Prévia do material em texto
3 O ASSISTENTE SOCIAL E O SISTEMA PRISIONAL: DESAFIOS NAS UNIDADES PRISIONAIS RESUMO Considerando as necessidades da população, o Serviço Social desempenha um papel crucial na proteção e promoção dos direitos dos cidadãos, integrando-se em diversos espaços de trabalho, incluindo o campo sócio jurídico, que inclui o sistema prisional, em virtude da Lei de Execuções Penais (LEP) Nº 7.210 de 1984, que estabelece diretrizes para a assistência social às pessoas privadas de liberdade. Destaca-se, assim, a importância de os profissionais atuarem de forma a garantir os direitos legais de maneira justa e equitativa, incentivando a reintegração social dos detentos. Neste sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar a atuação do Serviço Social no sistema prisional, assim como os desafios enfrentados pelos assistentes sociais nas unidades penitenciárias. Utilizando a pesquisa bibliográfica como metodologia, busca-se refletir sobre as práticas e reforçar o posicionamento da profissão na defesa dos direitos e na emancipação da pessoa privada de liberdade, contribuindo para sua ressocialização. Palavras-Chave: Sistema penitenciário, serviço social, reintegração social, Direitos Humanos. 1 INTRODUÇÃO A violência urbana tem impactado de forma profunda a ordem pública e todas as esferas sociais. Diariamente, a população acompanha inúmeras notícias de crimes de várias naturezas, deixando-a impotente diante desse aumento da violência. Essa falta de infraestrutura prisional entra em conflito com os princípios estabelecidos na Constituição Federal de 1988, dos quais garantem a integridade física e moral e a dignidade da pessoa privada de liberdade. Nesse contexto, o Serviço Social surge como uma profissão devidamente reconhecida, com a função principal de lidar diretamente com diversas questões sociais, incluindo a demanda dentro do sistema prisional. Os assistentes Sociais são orientados a observar e refletir sobre sua prática nesse ambiente, levando em consideração o código de ética, as leis que regulamentam a profissão e as diretrizes que governam suas ações nas prisões. É de extrema importância compreender as práticas desenvolvidas pelos assistentes sociais, assim como o enfrentamento dos problemas diários, incluindo obstáculos da instituição. Esse entendimento possibilita avaliar e aprimorar o atendimento aos usuários do sistema prisional brasileiro. Este artigo aborda a atuação do Serviço Social no sistema penitenciário brasileiro, analisando os desafios e limitações enfrentados pelos profissionais. O tema foi escolhido de acordo com o interesse na área e observação sobre a importância de tal profissional dentro das penitenciárias, amplamente discutido na sociedade e entre assistentes sociais. Utilizando pesquisa teórica bibliográfica, o artigo se baseou na consulta a diversos livros e autores para oferecer perspectivas sobre a realidade enfrentada pelos assistentes sociais nas prisões. O artigo destaca a necessidade de uma reflexão crítica sobre o exercício profissional, combatendo abordagens punitivas. O trabalho do assistente social é interventivo, visando à transformação emancipatória dos usuários, buscando aprimorar a atuação no sistema penitenciário, fundamentado em princípios éticos e legais. 2 REFERENCIAL TEORICO 2.1. O SERVIÇO SOCIAL NO SISTEMA PENITENCIÁRIO A origem que envolve o conceito de prisão como pena acabou tendo seu início no período da Idade Média em mosteiros. Com o propósito de punir tanto os monges bem como os clérigos que por sua vez, não cumpriam com suas funções, faltando com suas obrigações os mesmos eram coagidos a se recolherem em suas celas e dessa forma, a se dedicarem à meditação e à busca do arrependimento, ficando, desse modo, mais próximos de Deus (MACHADO; SOUZA; SOUZA, 2013). Dessa forma, inspirados com a ideia, os ingleses acabaram construindo em Londres o que foi considerada a primeira prisão do mundo. Prisão esta que era totalmente destinada ao recolhimento de criminosos. Erguida no período entre 1550 e 1552, a “house of correction” foi construída, mas o conceito de seu funcionamento se difundiu de modo acentuado no século XVIII como explicam Machado, Souza e Souza (2013). Posto isto, ao longo de vários séculos, a prisão acabou servindo de contenção em meio as civilizações mais antigas tais como: Egito, Babilônia, Grécia, Pérsia, etc. E a mesma tinha por finalidade ser um lugar de custódia e também de tortura. Assim, o Hospício de San Michel, localizado em Roma, foi a primeira instituição penal na antiguidade, cuja destinação era em princípio encarcerar “meninos incorrigíveis”, esta se denominava por sua vez, Casa de Correção (MACHADO; SOUZA; SOUZA, 2013). A história dos presídios através do serviço social é uma narrativa complexa que reflete a evolução das políticas sociais e penais ao longo do tempo. Desde os primórdios dos sistemas penitenciários, o serviço social desempenha um papel importante na tentativa de lidar com os desafios enfrentados por aqueles que estão encarcerados. Na Lei de Execução Penal (LEP) Nº 7.210 de 1984 em seu Art. 10 dispõe “a assistência ao preso e ao internado como dever do Estado objetiva prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade, estendendo-se esta ao egresso” (BRASIL, 1984), sendo assim, quanto às assistências, a lei trata no Art. 11. “A assistência será: I – material; II – à saúde; III – jurídica; IV – educacional; V – social; VI – religiosa” (BRASIL, 1984). Para tanto, o assistente social tem por intuito proteger o preso e auxiliá-lo com as ações que promovam neste sentido, seu retorno para meio social, buscando oferecer opções para uma melhor qualidade de vida para o mesmo. O Serviço Social é uma profissão que atua de forma ativamente nas dinâmicas sociais e nas manifestações da problemática social, concentrando sua intervenção na abordagem e enfrentamento dessas questões. Nesse sentido, os assistentes sociais se dedicam à defesa e promoção dos direitos dos indivíduos encarcerados, destacando assim sua relevância no contexto do sistema prisional. O Serviço Social, como profissão que intervém no conjunto das relações sociais e nas expressões da questão social, enfrenta hoje no campo do sistema penitenciário, determinações tradicionais às suas atribuições, que não consideram os avanços da profissão no Brasil e o compromisso ético e político dos profissionais frente à população e as violações dos direitos humanos que são cometidas (TORRES 2001, p.91). No Brasil, o serviço social começou a se inserir no contexto prisional mais significativamente a partir da década de 1940, com a criação das primeiras escolas de serviço social. Inicialmente, sua atuação estava mais voltada para atividades assistencialistas e de caráter religioso. Porém, ao longo do tempo, com o amadurecimento da profissão e das políticas sociais, o serviço social passou a adotar uma abordagem mais crítica e transformadora dentro das prisões. Durante as décadas seguintes, especialmente durante os períodos ditatoriais, houve momentos de repressão política que afetaram também o trabalho dos assistentes sociais nas prisões. No entanto, mesmo em condições adversas, eles continuaram a desempenhar um papel fundamental na promoção dos direitos humanos, na luta contra a violência e na busca por uma justiça mais inclusiva e igualitária. Nos tempos mais recentes, o serviço social dentro do sistema prisional tem se voltado para questões como a ressocialização dos detentos, a prevenção da reincidência criminal, o enfrentamento das desigualdades sociais que levam à marginalização e ao encarceramento em massa, além da garantia dos direitos básicos dos presos, como saúde, educação e condições dignas de vida. Em suma, a história dos presídios através do serviço social é marcada por uma trajetória de desafios, resistência e compromisso com a promoção da justiça social e dos direitos humanos dentro de um sistema muitas vezes caracterizado pela violência, pela exclusão e pela criminalização da pobreza. De acordo com Iamamoto e Carvalho (1991),a profissão de assistente social surgiu no Brasil em 1936, com a criação da primeira escola de Serviço Social na cidade de São Paulo, em resultado da expansão das práticas de assistência social, ainda por meio do assistencialismo e do caráter fortemente religioso. Na década de 1940 nas capitais brasileiras, surgem várias escolas de Serviço Social, com influência dos meios cristãos, com ações filantrópicas e assistencialistas tentavam “recuperar” e melhorar os efeitos trágicos que caiam sobre a classe trabalhadora em função da questão social, que marginalizava boa parte da população nas expressões da desigualdade social, geradas na sociedade capitalista, de maneira impiedosa até aquele período sem a intervenção do Estado. A recusa do Estado em assumi-la e a incapacidade das chamadas ‘classes inferiores’ de decidir sobre seu destino. Nesse sentido, ela lançará mão de um conjunto de procedimentos e estratégias de forte conteúdo moralizador, atuando basicamente em três níveis: [...] assistência aos indigentes por meio de técnicas que antecipam o trabalho social no sentido profissional do termo; o desenvolvimento de instituições de poupança e de previdência voluntária que apresentam as premissas de uma sociedade segurancial; a instituição da proteção patronal, garantia da organização racional do trabalho e, ao mesmo tempo, da paz social (CASTEL, 1998 p. 319). Segundo Iamamoto e Carvalho (1991), com as primeiras escolas, os assistentes sociais, passaram a atuar no setor de Juizado de Menores do Estado de São Paulo, hoje conhecido como Vara da Infância e Juventude. Devido ao desenvolvimento da profissão, foi aderida por profissionais do sexo masculino que passaram a trabalhar nas penitenciárias brasileiras, principalmente dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Ao iniciar suas atividades na esfera da justiça da juventude na década de 1940 os assistentes sociais passaram a ocupar espaço de perito na área social atuando inicialmente como estagiário ou como membro do Comissariado de Vigilância. Ao longo dos anos, o Serviço Social passou por significativas transformações, especialmente em relação à sua identidade profissional. Nas décadas de 80 e 90, houve uma notável renovação no campo do Serviço Social, conforme se desenrolava o curso histórico. Esse período testemunhou uma consolidação progressiva da profissão, juntamente com uma expansão de sua atuação em diversas instituições, incluindo o setor socio jurídico. Os anos 80 marcam uma etapa de amadurecimento da produção teórica profissional, sendo a Universidade a grande protagonista deste processo. Já os anos 90 representam avanços quanto à consolidação do projeto ético-político da categoria, o que repercutiu nas proposições destinadas à formação profissional e no direcionamento social da mesma; aspectos essenciais para o desenvolvimento crítico, consolidação e reconstrução da própria natureza da atividade. As décadas de 1980 e 1990 marcam historicamente avanços e conquistas para o Serviço Social nos seus diferentes campos de ação, bem como em seu processo de constituir-se e de consolidar-se como espaço de produção de conhecimento, em seu próprio âmbito e frente às demais áreas de conhecimento […] (BOURGUIGNON, 2007, p.47). Fazendo uma análise das últimas duas décadas evidencia claramente que, nesse período, o Serviço Social deu um salto significativo em sua auto qualificação perante a sociedade. Além disso, a profissão estabeleceu o Conjunto CFESS-CRESS (Conselho Federal de Serviço Social – Conselho Regional de Serviço Social), órgãos representativos cujo propósito é orientar, disciplinar, normatizar e fiscalizar o exercício profissional, assegurando a prática crítica do trabalho em conformidade com a defesa dos direitos humanos, conforme estabelecido pelo código de ética e pela Lei Nº 8.662 de 1993, que regulamenta a profissão. A inserção dos Assistentes Sociais no contexto do sistema prisional brasileiro foi moldada de acordo com os princípios fundamentais que orientam a profissão no país. Nesse sentido, a questão social, que reflete desigualdades econômicas, políticas e culturais entre as diferentes classes sociais, e cujas manifestações são permeadas por questões de gênero, etnia e outras dimensões, constitui o campo de atuação no qual a profissão se desenvolve. 2.2. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO SISTEMA PRISIONAL No âmbito do sistema prisional, o Assistente Social assume a responsabilidade de garantir os direitos dos/as usuários/as pela cidadania no cárcere, adotando uma postura de equidade e justiça social, e promovendo práticas humanizadas no tratamento dos presos. O profissional trabalha para concretizar a defesa dos direitos humanos, e sua presença nas prisões contribui significativamente para o processo de ressocialização dos indivíduos no convívio social. Em geral, seu objetivo é garantir e proteger os direitos que frequentemente são violados ou negligenciados. Para tanto, o Artigo 23 da Lei de Execução Penal (LEP) aborda as ações específicas pertinentes aos assistentes sociais. Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: I - Conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; II - Relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; III - Acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; IV - Promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; V - Promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade; VI - Providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima (BRASIL, 1984). Para além que foi traçado na Lei de Execução Penal o profissional de serviço social tem outras prerrogativas em relação às demandas das pessoas privadas de liberdade. O/a assistente social é chamado a atuar de diversas formas, desde a produção de laudos e pareceres para assessorar a decisão judicial de progressão de regime; a participação nas comissões de classificação e triagem nos conselhos de comunidade e nas comissões disciplinares; o acompanhamento das atividades religiosas, entre outros. Destaca-se que nem sempre as ações propostas pela instituição aos/às assistentes sociais condizem com sua formação ou são de sua competência, algumas, inclusive, podem se mostrar opostas aos fundamentos da ética profissional (CFESS, 2014). As práticas de defesa dos direitos de pessoas privadas de liberdade frequentemente geram conflitos ético-políticos. O profissional de Serviço Social, conforme estabelecido no Código de Ética em seu artigo 7º tem o direito de dispor de condições de trabalho adequadas, a fim de garantir a qualidade de seu trabalho. Nesse sentido, o/a assistente social precisa constantemente refletir sobre a execução de seu trabalho, evitando ser influenciado pelo ambiente institucional e realizando suas tarefas de forma crítica e reflexiva, buscando promover mudanças dentro do sistema penal e atendendo às necessidades individuais dos cidadãos que cumprem pena privativa de liberdade. Além disso, outro desafio importante é criar propostas de trabalho alinhadas com o projeto ético-político da profissão, visando sempre à emancipação humana. É crucial que o assistente social tenha as condições de trabalho necessárias, uma vez que o sistema prisional é um espaço onde diversas expressões da questão social se manifestam, e a Lei de Execução Penal estabelece que a assistência social no sistema prisional seja um direito humano. No entanto, no dia a dia de trabalho, os profissionais enfrentam dificuldades para efetivar os direitos e condições para as ações de ressocialização da pena, devido à rotina institucional nas unidades prisionais. Essas dificuldades incluem a relação de poder dentro desse espaço ocupacional, onde os assistentes sociais estão sujeitos a autoridades que muitas vezes não reconhecem o conhecimento teórico e o trabalhotécnico da profissão e questionam a proposta reintegradora da pena. A ação do tratamento penal durante o cumprimento da pena frequentemente está sujeita a essa correlação de forças, com obstáculos impostos por outros profissionais, geralmente ligados à área de segurança, que desacreditam no poder intervencionista do Serviço Social e de outras profissões voltadas para o sujeito, visando garantir os direitos humanos das pessoas privadas de liberdade e promover a emancipação dos apenados. Neste sentido Marques (2012) aborda: Esta questão torna-se volante na produção do cotidiano e nas relações conflituosas entre a segurança e corpo técnico, uma vez que não se estabelece um diálogo institucional mínimo sobre o que é possível em termos de tratamento penal, colocando-se nesse processo a disputa de saberes ou de verdades […] (MARQUES, 2012, p. 4). Apesar do número significativo de profissionais, ainda há limitações físicas dos profissionais e da estrutura do estabelecimento prisional para atender a todos os usuários demandantes. Para evitar que os assistentes sociais reproduzam ações abusivas ou desalinhadas com o projeto ético-político da profissão, é fundamental uma prática diária de transformação do trabalho, adquirindo novos conhecimentos relevantes para o Serviço Social, considerando o histórico institucional de repressão e conservadorismo. Além disso, é essencial ter uma ciência profunda das diretrizes, regulamentos e leis que fundamentam a atuação profissional, mantendo ao mesmo tempo uma perspectiva intervencionista e evitando cair na neutralidade, mesmo diante do cotidiano burocrático que às vezes domina as atividades dos técnicos. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente pesquisa proporcionou uma compreensão dos desafios e limitações enfrentados pelo assistente social no contexto do Sistema Prisional brasileiro. Ela revelou a origem e parte da trajetória desse sistema, além de delinear a atuação do Serviço Social dentro do ambiente prisional. Ademais, promoveu uma reflexão significativa sobre os desafios enfrentados pela profissão nesse cenário específico. O principal desafio enfrentado pelo profissional de Serviço Social no contexto prisional reside em sua contribuição para promover mudanças no sistema carcerário e garantir o atendimento às necessidades e direitos de cidadania dos detentos. tanto, é fundamental que o assistente social se familiarize com o Código de Ética, a legislação que regulamenta a profissão e a Lei de Execuções Penais, que são fundamentais para orientar sua prática, além de adquirir outros conhecimentos relevantes para a área em que atua. Destaca-se que o Serviço Social no âmbito da execução penal deve atuar de forma a assegurar os direitos humanos dos reclusos, os quais são frequentemente violados no ambiente prisional. Nesse contexto, o assistente social é reconhecido como um profissional comprometido com uma determinada direção social, vinculado a um projeto voltado para a transformação da sociedade, visando responder às demandas decorrentes da questão social. Nesse sentido, é crucial que o profissional elabore propostas de políticas sociais para os órgãos de direitos humanos, pois sua atuação está diretamente ligada à execução e à aplicação da lei. Isso se deve à necessidade de garantir os direitos humanos no sistema prisional, dadas as dificuldades enfrentadas pela população carcerária em acessar seus direitos de cidadania. A Lei de nº 7.210 de 11 de julho de 1984, dispõe em seu art. 10º aborda que é dever do estado prestar assistência em vários aspectos ao preso, tendo como intuito a prevenção e orientação no que rege a reintegração do mesmo à sociedade. Para alcançar esse objetivo, é essencial acompanhar a pessoa privada de liberdade desde o início até o término de sua pena, enfrentando os desafios decorrentes de sua situação e das políticas públicas disponíveis. Isso envolve promover a reintegração do usuário à sociedade, em contraposição ao antiquado e tradicional modelo punitivo ainda prevalente na sociedade atual, que não apenas falha em construir medidas preventivas eficazes, mas também reforça a ideia de punição e repressão. Portanto, os assistentes sociais devem trabalhar dentro do arcabouço legal em favor do preso, além de alinhar suas práticas com as diretrizes que orientam o serviço social em direção à superação de abordagens unicamente punitivas e repressivas, transformando-as em ações reintegradoras. Parte superior do formulário REFERÊNCIAS BERTTI, A. C. M. F.; CUNHA, M. C. A. B. Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social. Maringá: UniCesumar, 2016. (Adaptado). BOURGUIGNON, J. A. A particularidade histórica da pesquisa no Serviço Social. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 10, n. esp., p. 46-54, 2007, p. 47. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. BRASIL. Lei nº 7210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Brasília. Disponível em . Acesso em 10 de mar. 2024. BRASIL. Lei Nº 8.662 de 07 de junho de 1993. Lei de Regulamentação da Profissão. Brasília. CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS). Código de Ética do Assistente Social da Profissão. Coletânea de Leis. 9ª Ed. Revista e Atualizada. Brasília, 2011. CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS). Trabalho e projeto profissional nas políticas públicas. Atuação de assistentes sociais no sócio jurídico: subsídios para uma reflexão, Brasil, 2014. Disponível em: . Acesso em 03 de mar. 2024. CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL (CRESS). Disponível em Acesso 10 de mar. 2024. IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo: Cortez; Lima, Peru]: CELATS, 1991. MACHADO, A. E. B.; SOUZA; REIS, A. P. dos SOUZA; MARIANI, C.de. Sistema Penitenciário brasileiro: origem, atualidade e exemplos funcionais. Revista do Curso de Direito da Faculdade de Humanidades e Direito. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2024. SIKORSKI, D. CUNHA, M; ARAUJO, C.M. Questão Social na Contemporaneidade. Maringá-Pr: Unicesumar: 2016. TORRES, A. A. Direitos humanos e sistema penitenciário brasileiro: desafio ético e político do serviço social. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, nº 67, 2001. image1.wmf image2.jpeg