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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 1 CICLO ORÇAMENTÁRIO Olá amigos! Como é bom estar aqui! É com enorme alegria que tenho você como aluno e assim ter a satisfação de que você inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o curso, onde farei imediatamente o possível para atender as suas expectativas, já que como diria um famoso primeiro-ministro inglês: "Iremos fazer imediatamente aquilo que é possível, o impossível irá demorar um pouco mais de tempo". (Winston Churchill) Nesta aula estudaremos o ciclo orçamentário, o qual corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final. É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro. O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1.º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei 4.320/1964. Atenção: o ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. Aquele envolve um período muito maior, iniciando com o processo de elaboração do orçamento, passando por discussão, execução e encerramento com o controle. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo orçamentário: • elaboração/planejamento da proposta orçamentária; • discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; • execução orçamentária e financeira; e • avaliação/controle. 1. ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO 1.1 Alocação de recursos e o papel dos agentes no processo O primeiro ponto do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta, a qual consiste nas atividades preliminares relacionadas à alocação de recursos, considerando o cenário fiscal. Assim, o Manual de Elaboração do PPA, ao tratar do tema Cenário Fiscal, esclarece como ocorre a alocação de recursos. A consistência fiscal é elemento central para sua posterior execução, motivo pelo qual o cenário fiscal é uma das etapas mais relevantes do processo de elaboração. A compatibilidade entre capacidade de financiamento e dispêndio dos recursos previstos ocorre em função de um processo de alocação de recursos que se compõe das seguintes etapas: fixação da meta fiscal, projeção das receitas, projeção das despesas obrigatórias e apuração das despesas discricionárias. Na etapa de fixação da meta fiscal, as metas de resultado fiscal para o período são definidas. Dada a orientação da política fiscal, de estimular o crescimento da economia sem que isso represente riscos à sua estabilidade, as metas fiscais são definidas tendo em vista a produção de resultados primários positivos compatíveis com a redução da relação dívida pública sobre o Produto Interno Bruto – PIB. O passo seguinte refere-se à projeção das receitas não financeiras. De maneira geral, as receitas não financeiras são as receitas administradas (impostos e contribuições em geral), a arrecadação líquida do INSS e as receitas não administradas (dividendos, receitas próprias, etc.). Para estimativa da receita líquida disponível para alocação, desconta-se da receita total o CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 montante das transferências para Estados e Municípios, previstas na Constituição. A etapa seguinte de construção do cenário fiscal refere-se à projeção de recursos destinados às despesas obrigatórias, as quais constituem obrigações constitucionais ou legais da União. As principais despesas obrigatórias estão associadas ao pagamento de pessoal e encargos, de benefícios da previdência e assistenciais vinculados ao salário-mínimo e subsídios e subvenções, entre outros. A alocação das despesas obrigatórias é realizada posteriormente de forma diferenciada, dado que, por força de determinação legal, não existe discricionariedade por parte do gestor público quanto ao montante de recursos a ser associado a essas despesas. Projetada a receita líquida, descontado o montante de recursos correspondente à meta de resultado primário e da previsão das despesas obrigatórias, tem-se então o montante de recursos que os órgãos setoriais poderão manejar para alocação no seu conjunto de programas para o período do plano. Essa etapa é denominada de apuração das despesas discricionárias. O montante de recursos previstos para a realização das despesas discricionárias será distribuído pelo Ministério do Planejamento entre os órgãos setoriais, tendo como base para essa repartição o perfil de gasto de cada órgão e as prioridades de governo. Definido o limite de gasto discricionário para o período, cada Ministério procederá à alocação desses recursos em seus respectivos programas, devendo ter como parâmetro para essa repartição a orientação estratégica de governo e as orientações estratégicas dos ministérios. O Manual Técnico de Orçamento determina o papel dos agentes no processo de elaboração do Orçamento, individualizando as atribuições da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das unidades orçamentárias. A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 orçamentos fiscal e da seguridade social. O orçamento de investimentos cabe ao Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado do Planejamento, sendo ligado diretamente à Secretaria-Executiva. Assim, o DEST é responsável pela elaboração do Programa de Dispêndios Globais – PDG – e da proposta do Orçamento de Investimentos das empresas estatais não dependentes. A classificação institucional, estudada em aula sobre Despesas Públicas, reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. Secretaria de Orçamento Federal: o trabalho desenvolvido pela SOF, no cumprimento de sua missão institucional, como órgão específico e singular de orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, compreende: • definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; • coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias Anuais – PLDO e do orçamento anual da União; • análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura programática dos órgãos e unidades orçamentárias no exercício; • fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais; • orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de orçamento;• fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação das propostas orçamentárias setoriais; • análise e validação das propostas setoriais; • consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e • coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 orçamentárias necessárias ao trabalho desenvolvido pelos agentes do sistema orçamentário federal. Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua atuação no processo de elaboração envolve: • estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta orçamentária; • avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias; • formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da estrutura programática; • coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da qualidade das informações constantes do cadastro de programas e ações; • fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades orçamentárias; • definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta orçamentária; • coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no âmbito do órgão setorial; • análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias; e • consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. • Exemplos: Setorial do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde, etc. Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual dependerá a consistência da proposta do órgão, no que se refere a metas, valores e justificativas que fundamentam a programação. De acordo com o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão. As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação orçamentária e subtítulo. Seu campo de atuação no processo de elaboração compreende: • estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para elaboração da proposta orçamentária; • estudos de adequação da estrutura programática do exercício; • formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas; • coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de ações orçamentárias; • fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; • análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e • consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade orçamentária. • Exemplos: cada uma das Universidades Federais, cada um dos Institutos Federais de Educação, etc. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 1.2 Iniciativas Segundo o art. 165, I a III, da Constituição Federal de 1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do Poder Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos. Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina que a iniciativa das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente da República: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição. No entanto, importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. A diferença que se faz é que a competência exclusiva é indelegável e a competência privativa é delegável. O problema é que a CF/88 não é rigorosamente técnica neste assunto. No caso das leis orçamentárias, seriam matérias de competência exclusiva do presidente da república, porque são atribuições indelegáveis. Segundo o art. 85 da CF/1988, constituem crime de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária. Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo. Consoante o art. 99 da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. O § 1.º ressalta que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias. De acordo com o art. 127, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa. O § 3.º ressalta que o Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Importante destacar, ainda, a elaboração dos planos e programas nacionais, regionais e setoriais. O art. 165 da CF/1988 dispõe que: § 4.º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 1.3 Prazos e Lei Complementar (art. 165, § 9.º, da CF/1988) Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2.o, I a III, do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): § 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até oencerramento da sessão legislativa; CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar, respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. O prazo de encaminhamento corresponde à data limite para o Executivo enviar ao Legislativo os projetos dos instrumentos de planejamento. Já o prazo de devolução corresponde à data limite para o Poder Legislativo retornar os projetos para a sanção. Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar prevista nos incisos I e II do § 9.o do art. 165 da CF/1988: § 9.º Cabe à lei complementar: I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. Repare que desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei complementar sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi editada, logo, não existe um modelo legalmente constituído para organização, metodologia e conteúdo dos PPAs, LDOs e LOAs. Assim, é ainda a Lei 4.320/1964, recepcionada com status de lei complementar, que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Porém ela não atende mais às nossas necessidades. Desta forma, CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 quem cumpre esse vácuo legislativo e complementa a Lei 4.320/1964 é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que todo ano acaba tendo, entre suas diversas atribuições que veremos a seguir, que legislar como se fosse a lei complementar prevista na CF/1988, o que a transforma num “calhamaço” de artigos. Cuidado: a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi de preencher as lacunas da Lei 4.320/1964. Ela também não é a Lei prevista no § 9.º do art. 165, apesar de tratar de alguns temas comuns. Outra lei complementar deve ser editada. Atualmente, na ausência dessa lei, naquilo que a Lei 4.320/1964 não dispõe, é a LDO que preenche esse vácuo legislativo. Vamos montar um quadro para a lei complementar: QUADRO DA LEI COMPLEMENTAR Cabe à lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF e ainda não editada: I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, LDO E LOA; II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. A LRF não é a Lei Complementar do § 9.º do art. 165. Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO. Porém, na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT. Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: a legislatura, segundo a CF/1988, é o período de quatro anos. Cada legislatura possui quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a 22 de dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa possui dois períodos legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1.º de agosto a 22 de dezembro. Em suma: CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 QUADRO: LEGISLATURA Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais. Sessão Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos. Período Legislativo 1.º período: 02 Fev a 17 Jul 2.º período: 1.º Ago a 22 Dez A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua proposta para apreciação do Legislativo: Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. Assim, caberá ao Poder Legislativo apreciar novamente o orçamento vigente como se fosse uma nova proposta! Ignora que diversos programas se exaurem ao longo do exercício, mas essa é a única previsão legal, já que a CF/1988 não traz nenhuma diretriz. Atenção: tal previsão está na Lei 4.320/1964 e não na Constituição Federal. Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem ser devolvidas para a sanção, ficando afastada a possibilidade de rejeição. Também a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8.o do art. 166: § 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. O caso do Legislativo não devolver o PLOA para a sanção é tratado apenas nas LDOs, que estabelecem regras para a realização de despesas essenciais CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 até que ele seja devolvido ao Executivo. A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária – PLOA não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano corrente, a programação dele constante poderá ser executada até o limite de 1/12 (um doze avos) do total de cada ação prevista no referido Projeto de Lei, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva lei. Por exemplo, se o PLOA não for aprovado até o fim de março (3 meses) do ano que deveria estar em vigor, cada ação poderá ser executada em 3/12 do valor original. No entanto, o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de algumas despesas, de acordo com o que determinar a LDO daquele ano. Por exemplo, as despesas com obrigações constitucionais ou legais da União e o pagamento de bolsas de estudos podem ser dispensadas da regra pela LDO e serem executadas como se o PLOA já tivesse sido aprovado. Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias e o não cumprimento de prazos nos trazem diversos problemas. Quanto ao calendário, temos problemas em virtude da não edição da Lei Complementar sobre o assunto. Temos que no 1.° ano do mandato do Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! E mais, o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA! Veja que incongruência, poisneste primeiro ano não há integração. A LDO deveria sempre seguir o planejamento do PPA. Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já houve ano em que a LOA foi aprovada pelo congresso no fim do ano subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor. Para a LOA-2010 isso não ocorreu e o Congresso aprovou o orçamento às 23h30 do dia 22 de dezembro de 2009, meia hora antes do prazo final. A falta de rigor nos prazos também compromete a integração entre PPA e LOA. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 2. DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO A fase de discussão corresponde ao debate entre os parlamentares sobre a proposta, constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação final e proposição em plenário. Segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de encaminhar os projetos do PPA e da LOA. A elaboração da mensagem presidencial referente ao PPA é coordenada pela SPI/MP. Já a elaboração da mensagem presidencial referente à LOA é realizada sob a coordenação da SOF/MP. No Poder Legislativo Federal, os projetos dos instrumentos de planejamento e dos créditos adicionais transitam por uma comissão mista permanente composta por senadores e deputados, denominada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Nos demais entes é uma comissão comum, pois possuem apenas uma casa legislativa, composta por deputados nos estados e vereadores nos municípios. Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988. Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional. Cada parlamentar poderá apresentar emendas. As Comissões Permanentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, cujas competências estejam direta e materialmente relacionadas à área de atuação pertinente à estrutura da administração pública federal, também poderão apresentar emendas. Ainda, as Bancadas Estaduais no Congresso Nacional poderão apresentá-las, desde que relativas a matérias de interesse de cada Estado ou Distrito Federal. Assim, as emendas podem ser individuais, de comissão e de bancada estadual. Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa prevista no projeto de lei do Plano Plurianual. Importante: diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando ocorrem as sessões conjuntas do Congresso Nacional, os parlamentares se reúnem no mesmo espaço para apreciarem juntos os projetos, porém, havendo a fase de votação, a maioria deve ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores quanto no âmbito dos Deputados Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora da votação, procede-se como se houvesse votação simultânea na Câmara e no Senado. Na verdade, a sessão é conjunta, porém a votação é bicameral. Ao contrário, na sessão unicameral, a votação é “por cabeça”. Considera-se o todo, independentemente de o parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 parlamentar tem direito a um voto e a apuração é feita considerando que há uma única votação. Por exemplo, se estiverem presentes os 594 congressistas (senadores + deputados), a maioria será alcançada pela metade +1, não importando se é voto de senador ou deputado. A votação unicameral aconteceu na revisão constitucional. As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III – sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação, pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso). O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988 enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. Cuidado: o Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao Congresso Nacional propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua vez, as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1.o do art. 12 da LRF determina: § 1.º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. Atenção: repare que a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. A sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei aprovado no Legislativo. Ou seja, correspondeà concordância do Chefe do Executivo com o que foi discutido e aprovado no parlamento. Já o veto corresponde à discordância do Executivo com o projeto aprovado no Legislativo. Essa discordância pode ser de uma parte do texto (veto parcial) ou com todo o projeto (veto total). Pode ocorrer caso o titular do Executivo considere o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público. De qualquer forma, ocorrendo o veto, ele deve ser apreciado pelo parlamento, podendo ser confirmado ou rejeitado. A Constituição Federal dispõe que a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. Tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA. No que se refere às emendas, é mais comum a cobrança da previsão constitucional que acabamos de estudar. No entanto, a Lei 4320/64 traz um artigo sobre o tema. Segundo o art. 33 da Lei 4320/64, não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a: CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 • alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da proposta; • conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes; • conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente criado; • conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. 3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA Atenção: em outras aulas trataremos de execução orçamentária e financeira. Vamos apenas contextualizar o tema dentro do ciclo orçamentário. A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das receitas e realização das despesas. É a transformação, em realidade, do planejamento elaborado pelos chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo. Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na forma da Lei Complementar, que ainda não foi editada. A LRF trata do assunto “execução orçamentária e cumprimento das metas” nos seus arts. 8.º e 9.º. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Destaca, ainda, que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida na Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. A LRF trata de previsão e arrecadação de receitas nos arts. 11 a 13. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Atenção: É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos. A previsão da receita orçamentária ocorre no ano anterior à execução do Orçamento, durante o processo de elaboração. Assim, na execução orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando-se necessário limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Já vimos na elaboração que o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. 4. AVALIAÇÃO E CONTROLE 4.1 Avaliação A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a eficácia e eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos de juízo aos responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas tendentes à consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos colocados à sua disposição, o que contribui para realimentar o processo de administração orçamentária. O propósito da avaliação é de contribuir para a qualidade da elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando um novo ciclo orçamentário. Esta definição traz dois critérios de análise, o de eficiência e o de eficácia. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 • Análise da eficiência: é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou programa frente a padrões estabelecidos. O teste da eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os resultados em face dos recursos disponíveis. • Análise da eficácia: é a medida do grau de atingimento das metasfixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto. Procura considerar o grau em que os objetivos e as finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de realizações governamentais. Pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos são possíveis as análises da eficácia e da eficiência. A explicitação das metas físicas orçamentárias e a classificação por programas e ações (projetos e atividades) viabilizam os testes de eficácia, enquanto a incorporação de custos estimativos no orçamento e custos efetivos durante a execução auxilia as avaliações da eficiência. A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos esperados) que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à variação alcançada dos indicadores estabelecidos. Permite verificar se um dado programa produziu efeitos no ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos, socioculturais, institucionais ou ambientais. Assim, define-se como a capacidade de se transformar uma realidade a partir do objetivo estabelecido e sua continuidade ao longo do tempo. Como exemplo, vamos supor a vacinação em um posto de saúde. Se o Governo preparou toda a logística (compra de vacinas, transporte, pessoal, etc.) com melhor custo-benefício, foi eficiente. Se o percentual de crianças vacinadas foi atingido, a campanha foi eficaz, cumpriu a meta física. Se CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 conseguiu erradicar a paralisia infantil, foi efetivo, pois teve o impacto esperado na sociedade, mudando uma realidade existente. 4.2 Controle O Orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é uma forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo (controle externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e segundo as leis. Atualmente, além desse controle legal, busca-se o controle de resultados, em uma visão mais completa da efetividade das ações governamentais. Segundo a Lei 4.320/1964: Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos; III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. A Lei 4.320/1964 determina a coexistência de dois sistemas de controle da execução orçamentária: interno e externo. O controle interno é aquele realizado pelo órgão no âmbito da própria Administração, dentro de sua estrutura. O controle externo é aquele realizado por uma instituição independente e autônoma. Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do MinistérioPúblico, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF, com ênfase no que se refere a: • atingimento das metas estabelecidas na LDO; • limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar; • medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal; CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 • providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites; • destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos; • cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver. Compete privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior. QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 1) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Assinale a opção falsa a respeito do ciclo orçamentário no Brasil. a) É um processo integrado de planejamento das ações e compreende a elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, bem como a execução e avaliação desses instrumentos. b) É o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual, que se inicia no envio da proposta de orçamento ao Congresso Nacional e se encerra na sanção da lei. c) Na elaboração dos instrumentos que compõem o ciclo orçamentário, o Congresso Nacional tem competência para realizar modificações nas propostas a ele encaminhadas. d) É um processo contínuo, dinâmico e flexível para a elaboração, aprovação, execução, controle e avaliação dos programas do setor público. e) A Comissão Mista de Orçamento tem papel importante nas etapas de elaboração e fiscalização. a) Correta. O ciclo orçamentário é um processo integrado das ações e compreende a elaboração dos instrumentos de planejamento e orçamento, bem como a execução e avaliação deles. b) É a incorreta. O ciclo orçamentário envolve um período muito maior, não se encerra com a aprovação e sanção da Lei. Há ainda mais duas etapas. No CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo orçamentário: elaboração/planejamento da proposta orçamentária; discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; e ainda execução orçamentária e financeira; e avaliação/controle. c) Correta. O Congresso Nacional tem competência para realizar modificações nas propostas a ele encaminhadas por meio de emendas parlamentares. d) Correta. O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final. É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro. e) Correta. Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988. Resposta: Letra B 2) (ESAF – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009) A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica saber que: a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano plurianual subsequente. b) a função controle precede à execução orçamentária. c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso parlamentar. d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual. a) Errada. É O Plano Plurianual que baliza a elaboração das LDOs em cada um dos quatro anos de sua abrangência. Ainda, o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. b) Errada. No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo orçamentário: 1ª) elaboração/planejamento da proposta orçamentária; 2ª) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; 3ª) execução orçamentária e financeira; e 4ª) avaliação/controle. c) Correta. A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO, logo a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso parlamentar. d) Errada. As leis dos instrumentos de planejamento e orçamento (PPA, LDO e LOA) e os créditos suplementares e especiais são leis ordinárias. Não se exige quorum qualificado para sua aprovação, sendo necessária apenas a maioria simples. e) Errada. O orçamento de investimento das empresas estatais integra a Lei Orçamentária Anual. Resposta: Letra C 3) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) As condições para a instituição e funcionamento de fundos devem estar previstas em: a) lei ordinária. b) Constituição de cada ente federativo. c) decreto executivo. d) decreto autônomo. e) lei complementar. De acordo com o art. 165 da CF/1988: § 9º - Cabe à lei complementar: CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. Logo, as condições para a instituição e funcionamento de fundos devem estar previstas em Lei Complementar. Resposta: Letra E 4) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Segundo a Constituição Federal, um dos instrumentos em que se materializa o processo de planejamento do Governo Federal é o Plano Plurianual – PPA. Assinale a opção em que a afirmação se aplica inteiramente a esse instrumento. a) Embora de natureza constitucional, o PPA não abrange todos os projetos do ente, em razão das emergências não possíveis de serem previstas em lei. b) O PPA tem seu foco nos programas de governo, seu período de abrangência é de quatro anos podendo ser revisado a cada ano. c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao Congresso Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos Poderes da República. d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como objetivo definir as modalidades de aplicação de recursos que priorizam o cumprimentodas políticas públicas. e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas. a) Errada. O PPA não abrange todos os projetos, mas o motivo não são emergências não previstas em lei. O motivo é que por definição constitucional, a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. b) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, o qual é o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. O PPA retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de quatro anos. Quanto às revisões e alterações do PPA, o art. 15 da Lei 11.653/08 determina que a exclusão ou a alteração de programas constantes desta Lei ou a inclusão de novo programa serão propostas pelo Poder Executivo por meio de projeto de lei de revisão anual ou específico de alteração da Lei do Plano Plurianual. c) Errada. Segundo o Art. 84 da CF/88, compete privativamente ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição. Assim, todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público), elaboram suas propostas parciais e encaminham para o Poder Executivo (no caso do PPA, para a Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento - SPI/MP), o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo. d) Errada. A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. É definida na Lei Orçamentária Anual. e) Errada. Os projetos de lei de revisão anual, quando necessários, serão encaminhados ao Congresso Nacional até 31 de agosto, e conterão, no mínimo, para inclusão de programa, diagnóstico sobre a atual situação do problema que se deseja enfrentar ou sobre a demanda da sociedade que se queira atender com o programa proposto, bem como a indicação dos recursos que o financiarão; já para alteração ou exclusão de programa, exposição das razões que motivam a proposta. Logo, não está condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas. Resposta: Letra B CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 5) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Na esfera federal, o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos: a) compete exclusivamente ao Poder Judiciário, tendo em vista que, nos termos da Constituição Federal, o órgão de controle externo não tem o poder de julgar, propriamente, mas apenas de apreciar tais contas. b) é de competência própria do Poder Legislativo (Congresso Nacional), titular do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU, que sobre elas emitirá parecer. c) é de competência privativa do TCU. d) é de competência própria do TCU, com possibilidade de reforma pelo Congresso Nacional. e) é de competência própria do TCU, que sobre elas emitirá parecer. Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Resposta: Letra C 6) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Assinale a opção correta a respeito do ciclo orçamentário no âmbito da Administração Federal brasileira. a) Em razão das vedações constitucionais, não é possível fazer ajustes no orçamento sem trâmite pelo Poder Legislativo. b) A elaboração das propostas orçamentárias é de responsabilidade exclusiva da Secretaria de Orçamento Federal. c) Na fase de aprovação, as Comissões de Finanças e Tributação das duas casas do Congresso Nacional têm a palavra final. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 d) Na fase de preparação do orçamento para a execução, a alocação dos créditos nos elementos de despesa é atribuição da setorial orçamentária. e) A abertura de créditos extraordinários, em razão da sua especificidade, somente pode ser feita por lei complementar. a) Errada. Há, por exemplo, possibilidade de prévia autorização na LOA para a abertura de créditos suplementares por Decreto do Executivo, até determinada porcentagem ou importância. b) Errada. A Secretaria de Orçamento Federal (SOF) tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. No entanto, os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias também têm suas atribuições. Além disso, todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram suas propostas parciais e encaminham para o Poder Executivo (no caso da LOA, encaminha à SOF), o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo. c) Errada. Após a passagem pela Comissão Mista de Orçamento, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. d) Correta. O art. 6º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/01 dispõe que na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. A discriminação por elementos de despesa é atribuição da setorial orçamentária na preparação para a execução. e) Errada. No âmbito federal, a abertura de créditos extraordinários, em razão da sua especificidade, somente pode ser feita por Medida Provisória (veremos na aula sobre créditos adicionais). Resposta: Letra D 7) (ESAF – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009) O controle externo da administração pública federal é exercido: CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 a) pelo Senado Federal. b) pela Câmara dos Deputados. c) pelo Tribunal de Contas da União. d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. e) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do sistema de controle interno de cada Poder. Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo está a cargo do Congresso Nacional e será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Resposta: Letra D 8) (ESAF - Assistente Técnico-Administrativo– Ministério da Fazenda - 2009) Marque a opção correta. a) A lei que instituir o plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. b) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a projeto de lei relativo ao orçamento anual desde que não finalizada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. c) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento de investimento das empresas, fundos e fundações mantidas pelo Poder Público. d) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual serão apreciados pelo Senado Federal. e) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição Federal serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. a) Errada. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. b) Errada. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a projeto de lei relativo ao orçamento anual desde que não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. c) Errada. Segundo o § 5.o do art. 165 da CF/1988, a LOA compreenderá: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. d) Errada. Segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. e) Correta. O art. 165 da CF/1988 dispõe que: § 4.º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Resposta: Letra E 9) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da lei que institui o Plano Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual – LOA, é correto afirmar: a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término do exercício. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 33 b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles. d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do executivo. e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legislativa. a) Errada. O projeto de PPA será encaminhado até quatro meses antes do término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término de cada exercício. b) Correta. A proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses antes do término do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Já o projeto da LDO será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. c) Errada. O projeto de PPA será encaminhado até quatro meses antes do término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República. Já o projeto da LDO será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro. d) Errada. Os prazos estão previstos no art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar prevista nos incisos I e II do § 9.o do art. 165 da CF/1988. e) Errada. O projeto da LDO será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e deve ser devolvido para sanção até o CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 34 encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Já a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses antes do término do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Resposta: Letra B 10) (ESAF – Auditor Fiscal – Receita Federal do Brasil – 2009) Com relação ao Plano Plurianual (PPA), aponte a única opção incorreta. a) Os programas do PPA podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios. b) Um aspecto importante do PPA é sua integração das despesas correntes e de capital, obtida por meio do foco em programas. c) É exigido que o PPA seja apresentado ao Congresso Nacional até 15 de abril do primeiro dos quatro anos do mandato do Presidente da República. d) O PPA de 2000-2003, o Avança Brasil, reflete a nova classificação programática. e) O PPA foi instituído pela Constituição de 1988. a) Correta. Os programas do PPA podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios, cruzando, assim, as fronteiras interministeriais. b) Correta. A lei que instituir o plano plurianual conterá as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. O termo “e outras delas decorrentes” se relaciona às despesas correntes que esta despesa de capital irá gerar após sua realização. c) É a incorreta. O PPA deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. d) Correta. O PPA de 2000-2003, o Avança Brasil, reflete a nova classificação programática, ao contrário da abordagem anterior, baseada em projetos. e) Correta. A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias.O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 35 Resposta: Letra C 11) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) No decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, respectivamente, até as seguintes datas: a) 15/04 – 15/04 – 31/08. b) 31/08 – 15/04 – 15/04. c) 31/08 – 15/04 – 31/08. d) 15/04 – 31/08 – 31/08. e) 31/08 – 31/08 – 15/04. Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no art. 35 do ADCT: § 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Logo, no decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, respectivamente, até as seguintes datas: 31/08, 15/04 e 31/08. Resposta: Letra C CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 36 12) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Segundo a Constituição de 1988, no capítulo das Finanças Públicas, o Plano Plurianual - PPA é uma Lei que abrangerá os respectivos Poderes na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. No que diz respeito ao Plano Plurianual (PPA) e Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), identifique a opção incorreta. a) A Lei que instituir o Plano Plurianual será elaborada no princípio do primeiro ano do mandato do executivo e terá vigência de quatro anos. b) Com base no Plano Plurianual, o governo elaborará e enviará para o Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias. c) A Lei que instituir o Plano Plurianual definirá programas, objetivos e metas para o quadriênio, cabendo desta forma, à LDO definir, com base no PPA, quais serão as metas que serão desenvolvidas no exercício financeiro subsequente. d) Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, em maio de 2000, passou a integrar à LDO, dois anexos: o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Objetivos Fiscais. e) A LDO antecipa o orçamento anual, com todas suas implicações alocativas e tributárias, e ainda fixa o programa das instituições financeiras da União. a) Correta. Pela atual legislação, o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte, completando o período de quatro anos. b) Correta. A LDO deve seguir as orientações do PPA. c) Correta. A LDO surgiu através da Constituição de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual), cabendo à LDO definir, com base no PPA, quais serão as metas que serão desenvolvidas no exercício financeiro subsequente. d) É a incorreta. Segundo a LRF, integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 que se referirem e para os dois seguintes; e o Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. e) Correta. A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Resposta: Letra D 13) (ESAF – APO/MPOG – 2005) Identifique a opção correta com relação ao papel do Órgão Central como agente no processo de elaboração orçamentária do governo federal, segundo o Manual Técnico do Orçamento 2005. a) Formalizar a proposta de alterações na estrutura programática. b) Analisar e validar as propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias. c) Avaliar a adequação da estrutura programática e mapear as alterações necessárias. d) Definir diretrizes gerais para o sistema orçamentário federal. e) Consolidar e formalizar a proposta orçamentária do órgão. A questão é baseada no MTO-2005, porém vamos respondê-la pelo atual MTO. a) b) c) e) Erradas. São todas atribuições do órgão setorial: formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da estrutura programática; análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias; avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias; e consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. d) Correta. A definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal é atribuição da Secretaria de Orçamento Federal como órgão específico CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 e singular de orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Resposta: Letra D 14) (ESAF – Técnico de Nível Superior/ENAP – MPOG – 2006) Com relação ao ciclo orçamentário no Brasil, pode-se afirmar que ele corresponde ao período no qual se processam as atividades peculiares do processo orçamentário. Identifique a única opção incorreta com relação ao referido processo. a) As unidades administrativas elaboram as propostas parciais e as consolida. b) Os órgãos setoriais de orçamento traduzem as diretrizes ao nível setorial e consolida as propostas das unidades orçamentárias. c) O órgão central de planejamento estabelece as diretrizes e realiza a consolidação geral. d) O Poder Executivo envia a Mensagem e o Projeto de Lei Orçamentária para a discussão e aprovação do Poder Legislativo. e) Sancionado o Projeto de Lei Orçamentária, o órgão central de orçamento elabora os Quadros de Detalhamento da Receita e o Quadro de Detalhamento da Despesa. a) É a incorreta. Cabe a unidade orçamentária a consolidação e formalização da proposta orçamentária em seu âmbito. As dotações
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