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Aula – Receitas Públicas 
Professor: Daniel Façanha 
 
Teoria 
Prof Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 2 de 28 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
 
1 – Receitas públicas..................................................................................................... 3 
2 – Classificações das receitas públicas ......................................................................... 5 
2.1 – Classificação por natureza ..................................................................................................... 5 
2.2 – Classificação por natureza – alterações 2016 ..................................................................... 15 
2.3 – Classificação por fonte e destinação de recursos ............................................................... 17 
2.4 – Classificação por indicador de resultado primário .............................................................. 19 
2.5 – Outras classificações doutrinárias ....................................................................................... 20 
3 – Etapas e estágios da receita orçamentária ............................................................. 21 
Referencial Bibliográfico ............................................................................................. 28 
 
 
 
Conceitos e classificações da receita pública 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312864
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312865
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312866
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312867
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312868
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312869
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312870
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312871
file:///G:/Daniel2/Pessoal/Exponencial/Cursos%20em%20Andamento/Cursos_Bases/AFO/Teoria%20e%20Resumex/4.%20Receita%20Publica/AFO%20-%20Receita%20Pública%20-Teoria_v0.docx%23_Toc1312872
Teoria 
Prof Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 3 de 28 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
O orçamento é um importante instrumento de planejamento de 
qualquer entidade, seja pública ou privada, e representa o fluxo previsto de 
ingressos e de aplicações de recursos em determinado período. 
Segundo a Lei 4.320/64: 
“Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3o desta 
lei, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas 
próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de 
operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento”. 
Assim, o que caracteriza uma receita orçamentária não é o fato de ela 
constar ou não na LOA, tendo em vista que até mesmo operações de crédito 
não previstas podem ser consideradas receitas orçamentárias. Em conclusão, 
receitas orçamentárias são aquelas que podem ser utilizadas pelo ente público 
para cobrir despesas orçamentárias, independente de estarem na LOA. 
Receitas orçamentárias, então, são disponibilidades de recursos 
financeiros que ingressam durante o exercício orçamentário e constituem 
elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se 
viabiliza a execução das políticas públicas, as receitas orçamentárias são 
fontes de recursos utilizadas pelo Estado em programas e ações cuja 
finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas da 
sociedade. 
As ressalvas aí citadas, estão também na Lei 4.320/64: 
“Art. 3o A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive 
as de operações de crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as 
operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-
moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo 
financeiros”. 
Dessa forma, não são consideradas receitas orçamentárias: 
 
Exceções às receitas 
orçamentárias
Operações de crédito por 
antecipação de receita 
(ARO)
Emissões de papel 
moeda
Entradas compensatórias 
no ativo e passivo 
financeiros
1 – Receitas públicas 
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Teoria 
Prof Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 4 de 28 
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Em contraponto, ingressos (ou receitas) extraorçamentários são 
recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente 
depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa, portanto, 
não integram a LOA. Em geral não têm reflexos no Patrimônio Liquido da 
Entidade. São exemplos de ingressos extraorc ̧amentários: os depósitos em 
caução, as fianças, as operações de crédito por antecipação de receita 
orçamentária (ARO), a emissão de moeda e as entradas compensatórias. Ou 
seja, todas aquelas exceções que vimos acima. Há também outras hipóteses 
além dessas: recebimento de depósitos judiciais, recebimento de cauções de 
licitantes para participação em licitações, etc. 
 
Como vamos falar sobre as Receitas Orçamentárias, também é 
importante saber que, para fins contábeis, quanto ao impacto na situação 
líquida patrimonial, a receita pode ser “efetiva” ou “não-efetiva”: 
 Receita Orçamentária Efetiva é aquela que, no momento do 
reconhecimento do crédito, aumenta a situação líquida patrimonial da 
entidade. Constitui fato contábil modificativo aumentativo. 
 Receita Orçamentária Não Efetiva é aquela que não altera a situação 
líquida patrimonial no momento do reconhecimento do crédito e, por 
isso, constitui fato contábil permutativo, como é o caso das operações 
de crédito. 
Receitas 
públicas
Orçamentárias
Previstas na LOA
Não previstas na LOA, 
inclusive operações de 
crédito
Extraorçamentári
as
Caráter temporário
Não integram a LOA
Exceções à 
receita 
orçamentária
ARO
Emissões de papel 
moeda
Entradas 
compensatórias
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 (CESPE - AJ TRE GO/Administrativa/2015) Os ingressos 
extraorçamentários, que integram o fluxo financeiro das receitas públicas, não 
têm impacto no patrimônio líquido nem são objeto de programação 
orçamentária. 
Comentários: As receitas extraorçamentárias não são previstas no orçamento 
público e devem ser devolvidas posteriormente. Elas apenas transitam pelo 
orçamento do ente. Assim, não alteram o patrimônio líquido e nem são objeto 
de programação. 
Resposta: Correta. 
 
 
 
Essa classificação é utilizada por todos os entes da Federação e visa 
identificar a origem do recurso segundo o fato gerador. Assim, a 
natureza de receita é a menor célula de informação no contexto orçamentário 
para as receitas públicas e, por isso, contém todas as informações necessárias 
para as devidas alocações orçamentárias. 
A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que ingressam 
nos cofres públicos, estaclassificação é formada por um código numérico de 
oito dígitos que se subdivide em seis níveis – Categoria Econômica, Origem, 
Espécie, Rubrica, Alínea e Subalínea: 
Receita
orçamentária
Efetiva
Aumenta a situação 
líquida patrimonial
Fato contábil 
modificativo 
aumentativo
Não efetiva
Não altera a 
situação líquida 
patrimonial
Fato contábil 
permutativo
Exemplo: operações 
de crédito
2 – Classificações das receitas públicas 
2.1 – Classificação por natureza 
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A classificação por natureza é a de nível mais analítico da receita; por 
isso, auxilia na elaboração de análises econômico-financeiras sobre a atuação 
estatal. 
Vamos agora destrinchar esses níveis. 
 
 Categoria Econômica: A Lei 4.320/64 introduz esse assunto: 
“Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital”. 
Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do exercício 
financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com 
efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e constituem instrumento para 
financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com 
vistas a satisfazer finalidades públicas. 
Em resumo, receitas correntes atendem às despesas correntes, além de 
serem, genericamente falando, receitas efetivas por aumentarem a situação 
líquida patrimonial. São as chamadas receitas de custeio. 
Já as Receitas Orçamentárias de Capital, de forma diversa das Receitas 
Correntes, em geral não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido. Ou seja, 
são consideradas receitas não efetivas, frutos de fato contábil permutativo. 
Destinam-se a atender as despesas de capital. No entanto, algumas receitas 
de capital podem ser efetivas, como as transferências de capital. Servem à 
aquisição ou formação de bens de capital, aqueles capazes de gerar novos 
bens ou serviços, produzindo riqueza. 
Os dispositivos legais (Lei 4.320/64) correspondentes são: 
“§ 1o São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, 
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as 
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de 
direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas 
classificáveis em Despesas Correntes. 
§ 2o São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em 
espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de 
direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis 
em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente”. 
 
C O E R AA SS 
Categoria 
econômica 
Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
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Receitas Correntes Receitas de Capital 
Tributária Operações de crédito 
Contribuições Alienação de bens 
Patrimonial Amortização de empréstimos 
Agropecuária Transferências de capital 
Industrial Outras receitas de capital 
Serviços 
Transferências correntes 
Outras receitas correntes 
 
Uma importante observação: existem as operações 
intraorçamentárias, aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da 
Administração integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade 
social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas 
de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de 
receitas entre seus órgãos. Exemplo: Quando o Ministério da Educação 
transfere algum recurso para o Ministério da Saúde. 
As receitas intraorc ̧amentárias são a contrapartida das despesas 
classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de 
Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e 
do Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, 
possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas 
governamentais. 
A fim de se evitar essa dupla contagem, a SOF incluiu as Receitas 
Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital Intraorc ̧amentárias, 
representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias 
econômicas. Essas classificações não constituem novas categorias econômicas 
de receita, mas apenas especificações das Categorias Econômicas “Receita 
Corrente” e “Receita de Capital”. 
 
 (CESPE - Aud (FUB)/2015) Sob a ótica econômica, as 
receitas estão divididas em receitas correntes e de capital, abrangendo estas 
últimas as operações de crédito, a alienação de bens, a amortização de 
empréstimos, as transferências de capital e outras receitas de capital. 
Comentários: A questão definiu corretamente quais são as receitas de 
capital, dentro da classificação da receita, segundo a categoria econômica. 
Resposta: Correta. 
 
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 Origem: A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas. 
• Receita Tributária – Código 1100.00.00 = trata-se de receita 
derivada cuja finalidade é obter recursos financeiros para o Estado 
custear as atividades que lhe são correlatas. Segundo o art. 3º do 
Código Tributário Nacional, tributo é “toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada”. Já segundo o art. 9º da 
Lei 4.320/64, “Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de 
direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições 
nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, 
destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou 
especificas exercidas por essas entidades”. As espécies de tributos são: 
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. 
 
• Receita de Contribuições – Código 1200.00.00 = O art. 149 da 
CF/88 estabelece que compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de 
interesse das categorias profissionais ou econômicas. Os Estados, o DF 
e os Municípios podem instituir contribuição, cobrada de seus 
servidores, para o custeio de regimes previdenciários, em benefício 
deles mesmos. Assim, são espécies de contribuições: contribuições 
sociais (como CSLL), de intervenção no domínio econômico (como a 
CIDE), de interesse das categorias profissionais (como a OAB, CRM, 
SESI, etc.) e a contribuição de iluminação pública (Municípios e DF). 
Percebam que receitas de contribuições são diferentes de 
contribuições de melhoria (espécie de tributo), ok? 
Categoria 
econômica
Receitas correntes -
1
Efetivas
Custeio
Receitas correntes
intraorçamentárias -
7
Receitas de capital -
2
Não efetivas
Exceto 
transferências 
de capital
Aquisição ou 
formação de bens 
de capital
Receitas de capital
intraorçamentárias -
8
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• Receita Patrimonial – Código 1300.00.00 = São receitas 
provenientes da fruição do patrimônio de ente público, como por 
exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e 
participações societárias. Não advém do poder coercitivo do Estado. 
Podemos citar como espécies de receita patrimonial as compensações 
financeiras, concessões e permissões, aluguéis, arrendamentos, etc. 
Pela Lei 4.320/64 são: receitas imobiliárias, receitas de valores 
mobiliários, participações e dividendos, outras receitas patrimoniais. 
 
• Receita Agropecuária – Código 1400.00.00 = Decorremda 
exploração econômica, por parte do ente público, de atividades 
agropecuárias, tais como a venda de produtos: agrícolas (grãos, 
tecnologias, insumos etc.); pecuários (sêmens, técnicas em 
inseminação, matrizes etc.); para reflorestamento e etc. 
 
• Receita Industrial – Código 1500.00.00 = São receitas provenientes 
de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da 
indústria de transformação; da indústria de construção; e outras 
receitas industriais de utilidade pública. 
 
• Receita de serviços – Código 1600.00.00 = São receitas decorrentes 
das atividades econômicas na prestação de servic ̧os por parte do ente 
público, tais como: comércio, transporte, comunicação, servic ̧os 
hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Tais 
servic ̧os são remunerados mediante preço público ou tarifa. 
 
• Transferências correntes – Código 1700.00.00 = São recursos 
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado 
destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento 
relacionadas a uma finalidade pública específica, mas que não 
correspondam a uma contraprestação direta em bens e serviços a quem 
efetuou a transferência. Podemos citar como exemplos as seguintes 
espécies: convênios e doações. Pela Lei 4.320/64 são: multas, 
contribuições, cobrança de dívida ativa e outras. 
 
• Outras receitas correntes – Código 1900.00.00 = São as multas e 
juros de mora, indenizações e restituições, receitas da dívida ativa e 
outras receitas que não se enquadrem em outras classificações (por 
exclusão). 
 
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Prof Daniel Façanha 
 
 
Prof. Daniel Façanha 10 de 28 
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• Operações de Crédito – Código 2100.00.00 = São recursos 
financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratac ̧ão 
de empréstimos obtidas junto a entidades públicas ou privadas, internas 
ou externas. São espécies desse tipo de receita: Operações de crédito 
internas e operações de crédito externas. Os empréstimos 
compulsórios, embora sejam espécie de tributo, são 
consideradas operações de crédito porque preveem devolução ao 
contribuinte. E lembrem que operação de crédito por antecipação 
de receita (ARO) é receita extraorçamentária. 
 
• Alienação de bens – Código 2200.00.00 = Receita proveniente da 
alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente público. É 
vedada a aplicação da receita de capital decorrente da alienação de 
bens e direitos que integrem o patrimônio público, para financiar 
despesas correntes, salvo as destinadas por lei aos regimes 
previdenciários geral e próprio dos servidores públicos. Outra 
observação: Bens alienados oriundos de dação em pagamento, de 
processos judiciais ou apreendidos e vendidos são outras 
receitas correntes, e não receitas de capital, já que têm a finalidade 
de quitar dívida não paga. 
 
• Amortização de Empréstimos – Código 2300.00.00 = São o retorno 
de recursos anteriormente emprestados pelo poder público. Aqui cabe 
uma importante distinção: A amortização do empréstimo é receita 
de capital, mas as receitas de juros desse empréstimo são 
receitas correntes – de serviços! 
 
• Transferência de capital – Código 2400.00.00 = São recursos 
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e 
destinados a atender despesas em investimentos e inversões 
financeiras, a fim de satisfazer finalidade pública específica, sem 
corresponder a contraprestação direta do ente transferidor. Como 
vimos, é despesa de capital considerada como efetiva. 
 
• Outras receitas de capital – Código 2500.00.00 = Classificação por 
exclusão. O que não puder entrar nas outras classificações, entra aqui. 
Exemplos: integralização de capital social, resultado do Banco Central 
do Brasil, saldos de exercícios anteriores, etc. 
 
Vejamos um quadro-resumo desse tópico: 
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Prof. Daniel Façanha 11 de 28 
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Receitas correntes 
Receita tributária 
Atividade compulsória do Estado 
Impostos, taxas e contribuições de 
melhoria 
Receita de contribuições 
Diferente de contribuição de 
melhoria (receita tributária) 
Contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico, 
de interesse das categorias 
profissionais e de iluminação 
pública 
Receita patrimonial 
Fruição de patrimônio, não vem do 
poder coercitivo do Estado 
Concessões, permissões, aluguéis 
Receita agropecuária Atividades agropecuárias 
Receita industrial 
Receitas industriais de utilidade 
pública 
Receita de serviços 
Prestação de serviços por parte do 
ente público 
Remuneração por tarifa ou preço 
público 
Transferências correntes 
Destinados a custear despesas 
correntes 
Convênios e doações 
Outras receitas correntes 
Não classificáveis em outras 
origens 
Receitas da dívida ativa, juros, 
indenizações 
Receitas de capital 
Operações de crédito 
Venda de títulos públicos e 
empréstimos 
Internas ou externas 
Empréstimos compulsórios (apesar 
de ser tributo) 
ARO não entra, é receita 
extraorçamentária 
Alienação de bens 
Venda de bens móveis e imóveis 
Não entram: dação em 
pagamento, processos judiciais e 
apreendidos (receitas correntes) 
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Em regra, não podem ser aplicadas 
para financiar despesas correntes 
Amortização de empréstimos 
Retorno dos recursos emprestados 
pelo poder público 
Os juros do empréstimos são 
receitas correntes 
Transferências de capital 
Despesa efetiva 
Destinados a custear despesas de 
capital 
Outras receitas de capital 
Não classificáveis em outras 
origens 
Integralização de capital social, 
resultado do BCB, saldo de 
exercícios anteriores 
 
A Lei 4.320/64 cita o superávit do orçamento corrente como receita 
de capital, mas logo em seguida fala que (art. 11): “§ 3o O superávit do 
Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e 
despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo no 1, 
não constituirá item de receita orçamentária”. 
Que esquisito, não? Vou tentar explicar. O superávit do orçamento 
corrente (SOC) representa a diferença positiva entre o total da arrecadação 
de receitas correntes e o total da execução das despesas correntes em um 
exercício. Ou seja: Receitas correntes > Despesas correntes. 
Dessa forma, se o governo arrecada mais do que gasta com seu custeio, 
a sobra financeira deverá ser aplicada em favor do patrimônio duradouro do 
Estado, para gerar riqueza. Portanto, a vocação do SOC é ser aplicado em 
despesas de capital, sendo, assim, receita de capital. No entanto, trata-se 
de mera estimativa. Se for considerado como receita orçamentária, ocorrerá 
uma duplicidade. 
 
 (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) O superávit do orçamento 
corrente constitui item de receita orçamentária, resultando do balanceamento 
Superávit do 
orçamento 
corrente (SOC)
Receita de capital 
Não é item de 
receita 
orçamentária
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dos totais das receitas e despesas correntes somadas ao passivo circulante e 
divididas pelo total da receita patrimonial. 
 
Comentários: Primeiramente, o SOC não é item de receita orçamentária. 
Depois, a sua definição está incorreta. Trata-se de mera subtração entre 
receitas correntes e despesas correntes. 
Resposta: Errada. 
 
 Espécie: É o nível de classificação vinculado à Origem que permite 
qualificar com maior detalhe o fato gerador das receitas. Por exemplo: 
Categoria Econômica Origem Espécie 
1. Receitas Correntes 7. Receitas 
Correntes Intraorçamentárias 
1. ReceitaTributária 
1. Impostos 
2. Taxas 
3. Contribuições de Melhoria 
2. Receita de 
Contribuições
 
 
1. Sociais 
2. Econômicas 
3. Iluminação Pública 
3. Receita 
Patrimonial 
1. Imobiliárias 
2. Valores Mobiliários 
3. Concessões/Permissões 
4. Compensações Financeiras 
5. Exploração de Bens Públicos 
6. Cessão de Direitos 
9. Outras 
4. Receita 
Agropecuária 
1. Produção Vegetal 
2. Produção Animal 
9. Outras 
5. Receita 
Industrial 
1. Indústria Mineral 
2. Indústria De Transformação 
3. Indústria De Construção 
9. Outras 
6. Receita de 
Serviços 
0. Serviços 
 
1. Receitas Correntes 7. Receitas 
Correntes Intraorçamentárias 
7. Transferências 
Correntes 
2. Intergovernamentais 
3. Instituições Privadas 
4. Do Exterior 
5. De Pessoas 
6. Convênios 
7. Combate à Fome 
9. Outras Receitas 
Correntes 
1. Multas e Juros de Mora 
2. Indenizações e Restituições 
3. Dívida Ativa 
4. Amortização do Déficit 
Atuarial do RPPS 
5. Compensações ao RGPS 
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9. Diversas 
3. Instituições Privadas 
4. Do Exterior 
5. De Pessoas 
6. De Outras Instituições 
Públicas 
7. Convênios 
8. Combate à Fome 
 
Categoria Econômica Origem Espécie 
2. Receitas de Capital 8. Receitas 
de Capital Intraorçamentárias 
1. Operações de 
Crédito 
1. Internas (espécie) 
2. Externas (espécie) 
2. Alienação de 
Bens 
1. Bens Móveis 
2. Bens Imóveis 
3. Amortização de 
Empréstimos 
0. Amortizações 
2. Receitas de Capital 8. Receitas 
de Capital Intraorçamentárias 
4. Transferências 
de Capital 
2. Intergovernamentais 
3. Instituições Privadas 
4. Do Exterior 
5. De Pessoas 
6. De Outras Instituições 
Públicas 
7. Convênios 
8. Combate à Fome 
5. Outras Receitas 
de Capital 
2. Integralização Do Capital 
3. Resultado do BCB 
4. Remuneração 
Disponibilidades do TN 
5. Dívida Ativa da Amortização 
de Empréstimos e 
Financiamentos 
6. Dívida Ativa da Alienação de 
Estoques de Café́ 
7. Detentores de Títulos do 
Tesouro Resgatados 
8. Certificados de Potencial 
Adicionais de Construção 
9. Outras 
 
 Rubrica: Agrega determinadas espécies de receitas cujas 
características próprias sejam semelhantes entre si; dessa forma, 
detalha a espécie, por meio da especificação dos recursos financeiros 
que lhe são correlatos. Por exemplo, a rubrica “Impostos sobre o 
Patrimônio e a Renda” corresponde ao detalhamento da Espécie 
“Impostos”. 
 
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 Alínea: A alínea é o detalhamento da Rubrica e exterioriza o “nome” da 
receita que receberá o registro pela entrada de recursos financeiros. Por 
exemplo, a alínea “Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer 
Natureza” corresponde ao detalhamento da Rubrica “Impostos sobre o 
Patrimônio e a Renda”. 
 
 Subalínea: A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, 
utilizado quando há necessidade de se detalhar a Alínea com maior 
especificidade. Por exemplo, a subalínea “Pessoas Físicas” é 
detalhamento da Alínea “Impostos sobre a Renda e Proventos de 
Qualquer Natureza”. 
 
 
 Não sabemos se essas alterações serão cobradas tão cedo na sua prova, 
mas, na dúvida, vamos tentar entender melhor do que se trata: 
 Para o exercício de 2016, entrou em vigor uma nova estrutura de 
codificação das Naturezas de Receita, de forma a prover melhorias na 
estrutura de formação dos códigos da classificação, aplicando lógica 
integralmente voltada para a gestão das receitas orçamentárias. A nova 
proposta estrutura os códigos de forma a prover celeridade, simplicidade e 
transparência. 
 A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma 
imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: Multas e Juros, 
Dívida Ativa, Multas e Juros da Dívida Ativa. A associação é efetuada por meio 
de um código numérico de 8 dígitos, cujas posições ordinais passam a ter o 
seguinte significado: 
 
 Categoria econômica – Não houve alteração. 
 Origem – O conceito ficou mais abrangente, englobando arrecadações 
inter-relacionadas em sequência lógico-temporal, a partir de um fato 
gerador inicial. Dessa forma: primeiramente há o fato gerador da 
receita orçamentária propriamente dita, depois ocorre a obrigação de 
recolher multas e juros incidentes sobre essa receita, seguida da 
obrigação de pagar a dívida ativa referente a essa mesma receita. Por 
C O E DDDD T 
Categoria 
econômica 
Origem Espécie 
Desdobramentos p/ 
identificação de 
peculiaridades da receita 
Tipo 
2.2 – Classificação por natureza – alterações 2016 
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último, temos a obrigação de pagar multas e juros incidentes sobre tal 
dívida ativa. Percebam que há 4 estágios da receita inicial, decorrentes 
do seu possível não pagamento, que agora ficam associados. Quanto 
aos códigos, eles permanecem os mesmos. 
 
 Espécie – Não houve alteração. 
 Desdobramento para identificação de peculiaridades da receita - 
Foram reservados 4 dígitos para desdobramentos com a finalidade de 
identificar peculiaridades de cada receita, caso seja necessário. Desse 
modo, esses dígitos podem ou não ser utilizados conforme a 
necessidade de especificação do recurso, ou seja, esse desdobramento 
não é obrigatório. No caso de receitas exclusivas de Estados e 
Municípios, o quarto dígito utilizará o número “8”. 
 Tipo - O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita, 
tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere 
aquela natureza, de acordo com as alterações trazidas na Origem 
dessa nova classificação: 
0 Natureza de receita não valorizável ou agregadora 
1 Arrecadação Principal da receita 
2 Multas e Juros de Mora da respectiva receita 
3 Dívida Ativa da respectiva receita 
4 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva 
receita 
 
 Assim, todo código de natureza de receita será finalizado com um 
dos dígitos mencionados, e as arrecadações de cada recurso – sejam 
elas da receita propriamente dita ou de seus acréscimos legais – ficarão 
agrupadas sob um mesmo código, sendo diferenciadas apenas no 
último dígito, conforme detalhamento a seguir: 
1 - Receita 
original
2 - Multas e 
juros da 
receita 
original
3 - Dívida 
ativa
4 - Multas e 
juros da 
dívida ativa
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 Para finalizar o tema, essa classificação deve ser observada a partir do 
exercício financeiro de 2016 para a União, e a partir do exercício financeiro 
de 2018 para estados, municípios e DF. 
 
 
A classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da 
origem do recurso segundo o seu fato gerador. Já vimos isso. No entanto, 
existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos 
recursos arrecadados. Assim, foi instituído pelo governo federal um 
mecanismo denominado fontes de recursos. 
A classificação orçamentária por fontes/destinações de recursos tem 
como objetivo de identificar as fontes de financiamento dos gastos públicos. 
As fontes/destinações de recursos reúnem certas Naturezas de Receita. Por 
meio do orçamento público, essas fontes/destinações são associadas a 
determinadas despesas de forma a evidenciar os meios para atingir os 
objetivos públicos. 
Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de 
fonte/destinação de recursos exerce um duplo papel no processo 
orçamentário. Para a receita, essecódigo tem a finalidade de indicar a 
destinação de recursos para a realização de determinadas despesas. Para a 
despesa, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, 
mesmo código utilizado para controle das destinações da receita orçamentária 
também é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da 
despesa orçamentária. 
Para tanto, a classificação por fonte/ destinação de recursos identifica se 
os recursos são vinculados ou não e, no caso dos vinculados, pode indicar a 
sua finalidade. A destinação pode ser classificada em: 
2.3 – Classificação por fonte e destinação de recursos 
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Cabe lembrar que a criação de vinculações para as receitas deve ser 
pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, 
seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos. 
Outro tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de 
empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade 
específica. 
A utilização da classificação por fonte ou destinação de recursos não 
significa uma padronização dessa codificação na federação, mas somente uma 
forma de identificar a informação necessária à elaboração das declarações. 
Exemplo: 
000 Recursos Ordinários 
 
011 Receitas de Impostos e de Transferência de Impostos - Educação 
012 Transferências do FUNDEB 60% 
 
013 Transferências do FUNDEB 40% 
 
014 Transferência de Recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento 
da Educação - FNDE 
015 Transferências de Convênios - Educação 
 
019 Outros Recursos Destinados à Educação 
 
021 Receitas de Impostos e de Transferência de Impostos - Saúde 
022 Transferência de Recursos do Sistema Único de Saúde - SUS 
023 Transferências de Convênios - Saúde 
 
029 Outros Recursos Destinados à Saúde 
 
031 Transferência de Recursos do Fundo Nacional de Assistência Social 
032 Transferências de Convênios - Assistência Social 
 
039 Outros Recursos Destinados à Assistência Social 
 
041 Recursos destinados ao RPPS - Plano Previdenciário 
042 Recursos destinados ao RPPS - Plano Financeiro 
 
050 Recursos destinados ao RGPS 060 Recursos próprios dos consórcios 
070 Recursos de Operações de Crédito 
 
071 Recursos de Alienação de Bens/Ativos 
 
090 Outras Destinações Vinculadas de Recursos 
 
 
 
Classificação 
por fonte e 
destinação de 
recursos
Destinação 
vinculada
Vinculação entre 
origem e 
aplicação de 
recursos
Destinação 
ordinária
Alocação livre 
entre origem e 
aplicação de 
recursos
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Esta classificação orçamentária da receita não tem caráter obrigatório 
para todos os entes e foi instituída para a União com o objetivo de identificar 
quais são as receitas e as despesas que compõem o resultado primário do 
Governo Federal, que é representado pela diferença entre as receitas 
primárias e as despesas primárias. 
As receitas do Governo Federal podem ser divididas entre primárias e 
não primárias (financeiras). O primeiro grupo refere-se 
predominantemente a receitas correntes e é composto daquelas que advêm 
dos tributos, das contribuições sociais, das concessões, etc. Já o segundo 
grupo são aquelas que não contribuem para o resultado primário ou não 
alteram o endividamento líquido do Governo (setor público não financeiro) no 
exercício financeiro correspondente, uma vez que criam uma obrigação ou 
extinguem um direito, ambos de natureza financeira, alterando 
concomitantemente o ativo e o passivo financeiros. Ou seja, são basicamente 
as receitas de capital. 
 
 (CESPE - AnaTA CADE/2014) A classificação da receita por 
identificador de resultado divide as receitas públicas entre aquelas 
relacionadas com o resultado fiscal e as relacionadas com o resultado 
operacional. 
Comentários: Essa classificação divide as receitas públicas entre primárias e 
não primárias (financeiras), ambas relacionadas ao cálculo do resultado 
primário. 
Resposta: Errada. 
 
 
Classificação 
por indicador 
de resultado 
primário
Receitas 
primárias
Contribuem 
para o 
resultado
Receitas 
correntes
Receitas 
não 
primárias
Não 
contribuem 
para o 
resultado
Receitas de 
capital = 
financeiras
Resultado primário = 
Receitas primárias -
Despesas primárias
2.4 – Classificação por indicador de resultado primário 
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 As classificações oficiais nós já vimos. Veremos agora algumas 
abordadas nos livros e que às vezes caem em prova. 
 
 Quanto ao poder de tributar: Classifica as receitas segundo o poder 
de tributar que compete a cada ente da federação, considerando e 
distribuindo as receitas obtidas como pertencentes aos respectivos 
entes: governo federal, estadual, municipal e distrital. 
 
 Quanto à regularidade: 
• Ordinárias = receitas permanentes e estáveis que ingressam no 
Tesouro, arrecadados regularmente em cada período financeiro, ou 
seja, possuem característica de continuidade. Exemplo: receitas 
correntes tributárias. 
• Extraordinárias = ingressos de caráter não continuado e inconstante, 
provenientes de calamidade pública, guerras, doações, etc. Exemplos: 
empréstimos compulsórios, heranças, doações. 
 
 Quanto à coercitividade: 
• Originárias = receita procedente da exploração do patrimônio público, 
no qual o Estado atua como particular por meio da exploração de 
atividades privadas, como serviços comerciais, industriais e outros 
rendimentos decorrentes das locações, aluguéis de imóveis e inversões 
financeiras. São obtidas de forma voluntária e espontânea, sem 
dependerem de prévia autorização legal. Estão sujeitas à cobrança de 
preço ou tarifa pelo serviço público oferecido. Exemplos: energia 
elétrica, telefone, água, receitas da venda do petróleo, etc. 
• Derivadas = receitas provenientes do exercício do poder de tributar, 
por parte do Estado, os rendimentos ou o patrimônio da coletividade. 
Dependem de poder coercitivo e disposição legal. Exemplos: tributos, 
empréstimos e contribuições compulsórias, etc. 
 
 (CESPE - AA ANTT/Administração/2013) A classificação 
das receitas e despesas públicas em originárias e derivadas, que não é 
normatizada pela legislação, restringe-se ao estudo acadêmico do orçamento, 
não sendo utilizada como classificador oficial da receita pública. 
2.5 – Outras classificações doutrinárias 
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Comentários: Essa classificação apresentada, no caso quanto à 
coercitividade, é apenas doutrinária. 
Resposta: Correta. 
 
 
 
 
Alguns autores separam etapas de estágios para fins didáticos, sendo 
etapas do processo orçamentário das receitas públicas: planejamento, 
execução e controle e avaliação; e estágios da execução da receita 
pública: lançamento, arrecadação e recolhimento. No entanto, se os 
estágios vierem como etapas, não tem problema, ok? 
 
C
la
s
s
if
ic
a
ç
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e
s
 
d
o
u
tr
in
á
r
ia
s
Quanto ao 
poder de 
tributar
Federal
Estadual / 
Distrital
Municipal
Quanto à 
regularidade
Ordinárias
permanentes e 
estáveis
Extraordinárias inconstantes 
Quanto à 
coercitividade
Originárias 
Exploração do 
patrimônio público
atividades privadas
Não depende de lei
Derivadas
exercício do poder 
de tributar
poder coercitivo 
disposição legal
3 – Etapas e estágios da receita orçamentária 
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www.exponencialconcursos.com.brPlanejamento: 
Compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária 
constante da Lei Orçamentaria Anual (LOA), resultante de metodologias de 
projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF). 
A previsão de receitas é a etapa que antecede à fixação do montante de 
despesas que irão constar nas leis de orçamento, além de ser base para se 
estimar as necessidades de financiamento do governo. Além disso, é 
necessário analisar o comportamento de arrecadação mês a mês, visto que as 
receitas que superarem a previsão inicial constituem-se em fonte para a 
abertura de créditos adicionais. 
Em relação à sua importância em relação à fixação da despesa: o 
montante de despesa não poderá, em princípio, superar a arrecadação 
estimada (princípio do equilíbrio). Assim, é esperado que a previsão da receita 
obedeça a rigorosos modelos de projeção, já que dela dependerá a definição 
do volume do orçamento seguinte. E isso é tão importante e crucial para a 
execução orçamentária que a LRF impede a reestimativa de receitas por 
critérios políticos ou circunstanciais: 
“Art. 12, § 1o. Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo 
só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou 
legal”. 
Etapas
Planejamento
Execução e 
controle
Avaliação
Estágios
Lançamento
Arrecadação
Recolhimento
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Vejam o que diz o art. 12 da LRF: 
“Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e 
legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação 
do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro 
fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua 
evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes 
àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas 
utilizadas”. 
 
 
Execução e Controle: 
Desde sua inclusão na proposta orçamentária até seu recolhimento ao 
caixa único do Tesouro Nacional, a receita pública percorre os estágios (ou 
etapas): lançamento, arrecadação e recolhimento. 
 
 Lançamento: 
Segundo a Lei 4.320/64: 
 “Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o 
 estabeleça, nenhum será cobrado em cada exercício sem prévia 
 autorização orçamentária, ressalvados a tarifa aduaneira e o imposto 
 lançado por motivo de guerra. 
Previsão de 
receitas
Antecede fixação de 
despesas
Base para estimar 
necessidades de 
financiamento do governo
Possível abertura de 
créditos adicionais se 
superar a previsão
Previsões de 
receita
Normas técnicas e legais
Considera os efeitos
Alterações na legislação
Inflação
Crescimento econômico
Acompanha os 
demonstrativos
Evolução nos últimos 3 anos
Projeção para os 2 anos 
seguintes
Metodologia de cálculo
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 Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer 
outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou 
contrato. 
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que 
verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e 
inscreve o débito desta”. 
 
Segundo o CTN (Código Tributário Nacional): 
“Art. 142 Lançamento é o procedimento administrativo que verifica a 
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determina a 
matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito 
passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível. 
Uma vez ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro contábil do 
crédito tributário em favor da fazenda pública em contrapartida a uma 
variação patrimonial aumentativa. 
 
Percebam que nem todas as receitas passam pelo estágio do 
lançamento porque nem todas passam pelos passos expostos no art. 142 do 
CTN. Nas operações de crédito, por exemplo, não identificamos matéria 
tributável e nem sujeito passivo. Assim, a etapa de lançamento situa-se no 
contexto de constituição do crédito tributário, ou seja, aplica-se a impostos, 
taxas e contribuições de melhoria. 
 
Existem três espécies de lançamento: 
• De ofício – efetuado pela Administração, sem a participação do 
contribuinte. Exemplo: IPVA e IPTU; 
• Por declaração - o sujeito passivo presta as informações necessárias ao 
lançamento. Exemplo: ITR, IRPF; 
• Por homologação – o sujeito passivo antecipa o pagamento, sem prévio 
exame da autoridade competente. Exemplo: ICMS. 
Lançamento 
Ocorrência 
do fato 
gerador
Determina 
matéria 
tributável
Calcula 
montante do 
tributo 
devido
Identifica o 
sujeito 
passivo
Se for o 
caso, propõe 
penalidades
Procedimento administrativo
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 (CESPE - Ana MPU/Apoio Técnico 
Administrativo/Atuarial/2015) Qualquer renda com vencimento 
determinado em lei, regulamento ou contrato é objeto de lançamento. 
Comentários: Está na Lei 4.320/64: “Art. 52. São objeto de lançamento os 
impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em 
lei, regulamento ou contrato”. 
Resposta: Correta. 
 
 Arrecadação: 
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos 
contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou 
instituições financeiras autorizadas pelo ente. Vale destacar que, segundo o 
art. 35 da Lei no 4.320/1964, pertencem ao exercício financeiro as receitas 
nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o 
ingresso das receitas públicas. Já vimos isso, não é? 
Assim, na prática, a arrecadação corresponde ao momento em que o 
contribuinte comparece ao banco e efetua o pagamento da obrigação. 
Percebam que o dinheiro ainda não chegou à conta do Tesouro Nacional. 
Portanto, a arrecadação não corresponde ainda à disponibilização dos recursos 
financeiros para uso do ente público. 
Segundo a Lei 4.320/64: 
“Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das 
 importâncias que arrecadarem. 
Lançamento
Aplica-se a 
Impostos diretos 
Taxas
Constribuições de melhoria
Rendas com vencimento determinado 
em lei ou contrato
Espécies
De ofício
Por declaração
Por homologação
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§ 1º Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga a soma 
 arrecadada, proveniência e classificação, bem como a data a assinatura 
 do agente arrecadador. 
§ 2º Os recibos serão fornecidos em uma única via. 
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei 
 serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, 
 todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações 
 de crédito, ainda que não previstas no Orçamento”. 
 
A arrecadação pode ser: 
• Direta – realizada por agência bancária credenciada ou por repartição 
administrativa do Estado; 
• Indireta – o valor é retido dos contribuintes, para posterior pagamento. 
Exemplo: empresas que retêm o IRPF do salário dos empregados, para 
depois recolher à Receita Federal. 
 
 
 
 Recolhimento: 
É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, 
responsável pela administração e controle da arrecadação e programação 
financeira, observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa, 
conforme determina o art. 56 da Lei no 4.320, de 1964, a seguir transcrito: 
“Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita 
observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer 
fragmentação para criação de caixas especiais”.Trata-se do controle centralizado dos recursos arrecadados pelo 
governo, sem possibilidade de criação de caixas especiais (fragmentados). 
Sabem aqueles valores que foram arrecadados no estágio anterior? 
Agora os agentes administrativos e os bancos autorizados os repassam à 
conta única do Tesouro Nacional. 
Arrecadação
Direta Indireta
Dinheiro ainda nao 
chegou ao Tesouro 
Nacional
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Avaliação: 
O controle e a avaliação das receitas públicas correspondem à 
fiscalização que deve ser realizada pela própria Administração, pelos órgãos de 
controle e pela sociedade. O controle do desempenho da arrecadação deve ser 
realizado em consonância com a previsão da receita, destacando as 
providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e do combate à 
sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa 
e judicial, bem como as demais medidas de incremento das receitas 
tributárias. 
 
Vamos parar por aqui? Veja o arquivo de questões para mais 
exercícios. 
 
Lançamento Arrecadação
Recolhimento à Conta 
Única do Tesouro 
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JUND, Sergio. Administração, Orçamento e Contabilidade pública: teoria 
e questões. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2006. 
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 17ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2017. 
MINISTÉRIO DA FAZENDA, Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 6ª ed. Brasília, 2015. 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, Secretaria de 
Orçamento Federal. Manual Técnico do Orçamento – MTO.Brasília, 2018. 
PALUDO, Augustinho. Orçamento Público, AFO e LRF: teoria e questões. 
7ª.ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2017. 
 
 
Referencial Bibliográfico 
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