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Aula 08_Apostila

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Aula 07
CNU - Passo Estratégico de Diversidade
e Inclusão na Sociedade - 2025
(Pós-Edital)
Autor:
Bruno Bezerra, Raphael Rabelo
Parreira
08 de Agosto de 2025
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4.2. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICOS DA INCLUSÃO DE 
GRUPOS VULNERABILIZADOS: PESSOAS EM SITUAÇÃO DE 
RUA. 
 
Sumário 
Análise Estatística 2 
O que é mais cobrado dentro do assunto? 3 
Roteiro de revisão e pontos do assunto que merecem destaque 3 
Aposta estratégica 14 
Questões estratégicas 18 
Questionário de revisão e aperfeiçoamento 24 
Perguntas 25 
Perguntas com respostas 26 
Lista de Questões Estratégicas 28 
Gabarito 32 
 
Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira
Aula 07
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ANÁLISE ESTATÍSTICA 
Caso algum dos to ́picos possua um “*” significa que, a despeito da estatística apontada, esse 
to ́pico deve ser encarado como muito importante para sua prova, já́ que este possui uma ligação 
muito forte com o concurso em questa ̃o. 
Devido à especificidade do conteúdo programático e à falta de histórico da banca, não foi 
possível produzir uma análise estatística robusta dos temas mais cobrados, divididos por aula 
O que é mais cobrado dentro do assunto? 
No total, foram analisadas 51 questões. Inicialmente considerou-se apenas a banca FGV 
(2021–2025); devido ao baixo número de questões, ampliou-se o período para 2015–2025 e 
incluiu-se também as bancas FCC e Cebraspe (2021 a 2025). 
Considerando os tópicos que compõem assunto dessa aula, possuímos a seguinte distribuição 
percentual: 
Lei ou Tópico Incidência (%) 
Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) 39% 
Decreto 7.053/2009 (Política Nacional PopRua) 29% 
Constituição Federal (direitos sociais) 16% 
Proteção Internacional (direitos humanos) 10% 
Realidade Social (contexto sociopolítico) 6% 
Lei 14.821/2024 (Trab. Digno Pop. de Rua)planos e 
medidas de controle do uso do solo. 
Instrumentos de Planejamento Urbano 
● Planos de urbanização – nacional, regionais e municipais. 
● Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). 
Instrumentos de Controle e Uso do Solo 
● Parcelamento, edificação e utilização compulsórios – combate à subutilização de imóveis. 
Notificação do proprietário para cumprir a destinação obrigatória. 
Prazos: 
○ 1 ano para protocolar o projeto no órgão municipal. 
○ 2 anos para iniciar a construção após aprovação. 
Grandes empreendimentos podem ter uso progressivo em etapas. 
● IPTU progressivo no tempo – aumenta a alíquota para imóveis ociosos. 
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O IPTU progressivo aplica-se somente em caso de descumprimento dos prazos de notificação. Se 
isso ocorrer, a alíquota aumentará anualmente ao longo de 5 anos. Para provas, é importante 
saber que: 
○ As alíquotas progressivas serão estabelecidas em lei específica; 
○ A alíquota não pode ser superior ao dobro da do ano anterior, com limite de 15%; 
○ Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não seja cumprida em 5 anos, a 
alíquota máxima será mantida; 
○ Não é permitida isenção ou anistia decorrente da tributação progressiva. 
● Desapropriação com pagamento em títulos - Após 5 anos de aplicação do IPTU 
progressivo, o imóvel pode ser desapropriado com pagamento em títulos da dívida 
pública. Essa desapropriação deve seguir os seguintes parâmetros: 
○ Requer aprovação prévia do Senado Federal; 
○ Os títulos serão resgatados em até 10 anos; 
○ O pagamento será feito em prestações anuais, iguais e sucessivas; 
○ O montante deve refletir o valor real da indenização; 
○ Aplica-se uma taxa de juros de 6% ao ano. 
Instrumentos de Regularização Fundiária 
● Usucapião Urbana: 
○ Individual – imóvel de até 250m², posse por 5 anos, sem outro imóvel. 
○ Coletiva – imóveis maiores, ocupação por população de baixa renda. 
 
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● Direito de Superfície – permite ao proprietário conceder o uso do imóvel a terceiros. 
 
Outros Mecanismos 
● Direito de Preempção – prioridade do município na compra de imóveis em áreas de 
interesse público. 
Funcionamento 
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1. O Município edita uma lei delimitando a área de interesse e fixa um prazo de validade (até 
5 anos, renovável após 1 ano). 
2. Se um proprietário desejar vender um imóvel nessa área, deve primeiro oferecê-lo ao 
Município. 
3. O Município tem 30 dias para manifestar interesse e apresentar proposta. 
4. Se não houver resposta, o proprietário pode vender para terceiros nas mesmas condições 
oferecidas ao Município. 
Requisitos 
○ O imóvel deve estar dentro da área delimitada. 
○ A venda deve ocorrer dentro do prazo de vigência estabelecido pela lei municipal. 
Finalidade 
○ Regularização fundiária. 
○ Projetos habitacionais de interesse social. 
○ Reserva fundiária para futuras ações urbanísticas. 
○ Ordenamento e direcionamento da expansão urbana. 
○ Implementação de equipamentos urbanos e comunitários. 
● Outorga Onerosa do Direito de Construir – permite que proprietários edifiquem acima do 
limite básico mediante pagamento ao município. O coeficiente de aproveitamento básico 
define a construção máxima sem sobrecarga na infraestrutura. O plano diretor pode 
autorizar essa ampliação em áreas específicas. 
● Operações Urbanas Consorciadas - são intervenções pontuais promovidas pelo município 
para transformar estruturalmente áreas urbanas, melhorar condições sociais e valorizar o 
meio ambiente. Para sua implementação, é necessária uma lei municipal específica que 
defina as áreas abrangidas. 
Essas operações podem incluir medidas como: 
○ Alteração de índices urbanísticos e normas edilícias, considerando o impacto 
ambiental. 
○ Regularização de construções e reformas feitas fora das normas vigentes. 
○ Incentivos a tecnologias que reduzam impactos ambientais e economizem recursos 
naturais. 
A lei específica que trata dessas operações deve conter, no mínimo: 
○ Delimitação da área afetada. 
○ Plano de ocupação e atendimento social à população envolvida. 
○ Objetivos da operação e estudo de impacto de vizinhança. 
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○ Contrapartidas exigidas de beneficiários e forma de controle compartilhado com a 
sociedade civil. 
Os recursos arrecadados pelo município devem ser utilizados exclusivamente na própria 
operação urbana consorciada, garantindo que as licenças concedidas estejam em conformidade 
com o plano aprovado. 
● Transferência do Direito de Construir – permite que o proprietário transfira seu potencial 
construtivo para outro terreno ou venda esse direito a terceiros. O objetivo é controlar a 
densidade urbana conforme o plano diretor, podendo ser utilizado para preservação 
histórica, ambiental e social, além de regularização fundiária. 
● Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - avalia os impactos de um empreendimento na 
qualidade de vida da vizinhança, considerando fatores como adensamento populacional, 
uso do solo, valorização imobiliária e demanda por transporte. O EIV não substitui o 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que analisa impactos no meio físico e 
socioeconômico. 
4.2 - Plano Diretor 
O Plano Diretor é o principal instrumento de planejamento urbano, garantindo a função social da 
propriedade e a expansão ordenada das cidades. 
Principais Regras do Plano Diretor 
● Obrigatório para municípios com mais de 20.000 habitantes e áreas de interesse especial. 
● Abrange todo o território municipal e deve ser revisto a cada 10 anos. 
● Audiências públicas obrigatórias para garantir transparência e participação social. 
● Deve conter: 
○ Áreas sujeitas a parcelamento, edificação e uso compulsório. 
○ Mapeamento de áreas de risco ambiental (deslizamentos e inundações). 
○ Diretrizes para ocupação, infraestrutura e habitação de interesse social. 
Gestão Democrática da Cidade 
● Art. 43 – A população deve participar por meio de: 
○ Conselhos de política urbana. 
○ Debates, audiências e consultas públicas. 
○ Iniciativa popular para leis e projetos urbanos. 
● Art. 44 – O orçamento urbano deve ser debatido publicamente em municípios e regiões 
metropolitanas. 
O Plano Diretor organiza o crescimento urbano e assegura a participação da sociedade na 
definição das políticas públicas. 
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5 - Decreto 7.053/2009 
Definição de População em Situação de Rua 
Grupo heterogêneo caracterizado por: 
● Pobreza extrema e vínculos familiares fragilizados. 
● Ausência de moradia convencional, usando espaços públicos para moradia e sustento. 
● Uso de unidades de acolhimento temporário ou provisório. 
Estrutura da Política 
● Implementação descentralizada entre União, Estados e Municípios. 
● Comitês gestores intersetoriais e possibilidade de convênios com entidades públicas e 
privadas. 
Princípios (Art. 5º): 
Art. 5º São princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da 
igualdade e equidade: 
I - respeito à dignidade da pessoa humana; 
II - direito à convivênciafamiliar e comunitária; 
III - valorização e respeito à vida e à cidadania; 
IV - atendimento humanizado e universalizado; e 
V - respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, 
orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência. 
Diretrizes (Art. 6º): 
Art. 6º São diretrizes da Política Nacional para a População em Situação de Rua: 
I - promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; 
II - responsabilidade do poder público pela sua elaboração e financiamento; 
III - articulação das políticas públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal; 
IV - integração das políticas públicas em cada nível de governo; 
V - integração dos esforços do poder público e da sociedade civil para sua execução; 
VI - participação da sociedade civil, por meio de entidades, fóruns e organizações da população 
em situação de rua, na elaboração, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas; 
VII - incentivo e apoio à organização da população em situação de rua e à sua participação nas 
diversas instâncias de formulação, controle social, monitoramento e avaliação das políticas 
públicas; 
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VIII - respeito às singularidades de cada território e ao aproveitamento das potencialidades e 
recursos locais e regionais na elaboração, desenvolvimento, acompanhamento e monitoramento 
das políticas públicas; 
IX - implantação e ampliação das ações educativas destinadas à superação do preconceito, e de 
capacitação dos servidores públicos para melhoria da qualidade e respeito no atendimento deste 
grupo populacional; e 
X - democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos. 
Objetivos (Art. 7º): 
Art. 7º São objetivos da Política Nacional para a População em Situação de Rua: 
I - assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as 
políticas públicas de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança, 
cultura, esporte, lazer, trabalho e renda; 
II - garantir a formação e capacitação permanente de profissionais e gestores para atuação no 
desenvolvimento de políticas públicas intersetoriais, transversais e intergovernamentais 
direcionadas às pessoas em situação de rua; 
III - instituir a contagem oficial da população em situação de rua; 
IV - produzir, sistematizar e disseminar dados e indicadores sociais, econômicos e culturais sobre 
a rede existente de cobertura de serviços públicos à população em situação de rua; 
V - desenvolver ações educativas permanentes que contribuam para a formação de cultura de 
respeito, ética e solidariedade entre a população em situação de rua e os demais grupos sociais, 
de modo a resguardar a observância aos direitos humanos; 
VI - incentivar a pesquisa, produção e divulgação de conhecimentos sobre a população em 
situação de rua, contemplando a diversidade humana em toda a sua amplitude étnico-racial, 
sexual, de gênero e geracional, nas diversas áreas do conhecimento; 
VII - implantar centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua; 
VIII - incentivar a criação, divulgação e disponibilização de canais de comunicação para o 
recebimento de denúncias de violência contra a população em situação de rua, bem como de 
sugestões para o aperfeiçoamento e melhoria das políticas públicas voltadas para este segmento; 
IX - proporcionar o acesso das pessoas em situação de rua aos benefícios previdenciários e 
assistenciais e aos programas de transferência de renda, na forma da legislação específica; 
X - criar meios de articulação entre o Sistema Único de Assistência Social e o Sistema Único de 
Saúde para qualificar a oferta de serviços; 
XI - adotar padrão básico de qualidade, segurança e conforto na estruturação e reestruturação 
dos serviços de acolhimento temporários, de acordo com o disposto no art. 8º; 
XII - implementar centros de referência especializados para atendimento da população em 
situação de rua, no âmbito da proteção social especial do Sistema Único de Assistência Social; 
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XIII - implementar ações de segurança alimentar e nutricional suficientes para proporcionar 
acesso permanente à alimentação pela população em situação de rua, com qualidade; 
XIV - disponibilizar programas de qualificação profissional para as pessoas em situação de rua, 
com o objetivo de propiciar o seu acesso ao mercado de trabalho. 
Acolhimento Temporário 
● Padrões mínimos de qualidade, segurança e conforto nos serviços de acolhimento. 
● Articulação com programas de moradia popular. 
Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos 
● Criado para atuar na proteção e garantia de direitos da população em situação de rua. 
6 - Resolução 40/2020 
A Resolução 40/2020 do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) reforça a proteção 
dos direitos da população em situação de rua, repetindo conceitos e princípios do Decreto nº 
7.053/2009. 
A Resolução fortalece a proteção dos direitos dessa população, garantindo dignidade, segurança 
e acesso à justiça. 
Direitos Humanos, Cidade e Moradia 
● O Estado deve garantir o direito à moradia e assegurar: 
○ Ir e vir livremente. 
○ Permanência em espaços públicos. 
○ Acesso a serviços públicos. 
● Domicílios improvisados são invioláveis e agentes públicos não podem recolher 
documentos ou pertences dessas pessoas. 
Direitos Humanos e Segurança Pública 
● Proibição de abordagens abusivas pela polícia. 
● Vedada a retirada de documentos e objetos pessoais. 
● Proibição de prisões arbitrárias e de buscas pessoais sem justificativa concreta. 
● Revistas policiais devem ser feitas por agentes do mesmo gênero da pessoa abordada. 
Direitos Humanos e Sistema de Justiça 
● Atendimento prioritário e sem burocracia nos órgãos do sistema de justiça. 
● Falta de documentos não pode impedir atendimento. 
● Defensoria Pública e Ministério Público devem garantir suporte itinerante e sem 
agendamento. 
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● Processos judiciais devem tramitar com prioridade. 
● Ausência de moradia não pode ser motivo para prisão ou penas mais severas. 
7 - Regularização Fundiária Urbana 
7.1 - Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) 
O PMCMV foi criado para garantir acesso à moradia digna para famílias de baixa renda na zona 
urbana e rural. O programa funciona por meio de construção de moradias pelo poder público e 
financiamento com condições especiais. 
Os beneficiários do PMCMV devem atender aos seguintes requisitos: 
1. Renda mensal familiar de até R$ 4.650,00. 
2. Faixas de renda definidas pelo Poder Executivo Federal. 
3. Prioridade para: 
○ Famílias em áreas de risco, insalubres ou desabrigadas por desastres naturais. 
○ Mulheres chefes de família. 
○ Famílias com pessoas com deficiência. 
7.2 - Provimento 44 do CNJ 
Regulamenta a regularização fundiária urbana, especialmente para populações de baixa renda. 
Essa regulamentação facilita a formalização da posse de imóveis, garantindo segurança jurídica e 
acesso à moradia regularizada. 
Principais regras: 
● Processo de regularização simplificado, sem necessidade de decisão judicial ou 
intervenção do Ministério Público. 
● Isenção de custas e emolumentos para imóveis de até 70 m². 
● Registro pode ser feito diretamente em cartório, sem exigência de comprovação de 
tributos. 
APOSTA ESTRATÉGICA 
A ideia desta seção é apresentar os pontos doconteúdo que mais possuem chances de serem 
cobrados em prova, considerando o histórico de questões da banca em provas de nível 
semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos entendimentos 
doutrinários e jurisprudenciais. 
 
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O tema de maior relevância desta aula, conforme o levantamento estatístico apresentado no 
tópico "O que é mais cobrado dentro do assunto?" deste relatório, é a Lei 10.257/2001 (Estatuto 
da Cidade). Esse tema possui incidência relativa de 39%. A seguir, destacam-se os principais 
aspectos sobre o assunto. 
1. Finalidade e fundamento 
● Concretiza o art. 182 da Constituição Federal. 
● Define diretrizes gerais da política urbana para assegurar: 
○ Função social da cidade. 
○ Função social da propriedade. 
● Objetivo central: orientar o Poder Público, especialmente o municipal, no ordenamento 
territorial, promoção do bem-estar coletivo e inclusão social. 
2. Princípios norteadores 
● Gestão democrática. 
● Justiça social. 
● Sustentabilidade ambiental. 
● Segurança jurídica. 
● Combate à especulação imobiliária. 
● Ampliação do direito à moradia. 
3. Diretrizes do art. 2º 
● Oferta de equipamentos urbanos e comunitários. 
● Acessibilidade universal. 
● Planejamento participativo. 
● Vedação de técnicas construtivas hostis contra população em situação de rua. 
○ Proibição expressa de materiais ou estruturas voltados a afastar pessoas vulneráveis 
dos espaços públicos. 
4. Plano diretor 
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● Instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. 
● Obrigatório para municípios com mais de 20 000 habitantes. 
● Deve ser aprovado por lei municipal e revisto a cada dez anos. 
● Define: 
○ Zonas de adensamento. 
○ Áreas de proteção ambiental. 
○ Prioridades de investimento público. 
● Descumprimento das regras permite sanções ao proprietário que não utilize 
adequadamente o solo urbano. 
5. Combate à retenção improdutiva de terrenos 
● Sequência de instrumentos: 
1. Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios. 
2. IPTU progressivo no tempo. 
3. Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública (resgate em até 10 
anos). 
● Persistindo a ausência de função social, admite-se destinação para habitação de interesse 
social. 
6. Ampliação do acesso à terra urbana 
● Usucapião especial urbana: área de até 250 m², ocupada por 5 anos ininterruptos e sem 
oposição, destinada à moradia. 
● Usucapião coletiva: para ocupações consolidadas por população de baixa renda (art. 10). 
● Direito de preempção: preferência do Município na compra de imóveis à venda em áreas 
delimitadas. 
● Exigência do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para licenciamento de 
empreendimentos com significativo impacto. 
7. Participação social e integração de políticas 
● Mecanismos de participação: 
○ Audiências públicas. 
○ Conselhos. 
○ Conferências. 
● Integração de políticas setoriais: habitação, mobilidade, saneamento, meio ambiente. 
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● Objetivo final: cidades sustentáveis e inclusivas, combate à desigualdade e concretização 
do direito à moradia adequada. 
Instrumento urbanístico Objetivo central 
Aplicação prática 
(exemplos típicos) 
Artigos da 
Lei 10.257/2001 
Plano Diretor 
Servir de instrumento 
básico da política de 
desenvolvimento e 
expansão urbana, 
garantindo a função social 
da cidade e da 
propriedade. 
Definição de zonas 
de adensamento, 
áreas de proteção 
ambiental, 
hierarquia viária, 
regras de 
parcelamento e 
índices construtivos. 
Art. 40 (caput, 
§§1º‑5º) 
Parcelamento, Edificação 
ou 
Utilização Compulsórios 
(PEUC) 
Obrigar o proprietário a 
dar uso adequado ao solo 
urbano subutilizado ou 
não utilizado. 
Intimação para 
edificar ou parcelar; 
prazo mínimo de 
1 ano para início das 
obras e de 2 anos 
para conclusão. 
Art. 5º, §2º; 
Art. 8º 
IPTU Progressivo no 
Tempo 
Desestimular a retenção 
especulativa de imóveis 
ociosos, gradativamente 
onerando‑os. 
Alíquotas anuais 
majoradas por até 
5 anos consecutivos, 
após o PEUC não 
cumprido. 
Art. 7º 
Desapropriação com 
Títulos da Dívida Pública 
Última etapa sancionatória 
para imóveis que 
persistem sem função 
social após IPTU 
progressivo. 
Pagamento em 
títulos resgatáveis 
em até 10 anos, com 
juros legais de 
6 % a.a. 
Art. 8º, §1º 
Usucapião Especial 
Urbana (individual) 
Regularizar posse de área 
≤ 250 m²ocupada para 
moradia há 5 anos, sem 
oposição. 
Concessão de 
domínio ao 
possuidor (homem, 
mulher ou ambos). 
Art. 9º; (CF, 
art. 183) 
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Usucapião Especial 
Urbana Coletiva 
Titularizar coletivamente 
áreas > 250 m² ocupadas 
por população de baixa 
renda há 5 anos. 
Registro de 
propriedade em 
condomínio especial 
pro‑moradia. 
Art. 10 
Direito de Preempção 
Dar preferência de compra 
ao Município em áreas 
estratégicas previamente 
delimitadas. 
Notificação do 
vendedor ao poder 
público; prazo de 
resposta de 30 dias. 
Arts. 25‑27 
Outorga Onerosa do 
Potencial Construtivo 
Permitir construir acima do 
coeficiente básico em 
troca de contrapartida 
financeira ou em obras. 
Financiamento de 
habitação social, 
mobilidade, 
saneamento. 
Arts. 28‑33 
Operação Urbana 
Consorciada (OUC) 
Reestruturar porção da 
cidade com participação 
público‑privada e 
distribuição de ônus e 
bônus. 
Emissão de CEPACs, 
alteração de usos, 
investimentos em 
infraestrutura. 
Arts. 32‑34 
Estudo de Impacto de 
Vizinhança (EIV) 
Avaliar efeitos positivos e 
negativosde 
empreendimentos sobre a 
qualidade de vida local. 
Relatar impactos em 
tráfego, sombras, 
ventilação, 
patrimônio cultural; 
audiência pública. 
Arts. 36‑38 
Zonas Especiais de 
Interesse Social (ZEIS) 
Destinar glebas à 
habitação de interesse 
social, regularização 
fundiária e urbanização. 
Isenção ou redução 
de contrapartidas, 
parâmetros 
construtivos 
diferenciados. 
Art. 39 
Transferência do Direito 
de Construir (TDC) 
Autorizar proprietário a 
transferir potencial 
construtivo preservado 
(ex.: imóveis tombados). 
Venda de potencial 
a outro lote; recurso 
obtido financia 
manutenção do bem 
protegido. 
Art. 35 
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS 
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas 
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar 
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto. 
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões, mas 
que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas questões. 
 
1. (FGV/2023/DPE‑RS/Assistente Social) Durante o Plantão Social em um equipamento de 
Assistência Social, a assistente social Rejane atende Marisa, uma jovem que vive nas ruas depois 
que perdeu o seu emprego e não mais conseguiu pagar o aluguel do apartamento em que 
morava. Marisa está muito machucada, pois havia sido agredida por ser moradora de rua, e 
temia quea situação se repetisse no equipamento. Rejane tranquiliza a usuária, informando que 
um dos princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua é o(a): 
a) integração dos esforços do poder público para atender a essa população; 
b) promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; 
c) democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos; 
d) implantação de centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua; 
e) respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, 
orientação sexual e religiosa. 
Comentários: 
Alternativa A: ERRADA. O item descreve a diretriz do art. 6º, V, do Decreto 7.053/2009 — não um 
princípio. 
Art. 6º, V, Decreto 7.053/2009: integração dos esforços do poder público e da sociedade civil 
para sua execução. 
Alternativa B: ERRADA. A promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e 
ambientais figura no rol de diretrizes (art. 6º, I). Não se confunde com os princípios do art. 5º. 
Art. 6º, I, Decreto 7.053/2009: promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, 
culturais e ambientais. 
Alternativa C: ERRADA. A democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos 
corresponde à diretriz do art. 6º, X, e não a um princípio. 
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Art. 6º, X, Decreto 7.053/2009: democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços 
públicos. 
Alternativa D: ERRADA. A implantação de centros de defesa dos direitos humanos consta entre 
os objetivos(art. 7º, VII) da política, não entre os princípios. 
Art. 7º, VII, Decreto 7.053/2009: implantar centros de defesa dos direitos humanos para a 
população em situação de rua. 
Alternativa E: CERTA. O respeito às condições sociais e às diferenças de origem, raça, idade, 
nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa — com atenção especial às pessoas com 
deficiência — é expressamente previsto como princípio no art. 5º, V, do Decreto 7.053/2009. 
Art. 5º, V: respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, 
gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência. 
Gabarito: Letra E. 
 
2. (FGV/SEMSA Manaus - 2022) De acordo com a Política Nacional para a População em Situação 
de Rua, os serviços de acolhimento temporário serão regulamentados, nacionalmente, pelas 
instâncias de pactuação e deliberação do/a 
a) Secretaria de Direitos Humanos. 
b) Sistema Único de Assistência Social. 
c) Ministério da Saúde. 
d) Coordenação de Desenvolvimento Humano e Social. 
e) Terceiro Setor. 
Comentários: 
Alternativa A: ERRADA. A Secretaria de Direitos Humanos não possui competência normativa 
dentro da Política Nacional para a População em Situação de Rua; a regulação dos serviços de 
acolhimento temporário é atribuição das instâncias de pactuação e deliberação do SUAS, 
conforme Decreto n.º 7.053/2009. 
Alternativa B: CERTA. O Decreto n.º 7.053/2009, que institui a Política Nacional para a População 
em Situação de Rua, estabelece que o regramento dos serviços de acolhimento temporário cabe 
às instâncias de pactuação e deliberação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). 
Art. 8º [...] § 1º Os serviços de acolhimento temporário serão regulamentados nacionalmente 
pelas instâncias de pactuação e deliberação do Sistema Único de Assistência Social. 
Alternativa C: ERRADA. Apesar de a saúde ser temática correlata, o Ministério da Saúde não 
detém a competência normativa para esses serviços na política em questão, que é formulada no 
âmbito do SUAS. 
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Alternativa D: ERRADA. A Coordenação de Desenvolvimento Humano e Social não é 
mencionada no Decreto n.º 7.053/2009 como instância de pactuação ou deliberação responsável 
pela normatização nacional dos serviços de acolhimento temporário. 
Alternativa E: ERRADA. Entidades do Terceiro Setor podem executar serviços, mas não possuem 
competência para regulamentá‑los em âmbito nacional, atribuição que é exclusiva das instâncias 
do SUAS. 
Gabarito: Letra B. 
 
3. (FGV/2015/TCM‑SP) A Constituição da República de 1988 estabelece que a política de 
desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, tem por objetivo ordenar o 
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem‑estar de seus habitantes. 
Nesse contexto, como instrumento de consecução da política urbana, o Estatuto da Cidade (Lei 
Federal nº 10.257/01) prevê: 
a) a desapropriação sanção, nos casos em que, decorridos dez anos de cobrança do IPTU 
progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou 
utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, pela metade do valor de 
mercado, mediante pagamento em títulos da dívida pública no prazo de até vinte anos; 
b) a usucapião especial de imóvel urbano para aquele que possuir como sua área ou edificação 
urbana de até quinhentos metros quadrados, por três anos, ininterruptamente e sem oposição, 
utilizando‑a para sua moradia ou de sua família, desde que não seja proprietário de outro imóvel 
urbano ou rural, e o título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, 
independentemente do estado civil; 
c) o estudo de impacto de vizinhança (EIV) que é imprescindível para todo e qualquer 
empreendimento residencial ou empresarial, privado ou público, em área urbana em imóvel com 
mais de quinhentos metros quadrados, que deverá ser elaborado e executado de forma a 
contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento quanto à qualidade de vida da 
população residente na área e suas proximidades; 
d) a usucapião especial coletiva nas áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros 
quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por 
cada possuidor, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou 
rural; 
e) o direito de preempção, que consiste na prerrogativa do poder público municipal de utilizar o 
solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno de particular que não tenha cumprido a 
obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, por tempo determinado em lei, mediante 
escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis, sem direito à indenização. 
Comentários: 
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Alternativa A: ERRADA. A desapropriação‑sanção só poderá ser feita decorridos cinco anos de 
cobrança do IPTU progressivo sem o cumprimento da obrigação, e os títulos da dívida pública 
devem ser resgatados em até dez anos; não há redução do valor para metade nem prazo de 
vinte anos. 
Art. 8º, caput e § 1º, Lei 10.257/01: “Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo (…) 
o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida 
pública. (…) Os títulos (…) serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, 
iguais e sucessivas.” 
Alternativa B: ERRADA. A usucapião especial individual urbana exige área de até 250 m² e posse 
por cinco anosininterruptos; o texto menciona 500 m² e três anos, em desconformidade com a 
Constituição e o Estatuto da Cidade. 
Art. 183, caput, e § 1º, CF/88: Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e 
cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,utilizando‑a 
para sua moradia ou de sua família, adquirir‑lhe‑á o domínio (…). O título de domínio será 
conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 
Alternativa C: ERRADA. O Estatuto da Cidade não impõe EIV para todo empreendimento acima 
de 500 m²; cabe à lei municipal definir quais atividades, públicas ou privadas, dependerão desse 
estudo. 
Art. 36, Lei 10.257/01: Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades (…) que 
dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). 
Alternativa D: CERTA. O dispositivo reproduz fielmente os requisitos da usucapião especial 
coletiva previstos no Estatuto da Cidade. 
Art. 10, Lei 10.257/01: As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, 
ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e 
sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são 
suscetíveis de serem usucapidas coletivamente (…). 
Alternativa E: ERRADA. O direito de preempção confere preferência para aquisição onerosa do 
imóvel urbano que o particular pretende alienar, não o uso gratuito do solo, subsolo ou espaço 
aéreo. 
Art. 25, caput, Lei 10.257/01: O direito de preempção confere ao Poder Público municipal 
preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. 
Gabarito: Letra D. 
 
4. (FGV/DPE‑RJ – 2019) A medida de retirada compulsória de bebês de mães usuárias de 
drogas e moradoras de rua em Belo Horizonte (MG) provocou polêmicas e protestos da 
Defensoria Pública, do CONANDA e de outras entidades de defesa dos direitos humanos. Uma 
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abordagem dessa questão em consonância com o respeito aos direitos do cidadão deve 
considerar que: 
a) nascituros e recém‑nascidos são sujeitos de direitos e alvos preferenciais de medidas 
higienistas que garantam sua integridade física e psicológica; 
b) o uso de drogas é uma psicopatologia que determina a inaptidão para o exercício da 
maternidade, sendo a adoção a medida que melhor atende ao interesse da criança; 
c) as gestantes e as mães usuárias de substâncias entorpecentes têm direito à internação 
compulsória para tratamento e ao alojamento conjunto com seus bebês; 
d) pessoas em situação de rua devem ser alvo de políticas educativas de prevenção terciária para 
evitar a gravidez indesejada e a iniciação no uso de entorpecentes; 
e) medidas protetivas como oferta de tratamento de saúde e programas de moradia e de 
transferência de renda podem evitar a ruptura do vínculo entre a criança e sua família. 
Comentários: 
Alternativa A: ERRADA. A noção de “medidas higienistas” remete a práticas históricas de 
exclusão social — sobretudo dirigidas a pobres, dependentes químicos e moradores de rua — 
incompatíveis com a perspectiva dos direitos humanos, que tem como princípio a 
não‑discriminação (art. 3º, IV, CF/88). Não existem “alvos preferenciais” para intervenção estatal; 
qualquer medida deve observar o melhor interesse da criança sem violar a dignidade das mães. 
Alternativa B: ERRADA. O mero uso de drogas não gera presunção de incapacidade parental. A 
adoção, por força do Estatuto da Criança e do Adolescente, somente é cabível quando 
esgotadas as possibilidades de manutenção na família natural. 
Art. 19, Estatuto da Criança e do Adolescente: É direito da criança e do adolescente ser criado e 
educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a 
convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. 
A excepcionalidade — graficamente destacada acima — demonstra que a adoção não é solução 
automática em casos de uso de drogas. 
Alternativa C: ERRADA. Internação compulsória só pode ser determinada judicialmente nos 
termos da Lei n.º 10.216/2001 (arts. 6º e 9º) e não constitui “direito” da gestante ou puérpera. 
Além disso, a medida restritiva de liberdade deve ser última ratio, respeitando o consentimento e 
a autonomia da paciente (arts. 2º e 3º, Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
Alternativa D: ERRADA. A ação proposta configura prevenção primária (evitar que a problemática 
se instale) e não terciária (impedir recaídas em quem já superou a situação). Ademais, a redação 
reforça o estigma ao tratar pessoas em situação de rua como objetos, não sujeitos de direitos, 
contrariando a Política Nacional para a População em Situação de Rua (Decreto 7.053/2009). 
Alternativa E: CERTA. Políticas públicas de saúde, moradia e transferência de renda integram o 
rol de medidas protetivas previstas no ECA (arts. 23 e 101) e concretizam o dever da família, 
sociedade e Estado de assegurar, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar 
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==18c814==
 
(art. 227, caput, CF/88). O suporte material e psicossocial à mãe reduz o risco de separação 
compulsória e preserva o melhor interesse da criança. 
Gabarito: Letra E. 
 
5. (VUNESP/2023/Prefeitura de Sertãozinho) De acordo com o artigo 5º do Decreto 7.053/2009, são 
princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da igualdade e 
equidade: o respeito à dignidade da pessoa humana; o direito à convivência familiar e 
comunitária; a valorização e respeito à vida e à cidadania; o atendimento humanizado e 
universalizado; e o respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, 
nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial 
a) às crianças. 
b) às pessoas com deficiência. 
c) às mulheres. 
d) aos maiores de oitenta anos. 
e) aos doentes. 
Comentários: 
Alternativa A: ERRADA. O dispositivo legal indica atenção especial exclusivamente às pessoas 
com deficiência; não menciona crianças como grupo prioritário. 
Alternativa B: CERTA. O art. 5º, V, Decreto nº 7.053/2009 estabelece explicitamente essa 
prioridade: 
Art. 5º São princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da 
igualdade e equidade: 
V – respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, 
orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência. 
Alternativa C: ERRADA. Embora a proteção às mulheres seja tema frequente em políticas 
públicas, o art. 5º, V deste Decreto não lhes confere a atenção especial referida na questão. 
Alternativa D: ERRADA. O estatuto do idoso prevê prioridade para maiores de 80 anos em outros 
contextos (art. 3º, § 2º, Lei 10.741/2003), mas o Decreto 7.053/2009 não os destaca nesse ponto 
específico. 
Alternativa E: ERRADA. Pessoas doentes não são citadas no rol de atenção especial contido no 
art. 5º, V do Decreto. 
Gabarito: Letra B. 
 
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6. (VUNESP/2025/MP‑SP/Analista Jurídico) de capacidade, as regras de funcionamento e 
convivência, acessibilidade, salubridade e distribuição geográfica das unidades de acolhimento, 
respeitado o direito de permanência dessa população, preferencialmente nas cidades ou 
a) nos centros urbanos. 
b) nos espaços disponíveis. 
c) na zona rural. 
d) nas casas de passagem. 
e) nas regiões periféricas. 
Comentários: 
Alternativa A: CERTA. O Decreto nº 7.053/2009, que institui a Política Nacional para a População 
em Situação de Rua, determina que o padrão de acolhimento temporário deve respeitar o direito 
de permanência dessa população, “preferencialmente nas cidades ou nos centros urbanos”. 
Art. 8ºO padrão básico de qualidade, segurança e conforto da rede de acolhimento temporário 
deverá observar limite de capacidade, regras de funcionamento e convivência, acessibilidade, 
salubridade e distribuição geográfica das unidades de acolhimento nas áreas urbanas, respeitado 
o direito de permanência da população em situação de rua, preferencialmente nas cidades ou 
nos centros urbanos. 
Alternativa B: ERRADA. A expressão “nos espaços disponíveis” não figura no art. 8º do 
Decreto nº 7.053/2009; o diploma legal restringe a preferência a cidades e centros urbanos. 
Alternativa C: ERRADA. O texto normativo não contempla a zona rural como local preferencial de 
permanência; pelo contrário, o foco é a área urbana (cidades ou centros urbanos). 
Alternativa D: ERRADA. “Casas de passagem” não são mencionadas no dispositivo como opção 
preferencial; a redação do art. 8º limita‑se a cidades ou centros urbanos. 
Alternativa E: ERRADA. O art. 8º não faz alusão a regiões periféricas, mas apenas a cidades e 
centros urbanos como locais prioritários de permanência da população em situação de rua. 
Gabarito: Letra A. 
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO 
A ideia do questionário é elevar o nível da sua compreensão no assunto e, ao mesmo tempo, 
proporcionar uma outra forma de revisão de pontos importantes do conteúdo, a partir de 
perguntas que exigem respostas subjetivas. 
São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua 
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas. 
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para 
consolidar melhor o que aprendeu ;) 
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Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. 
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do 
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam. 
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor 
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível. 
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o 
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo 
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok? 
Nosso compromisso é proporcionar a você uma revisão de alto nível! 
Vamos ao nosso questionário: 
Perguntas 
1. Como o Decreto 7.053/2009 define o grupo populacional em situação de rua? 
2. Qual é a finalidade central da Política Nacional para a População em Situação de Rua? 
3. Que diretriz reforça a participação da sociedade civil na Política Nacional para a População 
em Situação de Rua? 
4. Qual objetivo da Política Nacional visa ampliar oportunidades de trabalho a pessoas em 
situação de rua? 
5. Que garantia a Resolução CNDH 40/2020 confere aos pertences das pessoas em situação 
de rua? 
6. Segundo a Resolução 40/2020, qual é o status jurídico do “domicílio improvisado”? 
7. Qual requisito de tempo para usucapião especial urbana individual? 
8. Qual limite máximo de área para usucapião urbana individual? 
9. Que condição adicional caracteriza a usucapião urbana coletiva? 
10. Quais são os dois prazos mínimos concedidos ao proprietário notificado para parcelar, 
edificar ou utilizar imóvel subutilizado? 
11. Em que caso o IPTU progressivo no tempo pode ser aplicado? 
12. Como se dá a desapropriação-sanção após 5 anos de IPTU progressivo sem regularização? 
13. O que é direito de superfície na política urbana brasileira? 
14. Qual é a finalidade do direito de preempção municipal? 
15. O que representa a outorga onerosa do direito de construir (“solo criado”)? 
16. Defina operação urbana consorciada. 
17. Quais aspectos mínimos o Estudo de Impacto de Vizinhança deve analisar? 
18. Em que periodicidade o plano diretor municipal deve ser revisto? 
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19. Qual diretriz do Estatuto da Cidade trata da justa distribuição dos benefícios e ônus da 
urbanização? 
20. Que instrumento assegura participação popular na gestão urbana? 
21. Qual garantia constitucional protege a função social da propriedade urbana? 
22. Quem são os beneficiários prioritários do Programa Minha Casa, Minha Vida? 
23. Que tecnologia urbana hostil foi vedada pela Lei 14.489/2022 (Lei Padre Lancelotti)? 
24. Qual é a competência concorrente da União e Estados em matéria urbanística? 
25. Que prazo geral a Política Nacional estabelece para eliminar a situação de rua, conforme 
relatório da Relatora Especial da ONU? 
26. Que dever possuem agentes de segurança pública segundo a Resolução 40/2020 ao 
abordar pessoas em situação de rua? 
27. Qual é o conceito de “direito a cidades sustentáveis” no Estatuto da Cidade? 
Perguntas com respostas 
1. Como o Decreto 7.053/2009 define o grupo populacional em situação de rua? 
Grupo heterogêneo em pobreza extrema, com vínculos familiares interrompidos ou fragilizados, 
sem moradia convencional e que utiliza logradouros públicos ou unidades de acolhimento como 
espaço de moradia e sustento (art. 1º, par. único, Dec. 7.053/2009). 
2. Qual é a finalidade central da Política Nacional para a População em Situação de Rua? 
Garantir acesso amplo e seguro a serviços e programas de saúde, educação, assistência, moradia, 
trabalho, cultura e proteção social (art. 7º I, Dec. 7.053/2009). 
3. Que diretriz reforça a participação da sociedade civil na Política Nacional para a População 
em Situação de Rua? 
Participação por meio de entidades, fóruns e organizações na elaboração, acompanhamento e 
monitoramento das políticas (art. 6º VI, Dec. 7.053/2009). 
4. Qual objetivo da Política Nacional visa ampliar oportunidades de trabalho a pessoas em 
situação de rua? 
Disponibilizar programas de qualificação profissional para acesso ao mercado de trabalho 
(art. 7º XIV, Dec. 7.053/2009). 
5. Que garantia a Resolução CNDH 40/2020 confere aos pertences das pessoas em situação 
de rua? 
Vedação ao recolhimento de documentos e objetos pessoais por agentes públicos (art. 11, 
Res. CNDH 40/2020). 
6. Segundo a Resolução 40/2020, qual é o status jurídico do “domicílio improvisado”? 
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É considerado moradia inviolável, sujeita à proteção constitucional (art. 9º, Res. CNDH 40/2020). 
7. Qual requisito de tempo para usucapião especial urbana individual? 
Posse mansa, pacífica e ininterrupta por 5 anos (art. 9º, Lei 10.257/2001). 
8. Qual limite máximo de área para usucapião urbana individual? 
Até 250 m² de área ou edificação (art. 9º, Lei 10.257/2001). 
9. Que condição adicional caracteriza a usucapião urbana coletiva? 
Área ocupada por população de baixa renda onde não seja possível individualizar lotes (art. 10, 
Lei 10.257/2001). 
10. Quais são os dois prazos mínimos concedidos ao proprietário notificado para parcelar, 
edificar ou utilizar imóvel subutilizado? 
1 ano para protocolar o projeto e 2 anos após o protocolo para iniciar a obra (art. 5º §4º, 
Lei 10.257/2001). 
11. Em que caso o IPTU progressivo no tempo pode ser aplicado? 
Se o proprietário descumprir os prazos para dar função social ao imóvel após notificação (art. 7º, 
Lei 10.257/2001). 
12. Como se dá a desapropriação-sanção após 5 anos de IPTU progressivo sem regularização? 
Pagamento em títulos da dívida pública resgatáveis em até 10 anos com juros de 6 % a.a. (art. 8º, 
Lei 10.257/2001).13. O que é direito de superfície na política urbana brasileira? 
Faculdade de o proprietário conceder a terceiros o uso do solo, subsolo ou espaço aéreo por 
prazo determinado ou indeterminado mediante escritura pública (art. 21, Lei 10.257/2001). 
14. Qual é a finalidade do direito de preempção municipal? 
Permitir ao município comprar imóvel urbano à venda em área delimitada para fins como 
regularização fundiária e habitação social (art. 25, Lei 10.257/2001). 
15. O que representa a outorga onerosa do direito de construir (“solo criado”)? 
Autorização para edificar acima do coeficiente básico mediante contrapartida financeira ao 
município (art. 28, Lei 10.257/2001). 
16. Defina operação urbana consorciada. 
Conjunto de intervenções coordenadas pelo município com participação privada para promover 
transformações urbanísticas estruturais e melhorias sociais em área definida (art. 32, 
Lei 10.257/2001). 
17. Quais aspectos mínimos o Estudo de Impacto de Vizinhança deve analisar? 
Adensamento, equipamentos urbanos, uso do solo, valorização imobiliária, tráfego, 
ventilação/iluminação e paisagem/patrimônio (art. 37, Lei 10.257/2001). 
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18. Em que periodicidade o plano diretor municipal deve ser revisto? 
Pelo menos a cada 10 anos (art. 40 §3º, Lei 10.257/2001). 
19. Qual diretriz do Estatuto da Cidade trata da justa distribuição dos benefícios e ônus da 
urbanização? 
Direito a cidades sustentáveis com equidade na distribuição de benefícios e encargos (art. 2º XI, 
Lei 10.257/2001). 
20. Que instrumento assegura participação popular na gestão urbana? 
Conselhos, audiências e consultas públicas previstas na gestão democrática da cidade (art. 43, 
Lei 10.257/2001). 
21. Qual garantia constitucional protege a função social da propriedade urbana? 
Previsão de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios para imóveis que descumpram a 
função social (art. 182 §2º, CF). 
22. Quem são os beneficiários prioritários do Programa Minha Casa, Minha Vida? 
Famílias com renda mensal de até R$ 4.650, residentes em áreas de risco ou com mulheres 
responsáveis pelo lar e pessoas com deficiência (art. 3º, Lei 11.977/2009). 
23. Que tecnologia urbana hostil foi vedada pela Lei 14.489/2022 (Lei Padre Lancelotti)? 
Emprego de materiais ou estruturas destinadas a afastar pessoas em situação de rua de espaços 
públicos (art. 2º XX, Lei 10.257/2001, com redação da Lei 14.489/2022). 
24. Qual é a competência concorrente da União e Estados em matéria urbanística? 
Legislar sobre direito urbanístico (art. 24 I, CF). 
25. Que prazo geral a Política Nacional estabelece para eliminar a situação de rua, conforme 
relatório da Relatora Especial da ONU? 
Até 2030, com estratégias coordenadas pelos Estados (Relatório ONU 2020). 
26. Que dever possuem agentes de segurança pública segundo a Resolução 40/2020 ao 
abordar pessoas em situação de rua? 
Identificar‑se com crachá visível e respeitar a dignidade, evitando revistas pessoais salvo absoluta 
necessidade (arts. 18 e 20, Res. CNDH 40/2020). 
27. Qual é o conceito de “direito a cidades sustentáveis” no Estatuto da Cidade? 
Acesso à terra urbana, moradia, saneamento, infraestrutura, transporte, serviços públicos, 
trabalho e lazer para presentes e futuras gerações (art. 2º I, Lei 10.257/2001). 
LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS 
1. (FGV/2023/DPE‑RS/Assistente Social) Durante o Plantão Social em um equipamento de 
Assistência Social, a assistente social Rejane atende Marisa, uma jovem que vive nas ruas 
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depois que perdeu o seu emprego e não mais conseguiu pagar o aluguel do apartamento 
em que morava. Marisa está muito machucada, pois havia sido agredida por ser moradora 
de rua, e temia que a situação se repetisse no equipamento. Rejane tranquiliza a usuária, 
informando que um dos princípios da Política Nacional para a População em Situação de 
Rua é o(a): 
a) integração dos esforços do poder público para atender a essa população; 
b) promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; 
c) democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos; 
d) implantação de centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua; 
e) respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, 
orientação sexual e religiosa. 
 
2. (FGV/SEMSA Manaus - 2022) De acordo com a Política Nacional para a População em 
Situação de Rua, os serviços de acolhimento temporário serão regulamentados, 
nacionalmente, pelas instâncias de pactuação e deliberação do/a 
a) Secretaria de Direitos Humanos. 
b) Sistema Único de Assistência Social. 
c) Ministério da Saúde. 
d) Coordenação de Desenvolvimento Humano e Social. 
e) Terceiro Setor. 
 
3. (FGV/2015/TCM‑SP) A Constituição da República de 1988 estabelece que a política de 
desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, tem por objetivo 
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem‑estar de 
seus habitantes. Nesse contexto, como instrumento de consecução da política urbana, o 
Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/01) prevê: 
a) a desapropriação sanção, nos casos em que, decorridos dez anos de cobrança do IPTU 
progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou 
utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, pela metade do valor de 
mercado, mediante pagamento em títulos da dívida pública no prazo de até vinte anos; 
b) a usucapião especial de imóvel urbano para aquele que possuir como sua área ou edificação 
urbana de até quinhentos metros quadrados, por três anos, ininterruptamente e sem oposição, 
utilizando‑a para sua moradia ou de sua família, desde que não seja proprietário de outro imóvel 
urbano ou rural, e o título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, 
independentemente do estado civil; 
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c) o estudo de impacto de vizinhança (EIV) que é imprescindível para todo e qualquer 
empreendimento residencial ou empresarial, privado ou público, em área urbana em imóvel com 
mais de quinhentos metros quadrados, que deverá ser elaborado e executado de forma a 
contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento quanto à qualidade de vida da 
população residente na área e suas proximidades; 
d) a usucapião especial coletiva nas áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros 
quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por 
cada possuidor, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou 
rural; 
e) o direito de preempção, que consiste na prerrogativa do poder público municipal de utilizar o 
solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno de particular que não tenha cumprido a 
obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, por tempo determinado em lei, mediante 
escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis, sem direito à indenização. 
 
4. (FGV/DPE‑RJ – 2019) A medida de retirada compulsória de bebês de mães usuárias de 
drogas e moradoras de rua em Belo Horizonte (MG) provocou polêmicas e protestos da 
Defensoria Pública, do CONANDA e de outras entidades de defesa dos direitos humanos. 
Uma abordagem dessa questão em consonância com o respeito aos direitosdo cidadão 
deve considerar que: 
a) nascituros e recém‑nascidos são sujeitos de direitos e alvos preferenciais de medidas 
higienistas que garantam sua integridade física e psicológica; 
b) o uso de drogas é uma psicopatologia que determina a inaptidão para o exercício da 
maternidade, sendo a adoção a medida que melhor atende ao interesse da criança; 
c) as gestantes e as mães usuárias de substâncias entorpecentes têm direito à internação 
compulsória para tratamento e ao alojamento conjunto com seus bebês; 
d) pessoas em situação de rua devem ser alvo de políticas educativas de prevenção terciária para 
evitar a gravidez indesejada e a iniciação no uso de entorpecentes; 
e) medidas protetivas como oferta de tratamento de saúde e programas de moradia e de 
transferência de renda podem evitar a ruptura do vínculo entre a criança e sua família. 
 
5. (VUNESP/2023/Prefeitura de Sertãozinho) De acordo com o artigo 5º do 
Decreto 7.053/2009, são princípios da Política Nacional para a População em Situação de 
Rua, além da igualdade e equidade: o respeito à dignidade da pessoa humana; o direito à 
convivência familiar e comunitária; a valorização e respeito à vida e à cidadania; o 
atendimento humanizado e universalizado; e o respeito às condições sociais e diferenças 
de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção 
especial 
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a) às crianças. 
b) às pessoas com deficiência. 
c) às mulheres. 
d) aos maiores de oitenta anos. 
e) aos doentes. 
 
6. (VUNESP/2025/MP‑SP/Analista Jurídico) de capacidade, as regras de funcionamento e 
convivência, acessibilidade, salubridade e distribuição geográfica das unidades de 
acolhimento, respeitado o direito de permanência dessa população, preferencialmente 
nas cidades ou 
a) nos centros urbanos. 
b) nos espaços disponíveis. 
c) na zona rural. 
d) nas casas de passagem. 
e) nas regiões periféricas. 
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Gabarito 
 
1. E 
2. B 
3. D 
4. E 
5. B 
6. A 
 
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