do ato pela própria Administração, sem intervenção judicial
Requisitos: Previsão legal expressa OU urgência + meios proporcionais
Limites: Não abrange execução por quantia certa
d) Tipicidade
Conceito: Correspondência entre a situação de fato e o ato administrativo previsto em lei
Consequência: Para cada situação específica, há ato administrativo definido em lei
5.4. Classificação dos Atos Administrativos
Quanto aos efeitos:
Constitutivos: Criam, modificam ou extinguem situações jurídicas
Declaratórios: Apenas reconhecem situação jurídica preexistente
Quanto à liberdade de ação:
Vinculados: Administração tem liberdade zero
Discricionários: Administração avalia conveniência e oportunidade
Quanto aos destinatários:
Gerais: Dirigidos a destinatários indeterminados (regulamentos)
Individuais: Dirigidos a destinatários determinados
5.5. Motivação
Base Legal: Art. 50, Lei 9.784/99
"Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos..."
Conceito: Exposição dos motivos, ou seja, das razões de fato e de direito que levaram à prática do ato.
Casos de Motivação Obrigatória (Muito Cobrado):
Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses
Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções
Decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública
Decidam recursos administrativos
Decorram de reexame de ofício
Deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão
Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório
Apliquem sanções ou medidas de polícia
Revogem ou anulem ato administrativo
5.6. Extinção dos Atos Administrativos
a) Revogação
Fundamento: Inconveniência ou inoportunidade (mérito)
Competência: Somente a própria Administração
Efeitos: Ex nunc (não retroage)
Limites:
Atos vinculados
Atos que geraram direitos adquiridos
Atos consumados (exauridos)
Atos que integram procedimento
Meros atos administrativos
b) Anulação
Fundamento: Ilegalidade ou ilegitimidade
Competência: Administração Pública e Poder Judiciário
Efeitos: Ex tunc (retroage às origens)
Súmula 473, STF: "A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial."
c) Outras formas de extinção:
Cassação: Por descumprimento de condições pelo beneficiário
Caducidade: Por superveniência de norma incompatível
Contraposição: Por ato posterior incompatível
Cumprimento dos efeitos: Por exaurimento natural
6. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
6.1. Base Legal
Lei 8.666/93 - Lei de Licitações e Contratos (ainda vigente em muitos entes)
Lei 14.133/2021 - Nova Lei de Licitações e Contratos
6.2. Conceito
Contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou outra
entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria
Administração.
6.3. Características Específicas
Cláusulas Exorbitantes (Prerrogativas da Administração):
1. Modificação unilateral:
Quantitativa: até 25% (para mais ou para menos)
Qualitativa: até 50% (nos contratos de reforma)
2. Rescisão unilateral
3. Fiscalização e controle
4. Aplicação direta de penalidades
5. Ocupação provisória de bens e serviços
6. Nos casos de serviços essenciais
6.4. Espécies de Contratos
Obra pública
Serviço (comum, técnico profissional, técnico especializado)
Compra
Alienação
Locação
Concessão
Permissão
6.5. Formalização
Instrumento contratual: Termo de contrato (regra) ou documento equivalente
Publicação: Extrato deve ser publicado no prazo de 20 dias
Eficácia: Inicia-se com a publicação do extrato
6.6. Prazo de Duração
Art. 57, Lei 8.666/93 - ainda aplicável em muitos entes
Tipo de Contrato Prazo Máximo Prorrogação
Regra geral 12 meses Por igual período
Prestação de serviços contínuos 60 meses Excepcionalmente + 12 meses
Aluguel de equipamentos/software 48 meses -
6.7. Execução
Princípios:
Boa-fé objetiva
Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
Acompanhamento e fiscalização pela Administração
6.8. Inexecução
a) Inadimplemento culposo:
Casofortuito ou força maior
Fato do príncipe (lei/ato geral)
Fato da administração (comportamento da Administração)
Interferências imprevistas
b) Inadimplemento doloso:
Descumprimento intencional das obrigações
Sujeito às penalidades contratuais e legais
6.9. Revisão e Rescisão
Revisão:
Recomposição do equilíbrio econômico-financeiro sempre que houver fatos supervenientes que tornem a execução
excessivamente onerosa.
Rescisão:
Administrativa: Unilateral pela Administração
Amigável: Por acordo entre as partes
Judicial: Por decisão judicial
De pleno direito: Por cláusula resolutiva
7. GESTÃO CONTRATUAL
7.1. Conceito
É o conjunto de atividades destinadas a acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos administrativos, visando garantir
o cumprimento das obrigações assumidas pelas partes e a consecução dos resultados pretendidos.
7.2. Instrumentos de Gestão
Designação de gestor e/ou fiscal: Servidor responsável pelo acompanhamento
Livro de ocorrências: Registro dos fatos relevantes
Reuniões de acompanhamento: Avaliação periódica
Relatórios de execução: Documentação dos resultados
7.3. Responsabilidades do Gestor
Acompanhar a execução do contrato
Verificar o cumprimento das especificações
Atestar a prestação do serviço
Aplicar penalidades quando necessário
Propor alterações contratuais
8. LICITAÇÃO
8.1. Conceito e Finalidade
Licitação é o procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela
controlados selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos: (1) garantir o
cumprimento do princípio constitucional da isonomia e (2) buscar a proposta mais vantajosa para a Administração.
8.2. Base Legal
CF/88, art. 37, XXI
Lei 8.666/93 - Lei de Licitações e Contratos (sendo gradualmente substituída)
Lei 10.520/02 - Lei do Pregão
Lei 14.133/2021 - Nova Lei de Licitações e Contratos
8.3. Princípios da Licitação
Lei 8.666/93 (art. 3º):
Legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento
convocatório, julgamento objetivo.
Lei 14.133/2021 - NOVOS PRINCÍPIOS (art. 5º):
Aos anteriores, acrescenta: interesse público, planejamento, transparência, eficácia, segregação de funções, motivação,
segurança jurídica, razoabilidade, competitividade, proporcionalidade, celeridade, economicidade, desenvolvimento
nacional sustentável.
8.4. Modalidades de Licitação
Lei 8.666/93:
Modalidade Características Valores
Concorrência Qualquer interessado Acima dos limites das demais
Tomada de Preços Inscritos em cadastro Valores médios
Convite Mínimo 3 convidados Menores valores
Concurso Trabalho técnico/artístico Qualquer valor
Leilão Venda de bens Qualquer valor
Pregão Bens e serviços comuns Qualquer valor
Lei 14.133/2021 - NOVAS MODALIDADES:
1. Pregão (modalidade preferencial)
2. Concorrência
3. Concurso
4. Leilão
5. Diálogo competitivo (NOVIDADE - para contratações inovadoras)
8.5. Dispensa e Inexigibilidade
Dispensa de Licitação (Art. 24, Lei 8.666/93):
Conceito: A licitação é viável, mas a lei desobriga sua realização.
Principais casos:
Situações de emergência ou calamidade
Valores baixos (até R$ 17.600,00 para obras; até R$ 8.800,00 para outros)
Contratação de instituição para pesquisa científica
Contratação de associação de portadores de deficiência
Inexigibilidade de Licitação (Art. 25, Lei 8.666/93):
Conceito: A competição é inviável.
Casos típicos:
Fornecedor exclusivo
Serviços técnicos especializados de natureza singular
Contratação de artista consagrado
8.6. Procedimento Licitatório
1. Fase interna: Elaboração do edital/convite
2. Publicação: Divulgação do edital
3. Habilitação: Verificação dos requisitos dos licitantes
4. Classificação e julgamento: Análise das propostas
5. Homologação: Verificação da legalidade do procedimento
6. Adjudicação: Atribuição do objeto ao vencedor
7. Contratação: Formalização do contrato
8.7. NOVIDADES DA LEI 14.133/2021:
Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP): Obrigatório
Critério de maior retorno econômico: Nova forma de julgamento
Digitalização obrigatória: Processos eletrônicos
Contratação integrada: Nova modalidade de execução
Ata de registro de preços: Validade de até 12 meses
9. RECURSOS ADMINISTRATIVOS
9.1. Base Legal
Lei 9.784/99 - Lei do Processo Administrativo Federal (arts. 56-63)
9.2. Conceito
Meio de impugnação de atos administrativos colocado à disposição dos administrados e exercitável perante a própria
Administração Pública.
9.3. Princípios Aplicáveis
Contraditório e ampla defesa
Devido processo legal
Oficialidade
Informalismo moderado
Gratuidade
9.4. Espécies
a) Recurso Hierárquico Próprio:
Dirigido à autoridade superior dentro da mesma pessoa jurídica
Direito subjetivo do interessado
Efeito devolutivo sempre presente
b) Recurso Hierárquico Impróprio:
Dirigido à autoridade de pessoa jurídica diversa
Depende de previsão legal expressa
Exemplo: recurso ao Ministério contra ato de autarquia
c) Pedido de Reconsideração:
Dirigido à mesma autoridade que praticou o ato
Não impede o recurso hierárquico
Prazo próprio é suspenso até a decisão
9.5. Efeitos dos Recursos
Efeito devolutivo: Sempre presente (devolve a matéria para nova apreciação)
Efeito suspensivo: Excepcional (apenas quando expressamente previsto)
9.6. Prazos
Regra geral: 10 dias a partir da ciência da decisão
Decisão: Até 30 dias (prorrogáveis por igual período)
10. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
10.1. Base Legal
Decreto 7.892/2013 (âmbito federal)
Lei 14.133/2021, arts. 82-91
10.2. Conceito
Sistema que permite à Administração Pública registrar preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens,
para contratações futuras.
10.3. Características
Ata de Registro de Preços: Documento vinculativo com validade máxima de 12 meses
Órgão gerenciador: Responsável pela condução do certame
Órgãos participantes: Manifestam interesse durante o procedimento
Carona/Adesão: Órgão não participante pode aderir à ata, até o limite de 5x a quantidade registrada para o
órgão gerenciador
10.4. Vantagens
Economia de escala
Redução de custos operacionais
Celeridade nas contratações
Padronização de preços
11. SERVIÇOS PÚBLICOS
11.1. Conceito
Serviço público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada à satisfação da
coletividade em geral, mas fruível singularmente pelos administrados, prestada diretamente pela Administração
Pública ou por quem lhe faça às vezes, sob um regime de Direito Público.
11.2. Classificação
Quanto à essencialidade:
Próprios do Estado (uti universi): Indelegáveis, essenciais
Impróprios do Estado (uti singuli): Delegáveis, úteis
Quanto aos usuários:
Gerais/uti universi: Prestados à coletividade (segurança pública)
Específicos/uti singuli: Usuários determinados e divisíveis (energia elétrica)
Quanto à forma de prestação:
Centralizados: Prestados diretamente pelo Estado
Descentralizados: Prestados por terceiros por delegação
11.3. Princípios dos Serviços Públicos
Continuidade: Não podem parar (serviços essenciais)
Mutabilidade/Atualidade: Adaptação às necessidades
Igualdade: Tratamento isonômico dos usuários
Generalidade: Disponível para todos
Eficiência: Qualidade na prestação
Modicidade: Tarifa justa
Cortesia: Tratamento adequado aos usuários
11.4. Formas de Delegação
a) Concessão
Base Legal: Lei 8.987/95
Art. 2º, II: "concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado"
Características:
Contrato administrativo
Licitação obrigatória (concorrência)
Prazo determinado
Risco do concessionário
Remuneração pela tarifa
Estabilidade relativa
b) Permissão
Características:
Contrato de adesão
Caráter precário
Licitação obrigatória
Pessoafísica ou jurídica
Revogação unilateral
c) Autorização
Características:
Ato administrativo unilateral
Discricionário
Precário
Atividades de menor relevância
Sem licitação
Quadro Comparativo (Muito Cobrado):
Aspecto Concessão Permissão Autorização
Natureza Contrato Contrato adesão Ato administrativo
Estabilidade Estável Precária Precária
Licitação Obrigatória Obrigatória Dispensada
Prazo Determinado Indeterminado Indeterminado
12. SERVIDORES PÚBLICOS
12.1. Base Legal
CF/88, arts. 37-41
Lei 8.112/90 - Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Federais
12.2. Conceito
Servidores públicos são todas as pessoas físicas incumbidas de uma função pública como atividade profissional
remunerada, sujeitas a um regime jurídico específico.
12.3. Classificação
Servidores estatutários: Regime estatutário (Lei 8.112/90)
Empregados públicos: Regime da CLT
Servidores temporários: Contratação temporária (art. 37, IX, CF)
13. REGIME JURÍDICO
Art. 1º, Lei 8.112/90: "Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das
autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais."
13.1. Características do Regime Estatutário
Legal: Disciplinado por lei
Não contratual: Não há contrato, mas estatuto
Modificável unilateralmente: Lei pode alterar condições
Cargo público: Conjunto de atribuições e responsabilidades
13.2. Provimento
Regra Constitucional:
Art. 37, II, CF: "a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos..."
Formas de Provimento (Lei 8.112/90):
Nomeação: Única forma originária
Promoção: Elevação funcional
Readaptação: Por limitação física/mental
Reversão: Retorno do aposentado
Aproveitamento: Retorno do em disponibilidade
Reintegração: Retorno por anulação de demissão
Recondução: Retorno ao cargo anterior
14. ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
14.1. Princípios Organizacionais
Hierarquia: Estrutura piramidal
Especialização: Divisão do trabalho
Coordenação: Harmonização das atividades
Controle: Verificação da regularidade
14.2. Estrutura
Cargos: Conjunto de atribuições
Carreiras: Conjunto de cargos de mesma profissão
Quadros: Conjunto de carreiras e cargos isolados
15. DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DO SERVIDOR PÚBLICO
15.1. Direitos (Lei 8.112/90)
Vencimento e Remuneração:
Vencimento: Retribuição pelo exercício do cargo
Remuneração: Vencimento + vantagens pecuniárias
Principais Direitos:
Férias: 30 dias por ano
13º salário
Licenças: Saúde, maternidade, paternidade, capacitação
Aposentadoria
Salário-família
Auxílio-natalidade
Auxílio-funeral
15.2. Deveres (Art. 116, Lei 8.112/90)
Exercer com zelo as atribuições
Ser leal às instituições
Observar normas legais e regulamentares
Cumprir ordens superiores (legais)
Atender com presteza o público
Levar ao conhecimento da autoridade irregularidades
Zelar pela economia do material
Guardar sigilo sobre assuntos da repartição
Manter conduta compatível com a moralidade administrativa
Ser assíduo e pontual
Tratar com urbanidade as pessoas
15.3. Proibições (Art. 117, Lei 8.112/90)
Ausentar-se do serviço sem prévia autorização
Retirar documento/objeto da repartição sem autorização
Recusar fé a documentos públicos
Opor resistência injustificada ao andamento de documento
Promover manifestação de apreço ou desapreço
Cometer pessoa estranha à repartição
Coagir ou aliciar subordinados
Manter sob chefia imediata cônjuge ou parente até 2º grau
Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal
Participar de gerência de empresa privada
Atuar como procurador junto a repartições públicas
Receber propina, comissão, presente ou vantagem
Aceitar comissão/emprego de governo estrangeiro
Praticar usura
Proceder de forma desidiosa
Utilizar pessoal/recursos materiais em atividade particular
Cometer outro servidor para atribuição estranha ao cargo
Exercer quaisquer atividades incompatíveis
16. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, CIVIL E CRIMINAL DO SERVIDOR PÚBLICO
16.1. Princípios
Tríplice responsabilidade: As esferas são independentes
Devido processo legal
Contraditório e ampla defesa
16.2. Responsabilidade Administrativa
Penalidades (Art. 127, Lei 8.112/90):
1. Advertência: Faltas leves
2. Suspensão: Até 90 dias
3. Demissão: Faltas graves
4. Cassação de aposentadoria ou disponibilidade
5. Destituição de cargo em comissão
6. Destituição de função comissionada
Processo Administrativo Disciplinar:
Instauração: Portaria da autoridade competente
Inquérito: Instrução probatória (comissão de 3 membros estáveis)
Julgamento: Relatório e decisão da autoridade julgadora
Prazo: 60 dias (prorrogável por igual período)
16.3. Responsabilidade Civil
Obrigação de reparar danos ao erário
Ação regressiva do Estado contra o servidor
Responsabilidade subjetiva: Depende de dolo ou culpa
16.4. Responsabilidade Penal
Crimes funcionais: Código Penal, arts. 312-359
Principais: Peculato, concussão, corrupção, prevaricação
Independência: Não afeta a responsabilidade administrativa
17. BENS PÚBLICOS
17.1. Base Legal
CF/88, arts. 20 (bens da União) e 26 (bens dos Estados)
CC/02, arts. 98-103
Leis específicas (ex: Lei 8.666/93 para alienação)
17.2. Conceito
Bens públicos são todos aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de direito público interno (União, Estados, DF,
Municípios e suas autarquias e fundações de direito público).
17.3. Classificação
Art. 99, CC: "São bens públicos: I - os de uso comum do povo; II - os de uso especial; III - os
dominicais."
a) Bens de Uso Comum do Povo
Conceito: Destinados à utilização pela coletividade
Exemplos: Mares, rios, estradas, ruas, praças, praias
Regime: Uso gratuito (regra), mas pode haver cobrança de taxa
Gestão: Poder de polícia para disciplinar o uso
b) Bens de Uso Especial
Conceito: Destinados a serviços ou estabelecimentos públicos
Exemplos: Escolas, hospitais, repartições, quartéis
Afetação: Possuem destinação específica
Desafetação: Possível por lei ou ato administrativo
c) Bens Dominicais (Dominiais)
Conceito: Constituem patrimônio das pessoas jurídicas de direito público
Exemplos: Terras devolutas, imóveis não utilizados
Características: Podem ser alienados, objeto de direitos reais
Aplicação subsidiária: Regras de direito privado
17.4. Características dos Bens Públicos
a) Inalienabilidade
Bens de uso comum e especial: Inalienáveis
Bens dominicais: Alienáveis, observados os requisitos legais
b) Imprescritibilidade
Art. 183, §3º e 191, parágrafo único, CF: Não será concedido título dominial nem reconhecida a posse
de imóveis públicos.
Súmula 340, STF: "Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião."
c) Impenhorabilidade
Conceito: Não podem ser objeto de penhora
Fundamento: Continuidade do serviço público
Execução contra Fazenda: Regime de precatórios
17.5. Aquisição
Originária: Ocupação, acessão natural
Derivada: Compra, doação, desapropriação, confisco
17.6. Alienação
Requisitos:
1. Interesse público
2. Autorização legislativa (dispensada para bens de pequeno valor)
3. Avaliação prévia
4. Licitação (modalidade leilão)
Dispensa de Licitação:
Doação com encargos
Permuta por outro imóvel público
Investidura (venda ao proprietário lindeiro)
Alienação a outro ente público
17.7. Uso de Bens Públicos por Particulares
Formas:
Autorização de uso: Ato precário e discricionário
Permissão de uso: Ato precário, licitação exigível
Concessão de uso comum: Contrato, uso privativo
Concessão de direito real de uso: Direito real resolúvel
Cessão de uso: Entre órgãos públicos
Aforamento/enfiteuse: VEDADO pela CF/88 para bens públicos!
18. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
18.1. Conceito
Controle da Administração Pública é a faculdade de verificação, inspeção, exame, pela própria Administração, por
outros Poderes ou por qualquer cidadão, da conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos
pelo ordenamento jurídico.18.2. Classificação do Controle
Quanto ao órgão controlador:
Interno: Exercido pela própria Administração
Externo: Exercido por outro Poder
Popular: Exercido pelo cidadão
Quanto ao aspecto controlado:
Legalidade: Conformidade com a lei
Mérito: Conveniência e oportunidade (só controle interno)
Quanto ao momento:
Prévio: Antes da prática do ato
Concomitante: Durante a prática do ato
Posterior: Após a prática do ato
18.3. Controle Administrativo
Características:
Exercício de ofício: Não depende de provocação
Controle amplo: Legalidade e mérito
Revisão hierárquica: Superior revê atos do inferior
Autotutela: Poder-dever de controlar os próprios atos
Súmula 473, STF: "A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial."
Instrumentos:
Recursos administrativos
Pedidos de reconsideração
Representações
Reclamações
18.4. Controle Judicial
Características:
Provocação: Princípio da inércia
Controle de legalidade: Não aprecia mérito administrativo
Ampla jurisdição: Todos os atos administrativos
Instrumentos:
Mandado de Segurança: Direito líquido e certo
Ação Popular: Lesão ao patrimônio público
Ação Civil Pública: Interesses difusos e coletivos
Habeas Data: Acesso a informações pessoais
Mandado de Injunção: Ausência de regulamentação
18.5. Controle Legislativo
Instrumentos:
Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI)
Convocação de autoridades
Pedidos de informação
Sustação de atos normativos (CF, art. 49, V)
Fiscalização através dos Tribunais de Contas
Tribunais de Contas:
CF, art. 71: O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União...
Natureza jurídica:
Órgão auxiliar do Poder Legislativo (não integra nenhum dos Poderes)
Principais competências:
Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente
Julgar as contas dos administradores e responsáveis
Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal
Realizar inspeções e auditorias
Aplicar sanções aos responsáveis
Sustar atos ilegais (se o Congresso não o fizer em 90 dias)
19. RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO
PÚBLICO
19.1. Base Legal
Art. 37, §6º, CF: "As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."
19.2. Teoria da Responsabilidade Adotada
Responsabilidade Civil Objetiva baseada na teoria do risco administrativo.
19.3. Requisitos para Configuração
1. Conduta (ação ou omissão do agente público)
2. Dano (patrimonial ou moral)
3. Nexo causal (relação entre conduta e dano)
4. NÃO é necessário: dolo ou culpa do agente
19.4. Responsabilidade por Ação
Teoria objetiva: Basta demonstrar conduta, dano e nexo
Ônus da prova: Cabe à vítima provar os elementos
Estado pode se eximir: Provando excludente do nexo causal
19.5. Responsabilidade por Omissão
Teoria subjetiva: É necessário demonstrar que o Estado tinha o dever legal de agir e não agiu (culpa do serviço).
Exemplo: Dano causado por preso foragido - o Estado responde se foi omisso na vigilância (culpa do
serviço).
19.6. Excludentes de Responsabilidade
Caso fortuito ou força maior
Culpa exclusiva da vítima
Fato exclusivo de terceiro
Culpa concorrente: Reduz a indenização
20. DIREITO DE REGRESSO
20.1. Conceito
É o direito que tem o Estado de cobrar do agente público o que pagou à vítima, quando o dano foi causado por dolo
ou culpa do servidor.
20.2. Características
Responsabilidade subjetiva: Necessário dolo ou culpa do agente
Ação autônoma: Não depende de ação penal
Imprescritibilidade: Segundo o STF (RE 669.069)
Valor: Corresponde ao que o Estado pagou à vítima
20.3. Procedimento
Denunciação da lide: Facultativa para o Estado
Ação regressiva própria: Após pagar a indenização
Desconto em folha: Se o agente for servidor (com limites)
21. LIMITAÇÕES DO DIREITO DE PROPRIEDADE
21.1. Conceito
São restrições parciais impostas pelo Poder Público ao exercício do direito de propriedade, mantendo o bem no
patrimônio particular, em benefício do interesse público.
21.2. Características Gerais
Restrição parcial: Não retiram totalmente o bem do particular
Interesse público: Sempre em benefício da coletividade
Gratuidade: Em regra, não geram direito à indenização
Legalidade: Dependem de previsão legal
21.3. Espécies
Limitações administrativas
Servidões administrativas
Requisição administrativa
Ocupação temporária
Desapropriação (supressão total)
22. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
22.1. Conceito
São os meios pelos quais o Estado, compulsoriamente, interfere na propriedade particular, seja restringindo seus
direitos, seja suprimindo-os totalmente.
22.2. Modalidades
a) Limitações Administrativas
Conceito: Restrições gerais e abstratas ao uso da propriedade
Características: Gratuitas, gerais, permanentes
Exemplos: Recuos obrigatórios, gabarito de altura
b) Servidões Administrativas
Conceito: Restrição específica incidente sobre imóvel determinado
Características: Específica, permanente, com indenização se houver dano
Exemplos: Passagem de cabos elétricos, gasodutos
c) Requisição Administrativa
Conceito: Utilização coercitiva de bens móveis, imóveis ou serviços
Características: Temporária, situação de perigo, indenização posterior
Exemplos: Requisição de veículos em calamidade pública
23. DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE E UTILIDADE PÚBLICA
23.1. Base Legal
CF/88, art. 5º, XXIV
Decreto-lei 3.365/41 (Lei Geral de Desapropriações)
23.2. Conceito
Desapropriação é o procedimento administrativo pelo qual o Poder Público ou seus delegados, mediante prévia
declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, impõe ao proprietário a perda de um bem,
substituindo-o em seu patrimônio por justa indenização.
23.3. Requisitos Constitucionais
Art. 5º, XXIV, CF: "a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro..."
1. Necessidade OU utilidade pública OU interesse social
2. Justa indenização
3. Prévia indenização
4. Indenização em dinheiro (regra)
23.4. Necessidade Pública vs Utilidade Pública
Necessidade Pública:
Conceito: Situações emergenciais e urgentes
Características: Inadiável, imprescindível
Exemplos: Guerra, calamidade pública
Utilidade Pública (Art. 5º, Decreto-lei 3.365/41):
Conceito: Conveniência para o interesse coletivo
Casos:
Segurança nacional
Defesa do Estado
Socorro público em casos de calamidade
Salubridade pública
Criação e melhoramento de centros de população
Abertura, conservação de vias de comunicação
Exploração ou conservação de serviços públicos
Exploração, conservação e beneficiamento de fontes de energia
23.5. Competência
Para declarar utilidade pública:
União: Bens situados em seu território
Estados: Bens situados em seu território
Municípios: Bens situados em seu território
Distrito Federal: Competência cumulativa
23.6. Procedimento
Fase Declaratória:
Ato: Decreto do Chefe do Executivo ou lei
Conteúdo: Identificação do bem, finalidade, recursos orçamentários
Efeitos: Urgência na desapropriação, fixação do estado do bem
Prazo de caducidade: 5 anos (Decreto-lei 3.365/41)
Fase Executória:
1. Tentativa de acordo: Negociação amigável
2. Propositura de ação judicial: Se não houver acordo
3. Imissão provisória na posse: Mediante depósito
4. Perícia: Para fixação do valor
5. Sentença: Transferência da propriedade
23.7. Indenização
Critérios:
Valor de mercado: Preço atual do bem
Estado do bem: Na data da declaração
Benfeitorias necessárias e úteis: Sempre indenizadas
Juros compensatórios: 12% aoano desde a imissão na posse
Juros de mora: Se houver atraso no pagamento
24. DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL
24.1. Base Legal
CF/88, art. 5º, XXIV
Lei 4.132/62
24.2. Conceito
É a modalidade de desapropriação que visa promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar seu uso ao
bem-estar social.
24.3. Casos de Interesse Social (Art. 2º, Lei 4.132/62)
Aproveitamento de todo bem improdutivo
Instalação ou intensificação das culturas da terra
Aproveitamento de áreas, locais ou bens que permitam melhor distribuição da população
Melhor aproveitamento da terra com a modificação em sua utilização
Justa distribuição da propriedade
24.4. Diferenças com Utilidade Pública
Aspecto Utilidade Pública Interesse Social
Finalidade Obra ou serviço público Justa distribuição da propriedade
Beneficiário Estado/coletividade Particulares (redistribuição)
Base legal Decreto-lei 3.365/41 Lei 4.132/62
25. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
25.1. Conceito
Ocorre quando o Poder Público se apodera de bem particular sem observar o procedimento legal expropriatório,
configurando esbulho possessório que deve ser indenizado.
25.2. Características
Apossamento irregular: Sem processo legal
Via judicial: Proprietário deve mover ação de indenização
Prescrição: 15 anos (Decreto 20.910/32)
Juros: Desde o apossamento
25.3. Efeitos
Transferência da propriedade: Operada pelo apossamento
Indenização devida: Valor do bem + perdas e danos
Irreversibilidade: Proprietário não pode reaver o bem
26. RETROCESSÃO
26.1. Conceito
Retrocessão é o direito que tem o expropriado de reaver o bem desapropriado quando não recebe a destinação
prevista no ato expropriatório ou é transferido a terceiro para fim diverso.
26.2. Base Legal
Art. 519, CC: "Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse
social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços
públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa."
26.3. Hipóteses
Não destinação: Bem não recebe a finalidade prevista
Desvio de finalidade: Destinação diversa da declarada
Alienação a terceiro: Para finalidade diversa
26.4. Características
Direito de preferência: Não é automático
Preço atual: Valor de mercado no momento da retrocessão
Legitimados: Expropriado e seus sucessores
Prazo: Não definido em lei (enquanto não destinado - STJ)
27. SERVIDÃO E REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
27.1. Servidão Administrativa
Conceito:
É o direito real público que autoriza o Poder Público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de obras e
serviços de interesse coletivo.
Características:
Direito real: Incide sobre coisa determinada
Permanente: Duração indefinida
Específica: Recai sobre imóvel determinado
Indenizável: Se causar dano efetivo
Exemplos:
Passagem de fiação elétrica
Instalação de torres de transmissão
Passagem de gasodutos
Faixas de segurança de aeroportos
27.2. Requisição Administrativa
Conceito:
É o ato administrativo pelo qual o Estado, em situação de perigo público iminente, utiliza bens móveis, imóveis ou
serviços particulares, assegurada indenização ulterior se houver dano.
Art. 5º, XXV, CF: "no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano"
Características:
Temporária: Enquanto durar a situação de emergência
Situação de perigo: Iminente perigo público
Auto-executória: Independe de autorização judicial
Indenização posterior: Apenas se houver dano
Exemplos:
Requisição de veículos em enchentes
Uso de hospitais particulares em epidemias
Requisição de medicamentos em calamidade
28. PROCESSO ADMINISTRATIVO
28.1. Base Legal
Lei 9.784/99 - Lei do Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal
28.2. Conceito
Processo administrativo é o conjunto de atos e formalidades que devem ser observados para a formação da vontade
da Administração Pública ou para a solução de controvérsias no âmbito administrativo.
28.3. Processo vs Procedimento
Processo: Relação jurídica (aspecto dinâmico)
Procedimento: Sequência de atos (aspecto formal)
28.4. Princípios (Art. 2º, Lei 9.784/99)
Legalidade
Finalidade
Motivação
Razoabilidade e proporcionalidade
Moralidade
Ampla defesa
Contraditório
Segurança jurídica
Interesse público
Eficiência
28.5. Direitos dos Administrados (Art. 3º)
Ser tratado com respeito
Ter ciência da tramitação dos processos
Ter vista dos autos
Obter cópias de documentos
Conhecer as decisões proferidas
Impugnar atos lesivos
Formular alegações e apresentar documentos
28.6. Fases do Processo Administrativo
1. Instauração:
De ofício: Por iniciativa da Administração
A pedido do interessado: Por requerimento
2. Instrução:
Produção de provas
Oitiva dos interessados
Pareceres técnicos
Diligências necessárias
3. Decisão:
Análise das provas
Fundamentação
Dispositivo
4. Recurso (quando cabível):
Interposição
Juízo de admissibilidade
Nova decisão
28.7. Modalidades
Processo de outorga: Concessão de direitos (licenças, autorizações)
Processo ablativo: Restrição de direitos (multas, interdições)
Processo de controle: Fiscalização da legalidade
28.8. Prazos
Decisão: 30 dias, prorrogáveis por igual período
Recurso: 10 dias da ciência da decisão
Emissão de certidões: 15 dias
29. LEI 8.429/1992 - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
29.1. Alterações Recentes
Lei 14.230/2021 alterou significativamente a Lei de Improbidade Administrativa, com mudanças nas tipificações,
prazos e sanções.
29.2. Conceito de Improbidade Administrativa
Improbidade administrativa é a conduta desonesta, desleal, que viola os princípios da Administração Pública e causa
lesão ao patrimônio público, enriquecimento ilícito do agente ou prejuízo ao erário.
29.3. Sujeitos da Lei de Improbidade
Sujeito Ativo:
Agentes públicos (conceito amplo do art. 2º)
Terceiros que concorram para o ato ou dele se beneficiem
Sujeito Passivo:
Administração direta, indireta e fundacional de todos os entes
Empresa incorporada ao patrimônio público
Entidade para cuja criação ou custeio o erário concorreu com mais de 50% do patrimônio ou da receita
anual
29.4. Atos de Improbidade Administrativa
Art. 9º - Atos que Importam Enriquecimento Ilícito
Elemento nuclear: Auferimento de vantagem patrimonial indevida
Elemento subjetivo: DOLO (exigido pela Lei 14.230/21)
Principais condutas:
Receber vantagem econômica para tolerar infração
Perceber vantagem para intermediar liberação de verba
Utilizar bens públicos em benefício próprio
Incorporar ao patrimônio bem de valor desproporcional
Art. 10 - Atos que Causam Prejuízo ao Erário
Elemento nuclear: Lesão ao patrimônio público
Elemento subjetivo: DOLO ou CULPA (mas a culpa deve ser grave)
Principais condutas:
Facilitar ou concorrer para incorporação ao patrimônio particular de bem público
Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica private a fazenda pública de receita
Conceder benefício administrativo sem observância das formalidades legais
Frustrar a licitude de processo licitatório
Art. 11 - Atos que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública
Elemento nuclear: Violação aos princípios administrativos
Elemento subjetivo: DOLO (exigido pela Lei 14.230/21)
Principais condutas:
Praticar ato visando fim proibido em lei
Retardar ou deixar de praticar ato de ofício
Revelar fato que deveria permanecer em segredo
Negar publicidade aos atos oficiais
Frustrar a licitude de concurso público
Deixar de prestar contas quando obrigatório
Art. 10-A - Atos que Importam Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário
(NOVO)
Elemento nuclear: Concessão de benefício sem previsão legal
Elemento subjetivo: DOLO
29.5. Sanções
Art. 12, Lei 8.429/92 (com redação da Lei 14.230/21)
Enriquecimento Ilícito (Art. 12, I):
Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente
Ressarcimento integral do dano (quando houver)
Multacivil até 3 vezes o valor do acréscimo patrimonial
Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 10 anos
Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos
Prejuízo ao Erário (Art. 12, II):
Ressarcimento integral do dano
Multa civil até 2 vezes o valor do dano
Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 5 anos
Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos
Violação aos Princípios (Art. 12, III):
Multa civil até 100 vezes o valor da remuneração mensal
Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 3 anos
Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos
Concessão Indevida de Benefício (Art. 12, IV):
Ressarcimento integral do dano (quando houver)
Multa civil até 2 vezes o valor do benefício
Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 5 anos
Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos
29.6. Prescrição
Art. 23, Lei 8.429/92 (alterado pela Lei 14.230/21)
Regra geral: 8 anos contados da ocorrência do fato
Agentes com mandato: Até 8 anos após o término do mandato
Ressarcimento integral do dano: IMPRESCRITÍVEL
29.7. Principais Mudanças da Lei 14.230/2021
Elemento subjetivo: Dolo passou a ser exigido em vários tipos
Gradação da culpa: Culpa grave para prejuízo ao erário
Acordo de não persecução cível: Possibilidade de acordo
Prazos prescricionais: Redução dos prazos
Representação: Rejeição liminar se manifestamente improcedente
QUESTÕES DE CONCURSO ESTILO TJPE
QUESTÃO 1 (Analista Judiciário - Administrativa)
Considerando os princípios constitucionais da Administração Pública, analise as assertivas abaixo:
I. O princípio da impessoalidade veda que constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos na publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos.
II. O princípio da eficiência foi introduzido no art. 37 da Constituição Federal pela Emenda Constitucional nº
19/98, sendo aplicável apenas à administração direta.
III. A moralidade administrativa constitui pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública, não
coincidindo com a legalidade, visto que nem tudo que é legal é honesto.
IV. O princípio da publicidade possui caráter absoluto, não admitindo exceções, mesmo em casos que envolvam
segurança nacional.
Estão CORRETAS apenas as assertivas:
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, II e III
e) II, III e IV
RESPOSTA: B
Comentário: I. CORRETA - Art. 37, §1º, CF/88. II. INCORRETA - Aplica-se à administração direta E indireta.
III. CORRETA - Moralidade vai além da mera legalidade. IV. INCORRETA - Art. 5º, XXXIII, CF - há exceções
por segurança do Estado e da sociedade.
QUESTÃO 2 (Técnico Judiciário)
Acerca dos poderes administrativos, é CORRETO afirmar:
a) O poder disciplinar é sempre discricionário, cabendo à Administração escolher se aplica ou não a penalidade
ao servidor faltoso.
b) A hierarquia administrativa permite que órgãos da administração direta exerçam controle hierárquico sobre
entidades da administração indireta.
c) No exercício do poder de polícia, a auto-executoriedade está sempre presente, independentemente de previsão
legal expressa.
d) A diferença entre licença e autorização reside no fato de que a primeira constitui ato vinculado, enquanto a
segunda é ato discricionário.
e) O poder regulamentar permite à Administração criar obrigações não previstas em lei, desde que para o
interesse público.
RESPOSTA: D
Comentário: a) INCORRETA - O poder é discricionário na gradação, mas é dever aplicar sanção. b)
INCORRETA - Não há hierarquia entre administração direta e indireta, apenas tutela. c) INCORRETA - Auto-
executoriedade exige previsão legal OU urgência. d) CORRETA - Licença = vinculado; Autorização =
discricionário. e) INCORRETA - Poder regulamentar não pode criar obrigações não previstas em lei.
QUESTÃO 3 (Analista Judiciário - Judiciária)
Sobre os atos administrativos, analise as afirmações:
I. A revogação de atos administrativos tem efeitos ex tunc, alcançando situações já consumadas.
II. A anulação de atos administrativos pode ser realizada tanto pela Administração quanto pelo Poder Judiciário.
III. A teoria dos motivos determinantes estabelece que a validade do ato administrativo se vincula aos motivos
indicados como seu fundamento, ainda que a lei não exija motivação.
IV. A presunção de legitimidade dos atos administrativos é absoluta, não admitindo prova em contrário.
Estão CORRETAS:
a) Apenas I e IV
b) Apenas II e III
c) Apenas I, II e III
d) Apenas II, III e IV
e) I, II, III e IV
RESPOSTA: B
Comentário: I. INCORRETA - Revogação tem efeitos ex nunc (não retroage). II. CORRETA - Súmula 473, STF.
III. CORRETA - Motivo declarado vincula a validade do ato. IV. INCORRETA - A presunção é relativa (júris
tantum).
QUESTÃO 4 (Analista Judiciário - Administrativa)
Em relação às licitações, considerando a Lei 8.666/93 e a Lei 14.133/2021, é INCORRETO afirmar:
a) A Lei 14.133/2021 trouxe como novidade a modalidade "diálogo competitivo" para contratações de objetos
inovadores.
b) A inexigibilidade de licitação ocorre quando há inviabilidade de competição, como no caso de fornecedor
exclusivo.

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