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Arte e Processo de Criação I ARTES VISUAIS UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 2 Créditos e Copyright Vanessa Laurentina Maia Crb8 71/97 Bibliotecária UNIMES Este curso foi concebido e produzido pela UNIMES Virtual. Eventuais marcas aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. A UNIMES Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso oriundo da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos. É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato. S729a SOUZA, Rubens de Arte e Processo de Criação I / Rubens de Souza. - Santos, 2023. 59 f. Universidade Metropolitana de Santos, Artes Visuais, 2006. 1. Ensino a distância. 2. Artes Visuais. 3. Estética e criatividade CDD 700 UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 3 Sumário Aula 01_Estética, experiência estética, juízos estéticos. ............................................ 4 Aula 02_Teorias essencialistas de arte I .................................................................... 8 Aula 03_Teorias institucionais e simbólicas ............................................................. 12 Aula 04_A teoria simbólica de Nelson Goodman ...................................................... 14 Aula 05_Teoria Simbólica de Goodman ou cognitivismo estético ............................. 16 Aula 06_Aspectos relevantes para a leitura de uma obra de arte ............................ 21 Aula 07_Elementos da visualidade ........................................................................... 25 Aula 08_Elementos da linguagem visual .................................................................. 29 Aula 09_Elementos da linguagem visual: Luz e Tom ............................................... 33 Aula 10_Elementos da linguagem visual: Textura, Movimento, Escala e Cor ....... 36 Aula 11_Processo de criação ................................................................................... 42 Aula 12_Análise e contextualização ......................................................................... 45 Aula 13_ Kandinsky .................................................................................................. 49 Aula 14_Teoria das linhas de Kandinsky .................................................................. 52 Aula 15_O Plano ...................................................................................................... 56 Aula 16_Elementos Conceituais ............................................................................... 58 UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 4 Aula 01_Estética, experiência estética, juízos estéticos. Palavras-chave: estética; experiência estética; juízos estéticos. A estética é uma disciplina filosófica que se ocupa dos problemas e teorias acerca da arte. A estética é o mesmo que filosofia da arte, ou seja, uma disciplina que visa ampliar a compreensão das condições e efeitos da criação artística. A reflexão filosófica é puramente especulativa e não normativa, isto é, dirige- se a definir conceitos e não estabelecer normas. Dessa forma, a estética não pretende estabelecer o que é arte, mas refletir sobre toda teoria que se refira à arte. Para a professora, a estética é uma disciplina que se ocupa dos seguintes aspectos: • O que é arte? • O que é objeto artístico ou objeto estético? • O que é experiência estética? • Quais as relações da arte com a evolução humana? Esses questionamentos são fundamentais para a compreensão das artes visuais. O que é arte? Essa é uma pergunta que tem sido feita por filósofos e artistas há séculos. Não há uma resposta única para essa pergunta, pois a arte é uma experiência subjetiva. No entanto, podemos identificar alguns elementos que são comumente associados à arte, como a criatividade, a expressividade e a beleza. O que é objeto artístico ou objeto estético? Um objeto artístico ou objeto estético é um objeto que é capaz de provocar uma experiência estética. Esse objeto pode ser uma pintura, uma escultura, uma música, uma dança, uma peça de teatro, um filme, um livro, etc. O que é experiência estética? UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 5 A experiência estética é uma experiência subjetiva que ocorre quando uma pessoa se relaciona com um objeto artístico ou objeto estético. Essa experiência pode ser provocada por uma variedade de fatores, como a forma, o conteúdo, o contexto ou a interpretação do objeto. Quais as relações da arte com a evolução humana? A arte está presente na história da humanidade desde os tempos mais remotos. A arte é uma forma de expressão humana que nos permite comunicar nossas emoções, ideias e valores. A arte também pode ser uma forma de reflexão sobre o mundo e sobre nós mesmos. Acredito que a estética é uma disciplina importante para a formação de um indivíduo crítico e reflexivo. A estética nos ajuda a compreender a arte e a sua importância na nossa vida. Mas então o que é uma experiência estética? A experiência estética é uma forma de conhecimento que se faz através dos sentidos, mas opera antes de atingir o nível da razão. A experiência estética é uma experiência subjetiva que ocorre quando uma pessoa se relaciona com um objeto artístico ou objeto estético. Essa experiência é provocada por uma variedade de fatores, como a forma, o conteúdo, o contexto ou a interpretação do objeto. A experiência estética é uma forma de conhecimento porque nos permite compreender o mundo de uma forma diferente. Quando estamos diante de uma obra de arte, estamos diante de uma manifestação da criatividade humana. A obra de arte nos permite ver o mundo de uma nova perspectiva, nos permite experimentar emoções que não estaríamos vivenciando de outra forma. A experiência estética é também uma forma de conhecimento porque nos permite nos conhecer melhor. Quando estamos diante de uma obra de arte, estamos diante de um espelho que nos reflete. A obra de arte nos permite identificar nossas próprias emoções, nossos próprios valores, nossas próprias experiências. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 6 A experiência estética é uma forma de conhecimento que nos enriquece e nos transforma. A experiência estética nos torna mais humanos. A professora também afirma que a experiência estética é o conhecimento resultante da apreciação de um objeto estético. A apreciação ou percepção acontece quando vamos além do simples reconhecimento do objeto, quando diante dele temos uma comoção interior. A comoção interior é uma reação emocional que ocorre quando estamos diante de um objeto estético. Essa comoção pode ser de prazer, de alegria, de tristeza, de angústia, etc. A comoção interior é uma resposta subjetiva que cada pessoa experimenta de forma diferente. A comoção interior é um elemento essencial da experiência estética. A experiência estética não é apenas um processo cognitivo, mas também um processo emocional. A experiência estética é uma experiência complexa e rica. É uma experiência que nos permite compreender o mundo de uma forma diferente, nos permite nos conhecer melhor e nos transforma. Pareyson (1997, p.05), nos diz que na experiência estética [...] entra toda experiência que tenha a ver com o belo e com a arte: a experiência do artista, do leitor, do crítico, do historiador, do técnico de arte e daquele que desfruta de qualquer beleza. Nela, entram em suma, a contemplação da beleza, quer seja artística, quer natural ou intelectual...a arte pode ser usada para expressar ideias e emoções de uma forma não-literal. Sua obra é importante para entender o desenvolvimento da arte moderna e contemporânea. O conceito de "necessidade interior" é fundamental para compreender a obra de Wassily Kandinsky. Kandinsky acreditava que a arte é uma forma de expressão do espírito humano. Ele argumentava que as formas, as cores e as linhas podem ser usados para transmitir emoções e ideias de forma não-verbal. A "necessidade interior" é o que motiva o artista a criar. É o impulso espiritual que o leva a expressar suas emoções e ideias através da arte. Em seu livro "Do espiritual na arte", Kandinsky descreve a "necessidade interior" como uma força que vem de dentro do artista. É uma força que não pode ser explicada racionalmente, mas que é sentida profundamente pelo artista. Kandinsky acreditava que a "necessidade interior" é a chave para a compreensão da arte abstrata. Ele argumentava que a arte abstrata é uma forma de expressão mais pura e direta da "necessidade interior" do artista. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 48 Na citação que você forneceu, Kandinsky explica que a cor é um meio de expressar a "necessidade interior". Ele diz que a cor é como uma tecla de piano que, quando tocada, faz vibrar a alma do espectador. Kandinsky acreditava que a arte abstrata pode ser uma forma de comunicação universal. Ele argumentava que as formas, as cores e as linhas podem ter um significado simbólico que pode ser compreendido por pessoas de todas as culturas. A obra de Kandinsky é um exemplo de como a arte pode ser usada para expressar ideias e emoções de uma forma não-literal. Sua obra é importante para entender o desenvolvimento da arte moderna e contemporânea. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o conceito de "necessidade interior" na obra de Kandinsky: • A "necessidade interior" é o que motiva o artista a criar. • É uma força que vem de dentro do artista e não pode ser explicada racionalmente. • A "necessidade interior" é a chave para a compreensão da arte abstrata. • A cor é um meio de expressar a "necessidade interior". • A arte abstrata pode ser uma forma de comunicação universal. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 49 Aula 13_ Kandinsky Palavras-chave: Kandinsky; do espiritual na arte; arte abstrata. A atividade criadora é um processo espiritual que tem o potencial de levar ao progresso espiritual da humanidade. Kandinsky acreditava que a arte é uma forma de comunicação universal que pode transcender as barreiras da linguagem e da cultura. Ele argumentava que a arte pode nos ajudar a conectar-nos com nosso lado espiritual e a nos elevar a um nível mais elevado de consciência. A obra de Kandinsky é um exemplo de como a arte pode ser usada para expressar ideias e emoções de uma forma não-literal. Suas pinturas abstratas são repletas de simbolismo e significado, e elas podem ser interpretadas de diversas maneiras. A obra que você mencionou, "Composição VII", é um exemplo perfeito do conceito de "necessidade interior" de Kandinsky. A pintura é uma composição complexa de formas e cores que parecem vibrar com energia. Ela é uma obra que desperta emoções e provoca reflexões, e ela pode ser interpretada de diversas maneiras. Para alguns, a pintura pode representar um mundo em movimento e em transformação. Para outros, ela pode representar um estado de espírito ou uma experiência emocional. Não existe uma interpretação certa ou errada, pois a obra é aberta à interpretação do espectador. O que é importante é que a obra de Kandinsky nos convida a refletir sobre a natureza da arte e do espírito humano. Ela nos mostra que a arte pode ser uma forma poderosa de expressão e que ela pode nos ajudar a nos conectar com nosso lado mais profundo. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a obra de Kandinsky: • A arte é uma forma de comunicação universal que pode transcender as barreiras da linguagem e da cultura. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 50 • A arte pode nos ajudar a conectar-nos com nosso lado espiritual e a nos elevar a um nível mais elevado de consciência. • A obra de Kandinsky é um exemplo de como a arte pode ser usada para expressar ideias e emoções de uma forma não-literal. • A obra de Kandinsky nos convida a refletir sobre a natureza da arte e do espírito humano. A teoria das formas de Kandinsky é um desenvolvimento importante de sua teoria das cores. Kandinsky acreditava que as formas, assim como as cores, têm um significado espiritual. Ele argumentava que as formas podem ser usadas para transmitir emoções e ideias de forma não-verbal. No livro "Ponto e linha sobre plano", Kandinsky faz uma análise completa das formas básicas e de suas relações. Ele estuda o dinamismo peculiar dessas formas e as tensões que estabelecem sobre o plano. Kandinsky define o ponto como a menor forma básica. Ele é introvertido e estável, e exclui o elemento tempo. O ponto pode assumir diferentes aspectos, dependendo de sua forma exterior. Um ponto central é o exemplo mais simples e mais conciso. As mudanças em seu tamanho podem alterar sua natureza relativa, mas sua tensão concêntrica sofre somente uma diminuição relativa ao aumento de seu tamanho. Um ponto pode também se apoiar em sua própria forma em menor escala. Unidos os pontos por forças externas a seu formato ampliam-se as possibilidades visuais. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a teoria das formas de Kandinsky: • As formas têm um significado espiritual. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 51 • As formas podem ser usadas para transmitir emoções e ideias de forma não-verbal. • O ponto é a menor forma básica. • O ponto é introvertido e estável. • As mudanças em seu tamanho podem alterar sua natureza relativa. • Um ponto pode também se apoiar em sua própria forma em menor escala. • Unidos os pontos por forças externas a seu formato ampliam-se as possibilidades visuais. A teoria das formas de Kandinsky é uma contribuição importante para a arte abstrata. Ela fornece uma base teórica para a compreensão da forma e do espaço na arte abstrata. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 52 Aula 14_Teoria das linhas de Kandinsky Palavras-chave: Kandinsky, análise da pintura; arte abstrata. . A teoria das linhas de Kandinsky é uma extensão de sua teoria das formas. Kandinsky acreditava que as linhas, assim como as formas, têm um significado espiritual. Ele argumentava que as linhas podem ser usadas para transmitir emoções e ideias de forma não-verbal. No livro "Ponto e linha sobre plano", Kandinsky faz uma análise completa das linhas básicas e de suas relações. Ele estuda o dinamismo peculiar dessas linhas e as tensões que estabelecem sobre o plano. Kandinsky define a linha reta como a forma mais concisa dentre as infinitas possibilidades de movimento. Ele atribui à linha reta um significado espiritual de tensão e dinamismo. Kandinsky também define a linha curva como uma forma mais complexa do que a linha reta. Ele atribui à linha curva um significado espiritual de fluidez e harmonia. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a teoria das linhas de Kandinsky: • As linhas têm um significado espiritual. • As linhas podem ser usadas para transmitir emoções e ideias de forma não-verbal. • A linha reta é a forma mais concisa dentre as infinitas possibilidades de movimento. • A linha curva é uma forma mais complexa do que a linha reta. A teoria das linhas de Kandinsky é uma contribuição importante para a arte abstrata. Ela fornece uma base teórica para a compreensão da linha e do movimento na arte abstrata.Aqui estão alguns comentários sobre as suas observações específicas: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 53 • A linha horizontal é a linha reta mais simples correspondendo para o artista a linha onde o homem repousa ou se move e também corresponde ao frio. Opostos a essa linha estão o ângulo reto e a linha vertical. A linha horizontal é uma linha de repouso. Ela é uma linha estável e equilibrada, e é frequentemente associada à paz e à tranquilidade. • A linha vertical é considerada pelo autor como “a forma mais concisa das infinitas possibilidades de movimento quente” (Kandisnky, 2005, p. 51) A linha vertical é uma linha de movimento. Ela é uma linha dinâmica e ascendente, e é frequentemente associada à energia e à força. • A linha reta diagonal contém o quente e o frio. Kandinsky chama de ‘linhas retas livres’ as linhas diagonais e semi-diagonais. A linha diagonal é uma linha que combina os elementos de movimento e repouso. Ela é uma linha instável e dinâmica, e pode ser interpretada de diversas maneiras. • As linhas retas livres, principalmente as sem centro comum, possuem uma relação que Kandisnky chama de ‘mais frouxa em relação ao plano’, ou seja, parecem que o transpassam. As linhas retas livres são linhas que parecem ter uma autonomia em relação ao plano. Elas são linhas que não estão presas a um centro comum, e podem ser interpretadas como linhas que se estendem para além do plano. • As linhas quebradas ou angulares são produzidas por duas forças alternadas. As linhas quebradas são linhas que são produzidas por duas forças opostas. Elas são linhas instáveis e dinâmicas, e podem ser interpretadas como linhas de conflito ou de tensão. • As linhas curvas são produzidas por duas forças simultâneas. As linhas curvas são linhas que são produzidas por duas forças que atuam ao mesmo tempo. Elas são linhas fluidas e harmoniosas, e podem ser interpretadas como linhas de movimento ou de equilíbrio. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 54 • A linha reta nega o plano enquanto a linha curva carrega em si a potência do plano, pois se as duas forças laterais tiverem iguais tensões, elas devem se encontrar em um único ponto. Isso significa que o ponto inicial da linha curva encontrará o ponto final em algum momento, desaparecendo a linha, pois se transformaram em círculo. Dessa propriedade, resulta a afirmação de Kandisny de que o círculo é “o plano mais efêmero e mais sólido ao mesmo tempo”. (Kandisnky, 2005, p. 72) A linha reta e a linha curva são opostas em termos de seu relacionamento com o plano. A linha reta é uma linha que nega o plano, pois ela é uma linha que se estende além do plano. A linha curva é uma linha que carrega em si a potência do plano, pois ela é uma linha que pode ser interpretada como um plano em movimento. O círculo é uma figura geométrica que combina os elementos de linha e plano. Ele é uma linha que se fecha sobre si mesma, formando um plano. Por isso, Kandinsky afirma que o círculo é o plano mais efêmero e mais sólido ao mesmo tempo Pesquise também: Edith Derdyk É uma artista plástica brasileira que trabalha com o elemento visual linha. A artista tem atração pela costura como forma de materialização do tempo. Costura de Edith Derdyk A costura consome a matéria seca – o pano, o plástico, o papel – como um ácido corrosivo. Corrosivo porque costurar é avançar na matéria espessa do tempo. O que mantém horas a fio literalmente, costurando aquela linha fininha que agrupada gera uma força superior? Sou prisioneira, mas só costurando nasce a possibilidade de tocar, com a ponta da agulha, o senso de liberdade. Derdyk usa a costura para criar instalações, esculturas e pinturas. Seu trabalho é frequentemente inspirado em temas como a passagem do tempo, a memória e a identidade. Em seu livro "Lições da Linha", o crítico Jacopo Crivelli afirma que o trabalho de Derdyk é "um exercício de resistência e de força". Ele escreve: "A linha de Derdyk UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 55 é uma linha que resiste à matéria, que a penetra e a transforma. É uma linha que tem uma força interior, que não é apenas estética, mas também espiritual." O trabalho de Derdyk tem sido exibido em todo o mundo, incluindo no Museu de Arte Moderna de Nova York, no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e no Museu Reina Sofía, em Madri. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 56 Aula 15_O Plano Palavras-chave: arte abstrata; plano; obras de Kandinsky. A teoria do plano original de Kandinsky é uma contribuição importante para a arte abstrata. Ela fornece uma base teórica para a compreensão do plano e da forma na arte abstrata. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a teoria do plano original de Kandinsky: • O plano original é o suporte material que será a base da obra. • A linha diagonal é considerada como indicadora de tensão no plano. • Kandinsky define dois tipos de tensões sobre o plano: tensão lírica e tensão dramática. • A posição das formas em relação a sua posição no Plano Original - PO também consolidam essas relações. • O plano original pode ser feito de diferentes matérias com características distintas. A teoria do plano original é baseada na ideia de que as formas e as cores têm um significado espiritual. Kandinsky acreditava que as formas e as cores podem ser usadas para transmitir emoções e ideias de forma não-verbal. A teoria do plano original é uma ferramenta poderosa para os artistas abstratos. Ela permite que os artistas criem obras que sejam visualmente atraentes e que também tenham um significado espiritual. Aqui estão alguns comentários sobre as suas observações específicas: • A tensão lírica é uma tensão menor, pois ela é mais sutil e menos perceptível. A tensão dramática é uma tensão maior, pois ela é mais forte e mais perceptível. • A ressonância lírica é uma sensação de calma e tranquilidade. A ressonância dramática é uma sensação de agitação e conflito. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 57 • O plano original pode ser feito de diferentes materiais, como papel, tela, madeira, metal, etc. Cada material tem suas próprias características, que podem afetar a aparência da obra de arte. A teoria do plano original é uma teoria complexa e rica. Ela pode ser interpretada de diversas maneiras, e pode ser aplicada de diversas maneiras na arte abstrata. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 58 Aula 16_Elementos Conceituais Palavras-chave: ponto; linha; plano; volume; forma, cor, textura. Os elementos conceituais são uma ferramenta importante para a compreensão da arte. Eles fornecem uma base teórica para a compreensão das formas e do espaço na arte. Aqui estão alguns pontos importantes sobre os elementos conceituais: • Eles são abstratos e não existem na realidade. • Eles são usados para representar objetos e formas no mundo real. • Eles podem ser usados para criar ilusões de profundidade e espaço. Os elementos conceituais são uma ferramenta poderosa para os artistas. Eles permitem que os artistas criem obras que sejam visualmente atraentes e que também tenham um significado simbólico. • O ponto é a forma mais simples e abstrata. Ele pode ser usado para representar uma posição ou um ponto de referência. • A linha é uma forma mais complexa que o ponto. Ela pode ser usada para representar um contorno, um movimento ou uma direção. • O plano é uma forma ainda mais complexa que a linha. Ele pode ser usado para representar uma superfície, um objeto ou um espaço. • O volume é a forma mais complexa dos elementos conceituais. Ele pode ser usado para representar um objeto tridimensional.Os elementos conceituais podem ser usados de diversas maneiras na arte. Eles podem ser usados para criar obras abstratas ou figurativas. Eles podem ser usados para criar ilusões de profundidade e espaço. Eles podem ser usados para representar emoções ou ideias. Aqui estão alguns exemplos de como os elementos conceituais podem ser usados na arte: • Um artista pode usar pontos para criar uma textura ou um padrão. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 59 • Um artista pode usar linhas para criar um contorno ou um movimento. • Um artista pode usar planos para criar uma forma ou um espaço. • Um artista pode usar volumes para criar um objeto tridimensional. Os elementos conceituais são uma ferramenta versátil e poderosa que pode ser usada para criar uma variedade de efeitos na arte.Os juízos estéticos são julgamentos que fazemos sobre a beleza, a feiura, o valor ou o significado de um objeto estético. Esses juízos são subjetivos, pois são baseados nas nossas próprias experiências e preferências. No dia a dia, emitimos juízos estéticos a respeito das mais variadas coisas. Por exemplo, podemos dizer que uma paisagem é bonita, um objeto é feio ou uma obra de arte é uma obra-prima. Esses juízos demonstram os diferentes problemas que a estética enfrenta. A estética é uma disciplina que se ocupa de estudar a natureza da arte, a sua função UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 7 e o seu valor. No entanto, não há uma resposta única para as perguntas que a estética enfrenta. A estética é uma disciplina complexa e interdisciplinar. Ela se relaciona com a filosofia, a história da arte, a psicologia, a sociologia e outras áreas do conhecimento. A professora também afirma que algumas teorias estéticas caíram no senso comum. Isso ocorre porque essas teorias parecem possuir um aspecto mais intuitivo, sendo acolhidas de forma espontânea pela maioria das pessoas. Por exemplo, a teoria da beleza formal afirma que a beleza é uma qualidade objetiva que pode ser encontrada em objetos que possuem proporções harmônicas e equilíbrio. Essa teoria é intuitivamente atraente, pois nos parece que objetos com proporções harmônicas são mais bonitos. No entanto, a teoria da beleza formal não é a única teoria estética. Existem outras teorias que definem a beleza de forma diferente. Por exemplo, a teoria da beleza expressiva afirma que a beleza é uma qualidade que está relacionada às emoções que uma obra de arte desperta em nós. Acredito que é importante conhecer diferentes teorias estéticas para podermos compreender melhor a natureza da arte e o seu valor. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 8 Aula 02_Teorias essencialistas de arte I Palavras-chave: Teorias da arte; pensamento estético; filosofia. Estética é a disciplina que estuda as condições em que ocorrem e os efeitos da criação artística, assim como a experiência estética. A estética é complexa e interdisciplinar que se relaciona com a filosofia, a história da arte, a psicologia, a sociologia e outras áreas do conhecimento. As teorias essencialistas da arte são teorias, pois defendem que existe uma essência de arte, ou seja, que existem propriedades essenciais na arte que são capazes de defini-la. Essas propriedades essenciais servem para distinguir a arte de outras coisas que não são arte, como se houvesse características comuns a todas as obras de arte. Algumas das teorias essencialistas mais conhecidas são: • Teoria da beleza formal: defende que a beleza é uma qualidade objetiva que pode ser encontrada em objetos que possuem proporções harmônicas e equilíbrio. • Teoria da beleza expressiva: defende que a beleza é uma qualidade que está relacionada às emoções que uma obra de arte desperta em nós. • Teoria da imitação: defende que a arte é uma imitação da realidade. • Teoria da criação: defende que a arte é uma forma de expressão criativa. Essas teorias têm sido criticadas por serem excessivamente simplistas e por não serem capazes de abarcar a diversidade da arte. No entanto, elas continuam a ser importantes para a compreensão da natureza da arte. Acredito que é importante conhecer diferentes teorias estéticas, inclusive as teorias essencialistas, para podermos compreender melhor a natureza da arte e o seu valor. A arte como imitação ou representação está fadada ao fracasso. Essa teoria é baseada na ideia de que a arte é uma cópia da natureza, real ou ideal. No entanto, existem muitas obras de arte que não são representações da natureza. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 9 No caso da arte visual, existem obras abstratas que não representam nada do mundo real. Essas obras são criadas a partir de formas, cores e texturas que não têm um significado literal. No caso da música, a teoria da imitação é ainda mais problemática. A música é uma arte abstrata que não representa nada do mundo real. A música é uma forma de expressão que pode ser usada para transmitir emoções, ideias ou experiências. A teoria da imitação é uma teoria simplista que não é capaz de abarcar a diversidade da arte. Essa teoria não consegue explicar as obras de arte que não são representações da natureza. Aqui estão alguns argumentos contra a teoria da imitação: • A teoria da imitação é baseada na ideia de que a arte é uma cópia da natureza. No entanto, existem muitas obras de arte que não são representações da natureza. • A teoria da imitação é uma teoria simplista que não é capaz de abarcar a diversidade da arte. Essa teoria não consegue explicar as obras de arte que não são representações da natureza. • A teoria da imitação é uma teoria subjetiva que depende da interpretação do espectador. O que uma pessoa considera uma obra de arte pode ser considerado uma imitação por outra pessoa. A teoria da arte como imitação ou representação foi uma teoria importante na história da arte. No entanto, essa teoria é hoje considerada uma teoria ultrapassada. A teoria da arte como expressão também tem limitações. Essa teoria é baseada na ideia de que a arte é uma expressão dos sentimentos e emoções do artista. No entanto, existem muitas obras de arte que não são expressões de sentimentos ou emoções. No caso da arte visual, existem obras abstratas que não expressam nenhum sentimento ou emoção específico. Essas obras são criadas a partir de formas, cores e texturas que não têm um significado literal. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 10 No caso da música, a teoria da expressão é ainda mais problemática. A música é uma arte abstrata que não expressa nenhum sentimento ou emoção específico. A música é uma forma de expressão que pode ser usada para transmitir uma variedade de emoções, ideias ou experiências. A teoria da expressão é uma teoria subjetiva que depende da interpretação do espectador. O que uma pessoa considera uma expressão de sentimentos ou emoções pode ser considerado algo diferente por outra pessoa. Aqui estão alguns argumentos contra a teoria da expressão: • A teoria da expressão é baseada na ideia de que a arte é uma expressão dos sentimentos e emoções do artista. No entanto, existem muitas obras de arte que não são expressões de sentimentos ou emoções. • A teoria da expressão é uma teoria subjetiva que depende da interpretação do espectador. O que uma pessoa considera uma expressão de sentimentos ou emoções pode ser considerado algo diferente por outra pessoa. A teoria da arte como forma significante também tem limitações. Essa teoria é baseada na ideia de que a arte é uma forma significante que desperta uma emoção estética no espectador. No entanto, existem muitas obras de arte que não despertam nenhuma emoção estética. No caso da arte visual, existem obras abstratas que não são esteticamente tocantes. Essas obras são criadas a partir de formas, cores e texturas que não têm um significado literal. No caso da música, a teoria da forma significante é ainda mais problemática. A música é uma arte abstrata que não é necessariamente esteticamente tocante. A música pode ser usada para transmitir uma variedade de emoções, ideias ou experiências, sem necessariamente despertar uma emoção estética no espectador. A teoria da forma significante é uma teoria subjetiva que depende da interpretação do espectador. O que uma pessoa considera uma forma significante pode ser considerado algo diferente por outra pessoa. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 11 Aqui estãoalguns argumentos contra a teoria da forma significante: • A teoria da forma significante é baseada na ideia de que a arte é uma forma significante que desperta uma emoção estética no espectador. No entanto, existem muitas obras de arte que não despertam nenhuma emoção estética. • A teoria da forma significante é uma teoria subjetiva que depende da interpretação do espectador. O que uma pessoa considera uma forma significante pode ser considerado algo diferente por outra pessoa. A teoria da arte como forma significante foi uma teoria importante na história da arte. No entanto, essa teoria é hoje considerada uma teoria ultrapassada. Acredito que a arte é uma experiência complexa que pode ser explicada por meio de uma variedade de teorias. Não existe uma teoria única que possa explicar todas as obras de arte. Aqui estão algumas conclusões que podemos tirar das teorias essencialistas da arte: • Não existe uma teoria essencialista da arte que seja capaz de explicar todas as obras de arte. • Todas as teorias essencialistas da arte são teorias subjetivas que dependem da interpretação do espectador. • As teorias essencialistas da arte são teorias limitadas que não conseguem abarcar a diversidade da arte. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 12 Aula 03_Teorias institucionais e simbólicas Palavras-chave: teorias institucionais; teorias simbólicas; contexto social. As teorias institucionais não são essencialistas. Essas teorias não buscam uma definição de arte que seja baseada em propriedades intrínsecas da obra de arte, mas sim em propriedades extrínsecas, como o contexto social ou cultural em que a obra é criada. A teoria institucional de George Dickie1 afirma que uma obra de arte é um artefato ao qual foi conferido o estatuto de objeto artístico por uma instituição social, que ele denomina "mundo da arte". Essa definição é baseada na ideia de que a arte é um fenômeno cultural que é definido por uma comunidade de pessoas. No entanto, essa teoria também tem limitações. Uma das principais críticas à teoria institucional é que ela não consegue explicar como uma obra de arte pode perder o estatuto de arte se for retirada do contexto institucional em que foi criada. Por exemplo, a pedra de Alberto Carneiro2 que foi mencionada no texto, poderia perder o estatuto de arte se fosse retirada da exposição de arte em que foi exibida. Outra crítica à teoria institucional é que ela não consegue explicar como a arte pode existir em culturas que não possuem uma instituição de arte. Por exemplo, a arte rupestre, que foi criada por povos primitivos que não possuíam um conceito de arte, não seria considerada arte de acordo com a teoria institucional. Acredito que as teorias institucionais são uma abordagem interessante para o estudo da arte, mas elas não são capazes de oferecer uma definição definitiva de arte. A arte é um fenômeno complexo que pode ser explicado por meio de uma variedade de teorias. 1 George Dickie, Filósofo da arte nascido na Florida, é Professor na Universidade de Illinois em Chicago. Publicou vários livros sobre teoria estética, história da estética e filosofia da arte. 2 Alberto Carneira é artista plástico natural de S. Mamede do Coronado, Portugal. Percursor da Land Art em Portugal propõe uma reflexão particular sobre a condição da arte enquanto criação de uma evidência da natureza, pondo em jogo não só materiais naturais, como a própria natureza e o seu corpo. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 13 As teorias institucionais e simbólicas são duas teorias que acreditam na impossibilidade de uma definição essencialista da arte. Para as teorias institucionais, uma obra de arte é um artefato que foi conferido o estatuto de objeto artístico por uma instituição social. Para a Teoria Simbólica de Goodman, uma obra de arte é um símbolo que pode ser interpretado de diferentes maneiras. Teorias Institucionais • Morris Weitz foi um dos primeiros defensores da impossibilidade de se construir uma definição essencialista de arte. • George Dickie é o principal defensor da teoria institucional da arte. • Para Dickie, uma obra de arte é um artefato, ao qual foi conferido o estatuto de objeto artístico por uma instituição social, que ele denomina "mundo da arte". • A teoria institucional da arte tem sido criticada por seus defensores da arte primitiva, infantil e popular. Teoria Simbólica • Nelson Goodman é o principal defensor da Teoria Simbólica da arte. • Para Goodman, uma obra de arte é um símbolo que pode ser interpretado de diferentes maneiras. • Goodman defende que a arte é uma forma de linguagem e que as obras de arte são símbolos que podem ser interpretados de diferentes maneiras, dependendo do contexto em que são apresentadas. • A Teoria Simbólica da arte tem sido criticada por seus defensores da arte concreta e abstrata. Questões para reflexão • Como a Teoria Institucional da arte pode ser aplicada à arte primitiva, infantil e popular? • Como a Teoria Simbólica da arte pode ser aplicada à arte concreta e abstrata? UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 14 Aula 04_A teoria simbólica de Nelson Goodman Palavras-chave: significados; estética; símbolos. A Teoria Simbólica de Nelson Goodman é uma teoria estética que defende que a arte é uma forma de linguagem e que as obras de arte são símbolos que podem ser interpretados de diferentes maneiras, dependendo do contexto em que são apresentadas. Goodman define uma obra de arte como um símbolo que tem a capacidade de evocar uma resposta emocional ou estética no espectador. Ele defende que as obras de arte não têm um significado fixo, mas podem ser interpretadas de diferentes maneiras, dependendo do contexto em que são apresentadas. Goodman distingue entre três tipos de símbolos: • Sinais: símbolos que têm um significado convencional, como as palavras de uma língua. • Ícones: símbolos que se assemelham ao objeto que representam, como uma fotografia. • Índices: símbolos que estão causalmente relacionados ao objeto que representam, como uma pegada. Goodman argumenta que as obras de arte podem ser consideradas símbolos de todos os três tipos. Por exemplo, uma pintura pode ser um ícone, pois se assemelha ao objeto que representa. Uma música pode ser um índice, pois está causalmente relacionada ao compositor e ao instrumentista. E uma peça de teatro pode ser um sinal, pois tem um significado convencional que é entendido pelo público. Goodman também defende que as obras de arte podem ser interpretadas de diferentes maneiras, dependendo do contexto em que são apresentadas. Por exemplo, uma pintura pode ser interpretada de forma diferente se for vista em uma galeria de arte ou em um museu de história natural. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 15 A Teoria Simbólica de Goodman tem sido influente no campo da estética. Ela fornece uma maneira de compreender a arte como uma forma de linguagem e de explicar a diversidade de interpretações que podem ser dadas às obras de arte. Algumas críticas à Teoria Simbólica de Goodman • Alguns críticos argumentam que a Teoria Simbólica de Goodman é muito ampla e que pode ser aplicada a qualquer tipo de objeto, inclusive a objetos que não são considerados arte. • Outros críticos argumentam que a Teoria Simbólica de Goodman não explica como as obras de arte podem ser significativas ou como elas podem evocar uma resposta emocional no espectador. A Teoria Simbólica de Nelson Goodman é uma teoria estética complexa e sofisticada que fornece uma maneira de compreender a arte como uma forma de linguagem. A teoria tem sido influente no campo da estética, mas também temsido alvo de críticas. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 16 Aula 05_Teoria Simbólica de Goodman ou cognitivismo estético Palavras-chave: teorias institucionais; teorias simbólicas; cognitivismo estético. A Teoria Simbólica de Nelson Goodman é, de fato, uma abordagem não- essencialista da arte que oferece uma perspectiva valiosa para a compreensão da natureza da arte. Esta teoria destaca a importância dos símbolos na arte e como a interpretação da obra de arte é fortemente influenciada pela experiência e conhecimento do espectador. Goodman argumenta que a arte é uma forma de simbolização, e as obras de arte são símbolos que podem ser interpretados de várias maneiras. Essa perspectiva reconhece que a arte vai além da mera representação da realidade e envolve a criação de novas realidades simbólicas. A interpretação de uma obra de arte depende do conhecimento e da experiência estética do observador. Isso significa que cada pessoa pode ter interpretações diferentes da mesma obra com base em suas experiências individuais e compreensão. A Teoria Simbólica de Goodman é capaz de abarcar a diversidade da arte, reconhecendo que a arte pode assumir muitas formas e significados. Uma das contribuições notáveis dessa teoria é a ideia de que a arte não é apenas uma forma de expressão ou representação, mas também uma forma de conhecimento. A arte explora novas perspectivas, experimentar emoções e ideias de maneiras que a simples linguagem verbal muitas vezes não consegue alcançar. Embora a Teoria Simbólica de Goodman seja complexa e desafiadora, ela tem influenciado significativamente o campo da filosofia da arte e oferece uma abordagem inovadora para pensar sobre a natureza da arte. Ela ajuda a destacar a natureza subjetiva e fluida da experiência artística, enfatizando a importância da interação entre o espectador e a obra de arte na criação de significado. Portanto, é uma contribuição valiosa para o estudo e apreciação da arte na cultura humana. Imagem de um trabalho de Piet Mondrian para ilustrar observações sobre a arte abstrata. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 17 Pintura de Piet Mondrian Fonte: Disponível: https://www.todamateria.com.br/piet-mondrian-obras-biografia/ Acesso: 26 out. 2023. A arte abstrata é um exemplo de como a arte pode ser simbólica sem representar nada do mundo exterior. As cores, formas e linhas da arte abstrata podem ser interpretadas de várias maneiras, dependendo do conhecimento e da experiência do espectador. A Teoria Simbólica de Goodman oferece uma maneira de entender a arte abstrata. Essa teoria afirma que a arte abstrata é uma forma de simbolização que cria novas realidades. A interpretação da arte abstrata é baseada no conhecimento do espectador e na sua experiência estética. A compreensão visual é uma habilidade natural que todos nós possuímos. No entanto, acho que a apreciação da arte visual pode ser melhorada com o conhecimento e a prática. Aqui estão algumas dicas para melhorar a apreciação da arte visual: • Aprenda sobre os elementos da linguagem visual. Os elementos da linguagem visual são as ferramentas que os artistas usam para criar suas obras. Conhecer esses elementos pode ajudá-lo a entender o que o artista está tentando comunicar. • Observe atentamente as obras de arte. Não tenha pressa. Reserve um tempo para olhar para a obra de arte e apreciar os detalhes. http://www.todamateria.com.br/piet-mondrian-obras-biografia/ http://www.todamateria.com.br/piet-mondrian-obras-biografia/ http://www.todamateria.com.br/piet-mondrian-obras-biografia/ UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 18 • Conheça o contexto histórico da obra. O contexto histórico pode ajudá-lo a entender o significado da obra. • Faça perguntas. Não tenha medo de perguntar sobre uma obra de arte que você não entende. Aqui estão algumas perguntas que você pode fazer para si mesmo ao apreciar uma obra de arte: • O que estou vendo? • Quais são os elementos da linguagem visual que o artista usou? • O que a obra de arte significa? • Como a obra de arte me faz sentir? Apreciar a arte visual é uma experiência pessoal. Não há certo ou errado. O importante é que você se divirta e aprenda algo novo. A arte visual é uma forma importante de comunicação. As obras de arte podem nos ensinar sobre o mundo ao nosso redor, sobre nós mesmos e sobre a natureza da arte. As facetas do objeto artístico que podem ser apreciadas são importantes para que o conjunto revele a obra em toda a sua plenitude. O aspecto factual é fundamental para identificarmos o que a obra representa. Isso nos ajuda a entender o contexto da obra e o significado que ela pode ter. O aspecto técnico é importante para compreendermos o processo de criação da obra e o domínio técnico do artista. Isso nos ajuda a apreciar a obra em sua forma e expressão. Além desses dois aspectos, também podemos apreciar a obra a partir de sua significação. Essa é a interpretação pessoal que fazemos da obra, com base em nossos conhecimentos, experiências e valores. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 19 A apreciação de uma obra de arte é uma experiência subjetiva e individual. Não há certo ou errado, mas é importante que sejamos abertos a diferentes perspectivas e interpretações. Aqui estão algumas dicas para apreciar uma obra de arte a partir de diferentes aspectos: • Observe atentamente a obra. Não tenha pressa. Reserve um tempo para olhar para a obra de arte e apreciar os detalhes. • Identifique os elementos que compõem a obra. O que você vê? Quais são as cores, linhas, formas, texturas? • Pense no contexto da obra. Quando foi criada? Em que contexto histórico e cultural? • Considere o aspecto técnico da obra. Quais técnicas foram utilizadas? Qual é a qualidade do material? • Faça uma interpretação pessoal da obra. O que ela significa para você? • o aspecto convencional da obra é importante para compreendermos o seu significado. • Os símbolos são elementos que representam algo além de si mesmos. Eles podem ser imagens, formas, cores, palavras, ou qualquer outro elemento que possa ser interpretado como um símbolo. • O aspecto convencional da obra nos ajuda a entender o que o artista está tentando comunicar através dos símbolos que ele utiliza. • Por exemplo, a obra "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci é um retrato de uma mulher. No entanto, a obra também é interpretada como um símbolo de beleza, mistério e sedução. • A interpretação da obra como um símbolo de beleza é baseada no fato de que a mulher retratada é considerada uma das mulheres mais bonitas da história. A interpretação da obra como um símbolo de mistério é baseada no sorriso UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 20 enigmático da mulher. E a interpretação da obra como um símbolo de sedução é baseada na postura da mulher, que é sedutora e convidativa. • A compreensão do aspecto convencional da obra nos ajuda a apreciar a obra de forma mais completa e enriquecedora. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 21 Aula 06_Aspectos relevantes para a leitura de uma obra de arte Palavras-chave: factual; convencional; técnico; estilístico. Aspecto estilístico da obra é importante para compreendermos a sua forma e expressão. O estilo é um conjunto de características que identificam uma obra de arte. Essas características podem ser relacionadas ao período histórico, ao movimento artístico, ao artista ou até mesmo à própria personalidade do artista. O aspecto estilístico da obra nos ajuda a entender como o artista vê o mundo e comoele expressa suas ideias. Por exemplo, a obra "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci é um exemplo de estilo renascentista. A obra é caracterizada por seu realismo, seu uso da perspectiva e sua composição equilibrada. A compreensão do aspecto estilístico da obra nos ajuda a apreciar a obra de forma mais completa e enriquecedora. arte: Aqui estão algumas dicas para identificar o aspecto estilístico de uma obra de • Observe os elementos formais da obra, como as linhas, as formas, as cores e a composição. • Considere o contexto histórico e cultural da obra. • Faça pesquisas sobre o artista e o movimento artístico ao qual ele pertence. Ao praticar essas dicas, você poderá identificar o aspecto estilístico de obras de arte de forma mais precisa. Aqui estão alguns exemplos de como o estilo pode ser identificado em obras de arte: • O estilo renascentista é caracterizado por seu realismo, seu uso da perspectiva e sua composição equilibrada. • O estilo barroco é caracterizado por seu dinamismo, seu uso de efeitos de luz e sombra e sua composição dramática. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 22 • O estilo impressionista é caracterizado por seu uso de pinceladas soltas e coloridas e sua representação da luz natural. • O estilo cubista é caracterizado por sua fragmentação da forma e sua representação do mundo a partir de diferentes perspectivas. Os aspectos de atualização e institucionalização são importantes para compreendermos a história da arte. O aspecto de atualização nos ajuda a entender como as obras de arte são interpretadas e valorizadas ao longo do tempo. As obras de arte podem ganhar novos significados e valores à medida que são reinterpretadas por novas gerações. O aspecto institucional nos ajuda a entender como as instituições de arte influenciam a forma como as obras de arte são apreciadas. As instituições de arte, como museus, galerias e universidades, desempenham um papel importante na seleção e promoção de obras de arte. A compreensão desses aspectos nos ajuda a apreciar as obras de arte de forma mais completa e enriquecedora. Aqui estão algumas dicas para identificar os aspectos de atualização e institucionalização em obras de arte: • Pense no contexto histórico e cultural em que a obra foi criada. • Considere a recepção da obra ao longo do tempo. • Pesquise sobre as instituições de arte que promovem a obra. Ao praticar essas dicas, você poderá identificar os aspectos de atualização e institucionalização de obras de arte de forma mais precisa. Aqui estão alguns exemplos de como os aspectos de atualização e institucionalização podem ser identificados em obras de arte: • O quadro "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci foi inicialmente depreciado pela crítica de sua época. No entanto, a obra foi redescoberta no século XIX e hoje é considerada uma das obras de arte mais importantes do mundo. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 23 • O movimento artístico cubista foi inicialmente mal recebido pela crítica de sua época. No entanto, o movimento foi redescoberto no século XX e hoje é considerado um dos movimentos artísticos mais importantes do século XX. • O quadro "Guernica" de Pablo Picasso foi uma obra encomendada pelo governo espanhol para ser exibida na Exposição Universal de Paris de 1937. A obra foi uma denúncia da Guerra Civil Espanhola e foi exibida em um pavilhão separado do pavilhão espanhol. A obra foi um sucesso de público e crítica e hoje é considerada uma das obras de arte mais importantes do século XX. É importante lembrar que esses aspectos são complexos e interligados. A atualização e a institucionalização podem influenciar umas às outras. Por exemplo, a institucionalização de uma obra de arte pode levar a uma atualização de seu significado. Os aspectos de neofactualidade e contextualização da vida do artista são importantes para compreendermos as obras de arte. O aspecto de neofactualidade nos ajuda a entender como as obras de arte podem ser alteradas ao longo do tempo, seja por fatores naturais, seja por fatores humanos. Essas alterações podem afetar a forma, o significado e o valor da obra de arte. O aspecto de contextualização da vida do artista nos ajuda a entender como a vida e a obra do artista estão interligadas. Os artistas são influenciados pelo contexto em que vivem e trabalham, e suas obras refletem essas influências. A compreensão desses aspectos nos ajuda a apreciar as obras de arte de forma mais completa e enriquecedora. Ao praticar essas dicas, você poderá identificar os aspectos de neofactualidade e contextualização da vida do artista de obras de arte de forma mais precisa. Aqui estão alguns exemplos de como os aspectos de neofactualidade e contextualização da vida do artista podem ser identificados em obras de arte: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 24 • O quadro "A Mona Lisa" de Leonardo da Vinci foi danificado por um ataque com ácido em 1956. A obra foi restaurada, mas ainda é possível ver as marcas do ataque. • O quadro "Guernica" de Pablo Picasso foi pintado em resposta ao bombardeio da cidade espanhola de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola. O quadro é uma representação das atrocidades da guerra e reflete a preocupação de Picasso com os direitos humanos. • O pintor Vincent van Gogh sofreu de depressão e problemas mentais durante toda a sua vida. Essas experiências influenciaram suas obras, que muitas vezes são sombrias e melancólicas. É importante lembrar que esses aspectos são complexos e interligados. A neofactualidade pode afetar a contextualização da vida do artista, e vice-versa. Por exemplo, o fato de a Mona Lisa ter sido danificada por um ataque com ácido pode nos ajudar a entender a preocupação de Leonardo da Vinci com a beleza e a perfeição. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 25 Aula 07_Elementos da visualidade Palavras-chave: ponto; linha; superfície; plano; superposição. Os elementos da linguagem visual são importantes para compreendermos as obras de arte. O ponto é a menor unidade da linguagem visual. É um elemento abstrato, pois não possui dimensão. O ponto pode ser usado para criar formas, sugerir movimento ou criar texturas. A linha é um elemento linear que possui uma dimensão: o comprimento. A linha pode ser reta, curva, ondulada, fina, grossa, etc. A linha pode ser usada para criar formas, sugerir movimento ou criar texturas. A forma é um elemento bidimensional ou tridimensional que possui duas ou três dimensões. A forma pode ser geométrica, orgânica ou abstrata. A forma pode ser usada para criar imagens, sugerir movimento ou criar texturas. A cor é um elemento visual que é percebido pelo olho humano. A cor pode ser primária, secundária ou terciária. A cor pode ser usada para criar imagens, sugerir movimento ou criar texturas. A dimensão é o tamanho ou escala de um objeto ou forma. A dimensão pode ser bidimensional ou tridimensional. A dimensão pode ser usada para criar imagens, sugerir movimento ou criar texturas. O tom é a quantidade de luz ou sombra em uma cor. O tom pode ser claro, escuro, médio ou neutro. O tom pode ser usado para criar imagens, sugerir movimento ou criar texturas. A direção é a orientação de uma linha ou forma. A direção pode ser vertical, horizontal, diagonal ou curva. A direção pode ser usada para criar imagens, sugerir movimento ou criar texturas. A textura é a sensação que uma superfície transmite ao tato. A textura pode ser real ou simulada. A textura pode ser usada para criar imagens, sugerir movimento ou criar texturas. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 26 O movimento é a sensação de deslocamento de um objeto ou forma. O movimento podeser real ou sugerido. O movimento pode ser usado para criar imagens, sugerir movimento ou criar texturas. A compreensão desses elementos nos ajuda a apreciar as obras de arte de forma mais completa e enriquecedora. Ao praticar essas dicas, você poderá identificar os elementos da linguagem visual de obras de arte de forma mais precisa. Aqui estão alguns exemplos de como os elementos da linguagem visual podem ser identificados em obras de arte: • O ponto: Um ponto pode ser usado para criar uma estrela, um rosto ou um símbolo. • A linha: Uma linha pode ser usada para criar um desenho, uma pintura ou uma escultura. • A forma: Uma forma pode ser usada para criar uma imagem, um objeto ou uma paisagem. • A cor: A cor pode ser usada para criar uma atmosfera, uma emoção ou um significado. • A dimensão: A dimensão pode ser usada para criar a ilusão de profundidade ou proximidade. • O tom: O tom pode ser usado para criar contraste ou harmonia. • A direção: A direção pode ser usada para criar movimento ou equilíbrio. • A textura: A textura pode ser usada para criar a sensação de realismo ou abstração. • O movimento: O movimento pode ser usado para criar a sensação de ação ou energia. É importante lembrar que os elementos da linguagem visual podem ser combinados de diferentes maneiras para criar diferentes efeitos. . UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 27 As linhas possuem um sentido específico em relação à direção. • Linhas horizontais: As linhas horizontais são geralmente associadas à calma, paz e tranquilidade. Elas podem ser usadas para criar uma sensação de estabilidade e equilíbrio. Linha horizontal • Linhas verticais: As linhas verticais são geralmente associadas à força, poder e estabilidade. Elas podem ser usadas para criar uma sensação de altura, profundidade e formalidade. Linha vertical • Linhas diagonais: As linhas diagonais são geralmente associadas ao movimento, energia e dinamismo. Elas podem ser usadas para criar uma sensação de instabilidade e tensão. Linha diagonal • Linhas curvas: As linhas curvas são geralmente associadas à beleza, fluidez e feminilidade. Elas podem ser usadas para criar uma sensação de movimento, graça e sensualidade. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 28 Linha curva • Linhas espirais: As linhas espirais são geralmente associadas ao crescimento, evolução e energia. Elas podem ser usadas para criar uma sensação de movimento, dinamismo e mistério. Linha espiral É importante lembrar que esses significados são apenas diretrizes gerais. O significado específico de uma linha pode variar dependendo do contexto em que ela é usada. Por exemplo, uma linha horizontal pode ser usada para representar calma em um contexto, mas pode ser usada para representar tédio em outro contexto. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 29 Aula 08_Elementos da linguagem visual Palavras-chave: forma; volume; dimensão. A forma é um elemento importante da linguagem visual. A forma pode ser definida como a configuração ou o contorno de um objeto. As formas podem ser bidimensionais ou tridimensionais. As formas básicas são o círculo, o quadrado e o triângulo equilátero. Cada uma dessas formas tem seu próprio significado simbólico. • O círculo é geralmente associado à eternidade, unidade e perfeição. • O quadrado é geralmente associado à estabilidade, ordem e equilíbrio. • O triângulo é geralmente associado à energia, movimento e mudança. É importante lembrar que os significados simbólicos das formas são apenas diretrizes gerais. O significado específico de uma forma pode variar dependendo do contexto em que ela é usada. Por exemplo, um círculo pode ser usado para representar o sol em um contexto religioso, mas pode ser usado para representar uma moeda em outro contexto. Aqui estão alguns exemplos de como as formas podem ser usadas em obras de arte: • Um pintor pode usar formas geométricas para criar um padrão ou uma textura. • Um escultor pode usar formas geométricas para criar uma escultura abstrata. • Um designer gráfico pode usar formas geométricas para criar um logotipo ou um símbolo. As formas podem ser combinadas de diferentes maneiras para criar diferentes efeitos. Por exemplo, uma combinação de formas geométricas pode ser usada para criar uma sensação de equilíbrio ou movimento. As superfícies são um elemento importante da linguagem visual. As superfícies podem ser definidas como uma área bidimensional que pode ser fechada ou aberta. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 30 As superfícies fechadas são aquelas que têm um contorno definido. Elas podem ser criadas por linhas, formas ou cores. As superfícies fechadas geralmente são associadas à estabilidade, ordem e equilíbrio. As superfícies abertas são aquelas que não têm um contorno definido. Elas podem ser criadas por linhas, formas ou cores. As superfícies abertas geralmente são associadas à movimento, dinamismo e incerteza. Aqui estão alguns exemplos de como as superfícies podem ser usadas em obras de arte: • Superfícies fechadas: Uma pintura de uma figura humana pode ser criada usando superfícies fechadas para criar o contorno do corpo. • Superfícies abertas: Uma escultura de um animal pode ser criada usando superfícies abertas para criar a sensação de movimento. É importante lembrar que as superfícies podem ser combinadas de diferentes maneiras para criar diferentes efeitos. Por exemplo, uma superfície fechada pode ser usada para criar um senso de ordem e estabilidade, enquanto uma superfície aberta pode ser usada para criar um senso de movimento e dinamismo. Aqui estão algumas observações sobre as superfícies fechadas e abertas: • Superfícies fechadas: o São mais estáticas. o São mais fáceis de serem percebidas. o Podem ser usadas para criar uma sensação de ordem e estabilidade. • Superfícies abertas: o São mais dinâmicas. o São mais difíceis de serem percebidas. o Podem ser usadas para criar uma sensação de movimento e dinamismo. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 31 É importante notar que essas observações são apenas diretrizes gerais. O efeito específico de uma superfície pode variar dependendo do contexto em que ela é usada. Por exemplo, uma superfície fechada pode ser usada para criar uma sensação de movimento em um contexto, mas pode ser usada para criar uma sensação de estabilidade em outro contexto. O volume pode ser definido como a extensão de um objeto em três dimensões: altura, largura e profundidade. Nas representações bidimensionais, o volume é criado por meio de ilusões ópticas. Essas ilusões podem ser criadas por meio de diferentes técnicas, como perspectiva, sombras e claro-escuro. A perspectiva é uma técnica que cria a ilusão de profundidade por meio da redução do tamanho dos objetos à medida que eles se afastam do observador. As sombras e o claro-escuro também podem ser usados para criar a ilusão de profundidade, pois ajudam a definir as formas e os volumes. Aqui estão alguns exemplos de como o volume ou dimensão pode ser usado em obras de arte: • Um pintor pode usar a perspectiva para criar a ilusão de uma paisagem tridimensional. • Um escultor pode usar a luz e a sombra para criar a ilusão de volume em uma escultura. • Um designer gráfico pode usar o volume para criar um logotipo ou uma interface de usuário. É importante lembrar que o volume ou dimensão pode ser combinado com outros elementos da linguagem visual para criar diferentes efeitos. Por exemplo, um volume pode ser usado para criar um senso de movimento ou dinamismo. Aqui estão algumas observaçõessobre o volume ou dimensão: • O volume pode ser usado para criar a ilusão de profundidade. • O volume pode ser usado para criar a ilusão de movimento. • O volume pode ser usado para criar a ilusão de peso. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 32 É importante notar que essas observações são apenas diretrizes gerais. O efeito específico do volume pode variar dependendo do contexto em que ele é usado. Por exemplo, o volume pode ser usado para criar uma sensação de profundidade em um contexto, mas pode ser usado para criar uma sensação de movimento em outro contexto. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 33 Aula 09_Elementos da linguagem visual: Luz e Tom Palavras-chave: linguagem visual; luz; tom. A luz é um elemento importante da linguagem visual. A luz pode ser usada para criar diferentes efeitos, como: • Realismo: A luz pode ser usada para criar a ilusão de profundidade e volume. • Dramatismo: A luz pode ser usada para criar uma sensação de tensão ou suspense. • Emoção: A luz pode ser usada para criar uma sensação de alegria, tristeza ou qualquer outra emoção. No quadro de Degas, a luz é usada para criar um senso de movimento e dinamismo. A luz é direcionada para as bailarinas, destacando-as do fundo escuro. Isso cria uma sensação de que as bailarinas estão se movendo em direção ao espectador. A luz também é usada para criar um senso de realismo. As sombras são usadas para criar a ilusão de profundidade e volume. Isso ajuda a tornar as bailarinas mais realistas e menos planas. Degas foi um mestre da luz. Ele usou a luz de forma criativa e inovadora para criar efeitos impressionantes. Aqui estão alguns exemplos de como a luz pode ser usada em obras de arte: • Um pintor pode usar a luz natural para criar a ilusão de uma paisagem realista. • Um escultor pode usar a luz artificial para criar um senso de drama em uma escultura. • Um designer gráfico pode usar a luz para criar um senso de movimento em um logotipo. A luz é um elemento versátil que pode ser usado para criar uma variedade de efeitos. É um elemento importante da linguagem visual que pode ser usado para melhorar a qualidade e o impacto de uma obra de arte. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 34 O tom é um elemento importante da linguagem visual. O tom pode ser definido como a intensidade de claridade e obscuridade de uma cor. Ele pode ser usado para criar diferentes efeitos, como: • Realismo: O tom pode ser usado para criar a ilusão de profundidade e volume. • Dramatismo: O tom pode ser usado para criar uma sensação de tensão ou suspense. • Emoção: O tom pode ser usado para criar uma sensação de alegria, tristeza ou qualquer outra emoção. Na ilustração de Di Cavalcanti, o tom é usado para criar um senso de realismo. O rosto da mulher é iluminado por uma forte luz frontal, o que cria sombras fortes no lado oposto. Isso ajuda a criar a ilusão de profundidade e volume. No trabalho de Vicente do Rego Monteiro, o tom é usado para criar um senso de movimento. A luz é direcionada para o lado esquerdo da figura, o que cria sombras fortes no lado direito. Isso ajuda a criar a sensação de que a figura está se movendo em direção ao espectador. Aqui estão alguns exemplos de como o tom pode ser usado em obras de arte: • Um pintor pode usar tons claros e escuros para criar a ilusão de uma paisagem realista. • Um escultor pode usar tons claros e escuros para criar a ilusão de volume em uma escultura. • Um designer gráfico pode usar tons claros e escuros para criar um senso de drama em um logotipo. O tom é um elemento versátil que pode ser usado para criar uma variedade de efeitos. É um elemento importante da linguagem visual que pode ser usado para melhorar a qualidade e o impacto de uma obra de arte. Aqui estão alguns exemplos de como o tom pode ser usado para criar diferentes expressões: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 35 • Uma luz forte frontal pode fazer um rosto parecer plano e sem expressão. • Uma luz lateral mais fraca pode fazer um rosto parecer mais tridimensional e expressivo. • Uma luz dramática pode criar uma sensação de tensão ou suspense. • Uma luz suave pode criar uma sensação de calma ou tranquilidade. O tom é um elemento poderoso que pode ser usado para criar diferentes efeitos visuais. Os artistas podem usar o tom para criar a ilusão de profundidade, volume, movimento, drama e emoção. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 36 Aula 10_Elementos da linguagem visual: Textura, Movimento, Escala e Cor Palavras-chave: textura; movimento; escala; proporção e cor. A textura é um elemento importante da linguagem visual. A textura pode ser definida como a aparência ou sensação de uma superfície. Ela pode ser real ou simulada. A textura real é aquela que pode ser sentida com as mãos. A textura simulada é aquela que é criada por meio de técnicas artísticas, como pintura, desenho ou escultura. A textura pode ser usada para criar diferentes efeitos, como: • Realismo: A textura real pode ser usada para criar a ilusão de uma superfície tridimensional. • Emoção: A textura pode ser usada para criar uma sensação de conforto, aconchego ou qualquer outra emoção. • Destaque: A textura pode ser usada para chamar a atenção para um determinado elemento de uma obra de arte. Na natureza, a textura é usada por muitos animais para camuflagem. Por exemplo, um leopardo tem uma textura de pele que ajuda a camuflar-se nas árvores. O homem também usa a textura para camuflagem, como na guerra. Por exemplo, os soldados podem usar uniformes com uma textura que ajuda a camuflar- se no meio do ambiente. Aqui estão alguns exemplos de como a textura pode ser usada em obras de arte: • Um pintor pode usar texturas reais, como a textura de uma casca de árvore, para criar a ilusão de uma paisagem realista. • Um escultor pode usar texturas simuladas, como a textura de uma pedra, para criar a ilusão de volume em uma escultura. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 37 • Um designer gráfico pode usar texturas para criar um senso de interesse ou destaque em um logotipo ou interface de usuário. A textura é um elemento versátil que pode ser usado para criar uma variedade de efeitos. É um elemento importante da linguagem visual que pode ser usado para melhorar a qualidade e o impacto de uma obra de arte. Eu concordo com sua definição de movimento. O movimento é um elemento importante da linguagem visual que pode ser usado para criar diferentes efeitos. O movimento pode ser real ou simulado. O movimento real é aquele que é causado por um objeto ou pessoa se movendo. O movimento simulado é aquele que é criado por meio de técnicas artísticas, como perspectiva, linhas diagonais ou cores contrastantes. O movimento pode ser usado para criar diferentes efeitos, como: • Realismo: O movimento real pode ser usado para criar a ilusão de uma cena em movimento. • Emoção: O movimento pode ser usado para criar uma sensação de energia, dinamismo ou qualquer outra emoção. • Destaque: O movimento pode ser usado para chamar a atenção para um determinado elemento de uma obra de arte. Aqui estão alguns exemplos de como o movimento pode ser usado em obras de arte: • Um pintor pode usar linhas diagonais para criar a ilusão de movimento em uma paisagem. • Um escultor pode usar a perspectiva para criar a ilusão de movimento em uma escultura. • Um designer gráfico pode usar cores contrastantes para criar a ilusão de movimento em um logotipo ou interface de usuário. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 38 O movimentoé um elemento poderoso que pode ser usado para criar diferentes efeitos visuais. Os artistas podem usar o movimento para criar a ilusão de profundidade, volume, energia, dinamismo e emoção. As forças direcionais são um elemento importante da linguagem visual. Elas podem ser usadas para criar diferentes efeitos, como: • Direcionar o olhar do espectador: As forças direcionais podem ser usadas para guiar o olhar do espectador para um determinado ponto da obra. Por exemplo, uma linha diagonal pode ser usada para direcionar o olhar do espectador para um objeto ou figura em particular. • Criar uma sensação de movimento: As forças direcionais podem ser usadas para criar uma sensação de movimento na obra. Por exemplo, uma linha curva pode ser usada para criar a ilusão de um objeto ou figura se movendo. • Criar uma sensação de equilíbrio ou desequilíbrio: As forças direcionais podem ser usadas para criar uma sensação de equilíbrio ou desequilíbrio na obra. Por exemplo, um equilíbrio entre forças direcionais verticais e horizontais pode criar uma sensação de estabilidade, enquanto um desequilíbrio entre essas forças pode criar uma sensação de movimento ou dinamismo. As três direções visuais básicas são: • Vertical: A direção vertical está associada a conceitos como estabilidade, força, poder e autoridade. • Horizontal: A direção horizontal está associada a conceitos como equilíbrio, calma, tranquilidade e repouso. • Diagonal: A direção diagonal está associada a conceitos como movimento, dinamismo, energia e tensão. O centro geométrico é um ponto imaginário localizado no centro de uma obra de arte. O centro perceptivo é um ponto imaginário localizado um pouco acima do centro geométrico. O centro perceptivo é geralmente percebido como mais leve do que o centro geométrico. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 39 Os signos direcionais são elementos que representam uma direção específica. Por exemplo, uma flecha é um signo direcional que representa a direção para a frente. Aqui estão alguns exemplos de como as forças direcionais podem ser usadas em obras de arte: • Um pintor pode usar linhas verticais para criar uma sensação de estabilidade e força em uma paisagem. • Um escultor pode usar linhas horizontais para criar uma sensação de equilíbrio e calma em uma escultura. • Um designer gráfico pode usar linhas diagonais para criar uma sensação de movimento e dinamismo em um logotipo. As forças direcionais são um elemento versátil que pode ser usado para criar uma variedade de efeitos. É um elemento importante da linguagem visual que pode ser usado para melhorar a qualidade e o impacto de uma obra de arte. Escala ou proporção é um elemento importante da linguagem visual. Ela pode ser definida como a relação entre as medidas dos objetos visuais, o campo visual ou o ambiente. A escala pode ser usada para criar diferentes efeitos, como: • Criar uma sensação de realismo: A escala realista é aquela que representa os objetos de acordo com seu tamanho real. Isso pode ser usado para criar uma sensação de realismo na obra. • Criar uma sensação de drama ou suspense: A escala pode ser usada para criar uma sensação de drama ou suspense ao alterar o tamanho dos objetos. Por exemplo, um objeto grande pode ser usado para criar uma sensação de ameaça ou perigo, enquanto um objeto pequeno pode ser usado para criar uma sensação de insignificância. • Criar uma sensação de equilíbrio ou desequilíbrio: A escala pode ser usada para criar uma sensação de equilíbrio ou desequilíbrio na obra. Por exemplo, um objeto grande pode ser usado para criar uma sensação de peso ou estabilidade, UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 40 enquanto um objeto pequeno pode ser usado para criar uma sensação de leveza ou instabilidade. No estabelecimento da escala, a medida fundamental é o homem. Foi nessa unidade, o tamanho do homem, que o arquiteto francês Le Corbusier concebeu a sua escala, utilizada para calcular a altura de uma porta, a distância do teto, etc. É importante saber relacionar o tamanho com o significado e objetivo utilizado na estrutura da linguagem visual. Por exemplo, um objeto pequeno pode ser usado para representar algo insignificante ou frágil, enquanto um objeto grande pode ser usado para representar algo importante ou poderoso. Aqui estão alguns exemplos de como a escala pode ser usada em obras de arte: • Um pintor pode usar uma escala realista para criar uma paisagem que pareça real. • Um escultor pode usar uma escala para criar uma sensação de drama ou suspense em uma escultura. • Um designer gráfico pode usar uma escala para criar um logotipo que seja fácil de ler e lembrar. A escala é um elemento versátil que pode ser usado para criar uma variedade de efeitos. É um elemento importante da linguagem visual que pode ser usado para melhorar a qualidade e o impacto de uma obra de arte. Cor é um assunto complexo e bastante amplo. É um elemento importante da linguagem visual que pode ser usado para criar uma variedade de efeitos. • A cor tem uma relação íntima com a luz. A cor é uma sensação provocada pela ação da luz sobre o nosso órgão de visão. A cor luz é a que existe na natureza, e é composta por três cores primárias: vermelho, verde e azul. A cor pigmento é a que é produzida por pigmentos, e é composta por três cores primárias: magenta, amarelo e ciano. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 41 • A cor tem um impacto emocional. As cores podem causar diferentes emoções nas pessoas. Por exemplo, o vermelho é associado à paixão, o verde é associado à calma e o azul é associado à tristeza. • A cor pode ser usada para criar uma ilusão de profundidade. As cores claras podem ser usadas para criar uma sensação de espaço, enquanto as cores escuras podem ser usadas para criar uma sensação de proximidade. • A cor pode ser usada para criar um senso de movimento. As cores podem ser usadas para criar a ilusão de movimento, como por exemplo, usando linhas de cores contrastantes. • As cores pigmentos podem ser misturadas em diferentes proporções para criar uma variedade de cores. • As cores pigmentos podem ser usadas para criar diferentes efeitos visuais. • As cores pigmentos podem ser usadas para representar diferentes emoções ou ideias. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 42 Aula 11_Processo de criação Palavras-chave: Processo de criação; Candido Portinari; leitura e análise de imagem. A obra "Lavadeiras" de Candido Portinari é um exemplo disso. A obra é um retrato realista de duas mulheres que lavam roupa em um rio. As mulheres são retratadas de uma forma rude, com mãos deformadas e rostos escondidos pelo cabelo. As cores da obra são pálidas, com tons de branco, terra e azul. Ao analisarmos a obra sob o aspecto factual, podemos observar que Portinari retratou com precisão as lavadeiras que ele viu em sua infância em Brodowski, interior de São Paulo. As mulheres são retratadas de uma forma rude, pois Portinari queria mostrar a dureza do trabalho das lavadeiras. As cores da obra também são pálidas, pois Portinari queria transmitir a sensação de pobreza e miséria. Ao analisarmos a obra sob o aspecto técnico, podemos observar que Portinari usou tinta a óleo sobre tela. A técnica é simples, mas eficaz, pois permite que Portinari capture os detalhes das lavadeiras e do ambiente em que elas estão. Ao analisarmos a obra sob o aspecto convencional, podemos observar que Portinari retratou as lavadeiras como símbolos da pobreza e da miséria. As mulheres são retratadas de uma forma rude e as cores da obra são pálidas, o que transmite a sensação de tristeza e desalento. A obra "Lavadeiras" é um exemplo de como o artista pode usar sua artepara expressar suas ideias e valores. Portinari usou essa obra para denunciar a pobreza e a miséria que ele viu em sua infância. A obra é um retrato realista, mas também é uma obra de arte que nos faz refletir sobre a condição humana. Aspecto estilístico: A obra apresenta elementos de realismo, cubismo e expressionismo, mas também tem um estilo próprio, o que os críticos chamaram de "Portinarismo". UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 43 Portinari começou sua carreira como um pintor realista, mas logo começou a experimentar com diferentes estilos. Ele foi influenciado pelo cubismo e pelo expressionismo, mas também manteve um senso de realismo em seu trabalho. O estilo de Portinari é caracterizado por seu uso de cores fortes e formas simples. Ele também era conhecido por seu uso de símbolos, como as lavadeiras, que são frequentemente usadas para representar a pobreza e a miséria. Aspecto de atualização: Portinari foi reconhecido em vida e, portanto, sua obra não é atualizada. No entanto, seu trabalho ainda é relevante hoje. Portinari foi um artista importante do século 20, e sua obra continua a ser admirada e estudada por pessoas de todo o mundo. Aspecto institucional: O aspecto institucional de "Lavadeiras" é também importante. A obra foi reconhecida por todas as instituições de arte, o que mostra que é considerada uma obra importante da arte brasileira. Aspecto de contextualização da vida do artista: O aspecto de contextualização da vida do artista é importante, pois nos ajuda a entender a obra de Portinari. Portinari nasceu em uma família pobre em Brodowski, interior de São Paulo. Ele viu de perto a pobreza e a miséria, e isso influenciou seu trabalho. Reveja a obra: PORTINARI, Candido. Lavadeiras, 1944. Disponível em: https://www.portinari.org.br/busca/@search/as%20lavadeiras Portinari manipulou os elementos formais da composição de forma a criar uma obra que é ao mesmo tempo realista e expressionista. A obra é composta de três superfícies básicas fechadas, as duas lavadeiras e o menino. As lavadeiras são retratadas de forma realista, com seus corpos e rostos deformados pelo trabalho árduo. O menino é retratado de forma mais idealizada, com traços mais suaves e uma expressão de inocência. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 44 A composição da obra é equilibrada, com as lavadeiras e o menino ocupando a mesma quantidade de espaço. A verticalidade das figuras das lavadeiras é contrastada pela horizontalidade do rio e do menino. As cores da obra são pálidas, o que contribui para criar uma sensação de tristeza e melancolia. A obra é um exemplo da capacidade de Portinari de usar os elementos formais da arte para expressar suas ideias e emoções. Aqui estão algumas observações adicionais sobre a composição da obra: • A superposição das figuras das lavadeiras cria uma sensação de profundidade. • Os círculos e quadrados são formas básicas que são usadas para criar um senso de ritmo e movimento. • O ponto focal da obra é o rosto da criança, que é destacado pelo uso do contraste de cores. Interpretação: A obra pode ser interpretada como uma crítica à desigualdade social. As lavadeiras são retratadas como figuras humildes e trabalhadoras, que são forçadas a trabalhar em condições precárias. O menino representa a próxima geração, que também estará sujeita à pobreza e à miséria. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 45 Aula 12_Análise e contextualização Palavras-chave: percepções; visual; Kandinsky. A arte é uma linguagem visual que possui um vocabulário próprio. A partir da identificação dos elementos fundamentais dessa linguagem visual e percepção das interações existentes entre eles, podemos seguir um caminho mais estruturado para dialogar com o objeto artístico. Os elementos da linguagem visual são os componentes básicos que formam uma obra de arte. Eles podem ser usados de forma individual ou combinada para criar diferentes efeitos e significados. Os elementos básicos da linguagem visual são: • Ponto: é a unidade mínima da linguagem visual. Ele pode ser usado para criar formas, texturas, volumes e movimento. • Linha: é um elemento linear que pode ser reto, curvo, ondulado ou misto. Ele pode ser usado para criar formas, contornos, direções e movimento. • Forma: é um espaço limitado por linhas ou superfícies. Ela pode ser bidimensional ou tridimensional. • Cor: é a percepção da luz que reflete em um objeto. Ela pode ser classificada como primária, secundária ou terciária. • Textura: é a sensação que a superfície de um objeto transmite ao toque. Ela pode ser lisa, áspera, rugosa, etc. • Direção: é a orientação de um elemento visual no espaço. Ela pode ser horizontal, vertical, diagonal ou circular. • Escala: é a relação de tamanho entre dois ou mais elementos visuais. • Movimento: é a sensação de movimento criada por um elemento visual. O artista usa os elementos da linguagem visual para criar uma obra que expresse suas ideias e emoções. Ele pode usar esses elementos de forma literal ou simbólica. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 46 No caso da arte abstrata, o artista usa os elementos da linguagem visual de forma não-representativa. Ele não retrata objetos ou cenas do mundo real. Em vez disso, ele usa os elementos da linguagem visual para criar uma composição que seja visualmente interessante e expressiva. A análise da linguagem visual de uma obra de arte pode nos ajudar a compreender o significado da obra. Ao identificar os elementos que a compõem e as relações entre eles, podemos entender como o artista criou a obra e o que ele quis expressar com ela. Aqui estão algumas dicas para analisar a linguagem visual de uma obra de arte: • Observe os elementos básicos da linguagem visual: ponto, linha, forma, cor, textura, direção, escala e movimento. • Perceba as relações entre os elementos visuais: como eles interagem entre si? • Considere o contexto da obra: qual é o tema da obra? Qual é o estilo do artista? O contexto histórico e social é importante para entender a arte. A obra de Wassily Kandinsky. Kandinsky nasceu na Rússia em 1866, em uma família de classe média. Ele estudou direito e economia na Universidade de Moscou, mas logo se interessou por arte. Em 1896, ele se mudou para Munique para estudar pintura. Na época, a Europa estava passando por um período de grandes mudanças sociais e culturais. A Revolução Industrial estava transformando a sociedade, e as pessoas estavam buscando novas formas de expressão. Kandinsky foi influenciado por essas mudanças. Ele acreditava que a arte abstrata poderia ser uma forma de expressar as emoções e os sentimentos humanos de uma forma mais pura e direta. Em seu livro "Do espiritual na arte", publicado em 1912, Kandinsky argumenta que a arte abstrata pode ser uma forma de comunicação universal. Ele acreditava UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Ensino a Distância 47 que as formas, as cores e as linhas podem ter um significado simbólico que pode ser compreendido por pessoas de todas as culturas. Kandinsky foi um dos artistas mais importantes do movimento abstrato. Sua obra influenciou muitos outros artistas, e ele é considerado um dos pais da arte abstrata. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o contexto histórico e social da obra de Kandinsky: • O período em que Kandinsky viveu foi marcado por grandes mudanças sociais e culturais. • Kandinsky acreditava que a arte abstrata poderia ser uma forma de expressar as emoções e os sentimentos humanos de uma forma mais pura e direta. • Kandinsky foi um dos artistas mais importantes do movimento abstrato. A obra de Kandinsky é um exemplo de como