Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Quinta-feira, 06 de outubro
Doenças gastroentéricas virais –
Gastroenterite fúngica: tirando propositalmente as fúngicas, existem mais são incomuns. Cyniclomyces guttulatus acontece caso o animal já tenha um processo inflamatório prévio ai será diagnosticado, não tem importância patogênica de startar uma reação inflamatória a ponto de causar uma gastroenterite. Caso estejamos diante de um animal com diarreia crônica e tiver muito Cyniclomyces será diagnosticado no exame direto (parasitológico) podendo ser administrado um antifúngico. 
Gastroenterites virais: possui uma peculiaridade principalmente epidemiológica de acordo com a classificação do vírus. 
· Vírus envelopado: inativados com água e sabão, contato direto para ser infectado. Envelopados duram menos no ambiente, durando menos no ambiente precisamos para fechar a transmissão é evitar a aglomeração.
· Vírus nu: mais patogênico.
Para todas as espécies quando estamos diante de gastroenterites virais o número de partículas virais eliminadas é muito grande. Ou seja, defecar vírus é defecar MUITO vírus.
Vírus possui replicação muito intensa. E quando a gente elimina, é eliminado muito. O animal com diarreia ele dificilmente consegue fazer a diarreia no local de evacuação habitual (tenesmo). 
Importante saber se o vírus é nu ou envelopado, tendo ação determinante para realizar com os animais, plantel. 
Problema da diarreia e vômito no cão: cinomose, adenovírus e parvovírus. Gato principal causa de diarreia viral: parvovirose, não tem potencial tão inflamatório como no cachorro. Equinos: rotavírus principalmente nos potros. Bovinos: rotavírus e coronavírus bovino com problemas de diarreia. 
Vômito e diarreia é peculiaridade do cão, doenças virais, em comparação com qualquer outra espécie, sendo importante porque quando o cão vai ter vômito e diarreia tem muita chance de choque hipovolêmico. 
Problema mais grave nos equídeos e bovinos, quando a diarreia vem aos 40 a 50 dias de vida e isso acontece no meio do pasto, quanto mais novo a taxa de desidratação é mais grave, pois há maior impacto fisiológico. 
Principais agentes por espécie –
Equino: rotavírus
Bovino: coronavírus e rotavírus. Bezerros sofrem mais com a diarreia. 
Felino: panleucopenia, peritonite infecciosa felina (coronavírus), FIV e Felv diarreia causada pela imunodeficiência do FIV ou Felv realizou, diarreia como doença secundária (imunossupressão e doenças oportunistas atacam)
Caninos: parvovirose, cinomose e adenovírus. Cachorro tem rotavírus e coronavírus sendo mais difícil de fechar o diagnóstico.
Vírus servem de porta de entrada.
Na espécie bovina temos problemas com doença viral nos bezerros, o animal adulto raramente apresenta um quadro de diarreia de origem viral. Vírus que afeta mais o bovino adulto onde o problema principal não é a diarreia, possui impacto maior na reprodução, o vírus é da diarreia bovina.
Assim que o bezerro nasce deve mamar o colostro, ingerindo uma quantidade imensa de proteínas, gorduras e imunoglobulinas que penetram pelo TGI para cair na circulação e para ajudar no controle infeccioso desse animal. Quando isso não acontece de maneira adequada ou há falha de manejo no controle ambiental de fezes, a chance desse bezerro nas primeiras semanas é maior de adquirir infecções de colibacilose. Depois, maior ou menos por volta de 7 – 20 dias o vírus que causara mais problemas na espécie bovina é o coronavírus bovino tipo 3 (vírus envelopado, indica que o contato próximo é essencial, o gado leiteiro sofre mais com esse vírus, devido à proximidade), causa bastante problema nos bezerros, por volta de 1 mês de idade, infecção oro-fecal (ingere e defeca), como tem o contato próximo isso acontece com mais importância. 
Depois da colibacilose o coronavírus é de importância devido à idade dos bezerros, diarreia aquosa muito intensa com alto poder de desidratação e morte desses animais nesse período. Coronavírus bovino é RNA, fita simples, envelopado. Acomete os bezerros especialmente no terço médio das vilosidades intestinais. Quanto mais no topo da vilosidade mais perto das microvilosidades ativas, célula do topo tem muitas microvilosidades, núcleo bastante grande e citoplasma relativamente grande e produtivo, citoplasma muito ativo porque o animal precisa fazer o processo de digestão, quando as células estão no topo da vilosidade elas são muito secretoras e absortivas. As células intermediárias são células que não possuem toda vilosidade, estão ainda em processo de amadurecimento, são mais secretoras, porém não tem a capacidade de absorção muito grande possuem grande importância na secreção. As células de mais debaixo perto da cripta intestinal elas estão realizando mitose intensa (grande capacidade de replicação), encontram se no processo de replicação, após isso vão subindo e amadurecendo na vilosidade, quando ela chega no terço médio ela começa a amadurecer e ganhar um pouco de vilosidade, quando está no topo é muito secretória e absortiva, até entrar em apoptose indo embora pelas fezes. 
Quase todas as doenças virais são de intestino delgado. Estamos falando que todos os animais terão diarreia clássica de intestino delgado.
Rosa: ápice
Azul: 1/3 médio
Verde: cripta
Coronavírus: age exatamente nessas células que estão ainda no processo de amadurecimento, no plantel bovino onde se tem problema com coronavírus, pode-se ter problemas respiratório por coronavírus, fazendo parte da anamnese. Colibacilose não causa problema respiratório. Nesse 1/3 o coronavírus entra e começa a utilizar mecanismos que os RNAs que essa célula está produzindo para replicar, diminuindo a função e ação celular, uma vez que essa célula estava produzindo e secretando substâncias não tendo função absortivo. Sendo uma diarreia secretória, interferindo na capacidade celular intestinal de secretar substâncias, com a NÃO secreção correta começa a sobrar mais soluto dentro do lúmen intestinal ocasionando mais atração da água para o local. Se atrai água o sinal clínico é diarreia, sendo uma diarreia osmótico secretória porque diminui a capacidade de secreção e digestão consequentemente acumula água. Diarreia clássica do coronavírus bovino, em especial de 10-20 dias, pode causar em planteis mais velhos e em bezerros 6 meses, ou animais adultos, mas isso não é epidemiologicamente muito relevante. O que é relevante epidemiologicamente é que animais adultos podem ser assintomáticos, como acontece também nos equinos. Podem ser assintomáticos e transmitir para potros ou bezerros. Diarreia com coloração mais amarelada. Problema sério com o adulto com vírus sem sintomas, porém dissemina o vírus para o plantel, sendo ruim porque quando formos testar, não se deve testar por amostragem, deve-se fechar diagnóstico. Existe vacina. Ordenha de acordo com a positividade dos animais, assintomáticas podem passar pelo colostro. Isolamento sempre é a melhor técnica, porém alguns isolamentos são difíceis de fazer, como isolar corona. 
· Diagnóstico: Isolamento, procurar anticorpo (se vacinou pode acusar que há anticorpos), PCR.
· Tratamento: trata as bactérias que causam infecção secundária com antibiótico gram negativo (enterobactérias), não se dá antiviral. 
Anaerob
G-
Aerob
G+
Rotavírus bovino: diarreia do curso branco, chamamos a rotavirose bovina de “diarreia do curso branco”, várias espécies de animais se vê a diarreia (suínos, bovinocultura, equinos não tem tanta importância, cachorros e gatos não se sabe muito bem), acomete esses animais na fase ainda de amamentação, o rotavírus ele se replica no topo da vilosidade (enterócito extremamente absortivo e secretório, secreta muita coisa que auxilia na digestão do bezerro, secreta a lactase então o rota quando interfere nessas células ele diminui a síntese de lactase, não produz mais uma taxa adequada da principal enzima que realiza a quebra do principal açúcar do leite, sobra lactose no intestino e consequentemente açúcar) Colibacilose precisa de lactose, sintetiza a lactase. Isso acontece porque quando o rotavírus adentra fecal-oral ele se replica comtanta intensidade que LISA as células, principalmente as células do topo, parando a síntese de lactase, sobrando muito leite, fermentando esse leite. Colocar o estetoscópio no bezerro jovem no flanco direito, auscultando os movimentos intestinais principalmente o borburigmo, no bezerro o barulho é por causa do processo de fermentação da lactose devido à falta da enzima lactase, onde a bactéria fermenta a lactose. Região do períneo verifica-se listra branca como se fosse muco esbranquiçado que é o leite não digerido. Principais causas de mortalidade no bezerro, fraqueza, desidratação. 
· Rotavírus é um vírus nu, possui alta resistência ambiente, só que além de ser vírus nu ele possui 3 camadas de proteína. 
· Inativar vírus nu, jogar no ambiente substâncias muito cáusticas, devendo esvaziar o local, amônia em concentração altíssima, formol, passar vassoura de fogo. Devendo manejar os animais. 
· Vírus nu: alta resistência ambiental. Difícil tratar o ambiente, ou se acaba com o pasto, ou o manejo é difícil. 
· É um vírus RNA segmentado: shift antigênico, possui proteínas com o mesmo vírus, porém com proteínas diferentes que o outro vírus, o mesmo vírus a proteína está em locais diferentes nos dois vírus. Shift antigênico gerando um vírus com proteínas diferentes, tendo vacinas diferentes
· Para controlar uma propriedade com rotavírus deve-se fazer a eletroferotipagem para saber quais são as proteínas que estão rodando naquela propriedade, a fim de saber se é um só vírus ou se são mais de um, se for mais de um vírus terá que ampliar a vacinação. 
Tratamento: antibiótico devido a infecção bacteriana secundária por E. coli. Vacina. Separação de animais positivos e negativos. Imunizar os animais, para que os animais imunes entrem em contato com os demais para não desenvolverem a doença. 
Equinos: principalmente nos potros, corona causando problemas respiratórios, mas não é tão impactante para diarreia. 
Rotavírus equino: funciona com o mesmo princípio, só que no cavalo conseguimos fazer processos de segregação mais facilmente, então quando identifica um potro com diarreia fazemos o diagnóstico direto no potro PCR. Com o resto dos animais realiza o sorológico. Encontrou um animal positivo, segrega esse animal (potro com a mãe), evitando contato próximo com os outros animais. Doença que acomete o potro até os 6 meses de idade, quanto mais jovem o animal maior taxa de mortalidade. Persistência desse vírus pelo fato de ter capsídeo de 3 camadas impacta no ambiente.
· Em plantéis de cavalos se tem 1 ou 2 animais +, normalmente 100% dos animais são soro +
· Diagnóstico: direto no potro e sorológico nos adultos
1. Tratamento: antibiótico
1. Fisiopatogenia: bem parecido (topo de vilosidade, interfere na secreção potro pode ter curso mais esbranquiçado, mas não é tão comum). É espécie específico, então bovinos não infectam equinos

Mais conteúdos dessa disciplina