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Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) Autor: Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira 08 de Agosto de 2025 https://t.me/KakashiAssinaturasBot 4.2. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICOS DA INCLUSÃO DE GRUPOS VULNERABILIZADOS: PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA. Sumário Análise Estatística 2 O que é mais cobrado dentro do assunto? 3 Roteiro de revisão e pontos do assunto que merecem destaque 3 Aposta estratégica 14 Questões estratégicas 18 Questionário de revisão e aperfeiçoamento 24 Perguntas 25 Perguntas com respostas 26 Lista de Questões Estratégicas 28 Gabarito 32 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot ANÁLISE ESTATÍSTICA Caso algum dos to ́picos possua um “*” significa que, a despeito da estatística apontada, esse to ́pico deve ser encarado como muito importante para sua prova, já́ que este possui uma ligação muito forte com o concurso em questa ̃o. Devido à especificidade do conteúdo programático e à falta de histórico da banca, não foi possível produzir uma análise estatística robusta dos temas mais cobrados, divididos por aula O que é mais cobrado dentro do assunto? No total, foram analisadas 51 questões. Inicialmente considerou-se apenas a banca FGV (2021–2025); devido ao baixo número de questões, ampliou-se o período para 2015–2025 e incluiu-se também as bancas FCC e Cebraspe (2021 a 2025). Considerando os tópicos que compõem assunto dessa aula, possuímos a seguinte distribuição percentual: Lei ou Tópico Incidência (%) Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) 39% Decreto 7.053/2009 (Política Nacional PopRua) 29% Constituição Federal (direitos sociais) 16% Proteção Internacional (direitos humanos) 10% Realidade Social (contexto sociopolítico) 6% Lei 14.821/2024 (Trab. Digno Pop. de Rua)planos e medidas de controle do uso do solo. Instrumentos de Planejamento Urbano ● Planos de urbanização – nacional, regionais e municipais. ● Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Instrumentos de Controle e Uso do Solo ● Parcelamento, edificação e utilização compulsórios – combate à subutilização de imóveis. Notificação do proprietário para cumprir a destinação obrigatória. Prazos: ○ 1 ano para protocolar o projeto no órgão municipal. ○ 2 anos para iniciar a construção após aprovação. Grandes empreendimentos podem ter uso progressivo em etapas. ● IPTU progressivo no tempo – aumenta a alíquota para imóveis ociosos. 5 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot O IPTU progressivo aplica-se somente em caso de descumprimento dos prazos de notificação. Se isso ocorrer, a alíquota aumentará anualmente ao longo de 5 anos. Para provas, é importante saber que: ○ As alíquotas progressivas serão estabelecidas em lei específica; ○ A alíquota não pode ser superior ao dobro da do ano anterior, com limite de 15%; ○ Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não seja cumprida em 5 anos, a alíquota máxima será mantida; ○ Não é permitida isenção ou anistia decorrente da tributação progressiva. ● Desapropriação com pagamento em títulos - Após 5 anos de aplicação do IPTU progressivo, o imóvel pode ser desapropriado com pagamento em títulos da dívida pública. Essa desapropriação deve seguir os seguintes parâmetros: ○ Requer aprovação prévia do Senado Federal; ○ Os títulos serão resgatados em até 10 anos; ○ O pagamento será feito em prestações anuais, iguais e sucessivas; ○ O montante deve refletir o valor real da indenização; ○ Aplica-se uma taxa de juros de 6% ao ano. Instrumentos de Regularização Fundiária ● Usucapião Urbana: ○ Individual – imóvel de até 250m², posse por 5 anos, sem outro imóvel. ○ Coletiva – imóveis maiores, ocupação por população de baixa renda. 6 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot ● Direito de Superfície – permite ao proprietário conceder o uso do imóvel a terceiros. Outros Mecanismos ● Direito de Preempção – prioridade do município na compra de imóveis em áreas de interesse público. Funcionamento 7 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot 1. O Município edita uma lei delimitando a área de interesse e fixa um prazo de validade (até 5 anos, renovável após 1 ano). 2. Se um proprietário desejar vender um imóvel nessa área, deve primeiro oferecê-lo ao Município. 3. O Município tem 30 dias para manifestar interesse e apresentar proposta. 4. Se não houver resposta, o proprietário pode vender para terceiros nas mesmas condições oferecidas ao Município. Requisitos ○ O imóvel deve estar dentro da área delimitada. ○ A venda deve ocorrer dentro do prazo de vigência estabelecido pela lei municipal. Finalidade ○ Regularização fundiária. ○ Projetos habitacionais de interesse social. ○ Reserva fundiária para futuras ações urbanísticas. ○ Ordenamento e direcionamento da expansão urbana. ○ Implementação de equipamentos urbanos e comunitários. ● Outorga Onerosa do Direito de Construir – permite que proprietários edifiquem acima do limite básico mediante pagamento ao município. O coeficiente de aproveitamento básico define a construção máxima sem sobrecarga na infraestrutura. O plano diretor pode autorizar essa ampliação em áreas específicas. ● Operações Urbanas Consorciadas - são intervenções pontuais promovidas pelo município para transformar estruturalmente áreas urbanas, melhorar condições sociais e valorizar o meio ambiente. Para sua implementação, é necessária uma lei municipal específica que defina as áreas abrangidas. Essas operações podem incluir medidas como: ○ Alteração de índices urbanísticos e normas edilícias, considerando o impacto ambiental. ○ Regularização de construções e reformas feitas fora das normas vigentes. ○ Incentivos a tecnologias que reduzam impactos ambientais e economizem recursos naturais. A lei específica que trata dessas operações deve conter, no mínimo: ○ Delimitação da área afetada. ○ Plano de ocupação e atendimento social à população envolvida. ○ Objetivos da operação e estudo de impacto de vizinhança. 8 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot ○ Contrapartidas exigidas de beneficiários e forma de controle compartilhado com a sociedade civil. Os recursos arrecadados pelo município devem ser utilizados exclusivamente na própria operação urbana consorciada, garantindo que as licenças concedidas estejam em conformidade com o plano aprovado. ● Transferência do Direito de Construir – permite que o proprietário transfira seu potencial construtivo para outro terreno ou venda esse direito a terceiros. O objetivo é controlar a densidade urbana conforme o plano diretor, podendo ser utilizado para preservação histórica, ambiental e social, além de regularização fundiária. ● Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - avalia os impactos de um empreendimento na qualidade de vida da vizinhança, considerando fatores como adensamento populacional, uso do solo, valorização imobiliária e demanda por transporte. O EIV não substitui o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que analisa impactos no meio físico e socioeconômico. 4.2 - Plano Diretor O Plano Diretor é o principal instrumento de planejamento urbano, garantindo a função social da propriedade e a expansão ordenada das cidades. Principais Regras do Plano Diretor ● Obrigatório para municípios com mais de 20.000 habitantes e áreas de interesse especial. ● Abrange todo o território municipal e deve ser revisto a cada 10 anos. ● Audiências públicas obrigatórias para garantir transparência e participação social. ● Deve conter: ○ Áreas sujeitas a parcelamento, edificação e uso compulsório. ○ Mapeamento de áreas de risco ambiental (deslizamentos e inundações). ○ Diretrizes para ocupação, infraestrutura e habitação de interesse social. Gestão Democrática da Cidade ● Art. 43 – A população deve participar por meio de: ○ Conselhos de política urbana. ○ Debates, audiências e consultas públicas. ○ Iniciativa popular para leis e projetos urbanos. ● Art. 44 – O orçamento urbano deve ser debatido publicamente em municípios e regiões metropolitanas. O Plano Diretor organiza o crescimento urbano e assegura a participação da sociedade na definição das políticas públicas. 9 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot 5 - Decreto 7.053/2009 Definição de População em Situação de Rua Grupo heterogêneo caracterizado por: ● Pobreza extrema e vínculos familiares fragilizados. ● Ausência de moradia convencional, usando espaços públicos para moradia e sustento. ● Uso de unidades de acolhimento temporário ou provisório. Estrutura da Política ● Implementação descentralizada entre União, Estados e Municípios. ● Comitês gestores intersetoriais e possibilidade de convênios com entidades públicas e privadas. Princípios (Art. 5º): Art. 5º São princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da igualdade e equidade: I - respeito à dignidade da pessoa humana; II - direito à convivênciafamiliar e comunitária; III - valorização e respeito à vida e à cidadania; IV - atendimento humanizado e universalizado; e V - respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência. Diretrizes (Art. 6º): Art. 6º São diretrizes da Política Nacional para a População em Situação de Rua: I - promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; II - responsabilidade do poder público pela sua elaboração e financiamento; III - articulação das políticas públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal; IV - integração das políticas públicas em cada nível de governo; V - integração dos esforços do poder público e da sociedade civil para sua execução; VI - participação da sociedade civil, por meio de entidades, fóruns e organizações da população em situação de rua, na elaboração, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas; VII - incentivo e apoio à organização da população em situação de rua e à sua participação nas diversas instâncias de formulação, controle social, monitoramento e avaliação das políticas públicas; 10 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot VIII - respeito às singularidades de cada território e ao aproveitamento das potencialidades e recursos locais e regionais na elaboração, desenvolvimento, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas; IX - implantação e ampliação das ações educativas destinadas à superação do preconceito, e de capacitação dos servidores públicos para melhoria da qualidade e respeito no atendimento deste grupo populacional; e X - democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos. Objetivos (Art. 7º): Art. 7º São objetivos da Política Nacional para a População em Situação de Rua: I - assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as políticas públicas de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança, cultura, esporte, lazer, trabalho e renda; II - garantir a formação e capacitação permanente de profissionais e gestores para atuação no desenvolvimento de políticas públicas intersetoriais, transversais e intergovernamentais direcionadas às pessoas em situação de rua; III - instituir a contagem oficial da população em situação de rua; IV - produzir, sistematizar e disseminar dados e indicadores sociais, econômicos e culturais sobre a rede existente de cobertura de serviços públicos à população em situação de rua; V - desenvolver ações educativas permanentes que contribuam para a formação de cultura de respeito, ética e solidariedade entre a população em situação de rua e os demais grupos sociais, de modo a resguardar a observância aos direitos humanos; VI - incentivar a pesquisa, produção e divulgação de conhecimentos sobre a população em situação de rua, contemplando a diversidade humana em toda a sua amplitude étnico-racial, sexual, de gênero e geracional, nas diversas áreas do conhecimento; VII - implantar centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua; VIII - incentivar a criação, divulgação e disponibilização de canais de comunicação para o recebimento de denúncias de violência contra a população em situação de rua, bem como de sugestões para o aperfeiçoamento e melhoria das políticas públicas voltadas para este segmento; IX - proporcionar o acesso das pessoas em situação de rua aos benefícios previdenciários e assistenciais e aos programas de transferência de renda, na forma da legislação específica; X - criar meios de articulação entre o Sistema Único de Assistência Social e o Sistema Único de Saúde para qualificar a oferta de serviços; XI - adotar padrão básico de qualidade, segurança e conforto na estruturação e reestruturação dos serviços de acolhimento temporários, de acordo com o disposto no art. 8º; XII - implementar centros de referência especializados para atendimento da população em situação de rua, no âmbito da proteção social especial do Sistema Único de Assistência Social; 11 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot XIII - implementar ações de segurança alimentar e nutricional suficientes para proporcionar acesso permanente à alimentação pela população em situação de rua, com qualidade; XIV - disponibilizar programas de qualificação profissional para as pessoas em situação de rua, com o objetivo de propiciar o seu acesso ao mercado de trabalho. Acolhimento Temporário ● Padrões mínimos de qualidade, segurança e conforto nos serviços de acolhimento. ● Articulação com programas de moradia popular. Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos ● Criado para atuar na proteção e garantia de direitos da população em situação de rua. 6 - Resolução 40/2020 A Resolução 40/2020 do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) reforça a proteção dos direitos da população em situação de rua, repetindo conceitos e princípios do Decreto nº 7.053/2009. A Resolução fortalece a proteção dos direitos dessa população, garantindo dignidade, segurança e acesso à justiça. Direitos Humanos, Cidade e Moradia ● O Estado deve garantir o direito à moradia e assegurar: ○ Ir e vir livremente. ○ Permanência em espaços públicos. ○ Acesso a serviços públicos. ● Domicílios improvisados são invioláveis e agentes públicos não podem recolher documentos ou pertences dessas pessoas. Direitos Humanos e Segurança Pública ● Proibição de abordagens abusivas pela polícia. ● Vedada a retirada de documentos e objetos pessoais. ● Proibição de prisões arbitrárias e de buscas pessoais sem justificativa concreta. ● Revistas policiais devem ser feitas por agentes do mesmo gênero da pessoa abordada. Direitos Humanos e Sistema de Justiça ● Atendimento prioritário e sem burocracia nos órgãos do sistema de justiça. ● Falta de documentos não pode impedir atendimento. ● Defensoria Pública e Ministério Público devem garantir suporte itinerante e sem agendamento. 12 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot ● Processos judiciais devem tramitar com prioridade. ● Ausência de moradia não pode ser motivo para prisão ou penas mais severas. 7 - Regularização Fundiária Urbana 7.1 - Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) O PMCMV foi criado para garantir acesso à moradia digna para famílias de baixa renda na zona urbana e rural. O programa funciona por meio de construção de moradias pelo poder público e financiamento com condições especiais. Os beneficiários do PMCMV devem atender aos seguintes requisitos: 1. Renda mensal familiar de até R$ 4.650,00. 2. Faixas de renda definidas pelo Poder Executivo Federal. 3. Prioridade para: ○ Famílias em áreas de risco, insalubres ou desabrigadas por desastres naturais. ○ Mulheres chefes de família. ○ Famílias com pessoas com deficiência. 7.2 - Provimento 44 do CNJ Regulamenta a regularização fundiária urbana, especialmente para populações de baixa renda. Essa regulamentação facilita a formalização da posse de imóveis, garantindo segurança jurídica e acesso à moradia regularizada. Principais regras: ● Processo de regularização simplificado, sem necessidade de decisão judicial ou intervenção do Ministério Público. ● Isenção de custas e emolumentos para imóveis de até 70 m². ● Registro pode ser feito diretamente em cartório, sem exigência de comprovação de tributos. APOSTA ESTRATÉGICA A ideia desta seção é apresentar os pontos doconteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova, considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais. 13 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot O tema de maior relevância desta aula, conforme o levantamento estatístico apresentado no tópico "O que é mais cobrado dentro do assunto?" deste relatório, é a Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade). Esse tema possui incidência relativa de 39%. A seguir, destacam-se os principais aspectos sobre o assunto. 1. Finalidade e fundamento ● Concretiza o art. 182 da Constituição Federal. ● Define diretrizes gerais da política urbana para assegurar: ○ Função social da cidade. ○ Função social da propriedade. ● Objetivo central: orientar o Poder Público, especialmente o municipal, no ordenamento territorial, promoção do bem-estar coletivo e inclusão social. 2. Princípios norteadores ● Gestão democrática. ● Justiça social. ● Sustentabilidade ambiental. ● Segurança jurídica. ● Combate à especulação imobiliária. ● Ampliação do direito à moradia. 3. Diretrizes do art. 2º ● Oferta de equipamentos urbanos e comunitários. ● Acessibilidade universal. ● Planejamento participativo. ● Vedação de técnicas construtivas hostis contra população em situação de rua. ○ Proibição expressa de materiais ou estruturas voltados a afastar pessoas vulneráveis dos espaços públicos. 4. Plano diretor 14 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot ● Instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. ● Obrigatório para municípios com mais de 20 000 habitantes. ● Deve ser aprovado por lei municipal e revisto a cada dez anos. ● Define: ○ Zonas de adensamento. ○ Áreas de proteção ambiental. ○ Prioridades de investimento público. ● Descumprimento das regras permite sanções ao proprietário que não utilize adequadamente o solo urbano. 5. Combate à retenção improdutiva de terrenos ● Sequência de instrumentos: 1. Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios. 2. IPTU progressivo no tempo. 3. Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública (resgate em até 10 anos). ● Persistindo a ausência de função social, admite-se destinação para habitação de interesse social. 6. Ampliação do acesso à terra urbana ● Usucapião especial urbana: área de até 250 m², ocupada por 5 anos ininterruptos e sem oposição, destinada à moradia. ● Usucapião coletiva: para ocupações consolidadas por população de baixa renda (art. 10). ● Direito de preempção: preferência do Município na compra de imóveis à venda em áreas delimitadas. ● Exigência do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para licenciamento de empreendimentos com significativo impacto. 7. Participação social e integração de políticas ● Mecanismos de participação: ○ Audiências públicas. ○ Conselhos. ○ Conferências. ● Integração de políticas setoriais: habitação, mobilidade, saneamento, meio ambiente. 15 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot ● Objetivo final: cidades sustentáveis e inclusivas, combate à desigualdade e concretização do direito à moradia adequada. Instrumento urbanístico Objetivo central Aplicação prática (exemplos típicos) Artigos da Lei 10.257/2001 Plano Diretor Servir de instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, garantindo a função social da cidade e da propriedade. Definição de zonas de adensamento, áreas de proteção ambiental, hierarquia viária, regras de parcelamento e índices construtivos. Art. 40 (caput, §§1º‑5º) Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC) Obrigar o proprietário a dar uso adequado ao solo urbano subutilizado ou não utilizado. Intimação para edificar ou parcelar; prazo mínimo de 1 ano para início das obras e de 2 anos para conclusão. Art. 5º, §2º; Art. 8º IPTU Progressivo no Tempo Desestimular a retenção especulativa de imóveis ociosos, gradativamente onerando‑os. Alíquotas anuais majoradas por até 5 anos consecutivos, após o PEUC não cumprido. Art. 7º Desapropriação com Títulos da Dívida Pública Última etapa sancionatória para imóveis que persistem sem função social após IPTU progressivo. Pagamento em títulos resgatáveis em até 10 anos, com juros legais de 6 % a.a. Art. 8º, §1º Usucapião Especial Urbana (individual) Regularizar posse de área ≤ 250 m²ocupada para moradia há 5 anos, sem oposição. Concessão de domínio ao possuidor (homem, mulher ou ambos). Art. 9º; (CF, art. 183) 16 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot Usucapião Especial Urbana Coletiva Titularizar coletivamente áreas > 250 m² ocupadas por população de baixa renda há 5 anos. Registro de propriedade em condomínio especial pro‑moradia. Art. 10 Direito de Preempção Dar preferência de compra ao Município em áreas estratégicas previamente delimitadas. Notificação do vendedor ao poder público; prazo de resposta de 30 dias. Arts. 25‑27 Outorga Onerosa do Potencial Construtivo Permitir construir acima do coeficiente básico em troca de contrapartida financeira ou em obras. Financiamento de habitação social, mobilidade, saneamento. Arts. 28‑33 Operação Urbana Consorciada (OUC) Reestruturar porção da cidade com participação público‑privada e distribuição de ônus e bônus. Emissão de CEPACs, alteração de usos, investimentos em infraestrutura. Arts. 32‑34 Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) Avaliar efeitos positivos e negativosde empreendimentos sobre a qualidade de vida local. Relatar impactos em tráfego, sombras, ventilação, patrimônio cultural; audiência pública. Arts. 36‑38 Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) Destinar glebas à habitação de interesse social, regularização fundiária e urbanização. Isenção ou redução de contrapartidas, parâmetros construtivos diferenciados. Art. 39 Transferência do Direito de Construir (TDC) Autorizar proprietário a transferir potencial construtivo preservado (ex.: imóveis tombados). Venda de potencial a outro lote; recurso obtido financia manutenção do bem protegido. Art. 35 17 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot QUESTÕES ESTRATÉGICAS Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto. A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões, mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas questões. 1. (FGV/2023/DPE‑RS/Assistente Social) Durante o Plantão Social em um equipamento de Assistência Social, a assistente social Rejane atende Marisa, uma jovem que vive nas ruas depois que perdeu o seu emprego e não mais conseguiu pagar o aluguel do apartamento em que morava. Marisa está muito machucada, pois havia sido agredida por ser moradora de rua, e temia quea situação se repetisse no equipamento. Rejane tranquiliza a usuária, informando que um dos princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua é o(a): a) integração dos esforços do poder público para atender a essa população; b) promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; c) democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos; d) implantação de centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua; e) respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa. Comentários: Alternativa A: ERRADA. O item descreve a diretriz do art. 6º, V, do Decreto 7.053/2009 — não um princípio. Art. 6º, V, Decreto 7.053/2009: integração dos esforços do poder público e da sociedade civil para sua execução. Alternativa B: ERRADA. A promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais figura no rol de diretrizes (art. 6º, I). Não se confunde com os princípios do art. 5º. Art. 6º, I, Decreto 7.053/2009: promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais. Alternativa C: ERRADA. A democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos corresponde à diretriz do art. 6º, X, e não a um princípio. 18 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot Art. 6º, X, Decreto 7.053/2009: democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos. Alternativa D: ERRADA. A implantação de centros de defesa dos direitos humanos consta entre os objetivos(art. 7º, VII) da política, não entre os princípios. Art. 7º, VII, Decreto 7.053/2009: implantar centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua. Alternativa E: CERTA. O respeito às condições sociais e às diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa — com atenção especial às pessoas com deficiência — é expressamente previsto como princípio no art. 5º, V, do Decreto 7.053/2009. Art. 5º, V: respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência. Gabarito: Letra E. 2. (FGV/SEMSA Manaus - 2022) De acordo com a Política Nacional para a População em Situação de Rua, os serviços de acolhimento temporário serão regulamentados, nacionalmente, pelas instâncias de pactuação e deliberação do/a a) Secretaria de Direitos Humanos. b) Sistema Único de Assistência Social. c) Ministério da Saúde. d) Coordenação de Desenvolvimento Humano e Social. e) Terceiro Setor. Comentários: Alternativa A: ERRADA. A Secretaria de Direitos Humanos não possui competência normativa dentro da Política Nacional para a População em Situação de Rua; a regulação dos serviços de acolhimento temporário é atribuição das instâncias de pactuação e deliberação do SUAS, conforme Decreto n.º 7.053/2009. Alternativa B: CERTA. O Decreto n.º 7.053/2009, que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua, estabelece que o regramento dos serviços de acolhimento temporário cabe às instâncias de pactuação e deliberação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Art. 8º [...] § 1º Os serviços de acolhimento temporário serão regulamentados nacionalmente pelas instâncias de pactuação e deliberação do Sistema Único de Assistência Social. Alternativa C: ERRADA. Apesar de a saúde ser temática correlata, o Ministério da Saúde não detém a competência normativa para esses serviços na política em questão, que é formulada no âmbito do SUAS. 19 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot Alternativa D: ERRADA. A Coordenação de Desenvolvimento Humano e Social não é mencionada no Decreto n.º 7.053/2009 como instância de pactuação ou deliberação responsável pela normatização nacional dos serviços de acolhimento temporário. Alternativa E: ERRADA. Entidades do Terceiro Setor podem executar serviços, mas não possuem competência para regulamentá‑los em âmbito nacional, atribuição que é exclusiva das instâncias do SUAS. Gabarito: Letra B. 3. (FGV/2015/TCM‑SP) A Constituição da República de 1988 estabelece que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem‑estar de seus habitantes. Nesse contexto, como instrumento de consecução da política urbana, o Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/01) prevê: a) a desapropriação sanção, nos casos em que, decorridos dez anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, pela metade do valor de mercado, mediante pagamento em títulos da dívida pública no prazo de até vinte anos; b) a usucapião especial de imóvel urbano para aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até quinhentos metros quadrados, por três anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando‑a para sua moradia ou de sua família, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, e o título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil; c) o estudo de impacto de vizinhança (EIV) que é imprescindível para todo e qualquer empreendimento residencial ou empresarial, privado ou público, em área urbana em imóvel com mais de quinhentos metros quadrados, que deverá ser elaborado e executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades; d) a usucapião especial coletiva nas áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural; e) o direito de preempção, que consiste na prerrogativa do poder público municipal de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno de particular que não tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, por tempo determinado em lei, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis, sem direito à indenização. Comentários: 20 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot Alternativa A: ERRADA. A desapropriação‑sanção só poderá ser feita decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem o cumprimento da obrigação, e os títulos da dívida pública devem ser resgatados em até dez anos; não há redução do valor para metade nem prazo de vinte anos. Art. 8º, caput e § 1º, Lei 10.257/01: “Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo (…) o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública. (…) Os títulos (…) serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas.” Alternativa B: ERRADA. A usucapião especial individual urbana exige área de até 250 m² e posse por cinco anosininterruptos; o texto menciona 500 m² e três anos, em desconformidade com a Constituição e o Estatuto da Cidade. Art. 183, caput, e § 1º, CF/88: Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,utilizando‑a para sua moradia ou de sua família, adquirir‑lhe‑á o domínio (…). O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. Alternativa C: ERRADA. O Estatuto da Cidade não impõe EIV para todo empreendimento acima de 500 m²; cabe à lei municipal definir quais atividades, públicas ou privadas, dependerão desse estudo. Art. 36, Lei 10.257/01: Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades (…) que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). Alternativa D: CERTA. O dispositivo reproduz fielmente os requisitos da usucapião especial coletiva previstos no Estatuto da Cidade. Art. 10, Lei 10.257/01: As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são suscetíveis de serem usucapidas coletivamente (…). Alternativa E: ERRADA. O direito de preempção confere preferência para aquisição onerosa do imóvel urbano que o particular pretende alienar, não o uso gratuito do solo, subsolo ou espaço aéreo. Art. 25, caput, Lei 10.257/01: O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. Gabarito: Letra D. 4. (FGV/DPE‑RJ – 2019) A medida de retirada compulsória de bebês de mães usuárias de drogas e moradoras de rua em Belo Horizonte (MG) provocou polêmicas e protestos da Defensoria Pública, do CONANDA e de outras entidades de defesa dos direitos humanos. Uma 21 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot abordagem dessa questão em consonância com o respeito aos direitos do cidadão deve considerar que: a) nascituros e recém‑nascidos são sujeitos de direitos e alvos preferenciais de medidas higienistas que garantam sua integridade física e psicológica; b) o uso de drogas é uma psicopatologia que determina a inaptidão para o exercício da maternidade, sendo a adoção a medida que melhor atende ao interesse da criança; c) as gestantes e as mães usuárias de substâncias entorpecentes têm direito à internação compulsória para tratamento e ao alojamento conjunto com seus bebês; d) pessoas em situação de rua devem ser alvo de políticas educativas de prevenção terciária para evitar a gravidez indesejada e a iniciação no uso de entorpecentes; e) medidas protetivas como oferta de tratamento de saúde e programas de moradia e de transferência de renda podem evitar a ruptura do vínculo entre a criança e sua família. Comentários: Alternativa A: ERRADA. A noção de “medidas higienistas” remete a práticas históricas de exclusão social — sobretudo dirigidas a pobres, dependentes químicos e moradores de rua — incompatíveis com a perspectiva dos direitos humanos, que tem como princípio a não‑discriminação (art. 3º, IV, CF/88). Não existem “alvos preferenciais” para intervenção estatal; qualquer medida deve observar o melhor interesse da criança sem violar a dignidade das mães. Alternativa B: ERRADA. O mero uso de drogas não gera presunção de incapacidade parental. A adoção, por força do Estatuto da Criança e do Adolescente, somente é cabível quando esgotadas as possibilidades de manutenção na família natural. Art. 19, Estatuto da Criança e do Adolescente: É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. A excepcionalidade — graficamente destacada acima — demonstra que a adoção não é solução automática em casos de uso de drogas. Alternativa C: ERRADA. Internação compulsória só pode ser determinada judicialmente nos termos da Lei n.º 10.216/2001 (arts. 6º e 9º) e não constitui “direito” da gestante ou puérpera. Além disso, a medida restritiva de liberdade deve ser última ratio, respeitando o consentimento e a autonomia da paciente (arts. 2º e 3º, Estatuto da Pessoa com Deficiência). Alternativa D: ERRADA. A ação proposta configura prevenção primária (evitar que a problemática se instale) e não terciária (impedir recaídas em quem já superou a situação). Ademais, a redação reforça o estigma ao tratar pessoas em situação de rua como objetos, não sujeitos de direitos, contrariando a Política Nacional para a População em Situação de Rua (Decreto 7.053/2009). Alternativa E: CERTA. Políticas públicas de saúde, moradia e transferência de renda integram o rol de medidas protetivas previstas no ECA (arts. 23 e 101) e concretizam o dever da família, sociedade e Estado de assegurar, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar 22 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot ==18c814== (art. 227, caput, CF/88). O suporte material e psicossocial à mãe reduz o risco de separação compulsória e preserva o melhor interesse da criança. Gabarito: Letra E. 5. (VUNESP/2023/Prefeitura de Sertãozinho) De acordo com o artigo 5º do Decreto 7.053/2009, são princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da igualdade e equidade: o respeito à dignidade da pessoa humana; o direito à convivência familiar e comunitária; a valorização e respeito à vida e à cidadania; o atendimento humanizado e universalizado; e o respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial a) às crianças. b) às pessoas com deficiência. c) às mulheres. d) aos maiores de oitenta anos. e) aos doentes. Comentários: Alternativa A: ERRADA. O dispositivo legal indica atenção especial exclusivamente às pessoas com deficiência; não menciona crianças como grupo prioritário. Alternativa B: CERTA. O art. 5º, V, Decreto nº 7.053/2009 estabelece explicitamente essa prioridade: Art. 5º São princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da igualdade e equidade: V – respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência. Alternativa C: ERRADA. Embora a proteção às mulheres seja tema frequente em políticas públicas, o art. 5º, V deste Decreto não lhes confere a atenção especial referida na questão. Alternativa D: ERRADA. O estatuto do idoso prevê prioridade para maiores de 80 anos em outros contextos (art. 3º, § 2º, Lei 10.741/2003), mas o Decreto 7.053/2009 não os destaca nesse ponto específico. Alternativa E: ERRADA. Pessoas doentes não são citadas no rol de atenção especial contido no art. 5º, V do Decreto. Gabarito: Letra B. 23 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot 6. (VUNESP/2025/MP‑SP/Analista Jurídico) de capacidade, as regras de funcionamento e convivência, acessibilidade, salubridade e distribuição geográfica das unidades de acolhimento, respeitado o direito de permanência dessa população, preferencialmente nas cidades ou a) nos centros urbanos. b) nos espaços disponíveis. c) na zona rural. d) nas casas de passagem. e) nas regiões periféricas. Comentários: Alternativa A: CERTA. O Decreto nº 7.053/2009, que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua, determina que o padrão de acolhimento temporário deve respeitar o direito de permanência dessa população, “preferencialmente nas cidades ou nos centros urbanos”. Art. 8ºO padrão básico de qualidade, segurança e conforto da rede de acolhimento temporário deverá observar limite de capacidade, regras de funcionamento e convivência, acessibilidade, salubridade e distribuição geográfica das unidades de acolhimento nas áreas urbanas, respeitado o direito de permanência da população em situação de rua, preferencialmente nas cidades ou nos centros urbanos. Alternativa B: ERRADA. A expressão “nos espaços disponíveis” não figura no art. 8º do Decreto nº 7.053/2009; o diploma legal restringe a preferência a cidades e centros urbanos. Alternativa C: ERRADA. O texto normativo não contempla a zona rural como local preferencial de permanência; pelo contrário, o foco é a área urbana (cidades ou centros urbanos). Alternativa D: ERRADA. “Casas de passagem” não são mencionadas no dispositivo como opção preferencial; a redação do art. 8º limita‑se a cidades ou centros urbanos. Alternativa E: ERRADA. O art. 8º não faz alusão a regiões periféricas, mas apenas a cidades e centros urbanos como locais prioritários de permanência da população em situação de rua. Gabarito: Letra A. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO A ideia do questionário é elevar o nível da sua compreensão no assunto e, ao mesmo tempo, proporcionar uma outra forma de revisão de pontos importantes do conteúdo, a partir de perguntas que exigem respostas subjetivas. São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas. O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para consolidar melhor o que aprendeu ;) 24 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam. Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível. É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok? Nosso compromisso é proporcionar a você uma revisão de alto nível! Vamos ao nosso questionário: Perguntas 1. Como o Decreto 7.053/2009 define o grupo populacional em situação de rua? 2. Qual é a finalidade central da Política Nacional para a População em Situação de Rua? 3. Que diretriz reforça a participação da sociedade civil na Política Nacional para a População em Situação de Rua? 4. Qual objetivo da Política Nacional visa ampliar oportunidades de trabalho a pessoas em situação de rua? 5. Que garantia a Resolução CNDH 40/2020 confere aos pertences das pessoas em situação de rua? 6. Segundo a Resolução 40/2020, qual é o status jurídico do “domicílio improvisado”? 7. Qual requisito de tempo para usucapião especial urbana individual? 8. Qual limite máximo de área para usucapião urbana individual? 9. Que condição adicional caracteriza a usucapião urbana coletiva? 10. Quais são os dois prazos mínimos concedidos ao proprietário notificado para parcelar, edificar ou utilizar imóvel subutilizado? 11. Em que caso o IPTU progressivo no tempo pode ser aplicado? 12. Como se dá a desapropriação-sanção após 5 anos de IPTU progressivo sem regularização? 13. O que é direito de superfície na política urbana brasileira? 14. Qual é a finalidade do direito de preempção municipal? 15. O que representa a outorga onerosa do direito de construir (“solo criado”)? 16. Defina operação urbana consorciada. 17. Quais aspectos mínimos o Estudo de Impacto de Vizinhança deve analisar? 18. Em que periodicidade o plano diretor municipal deve ser revisto? 25 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot 19. Qual diretriz do Estatuto da Cidade trata da justa distribuição dos benefícios e ônus da urbanização? 20. Que instrumento assegura participação popular na gestão urbana? 21. Qual garantia constitucional protege a função social da propriedade urbana? 22. Quem são os beneficiários prioritários do Programa Minha Casa, Minha Vida? 23. Que tecnologia urbana hostil foi vedada pela Lei 14.489/2022 (Lei Padre Lancelotti)? 24. Qual é a competência concorrente da União e Estados em matéria urbanística? 25. Que prazo geral a Política Nacional estabelece para eliminar a situação de rua, conforme relatório da Relatora Especial da ONU? 26. Que dever possuem agentes de segurança pública segundo a Resolução 40/2020 ao abordar pessoas em situação de rua? 27. Qual é o conceito de “direito a cidades sustentáveis” no Estatuto da Cidade? Perguntas com respostas 1. Como o Decreto 7.053/2009 define o grupo populacional em situação de rua? Grupo heterogêneo em pobreza extrema, com vínculos familiares interrompidos ou fragilizados, sem moradia convencional e que utiliza logradouros públicos ou unidades de acolhimento como espaço de moradia e sustento (art. 1º, par. único, Dec. 7.053/2009). 2. Qual é a finalidade central da Política Nacional para a População em Situação de Rua? Garantir acesso amplo e seguro a serviços e programas de saúde, educação, assistência, moradia, trabalho, cultura e proteção social (art. 7º I, Dec. 7.053/2009). 3. Que diretriz reforça a participação da sociedade civil na Política Nacional para a População em Situação de Rua? Participação por meio de entidades, fóruns e organizações na elaboração, acompanhamento e monitoramento das políticas (art. 6º VI, Dec. 7.053/2009). 4. Qual objetivo da Política Nacional visa ampliar oportunidades de trabalho a pessoas em situação de rua? Disponibilizar programas de qualificação profissional para acesso ao mercado de trabalho (art. 7º XIV, Dec. 7.053/2009). 5. Que garantia a Resolução CNDH 40/2020 confere aos pertences das pessoas em situação de rua? Vedação ao recolhimento de documentos e objetos pessoais por agentes públicos (art. 11, Res. CNDH 40/2020). 6. Segundo a Resolução 40/2020, qual é o status jurídico do “domicílio improvisado”? 26 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot É considerado moradia inviolável, sujeita à proteção constitucional (art. 9º, Res. CNDH 40/2020). 7. Qual requisito de tempo para usucapião especial urbana individual? Posse mansa, pacífica e ininterrupta por 5 anos (art. 9º, Lei 10.257/2001). 8. Qual limite máximo de área para usucapião urbana individual? Até 250 m² de área ou edificação (art. 9º, Lei 10.257/2001). 9. Que condição adicional caracteriza a usucapião urbana coletiva? Área ocupada por população de baixa renda onde não seja possível individualizar lotes (art. 10, Lei 10.257/2001). 10. Quais são os dois prazos mínimos concedidos ao proprietário notificado para parcelar, edificar ou utilizar imóvel subutilizado? 1 ano para protocolar o projeto e 2 anos após o protocolo para iniciar a obra (art. 5º §4º, Lei 10.257/2001). 11. Em que caso o IPTU progressivo no tempo pode ser aplicado? Se o proprietário descumprir os prazos para dar função social ao imóvel após notificação (art. 7º, Lei 10.257/2001). 12. Como se dá a desapropriação-sanção após 5 anos de IPTU progressivo sem regularização? Pagamento em títulos da dívida pública resgatáveis em até 10 anos com juros de 6 % a.a. (art. 8º, Lei 10.257/2001).13. O que é direito de superfície na política urbana brasileira? Faculdade de o proprietário conceder a terceiros o uso do solo, subsolo ou espaço aéreo por prazo determinado ou indeterminado mediante escritura pública (art. 21, Lei 10.257/2001). 14. Qual é a finalidade do direito de preempção municipal? Permitir ao município comprar imóvel urbano à venda em área delimitada para fins como regularização fundiária e habitação social (art. 25, Lei 10.257/2001). 15. O que representa a outorga onerosa do direito de construir (“solo criado”)? Autorização para edificar acima do coeficiente básico mediante contrapartida financeira ao município (art. 28, Lei 10.257/2001). 16. Defina operação urbana consorciada. Conjunto de intervenções coordenadas pelo município com participação privada para promover transformações urbanísticas estruturais e melhorias sociais em área definida (art. 32, Lei 10.257/2001). 17. Quais aspectos mínimos o Estudo de Impacto de Vizinhança deve analisar? Adensamento, equipamentos urbanos, uso do solo, valorização imobiliária, tráfego, ventilação/iluminação e paisagem/patrimônio (art. 37, Lei 10.257/2001). 27 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot 18. Em que periodicidade o plano diretor municipal deve ser revisto? Pelo menos a cada 10 anos (art. 40 §3º, Lei 10.257/2001). 19. Qual diretriz do Estatuto da Cidade trata da justa distribuição dos benefícios e ônus da urbanização? Direito a cidades sustentáveis com equidade na distribuição de benefícios e encargos (art. 2º XI, Lei 10.257/2001). 20. Que instrumento assegura participação popular na gestão urbana? Conselhos, audiências e consultas públicas previstas na gestão democrática da cidade (art. 43, Lei 10.257/2001). 21. Qual garantia constitucional protege a função social da propriedade urbana? Previsão de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios para imóveis que descumpram a função social (art. 182 §2º, CF). 22. Quem são os beneficiários prioritários do Programa Minha Casa, Minha Vida? Famílias com renda mensal de até R$ 4.650, residentes em áreas de risco ou com mulheres responsáveis pelo lar e pessoas com deficiência (art. 3º, Lei 11.977/2009). 23. Que tecnologia urbana hostil foi vedada pela Lei 14.489/2022 (Lei Padre Lancelotti)? Emprego de materiais ou estruturas destinadas a afastar pessoas em situação de rua de espaços públicos (art. 2º XX, Lei 10.257/2001, com redação da Lei 14.489/2022). 24. Qual é a competência concorrente da União e Estados em matéria urbanística? Legislar sobre direito urbanístico (art. 24 I, CF). 25. Que prazo geral a Política Nacional estabelece para eliminar a situação de rua, conforme relatório da Relatora Especial da ONU? Até 2030, com estratégias coordenadas pelos Estados (Relatório ONU 2020). 26. Que dever possuem agentes de segurança pública segundo a Resolução 40/2020 ao abordar pessoas em situação de rua? Identificar‑se com crachá visível e respeitar a dignidade, evitando revistas pessoais salvo absoluta necessidade (arts. 18 e 20, Res. CNDH 40/2020). 27. Qual é o conceito de “direito a cidades sustentáveis” no Estatuto da Cidade? Acesso à terra urbana, moradia, saneamento, infraestrutura, transporte, serviços públicos, trabalho e lazer para presentes e futuras gerações (art. 2º I, Lei 10.257/2001). LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS 1. (FGV/2023/DPE‑RS/Assistente Social) Durante o Plantão Social em um equipamento de Assistência Social, a assistente social Rejane atende Marisa, uma jovem que vive nas ruas 28 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot depois que perdeu o seu emprego e não mais conseguiu pagar o aluguel do apartamento em que morava. Marisa está muito machucada, pois havia sido agredida por ser moradora de rua, e temia que a situação se repetisse no equipamento. Rejane tranquiliza a usuária, informando que um dos princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua é o(a): a) integração dos esforços do poder público para atender a essa população; b) promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; c) democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos; d) implantação de centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua; e) respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa. 2. (FGV/SEMSA Manaus - 2022) De acordo com a Política Nacional para a População em Situação de Rua, os serviços de acolhimento temporário serão regulamentados, nacionalmente, pelas instâncias de pactuação e deliberação do/a a) Secretaria de Direitos Humanos. b) Sistema Único de Assistência Social. c) Ministério da Saúde. d) Coordenação de Desenvolvimento Humano e Social. e) Terceiro Setor. 3. (FGV/2015/TCM‑SP) A Constituição da República de 1988 estabelece que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem‑estar de seus habitantes. Nesse contexto, como instrumento de consecução da política urbana, o Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/01) prevê: a) a desapropriação sanção, nos casos em que, decorridos dez anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, pela metade do valor de mercado, mediante pagamento em títulos da dívida pública no prazo de até vinte anos; b) a usucapião especial de imóvel urbano para aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até quinhentos metros quadrados, por três anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando‑a para sua moradia ou de sua família, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, e o título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil; 29 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot c) o estudo de impacto de vizinhança (EIV) que é imprescindível para todo e qualquer empreendimento residencial ou empresarial, privado ou público, em área urbana em imóvel com mais de quinhentos metros quadrados, que deverá ser elaborado e executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades; d) a usucapião especial coletiva nas áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural; e) o direito de preempção, que consiste na prerrogativa do poder público municipal de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno de particular que não tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, por tempo determinado em lei, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis, sem direito à indenização. 4. (FGV/DPE‑RJ – 2019) A medida de retirada compulsória de bebês de mães usuárias de drogas e moradoras de rua em Belo Horizonte (MG) provocou polêmicas e protestos da Defensoria Pública, do CONANDA e de outras entidades de defesa dos direitos humanos. Uma abordagem dessa questão em consonância com o respeito aos direitosdo cidadão deve considerar que: a) nascituros e recém‑nascidos são sujeitos de direitos e alvos preferenciais de medidas higienistas que garantam sua integridade física e psicológica; b) o uso de drogas é uma psicopatologia que determina a inaptidão para o exercício da maternidade, sendo a adoção a medida que melhor atende ao interesse da criança; c) as gestantes e as mães usuárias de substâncias entorpecentes têm direito à internação compulsória para tratamento e ao alojamento conjunto com seus bebês; d) pessoas em situação de rua devem ser alvo de políticas educativas de prevenção terciária para evitar a gravidez indesejada e a iniciação no uso de entorpecentes; e) medidas protetivas como oferta de tratamento de saúde e programas de moradia e de transferência de renda podem evitar a ruptura do vínculo entre a criança e sua família. 5. (VUNESP/2023/Prefeitura de Sertãozinho) De acordo com o artigo 5º do Decreto 7.053/2009, são princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da igualdade e equidade: o respeito à dignidade da pessoa humana; o direito à convivência familiar e comunitária; a valorização e respeito à vida e à cidadania; o atendimento humanizado e universalizado; e o respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial 30 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot a) às crianças. b) às pessoas com deficiência. c) às mulheres. d) aos maiores de oitenta anos. e) aos doentes. 6. (VUNESP/2025/MP‑SP/Analista Jurídico) de capacidade, as regras de funcionamento e convivência, acessibilidade, salubridade e distribuição geográfica das unidades de acolhimento, respeitado o direito de permanência dessa população, preferencialmente nas cidades ou a) nos centros urbanos. b) nos espaços disponíveis. c) na zona rural. d) nas casas de passagem. e) nas regiões periféricas. 31 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot Gabarito 1. E 2. B 3. D 4. E 5. B 6. A 32 Bruno Bezerra, Raphael Rabelo Parreira Aula 07 CNU - Passo Estratégico de Diversidade e Inclusão na Sociedade - 2025 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br https://t.me/KakashiAssinaturasBot