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Análise Micro e Macroscópica de Amostras e Alterações Farmacêutico Robert Rosas Filho PARASITOLOGIA CLÍNICA Objetivos da aula • Importância do exame; • Etapas da análise • Principais achados clínicos • Importância: contexto clínico, epidemiológico e laboratorial 2 Parasitoses intestinais • Parasitoses merecem atenção- grande problema de saúde pública; • Alta taxa de mortalidade em países em desenvolvimento; • Relacionado às condições sócio econômicas e ambientais, ausência de saneamento; 3 Parasitoses intestinais • Podem causar agravos: obstrução intestinal (A. lumbricoides) • Desnutrição (A. lumbricoides); • Anemia ferropriva (ancilostomídeos); • Diarreia e má absorção (Entamoeba hstolytica e Giardia lamblia); 4 Parasitoses intestinais • A partir do EPF podem ser identificados diferentes estágios de vida: ovos, larvas, trofozoítos, cistos, oocistos e esporos. • Para garantia da identificação, todas etapas devem ser exatas: coleta, transporte, preservação e manipulação correta. 5 Coleta e preparação de amostras • Tipo de amostra: fezes, sangue, urina e secreções; • Regras de coleta: frascos com e sem conservantes; • Erros comuns! • Conservantes e transporte interferem na análise macro e microscópica; 6 Coleta e preparação de amostras • Coleta direto no frasco ou superfície limpa; • Não coletar amostras diretamente no solo; • Atenção no tempo entre coleta e início de análises, alguns estágios não sobrevivem por muito tempo- ex: trofozoítos; 7 Análise de Consistência das fezes • ESCALA DE BRISTOL PARA CONSISTÊNCIA DE FEZES - EBCF 8 Análise de Consistência das fezes • Fezes líquidas (diarreicas) ou pastosas – Mais frequência trofozoítos; • Fezes consistentes- cistos; • Fezes aquosas- dificultam identificação de ovos e larvas de helmintos devido a diluição; 9 Análise macroscópica • Aspectos gerais das fezes: cor, consistência, odor, muco e sangue (presença ou ausência) • Alterações macroscópicas relevantes: presença de vermes adultos, segmentos de Taenia, muco/ sangue visível; • Interpretação clínica dos achados – relação com doenças e sintomas; 10 Análise microscópica- Introdução • Técnicas de preparação- solução salina, lugol, métodos de concentração • Microscopia direta- vantagens e limitações • Exames de concentração, Faust, Ritchie ( comparação) 11 Análise microscópica - Protozoários • Trofozoítos e cistos de protozoários intestinais (Entamoeba e Giardia) • Cistos com importância clínica- morfologia comparativa. • Coloração e diferenciação – tricrômico, hematoxilina férrica 12 Análise microscópica - Helmintos • Ovos de nematódeos (Ascaris, Trichuris e Enterobius); • Ovos de Cestódeos e Trematódeos – Identificação pela morfologia • Larvas em amostras clínicas- Strongyloides stercolaris 13 Alterações Clínicas Associadas • Diarreia, esteatorreia, muco e/ou sangue • Exame de sangue periférico: microfilárias e plasmodium • Exame de urina: Schistosoma haematobium, Trichomonas vaginalis. • Exame de secreções: escarro, líquor e fluido vaginal 14 Discussão Integrada • Correlação Clínico-laboratorial – achados na prática • Erros de interpretação- artefatos e pseudoparasitas; 15 Técnica Finalidade Descrição / Procedimento Interpretação dos Resultados Vantagens Exame direto a fresco (solução salina e lugol) Detectar trofozoítos móveis, cistos, ovos e larvas em fezes Uma pequena porção de fezes é suspensa em solução salina e/ou lugol e observada em microscopia óptica Presença de estruturas parasitárias visíveis (mobilidade, morfologia, cor) Rápido, baixo custo, permite observar formas móveis Método de Hoffman, Pons e Janer (HPJ) – sedimentação espontânea Concentração de ovos, larvas e cistos de protozoários Fezes em contato com água; parasitos sedimentam no fundo do cálice após algumas horas Estruturas parasitárias no sedimento ao microscópio Fácil execução, sem equipamentos complexos, alta sensibilidade para ovos pesados Método de Faust (centrífugo- flutuação com sulfato de zinco) Concentração de cistos de protozoários e alguns ovos leves Suspensão fecal é centrifugada com solução de ZnSO₄, parasitos flutuam e são recuperados na superfície Identificação de cistos e alguns ovos no sobrenadante Mais sensível para protozoários (Giardia, Entamoeba) Método de Willis-Mollay (flutuação simples) Pesquisa de ovos leves (ex.: Ancylostoma) Fezes misturadas com solução saturada de NaCl; ovos flutuam e aderem à lâmina Ovos flutuantes observados em microscopia Rápido, barato, útil para helmintos leves Método de Kato-Katz Quantificação de ovos de helmintos (helmintíases intestinais) Fezes peneiradas e comprimidas sob lâmina com glicerina-malachite green Contagem de ovos por grama de fezes (EPG) Método padrão OMS para estudos epidemiológicos, fornece intensidade da infecção Método de Baermann-Moraes Pesquisa de larvas vivas de helmintos (Strongyloides, Ancylostoma) Fezes suspensas em gaze dentro de funil com água morna → larvas migram para o fundo do funil Presença de larvas móveis no sedimento Alta sensibilidade para estrongiloidose Fita gomada de Graham (swab anal) Diagnóstico de Enterobius vermicularis Fita adesiva aplicada na região anal pela manhã, antes da higiene Presença de ovos de E. vermicularis na fita sob microscópio Simples, não invasivo, específico Exames de sangue (gota espessa e esfregaço delgado) Diagnóstico de hemoparasitos (malária, tripanossomíase, leishmaniose) Coloração com Giemsa; gota espessa aumenta sensibilidade, esfregaço delgado mostra morfologia Presença e espécie de protozoários sanguíneos Alta sensibilidade (gota espessa) e boa caracterização da espécie (esfregaço) Sorologia (ELISA, IFI, imunocromatografia) Pesquisa de anticorpos ou antígenos parasitários Soro do paciente é testado contra antígenos específicos Reação positiva indica exposição ou infecção ativa (dependendo do teste) Rápido, útil para formas extraintestinais (toxoplasmose, leishmaniose) PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) Diagnóstico molecular de parasitos Detecção de DNA/RNA de parasitos em sangue, fezes ou tecidos Presença de fragmentos genômicos específicos Alta sensibilidade e especificidade; útil em casos de baixa carga parasitária 16 Slide 1: Análise Micro e Macroscópica de Amostras e Alterações Slide 2: Objetivos da aula Slide 3: Parasitoses intestinais Slide 4: Parasitoses intestinais Slide 5: Parasitoses intestinais Slide 6: Coleta e preparação de amostras Slide 7: Coleta e preparação de amostras Slide 8: Análise de Consistência das fezes Slide 9: Análise de Consistência das fezes Slide 10: Análise macroscópica Slide 11: Análise microscópica- Introdução Slide 12: Análise microscópica - Protozoários Slide 13: Análise microscópica - Helmintos Slide 14: Alterações Clínicas Associadas Slide 15: Discussão Integrada Slide 16