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INTRODUÇÃO
Olá, estudante! Nesta aula, estudaremos o racismo estrutural, como ele se desenvolveu desde o período da
escravidão, como permeou a sociedade na abolição da escravidão – que se deu sem que fossem criadas
políticas públicas para inserção da população escravizada no mercado de trabalho e moradia – e como a
legislação atual tem sido promulgada visando garantir o fim do sistema excludente, por meio da inclusão.
Ao fim, será possível compreender a legislação em vigor, que visa igualar os direitos da população negra às
Aula 1
INCLUSÃO RACIAL: POVOS NEGROS – PARTE 1
Olá, estudante! Nesta aula, estudaremos o racismo estrutural, como ele se desenvolveu desde o período
da escravidão, como permeou a sociedade na abolição da escravidão.
29 minutos
EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
136 minutos
Aula 1 - Inclusão racial: povos negros – Parte 1
Aula 2 - Inclusão racial: povos negros – Parte 2
Aula 3 - Inclusão racial: povos indígenas – Parte 1
Aula 4 - Inclusão racial: povos indígenas – Parte 2
Referências
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demais, com a finalidade de assegurar tratamento de igualdade, inclusão racial diversidade e pertencimento.
Venha aprender e compreender, e depois conseguirá se posicionar na sociedade, nas discussões e
implementos de medidas inclusivas nos mais diversos âmbitos da sociedade.
ASPECTOS GERAIS E HISTÓRICOS
Aspectos gerais e históricos
Chegada dos portugueses ao Brasil
Para conhecer o Brasil no período colonial foi necessário fazer um resumo histórico, que passaremos a
estudar a seguir.
A expedição de Pedro Alvares Cabral até o Brasil durou cerca de 44 dias. Os portugueses estavam indo em
direção à Índia, quando, em tese, avistaram o Brasil pela primeira vez. Todavia, existe uma discussão, ao
longo da história, a respeito da invasão do Brasil em 1500 pelos portugueses: desde o século XIX desconfia-se
que o Brasil havia sido avistado e estudado anteriormente por Portugal e Espanha.
Os tupis e tapuias eram os habitantes nativos do Brasil. Quando da chegada dos portugueses, os tupis-
guaranis estavam estabelecidos na costa brasileira, enquanto os tapuias localizavam-se em áreas não
habitadas pelos tupis-guaranis.
O Brasil pré-colonial
Os habitantes nativos do Brasil praticavam a pesca, a coleta de frutas e a agricultura de subsistência. Por
cerca de dois anos houve a tentativa de catequização de diversos grupos indígenas, que em sua maioria
resultou sem sucesso.
Tendo em vista que a colonização parecia pouco atrativa para Portugal, uma das tentativas de colonização foi
um consórcio, em 1505, por três anos, liderado por Noronha, tendo a Coroa Portuguesa retomado a posse
das terras novamente quando o arrendamento teve o seu fim.
Consta mencionar que em 1515 um grupo de indígenas foi leiloado e posteriormente levado à Portugal, para
demonstrar o que foi possível capturar no Brasil.
Nos primeiros dez anos, a relação entre os portugueses e os povos brasileiros originários foi mansa, visto que
as transações de interesse dos portugueses se tratava do que vinha do oceano. Inclusive, nas relações e no
trato entre povos originários brasileiros e portugueses, era utilizado – como escambo – o pau-brasil, que
fornecia um pó vermelho utilizado para tingir peças.
Assim, os portugueses passaram a necessitar dos indígenas para a extração do – o pau-brasil. A partir de
1530 os portugueses passaram a colonizar os povos originários, de forma que os indígenas começaram a ser
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tratados como mão de obra e passando a escravização dos indígenas, que ocorreu de duas formas distintas:
1) pela retirada dos indígenas das suas tribos e 2) pela escravização de tribos indígenas que estavam
derrotadas em guerras contra outras tribos.
O Brasil colonial
Como o estado português não possuía recursos para colonizar o Brasil, o país foi dividido em 15 capitanias
hereditárias para que os donatários (pessoas nomeadas pelo rei, não pertencentes à alta sociedade, pois esta
preferia investir no continente africano e na Índia) extraíssem o máximo de riquezas provenientes do país –
porém, não foi uma operação bem-sucedida.
Em um período de crise nos negócios que eram realizados com a Índia e com os muçulmanos, que ocorria ao
mesmo tempo que as capitanias hereditárias fracassavam, a Coroa Portuguesa passou a comprar as
capitanias, de forma que elas passaram a ser públicas novamente, e não privadas, ainda que não em sua
totalidade.
Na terceira tentativa de colonização, Tomé de Sousa veio ao Brasil para ser governador geral, acompanhado
do jesuíta Manoel da Nóbrega e cinco clérigos, com o objetivo de catequisar a população indígena. A referida
expedição contava com mais de mil pessoas.
RACISMO ESTRUTURAL: DO PERÍODO COLONIAL ATÉ A ABOLIÇÃO
A escravização e o período colonial no Brasil
Olá, estudante! Vamos adentrar na história do Brasil Colônia e do racismo estrutural juntos?
Desde 1570 os portugueses que se encontravam no Brasil iniciaram operações visando à escravização da
população negra do continente africano, por parecer mais atrativa financeiramente do que a escravização da
população indígena. Assim, houve rápida redução da escravização da população indígena em 1578.
O escravizado tinha um preço, e os requisitos que faziam com que houvesse diferença de valor se tratava de
estatura, dentição, saúde física, idade, debilidades físicas e o sexo. As condições de vida eram desumanas, o
que era inaceitável pela população escravizada: constantemente os indivíduos tentavam fugir, e para
fortalecer o movimento foram criados quilombos. Muitos destes acabaram por ser dizimados; poucos
puderam resistir e ajudar outras pessoas que vinham sendo escravizadas. Importante salientar que os
escravizados recapturados eram açoitados barbaramente.
O objetivo era apagar a identidade dos povos escravizados, assim, eram-lhes proibidas a utilização de sua
língua-mãe e a prática da religião de matriz africana – logo, devia haver a utilização apenas do português. Os
indivíduos escravizados resistiam, seja utilizando de forma oculta sua língua mãe, seja praticando as religiões
de matriz africana ou, ainda, por meio de rituais e danças.
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Legislação do período colonial
Durante a época da escravização de pessoas – que eram transportadas do continente africano até o Brasil, o
chamado tráfico de pessoas no navio negreiro –, foram instituídos alvarás, decretos, leis, códigos penais,
códigos civis e demais legislações pertinentes para estruturar a escravização, conforme passaremos a
estudar.
Descrição Normativas
Foi conferida folga aos escravizados aos sábados. Brasil, Alvará 15/08/1736.
Restou autorizado que se marcasse um F na espada
dos escravizados fugitivos.
Brasil, Alvará 03/03/1741.
Com o advento da lei que modificava a Legislação
Hipotecária, houve a inclusão de escravizados como
“coisa”, objeto de hipoteca, de acordo com o previsto
em contrato.
Brasil, Lei nº 1237 de 24/09/1864.
A pena de morte era aplicada ao escravizado que
ferisse ou matasse seu senhor.
Brasil, Lei nº 1835 04/07/1835, artigo 1º.
A população negra era proibida de frequentar escola
pública.
Brasil, Lei nº 1837; Brasil, Decreto nº 15 de 1839,
artigo 3º, §2º.
O liberto estava diminuído à categoria de cidadão de
segunda classe.
Brasil, Estatuto do Liberto, artigo 94, §2º
Os filhos de escravizados nascidos a partir de 1871
seriam considerados livres.
Brasil, Lei do Ventre Livre, 28/09/1871.
Estava deferida a liberdade aos escravizados acima
de 60 anos.
Brasil, Lei Saraiva Cotegipe/Lei dos sexagenários, nº
3270 de 28/09/1885.
Estava proibido o tráfico negreiro para o Brasil,
declarando livres os escravos que aqui chegassem, e
punindo severamente os importadores. Brasil, Lei nº 581, de 04/09/1850, Lei Eusébio de
Queirós.

Educação20e%20Tribais.%20(Conven%C3%A7%C3%A3o%20OIT%20n%20%C2%BA%20107).pdf. Acesso em: 5 out. 2022.
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Disponível em:
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Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/36591/30331 Acesso: 06 out.
2022. 
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Étnico-raciais
Aula 1 - Inclusão racial:
povos negros – Parte 1
29 minutos
Aula 2 - Inclusão racial:
povos negros – Parte 2
28 minutos
Aula 3 - Inclusão racial:
povos indígenas – Parte 1
28 minutos
Aula 4 - Inclusão racial:
povos indígenas – Parte 2
31 minutos
Referências
20 minutos
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Apesar do interesse em manter a escravização, o
Brasil foi pressionado internacionalmente, e assim foi
declarada extinta a escravidão.
Brasil, Lei nº 3.353 de 13/05/1888, artigo1º.
O DIREITO E A CF 88 COMO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO AOS POVOS NEGROS
Estudante, nesta aula vamos entender como, nos últimos anos, foram criadas legislações, em especial, a
Constituição Federal de 1988, visando igualar um povo que foi tratado por muito tempo como escravizado e
de segunda classe.
Após a abolição da escravatura não foram criadas medidas de inserção da população negra no mercado de
trabalho – a inserção social –, pelo contrário, as leis vinham com o condão de continuar excluindo a
população negra, a exemplo o crime de vadiagem ou vagabundagem para aqueles que não tinham ocupação,
que praticassem capoeira, de acordo com o Decreto nº 847 de 1890 (BRASIL, 1890).
Assim, todos passam a ser considerados iguais, sem distinção. Ainda ficou assegurado que o Estado
promoveria o bem de todos, um direito concedido independentemente da raça, conforme a Constituição de
1988, artigo 3º, IV (BRASIL, 1988).
O Brasil se propôs a lidar com suas relações internacionais, em repúdio ao racismo, conforme demonstra o
artigo 4º, VIII. Além disso, a carta magna afirma, no artigo 5º, que todos são iguais perante a lei, sem qualquer
diferença entre as pessoas. (BRASIL, 1988).
Isso demonstra que houve diversos artigos da Constituição reiterando a igualdade entre todos, diante da
massiva exclusão que a população negra vivia.
Com a Constituição Federal de 1988, a população negra passou a ter, legalmente, liberdade religiosa, não
mais havendo como preceito legal a proibição da prática de religiões de matriz africana.
A Constituição Federal foi um ponto de partida na luta contra o racismo e a equidade racial. Após sua
promulgação outras inúmeras leis foram criadas, todas de extrema importância no combate ao racismo. Um
exemplo é a Lei nº 7.716 de 5 de janeiro de 1989, que dispõe acerca do crime de racismo, determinando que
ele seja tipificado como crime de ação de discriminação ou preconceito de raça (BRASIL, 1989).
Todavia, diversas modalidades de ofensas não estavam caracterizadas, portanto não havia enquadramento
no texto constitucional ou em outras leis para elas. Foi, então, necessária a edição de outras legislações para
auxiliar na luta e punir os infratores/racistas.
Assim, durante o governo José Sarney, foi tipificado o crime de injúria racial, pelo artigo 140 do Código Penal
(BRASIL, 1940).
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Visando a uma educação inclusiva, que levasse para as escolas a história do povo negro, e com o objetivo de
reduzir as consequências do preconceito racial na sociedade em relação às pessoas negras no Brasil, tornou-
se obrigatório o ensino da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” nas escolas, pela Lei nº 10.639 (BRASIL,
2003).
Ainda buscando redimensionar os espaços e criar mecanismos que efetivem a igualdade racial, a Lei de
Diretrizes e Bases (LDB), nº 9.394, obriga a formação de professores e educadores de modo que eles
repliquem uma educação racialmente inclusiva.
Tais dispositivos têm o intuito de uma transição para uma sociedade que abomine a exclusão racial,
evidenciando direitos de um povo que teve retirados todos os seus direitos – de ir e vir, de liberdade, e os
mais intrínsecos direitos de uma pessoa – por conta da escravização, que mantém até os dias atuais as
marcas irreversíveis de um país que ainda pratica o racismo de forma estrutural.
VÍDEO RESUMO
Nesta aula, percorremos o contexto histórico e aspectos gerais do Brasil Colonial, e conhecemos as leis que
foram promulgadas desde a escravização no Brasil até a abolição da escravatura. Também estudamos os
fatos históricos e legais acerca das leis que vieram após a extinção da escravatura e a partir da Constituição
Federal de 1.988, com o intuito de combater o racismo e a intolerância religiosa que permearam a sociedade
após a abolição da escravatura com o fito de excluir a população negra.
 Saiba mais
Você sabia que um alvará autorizava os senhores de engenho a importar até 120 escravizados da Guiné
até a Ilha de São Tomé somente se que referido engenho fosse ativo? O citado alvará foi promulgado em
29 de março de 1549.
Pessoas armadas poderiam recapturar os escravizados que fugissem em direção ao sertão, de acordo
com um alvará de 10 de março de 1682.
As pessoas escravizadas eram submetidas a barbáries, e nada deveria fazer com que se parecessem
com uma pessoa como qualquer outra. Esse fato é confirmado por alvará proferido em 20 de fevereiro
de 1696, afirmando que as pessoas escravizadas no Brasil tinham demasiado luxo, o que não deveria ser
praticado para não criar ou influenciar más práticas, restando proibido pelo rei que escravizados
vestissem roupas de seda, cambraia holandesa e rendas, além de acessórios de ouro, prata ou itens que
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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ornamentassem seus vestidos.
As pessoas escravizadas podiam ser condenadas à pena de morte, e as pessoas de pele branca, não. Se
a pena que coubesse fosse a prisão, esta deveria ser convertida em açoites, no número de 50 ao dia; se
ultrapasse 50, a quantidade era fracionada por dia, conforme código penal de 1830.
Assim, indicamos o material produzido pelo Comitê Científico Internacional da UNESCO são oito volumes
que retratam a História Geral da África. Se quiser conhecer essas obras, que são ofertadas
integralmente, visite o site do IPEA (NASCIMENTO, 2007).
INTRODUÇÃO
Olá, estudante! Nesta aula, vamos estudar as legislações que foram criadas pela luta e organização do povo
negro, leis que surgiram com o objetivo de combater o racismo e a desigualdade racial.
Apesar da criação de legislações que tratam dessa matéria, o racismo persiste na sociedade nos mais
diversos âmbitos, seja no empresarial, da administração pública, judiciário, educacional etc. A tal fenômeno
se dá o nome de racismo estrutural e institucional – isso porque a escravidão foi um longo processo de
dominação dos brancos e exploração pelos brancos, e é evidente que os resultados não se apagariam
rapidamente, sobretudo quando a classe dominante permanece no poder após a abolição da escravatura e a
classe explorada não teve reparação imediata.
Dessa forma, a mesma sociedade que se beneficia das benesses da escravidão deverá se unir para minimizar
suas consequências.
ASPECTOS GERAIS E HISTÓRICOS
As políticas públicas afirmativas aos povos negros
Aula 2
INCLUSÃO RACIAL: POVOS NEGROS – PARTE 2
Olá, estudante! Nesta aula, vamos estudar as legislações que foram criadas pela luta e organização do
povo negro, leis que surgiram com o objetivo de combater o racismo e a desigualdade racial.
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Do racismo estrutural
Antes de adentrar o cerne da questão, ou seja, a legislação, é necessário entender o motivo e o objetivo das
criações das normas. Por isso, vamos explicar o racismo estrutural e o racismo institucional em poucas linhas,
o que fazemos a seguir.
A sociedade brasileira tem um conjunto de práticas institucionais, históricas, culturais e interpessoais que
frequentemente inferiorizam ou marginalizam o povo negro. Com isso o povo negro sofre financeiramente,
psicologicamente e fisicamente, como resultado do racismo.
O racismo estrutural está enraizado na sociedade brasileiraporque após a escravização não foram
instauradas quaisquer medidas para que a população que foi sequestrada, escravizada e torturada (com
mortes, inclusive) tivesse um novo começo, com direitos. Assim, o Brasil teve a sua estrutura fundada no
racismo, que ainda mantém os privilégios em mãos da população branca.
Do racismo institucional
Ocorre que o racismo não finda. O racismo estrutural está cada dia mais arraigado no âmago da sociedade,
tornando-se por vezes involuntário, realizado de forma constante e por vezes naturalizado, e presente nas
instituições privadas e nos órgãos públicos, e nos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo.
Fato é que normas e leis sempre foram criadas do ponto de vista do homem branco e rico – qual seja, os
parlamentares. Logo, foi ignorada a discrepante desigualdade entre as pessoas, sobretudo em relação às
necessidades da população negra, e a desigualdade se alonga pelo tempo.
Ainda, os setores empresariais e os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo se formaram tendo nos cargos
de poder a população branca, e a população negra foi categorizada por muitos anos apenas em cargos
subalternizados.
Políticas públicas raciais no âmbito educacional
Uma das medidas principais para que fossem notadas mudanças significativas foi a Lei de Cotas, nº 12.711 de
2012, sancionada visando garantir 50% das vagas em diversas universidades federais e institutos federais de
educação para a população negra, e 50% das vagas para a ampla concorrência, com o fito de levar o povo
negro para dentro das universidades públicas e institutos federais em maior número – povo este que pode,
então, ocupar cargos empresariais e realizar atividades autônomas com a maior base igualitária possível em
relação à população branca. Assim, as políticas educacionais passam a ter aspectos mais plurais, deixando de
contemplar apenas os que já detêm privilégios.
Políticas públicas raciais no âmbito de direitos humanos
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Como dito, a escravidão deixou terríveis vestígios no que se conhece hoje como sociedade, dentre eles o
trabalho forçado, seja por meio da servidão ou da jornada exaustiva, ou, ainda, de condições degradantes.
Os casos de trabalho análogo à escravização de pessoas ocorrem em diversas regiões do país. Apesar de a
escravidão moderna não se basear unicamente na cor de pele da vítima, o percentual de pessoas negras é
relevantemente maior – 84. Por esse motivo foi criada a Comissão Nacional para a erradicação do Trabalho
Escravo (PAJOLLA, 2022).
O ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO CONTRA PRÁTICAS RACISTAS E DISCRIMINATÓRIAS – DA
LEGISLAÇÃO CONTRA PRÁTICAS RACISTAS
Diante do tratamento desumano que a população negra sofria, foi necessário inserir no Código Penal, no
artigo 140, § 3º, o crime de injúria racial:
No mesmo sentido, a Constituição Federal (BRASIL,1988, s.p.) de forma repetitiva trouxe artigos para
proteção da população negra. Observe o artigo 3º, inciso IV, que estabelece como objetivo fundamental da
República
O inciso VII do artigo 4º define que as relações internacionais brasileiras se regem pelo
3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou
a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de
2003) Pena – reclusão de um a três anos e multa.
— (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
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Foi promulgada a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de
raça ou de cor no caso de tratamento discriminatório racial nos cargos da administração pública e nas
empresas privadas. Referida lei também prevê penalidades a quem deixar de atender a uma pessoa por sua
raça/cor no comércio em geral, em hotel, salões de cabelereiro, estabelecimentos esportivos etc., além de
transporte público e outros tipos de transporte, como aviões. Esta lei, aliada às lutas do movimento negro, e
outras comissões têm sido criadas nos mais diversos setores para combate ao racismo. A seguir, trataremos
de uma proposição no mercado de trabalho.
Como dito anteriormente, o racismo está presente nos mais diversos espaços, dentre eles, no local de
trabalho, e como resultado há uma baixíssima ascensão da população negra – por isso há poucas pessoas
negras no Brasil em cargos de liderança.
Neste momento, talvez, você se pergunte: ''Então olham para uma pessoa negra e dizem: ‘não vou acendê-la,
por sua raça’?''
E a resposta é: não. Ocorre que, por causa do racismo estrutural e do institucional, não se percebe que um
empregado negro que provou seu talento, sua competência e seu potencial poderá aportar ainda mais a
empresa caso seja promovido. Um funcionário branco, pode ascender, em vez de um profissional negro, em
consequência do racismo estrutural, inconsciente e naturalizado. Por isso, os constantes diálogos e o
letramento racial são essenciais.
Com motivação extremamente importante, a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, teve uma importante
alteração. A, lei conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, de 1996), passou a
determinar que fosse parte do ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira” como parte da ementa do
cronograma escolar da rede pública e privada de ensino do Brasil. O objetivo é levar a inclusão racial para a
escola, além da criação de um ambiente escolar com pertencimento para crianças e adolescentes negros, que
verão a história dos seus ascendentes sendo contada e estudada.
PROPOSIÇÕES E DEBATES PARA UMA SOCIEDADE ANTIRRACISTA E A CONTRIBUIÇÃO DO
FEMINISMO NEGRO
Houve uma marcante desigualdade social e racial advinda da escravização e do pós-abolição da escravatura,
e ao longo do tempo foram criados diversos grupos que formaram o movimento negro, buscando a igualdade
de direitos entre os povos.
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo
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Como estudamos anteriormente, sabemos que a articulação dos povos negros, visando reivindicar os seus
direitos, iniciou-se com os escravizados fazendo seus rituais religiosos, concretizando os cultos das religiões
de matriz africana, e se comunicando para solidificar a prática da capoeira e, ainda, a prática da sua língua-
mãe.
Com o passar do tempo, os escravizados, não mais suportando humilhações, tratamento degradante e
desumano, e as diversas torturas físicas e psicológicas – eram obrigados a laborar empreendendo esforços
físicos além do que suas forças físicas eram capazes de suportar –, movimentaram-se e criaram os
quilombos, estruturados em localizações estratégicas, para que os indivíduos pudessem empreender novas
fugas se fossem descobertos. Os quilombos eram uma preocupação para os colonizadores, que passaram a
dizimar esses locais de acolhimento e luta. Uma pessoa que participou de forma ativa e altruísta da formação
dos quilombos foi Zumbi dos Palmares – posteriormente assassinado, com o fito de reduzir as lutas contra a
escravização e o apoio às fugas de pessoas escravizadas.
Mais tarde, surgiu a Frente Negra, fundada em 1931, promovendo debates para a inserção de pessoas negras
na política e a igualdade dos povos. Seus trabalhos se deram em meados do século XX, e tiveram grande
relevância no movimento negro.
Ao longo da história o movimento negro protagonizou inúmeros debates, redigiu documentos e teve um
trabalho árduo de compilação de estudos, visando ao combate ao racismo e à promoção da igualdade racial.
Neste passo, importante mencionar que o feminismo negro contribuiu no combate ao racismo, visto que a
mulher negra carrega uma história cheia de sacrifícios – após a abolição da escravatura, a mulher negra
continuoutrabalhando nos empregos subalternizados, enquanto as mulheres brancas eram proibidas de
adentrarem no mercado de trabalho. É importante fazer uma distinção: a disputa da mulher branca para o
mercado de trabalho não era para as vagas ocupadas até então pelas mulheres negras, o que é evidente
quando se observa quantas mulheres negras trabalham como babás, faxineiras, empregadas domésticas, e
quantas mulheres brancas realizavam a mesma atividade. Ainda hoje se busca a ascensão da mulher negra,
que por muito tempo ocupou os empregos de labor na casa das mulheres em sua esmagadora maioria,
brancas, e, ao chegar em casa, tinha que cumprir com as obrigações da manutenção de um lar.
Bem explica Djamila Ribeiro:
Pensar a interseccionalidade é perceber que não pode haver primazia de uma opressão sobre as
outras e que é preciso romper com a estrutura. É pensar que raça, classe e gênero não podem ser
categorias pensadas de forma isolada, porque são indissociáveis. 
— (RIBEIRO, 2018, p. 82)
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No mesmo sentido afirma a pesquisadora Grada Kilomba:
A mulher negra marginalizada, em um país estruturalmente racista, que vive em uma sociedade machista e
patriarcal, muito tem a contribuir com suas vivências nas suas perspectivas políticas e sociais, para o combate
ao racismo.
VÍDEO RESUMO
Nesta aula, trataremos do racismo estrutural e institucional e de suas consequências nos mais diversos
âmbitos da sociedade. Trataremos também das políticas públicas para combater o racismo e implementar a
inclusão racial e, por fim, falaremos das discussões para práticas antirracistas, e estudaremos a contribuição
do feminismo negro na luta antirracista.
 Saiba mais
O ambiente escolar é primordial na vida de crianças, que mais tarde serão as novas gerações da vida
adulta. Por esse motivo, foi implementado um dia para que os estudantes conheçam a história de Zumbi
dos Palmares, esse é o dia da Consciência Negra, dia 20 de novembro. Nesse dia homenageia-se à figura
de Zumbi de Palmares, que tanto aportou ao povo negro.
O acesso ao ensino superior em maior volume e garantido aos povos negros auxilia um povo que, em
sua maioria, tem acesso a escolas públicas por toda a sua vida estudantil. Acessar faculdades e institutos
federais possibilita aos negros ocupar cada vez mais espaços em indústrias, empresas, bancos e demais
instituições, e serem profissionais de engenharia, direito, medicina, contabilidade, administração,
Por não serem brancas nem homens, as mulheres negras ocupam uma posição muito difícil na
sociedade supremacista branca. Representamos uma espécie de carência dupla, uma dupla
alteridade, já que somos a antítese de ambos, branquitude e masculinidade. Nesse esquema, a
mulher negra só pode ser o outro, e nunca a si mesma. 
— (KILOMBA, 2012 apud RIBEIRO, 2018, p. 83-84)
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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enfermagem, educação, pedagogia, educação física, nutrição etc.
Para maior compreensão acerca do tema, indica-se o livro “Racismo estrutural”, de Silvio Luiz de
Almeida, no capítulo “Racismo e Economia” (p. 94). 
INTRODUÇÃO
Estudante, esta aula presente trata do surgimento dos povos indígenas: a discussão da origem destes povos e
da sua chegada ao Brasil, os cuidados e localização destes povos no nosso país. Também estudaremos como
se deu a escravização dos povos indígenas e como ela permaneceu apesar da escravização dos povos negros,
as alianças e a organização dos povos originários para lutar contra os colonizadores.
Por fim, será possível entender como se deu a promulgação da Constituição Federal de 1988, visando à
proteção dos povos originários e das suas terras, sua cultura, subsistência e direitos básicos de vida.
Bons estudos!
ASPECTOS GERAIS E HISTÓRICOS
Existe uma grande discussão acerca da origem dos povos indígenas, resumida em duas teorias: a primeira
acredita que parte da população indígena chegou ao Brasil antes de 1500, proveniente da Ásia, por via
terrestre, atravessando a Beríngia (conhecida como ponte terrestre de Bering); e a segunda teoria afirma que
a população indígena aparenta ter vindo da Oceania, em um único grupo de migração.
Ocorre que pesquisas arqueológicas vão de encontro com as referidas teorias, demonstrando que há mais de
12 mil anos populações paleoíndias ocupam solo brasileiro.
Não é unânime a quantificação da população indígena no Brasil, porém estudos apontam que cerca de 1400
povos indígenas ocupam o país de forma organizada e por todo o território geográfico.
A contagem dos indígenas que habitavam o Brasil variava entre os pesquisadores: enquanto pesquisas
Aula 3
INCLUSÃO RACIAL: POVOS INDÍGENAS – PARTE 1
Estudante, esta aula presente trata do surgimento dos povos indígenas: a discussão da origem destes
povos e da sua chegada ao Brasil, os cuidados e localização destes povos no nosso país.
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apontam que cerca de 1 milhão e quinhentos mil indígenas habitavam o Brasil, outros pesquisadores
calculavam que eram aproximadamente cinco milhões. Posteriormente, estudos disseram que cerca de três
milhões e seiscentos mil indígenas habitavam o Brasil.
Quanto às ocupações geográficas, diversos estudos apontam que:
• Os Tupinambás viviam no baixo Amazonas, no litoral nordestino, abarcando inclusive São Paulo.
• Os Guaranis habitavam o Sul, chegando até o Rio Prata.
• Os Tupis em toda a costa, incluindo o Vale Amazonas, bem como a família Aruaque (nos Rios Negro e
Madeira); e Caraíba (nas Guianas e no Baixo Amazonas).
As pesquisas feitas por meio da arqueologia demonstram que esses indivíduos faziam uso da cerâmica. Os
Tupis, ainda no período pré-colonial, o faziam de forma rudimentar, à mão, sem qualquer detalhe decorativo.
No período colonial as cerâmicas eram feitas mais detalhadamente, com uso dos avanços tecnológicos da
época. Os objetos apresentavam mais detalhes e eram mais sofisticados, utilizados com função decorativa.
As pesquisas para conhecimento da história da população indígena variaram ao longo da história com o uso
da arqueologia, que muito contribui nas pesquisas acerca dos povos originários. Há, ainda, a linguagem
falada como objeto de pesquisa, por meio do que contam os ancestrais de referidos povos de geração em
geração.
A subsistência se deu pela agricultura ainda rudimentar, que com a produção de milho, feijão, mandioca,
cará, batata-doce, abóbora e tabaco. Os indígenas também praticavam a pesca como complemento de
sustento. Sua vida era em comunidade e a produção se dava de forma coletiva, com os labores diários
divididos por sexo e idade.
Os indígenas construíam suas casas de acordo com as suas necessidades. Essas construções podiam ser
ovais, pentagonais, circulares e até retangulares, edificadas com palhas, folhas, madeira e o que variava de
acordo com o clima e forma de organização de cada povo.
Quanto à linguagem, existiam diversas línguas, e os grupos linguísticos eram Tupi, Macro-Tupi, Macro-Jê,
Caraíba e Aruak.
Os povos indígenas muito faziam uso das florestas ao seu dispor: na alimentação, para obter medicamentos,
para construção de casas e objetos utilizados no dia a dia. O conhecimento adquirido e salvaguardado ao
longo da história produziu saberes milenares e científicos.
Os rituais religiosos da população indígena fazem parte da sua cultura e tem grande importância na
ancestralidade de referidos povos, com correlação com as danças, as pinturas, a diversão, os cantos e
festejos tradicionais. 
ENSINO DA HISTÓRIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS
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A população indígena foi silenciada com a ausência de políticas públicas quando da homogeneização da
população por meio da colonização do Brasil, utilizandocomo modelo civilizatório a sociedade europeia.
Os portugueses trouxeram diversas doenças, que atingiram fortemente a população indígena. Inicialmente,
ainda que de forma invasiva, os portugueses tiveram poucos embates com a população indígena, mas
posteriormente eles passaram a submeter os povos originários a trabalhos forçados, castigos degradantes e
desumanos, no implemento da escravização.
Quando da chegada dos portugueses no Brasil, a Coroa portuguesa não tinha uma economia que
possibilitasse a colonização do nosso país, motivo pelo qual as primeiras relações com a população indígena
se deram pelo escambo de quinquilharias com os indígenas em troca das riquezas naturais do Brasil. Com o
passar do tempo, a extração do pau-brasil – plantação que não ficava concentrada em uma única região –
trouxe dificuldades aos portugueses, que passaram a escravizar os povos originários, desterritorializando-os,
entre inúmeras outras violações aos seus direitos como povos que aqui se encontravam.
Os jesuítas que vieram com o padre Manoel da Nóbrega tinham a intenção de catequizar os povos indígenas,
e passaram a classificar a população indígena como:
• Tupis: povos predominantes na área litoral no século XVI.
• Tapuias: povos originários que não falavam línguas que possibilitassem o contato com os jesuítas.
Somente com a chegada desses jesuítas em 1549 que iniciou-se o combate incisivo contra a escravização da
população indígena, visto que eles queriam os povos originários catequizados, não escravizados.
Narra-se a história do povo indígena identificando seus componentes como indivíduos habitantes na Região
Amazônica, que têm cabelos escorridos, usam artes e pinturas por todo o corpo, e adereços vultuosos. Vivem
nus e residem em matas e florestas, e perderam muitos aspectos de sua cultura. Não tiveram forças para
suportar o excesso de labor quando da escravização nem suportaram os castigos degradantes, o que tornou
necessária a escravização da população negra.
O protagonismo da população indígena, de forma diversa das narrativas até então impostas, ocorrei com a
manutenção e o enriquecimento da cultura dos povos originários com o passar do tempo. A tentativa de
catequização, acrescida da invasão da população portuguesa, não retirou dos povos originários seus
costumes, seus conhecimentos para cura e a utilização das ervas, e a forma de subsistência desse povo foi se
aprimorando de acordo com o avanço da tecnologia.
Como se não bastasse o silenciamento dos povos indígenas, esse fator gerou o proposital apagamento destes
povos pelos colonizadores, que posteriormente passaram a exterminá-los.
Os povos indígenas criaram grupos de enfrentamento aos colonizadores e à escravização. Também
transmitem seus saberes de geração a geração, de forma oral, e assim os povos originários formaram
diversos outros ramos populacionais. Os indígenas, quando ainda crianças, tinham como característica
marcante a alteridade, característica esta que não é apresentada nos livros de história, assim como também
não á apresentado o fato de que eles não perderam de forma alguma, seu saber, sua força ancestral e sua
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identidade cultural.
Os ameríndios lutaram bravamente para manter suas terras e para que não fossem submetidos a trabalhos
forçados, o que não impediu os portugueses de buscarem a escravização dos povos indígenas ainda quando
da escravização da população negra – nos locais mais remotos ainda havia a escravização dos povos
originários, visto que estes estavam por todo o espaço geográfico do Brasil.
A escravização da população indígena e os constantes ataques a este povo pelos portugueses tinha o intuito
de tornar os indígenas subalternos no seu próprio território. Por meio do ensino da história dos povos
indígenas, retirando o etnocentrismo colonizador e contando a história sem a presença de estereótipos, é
possível contribuir para a difusão da história ressignificada.
O DIREITO E A CF 88 COMO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO AOS POVOS ORIGINÁRIOS
Em 1570 ainda havia a escravização dos povos originários, de modo que foi promulgada a primeira lei que
combatia o cativeiro indígena, autorizando a escravização apenas em caso de guerra.
Diante da continuidade da escravização da população indígena, foi necessário promulgar uma lei reafirmando
a liberdade em 1609, e diante das constantes transgressões dos colonizadores foi decretado o Regimento das
Missões em 1686, o qual regulamenta a mão de obra indígena nos Estados do Maranhão e do Grão-Pará,
bem como o trabalho missionário.
Mais tarde, em 1755, foi aprovado o "Directorio", proibindo terminantemente a escravização dos povos
originários.
Ao longo da história, conforme a colonização do Brasil avançava, os colonizadores buscavam dizimar os
povos indígenas, os quais lutaram bravamente. Na Bahia, por exemplo, os grupos Aymorés e Botocudos
enfrentaram os colonizadores. Pelo país, visando à proteção e à organização para o embate, fizeram alianças
com os inimigos dos colonizadores: os Tamoios se aliaram aos franceses entre 1550 e 1600, e os Potiguares
se aliaram aos franceses para lutar na Paraíba contra os portugueses.
Por causa dos inúmeros ataques sofridos e realizados como forma de defesa, foi criado em 1910 o serviço de
Proteção aos Índios – SPI, extinto em 1967 com a criação da FUNAI – Fundação Nacional do Índio.
Marechal Rondon atuou em pesquisas por todo o Brasil, conhecendo os mais diversos grupos indígenas,
observando que estes sofriam constantes ataques dos portugueses que a cada dia queriam dominar novos
territórios apenas de forma exploratória, enquanto a população indígena cuidava, protegia e preparava os
lugares em que passava para que continuassem sendo proveitosos no futuro. Marechal Rondon se tornou
grande defensor dos povos indígenas, e em 1952 criou o projeto do Parque Nacional do Xingu, com o objetivo
de haver um espaço de proteção e cuidado aos povos originários – área que ele não chegou a conhecer.
Rondon já defendia em referida época a demarcação de uma terra indígena no Parque Nacional do Xingu.
Até então, a visão que se tinha dos povos originários era subjetiva: não havia dados que considerassem a
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diversidade dos grupos indígenas e suas particularidades. Não havendo representantes dessas inúmeras
etnias, as poucas políticas públicas que vinham sendo implementadas não atingiam todos os grupos
indígenas.
Em 1979 foi criada a União das Nações Indígenas, que foi deslegitimada por causa da insuficiência de alcance
a todos os povos e de completa mediação entre os povos originários e o Estado.
Ainda assim, a organização da população indígena foi de grande importância para o que foi previsto na
Constituição Federal de 1988, a qual determinou que a União fosse responsável pela demarcação das terras e
proteção dos bens indígenas. Ademais, foi n CF de 1988 que delegou ao Congresso Nacional assuntos
importantes como a mineração e a construção de hidrelétricas, e a elaboração de Lei Complementar
dispondo sobre o importante interesse público da União nas terras indígenas.
A Constituição Federal coroou os direitos dos povos originários, o que iniciou um fortalecimento dos direitos
dos povos indígenas, com maior articulação e discussões constantes em Brasília.
VÍDEO RESUMO
Na presente aula, estudaremos a origem dos povos indígenas e sua diversidade desde o período pré-colonial.
Aliaremos o conhecimento da importância da promulgação das leis protetivas, como os artigos que visam
proteger a população indígena na Constituição Federal, após conhecer os fatos históricos que deram origem
aos fatores legais de proteção.
 Saiba mais
Você sabia que os povos indígenas não eram considerados povos cultos, e que tinham a capacidade de
progredir? Assim entendiam os portugueses, conforme se depreende do texto abaixo:
Para visualizar o objeto,acesse seu material digital.
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Todavia, se percebe que as lutas não foram apenas físicas, foram também através dos pensadores
iluministas.
Enquanto os interesses materiais e as razões de Estado levavam os colonizadores europeus a
supor que os povos indígenas deviam sofrer intervenção com o fito de “progredirem”
(Domingues, 2000b), isto é, conformarem-se aos padrões da civilização, os pensadores
iluministas, de algum modo referidos a padrões científicos e ao discurso da história natural,
veiculavam outros valores, que seriam mais tarde formalizados pela Revolução Francesa
(Franco, 1976). Aspectos positivos e negativos dos povos indígenas também estiveram em
confronto no séc. XIX, contrapondo visões tutelares e científicas, bem como assimilacionistas
e românticas dos índios.
— (Oliveira, Freire, 2006, P. 93)
INTRODUÇÃO
Estudante, esta aula será sua ferramenta no aprendizado dos direitos dos povos originários e dos
movimentos e articulações que foram necessários para assegurar esses direitos.
Tendo em vista a escravização dos povos indígenas, seu silenciamento ao longo do tempo, e o racismo que
sofrem até os dias de hoje, foi necessário criar políticas públicas afirmativas em prol dos povos originários.
Vamos juntos entender como se deu esse processo.
Também veremos diversos julgados de ações que foram propostas contra o Estado para proteger os povos
indígenas, uma vez que o Estado por vezes se mantém inerte no descumprimento da legislação.
Aula 4
INCLUSÃO RACIAL: POVOS INDÍGENAS – PARTE 2
Estudante, esta aula será sua ferramenta no aprendizado dos direitos dos povos originários e dos
movimentos e articulações que foram necessários para assegurar esses direitos.
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POLÍTICAS PÚBLICAS AFIRMATIVAS E PROTETIVAS AOS POVOS ORIGINÁRIOS
Desde a chegada dos portugueses ao Brasil, a população indígena sofre com a invasão dos seus territórios e
escravização do seu povo. Esses indivíduos foram violentados e aculturados, além de terem sofrido com a
evangelização pela Igreja Católica. Houve, ainda, um genocídio dos povos originários, os quais foram
roubados.
Logo, os povos originários se articularam para lutar por seus direitos, e é importante mencionar que em
defesa deles foi criada a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, em conjunto
com os procuradores da república, tendo em vista os direitos que muitas vezes deixaram de ser assegurados
a esses povos e a outras minorias étnicas, como quilombolas, comunidades extrativistas, ribeirinhas e
ciganas. Percebe-se, assim, que se busca garantir a pluralidade no país.
Todavia, foi somente no século XXI que começaram diversas lutas e demandas sociais em prol dos povos
originários. A princípio, observa-se que uma das políticas públicas no Brasil foi à utilização das políticas
influenciadoras internacionais, com a Declaração Universal de Direitos Humanos. Paris, Declaração Universal
de Direitos Humanos, 10/12/1948, (Brasil 1948).
Os povos originários aqui estavam quando da chegada dos portugueses, todavia não tinha as terras em que
primeiro habitaram, apesar de que a terra para esses povos é de extrema importância, pois lhes permite
viver em comunidade, bem como possibilita sua existência, continuidade, manutenção da cultura e forma de
vida. A Constituição Federal estipula a garantia de moradia, conforme artigo 6º, e a dignidade da pessoa
humana, nos moldes do artigo 1º, III, do mesmo diploma e ainda, no seu artigo 231 se garante a demarcação
das terras indígenas, (BRASIL, 1988).
A Constituição Federal de 1988 veio como instrumento de regulação de direitos básicos para criação de
políticas públicas em proteção aos povos originários.
Todavia, vários dos direitos básicos da população indígena lhes foi retirado, reconhecer apenas o direito as
terras não foi suficiente, assim sendo, as Leis e iniciativas da educação tiveram que ser os meios pelos quais,
ao longo da história referidos direitos vem sendo devolvidos, apesar de ainda em pequena dimensão, motivo
pelo qual, tão importante foi a política pública marcante - a Reuni, conhecida como a Lei de cotas, de nº 12711
de 2012 (BRASIL, 2012), com a criação das cotas para os povos indígenas.
No mesmo sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394, de 1996 (BRASIL, 1996), visa assegurar
que os povos originários tenham sentimento de pertencimento, com currículo escolar diverso, com equidade.
Os movimentos sociais têm grande influência na criação de ações afirmativas, visto que tais organizações
reivindicaram os direitos básicos dos povos originários e o que lhes foi retirado ao longo da história. Essas
políticas públicas foram criadas visando reparação história, associada à inclusão racial dos povos no Brasil.
A Conferência Mundial contra o Racismo, de 2001 (BRASIL, 2001) exerceu grande pressão, e o Governo
Federal do Brasil assinou a Declaração de Durban, em combate ao racismo. Brasil, Conferência Mundial
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contra o Racismo, 1978, 1983, 2001 e 2009 (Brasil 2009).
As cotas raciais são uma das políticas públicas criadas para reparação, bem como ascensão e igualdade de
direitos.
As prerrogativas criadas nas metas dos Planos Nacionais de Educação (PNE) visavam fomentar as
pluralidades locais, as necessidades de cada povo e a história de cada um, o que é de grande importância
para os povos indígenas, que sofreram com o apagamento do seu povo ao longo da história.
A região Amazônica é rica em biodiversidade, cultura e riquezas ambientais, e por tal motivo está na mira da
sociedade brasileira e de países internacionais. Assim, o desenvolvimento educacional é de suma
importância, principalmente diante da diversidade étnico-racial.
Ocorre que, estudos realizados por alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade
Federal do Amazonas dentre outras, trazem, diversas críticas acerca do acesso dos povos originários ao
ensino superior e da necessidade de uma possível reanalise, visto que a metodologia de ensino não considera
a heterogeneidade étnico-racial, a identidade e a cultura desses povos. Não basta criar as políticas públicas, é
preciso avaliar sua eficácia.
ÓRGÃOS DE SISTEMA DE PROTEÇÃO AOS POVOS ORIGINÁRIOS
Ao longo do tempo, foram criados diversos órgãos para proteger e tutelar os povos originários, conforme se
depreende da linha do tempo a seguir:
1906: Criação do Ministério da Agricultura pelo Decreto nº 1.606 de 29/12/1906 (BRASIL, 1906). Esse
ministério recebeu a pasta dos povos originários e sua catequese.
1910: Serviço de Proteção ao Índio (SPI), órgão para tutelar os povos indígenas criado pelo Decreto nº 8.072
de 20/06/1910 (BRASIL, 1910). O SPI articulava as conversas entre os povos originários.
1930: SPI passa do Ministério da Agricultura (onde foi criado) para o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio.
1930: SPI passa do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, para o Ministério da Guerra.
1934: SPI sai do Ministério da Guerra e retorna para o Ministério da Agricultura.
1934: A União passa a ter poderes para legislar acerca dos povos indígenas, poder este concedido por meio
da Constituição Federal de 1934 (BRASIL, 1934).
1954: As escolas até então criadas só tinham no seu currículo escolar o português.
1960: Fim do SPI, por cauda de investigações e suspeita de corrupção.
1960: A Convenção nº 107 da Organização Internacional do Trabalho OIT, de 26 de junho de 1957, foi
incorporada ao Brasil somente em 1960 (BRASIL, 1960). A OIT continuou válida por meio de novos
dispositivos legais após o fim da ditadura militar, como no artigo 213 da Constituição Federal de 1988.
1967: Lei nº 5.371 de 5 de dezembro de 1967 (BRASIL, 1967) cria a Funai. Em pouquíssimos momentos houve
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consulta aos povos originários para a criação ou formulação de atos do seu interesse.
1973: Estatuto do Índio, nº 6.001 (BRASIL, 1973). Ainda trazia a concepção de que os povos originários eram
relativamente incapazes, de acordo com o Código Civil de 1916, (BRASIL, 1916), e sendo relativamente
incapazes, deveriam ser tutelados por um órgão indigenista estatal (de 1910 a 1967, o Serviço de Proteção ao
Índio – SPI; atualmente, a Fundação Nacional do Índio – Funai) até que estivessem “integrados à comunhão
nacional”.
1979: Fundada a ANAI – Associação Nacional de Ação Indigenista, com a finalidade de intermediar os diálogos
entre os povos indígenas e os demais povos da sociedade brasileira.
1990: Criado o Núcleo de História Indígena e do Indigenismo – NHII/USP. Realizou trabalho de averiguação
dos povos originários, como sua história e etnologia.
1991: Transferência da Funai para o Ministério da Educação e Desporto (MEC), por meio do Decreto de nº 26
de 1991 (BRASIL, 1991).
2004: Criação da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena, pela Lei nº 10.172/2001 (BRASIL, 2001).
2005: APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil foi fundada em 2005. Faz uma junção de movimentos
sociais em prol dos povos originários, com o foco em articular os povos indígenas para fortalecimento das
suas lutas.
2011: CESTA – Centro de Estudo Ameríndios. Fundado em 2011 visando ampliar os estudos já realizados e os
que viessem a ser realizados pelo NHII (Núcleo de História Indígena e do Indigenismo).
As organizações foram criadas para dar voz aos povos indígenas e muitas vezes representá-los, tendo em
vista que esses povos foram considerados relativamente incapazes até a promulgação do Código Civil de
2002 (BRASIL, 2002). 
PROPOSIÇÕES E DEBATES PARA A EFETIVAÇÃO DE GARANTIAS E PROTEÇÃO AOS POVOS
ORIGINÁRIOS
São diversos os direitos dos povos originários que foram violados; as constituições foram aperfeiçoando-se
ao passo que novas organizações indigenistas eram criadas para articular os povos originários.
A permanência dos povos indígenas na terra durante o processo de demarcação tem sido uma luta e motivo
de diversas ações judiciais. Não há que se falar em reintegração de posse de terras indígenas quando se
discute a demarcação de terras, pois tal direito está previsto no artigo nº 19 da Lei nº 6.001/73 (BRASIL, 1973).
Tendo em vista que as terras brasileiras foram invadidas desde 1500, para assegurar os direitos de quem
aqui já vivia – os povos originários–, bem como para preservar o meio ambiente, a demarcação de terras
indígenas está assegurada na Constituição Federal de 1988. Diante disso, constantemente são judicializadas
as demarcações de terras, que são processos extremamente morosos. Assim, o Ministério Público Federal
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propôs ação civil requerendo que houvesse agilidade no processo em 2002, e em 2007 foi concedida medida
liminar, tendo a ação sido julgada procedente (BRASIL, 1988).
O fato de a análise dos processos de demarcação de terras judiciais serem julgados de forma lenta é
completamente absurdo, indo de encontro a um direito assegurado na Constituição Federal. Como exemplo,
em 2018, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) deferiu o pedido de condenação do Brasil
diante da mora extremamente descomedida no processo de demarcação das terras do Território Indígena
Xucuru/PE.
A mora em discussão não se trata de um tempo razoável, visto que a condenação se deu por conta de o
processo ter ocorrido em 1989. Em 2001, o Presidente da República deu um decreto homologatório, e em
2005 a Justiça Federal proferiu a resolução final, confirmando a legalidade do registro de imóveis. Ocorre que
diversas foram as reintegrações deferidas, impedindo que fossem aplicados os direitos dos povos Xucurus.
Os povos originários passam por um verdadeiro processo para que suas terras sejam demarcadas, e quando
a demarcação se dá de forma irregular no processo é necessário novo julgamento. Para ilustrar, o povo
Myky/MT obteve a demarcação de sua terra em 1978, e a homologação se deu em 1987. Houve ausência de
estudo técnico, e o processo prosseguiu em desconcerto com as normas que ajustavam a demarcação de
terras à época. Foi proposto processo por um fazendeiro que discutia a terra com os indígenas:
A área demarcada era insuficiente para a reprodução física e cultural dos indígenas.
Foi um largo processo, e apenas em 2007 foi denominado um grupo técnico para remanejar os estudos que
demonstrariam o correto polígono das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos originários. Com o claro
intuito protelatório, diversos fazendeiros propuseram ações pedindo a suspensão do processo de
demarcação de terras alegando que a terra indígena não deveria sofrer expansão, vez a decisão do caso
Raposa Serra do Sol pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 1976, Benedito Mauro Tenuta, encaminhou à Funai uma proposta para custear a demarcação
da TI Menkü (povo Myky), com a seguinte descrição: “…solicita apreciação de proposta e posterior
autorização do início dos trabalhos demarcatórios que poderão ser acompanhadas por um
representante da Funai, bem como pelos grupos indígenas, Myky(AC 0012899-30.2012.4.01.3400,
DESEMBARGADORA FEDERAL DANIELE MARANHÃO COSTA, TRF1 -QUINTA TURMA, e-DJF1
DATA:08/05/2018) (grifos nossos), Brasil, Ministério Público Federal, P. 170, 2019.”
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Após diversas discussões propostas pelos movimentos dos que representam os povos indígenas, não é
admissível o silenciamento dos povos, e existe uma luta constante contra os atos praticados de forma
reiterada visando ao apagamento deles, o genocídio e sua retirada dessas terras.
VÍDEO RESUMO
Na aula, estudamos a origem dos povos indígenas e a sua diversidade, desde o período pré-colonial, aliando
o conhecimento da importância da promulgação das leis protetivas, como os artigos que visam proteger a
população indígena na Constituição Federal após conhecer os fatos históricos que deram origem aos fatores
legais de proteção.
 Saiba mais
Você sabia que os povos originários não fizeram parte da discussão quando da criação e promulgação
da Lei de Cotas? Por isso surgiram diversos problemas na implementação de referida política pública,
conforme se extrai do exposto abaixo:
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Por isso, é importante lembrar que os povos originários precisam participar da construção das políticas
públicas, e como sua participação não correu em todo o processo, apenas na fase de implementação.
VÍDEO ENTREVISTA
Uma questão importante a ser destacada na leitura dos estudos é que, se, por um lado, a
criação das políticas de ações afirmativas decorreu da reivindicação dos povos indígenas pelo
acesso ao ensino superior, por outro, observa-se pouca participação da comunidade indígena
na formulação e no acompanhamento dessas políticas. Paulino (2008, p. 44) exemplifica o
caso do Paraná: “Nas entrevistas foi explícita a ausência de participação das comunidades
indígenas no processo de formulação e aprovação desta lei”. Segundo o autor, o único
momento em que as lideranças indígenas e a Fundação Nacional do Índio (Funai) foram
efetivamente demandadas foi na certificação da identificação indígena dos candidatos ao
vestibular. No caso das universidades paranaenses, é necessária a apresentação, entre
outros documentos, de uma declaração assinada pelo cacique e pelo chefe do posto indígena
local, comprovando que o candidato reside ou residiu no mínimo dois anos em terras
indígenas do estado do Paraná. No caso da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), as
comprovações dos pertencimentos étnicos também deveriam ter a chancela da Funai e de
lideranças do povoindígena em questão. Para a UFT bastava a declaração da Funai, alijando
do processo os povos envolvidos, BergamaschiI, Doebber, Brito, P. 43- 44, 2018.
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REFERÊNCIAS
20 minutos
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