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19/03/2025 1 Cuidado em Saúde Docente: Lorena Lôbo Brito Morbeck Doutora em Ciências Fisiológica lorena.morbeck@ftc.edu.br Higienização das Mãos 10 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS POR QUÊ? PARA QUE? 11 19/03/2025 2 12 PERPESCTIVA HISTÓRICA Florence Nightingale “A Dama da Lâmpada” (1820-1910) Implantação medidas básicas de higienização conseguiu reduzir sensivelmente a taxa de mortalidade nas enfermarias. • Guerra da Crimeia • Teoria ambientalista PERPESCTIVA HISTÓRICA • 1975 e 1985 – Criação de Guias acerca da Lavagem das Mãos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, Centers for Disease Control and Prevention). • 1988 e 1995 – Criação de Guias para lavagem e anti-sepsia de mãos foram publicados pela Associação para Profissionais de Controle de Infecções (APIC, Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology). • 1989 - Ministério da Saúde publicou o manual “Lavar as Mãos: Informações para Segurança do Paciente.” • Portaria OMS 2616/98 - Programa de controle de infecções nos estabelecimentos de assistência à saúde no país. 13 19/03/2025 3 14 LEGISLAÇÃO ESTADUAL 15 LEI Nº 13.706 DE 27 DE JANEIRO DE 2017 Dispõe sobre a obrigatoriedade de colocação e disponibilização de equipamentos com álcool em gel por parte de estabelecimentos comerciais em todo território do Estado da Bahia e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Os estabelecimentos comerciais que prestam serviço direto à população no Estado da Bahia ficam obrigados a disponibilizar, para uso de seus clientes, equipamentos com álcool em gel em suas dependências. 19/03/2025 4 FONTES DE MICROORGANISMOS • ENDÓGENA • Pele • Mucosas • Vísceras ocas • EXÓGENA • Equipo • Materiais • Ambiente 16 ESTRUTURA DA PELE 17 EPIDERME Tecido epitelial estratificado pavimentoso e queratinizado, avascularizado. DERME Constituída das fibras colágenas e elásticas e da substância fundamental, sintetizada pelos fibroblastos, vascularizada. Hipoderme 19/03/2025 5 MICROBIOTA 18 Em cada local do organismo existe uma microbiota típica em decorrência de fatores como: - Superfícies adequadas à adesão - Estruturas específicas dos microrganismos - Temperatura, umidade, fatores nutritivos MICROBIOTA RESIDENTE • Camadas mais profundas da pele • Mais resistente à remoção com água e sabão Stafilococcus aureus, S. epidermidis, fungos. 19 Representada por um grupo relativamente fixo de microrganismos encontrados numa área em determinada e que, quando alterada, prontamente se recompõe. infographic infographic https://www.biocodexmicrobiotainstitute.com/sites/default/files/styles/wide/public/2021-09/%5Binfography%5D%20Composition%20of%20the%20skin%20microbiota_pt.png?itok=HbJZciLC https://www.biocodexmicrobiotainstitute.com/sites/default/files/styles/wide/public/2021-09/%5Binfography%5D%20Composition%20of%20the%20skin%20microbiota_pt.png?itok=HbJZciLC 19/03/2025 6 MICROBIOTA TRANSITÓRIA Camadas mais superficiais da pele. Remoção com higienização simples. Contato direto (com paciente) ou indireto (superfícies ou equipamentos próximos ao paciente) Pseudomonas aeruginosa, fungos, vírus, MRSA 20 infographic Consiste em microrganismos não-patogênicos, ou potencialmente patogênicos que habitam a pele ou a mucosa durante horas, dias ou semanas. Os microrganismos transitórios são geralmente de pouca importância, desde que a microbiota residente permaneça íntegra. Medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. • Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e microbiota da pele. • Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. Interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato. Finalidades Higienização das mãos 21 https://www.biocodexmicrobiotainstitute.com/sites/default/files/styles/wide/public/2021-09/%5Binfography%5D%20Composition%20of%20the%20skin%20microbiota_pt.png?itok=HbJZciLC 19/03/2025 7 QUEM DEVE HIGIENIZAR AS MÃOS • Água e sabonete. • Preparação alcoólica. • Antiséptico degermante. Familiares, acompanhantes e visitantes. Indicações Todos os profissionais • Trabalham em serviços de saúde. • Mantêm contato direto ou indireto com os pacientes. • Manipulam medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado ? Higienização das mãos 22 Produtos utilizados para higienização das mãos 23 Higienização das mãos Sabão Antissépticos Solução alcoólica Triclosan Clorexidina Iodoforos 19/03/2025 8 24 Água e Sabonete • Quando estiverem visivelmente sujas, contaminadas com sangue e outros fluidos corporais. • Ao iniciar e terminar o turno de trabalho. • Antes e após ir ao banheiro. • Antes e depois das refeições. • Antes de preparar alimentos. • Antes de preparar e manipular medicamentos. • Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado. • Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico. • Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas. Quando Higienizar as mãos? 25 19/03/2025 9 Uso de preparações alcoólicas • Se as mãos NÃO estiverem visivelmente sujas ou contaminadas • Antes de ter contato com o paciente. • Após ter contato com o paciente. • Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos. • Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico. • Após risco de exposição a fluidos corporais. • Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente. • Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente. • Antes e após a remoção das luvas. Quando Higienizar as mãos? 26 Uso de agentes anti-sépticos • Nos casos de precaução de contato recomendada para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes. • Nos casos de surtos. • Precauções de contato com germes multiresistentes • Em situações de surtos (quando indicado) • Inserção de cateteres ou outros procedimentos invasivos • Preparo pré-operatório das mãos • Antes de cirurgias realizar a degermação da pele • Precauções de contato com germes multiresistentes • Em situações de surtos (quando indicado) • Inserção de cateteres ou outros procedimentos invasivos • Preparo pré-operatório das mãos • Antes de cirurgias realizar a degermação da pele Higienização anti-séptica Degermação da pele • No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico. • Antes da realização de procedimentos invasivos. Quando Higienizar as mãos? 27 19/03/2025 10 Qual a solução mais adequada? 28 ATENDER • Remoção de microbiota transitória X residente • Aceitação do produto • Custo baixo • Indicação da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) 29 Solução mais Adequada 19/03/2025 11 Cuidados Adicionais • Manter unhas curtas, limpas. • Evitar uso de esmaltes. • Evitar uso de adornos nas mãos quando estiver prestando cuidados ao paciente. • Uso diário e regular de creme hidratante nas mãos para evitar ressecamento e abrasões na pele. 30 Técnicas Higienização simplesHigienização simples Duração de 40 a 60 segundos. Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. Higienização anti-sépticaHigienização anti-séptica Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um anti-séptico. Duração de 40 a 60 segundos. Técnicas de Higienização 31 19/03/2025 12 Técnicas Fricção das mãos com anti-sépticoFricção das mãos com anti-séptico Duração de 20 a 30 segundos. Reduzir a carga microbiana das mãos.• Utilizado gel alcoólico a 70%. • Solução alcoólica a 70% com 1%-3% de glicerina. • Pode substituir a higienização com água e sabonete quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. Técnicas de Higienização 32 Técnicas Duração de 3 a 5 minutos. Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporciona efeito residual na pele do profissional. Anti-sepsia cirúrgicaAnti-sepsia cirúrgica Duração de 2 a 3 minutos. Técnicas de Higienização 33 19/03/2025 13 34 ➢Manter o corpo afastado da pia, abrir a torneira e molhar as mãos sem tocar na superfície da pia. ➢Aplicar na palma da mão sabonete com antisséptico. ➢Ensaboar as palmas das mãos, friccionando uma na outra. ➢Esfregar a palma da mão contra o dorso da mão. ➢Friccionar os espaços interdigitais entrelaçando os dedos. ➢Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, com movimento de vai-e-vem. 35 Técnicas LavagemLavagem Técnicas de Higienização (ANVISA 2009) 19/03/2025 14 Técnicas LavagemLavagem Técnicas de Higienização (ANVISA 2009) ➢Esfregar o polegar, com o auxílio da palma da mão. ➢Friccionar as polpas digitais e unhas. ➢Esfregar o punho. ➢Enxaguar as mãos em água corrente, retirando totalmente o resíduo do sabonete, sem tocar na superfície da pia ou na torneira. ➢Secar as mãos com papel-toalha descartável iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. ➢No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha. 36 ➢Aplicar na palma da mão quantidade suficiente da solução antisséptica; ➢Friccionar as palmas das mãos uma na outra. ➢Friccionar a palma contra o dorso da mão. ➢Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados. ➢Friccionar o polegar com o auxílio da palma da mão, utilizando-se movimento circular e vice-versa. 37 Técnicas Sem LavagemSem Lavagem Técnicas de Higienização (ANVISA 2009) 19/03/2025 15 ➢Friccionar as polpas digitais e unhas da mão. ➢Friccionar os punhos com movimentos circulares. ➢Esperar até que seque completamente (não usar papel-toalha). 38 Técnicas Sem LavagemSem Lavagem Técnicas de Higienização (ANVISA 2009) Técnicas DegermaçãoDegermação Técnicas de Higienização (ANVISA 2009) ➢Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos. ➢Recolher, com as mãos em concha, o antiséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com antiséptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes. ➢Limpar sob as unhas com as cerdas da escova. ➢Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos. 39 19/03/2025 16 ➢Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir foto sensor. ➢Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas. 40 Técnicas DegermaçãoDegermação (ANVISA 2009) Técnicas de Higienização Higienização das Mãos Passo a Passo 1. Esfregue as Palmas 2. Esfregue os Dorso 3. Entrelace os dedos friccionando 4.Dedo movimento de vai e vem 5. Polegar movimento circular 6. Polpa digitais friccionar 7. Punho movimento circular 41 19/03/2025 17 “A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES ESTÁ EM SUAS MÃOS” 42 Referência Bibliográfica 43 Bibliografia Básica: • POTTER, P.A.; PERRY,A.G.. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151734/cfi/6/2!/4/2/2/2@0:0.0530 • PORTO, C.C.. Semiologia Médica. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2824-9/cfi/6/2!/4/2/2@0:0 • American Heart Association. Higligths of the 2015 American Heart Association Guidelines for the CPCR and ECG. disponível em heart.org/cpcr Bibliografia Complementar: • Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente. Higienização das mãos. Brasília: Anvisa, 2007. 52 p. • Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 20/07/2021 Disponível em: http://anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdfManual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde. • CVE/NES. CENTRO de Vigilância Epidemiológica/Núcleo e Educação em Saúde – SES-SP. EUCAÇÃO EM SAÚDE - Planejando as Ações Educativas: teoria e prática. Manual para operacionalização das ações educativas no SUS - São Paulo:2001, disponível em: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/educacao.pdf. • HIDRATA, Mario Hiroyuki; MANCINI FILHO, Jorge. Manual de Biossegurança. São Paulo: Manole, 2002. Hirata, M. H., Filho, J. M., & Hirata, R.D. C. (2017). Manual de biossegurança 3ª ed.(3ºedição).EditoraManole. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788520461419. Slide 10 Slide 11 Slide 12: PERPESCTIVA HISTÓRICA Slide 13: PERPESCTIVA HISTÓRICA Slide 14 Slide 15: LEGISLAÇÃO ESTADUAL Slide 16: FONTES DE MICROORGANISMOS Slide 17: ESTRUTURA DA PELE Slide 18: MICROBIOTA Slide 19: MICROBIOTA RESIDENTE Slide 20: MICROBIOTA TRANSITÓRIA Slide 21: Higienização das mãos Slide 22: Higienização das mãos Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30: Cuidados Adicionais Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43: Referência Bibliográfica