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Aula 7 - marca, princípios e critérios norteadores dos conflitos

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- PRINCÍPIOS E CRITÉRIOS NORTEADORES DOS CONFLITOS DE NOMES EMPRESARIAIS x TÍTULOS DE ESTABELECIMENTO E MARCAS
Marca.
Conceito: marca é a designação que identifica o produto ou o serviço fornecido pelo empresário e está diretamente vinculada à qualidade daquilo que é por ela oferecida.
	 - Formação e Proteção do Nome Empresarial:
Nome Empresarial é regido por 2 princípios: (Art. 34 da Lei 8934/94)
• Princípio da veracidade: consiste na proibição na adoção de nome que veicule informação falsa sobre o empresário a que se refere.
• Princípio da novidade: consiste no impedimento na adoção de nome igual ou semelhante ao de outro empresário.
Pelo princípio da veracidade, a expulsão, morte ou retirada de sócio da Ltda., impõe a alteração da firma, se o sócio expulso, falecido ou dissidente havia emprestado seu nome civil à composição do nome empresarial;
Para S.A., o princípio da veracidade é menos restrito (Art. 1160 C.C. C/C. Art. 3º, §§ 1º e 2º da Lei nº 6.404/76);
Pelo princípio da novidade, o primeiro empresário que arquivar o seu nome empresarial, seja firma ou denominação, na Junta Comercial, tem direito de impedir que outro adote nome igual ou semelhante. Portanto, segue o princípio da anterioridade.
A Junta Comercial, no arquivamento segue o seguinte critério na observância do princípio da novidade:
a) comparação por inteiro das firmas ou razões sociais;
b) comparação por inteiro das denominações (expressão comum, generalizada ou vulgar);
c) comparação do núcleo compostas por expressões de fantasia incomum.
Uso indevido do nome é crime de concorrência desleal (Art. 195, V da Lei nº 9279/96 C.P.I.)
- Diferenças entre Nome Empresarial e Marca:
- Nome Empresarial: é o identificador do sujeito de direito;
- Marca: identifica, direta ou indiretamente, produtos ou serviços;
A proteção do Nome e/ou da Marca se dá pelas seguintes diferenças:
a) Órgão registrário;
b) Âmbito territorial da tutela;
c) Âmbito material;
d) Âmbito temporal.
a) Órgão registrário:
Nome empresarial > Junta Comercial
Marca > I.N.P.I
Obs.: um não substitui o outro e são completamente distintos.
b) Âmbito territorial da tutela > Art. 1.166 C.C.
Nome empresarial > Junta Comercial > Proteção Estadual
Marca > I.N.P.I > Proteção Nacional
Obs.: o nome empresarial, com proteção nacional, deve ser submetido ao pedido de proteção nas juntas dos demais estados (Art. 1166 C.C. C/CONT IN-DNRC nº 53, Art. 13, §§ 1º e 2º).
Obs.: havia o entendimento que a proteção do nome empresarial seria a nível nacional tendo em vista que o Brasil é signatário da convenção de Paris/1883, ratificada em Estocolmo/1992, onde o Art. 8º diz que:
“Art. 8º. O nome comercial será protegido em todos os países da união, sem obrigação de depósito ou registro que faça ou não parte de uma marca de fábrica ou de comércio”.
Seguiu esse entendimento o STJ no Resp. 30636/SC e Resp 9142/SP;
Não obstante, tal entendimento restou superado pela interpretação do Art. 2º da mesma convenção de Paris:
“Art. 2º. Ressalvam-se expressamente as disposições da legislação de cada um dos países da união relativas ao processo judicial e administrativo e a competência, bem como à escolha de domicílio ou designação de mandatário, eventualmente exigidas pelas leis de propriedade industrial”. (fonte: www.unpi.gov.br).
Entendimento atual do STJ;
EDcl nos EDcl no AgRg no Resp 653609/RJ, D.J. 19/05/05 – Resp 555086/RJ – item 6
Logo, o nome empresarial tem a proteção estadual, podendo ser estendido aos demais estados, mediante pedido nas juntas comerciais.
c) Âmbito Material
- O Nome empresarial > Art. 35, V da Lei nº 8934/94:
Art. 35. Não podem ser arquivados:
V – os atos de empresas mercantis com nome idêntico ou semelhante a outro já existente (proteção absoluta).
A jurisprudência tem entendido que a proteção ao nome empresarial é relativa, com base nos princípios da veracidade, unicidade (1 denominação para 1 pessoa jurídica) e da novidade, mas se deve considerar a composição total do nome, a fim de averiguar a presença de elementos diferenciais suficientes a torná-lo inconfundível.
Ex.: Odebrecht S.A. (construção)
 Odebrecht – Comércio e Indústria de Café Ltda.
 		Nesse exemplo, não causa confusão entre os nomes emrpesariais, podendo-se perfeitamente coexistirem.
- A Marca > proteção é restrita à classe dos produtos ou serviços.
INPI > 41 classes – 35 produtos / 6 serviços.
- Princípio da Especialidade: 
• A proteção da marca está diretamente vinculada ao tipo do produto ou serviço indicado quando do requerimento do registro, exceto a de alto renome e a notória.
• A tutela da marca registrada é limitada aos produtos e serviços da mesma classe.
Ex.: Marca “Glória” para Laticínios > classe 31.10 	e
 Biscoitos e Massas Alimentícias “Glória” > classe 32.10
 			No exemplo citado, diante do critério da especialidade, podem as duas marcas coexistirem, pois estão em classes distintas.
Resp 142954/SP e Resp 356933/RJ e Resp 9380/SP;
O que não pode ser registrado como marca: Art. 124 da Lei nº 9279/96.
d) Âmbito Temporal
Nome Empresarial > vigora por prazo indeterminado, salvo se ocorrer a inatividade prevista no Art. 60, § 1º da Lei nº 8934/94 (não submeter a registro qualquer doc. Por 10 anos).
Marca > estingue-se por 10 anos, salvo se ocorrer pedido de prorrogação.
- Conflito entre o Nome Empresarial e Marca
Não há na lei regulamentação
Critérios 
Posição de Fábio Ulhoa: A jurisprudência tem prestigiado a marca em detrimento do Nome Empresarial;
Posição de Ricardo Negrão: Nome empresarial tem proteção não restrita, apenas no ramo de sua atividade. Entretanto, a jurisprudência aplica sempre o princípio da especialidade.�
Especificidade ou Especialidade (ramo da atividade de um e outra empresa).
Novidade (Precedência do registro).

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