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INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA VETERINÁRIA Docente: Profª Drª Talita Oliveira Mendonça Disciplina: Parasitologia Veterinária • Graduação na Universidade Federal de Rondônia • Mestrado em Medicina Veterinária Preventiva (Unesp de Jaboticabal-SP) • Pós-graduação em Zoonoses e Saúde Pública (Unyleia) • Doutorado em Medicina Veterinária Preventiva (Unesp de Jaboticabal-SP) • Integrande do LabEPar (Laboratório de Doenças Parasitárias) da Unesp de Jaboticabal (2018 a 2024) • Experiência na área de Sanidade Animal, Zoonoses e Saúde Pública P R O F ª T A L I T A O L I V E I R A M E N D O N Ç A PARAS ITOLOG IA E a área da Biologia dedicada ao estudo de organismos que vivem por meio da relação biológica de parasitismo. PARAS IT ISMO Uma espécie se beneficia da relação, enquanto a outra sofre danos “Ser que se alimenta do outro” PARAS IT ISMO Parasita: Organismo que, com a finalidade de alimentar-se, reproduzir-se ou completar o seu ciclo de vida, se beneficia de um outro organismo, animal ou vegetal, de modo permanente ou temporário, produzindo efeitos deletérios nesse hospedeiro. PARAS ITOS 1 3 2 ARTRÓPODES HELMINTOS PROTOZOÁRIOS PARAS ITAS (LOCAL IZAÇÃO) Permanecem no interior do organismo hospedeiro. E N D O P A R A S I T A S Ex.: protozoários e helmintos. PARAS ITAS (LOCAL IZAÇÃO) Permanecem na superfície corpórea do hospedeiro, na pele, pelos e cavidades naturais. ECTOPARAS ITAS Ex.:piolhos, pulgas, carrapatos P A R A S I T A S ( N º D E H O S P E D E I R O S ) Parasitas que exigem somente um hospedeiro, sem necessidade de hospedeiro intermediário. Ex.: M O N O X E N O S Haemonchus placei P A R A S I T A S ( N º D E H O S P E D E I R O S ) As formas evolutivas são encontradas em mais de um hospedeiro (HI e HD). Ex.: HETEROXENOS Fasciola hepatica C L A S S I F I C A Ç Ã O D O S H O S P E D E I R O S Definitivo (HD) – aquele onde o parasita é encontrado na sua forma adulta, é onde ele alcança a sua maturidade sexual. Intermediário (HI) – é aquele onde encontram-se formas imaturas do parasita. O parasita não consegue alcançar sua maturidade nesse hospedeiro. Paratênico (HP) – aquele no qual o parasita imaturo pode sobreviver por tempo indefinido, mas o desenvolvimento requer a infecção pelo HD, geralmente por predação do HP. Espécies responsáveis pela sobrevivência do parasita, dificilmente o parasita causa danos neste hospedeiro. Ex.: Gambá X Leishmania spp. R E S E R V A T Ó R I O Termo utilizado somente para artrópodes transmissores de parasitas. Mecânicos: não há desenvolvimento do parasita. Ex.: mutucas - Trypanosoma evansi Biológicos: ocorre desenvolvimento do parasita. Ex.: barbeiro X T. cruzi V E T O R P A R A S I T A S ( P E R M A N Ê N C I A N O H O S P E D E I R O ) Parasitas que apenas em uma fase da vida alimentam-se no hospedeiro. Ex: carrapatos, miíases. P E R I Ó D I C O S P A R A S I T A S ( P E R M A N Ê N C I A N O H O S P E D E I R O ) Parasita que abandona o hospedeiro após se alimentar. Ex.: moscas hematófagas. T E M P O R Á R I O S I N T E R M I T E N T E S P A R A S I T A S ( P E R M A N Ê N C I A N O H O S P E D E I R O ) Permanece no hospedeiro após se alimentar. Ex.: piolhos T E M P O R Á R I O S R E M I T E N T E S P A R A S I T A S ( P E R M A N Ê N C I A N O H O S P E D E I R O ) Passam a vida, em todos os seus estágios, espoliando o hospedeiro. Ex.: Demodex canis P E R M A N E N T E S (stenos: estreito) afetam somente uma espécie hospedeiro. Ex.: Pediculus humanus PARAS ITAS (ESPEC IF IC IDADE ) ESTENOXENOS (eurys: largo, amplo) apresentam ampla variedade de hospedeiros. Ex.: Amblyomma sculptum (carrapato estrela) PARAS ITAS (ESPEC IF IC IDADE ) EUR IXENOS Parasita que tem especificidade por hospedeiros que apresentam parentesco, do mesmo grupo biológico. Ex: Ochoterenatotrema caballeroi X morcegos insetívoros PARAS ITAS (ESPEC IF IC IDADE ) OL IGOXENOS P A R A S I T A S ( R E L A Ç Ã O C O M O H O S P E D E I R O ) Parasita que pelo menos em uma fase da vida precisa de um hospedeiro para completar seu ciclo de vida. São incapazes de ter vida livre do hospedeiro. Ex: Toxoplasma gondii OBR IGATÓR IO P A R A S I T A S ( R E L A Ç Ã O C O M O H O S P E D E I R O ) Parasitas que podem alternar ciclos de vida livre e parasitária. Ex.: larvas de moscas da Família Sarcophagidae FACULTAT IVO P A R A S I T A S ( R E L A Ç Ã O C O M O H O S P E D E I R O ) Organismo que pode se tornar um parasita de um hospedeiro (não habitual) emcondições especiais. Ex.: Ancylostoma caninum (bicho geográfico) ACIDENTAL P A R A S I T A S ( A Ç Ã O S O B R E O H O S P E D E I R O ) Provocam lesões por obstrução ou compressão. Ex.: Parascaris equorum, cisto hidático. A Ç Ã O M E C Â N I C A P A R A S I T A S ( A Ç Ã O S O B R E O H O S P E D E I R O ) Sequestram nutrientes e fluidos do hospedeiro. Ex.: Ancylostoma caninum. A Ç Ã O E S P O L I A T I V A P A R A S I T A S ( A Ç Ã O S O B R E O H O S P E D E I R O ) Penetração ativa de fases evolutivas na pele. Ex.: Strongyloides papillosus, ácaros causadores de sarna. A Ç Ã O I N F L A M A T Ó R I A / I R R I T A N T E P A R A S I T A S ( A Ç Ã O S O B R E O H O S P E D E I R O ) Transmitem agentes patogênicos ao hospedeiro. Ex: moscas hematófagas – Trypanosoma vivax A Ç Ã O D E T R A N S M I S S Ã O Tempo que decorre a partir da penetração/ingestão do parasita no hospedeiro até o aparecimento de ovos, larvas ou oocistos (formas jovens iniciais) da geração seguinte. P A R A S I T A S ( P E R Í O D O D E P A R A S I T I S M O ) P E R Í O D O P R É - P A T E N T E ( P P P ) Da fase adulta até a morte dos parasitas. Geralmente fase em que os sinais clínicos são mais evidentes e o diagnóstico fácil. P A R A S I T A S ( P E R Í O D O D E P A R A S I T I S M O ) P E R Í O D O P A T E N T E S ISTEMÁTICA Ramo da biologia que visa identificar, denominar e classificar os seres vivos em categorias biológicas de acordo com características comuns entre as diferentes espécies do planeta!!! NOMENCLATURA ZOOLÓGICA 1) Binominal (dois nomes) 2) Grafia diferenciada - Escrito à mão: sublinhado Canis familiaris - Texto impresso: itálico Canis familiaris 3) Escritos em latim ou latinizados 4) Nomes devem ser únicos NOMENCLATURA ZOOLÓGICA NOMENCLATURA ZOOLÓGICA NOMENCLATURA ZOOLÓGICA talita.oliveira@ufrr.br O B R I G A D A P E L A A T E N Ç Ã O !