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Brenda Leite

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Questões resolvidas

Adriano, por meio de um site especializado, efetuou reserva de hotel para estada com sua família em praia caribenha. A reserva foi imediatamente confirmada pelo site, um mês antes das suas férias, quando fariam a viagem. Ocorre que, dez dias antes do embarque, o site especializado comunicou a Adriano que o hotel havia informado o cancelamento da contratação por erro no parcelamento com o cartão de crédito. Adriano, então, buscou nova compra do serviço, mas os valores estavam cerca de 30% mais caros do que na contratação inicial, com o qual anuiu por não ser mais possível alterar a data de suas férias. Ao retornar de viagem, Adriano procurou você, como advogado(a), a fim de saber se seria possível a restituição dessa diferença de valores.
Neste caso, é correto afirmar que o ressarcimento da diferença arcada pelo consumidor
a) poderá ser buscado em face exclusivamente do hotel, fornecedor que cancelou a contratação.
b) poderá ser buscado em face do site de viagens e do hotel, que respondem solidariamente, por comporem a cadeia de fornecimento do serviço.
c) não poderá ser revisto, porque o consumidor tinha o dever de confirmar a compra em sua fatura de cartão de crédito.
d) poderá ser revisto, sendo a responsabilidade exclusiva do site de viagens, com base na teoria da aparência, respondendo o hotel apenas subsidiariamente.

Maria e Manoel, casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas três meses de vida, residem há seis meses no Condomínio Vila Feliz. O fornecimento do serviço de energia elétrica na cidade onde moram é prestado por um única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma semana, o casal vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções na prestação do serviço pela concessionária, o que já acarretou a queima do aparelho de televisão e da geladeira, com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser indenizado.
Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta.
a) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a vulnerabilidade no Código do Consumidor é sempre presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e Manoel, quanto para a pessoa jurídica, no caso, o Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos à indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova.
b) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico indeterminado, plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em questão, está configurada a vulnerabilidade fática do casal diante da concessionária, havendo direito básico à indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial.
c) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de consumo é sinônimo exato de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta ao casal Maria e Manoel demonstrá-la para receber a integral proteção das normas consumeristas e o consequente direito básico à inversão automática do ônus da prova e a ampla indenização pelos danos sofridos.
d) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica ou científica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros pertinentes à contabilidade e à economia, e esta, à ausência de conhecimentos específicos sobre o serviço oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para inversão do ônus da prova a favor do casal e do consequente direito à indenização.

Antônio é deficiente visual e precisa do auxílio de amigos ou familiares para compreender diversas questões da vida cotidiana, como as contas de despesas da casa e outras questões de rotina. Pensando nessa dificuldade, Antônio procura você, como advogado(a), para orientá-lo a respeito dos direitos dos deficientes visuais nas relações de consumo.
Nesse sentido, assinale a afirmativa correta.
a) O consumidor poderá solicitar às fornecedoras de serviços, em razão de sua deficiência visual, o envio das faturas das contas detalhadas em Braille.
b) As informações sobre os riscos que o produto apresenta, por sua própria natureza, devem ser prestadas em formatos acessíveis somente às pessoas que apresentem deficiência visual.
c) A impossibilidade operacional impede que a informação de serviços seja ofertada em formatos acessíveis, considerando a diversidade de deficiências, o que justifica a dispensa de tal obrigatoriedade por expressa determinação legal.
d) O consumidor poderá solicitar as faturas em Braille, mas bastará ser indicado o preço, dispensando-se outras informações, por expressa disposição legal.

O ônus da prova incumbe a quem alega a existência do fato constitutivo de seu direito e impeditivo, modificativo ou extintivo do direito daquele que demanda. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor, entretanto, prevê a possibilidade de inversão do onus probandi e, a respeito de tal tema, é correto afirmar que
a) ocorrerá em casos excepcionais em que o juiz verifique ser verossímil a alegação do consumidor ou quando for ele hipossuficiente.
b) é regra e basta ao consumidor alegar os fatos, pois caberá ao réu produzir provas que os desconstituam, já que o autor é hipossuficiente nas relações de consumo.
c) será deferido em casos excepcionais, exceto se a inversão em prejuízo do consumidor houver sido previamente ajustada por meio de cláusula contratual.
d) ocorrerá em todo processo civil que tenha por objeto as relações consumeristas, não se admitindo exceções, sendo declarada abusiva qualquer cláusula que disponha de modo contrário.

José havia comprado um notebook para sua filha, mas ficou desempregado, não tendo como arcar com o pagamento das parcelas do financiamento. Foi então que vendeu para a amiga Margarida o notebook ainda na caixa lacrada, acompanhado de nota fiscal e contrato de venda, que indicavam a compra realizada cinco dias antes. Cerca de dez meses depois, o produto apresentou problemas de funcionamento. Ao receber o bem da assistência técnica que havia sido procurada imediatamente, Margarida foi informada do conserto referente à “placa-mãe”. Na semana seguinte, houve recorrência de mau funcionamento da máquina. Indignada, Margarida ajuizou ação em face da fabricante, buscando a devolução do produto e a restituição do valor desembolsado para a compra, além de reparação por danos extrapatrimoniais. A então ré, por sua vez, alegou, em juízo, a ilegitimidade passiva, a prescrição e, subsidiariamente, a decadência. A respeito disso, assinale a afirmativa correta.
a) O fabricante é parte ilegítima, uma vez que o defeito relativo ao vício do produto afasta a responsabilidade do fabricante, sendo do comerciante a responsabilidade para melhor garantir os direitos dos consumidores adquirentes.
b) Ocorreu a prescrição, uma vez que o produto havia sido adquirido há mais de noventa dias e a contagem do prazo se iniciou partir da entrega efetiva do produto, não sendo possível reclamar a devolução do produto e a restituição do valor.
c) Somente José possui relação de consumo com a fornecedora, por ter sido o adquirente do produto, conforme consta na nota fiscal e no contrato de venda, implicando ilegitimidade ativa de Margarida para invocar a proteção da norma consumerista.
d) A decadência alegada deve ser afastada, uma vez que o prazo correspondente se iniciou quando se evidenciou o defeito e, posteriormente, a partir do prazo decadencial de garantia pelo serviço da assistência técnica, e não na data da compra do produto.

A era digital vem revolucionando o Direito, que busca se adequar aos mais diversos canais de realização da vida inserida ou tangenciada por elementos virtuais. Nesse cenário, consagram-se avanços normativos a fim de atender às situações jurídicas que se apresentam, sendo ponto importante a recorrência dos chamados youtubers, atividade não rara realizada por crianças e destinada ao público infantil. Nesse contexto, os youtubers mirins vêm desenvolvendo atividades que necessitam de intervenção jurídica, notadamente quando se mostram portadores de prática publicitária. A esse respeito, instrumentos normativos que visam a salvaguardar interesses na publicidade infantil estão em vigor e outros previstos em projetos de lei.
Sobre o fato narrado, de acordo com o CDC, assinale a afirmativa correta.
a) A comunicação mercadológica realizada por youtubers mirins para o público infantil não pode ser considerada abusiva em razão da deficiência de julgamento e experiência das crianças, porque é realizada igualmente por crianças.
b) A publicidade que se aproveita da deficiência de julgamento e experiência da criança ou se prevaleça da sua idade e conhecimento imaturo para lhe impingir produtos ou serviços é considerada abusiva.
c) A publicidade não pode ser considerada abusiva ou enganosa se o público para a qual foi destinado, de forma fácil e imediata, identifica a mensagem mercadológica como tal.
d) A publicidade dirigida às crianças, que se aproveite da sua deficiência de julgamento para lhe impingir produtos ou serviços, é considerada enganosa.

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Questões resolvidas

Adriano, por meio de um site especializado, efetuou reserva de hotel para estada com sua família em praia caribenha. A reserva foi imediatamente confirmada pelo site, um mês antes das suas férias, quando fariam a viagem. Ocorre que, dez dias antes do embarque, o site especializado comunicou a Adriano que o hotel havia informado o cancelamento da contratação por erro no parcelamento com o cartão de crédito. Adriano, então, buscou nova compra do serviço, mas os valores estavam cerca de 30% mais caros do que na contratação inicial, com o qual anuiu por não ser mais possível alterar a data de suas férias. Ao retornar de viagem, Adriano procurou você, como advogado(a), a fim de saber se seria possível a restituição dessa diferença de valores.
Neste caso, é correto afirmar que o ressarcimento da diferença arcada pelo consumidor
a) poderá ser buscado em face exclusivamente do hotel, fornecedor que cancelou a contratação.
b) poderá ser buscado em face do site de viagens e do hotel, que respondem solidariamente, por comporem a cadeia de fornecimento do serviço.
c) não poderá ser revisto, porque o consumidor tinha o dever de confirmar a compra em sua fatura de cartão de crédito.
d) poderá ser revisto, sendo a responsabilidade exclusiva do site de viagens, com base na teoria da aparência, respondendo o hotel apenas subsidiariamente.

Maria e Manoel, casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas três meses de vida, residem há seis meses no Condomínio Vila Feliz. O fornecimento do serviço de energia elétrica na cidade onde moram é prestado por um única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma semana, o casal vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções na prestação do serviço pela concessionária, o que já acarretou a queima do aparelho de televisão e da geladeira, com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser indenizado.
Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta.
a) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a vulnerabilidade no Código do Consumidor é sempre presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e Manoel, quanto para a pessoa jurídica, no caso, o Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos à indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova.
b) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico indeterminado, plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em questão, está configurada a vulnerabilidade fática do casal diante da concessionária, havendo direito básico à indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial.
c) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de consumo é sinônimo exato de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta ao casal Maria e Manoel demonstrá-la para receber a integral proteção das normas consumeristas e o consequente direito básico à inversão automática do ônus da prova e a ampla indenização pelos danos sofridos.
d) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica ou científica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros pertinentes à contabilidade e à economia, e esta, à ausência de conhecimentos específicos sobre o serviço oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para inversão do ônus da prova a favor do casal e do consequente direito à indenização.

Antônio é deficiente visual e precisa do auxílio de amigos ou familiares para compreender diversas questões da vida cotidiana, como as contas de despesas da casa e outras questões de rotina. Pensando nessa dificuldade, Antônio procura você, como advogado(a), para orientá-lo a respeito dos direitos dos deficientes visuais nas relações de consumo.
Nesse sentido, assinale a afirmativa correta.
a) O consumidor poderá solicitar às fornecedoras de serviços, em razão de sua deficiência visual, o envio das faturas das contas detalhadas em Braille.
b) As informações sobre os riscos que o produto apresenta, por sua própria natureza, devem ser prestadas em formatos acessíveis somente às pessoas que apresentem deficiência visual.
c) A impossibilidade operacional impede que a informação de serviços seja ofertada em formatos acessíveis, considerando a diversidade de deficiências, o que justifica a dispensa de tal obrigatoriedade por expressa determinação legal.
d) O consumidor poderá solicitar as faturas em Braille, mas bastará ser indicado o preço, dispensando-se outras informações, por expressa disposição legal.

O ônus da prova incumbe a quem alega a existência do fato constitutivo de seu direito e impeditivo, modificativo ou extintivo do direito daquele que demanda. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor, entretanto, prevê a possibilidade de inversão do onus probandi e, a respeito de tal tema, é correto afirmar que
a) ocorrerá em casos excepcionais em que o juiz verifique ser verossímil a alegação do consumidor ou quando for ele hipossuficiente.
b) é regra e basta ao consumidor alegar os fatos, pois caberá ao réu produzir provas que os desconstituam, já que o autor é hipossuficiente nas relações de consumo.
c) será deferido em casos excepcionais, exceto se a inversão em prejuízo do consumidor houver sido previamente ajustada por meio de cláusula contratual.
d) ocorrerá em todo processo civil que tenha por objeto as relações consumeristas, não se admitindo exceções, sendo declarada abusiva qualquer cláusula que disponha de modo contrário.

José havia comprado um notebook para sua filha, mas ficou desempregado, não tendo como arcar com o pagamento das parcelas do financiamento. Foi então que vendeu para a amiga Margarida o notebook ainda na caixa lacrada, acompanhado de nota fiscal e contrato de venda, que indicavam a compra realizada cinco dias antes. Cerca de dez meses depois, o produto apresentou problemas de funcionamento. Ao receber o bem da assistência técnica que havia sido procurada imediatamente, Margarida foi informada do conserto referente à “placa-mãe”. Na semana seguinte, houve recorrência de mau funcionamento da máquina. Indignada, Margarida ajuizou ação em face da fabricante, buscando a devolução do produto e a restituição do valor desembolsado para a compra, além de reparação por danos extrapatrimoniais. A então ré, por sua vez, alegou, em juízo, a ilegitimidade passiva, a prescrição e, subsidiariamente, a decadência. A respeito disso, assinale a afirmativa correta.
a) O fabricante é parte ilegítima, uma vez que o defeito relativo ao vício do produto afasta a responsabilidade do fabricante, sendo do comerciante a responsabilidade para melhor garantir os direitos dos consumidores adquirentes.
b) Ocorreu a prescrição, uma vez que o produto havia sido adquirido há mais de noventa dias e a contagem do prazo se iniciou partir da entrega efetiva do produto, não sendo possível reclamar a devolução do produto e a restituição do valor.
c) Somente José possui relação de consumo com a fornecedora, por ter sido o adquirente do produto, conforme consta na nota fiscal e no contrato de venda, implicando ilegitimidade ativa de Margarida para invocar a proteção da norma consumerista.
d) A decadência alegada deve ser afastada, uma vez que o prazo correspondente se iniciou quando se evidenciou o defeito e, posteriormente, a partir do prazo decadencial de garantia pelo serviço da assistência técnica, e não na data da compra do produto.

A era digital vem revolucionando o Direito, que busca se adequar aos mais diversos canais de realização da vida inserida ou tangenciada por elementos virtuais. Nesse cenário, consagram-se avanços normativos a fim de atender às situações jurídicas que se apresentam, sendo ponto importante a recorrência dos chamados youtubers, atividade não rara realizada por crianças e destinada ao público infantil. Nesse contexto, os youtubers mirins vêm desenvolvendo atividades que necessitam de intervenção jurídica, notadamente quando se mostram portadores de prática publicitária. A esse respeito, instrumentos normativos que visam a salvaguardar interesses na publicidade infantil estão em vigor e outros previstos em projetos de lei.
Sobre o fato narrado, de acordo com o CDC, assinale a afirmativa correta.
a) A comunicação mercadológica realizada por youtubers mirins para o público infantil não pode ser considerada abusiva em razão da deficiência de julgamento e experiência das crianças, porque é realizada igualmente por crianças.
b) A publicidade que se aproveita da deficiência de julgamento e experiência da criança ou se prevaleça da sua idade e conhecimento imaturo para lhe impingir produtos ou serviços é considerada abusiva.
c) A publicidade não pode ser considerada abusiva ou enganosa se o público para a qual foi destinado, de forma fácil e imediata, identifica a mensagem mercadológica como tal.
d) A publicidade dirigida às crianças, que se aproveite da sua deficiência de julgamento para lhe impingir produtos ou serviços, é considerada enganosa.

Prévia do material em texto

1) Mota solicitou orçamento para a 
instalação de persianas na sua casa e, ao 
receber o documento, leu que a compra 
das persianas escolhidas somente 
poderia ser realizada com a compra dos 
tapetes da mesma coleção. Além disso, 
juntamente com o orçamento, Mota 
recebeu proposta para aquisição de 
seguro residencial. 
O consumidor ficou em dúvida a respeito 
da conduta da loja de decoração e 
procurou você, como advogado(a), para 
receber orientação jurídica. 
 
A esse respeito, você informou, 
corretamente, ao cliente que se trata de: 
a) prática abusiva em relação às 
persianas e ao tapete, por 
condicionar o fornecimento de 
um produto à aquisição do outro; 
igualmente abusiva a prática de 
enviar oferta de serviço mediante 
proposta do seguro residencial ao 
consumidor, sem prévia 
solicitação. 
b) prática lícita em relação às 
persianas e ao tapete, uma vez 
que se trata de produtos da 
mesma coleção; o seguro 
residencial foi meramente 
sugerido, não importando em 
venda casada 
c) prática abusiva em relação às 
persianas e ao tapete, por 
condicionar o fornecimento de 
um produto à aquisição do 
outro; o seguro residencial foi 
oferecido sem 
condicionamento, sendo lícita a 
prática. 
d) prática lícita em relação às 
persianas e ao tapete, uma vez 
que são produtos da mesma 
coleção; a proposta do seguro 
residencial foi enviada ao 
consumidor sem solicitação 
prévia, o que torna a prática 
abusiva. 
2) Adriano, por meio de um site 
especializado, efetuou reserva de hotel 
para estada com sua família em praia 
caribenha. A reserva foi imediatamente 
confirmada pelo site, um mês antes das 
suas férias, quando fariam a viagem. 
Ocorre que, dez dias antes do embarque, 
o site especializado comunicou a 
Adriano que o hotel havia informado o 
cancelamento da contratação por erro no 
parcelamento com o cartão de crédito. 
Adriano, então, buscou nova compra do 
serviço, mas os valores estavam cerca de 
30% mais caros do que na contratação 
inicial, com o qual anuiu por não ser 
mais possível alterar a data de suas 
férias. 
Ao retornar de viagem, Adriano 
procurou você, como advogado(a), a fim 
de saber se seria possível a restituição 
dessa diferença de valores. 
Neste caso, é correto afirmar que o 
ressarcimento da diferença arcada pelo 
consumidor: 
 
a) poderá ser buscado em face 
exclusivamente do hotel, 
fornecedor que cancelou a 
contratação 
b) poderá ser buscado em face do 
site de viagens e do hotel, que 
respondem solidariamente, por 
comporem a cadeia de 
fornecimento do serviço 
c) não poderá ser revisto, porque o 
consumidor tinha o dever de 
confirmar a compra em sua fatura 
de cartão de crédito. 
d) poderá ser revisto, sendo a 
responsabilidade exclusiva do 
site de viagens, com base na 
teoria da aparência, respondendo 
o hotel apenas subsidiariamente. 
 
 
3) Em relação aos princípios 
previstos no Código de Defesa do 
Consumidor, assinale a 
alternativa correta. 
a) O CDC é uma norma tipificadora 
de condutas, prevendo 
expressamente o comportamento dos 
consumidores e dos fornecedores. 
b) A boa-fé prevista no CDC é a boa-
fé subjetiva. 
c) O princípio da vulnerabilidade, 
que presume ser o consumidor o elo 
mais fraco da relação de consumo, 
diz respeito apenas à vulnerabilidade 
técnica. 
d) Princípio da transparência 
impõe um dever comissivo e um 
omissivo, ou seja, não pode o 
fornecedor deixar de apresentar o 
produto tal como ele se encontra 
nem pode dizer mais do que ele 
faz; não pode, portanto, mais 
existir o dolus bonus. 
4) Um homem foi submetido a cirurgia 
para remoção de cálculos renais em 
hospital privado. A intervenção foi 
realizada por equipe médica não 
integrante dos quadros de funcionários 
do referido hospital, apesar de ter sido 
indicada por esse mesmo hospital. 
Durante o procedimento, houve 
perfuração do fígado do paciente, 
verificada somente três dias após a 
cirurgia, motivo pelo qual o homem teve 
que se submeter a novo procedimento 
cirúrgico, que lhe deixou uma grande 
cicatriz na região abdominal. O paciente 
ingressou com ação judicial em face do 
hospital, visando a indenização por 
danos morais e estéticos. 
Partindo dessa narrativa, assinale a 
opção correta. 
a) O hospital responde 
objetivamente pelos danos 
morais e estéticos decorrentes 
do erro médico, tendo em vista 
que ele indicou a equipe 
médica. 
b) O hospital responderá pelos 
danos, mas de forma alternativa, 
não se acumulando os danos 
morais e estéticos, sob pena de 
enriquecimento ilícito do autor. 
c) O hospital não responderá pelos 
danos, uma vez que se trata de 
responsabilidade objetiva da 
equipe médica, sendo o hospital 
parte ilegítima na ação porque 
apenas prestou serviço de 
instalações e hospedagem do 
paciente. 
d) O hospital não responderá pelos 
danos, tendo em vista que não se 
aplica a norma consumerista à 
relação entre médico e paciente, 
mas, sim, o Código Civil, embora 
a responsabilidade civil dos 
profissionais liberais seja 
objetiva. 
5) Maria e Manoel, casados, pais dos 
gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas 
três meses de vida, residem há seis meses 
no Condomínio Vila Feliz. O 
fornecimento do serviço de energia 
elétrica na cidade onde moram é prestado 
por um única concessionária, a 
Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há 
uma semana, o casal vem sofrendo com 
as contínuas e injustificadas interrupções 
na prestação do serviço pela 
concessionária, o que já acarretou a 
queima do aparelho de televisão e da 
geladeira, com a perda de todos os 
alimentos nela contidos. O casal 
pretende ser indenizado. 
 
Nesse caso, à luz do princípio da 
vulnerabilidade previsto no Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Prevalece o entendimento 
jurisprudencial no sentido de que 
a vulnerabilidade no Código do 
Consumidor é sempre 
presumida, tanto para o 
consumidor pessoa física, Maria 
e Manoel, quanto para a pessoa 
jurídica, no caso, o Condomínio 
Vila Feliz, tendo ambos direitos 
básicos à indenização e à 
inversão judicial automática do 
ônus da prova. 
b) a doutrina consumerista 
dominante considera a 
vulnerabilidade um conceito 
jurídico indeterminado, 
plurissignificativo, sendo 
correto afirmar que, no caso 
em questão, está configurada a 
vulnerabilidade fática do casal 
diante da concessionária, 
havendo direito básico à 
indenização pela interrupção 
imotivada do serviço público 
essencial. 
c) É dominante o entendimento no 
sentido de que a vulnerabilidade 
nas relações de consumo é 
sinônimo exato de 
hipossuficiência econômica do 
consumidor. Logo, basta ao casal 
Maria e Manoel demonstrá-la 
para receber a integral proteção 
das normas consumeristas e o 
consequente direito básico à 
inversão automática do ônus da 
prova e a ampla indenização 
pelos danos sofridos. 
d) A vulnerabilidade nas relações de 
consumo se divide em apenas 
duas espécies: a jurídica ou 
científica e a técnica. Aquela 
representa a falta de 
conhecimentos jurídicos ou 
outros pertinentes à 
contabilidade e à economia, e 
esta, à ausência de 
conhecimentos específicos sobre 
o serviço oferecido, sendo que 
sua verificação é requisito legal 
para inversão do ônus da prova a 
favor do casal e do consequente 
direito à indenização. 
6) Antônio é deficiente visual e precisa 
do auxílio de amigos ou familiares para 
compreender diversas questões da vida 
cotidiana, como as contas de despesas da 
casa e outras questões de rotina. 
Pensando nessa dificuldade, Antônio 
procura você, como advogado(a), para 
orientá-lo a respeito dos direitos dos 
deficientes visuais nas relações de 
consumo. 
Nesse sentido, assinale a afirmativa 
correta. 
a) O consumidor poderá solicitar 
às fornecedoras de serviços, 
em razão de sua deficiência 
visual, o envio das faturas das 
contas detalhadasem Braille. 
b) As informações sobre os riscos 
que o produto apresenta, por sua 
própria natureza, devem ser 
prestadas em formatos 
acessíveis somente às pessoas 
que apresentem deficiência 
visual. 
 
c) A impossibilidade operacional 
impede que a informação de serviços 
seja ofertada em formatos acessíveis, 
considerando a diversidade de 
deficiências, o que justifica a dispensa 
de tal obrigatoriedade por expressa 
determinação legal. 
d) O consumidor poderá solicitar as 
faturas em Braille, mas bastará ser 
indicado o preço, dispensando-se outras 
informações, por expressa disposição 
legal. 
7) O ônus da prova incumbe a quem 
alega a existência do fato constitutivo de 
seu direito e impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito daquele que 
demanda. O Código de Proteção e 
Defesa do Consumidor, entretanto, prevê 
a possibilidade de inversão do onus 
probandi e, a respeito de tal tema, é 
correto afirmar que: 
a) ocorrerá em casos excepcionais em 
que o juiz verifique ser verossímil a 
alegação do consumidor ou quando for 
ele hipossuficiente. 
b) é regra e basta ao consumidor alegar 
os fatos, pois caberá ao réu produzir 
provas que os desconstituam, já que o 
autor é hipossuficiente nas relações de 
consumo. 
c) será deferido em casos excepcionais, 
exceto se a inversão em prejuízo do 
consumidor houver sido previamente 
ajustada por meio de cláusula contratual 
d) ocorrerá em todo processo civil que 
tenha por objeto as relações 
consumeristas, não se admitindo 
exceções, sendo declarada abusiva 
qualquer cláusula que disponha de modo 
contrário. 
8) Carla ajuizou ação de indenização por 
danos materiais, morais e estéticos em 
face do dentista Pedro, lastreada em 
prova pericial que constatou falha, 
durante um tratamento de canal, na 
prestação do serviço odontológico. O 
referido laudo comprovou a inadequação 
da terapia dentária adotada, o que 
resultou na necessidade de extração de 
três dentes da paciente, sendo que na 
execução da extração ocorreu fratura da 
mandíbula de Carla, o que gerou redução 
óssea e sequelas permanentes, que 
incluíram assimetria facial. 
Com base no caso concreto, à luz do 
Código de Defesa do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta: 
a) O dentista Pedro responderá 
objetivamente pelos danos 
causados à paciente Carla, em 
razão do comprovado fato do 
serviço, no prazo prescricional de 
cinco anos. 
b) Haverá responsabilidade de 
Pedro, independentemente de 
dolo ou culpa, diante da 
constatação do vício do serviço, 
no prazo decadencial de noventa 
dias. 
c) A obrigação de indenizar por 
parte de Pedro é subjetiva e 
fica condicionada à 
comprovação de dolo ou culpa. 
d) Inexiste relação de consumo no 
caso em questão, pois é uma 
relação privada, que encerra 
obrigação de meio pelo 
profissional liberal, aplicando-se 
o Código Civil. 
 
9)José havia comprado um notebook 
para sua filha, mas ficou desempregado, 
não tendo como arcar com o pagamento 
das parcelas do financiamento. Foi então 
que vendeu para a amiga Margarida o 
notebook ainda na caixa lacrada, 
acompanhado de nota fiscal e contrato de 
venda, que indicavam a compra realizada 
cinco dias antes. 
Cerca de dez meses depois, o produto 
apresentou problemas de 
funcionamento. Ao receber o bem da 
assistência técnica que havia sido 
procurada imediatamente, Margarida foi 
informada do conserto referente à 
“placa-mãe”. 
Na semana seguinte, houve recorrência 
de mau funcionamento da máquina. 
Indignada, Margarida ajuizou ação em 
face da fabricante, buscando a devolução 
do produto e a restituição do valor 
desembolsado para a compra, além de 
reparação por danos extrapatrimoniais. 
A então ré, por sua vez, alegou, em juízo, 
a ilegitimidade passiva, a prescrição e, 
subsidiariamente, a decadência. A 
respeito disso, assinale a afirmativa 
correta 
a)O fabricante é parte ilegítima, uma vez 
que o defeito relativo ao vício do produto 
afasta a responsabilidade do fabricante, 
sendo do comerciante a responsabilidade 
para melhor garantir os direitos dos 
consumidores adquirentes. 
b)Ocorreu a prescrição, uma vez que o 
produto havia sido adquirido há mais de 
noventa dias e a contagem do prazo se 
iniciou partir da entrega efetiva do 
produto, não sendo possível reclamar a 
devolução do produto e a restituição do 
valor. 
c) Somente José possui relação de 
consumo com a fornecedora, por ter sido 
o adquirente do produto, conforme 
consta na nota fiscal e no contrato de 
venda, implicando ilegitimidade ativa de 
Margarida para invocar a proteção da 
norma consumerista. 
D) A decadência alegada deve ser 
afastada, uma vez que o prazo 
correspondente se iniciou quando se 
evidenciou o defeito e, posteriormente, 
a partir do prazo decadencial de 
garantia pelo serviço da assistência 
técnica, e não na data da compra do 
produto. 
10) A era digital vem revolucionando o 
Direito, que busca se adequar aos mais 
diversos canais de realização da vida 
inserida ou tangenciada por elementos 
virtuais. Nesse cenário, consagram-se 
avanços normativos a fim de atender às 
situações jurídicas que se apresentam, 
sendo ponto importante a recorrência dos 
chamados youtubers, atividade não rara 
realizada por crianças e destinada ao 
público infantil. Nesse contexto, os 
youtubers mirins vêm desenvolvendo 
atividades que necessitam de 
intervenção jurídica, notadamente 
quando se mostram portadores de prática 
publicitária. 
A esse respeito, instrumentos normativos 
que visam a salvaguardar interesses na 
publicidade infantil estão em vigor e 
outros previstos em projetos de lei. 
Sobre o fato narrado, de acordo com o 
CDC, assinale a afirmativa correta. 
a) A comunicação mercadológica 
realizada por youtubers mirins 
para o público infantil não pode 
ser considerada abusiva em razão 
da deficiência de julgamento e 
experiência das crianças, porque 
é realizada igualmente por 
crianças. 
b) A publicidade que se aproveita 
da deficiência de julgamento e 
experiência da criança ou se 
prevaleça da sua idade e 
conhecimento imaturo para lhe 
impingir produtos ou serviços é 
considerada abusiva. 
c) A publicidade não pode ser 
considerada abusiva ou enganosa 
se o público para a qual foi 
destinado, de forma fácil e 
imediata, identifica a mensagem 
mercadológica como tal. 
d) A publicidade dirigida às 
crianças, que se aproveite da sua 
deficiência de julgamento para 
lhe impingir produtos ou 
serviços, é considerada 
enganosa. 
 
11) Mara adquiriu, diretamente pelo site 
da fabricante, o creme depilatório Belle 
et Belle, da empresa Bela Cosméticos 
Ltda. Antes de iniciar o uso, Mara leu 
atentamente o rótulo e as instruções, 
essas unicamente voltadas para a forma 
de aplicação do produto. Assim que 
iniciou a aplicação, Mara sentiu 
queimação na pele e removeu 
imediatamente o produto, mas, ainda 
assim, sofreu lesões nos locais de 
aplicação. A adquirente entrou em 
contato com a central de atendimento da 
fornecedora, que lhe explicou ter sido a 
reação alérgica provocada por uma 
característica do organismo da 
consumidora, o que poderia acontecer 
pela própria natureza química do 
produto. Não se dando por satisfeita, 
Mara procurou você, como advogado(a), 
a fim de saber se é possível buscar a 
compensação pelos danos sofridos. 
Nesse caso de clara relação de consumo, 
assinale a opção que apresenta a 
orientação a ser dada a Mara: 
a) Poderá ser afastada a 
responsabilidade civil da 
fabricante, se esta comprovar que 
o dano decorreu exclusivamente 
de reação alérgica da 
consumidora, fator característico 
daquela destinatária final, não 
havendo, assim, qualquer ilícito 
praticado pela ré. 
b) Existe a hipótese de culpa 
exclusiva da vítima, na medida 
em que o CDC descreve que os 
produtos não colocarão em risco 
a saúde e a segurança do 
consumidor, excetuandoaqueles 
de cuja natureza e fruição sejam 
extraídas a previsibilidade e a 
possibilidade de riscos 
perceptíveis pelo homem médio. 
c) O fornecedor está obrigado, 
necessariamente, a retirá-lo de 
circulação, por estar presente 
defeito no produto, sob pena de 
prática de crime contra o 
consumidor. 
d) Cuida-se da hipótese de 
violação ao dever de oferecer 
informações claras ao 
consumidor, na medida em que 
a periculosidade do uso de 
produto químico, quando 
composto por substâncias com 
potenciais alergênicos, deve ser 
apresentada em destaque ao 
consumidor. 
12) O Banco X enviou um cartão de 
crédito para Jeremias, com limite de 
R$ 10.000,00 (dez mil reais), para 
uso em território nacional e no 
exterior, incluindo seguro de vida e 
acidentes pessoais, bem como seguro 
contra roubo e furto, no importe total 
de R$ 5,00 (cinco reais) na fatura 
mensal, além da anuidade de R$ 
400,00 (quatrocentos reais), 
parcelada em cinco vezes. 
 
Jeremias recebeu a correspondência 
contendo um cartão bloqueado, o 
contrato e o informativo de 
benefícios e ônus. Ocorre que 
Jeremias não é cliente do Banco X e 
sequer solicitou o cartão de crédito. 
 
Sobre a conduta da instituição 
bancária, considerando a situação 
narrada e o entendimento do STJ 
expresso em Súmula, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Foi abusiva, sujeitando-se à 
aplicação de multa administrativa, 
que não se destina ao consunidor, 
mas não há ilícito civil indenizável, 
tratando-se de mero aborrecimento, 
sob pena de se permitir o 
enriquecimento ilícito de Jeremias. 
 
b) Foi abusiva, sujeita à advertência e 
não à multa administrativa, salvo 
caso de reincidência, bem como não 
gera ilícito indenizável, por não ter 
havido dano moral in re ipsa na 
hipótese, salvo se houvesse extravio 
do cartão antes de ser entregue a 
Jeremias. 
 
c) Foi abusiva e constitui ilícito 
indenizável em favor de Jeremias, 
mesmo sem prejuízo comprovado, 
em razão da configuração de dano 
moral in re ipsa na hipótese, que 
pode ser cumulada com a 
aplicação de multa administrativa, 
que não será fixada em favor do 
consumidor. 
 
d) Não foi abusiva, pois não houve 
prejuízo ao consumidor a justificar 
multa administrativa e nem constitui 
ilícito indenizável, na medida em que 
o destinatário pode desconsiderar a 
correspondência, não desbloquear o 
cartão e não aderir ao contrato. 
 
13) A Pizzaria X fez publicidade 
comparando a qualidade da sua pizza 
de mozarela com a da Pizzaria Y, 
descrevendo a quantidade de queijo e 
o crocante das bordas, detalhes que a 
tornariam mais saborosa do que a 
oferecida pela concorrente. Além 
disso, disponibiliza para os 
consumidores o bônus da entrega de 
pizza pelo motociclista, em até 30 
minutos, ou a dispensa do pagamento 
pelo produto. 
 
A respeito do narrado, assinale a 
afirmativa correta. 
a) A publicidade comparativa é 
expressamente vedada pelo 
Código de Defesa do 
Consumidor, que, entretanto, 
nada disciplina a respeito da 
entrega do produto por 
motociclista em período de 
tempo ou dispensa do 
pagamento. 
b) A promessa de dispensa do 
pagamento pelo consumidor como 
forma de estímulo à prática de 
aumento da velocidade pelo 
motociclista é vedada por lei 
especial, enquanto a publicidade 
comparativa é admitida, 
respeitados os critérios do CDC e 
as proteções dispostas em normas 
especiais que tutelam marca e 
concorrência. 
c) A dispensa de pagamento, em caso 
de atraso na entrega do produto por 
motociclista, é lícita, mas a 
publicidade comparativa é 
expressamente vedada pelo Código 
de Defesa do Consumidor e pela 
legislação especial. 
d) A publicidade comparativa e a 
entrega de produto por motociclista 
em determinado prazo ou a dispensa 
de pagamento, por serem em 
benefício do consumidor, embora 
não previstos em lei, são atos lícitos, 
conforme entendimento pacífico da 
jurisprudência. 
 
14) Marieta firmou contrato com 
determinada sociedade empresária de 
gêneros alimentícios para o 
fornecimento de produtos para a festa de 
15 anos de sua filha. O pagamento 
deveria ter sido feito por meio de boleto, 
mas a obrigação foi inadimplida e a 
sociedade empresária fornecedora de 
alimentos, observando todas as regras 
positivadas e sumulares cabíveis, 
procedeu com a anotação legítima e 
regular do nome de Marieta no cadastro 
negativo de crédito. Passados alguns 
dias, Marieta tentou adquirir um produto 
numa loja de departamentos mediante 
financiamento, mas o crédito lhe foi 
negado, motivo pelo qual a devedora 
providenciou o imediato pagamento dos 
valores devidos à sociedade empresária 
de gêneros alimentícios. Superada a 
condição de inadimplente, Marieta quer 
saber como deve proceder a fim de que 
seu nome seja excluído do cadastro 
negativo. 
A respeito do fato apresentado, assinale 
a afirmativa correta. 
a) A consumidora deve enviar 
notificação à sociedade 
empresária de gêneros 
alimentícios informando o 
pagamento integral do débito e 
requerer que a mesma 
providencie a exclusão da 
negativação, o que deve ser feito 
em até vinte e quatro horas. 
b) A consumidora deve se dirigir 
diretamente ao órgão de cadastro 
negativo, o que pode ser feito por 
meio de procuração constituindo 
advogado, e solicitar a exclusão 
da negativação, ônus que 
compete ao consumidor. 
 
c) Após a quitação do débito, 
compete à sociedade 
empresária de gêneros 
alimentícios solicitar a exclusão 
do nome de Marieta do 
cadastro negativo, no prazo de 
cinco dias a contar do primeiro 
dia útil seguinte à 
disponibilização do valor 
necessário para a quitação do 
débito. 
 
d) Marieta deverá comunicar a 
quitação diretamente ao órgão de 
cadastro negativo e, caso não seja 
feita a exclusão imediata, a 
consumidora poderá ingressar 
em juízo pleiteando indenização 
apenas, pois a hipótese comporta 
exclusivamente sanção civil. 
 
 
15) Saulo e Bianca são casados 
há quinze anos e, há dez, 
decidiram ingressar no ramo das 
festas de casamento, produzindo 
os chamados “bem-casados", 
deliciosos doces recheados 
oferecidos aos convidados ao 
final da festa. Saulo e Bianca não 
possuem registro da atividade 
empresarial desenvolvida, sendo 
essa a fonte única de renda da 
família. 
No mês passado, os noivos Carla 
e Jair encomendaram ao casal 
uma centena de “bem-casados" 
no sabor doce de leite. A 
encomenda foi entregue 
conforme contratado, no dia do 
casamento. Contudo, diversos 
convidados que ingeriram os 
quitutes sofreram infecção 
gastrointestinal, já que o produto 
estava estragado. A 
impropriedade do produto para o 
consumo foi comprovada por 
perícia técnica. 
 
 
Com base no caso narrado, 
assinale a alternativa correta. 
 
a) O casal Saulo e Bianca se 
enquadra no conceito de 
fornecedor do Código do 
Consumidor, pois fornecem 
produtos com habitualidade e 
onerosidade, sendo que 
apenas Carla e Jair, na 
qualidade de consumidores 
indiretos, poderão pleitear 
indenização. 
b) Embora a empresa do casal 
Saulo e Bianca não esteja 
devidamente registrada na 
Junta Comercial, pode ser 
considerada fornecedora à 
luz do Código do 
Consumidor, e os 
convidados do casamento, 
na qualidade de 
consumidores por 
equiparação, poderão pedir 
indenização diretamente 
àqueles. 
c) O Código de Defesa do 
Consumidor é aplicável ao 
caso, sendo certo que tanto 
Carla e Jair quanto seus 
convidados intoxicados são 
consumidores por 
equiparação e poderão pedir 
indenização, porém a 
inversão do ônus da prova só 
se aplica em favor de Carla e 
Jair, contratantes diretos. 
d) A atividade desenvolvida 
pelo casal Saulo e Bianca não 
está oficialmente registrada 
na Junta Comercial e, 
portanto, por ser ente 
despersonalizado, não se 
enquadra no conceito legal de 
fornecedor da lei do 
consumidor, aplicando-se ao 
caso asregras atinentes aos 
vícios redibitórios do Código 
Civil.

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