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Questões Comentadas Administração Financeira e Orçamentária para concursos 05

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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
 
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Aula 4 
RECEITA PÚBLICA 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui!1 
 
A palavra Receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para 
evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do 
aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita 
pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito (stricto). 
 
Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são 
todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo 
período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou 
não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no 
passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de 
crédito por antecipação de receita, cauções, etc. 
 
Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou 
ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam 
ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. Exemplos: 
alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais, etc. 
 
No processo orçamentário, é notável a relevância da Receita Pública, cuja 
previsão dimensiona a capacidade governamental em fixar a Despesa Pública 
e, no momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da 
execução orçamentária da despesa. 
 
 
 
1 Parte da apresentação baseada no artigo de CORE, Fabiano Garcia. Reforma gerencial dos processos de 
planejamento e orçamento. Brasília: ENAP, 2001. 
 
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A Receita está envolvida em situações singulares na Administração Pública, 
como a sua distribuição e destinação entre as esferas governamentais e o 
estabelecimento de limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade 
Fiscal. Dessa forma, assume fundamental importância ao permitir estudos e 
análises acerca da carga tributária suportada pelos diversos segmentos da 
sociedade. 
 
O conhecimento dos conceitos e da classificação da receita possibilita a 
cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o efetivo 
controle social sobre as Contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e 
Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento 
das Receitas Públicas, principalmente em face da LRF, contribui para a 
transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de 
melhor qualidade aos diversos usuários. 
 
A receita, pelo enfoque orçamentário, corresponde a todos os ingressos 
disponíveis para a cobertura das despesas orçamentárias e para as operações 
que, mesmo sem o ingresso de recursos, financiem despesas orçamentárias, 
como é o caso das chamadas operações de crédito em bens e/ou serviços. 
Exemplo: transações, como aquisições financiadas de bens e arrendamento 
mercantil financeiro, quando possuem dotação específica na LOA, são 
registradas como receita orçamentária e despesa orçamentária, pois são 
consideradas operações de crédito pela LRF (art. 29). 
 
As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental 
importância para a transparência das operações constantes de um orçamento. 
Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de 
classificação. Ademais, é por meio das várias classificações, ainda, que se 
implementam planos, que se explicitam os objetivos e prioridades da ação 
pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando, 
desse modo, sobre o direcionamento político da ação governamental. 
As receitas estão classificadas, segundo a Lei 4.320/1964, em dois segmentos: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital, divisão essa que obedece a um 
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critério econômico, dentro da ideia de demonstrar a origem das diversas 
fontes, conforme derivem do exercício de poder próprio do Estado, de tributar 
as pessoas e agentes econômicos ou do exercício de atividade econômica. 
Essas são as Receitas Correntes, sendo Receitas de Capital aquelas que 
procedem do endividamento ou da transformação de ativos físicos ou 
financeiros em moeda. 
Cabe ressaltar, entretanto, que com o advento da LRF, as informações de 
receita assumiram uma importância fundamental. Vários procedimentos e 
mecanismos de controle foram estabelecidos nessa lei com base em previsão 
e arrecadação de receita, o que impõe a necessidade de um cuidado especial 
no que se refere à qualidade dessas informações. 
 
No tocante às despesas, as classificações, basicamente, respondem as 
principais indagações que habitualmente surgem quando o assunto é gasto 
orçamentário. 
Essas informações permitirão a mensuração de desempenho e o controle 
orçamentário: a cada uma dessas indagações corresponde um tipo de 
classificação. 
Ou seja: quando a pergunta é “para que” serão gastos os recursos alocados, a 
resposta será encontrada na classificação programática ou, mais 
adequadamente, de acordo com a Portaria 42/1999, na ESTRUTURA 
PROGRAMÁTICA; “em que” serão gastos os recursos, a resposta consta da 
classificação FUNCIONAL; “o que” será adquirido ou “o que” será pago, na 
classificação por elemento de despesa; “quem” é o responsável pela 
programação a ser realizada, a resposta é encontrada na classificação 
INSTITUCIONAL (órgão e unidade orçamentária); “qual o efeito ECONÔMICO 
da realização da despesa”, na classificação por categoria econômica; e “qual a 
origem dos recursos”, na classificação por fonte de recursos. Outra visão é a 
que divide a classificação dos gastos públicos em três: segundo sua finalidade, 
sua natureza e quanto a seu agente encarregado da execução do gasto. No 
entanto quer dizer a mesma coisa: a finalidade é observada na estrutura 
programática assim determinada pela Portaria 42/1999, a natureza na 
classificação por natureza da despesa e o agente encarregado do gasto pode 
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ser observado na classificação institucional. Dessa forma, são as 
características básicas de sistemas orçamentários modernos: estrutura 
programática, econômica e organizacional para alocação de recursos, 
denominadas de classificações orçamentárias da despesa. 
 
A legislação orienta que a classificação da despesa no orçamento público deve 
ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e 
unidade orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas 
(programa, projeto, atividade e operações especiais) e segundo a natureza 
(categorias econômicas, grupos, modalidades de aplicação e elementos). 
 
Nesta aula abordaremos as classificações da Receita Pública. Na seguinte, 
trataremos das classificações da Despesa Pública. Em ambos falaremos 
bastante do que está previsto no MCASP, no atual MTO e nas Portarias que 
regem as classificações, já que as provas se concentram nestes instrumentos. 
 
1. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA 
 
As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que 
ocasionou o ingresso dos recursos aos cofrespúblicos. É a menor célula de 
informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo, 
portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas 
vinculações. Em face da necessidade de constante atualização e melhor 
identificação dos ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de 
classificação foi desdobrado em níveis, que formam o código identificador da 
natureza de receita: 
• 1.º Nível: Categoria Econômica 
• 2.º Nível: Origem 
• 3.º Nível: Espécie 
• 4.º Nível: Rubrica 
• 5.º Nível: Alínea 
• 6.º Nível: Subalínea 
 
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X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
1.º nível - Categoria econômica da receita 
 
Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É 
utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia 
nacional (formação de capital, custeio, investimentos, etc.). É codificada e 
subdividida da seguinte forma: 
1. Receitas Correntes; 
2. Receitas de Capital; 
7. Receitas Correntes Intraorçamentárias; 
8. Receitas de Capital Intraorçamentárias. 
 
Vamos a elas: 
Receitas Correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas 
do poder impositivo do Estado – Tributária e de Contribuições; da exploração 
de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas – 
Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros 
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a 
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências 
Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – 
Outras Receitas Correntes. 
 
Receitas de Capital: são as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital 
e, ainda, o Superávit do Orçamento Corrente. 
Em geral, essas receitas são representadas por mutações patrimoniais que 
nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos 
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patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos 
financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca 
de recursos financeiros). 
 
O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita 
orçamentária. Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do Orçamento Corrente 
resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém 
não constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla 
contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. 
Receitas Intraorçamentárias: são receitas oriundas de operações realizadas 
entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do 
orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São 
chamadas também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidade de 
discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, 
autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras 
entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social. 
O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria 
Interministerial STN/SOF 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de 
aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, 
Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade 
Social”. 
 
As novas naturezas de receita intraorçamentárias são constituídas 
substituindo-se o 1.º nível (categoria econômica “1” ou “2”) pelos dígitos “7”, se 
receita corrente intraorçamentária, e “8”, se receita de capital intraorçamentária, 
mantendo-se o restante da codificação. 
Por exemplo, o IPTU pago por uma empresa estatal dependente de um 
município será classificado na conta 7112.02.00 – IPTU (receita 
intraorçamentária). O código a ser usado para registro do IPTU dos 
contribuintes que não sejam participantes do orçamento fiscal do município 
permanece 1112.02.00. 
 
 
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Atenção: as classificações incluídas não constituem novas categorias 
econômicas de receita, mas sim meras especificações das categorias corrente 
e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações 
intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. 
 
2.º nível - Origem 
 
É a subdivisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a 
origem das receitas, no momento em que estas ingressam no patrimônio 
público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato 
gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e 
outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar 
se as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das 
atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, 
industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio 
patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao 
atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso 
das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, 
da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências 
destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros 
ingressos de capital. 
Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são: 
QUADRO: ORIGENS DAS RECEITAS 
RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 
1. Receita Tributária 
2. Receita de Contribuições 
3. Receita Patrimonial 
4. Receita Agropecuária 
5. Receita Industrial 
6. Receita de Serviços 
7. Transferências Correntes 
9. Outras Receitas Correntes 
1. Operações de Crédito 
2. Alienação de Bens 
3. Amortização de Empréstimos 
4. Transferências de Capital 
5. Outras Receitas de Capital 
 
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2.1 Origens das receitas correntes 
 
2.1.1 Receitas tributárias 
 
Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos 
financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3.o do 
Código Tributário Nacional – CTN: 
 
Art. 3.º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída 
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo 
é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e 
suficiente a sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a 
destinação legal do produto de sua arrecadação. 
 
O art. 5.º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e 
contribuições de melhorias: 
• Imposto: conforme o art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por 
fato gerador uma situaçãoindependente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte”. Sempre que possível, os impostos 
terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
• Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do 
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição”. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
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impostos. 
• Contribuição de Melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de 
melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou 
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída 
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização 
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite 
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado”. 
 
2.1.2 Receitas de contribuições 
 
É o ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como 
instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Apesar da controvérsia 
doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da seguinte 
forma: 
• Contribuições Sociais: destinadas ao custeio da seguridade social, 
que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social. 
• Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico: derivam da 
contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado 
grupo ou coletividade. Exemplo de contribuição de intervenção no 
domínio econômico é o Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas 
Domésticas, que são voltadas à suplementação tarifária de linhas 
aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio potencial de tráfego. 
• Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou 
Econômicas: destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos 
representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas 
ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados. 
Essas contribuições são destinadas ao custeio das organizações de 
interesse de grupos profissionais como, por exemplo, a OAB, o CREA, o 
CRM e assim por diante. Visam também ao custeio dos serviços sociais 
autônomos prestados no interesse das categorias, como o SESI, o 
SESC e o SENAI. 
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Atenção: a contribuição de melhoria é receita tributária e as demais 
contribuições são receitas de contribuições. 
 
2.1.3 Demais origens 
 
• Receita Patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre 
investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades 
em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de 
ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos 
de terrenos da União, que o Poder Público concede à outra parte o gozo 
temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna 
receita patrimonial. Outros exemplos: aluguéis, arrendamentos, foros e 
laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, 
dividendos, participações, remuneração de depósitos bancários, 
remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de 
recursos não desembolsados. 
• Receita Agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da 
exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa 
classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo 
do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de 
animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou 
transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos 
próprios estabelecimentos. 
• Receita Industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de 
extração mineral, de transformação, de construção e outras, 
provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 
• Receita de Serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços 
de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de 
inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de 
mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros 
serviços. 
• Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou 
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entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade 
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante 
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde 
que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. 
• Outras Receitas Correntes: são os ingressos correntes provenientes 
de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: 
recebimento de dívida ativa, multas em geral, restituições, etc. 
 
2.2 Origens das receitas de capital 
 
• Operações de Crédito: são os ingressos provenientes da colocação de 
títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos 
internos ou externos, obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Os 
empréstimos compulsórios também são classificados como operações 
de crédito. 
• Alienação de Bens: é o ingresso proveniente da alienação de 
componentes do ativo imobilizado ou intangível. Exemplos: 
privatizações, venda de um prédio público, etc. 
• Amortização de Empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento 
de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou 
contratos. 
• Transferências de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade 
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante 
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde 
que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. 
• Outras Receitas de Capital: são os ingressos de capital provenientes 
de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplo: 
integralização de capital de empresas estatais. 
 
 
 
 
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3.º nível - Espécie 
 
É o nível de classificação vinculado à Origem, composto por títulos que 
permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais 
receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária (receita proveniente 
de tributos) podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e 
contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN), sendo 
cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais. 
 
4.º nível - Rubrica 
 
É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de 
cada espécie de receita umaqualificação mais específica. Agrega 
determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. 
 
5.º nível - Alínea 
 
Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o 
nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de 
recursos financeiros. 
 
6.º nível -Subalínea 
 
Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, 
pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior 
detalhamento da alínea. 
 
Detalhamento de código 
 
Para atender às necessidades internas, a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios poderão detalhar as classificações orçamentárias a partir do 
nível ainda não detalhado, sendo que se o detalhamento ocorrer no nível de 
alínea (5.º e 6.º dígitos) ou subalínea (7.º e 8.º dígitos), deverá ser a partir do 
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51. A administração dos níveis já detalhados cabe à União. 
Poderá haver um 7.º nível (9.º e 10.º dígitos), denominado de detalhamento 
facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente. 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO 
PRIMÁRIO 
 
A receita é classificada, ainda, como Primária (P) quando seu valor é incluído 
na apuração do Resultado Primário no conceito acima da linha, e Não Primária 
ou Financeira (F) quando não é incluída nesse cálculo. 
As receitas financeiras surgiram com a adoção pelo Brasil da metodologia de 
apuração do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário 
Internacional – FMI. Desse modo, passou-se a denominar como Receitas 
Financeiras aquelas receitas que não são consideradas na apuração do 
resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou 
da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de 
privatizações, entre outras. 
As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais, 
agropecuárias, industriais e de serviços são classificadas como primárias. 
Critérios “abaixo da linha” e “acima da linha”: a apuração do resultado 
primário pode ocorrer pelos critérios “abaixo da linha” ou “acima da linha”. O 
critério “abaixo da linha” considera a variação do endividamento no período 
considerado. Por exemplo, a variação da dívida em 2010 será o valor apurado 
em 31.12.2010 menos o valor em 31.12.2009. Não permite conhecer os fatores 
que levaram ao resultado. 
Já o critério “acima da linha” ocorre por meio da análise das receitas e 
despesas do setor público. Permite conhecer os fatores que levaram ao 
resultado. 
Em princípio, os dois critérios são equivalentes, e deveriam chegar aos 
mesmos números. Entretanto, podem ocorrer discrepâncias estatísticas em 
decorrência de questões específicas relacionadas à abrangência e/ou período 
da compilação. 
 
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3. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR GRUPOS 
 
Segundo o MTO, a classificação da receita por grupos procura identificar quais 
são os agentes arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e 
qual o nível de vinculação das mesmas. No Orçamento da União utilizam-se os 
seguintes grupos: 
 
1 – Receitas Próprias: Classificam-se, nesse grupo, as receitas cuja 
arrecadação tem origem no esforço próprio dos órgãos e demais entidades nas 
atividades de fornecimento de bens ou serviços facultativos e na exploração 
econômica do patrimônio remunerada por preço público ou tarifas, bem como o 
produto da aplicação financeira desses recursos (Portaria SOF nº 10, de 22 de 
agosto de 2002, art. 4º). Geralmente, são receitas que têm como fundamento 
legal os contratos firmados entre as partes, amparados pelo Código Civil e 
legislação correlata. São receitas que não possuem destinação específica, 
sendo vinculadas à unidade orçamentária arrecadadora. Geralmente são 
arrecadadas por meio de Guia de Recolhimento da União – GRU e 
centralizadas numa conta de referência do Tesouro Nacional mantida junto ao 
Banco do Brasil. O banco tem dois dias para repassar os recursos para a conta 
única do Tesouro. 
 
2 – Receitas Administradas: São as receitas auferidas pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil, com amparo legal no Código Tributário Nacional e 
leis afins, órgão que detém a competência para fiscalizar e administrar esses 
recursos. São receitas arrecadadas por meio de Documento de Arrecadação 
de Receitas Federais (DARF) ou Guia da Previdência Social (GPS), utilizando-
se dos bancos arrecadadores credenciados pela Secretaria da Receita Federal 
do Brasil - SRFB. A partir da data em que o contribuinte paga o tributo, ou seja, 
da data de arrecadação (D), o banco tem um dia útil (D+1) para repassar os 
recursos para a conta única do Tesouro (data de recolhimento). 
 
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3 – Receitas de Operações de Crédito: São as receitas provenientes de 
colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e 
financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. 
 
4 – Receitas Vinculadas: São os recursos oriundos de concessões, 
autorizações e permissões para uso de bens da União ou para exercício de 
atividades de competência da União. Fazem parte desse grupo as receitas 
vinculadas por determinação legal, cuja fiscalização, administração e manuseio 
ficam a cargo das entidades com autorização legal para arrecadar. São 
receitas que apresentam destinação previamente estabelecida, em função da 
legislação (vinculadas a uma finalidade específica). 
 
5 – Demais Receitas: Grupo destinado ao atendimento das receitas previstas 
em Lei ou contrato, e que não estão enquadradas em nenhum dos grupos 
anteriores. 
 
4. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 
 
Segundo a doutrina, a receita pública pode ainda ser classificada nos seguintes 
aspectos: forma de ingresso ou natureza, coercitividade, poder de tributar, 
entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e regularidade: 
 
Forma de ingresso ou natureza: 
• Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para 
financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. 
Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita 
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, 
inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não 
previstas no Orçamento. 
 
Atenção: a receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não 
estiver incluída na lei orçamentária anual. São chamadas também de 
ingressos orçamentários. 
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• Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e 
constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu 
pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque 
possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. 
São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de 
receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de 
receitas orçamentárias – ARO, cancelamento de restos a pagar, 
emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo 
financeiros.Atenção: as operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações 
de crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias. 
 
Vários autores utilizam o termo “natureza” nessa classificação. Atente para não 
confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo 
“forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso. 
 
Coercitividade: 
• Originárias: denominadas também de receitas de Economia Privada ou 
de Direito Privado, correspondem àquelas que provêm do próprio 
patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços 
colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens 
e valores. 
• Derivadas: denominadas também de receitas de Economia Pública ou 
de Direito Público, correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante 
sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se 
caracterizam pela exigência do Estado para que o particular entregue de 
forma compulsória uma determinada quantia na forma de tributos ou de 
multas. 
 
Poder de tributar: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar que 
compete a cada ente da federação, considerando e distribuindo as receitas 
obtidas como pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: Governo 
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Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. 
 
Entidades executoras do orçamento: 
• Receita Orçamentária Pública: aquela executada por entidades 
públicas. 
• Receita Orçamentária Privada: aquela executada por entidades 
privadas e que consta na previsão orçamentária aprovada por ato de 
conselho superior ou outros procedimentos internos para sua 
consecução. 
 
Afetação patrimonial: 
• Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem 
correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes, 
com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato 
permutativo e, assim, é não efetiva. 
• Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao 
patrimônio público, pois se referem às entradas ou alterações 
compensatórias nos elementos que o compõem. São não efetivas 
todas as receitas de capital, com exceção do recebimento de 
transferências de capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é 
efetiva. 
 
Regularidade: 
• Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com 
arrecadação regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e 
possuem característica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR, 
ICMS, IPVA, IPTU, etc. 
• Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de 
caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as 
provenientes de guerras, doações, indenizações em favor do Estado, 
etc. 
 
 
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5. DÍVIDA ATIVA 
 
Neste tópico selecionei os principais pontos do tema abordados no Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público. São várias páginas no Manual, mas a 
maior parte se refere aos lançamentos contábeis. Logo, serão abordadas as 
partes relacionadas à AFO e que foram ou podem ser cobradas nas provas de 
nossa matéria. 
 
O crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da dívida 
ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo como título 
de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da Fazenda Pública 
de natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e 
respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) 
ou não tributária (demais créditos da fazenda pública) exigíveis em virtude do 
transcurso do prazo para pagamento. As receitas decorrentes de dívida ativa 
tributária ou não tributária devem ser classificadas como “outras receitas 
correntes”. 
 
A Dívida Ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde 
a Lei 4.320/1964, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira 
resultante de uma conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros 
textos legais. 
O conjunto de procedimentos de registro e acompanhamento dos créditos da 
dívida ativa buscou, a partir da tradição patrimonialista, tratar contabilmente os 
créditos desde a efetivação até o momento da inscrição propriamente dita em 
Dívida Ativa, atribuindo ao órgão ou unidade do Ente Público responsável pelo 
crédito a iniciativa dos lançamentos contábeis. O envio dos valores para o 
órgão ou unidade competente para inscrição é tratado como uma transferência 
de gestão de créditos, ainda no âmbito de um mesmo Ente Federativo. 
 
A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e 
liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas 
aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto 
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positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo 
contabilmente alocada no Ativo. 
Não se confunde com a Dívida Pública (Passiva), que representa as 
obrigações do Ente Público para com terceiros, e que é contabilmente 
registrada no Passivo. 
 
Atenção: a Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública, que representa 
as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os 
créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, 
por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. 
 
A inscrição em Dívida Ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito 
em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários 
requisitos jurídicos para as ações de cobrança. 
No âmbito federal, os créditos inscritos em Dívida Ativa compõem o Cadastro 
de Dívida Ativa da União. A competência para a gestão administrativa e judicial 
da Dívida Ativa da União é da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – 
PGFN. As autarquias e fundações públicas federais devem manter cadastro e 
controle próprio dos créditos inerentes às suas atividades. A competência para 
a apuração de certeza e liquidez, inscrição em Dívida Ativa e gestão 
administrativa e judicial desses créditos é da Procuradoria-Geral Federal – 
PGF. 
 
Assim, como regra geral, as competências são distribuídas do seguinte modo: 
• Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN: é responsável pela 
apuração da liquidez e certeza dos créditos da União, tributários ou não, 
a serem inscritos em Dívida Ativa, e pela representação legal da União. 
• Procuradoria-Geral Federal – PGF: é competente para apurar a 
certeza e liquidez dos créditos das autarquias e fundações públicas 
federais, inscrevê-los em dívida ativa e proceder à cobrança amigável e 
judicial, bem como pela representação judicial e extrajudicial dessas 
entidades. Excetuam-se a essa regra as contribuições sociais 
previdenciárias e a representação do Banco Central do Brasil. 
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As demais esferas governamentais, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
disporão sobre competências de órgãos e entidades para gestão administrativa 
e judicial da Dívida Ativa pertinente. 
 
A Lei 6.830, de 22 de setembrode 1980, conhecida como Lei de Execuções 
Fiscais – LEF, determina em seu art. 2.° que cabe ao órgão competente apurar 
a liquidez e certeza dos créditos, qualificando a inscrição como ato de controle 
administrativo da legalidade. Depreende-se, portanto, que os Entes Públicos 
deverão outorgar a um órgão a competência para este procedimento, 
dissociando, obrigatoriamente, a inscrição do crédito em Dívida Ativa e a 
origem desse crédito. 
A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem 
equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição 
confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao 
Ente Público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa 
do processo judicial de execução. 
A presunção de certeza e liquidez, no entanto, é relativa, pois pode ser 
derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo. 
 
A Dívida Ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, 
juros, multa e demais encargos previstos. Portanto, a incidência desses 
acréscimos, previstos desde a Lei 4.320/1964, é legal e de ocorrência natural, 
cabendo o registro contábil oportuno. Já o pagamento de custas e 
emolumentos foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de 
acordo com o art. 39 da LEF. 
 
Os créditos de natureza tributária, regularmente inscritos em Dívida Ativa, não 
estão submetidos a sigilo fiscal. Segundo o § 3o do art. 198 do CTN, não é 
vedada a divulgação de informações relativas a: 
I – representações fiscais para fins penais; 
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; 
III – parcelamento ou moratória. 
 
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As baixas da Dívida Ativa podem ocorrer pelo recebimento; pelos abatimentos 
ou anistias previstos legalmente; e pelo cancelamento administrativo ou judicial 
da inscrição. 
As formas de recebimento da Dívida Ativa são definidas em lei, destacando-se 
duas: em espécie ou na forma de bens, tanto pela adjudicação quanto pela 
dação em pagamento. A receita relativa à Dívida Ativa tem caráter 
orçamentário, e pertence ao exercício em que for realizada (arrecadada). No 
caso de recebimento de dívida ativa na forma de bens, caso haja previsão de 
receita orçamentária específica para esta transação, haverá registro de receita 
orçamentária mesmo que não tenha havido o ingresso de recursos financeiros. 
Alternativamente ao recebimento, existe ainda a possibilidade de compensação 
de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a Fazenda Pública. A 
compensação de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a 
Fazenda Pública também é orientada na forma da lei específica, porém não 
resulta em ingresso de valores ou bens, configurando fato permutativo dentro 
do Patrimônio do Ente Público. 
O abatimento ou anistia de quaisquer créditos a favor do Erário depende de 
autorização por intermédio de lei, servindo como instrumento de incentivo em 
programas de recuperação de créditos, observando o art. 14 da LRF, que trata 
da renúncia de receitas. 
O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do crédito inscrito em Dívida 
Ativa representa a sua extinção e provoca diminuição na situação líquida 
patrimonial, relativamente à baixa do direito que é classificado como variação 
patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária ou 
simplesmente variação passiva extraorçamentária. Da mesma forma são 
classificados os registros de abatimentos, anistia ou quaisquer outros valores 
que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em Dívida 
Ativa, mas não decorram do efetivo recebimento. 
 
Na ótica contábil, todos os valores inscritos em Dívida Ativa são créditos 
vencidos a favor da Fazenda Pública. Nessa condição, a Dívida Ativa encontra 
abrigo nas Normas Internacionais de Contabilidade e nos Princípios 
Fundamentais de Contabilidade como integrante do Ativo do Ente Público. 
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No Brasil, por força do texto legal, ainda atende a requisitos jurídicos de 
legalidade e transparência. 
 
Decisão importante do TCU: o Plenário do TCU manifestou-se que: “na 
verdade, os débitos e multas impostas pelo Tribunal não necessitam 
inscrição prévia na Dívida Ativa para serem executados como salientado 
pelo Procurador-Geral em razão de dispositivo constitucional e legal. Por outro 
lado, tendo-se em vista as outras finalidades da inscrição dos diversos débitos 
para com a Fazenda Nacional, conforme apontado pelo Secretário da ADCON, 
há que se proceder à inscrição de todo e qualquer débito de natureza, tributário 
ou não. Nesse sentido, correto o entendimento do titular da referida unidade no 
sentido de que as multas e débitos imputados por esta Corte de Contas 
também devem ser objeto de inscrição na Dívida Ativa, procedimento 
regular em atenção do disposto no §1º do art. 39 da Lei nº 4.320/64. (Decisão 
472/2002 – Plenário – DC-0472-14/02-P)”. (grifos nossos). 
 
Vou explicar esse julgado. O art. 71 da CF/88 garante aos acórdãos da corte 
de contas a natureza de título executivo (§ 3º - As decisões do Tribunal de 
que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título 
executivo). Assim, os créditos oriundos do TCU podem ser imediatamente 
cobrados, sendo desnecessária a inscrição em dívida ativa e a abertura de 
novo processo administrativo. 
No entanto, nos casos em que a Administração Pública já possui um título 
executivo devidamente constituído, ela pode optar, de acordo com a situação 
concreta, pela inscrição do crédito em dívida ativa ou pelo ajuizamento de ação 
de cobrança. 
Assim, no caso dos acórdãos do TCU, a inscrição em dívida ativa não se dá 
com o objetivo de criação de um título executivo, mas sim para a utilização de 
um rito de execução privilegiado, bem como um acompanhamento mais 
apurado acerca dos créditos da Fazenda Pública. 
 
Julgado importante do STJ: segundo o STJ, o INSS tem, sem sombra de 
dúvidas, o direito de ser ressarcido por danos materiais sofridos em razão de 
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concessão de aposentadoria fraudulenta, devendo o beneficiário responder, 
solidariamente, pela reparação dos referidos danos. No entanto, o conceito de 
dívida ativa não tributária, embora amplo, não autoriza a Fazenda Pública 
a tornar-se credora de todo e qualquer débito. A dívida cobrada há de ter 
relação com a atividade própria da pessoa jurídica de direito público. In casu, 
pretende o INSS cobrar, por meio de execução fiscal, prejuízo causado ao seu 
patrimônio, apurados em "tomada de contas especial". A apuração de tais 
fatos devem ser devidamente apurados em processo judicial próprio, 
assegurado o contraditório e a ampla defesa. Inexistência de discussão se a 
Lei nº 4.320/64 excetua ou inclui como dívida ativa não tributária os valores 
decorrentes de indenizações e restituições. 
 
6. DISTINÇÃO ENTRE TAXA E PREÇO PÚBLICO (OU TARIFA) 
 
Vamos a uma distinção muito cobrada em prova entre Taxa e Preço Público: 
Súmula 545 do Supremo Tribunal Federal: Preços de serviços públicos e 
taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são 
compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização 
orçamentária, em relação à lei quea instituiu. 
 
O preço público ou tarifa é uma receita originária empresarial, pois é 
proveniente da intervenção do Estado na atividade econômica. Por meio de 
empresas associadas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos 
federais, estaduais e municipais, são cobradas para permitir o melhoramento e 
a expansão dos serviços, a justa remuneração do capital e assegurar o 
equilíbrio econômico e financeiro do contrato. É uma contraprestação de 
serviços de natureza comercial ou industrial, cujo pagamento deve ocorrer 
somente se existir a utilização do serviço. Por essa ótica o pagamento é 
considerado voluntário e facultativo. O preço público geralmente visa ao lucro. 
São competências do Poder Executivo a fixação e a alteração de tarifas, as 
quais podem ser efetivadas a qualquer data com cobrança no mesmo exercício 
financeiro. No entanto, tal ato está vinculado às leis e regulamentos que 
disciplinam o serviço. Ainda, a isenção de tarifa só pode ser estabelecida em lei 
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da entidade estatal que realiza ou delega o serviço. 
De acordo com o art. 77 do CTN, “as taxas cobradas pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e 
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. A taxa é uma 
receita pública derivada, pois se integra em definitivo ao patrimônio do Estado 
após ser retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. A taxa visa 
ao ressarcimento. 
 
O MTO faz muito bem essa distinção: 
Assim, conforme afirmado anteriormente, o preço público decorre da utilização 
de serviços públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que a 
Administração Pública diretamente ou por meio de delegação a concessionário 
ou permissionário colocam à disposição da população que poderá contratá-los 
ou não (Ex.: telefone, luz, água, gás encanado). São serviços prestados em 
decorrência de uma relação contratual, regida pelo direito privado. 
A taxa decorre de estipulação legal e serve para custear, naquilo que não 
forem cobertos pelos impostos, os serviços públicos essenciais à soberania do 
Estado (a lei não autoriza que outros prestem alternativamente esses serviços) 
e divisíveis prestados ou colocados à disposição diretamente pelo Estado. O 
tema é regido pelas normas de direito público. 
Há casos em que não é simples estabelecer se um serviço é remunerado por 
taxa ou por preço público. Como exemplo, podemos citar o caso do 
fornecimento de energia elétrica. Em localidades onde estes serviços forem 
colocados à disposição do usuário, pelo Estado, mas cuja utilização seja de 
uso obrigatório, compulsório (por exemplo, a lei não permite que se coloque um 
gerador de energia elétrica) a remuneração destes serviços é feita mediante 
taxa e sofrerá as limitações impostas pelos princípios gerais de tributação 
(legalidade, anterioridade,...). Por outro lado, se a lei permite o uso de gerador 
próprio para obtenção de energia elétrica, o serviço estatal oferecido pelo ente 
público, ou por seus delegados, não teria natureza obrigatória, seria facultativo 
e, portanto, seria remunerado mediante preço público. 
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QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 
 
1) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) A respeito 
da classificação orçamentária da receita, é correto afirmar: 
a) alienação de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda em 
receita de capital. 
b) receitas de contribuições integram as receitas de capital quando oriundas de 
intervenção no domínio econômico. 
c) as receitas agropecuárias se originam da tributação de produtos agrícolas. 
d) as receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por 
entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependem 
da inexistência de receitas de capital no exercício. 
 
a) Errada. São receitas de capital as alienações de bens provenientes de 
componentes do ativo imobilizado ou intangível. Exemplo: privatizações, 
venda de um prédio público, etc. 
b) Errada. As receitas de contribuições correspondem aos ingressos 
provenientes de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e 
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de 
intervenção nas respectivas áreas. São receitas correntes. 
c) Errada. As receitas agropecuárias correspondem aos ingressos provenientes 
da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. 
Incluem-se nessa classificação as receitas advindas da exploração da 
agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de 
gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou 
transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos 
próprios estabelecimentos. As receitas que se originam da tributação de 
produtos agrícolas são receitas tributárias. 
d) Correta. As receitas intraorçamentárias são aquelas oriundas de operações 
realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública 
integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera 
de governo. Têm a finalidade de discriminar as receitas referentes às 
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operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas 
estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da 
seguridade social. A Banca considerou a alternativa correta, mas na verdade o 
termo “por” no lugar de “entre” a tornaria incorreta. Assim, a questão deveria ter 
sido ser anulada. 
e) Errada. Não há restrições desse tipo. Em geral, as restrições são para 
aplicação de receitas de capital em despesas correntes, como ocorre na regra 
de ouro, que proíbe a realização de operações de créditos que excedam o 
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante 
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta. 
Resposta: Letra D 
 
2) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) O § 2° do 
art. 39 da Lei n. 4.320, de 1964, estabelece que Dívida Ativa Tributária é o 
crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal 
relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não-
Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os 
provenientes de multa de qualquer origem ou natureza, foros, laudêmios, 
alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, indenizações, reposições, 
restituições e outros créditos decorrentes de obrigações legais ou contratuais. 
Acerca da Dívida Ativa da União de natureza tributária e não-tributária, é 
correto afirmar: 
a) os créditos de natureza tributária, regularmente inscritos em Dívida Ativa, 
não estão submetidos a sigilo fiscal. 
b) as multas impostas pelo Tribunal de Contas da União, exigíveis pelo 
transcurso do prazo para pagamento, devem ser inscritas, na forma da 
legislação própria, como Dívida Ativa, para cobrançamediante execução fiscal. 
c) a Dívida Ativa da União será apurada pela Receita Federal do Brasil e 
inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional para fins de cobrança, amigável 
ou judicial. 
d) a apuração pela União, em inquérito administrativo, de danos materiais 
sofridos pela concessão de aposentadoria fraudulenta, autoriza a cobrança, por 
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execução fiscal, do prejuízo causado ao seu patrimônio, após inscrição em 
Dívida Ativa da indenização devida a título de reparação dos valores 
desviados. 
e) é legítima a inscrição em Dívida Ativa do valor ilicitamente subtraído dos 
cofres da União e previsto como infração penal, pois qualquer valor, cuja 
cobrança seja atribuída por lei à União, será considerado Dívida Ativa da 
Fazenda Pública. 
 
a) Correta. Os créditos de natureza tributária, regularmente inscritos em Dívida 
Ativa, não estão submetidos a sigilo fiscal. Segundo o § 3o do art. 198 do CTN, 
não é vedada a divulgação de informações relativas a: 
I – representações fiscais para fins penais; 
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; 
III – parcelamento ou moratória. 
 
b) Errada. No caso dos acórdãos do TCU, a inscrição em dívida ativa não se 
dá com o objetivo de criação de um título executivo, mas sim para a utilização 
de um rito de execução privilegiado, bem como um acompanhamento mais 
apurado acerca dos créditos da Fazenda Pública. 
 
c) Errada. Como regra geral, as competências são distribuídas do seguinte 
modo: 
• Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN: é responsável pela 
apuração da liquidez e certeza dos créditos da União, tributários ou não, 
a serem inscritos em Dívida Ativa, e pela representação legal da União. 
• Procuradoria-Geral Federal – PGF: é competente para apurar a 
certeza e liquidez dos créditos das autarquias e fundações públicas 
federais, inscrevê-los em dívida ativa e proceder à cobrança amigável e 
judicial, bem como pela representação judicial e extrajudicial dessas 
entidades. Excetuam-se a essa regra as contribuições sociais 
previdenciárias e a representação do Banco Central do Brasil. 
 
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d) e) Erradas. Segundo o STJ, o INSS tem, sem sombra de dúvidas, o direito 
de ser ressarcido por danos materiais sofridos em razão de concessão de 
aposentadoria fraudulenta, devendo o beneficiário responder, solidariamente, 
pela reparação dos referidos danos. No entanto, o conceito de dívida ativa 
não tributária, embora amplo, não autoriza a Fazenda Pública a tornar-se 
credora de todo e qualquer débito (contrariando também a alternativa E). Os 
fatos devem ser devidamente apurados em processo judicial próprio, 
assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
Resposta: Letra A 
 
3) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) As receitas públicas agrupam-se em 
duas grandes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de 
Capital. Nesse contexto, as operações de crédito constituem: 
a) Receita de Capital. 
b) Despesa de Capital. 
c) Transferência Corrente. 
d) Transferência de Capital. 
e) Receita Corrente. 
 
As operações de crédito são os ingressos provenientes da colocação de 
títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos obtidos 
junto a entidades estatais ou privadas. As operações de crédito são receitas 
de capital. 
Resposta: Letra A 
 
4) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG - 2008) Identifique 
o conceito de receita orçamentária que não é pertinente à sua definição. 
a) Receita patrimonial é uma receita derivada, oriunda da exploração indireta, 
por parte do Estado das rendas obtidas na aplicação de recursos. 
b) Receita tributária é uma receita derivada que o Estado arrecada, mediante o 
emprego de sua soberania, sem contraprestação diretamente equivalente e 
cujo produto se destina ao custeio das atividades gerais ou específicas que lhe 
são próprias. 
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c) Receitas de capital são receitas provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos da constituição de dívida; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos de outras pessoas de direito público ou privado 
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, 
o superávit do orçamento corrente. 
d) Receita de serviço é uma receita originária, segundo a qual os recursos ou 
meios financeiros são obtidos mediante a cobrança pela venda de bens e 
serviços. 
e) Outras receitas correntes são receitas originárias, provenientes de multas, 
cobranças da dívida ativa, restituições e indenizações. 
 
a) É a incorreta. As receitas patrimoniais são originárias. São as receitas que 
provêm das rendas geradas pelo patrimônio do próprio Estado (mobiliário e 
imobiliário), tais como as rendas de aluguéis, as receitas decorrentes das 
vendas de bens, dividendos, participações e royalties. 
b) Correta. As receitas tributárias são derivadas, pois são obtidas pelo Estado 
mediante sua autoridade coercitiva. 
c) Correta. As receitas provenientes da realização de recursos financeiros 
oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e 
direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, 
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, 
o superávit do Orçamento Corrente, são denominadas receitas de capital. 
d) Correta. As receitas de serviços são originárias e compreendem ingressos 
provenientes da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, 
portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento 
de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade 
e outros serviços. 
e) Correta. Outras receitas correntes são os ingressos correntes provenientes 
de outras origens não classificáveis nas anteriores, como multas, dívida ativa, 
etc. 
Resposta: Letra A 
 
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5) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Assinale a 
opção que indica uma afirmação verdadeira a respeito da conceituação e 
classificação da receita orçamentária. 
a) As receitas orçamentárias são ingressos de recursos que transitam pelo 
patrimônio do poder público, podendo ser classificadas como efetivas e não-
efetivas. 
b) As receitas orçamentárias decorrem de recursos transferidos pela sociedade 
ao Estado e são classificadas como permanentes e temporárias. 
c) Todos os ingressos de recursos, financeiros e não-financeiros, são 
classificados como receita orçamentária, porque transitam pelo patrimônio 
público. 
d) As receitas orçamentárias restringem-se aos ingressos que não geram 
contrapartida no passivo do ente público. 
e) Recursos financeiros de qualquer origem são registrados como receitas 
orçamentárias para que possam ser utilizados pelos entes públicos. 
 
a) Correta. As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado 
utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. 
Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita 
orçamentária, sobas rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive 
as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no 
Orçamento. Quanto à afetação patrimonial, podem ser efetivas ou não 
efetivas. 
b) Errada. Quanto à regularidade, as receita podem ser ordinárias ou 
extraordinárias. 
c) Errada. Temos as receitas extraorçamentárias que não integram o 
orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o 
seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque 
possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. 
d) Errada. O que caracteriza a receita orçamentária é o fato de serem entradas 
de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo 
Patrimônio do Poder Público. Há situações em que são gerados passivos, 
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por exemplo, quando é realizada uma operação de crédito, a qual é 
acompanhada de um passivo decorrente da obrigação de pagamento futuro. 
e) Errada. Os recursos financeiros também podem ser extraorçamentários. 
Resposta: Letra A 
 
6) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Acerca da Dívida Ativa, é 
correto afirmar: 
a) a Dívida Ativa inscrita goza da presunção de liquidez e certeza, e tem 
equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. 
b) no âmbito da União, compete à Receita Federal do Brasil apurar a liquidez e 
certeza dos créditos tributários a serem inscritos em Dívida Ativa. 
c) apenas créditos tributários são passíveis de inscrição em Dívida Ativa. 
d) considera-se absoluta a presunção de liquidez e certeza de crédito inscrito 
em Dívida Ativa. 
e) no âmbito da União, compete à Receita Federal do Brasil apurar a liquidez e 
certeza dos créditos não-tributários a serem inscritos em Dívida Ativa. 
 
a) Correta. A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e 
tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição 
confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao 
Ente Público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa 
do processo judicial de execução. 
. 
b) e) Erradas. Como regra geral, no caso da União, a Procuradoria Geral da 
Fazenda Nacional – PGFN é responsável pela apuração da liquidez e certeza 
dos créditos da União, tributários ou não, a serem inscritos em Dívida Ativa, e 
pela representação legal da União. A Lei Complementar nº 73 dá aos órgãos 
jurídicos das autarquias e fundações públicas a mesma competência para o 
tratamento da Dívida Ativa respectiva. De forma análoga, para os Estados e 
Municípios, a competência para inscrição em Dívida Ativa é atribuída, por 
intermédio de normativos de mesma espécie, aos representantes legais de 
cada esfera de governo. 
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c) Errada. A dívida ativa corresponde aos créditos da Fazenda Pública de 
natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e 
respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) 
ou não tributária (demais créditos da fazenda pública) exigíveis em virtude do 
transcurso do prazo para pagamento. As receitas decorrentes de dívida ativa 
tributária ou não tributária devem ser classificadas como “outras receitas 
correntes”. 
d) Errada. A presunção de certeza e liquidez é relativa, pois pode ser 
derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo. 
Resposta: Letra A 
 
7) (ESAF – AFC/STN – 2005) A receita na Administração Pública representa as 
operações de ingressos de recursos financeiros nos cofres públicos. Identifique 
a opção não pertinente em relação às receitas correntes. 
a) receitas imobiliárias 
b) receitas de contribuições sociais 
c) contribuição de melhoria 
d) receita de serviços 
e) alienação de bens móveis e imóveis 
 
Receitas imobiliárias (que são patrimoniais), de contribuições sociais, de 
contribuição de melhoria e de serviços são receitas correntes. A alienação de 
bens móveis e imóveis constitui uma receita de capital. 
Resposta: Letra E 
 
8) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Assinale a opção 
correta em relação à dívida ativa da Fazenda Pública constituída na forma 
prevista no art. 39 da Lei n. 4.320/64 e Portaria STN n. 564/2004. 
a) É contabilizada como receita orçamentária no ato da inscrição. 
b) A inscrição deve ser realizada na unidade detentora do crédito. 
c) A inscrição atinge somente o principal do crédito, ficando os encargos e 
demais acréscimos dispensados de registro. 
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d) No recolhimento, é uma receita não-efetiva e não afeta a situação 
patrimonial líquida do ente público. 
e) A contabilização do cancelamento é fato contábil permutativo. 
 
a) Errada. A dívida ativa será orçamentária quando ocorrer o recebimento de 
créditos, independente de estar prevista especificamente ou não no orçamento 
do exercício de recebimento. 
b) Errada. A Lei 6.830, de 22 de setembro de 1980, em seu art. 2º, § 3º, 
determina que cabe ao órgão competente apurar a liquidez e certeza dos 
créditos, qualificando a inscrição como ato de controle administrativo da 
legalidade. Depreende-se, portanto, que os Entes Públicos deverão outorgar a 
um órgão a competência para este procedimento, dissociando, 
obrigatoriamente, a inscrição do crédito em Dívida Ativa e a origem desse 
crédito. 
c) Errada. A Dívida Ativa compreende, além do valor principal, atualização 
monetária, juros, multa e demais encargos previstos. 
d) Correta. Qualquer que seja a forma de recebimento de créditos da dívida 
ativa, o fato constituirá em receita orçamentária, prevista especificamente ou 
não no orçamento do exercício de recebimento. Assim, no recolhimento, é uma 
receita não-efetiva e não afeta a situação patrimonial líquida do ente público, 
pois há o aumento das disponibilidades e a diminuição dos direitos a receber. 
e) Errada. O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do crédito inscrito 
em Dívida Ativa representa a sua extinção e provoca diminuição na situação 
líquida patrimonial, relativamente à baixa do direito que é classificado como 
variação patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária ou 
simplesmente variação passiva extraorçamentária. Da mesma forma são 
classificados os registros de abatimentos, anistia ou quaisquer outros valores 
que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em Dívida 
Ativa, mas não decorram do efetivo recebimento. 
Resposta: Letra D 
 
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9) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP - 2009) Tomando por base as disposições 
contidas na Lei n. 4.320/64, assinale a opção falsa, a respeito da conceituação 
e classificação da receita orçamentária brasileira. 
a) A Lei n. 4.320/64 determina que os créditos tributários não recebidos no 
exercício em que são exigíveis devem ser inscritos em dívida ativa. 
b) A previsão a menor não impede que seja reconhecido e contabilizado o 
excesso de arrecadação como receita do exercício. 
c) As receitas de capital, na sua maioria, estão relacionadas com fatos 
contábeispermutativos do patrimônio. 
d) As receitas decorrentes da prestação de serviços por entidade pública são 
classificadas como correntes. 
e) As receitas correntes, na sua maioria, estão relacionadas com as 
modificações qualitativas do patrimônio. 
 
a) Correta. A dívida ativa corresponde aos créditos da Fazenda Pública de 
naturezas tributárias ou não tributárias, exigíveis em virtude do transcurso do 
prazo para pagamento. Segundo o art. 39 da Lei 4320/64, os créditos da 
Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados 
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas 
orçamentárias. Ressalta, ainda, que os créditos de que trata este artigo 39, 
exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma 
da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a 
sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. 
b) Correta. O excesso de arrecadação ocorre quando se constata que a 
previsão foi menor do que efetivamente está sendo arrecadado. 
c) Correta. As receitas de capital, na sua maioria, são não-efetivas, logo estão 
relacionadas com fatos contábeis permutativos, que provocam mudanças 
qualitativas do patrimônio. 
d) Correta. As receitas de prestações de serviços são receitas correntes. 
e) É a incorreta. As receitas correntes, na sua maioria, são efetivas, logo estão 
relacionadas com as modificações quantitativas do patrimônio. 
Resposta: Letra E 
 
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10) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Alienação de 
Bens, segundo a classificação orçamentária brasileira, é uma Receita de 
Capital. Identifique entre as receitas relacionadas abaixo, qual a única que 
pertence ao grupo de Alienação de Bens Imóveis. 
a) Alienação de Estoques. 
b) Alienação de Embarcações. 
c) Alienação de Estoques Reguladores Vinculados à Política de Garantia de 
Preços Mínimos. 
d) Alienação de Títulos Mobiliários. 
e) Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes. 
 
A questão trata das espécies (3º nível) Alienação de Bens Imóveis e Móveis: 
• Alienação de Bens Imóveis: Registra o valor total da arrecadação da 
receita de alienação de bens imóveis, residenciais ou não, de 
propriedade da União, Estados ou Municípios. Suas rubricas (4º nível) 
são: Alienação de Imóveis Rurais para Colonização e Reforma Agrária, 
Produto de Alienações, Alienação de Embarcações, Alienação de 
Imóveis Rurais, Alienação de Imóveis Urbanos e Alienação de Outros 
Bens Imóveis. 
• Alienação de Bens Móveis: Registra o valor total da arrecadação da 
receita de alienação de bens móveis tais como: títulos, mercadorias, 
bens inservíveis ou desnecessários e outros. Possui as seguintes 
rubricas (4º nível): Alienação de Títulos Mobiliários, Alienação de 
Estoques, Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes e Alienação 
de Outros Bens Móveis. 
 
Logo, Alienação de Embarcações é rubrica (4º nível) da espécie Alienação 
de Bens Imóveis (3ºnível). Já Alienação de Títulos Mobiliários, Alienação de 
Estoques, Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes são rubricas (4º 
nível) da espécie Alienação de Bens móveis (3º nível). Alienação de 
Estoques Reguladores Vinculados à Política de Garantia de Preços Mínimos é 
uma subalínea (6º nível) da alínea (5º nível) Alienação de Estoques da 
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Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM da rubrica (4º nível) 
Alienação de Estoques. 
 
O estudante não deve gastar o tempo decorando cada item. Caso se depare 
com uma questão desta na prova, o melhor é tentar raciocinar e resolvê-la por 
eliminação. Coloquei esta questão porque é uma oportunidade de exemplificar 
o assunto. 
Resposta: Letra B 
 
11) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Classificam-se como 
Receitas Correntes Derivadas as receitas: 
a) de contribuições e de serviços. 
b) patrimonial, agropecuária e industrial. 
c) patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. 
d) tributária e de contribuições. 
e) tributária e de serviços. 
 
As receitas derivadas, denominadas também de receitas de Economia Pública 
ou de Direito Público, correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante sua 
autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela 
exigência do Estado para que o particular entregue de forma compulsória uma 
determinada quantia na forma de tributos (em sentido amplo do direito 
tributário, que inclui as contribuições) ou de multas. 
Resposta: Letra D 
 
12) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na 
conceituação da receita orçamentária brasileira, assinale a única opção errada. 
a) Tributo é a prestação pecuniária, pois o conceito legal exclui qualquer 
prestação que não seja representada por dinheiro. 
b) Tributo é compulsório, pois a obrigatoriedade faz parte de sua essência. 
c) A criação ou instituição de um tributo depende exclusivamente da lei, não 
sendo admitidas outras maneiras de criá-lo. 
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d) A cobrança do tributo é uma atividade privada da administração pública que 
não pode ser exercida por nenhuma outra pessoa. 
e) No art.145 da Constituição Federal do Brasil, foram definidas as espécies de 
tributos, quais sejam: impostos e taxas. 
 
a) Correta. O conceito legal de tributo exclui qualquer prestação que não seja 
pecuniária, ou seja, que não seja representada por dinheiro. 
b) Correta. Além de ser em dinheiro, a exigência de tributo é compulsória, pois 
a obrigatoriedade faz parte de sua essência. 
c) Correta. A instituição de tributo deve ocorrer sempre por lei. 
d) Correta. O tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. 
e) É a incorreta. No art.145 da Constituição Federal do Brasil, foram definidas 
as espécies de tributos, quais sejam: impostos, taxas e contribuições de 
melhoria. 
Resposta: Letra E 
 
13) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) Com relação ao preço público e a sua 
distinção com a taxa, pode-se afirmar que: 
a) a tarifa é uma receita pública, retirada de forma coercitiva do patrimônio dos 
particulares. 
b) a taxa visa ao lucro enquanto a tarifa visa ao ressarcimento. 
c) o preço público é uma espécie de tributo, pois a sua exigência é compulsória 
e tem por base o poder fiscal do Estado. 
d) a tarifa pode ser cobrada em razão do exercício do poder de polícia. 
e) a tarifa é uma receita originária, proveniente da intervenção do Estado, por 
meio dos seus associados, permissionários, ou concessionários, na atividade 
econômica. 
 
a) Errada. A taxa é uma receita pública derivada, isto é, retirada de forma 
coercitiva do patrimônio dos particulares, vindo a se integrar no patrimônio do 
Estado. 
b) Errada. A tarifa visa ao lucro, a taxa visa ao ressarcimento 
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c) Errada. A tarifa ou preço público é uma receita originária decorrente da 
utilização de serviços públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que a 
Administração Pública diretamente ou por meio de delegação a concessionário

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