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Documento dos sócios Os documentos iniciais que o empreendedor deve apresentar para dar entrada ao processo de abertura, alteração e baixa das empresas incluem: · Cópia autenticada do Registro Geral (RG) · Cópia simples do Cadastro de Pessoa Física (CPF) · Certidão de casamento (se for casado) · Carteira do órgão regulamentador (p. ex.: Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, Conselho Regional de Administração – CRA, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, Conselho Regional de Representantes Comerciais – CORE, entre outros) · Cópia simples do comprovante de endereço residencial · Última declaração do imposto de renda pessoa física (IR) · Título de eleitor (para o caso de inscrição de microempreendedor individual) Procurações Procuração é o instrumento pelo qual alguém nomeia uma pessoa de sua confiança como seu representante (procurador), para agir em seu nome em determinada situação em que não queira ou não possa estar presente. A outorga de poderes pode ser concedida para várias situações, como uso de conta bancária, realização de matrícula universitária, realização de contratos, casamento, participação em assembleias condominiais, tomada de posse em cargo público, solicitação de documentos em órgãos públicos etc. No Brasil, são praticados e aceitos dois modelos de procuração: · Procuração particular · Procuração pública Apesar da possibilidade de o conteúdo ser o mesmo, o que muda é a eficácia jurídica se utilizada em juízo, e apenas a procuração pública emite certidão. Basicamente, a diferença é que a procuração particular não fica registrada em livro próprio do Cartório de Notas, ao contrário da procuração pública, que é registrada. Na procuração, o outorgante detalha quais poderes confere ao outorgado, com que objetivo e qual sua extensão. Deve, ainda, conter a indicação do lugar no qual foi concedida, a data de uso dos poderes e as qualificações do outorgante e do outorgado, ou seja, a naturalidade, o estado civil, a profissão, o endereço, o RG e o CPF de ambos. Nas procurações particulares, quando não houver o reconhecimento de firma, recomenda-se conferir e colher cópia simples da carteira de identidade ou outro documento apresentado pelo outorgado. No entanto, caso haja indícios de que a procuração possa ser falsa (poderes exorbitantes, rasuras, papéis muito antigos), ou de qualquer elemento que coloque em dúvida sua autenticidade, recomenda-se cautela na análise do documento. Se permanecerem dúvidas relevantes, poderá ser exigido o reconhecimento de firma. Com relação aos registros de empresas, alterações e baixas, na hipótese de outorgante e outorgado conterem certificado digital, as procurações destinadas à prática de atos do registro digital no âmbito das Juntas Comerciais deverão ser eletrônicas. Na hipótese de o outorgante não conter certificado digital, as procurações destinadas à prática de atos do registro digital, no âmbito da Junta Comercial, poderão ser apresentadas em original, em formato papel, protocoladas presencialmente nas suas unidades administrativas. Cada unidade da Junta Comercial tem a sua especificidade com relação à aceitação de procurações. Para isso, é fundamental entrar em contato com a unidade de seu estado e verificar quais são os procedimentos de procuração. Documento básico de entrada (DBE) Depois de a consulta prévia de viabilidade ser aprovada, é preciso iniciar a etapa de realização do próximo documento: o Documento básico de entrada (DBE). Esse documento é necessário para a prática de qualquer ato referente ao CNPJ. É utilizado nos processos de abertura, modificação e encerramento de registros junto aos órgãos fiscalizadores competentes. Nota: caso a junta comercial utilize sistema de integração entre os órgãos de registro e legalização de empresas, que permita transmissão eletrônica dos dados, fica dispensada a apresentação de documento. Importante ressaltar que o documento é fundamental tanto para as empresas quanto para os trabalhadores que atuam como profissionais liberais ou autônomos e prestam serviço como pessoas jurídicas (PJs). · · O DBE deve ser assinado pelo representante da entidade no CNPJ, por seu preposto ou por seu procurador, dispensado o reconhecimento de firma quando houver a conferência da assinatura por servidor da RFB. A solicitação será formalizada por meio de remessa, por via postal, pela entrega direta ou por outro meio aprovado pela RFB à unidade cadastradora de jurisdição do estabelecimento, do DBE ou do protocolo de transmissão e de cópia autenticada do ato constitutivo, alterador ou extintivo da entidade, devidamente registrado no órgão competente, observada a tabela de Documentos e Orientações constante do Anexo VIII da IN RFB 1.863, de 27 de dezembro de 2018. A formalização também pode ocorrer pela entrega direta da documentação solicitada para a prática do ato no órgão de registro que celebrou convênio com a RFB, acompanhada do DBE ou do protocolo de transmissão. A solicitação poderá ser cancelada automaticamente caso ocorra o descumprimento do prazo de 90 (noventa) dias para imprimir e entregar a documentação. Para os que utilizam certificado digital, assim como senha disponibilizada por órgãos conveniados, será utilizado o protocolo de transmissão, e não o DBE. Esse protocolo e o DBE ficarão disponíveis para futura impressão no site da Receita Federal do Brasil. O DBE não é gerado para as inscrições de microempreendedor individual (MEI), logo, o MEI está dispensado de apresentar o documento. A seguir, veja como é o recibo de DBE (em branco) que deve ser encaminhado. Contrato social O contrato social é o ato constitutivo da pessoa jurídica, ou seja, é a certidão de nascimento da empresa, que passa a existir legalmente com o registro do contrato social no órgão competente. A elaboração desse contrato deve seguir a legislação vigente, em especial o Código Civil. Por se tratar de ato constitutivo, deve necessariamente ser assinado por um advogado, exceto no caso de microempresas e empresas de pequeno porte (EPP). Qualquer pacto em separado celebrado pelos sócios que contrarie o disposto no contrato social não pode ser oposto a terceiros, ou seja, não tem validade em relação a estes. Atualmente, de acordo com o Código Civil, o contrato social deve conter, no mínimo, os seguintes requisitos: a. Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios (em caso de pessoas naturais); e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios (em caso de pessoas jurídicas) b. Denominação, objeto, sede e prazo da sociedade c. Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária d. A quota de cada sócio no capital social e o modo de realizá-la e. As prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços f. As pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, seus poderes e atribuições g. A participação de cada sócio nos lucros e nas perdas h. Se os sócios respondem (ou não) subsidiariamente pelas obrigações sociais Após a elaboração do contrato social, o documento deve ser levado a registro na Junta Comercial, quando se tratar de atividade empresária, ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, quando a atividade não for de caráter empresarial. Enquadram-se nessa última categoria as sociedades simples e as associações. Alguns exemplos de atividades registradas no Cartório de Registro são: · Clínicas de profissionais liberais · Centros acadêmicos · Sindicatos Veja um modelo de contrato social fornecido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), que deve ser preenchido e entregue ao respectivo órgão público para fins de registro: Requerimento de empresário O requerimento de empresário individual é a identificação dos empreendimentos do empresário individual. É nesse documento que constam as especificações da empresa, como a atividade que ela exercerá, o capital social, entre outros, além dos dados do proprietário. Assim como o contrato social, o requerimento deverá ser registradona Junta Comercial e tornará a empresa formalizada legalmente. Algumas características importantes que este requerimento deve apresentar são: Clique ou toque para visualizar o conteúdo. · Responsabilidade do dono · Análise do crédito · Alterações A responsabilidade do investidor/empreendedor é ilimitada, ou seja, o patrimônio pessoal poderá ser usado para cobrir dívidas da empresa. Na hora de preencher o requerimento, você terá de informar alguns pontos, como: nome completo do empresário, código de atividade econômica, descrição do objeto (ou seja, as atividades a serem exercidas), data de início das atividades, valor do capital etc. Para emissão do requerimento de empresário individual, é necessário verificar na Junta Comercial do seu estado como solicitar o documento, pois, se o estado for integrado à Redesim, o requerimento é impresso automaticamente no portal de serviços da Junta Comercial. Veja um modelo de requerimento de empresário não preenchido, disponibilizado pela Junta Comercial do Estado de Roraima (JUCERR): Estatuto social O estatuto social é um documento obrigatório na abertura de cooperativas, sociedades anônimas e entidades sem fins lucrativos, sendo comumente conhecido como a certidão de nascimento dessas instituições. O documento é deliberado em uma assembleia de constituição, que será responsável por debater e definir pormenores específicos do estatuto. Mas, para que uma nova organização surja de fato, o estatuto deve ser registrado na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. O estatuto, segundo o artigo 54 do Código Civil, deverá conter: a. Denominação social b. Prazo de duração c. Sede em algum município determinado d. Objeto social, definido de modo preciso e completo e. Capital social, expresso em moeda nacional f. Ações, determinando a espécie, a classe, se terão valor nominal ou não g. Diretores, no mínimo dois, com prazo de gestão não superior a três anos h. Conselho fiscal com no mínimo três e no máximo cinco membros efetivos e suplentes (deve ser estabelecido se o seu funcionamento será permanente ou não) i. Término do exercício social Entretanto, cada tipo de organização apresentará especificidades que devem ser contempladas no estatuto. Esse documento para associações, por exemplo, deve conter informações como: · Os associados devem ter direitos iguais, entretanto é possível estabelecer diferentes categorias de associados · A qualidade de associado é intransmissível, a não ser que o estatuto estipule o contrário · A exclusão do associado só é admitida por justa causa, reconhecida em procedimento que assegure o direito de defesa e de recurso · O estatuto deve dispor sobre a assembleia geral, o órgão máximo da associação, o qual decide pontos importantes dentro da organização. Nesse sentido, o documento deve abordar questões como o funcionamento da assembleia e o poder de voto nesse órgão. A seguir, é apresentado um modelo de estatuto social de uma organização não governamental (ONG), disponibilizado pelo Conselho Regional de Contabilidade do Ceará (CRCCE): Atas de registro de reuniões societárias Por meio da ata de assembleia ou de reunião de sócios, são registrados os principais acontecimentos e as decisões tomadas pelos sócios de uma sociedade limitada. Os artigos 1.071 e 1.085, do Código Civil, ou o contrato social podem estipular que os sócios devem reunir-se em conclave (reunião ou assembleia de sócios) pelo menos uma vez por ano (reunião ou assembleia ordinária), nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, com objetivo de, no mínimo: a. Tomar as contas dos administradores e deliberar sobre os balanços patrimonial (BP) e de resultado econômico (DRE) b. Designar ou destituir administradores, bem como dispor sobre o modo de remuneração deles, quando não estabelecido no contrato social e quando for o caso c. Alterar o contrato social d. Tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia Ressalta-se que a assembleia só é legalmente obrigatória para as sociedades compostas por mais de dez sócios. Para as demais, o contrato social pode estabelecer a realização de reunião de sócios, desde que cumpridas determinadas formalidades. A diferença entre a assembleia e a reunião é a formalidade exigida para cada uma delas. A assembleia de sócios requer formalidades mais rígidas de convocação (p. ex.: publicação em jornais) e de instalação (quórum para começar), e a sua realização é obrigatória para sociedades limitadas com mais de dez sócios. A reunião, por outro lado, não tem formalidades de convocação e instalação, apenas sendo exigido o quórum de aprovação. Tanto a assembleia quanto a reunião poderão ser ordinárias ou extraordinárias. Ordinária é a deliberação periódica, normalmente anual, conforme visto anteriormente. Extraordinária, por sua vez, será toda a assembleia ou a reunião convocada para a deliberação de outros assuntos, entre os quais não esteja incluída a aprovação de contas. Outro aspecto interessante é a previsão legal de dispensa de reunião ou de assembleia quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas. Além disso, de acordo com a Lei Complementar n.º 123/2006, as ME e as EPP estão desobrigadas da realização de reuniões e assembleias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as quais serão substituídas por deliberação tomada pelos sócios representativos do primeiro número inteiro superior à metade do capital social. A dispensa, entretanto, não se aplica nos casos em que: · Haja disposição contratual em contrário · Ocorra hipótese de justa causa que enseje a exclusão de sócio · Um ou mais sócios ponham em risco a continuidade da empresa em virtude de atos de inegável gravidade Nos casos mencionados, deverá ser realizada reunião ou assembleia em conformidade com a legislação civil. As ME e as EPP ficam, ainda, nos termos da legislação civil, dispensadas da publicação de qualquer ato societário. Veja a seguir um modelo de ata de reunião disponibilizado pela Junta Comercial de São Paulo (JUCESP): Alteração contratual A alteração contratual é uma atualização dos dados cadastrais da empresa e contém processos semelhantes aos da abertura de empresa, pois é preciso que o empreendedor renove o cadastro nos mesmos órgãos nos quais abriu o seu negócio, como a Junta Comercial e a prefeitura, por exemplo. Normalmente, as empresas fazem a alteração contratual em ocasiões como troca de endereço, entrada ou saída de sócios, modificação do tipo jurídico, inclusão ou exclusão de CNAE, ajuste da razão social e/ou do nome fantasia, mudança na sucessão da empresa, mudança nas cláusulas do contrato e correções das informações para a Receita Federal. Além disso, lembre-se de que existem duas possibilidades de alteração da empresa: Alteração contratual simples Serve como um adendo ao contrato social, ao ato de constituição ou ao estatuto social. Alteração contratual consolidada É o documento final da empresa, anulando os documentos anteriores, como o documento de origem ou outras alterações, simples ou consolidadas. Extinção e baixa A extinção ou baixa ocorre com a dissolução da sociedade, a liquidação do patrimônio empresarial e a distribuição do acervo líquido ao titular ou aos sócios. São motivos que levam a empresa à dissolução: a. A vontade do titular ou dos sócios da sociedade de extinguir a empresa b. O vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado c. A falta de pluralidade de sócios na sociedade, se não reconstituída no prazo de 180 dias d. A extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar e. O requerimento de sócio ao juiz, quando exaurido o fim social ou verificada a sua inexequibilidade ou para anular a sua constituição f. A declaração da falência, se a sociedade tiver natureza empresarial A baixa do registro é definitiva e não pode ser revertida. Caso deseje retornar às atividades, o empresário precisará abrir um novo registro. Inscriçãoestadual e municipal Inscrição estadual As empresas que desempenham atividades de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transportes interestadual, intermunicipal e de comunicação serão contribuintes do imposto sobre circulação de mercadorias. Inscrição municipal O cadastramento na prefeitura gera um número ao contribuinte de inscrição municipal, e esse número é indicado no alvará de funcionamento. A inscrição é obrigatória para todos os estabelecimentos cujas atividades configurem o fato gerador de tributos municipais, tais como o imposto sobre serviços (ISS). Com a inscrição, o prestador de serviços pode emitir notas ficais e obter certidões negativas para participação em licitações. Distrato O distrato social funciona por meio de um acordo para dissolução de uma sociedade e é firmado entre os sócios com a utilização de uma lavratura. Portanto, o distrato social é um modo de desfazer uma sociedade, mas sempre com o consentimento ou desejo das partes envolvidas. Dessa maneira, o distrato em si atua como um documento e é aconselhável que esse processo seja atrelado à liquidação da sociedade na atividade empreendedora. O artigo 472 do Código Civil determina que o distrato seja feito pelo mesmo processo exigido para o contrato. Se você quiser saber mais sobre a dissolução de uma sociedade, leia o artigo 1.087 do Código Civil. A sociedade também poderá ser dissolvida judicialmente, quando sua constituição for anulada a pedido de qualquer um dos sócios. Assim, para realizar um distrato social, são necessárias as seguintes informações: Clique ou toque para visualizar o conteúdo. Nomenclatura e documentação completa dos sócios Seja pessoa física, seja pessoa jurídica, toda documentação de caráter registral, ou seja, CPF, CNPJ, número de identificação do registro de empresa (NIRE), previdência, carteira de trabalho, endereço ou domicílio, RG, CNH (se houver procurador, nome e qualificação dele). Nomenclatura e documentação da sociedade a ser distratada NIRE, CNPJ e endereço completo da sede. Caso a sede seja fora do país, é necessário explicitar. Cláusulas essenciais Se for distratar e liquidar (o que é recomendável): quem assumirá o ativo e passivo remanescente da sociedade, os motivos da dissolução e a indicação de quem ficará com os livros e documentos da sociedade. Fecho e informes adicionais Destinados para registro do dia, local, ano e mês em que se fez o fecho (registro de distrato e baixa de empresa). Além disso, as assinaturas dos sócios e respectivos procuradores e a data em que as atividades serão encerradas. O distrato social de sociedade empresária personificada deve ser apresentado para arquivamento na Junta Comercial. Tratando-se de sociedades de natureza civil, o distrato deve ser apresentado para registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas em que tenha sido registrado o contrato social. A seguir, veja um modelo de distrato social disponibilizado pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP): Alvará O alvará de licença é concedido por prefeitura, administração regional ou secretaria municipal da região. Existem alguns tipos de alvará de funcionamento, e ao menos dois deles são bastante utilizados. Alvará de funcionamento Sem o alvará de funcionamento, a sua empresa não está autorizada a operar. Emitido pela prefeitura, esse documento é obrigatório para todos os tipos de comércios, indústrias, sociedades, associações e prestadores de serviço, caracterizados por pessoa física ou jurídica. Veja a seguir os tipos de alvará de funcionamento: Alvará de localização de ponto de referência A empresa que exerce atividade de baixo risco, que não armazena quantidades expressivas de materiais e mercadorias e que não atende a clientes, ou cujo atendimento não gera grande circulação de pessoas no local, pode registrar sua “firma” em sua própria residência, passando a empresa a ser tratada como ponto de referência. Neste alvará consta a importante informação de que é vedado atendimento de público no local, não sendo permitida a contratação de mais de um empregado. O alvará é concedido por prazo indeterminado, mas pode ser cancelado a qualquer tempo se provocar perturbação aos vizinhos e não cumprir as normas impostas. Alvará de localização provisório Concede permissão para a empresa funcionar logo após a avaliação inicial do imóvel, mas geralmente tem uma validade de apenas 180 dias, ou seja, não dispensa a necessidade do alvará definitivo. Nesse período, o ideal é que sejam atendidas todas as exigências para a obtenção do alvará definitivo. Quem é MEI recebe esse alvará automaticamente no momento em que se cadastra no Portal do Empreendedor. Alvará de localização definitivo É o alvará de funcionamento das empresas, tendo todas as legislações atendidas para a sua concessão. Alvará de funcionamento de local de reunião É um documento que regulariza e autoriza o funcionamento de estabelecimentos como: bares, restaurantes, igrejas, estádios, museus, boates, clubes, entre outros estabelecimentos similares que atuam com lotação igual ou superior a 250 pessoas. Alvará de funcionamento condicionado É um documento que permite que estabelecimentos com alguma irregularidade continuem funcionando enquanto buscam as documentações necessárias para regular a sua situação, como em casos de edificações ainda irregulares ou inscritas no Cadastro Informativo Municipal. Esse documento vale para imóveis com área total construída de 1.500 a 5 mil metros quadrados. Alvará de funcionamento para eventos públicos e temporários É uma licença emitida pela prefeitura ou pelo órgão designado pelo município que autoriza a realização de eventos em imóveis públicos ou privados. Cada município tem as suas próprias particularidades e estabelece condições específicas para a liberação desse documento. No entanto, independentemente do local, o ideal é fazer a solicitação com pelo menos 40 dias de antecedência, uma vez que a maioria dos órgãos governamentais exige que o documento seja protocolado com antecedência mínima de 30 dias. No processo de validação de alvará de funcionamento, existem várias licenças necessárias que dependem do grau de complexidade do negócio. Entre as licenças estão: Auto de vistoria do corpo de bombeiros (AVCB) É um documento emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar atestando que a edificação foi vistoriada e contém as condições de segurança necessárias contra incêndio. Toda edificação deve ter o AVCB, especialmente nos casos de construção e reforma, mudança da ocupação ou uso, ampliação da área construída, regularização das edificações e áreas de risco, construções provisórias (eventos, circos, shows etc.). Somente estão dispensadas da emissão do AVCB as residências exclusivamente unifamiliares. Alvará sanitário É exigido para as atividades em que há manipulação, comercialização, armazenamento ou transporte de produtos e serviços que exerçam influência sobre a saúde humana, tais como restaurantes, consultórios médicos, farmácias, entre outros. O alvará tem por objetivo a comprovação de que o estabelecimento obedece às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e corresponde à identificação do estabelecimento comercial no setor de vigilância sanitária do município. Existem diferentes modos de cadastro em cada cidade, portanto, o mais indicado é entrar em contato com a vigilância sanitária local. Licenciamento ambiental É uma licença prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade considerada potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente. Tem como objetivo principal a participação social na tomada de decisão, por meio da realização de audiências públicas, por exemplo. Registro de produtos químicos controlados É uma autorização emitida pela Polícia Federal para quem precise realizar atividades com produtos químicos controlados e que atendam à legislação. Este documento pode ser requisitado por empresas em geral, públicas e privadas, assim como por determinadas pessoas físicas (pesquisador científico e produtorrural). O prazo estimado para emissão do documento é de 30 a 60 dias corridos. Produtos de origem animal Para importar produtos de origem animal, é necessária autorização prévia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que é responsável por avaliar se o produto atende aos requisitos de saúde definidos em lei. Qualquer pessoa jurídica pode fazer a solicitação da licença de produção de produtos de origem animal e o prazo estimado para a prestação do serviço é de 30 dias corridos. Certificado de origem do MEI O certificado da condição do microempreendedor individual (CCMEI), ou certificado de origem do MEI, é o documento que comprova a sua inscrição no CNPJ e na Junta Comercial do seu estado, e vale também como alvará de funcionamento do seu negócio, dependendo do município onde é constituído. Diferentemente dos demais procedimentos empresariais, os atos de inscrição, alteração e extinção do MEI são efetuados pelo Portal do Empreendedor e recebido pelas Juntas Comerciais por meio de arquivos eletrônicos. O CCMEI é emitido durante seu registro como microempreendedor individual. Esse processo é todo on-line e, para isso, acesse a página Empresas e Negócios, no portal do governo federal, clique na opção “Quero ser MEI” e siga o passo a passo para se tornar um MEI. Clique ou toque para ampliar a imagem. O CCMEI é solicitado por bancos e outras empresas por representar o contrato social do MEI. Por esse motivo, é essencial tê-lo em mãos e verificar se todas as informações estão atualizadas e corretas. Certificado digital De acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), a certificação digital funciona com base em um documento eletrônico chamado certificado digital e em um recurso denominado assinatura digital. O certificado digital é uma identidade digital que permite a identificação, de modo seguro, tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas. A assinatura digital é um documento eletrônico gerado e assinado por uma empresa confiável, conhecida como autoridade certificadora (AC), que é obrigada a seguir regras definidas pelo Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Essa assinatura, portanto, é associada a uma entidade (pessoa física, jurídica, processo) e a um acesso criptográfico. Os certificados podem ser armazenados em computador, ou até mesmo em aparelhos móveis (celulares ou tablets), e devem ser do tipo A1, que tem validade de um ano. Outro meio de armazenamento é a mídia criptográfica alocada em cartão ou token. Para essa modalidade, é necessário adquirir certificado do tipo A3, cujo período de validade varia de um a três anos. Para adquirir certificados digitais, entre em contato com uma unidade certificadora, escolha o tipo de certificado, informe os documentos necessários e depois efetue o pagamento da respectiva taxa. Ainda de acordo com o ITI, a utilização do certificado digital possibilita a realização de aplicações em comércio eletrônico, a assinatura de contratos de modo digital e a execução de operações bancárias virtualmente. Portanto, não é necessário que a pessoa esteja presencialmente no local da negociação. Há vários tipos de certificados digitais no mercado, e é necessário escolher o que mais se adapta à empresa ou à pessoa física. Entre os exemplos de certificados podem ser citados os seguintes: Clique ou toque para visualizar o conteúdo. E-CPF Este tipo de certificado é a identidade em formato eletrônico da pessoa física. Sua utilização para assinatura de documentos contém validade jurídica, sendo possível os sócios ou donos das empresas realizarem assinaturas eletrônicas na Redesim, no DBE ou na Junta Comercial de um município, fazerem alteração ou baixa da empresa, comunicarem-se com a Receita Federal do Brasil, acessarem o e-Social, enviarem declaração do imposto de renda, assim como outras declarações. E-CNPJ Esse tipo de certificado é a identidade em formato eletrônico da pessoa jurídica. Com esse certificado é possível autenticar-se em sistemas públicos e privados no nome da empresa. A assinatura com o e-CNPJ também contém validade jurídica, possibilita a comunicação com a Receita Federal do Brasil e o envio de declarações, viabiliza a emissão de nota fiscal eletrônica (NF-e), da nota fiscal avulsa (NFA-e), da nota fiscal de consumidor eletrônica (NFC-e) e da nota fiscal de serviço eletrônica (NFS-e), e possibilita a emissão das escriturações digitais (SPED), entre outras atividades. NF-e e NFC-e Esse tipo de certificado é responsável pela emissão das notas fiscais eletrônicas e pode ser destinado ao uso do funcionário, quando apenas um é responsável pela emissão das notas fiscais, oferecendo mais segurança e melhor controle no processo, dispensando o compartilhamento do uso do e-CNPJ, assim como da sua senha. Certificado OAB É de uso exclusivo de advogados, regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Por meio desse certificado, é possível assinar documentos, realizar petições eletrônicas, enviar a declaração do imposto de renda e executar demais atividades relacionadas a esse ramo. MobileID É uma novidade no mundo dos certificados digitais, criado para uso em aparelhos móveis, como celulares e tablets. Essa modalidade não necessita de atualizações e instalação em drivers, como ocorre nas outras modalidades, pois ele é emitido e armazenado diretamente no aparelho móvel. Certificado SSL É um certificado desenvolvido para uso em sites e que faz uso de criptografia, proporcionando a segurança da informação e a sua respectiva troca nos mais diversos sites, protegendo as informações contra possíveis alterações ou até mesmo o “roubo virtual”. O certificado SSL é um bom investimento para quem possui e-commerce. image1.png