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Aula 2 - Principiologia II 
 
Princípio da solidariedade familiar - art. 3º, I, CF 
A solidariedade em si vem como um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil 
Qual seria o sentido desse pensamento de solidariedade? No geral, se pensa no sentido de construir 
uma sociedade livre, justa e solidária. Nas relações familiares significa preocupação com o próximo, 
todos pelo todo. 
Pode correlacionar com a solidariedade do direito das obrigações? SIM, todos são responsáveis 
solidariamente. Preocupação com o próximo que nos é próximo. 
Ex: dever de prestar alimentos não se esgota com a maioridade. A solidariedade é o mote das relações 
familiares. Deve-se observar o caráter afetivo, o caráter social, moral, patrimonial, espiritual e sexual 
(Flávio Tartuce) 
● Na questão patrimonial (implementada pelo CC/02): dever de prestar alimentos ao ex-cônjuge 
decorre da solidariedade patrimonial 
● O pai que deve alimentos ao filho se trata de solidariedade afetiva, moral 
● O cônjuge “culpado” pelo fim do casamento perde o direito aos alimentos? Não! Isso era uma 
regra do CC/16 - não há reflexo na questão patrimonial 
● Evidentemente, os alimentos pagos aos ex-cônjuge serão deferidos mediante comprovação da 
necessidade 
 
Princípio da Igualdade entre os Filhos - art. 227, par 6º CF / Art. 1596 CC 
 
Os filhos havidos ou não da relação de casamento ou adoção ou socioafetivos terão os mesmos 
direitos e qualificações proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. 
Logo, um dos pilares é a isonomia 
Não existe mais diferença entre os filhos 
 
 
 
Princípio da igualdade entre cônjuges e companheiros - art.226 parágrafo 5º CF / Art. 1511 CC 
 
Não há hierarquia entre as entidades familiares 
 
Igualdade na chefia familiar - democracia familiar - daqui surge a ideia de colaboração - família 
democrática (não há mais hierarquia com base na dignidade da pessoa humana) 
 
● Despatriarcalização do Direito das Famílias 
 
Marginalização de algumas relações ex: poliamor 
 
Princípio da não-intervenção/ Princípio da liberdade - art. 1513 CC 
 
É defeso a qualquer pessoa de direito público ou privado interferir na comunhão de vida instituída 
pela família. 
Ou seja, o planejamento familiar é livre daqueles que compõem a família 
Decorre da autonomia privada da vontade 
 
 
Princípio do maior interesse da criança e do adolescente - art. 227, caput CF / Art. 1583 e 1584 CC 
 
227 CF - EC 65/10 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao 
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
 
Criança - até 12 anos incompletos 
Adolescentes - dos 12 completos até 18 incompletos 
Conceitos presentes no ECA 
 
Aula 5 - Principiologia IV 
 
 
Lei 13.257/16 - traz uma análise políticas públicas relacionadas a primeira infância 
Primeira infância - primeiros 6 anos de vida ou 72 meses de vida da criança 
- Prioridade absoluta em relação aos direitos da criança 
Essa lei estabelece interesses dessa criança levando em consideração o interesse superior da criança, a 
sua condição de sujeito de direito e cidadã 
O Código trabalha essa proteção no 1583 e 1584: 
 
Princípio da afetividade - Artigo 
 
Afeto seja o verdadeiro ponto importante das relações familiares 
O verdadeiro fundamento das relações familiares 
Família eudemonista - pautada no amor 
 
Afeto - valorização da dignidade da pessoa humana - decorre exatamente do atual contexto civil 
Direito Civil atualmente preconiza aspectos constitucionais no direito civil como um todo + 
solidariedade 
Recurso especial 1.026.981/RJ - retrata a questão da afetividade 
 
Recurso especial 898.060/60 - IBDFAM 
Socioafetividade - vínculo é formado pela afetividade e não pelo vínculo biológico 
 
 
Aula 6 - Principiologia VI 
 
Princípios implícitos - estabelecidos por Miguel Reale - princípios básicos do direito civil: eticidade, 
operabilidade (concretude) 
 
sociabilidade - aspecto coletivo 
eticidade - impõe a ética, boa-fé, probidade 
operabilidade - impõe que o ordenamento seja idealizado para ser concretizado 
 
Princípio da função social da família - art.226 CF 
 
Família - núcleo da sociedade, do indivíduo - base da sociedade 
 
Princípio da boa-fé - art. 
 
Valoriza o comportamento ético socializante 
Quando falamos em princípio da boa fé - estamos falando da boa-fé objetiva 
 
Direito das famílias constitucionalizado 
CF/88 - capítulo próprio para tratar dos direitos das famílias, cap. VII, título VIII - Da Ordem Social 
 
art. 226 CF - Preocupação com a pluralidade familiar - a pauta é o afeto 
O conceito de família hoje é a família eudemonista - pautada no amor, no afeto, na busca da felicidade 
Tudo isso decorre da dignidade da pessoa humana - não há conceito definido, apriorístico 
Nesse contexto do artigo 226, temos que família é decorrente de casamento, união estável e família 
monoparental (qualquer dos pais e seus descendentes) 
STJ e STF mencionam que este rol constitucional familiar (do art. 226 cf) é exemplificativo 
Logo é inconstitucional qualquer legislação ou decisão que venha restringir o conceito de 
família 
Trata-se de conceito amplo 
Família unipessoal - single (súmula 364 STJ) - Relacionado a dignidade da pessoa humana (teoria do 
mínimo existencial) 
Surge aqui a ideia do bem de família (convencional ou legal) 
A proteção do bem de família alcança o single (família unipessoal) 
Família matrimonial - decorre do casamento 
Informal - que não decorre do casamento mas é família 
Homoafetiva - de pessoas do mesmo sexo em qualquer modalidade (casamento, união estável) 
Art. 1517 CC - 
O particular pode tudo que a lei não proibir (se tiver personalidade jurídica - com o início da vida) 
Anaparental - expressão que significa “sem pais - ex: irmãos que vivem juntos) 
Família mosaico - eu com os meus vocês com os seus - todo mundo junto 
 
 
 
Aula 7 - Casamento 
 
1511 CC e seguintes 
 
O que é o casamento? 
 
Flávio Tartuce - “ união entre duas pessoas, reconhecida e regulamentada pelo Estado, formada com o 
objetivo de constituição de uma família e baseado no vínculo de afeto” 
 
Paulo Lôbo - “ é um ato jurídico negocial, solene, público e complexo, mediante o qual um homem e 
uma mulher constituem família por livre manifestação de vontade e pelo reconhecimento do Estado” 
o casamento não deixa de ser um contrato 
 
Não existe hierarquia entre entidades familiares 
 
1511: Comunhão plena de vida - igualdade entre cônjuges - STJ, STF, 601 JDC 
 
Qual a natureza jurídica do casamento? 
Teoria institucionalista: o casamento é uma instituição (aspecto religioso/moral) 
Teoria contratualista: casamento é um contrato 
Teoria mista ou eclética: instituição quanto ao conteúdo - contrato na formação 
● Princípio da monogamia 
● Liberdade de escolha 
● Princípio da comunhão plena de vida 
 
Aula 8 - Casamento II 
Art. 1511 CC a 1516 CC 
 
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos 
e deveres dos cônjuges. 
 
● Não há hierarquia - família eudemonista 
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração. 
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão 
isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob 
as penas da lei. 
A celebração civil é gratuita, mas a habilitação, o registro e a primeira certidão serão gratuitas 
apenas para quem não tiver condições de pagar (pobreza declarada)

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