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UNIVERSIDADE ESTADUALDE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA DISCIPLINA 3212 – FÍSICA EXPERIMENTAL POLARIZAÇÃO Acadêmicos e acadêmica: Bruno Moisés da Silva Valentin R.A.: 90255 Letícia Utiyama R.A.: 88941 Rômulo Luzia de Araújo R.A.: 82193 Docente: Dr. Antônio Medina Neto MARINGÁ Fevereiro de 2016 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 1.1 Polarização ........................................................................................... 3 1.2 Polarização por absorção ...................................................................... 4 2 OBJETIVOS ................................................................................................ 5 3 MATERIAIS E PROCEDIMENTO ............................................................... 6 3.1 Materiais ................................................................................................ 6 3.2 Procedimentos ...................................................................................... 6 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................ 7 5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 8 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 10 7 QUESTÕES .............................................................................................. 11 3 1 INTRODUÇÃO 1.1 Polarização Em uma onda eletromagnética, a direção do campo elétrico é perpendicular à direção de propagação da onda. Se o campo elétrico permanece a uma linha perpendicular à direção de propagação, dizemos que a onda esta linearmente polarizada. Uma onda produzida por uma antena do tipo dipolo elétrico é polarizada por um vetor campo elétrico em qualquer ponto de campo permanecendo no plano contendo o ponto de campo e o eixo da antena. A figura 1 mostra uma onda eletromagnética com o campo elétrico oscilando paralelamente ao eixo y. O plano contém o vetor �⃗� é chamado de plano de polarização da onda. Podemos representar a polarização da onda mostrando a direção das oscilações do campo elétrico em uma vista frontal do plano de oscilação, como na figura 2. A seta de duas cabeças indica que, alterna continuamente entre o sentido positivo e o sentido negativo do eixo y. Figura 1: O plano de oscilação de uma onda eletromagnética polarizada. 4 Figura 2: Vista frontal da onda e indicamos a direção das oscilações do campo elétrico através de uma seta de duas cabeças. 1.2 Polarização por absorção Vários cristais naturais, quando cortado em formatos apropriados, absorvem e transmite luz diferentemente dependendo da polarização da luz. Estes cristais podem ser usados para produzir luz linearmente polarizada. Em 1938 E. H. Land, inventou uma lamina polarizadora comercial simples chamada de Polaroide. Estes materiais contem longas cadeias de moléculas de hidrocarbonetos que são alinhados quando a lamina é esticada em uma direção durante o processo de produção. Estas cadeias tornam-se condutoras em frequência ópticas quando uma lamina é mergulhada em uma solução de iodo. Quando a luz incide com seu vetor campo elétrico paralelo às cadeias, correntes elétricas são geradas ao longo das cadeias e a luz é absorvida. Considere um feixe de luz não polarizada incidente em uma lamina polarizada com seu eixo de transmissão da direção x, como mostrado na figura 3 . O feixe incide em uma segunda lamina polarizadora, o analisador cuja o ângulo de transmissão faz um ângulo θ com o eixo x. Se E é a amplitude do campo elétrico, a componente paralela ao eixo de transmissão usando a equação (1), e a componente perpendicular ao eixo de transmissão a equação (2). A lamina absorve 𝐸𝑧 e transmite 𝐸𝑦, o feixe transmitido tem uma amplitude de campo elétrico igual a equação (1)esta linearmente polarizada na direção do eixo de transmissão. E como a intensidade da luz é proporcional ao quadrado da magnitude do campo elétrico a intensidade I (equação (3))da luz é transmitida 5 pela lâmpada é dada por Im é intensidade da luz entre o polarizador e o analisador 𝐸𝑦 = 𝐸𝑐𝑜𝑠𝜃 (1) 𝐸𝑧 = 𝐸𝑠𝑒𝑛𝜃 (2) 𝐼 = 𝑘𝐸2𝑦 (3) onde k −→ constante de proporcionalidade Substituindo a Eq.(1) na Eq.(3), obtém-se: 𝐼 = 𝑘𝐸2𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝐼𝑚 𝑐𝑜𝑠 2𝜃 (4) A equação (1) é conhecida como lei de Malus devido ao seu descobridor, E. L. Malus (1775-1812). Ela se aplica a quaisquer dois elementos polarizados cuja os eixos de transmissão fazem uma ângulo θ entre eles. Figura 3: Luz transmitida por dois polarizadores, cujos eixos de transmissão formam um ângulo ( θ 2 OBJETIVOS Estudar o fenômeno da polarização por absorção em filtros polaroides e verificar experimentalmente a Lei de Malus. 6 3 MATERIAIS E PROCEDIMENTO 3.1 Materiais Fonte de luz; Banco ótico; Lente convergente; Polarizadores; Foto resistor(LDR); Fonte de tensão; Galvanômetro; Cavaleiros; Suporte; Cabos. 3.2 Procedimentos Montou-se o sistema da figura 4, sem introduzir os polaroides e ligou-se a lâmpada e alinhou-se de modo que o sensor LDR ficasse no plano focal da lente. Em seguida, introduziu-se os polaroides alinhados, de forma que luz pudesse os atravessar. Fixou-se uma tensão fixa na fonte para que fornecesse uma corrente de 5mA. Em seguida, zerou-se o segundo polaroide(analisador) e girou-se o segundo polaroide até que a intensidade de luz fosse máxima, ou seja, quando os eixos de transmissão estivessem paralelos. A parir dessa posição, girou-se o polarizador(1) de 10° em 10° até que completasse 360° e mediu-se a intensidade de corrente em cada situação. Após efetuadas as medidas, desmontou-se o sistema. Figura 4. Sistema montado para o experimento 7 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Com os valores de intensidade de corrente medidos no galvanômetro, pode-se calcular as intensidades luminosas e determinar as intensidades relativas teóricas e experimentais as quais são apresentados na tabela 1. Tabela 1. Valores mensurados empiricamente Ângulo (θ) I (mA) Exp. (%) Teo. (%) Ângulo (θ) I (mA) Exp. (%) Teo. (%) 0 - 100 100 190 4,6 92 97 10 4,8 96 97 200 4,2 84 88,3 20 4,6 92 88,3 210 3,8 76 75 30 4,0 80 75 220 3,1 62 58,68 40 3,2 64 58,68 230 2,4 48 41,31 50 2,5 50 41,31 240 1,6 32 25 60 1,6 32 25 250 0,9 18 11,7 70 0,9 18 11,7 260 0,4 8 3,01 80 0,4 8 3,01 270 0,2 4 0 90 0,2 4 0 280 0,5 10 3,01 100 0,5 10 3,01 290 1,0 20 11,7 110 1,1 22 11,7 300 1,8 36 25 120 1,8 36 25 310 2,5 50 41,31 130 2,6 52 41,31 320 3,2 64 58,68 140 3,4 68 58,68 330 3,8 76 75 150 4,0 80 75 340 4,3 86 88,3 160 4,5 90 88,3 350 4,6 92 97 170 4,8 96 97 360 4,6 92 100 180 4,8 96 100 Com os valores da intensidade luminosa relativa (Intensidade luminosa sobre a maior intensidade luminosa) teóricos e experimentais, construiu-se um gráfico em função da variação angular relativa entre os polaroides. 8 Gráfico 1. Intensidades luminosas teóricas e experimentais em função do ângulo θ. Pela a análise do gráfico pode-se notar que os valores teóricos e experimentais são próximos essa pequena discrepância pode ser explicado porque a teoria considera que sãopolaroides ideias, ou seja, que a luz que não possua a orientação correta seja bloqueada. Analisando a equação, nota-se a dependência da intensidade luminosa com a função cosseno, logo quando a diferença angular entre os polaroides era de 2n*180°, onde n=0,1,2,3... a intensidade luminosa é máxima e quando essa diferença era de (2n+1/2)180°, onde n=0,1,2,3... a intensidade luminosa era praticamente nula. 5 CONCLUSÃO Cumprindo o objetivo do experimento pode-se estudar o fenômeno da polarização por absorção em filtros polaroides e verificar experimentalmente a 9 Lei de Malus havendo apenas uma pequena discrepância entre os valores teóricos e experimentais. 10 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TIPLER, P. MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: Ótica e Física Moderna. Vol.4, 3ª Edição. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro,1991. HALLIDAY, D., RESNICK, R. Fundamentos de Física 4. Rio de Janeiro: LTC, 1991. 11 7 QUESTÕES 1- Um vendedor de loja assegura que um certo par de óculos escuros tem filtro polaroide, mas você suspeita que são apenas de plástico colorido. Como se poderia confirmar isso? R= Posicionando os dois óculos 90° um em relação ao outro. Se possui- se filtro polaroide a maior parte da luz seria filtrada. 2-Quando a luz não polarizada incide sobre um polarizador, apenas metade da energia é transmitida estão cruzadas. O que acontece com a parte não transmitida da energia? R= A outra parte sofre reflexão. 3- Duas folhas de polaroide estão inseridas entre duas outras, cujos eixos de transmissão estão cruzados. O ângulo ente os eixos de transmissão das folhas sucessivas é de 30°. Determine a intensidade da luz transmitida, se a luz original é não polarizada e tem intensidade I0. R= (1/22)I0 4-Duas folhas de polaroide estão com os respectivos eixos de transmissão cruzados, de modo que não transmissão de luz. Insere-se uma terceira folha entre as duas, de modo que o eixo de transmissão faça um ângulo θ com primeira. Sobre esta, incide luz transmitida pelas três folhas, para: a) θ=45° R= (1/32)I0 b) θ=30° R=(3/32)I0
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