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Procedimento Técnico para Controle do Calor de Hidratação — Concretagem 
de Bloco de Fundação 
1. Objetivo 
Estabelecer critérios técnicos para controle da temperatura do concreto durante a 
execução do bloco de fundação com volume aproximado de 382 m³ e resistência 
característica fck = 45 MPa, visando: 
• evitar fissuração térmica, 
• garantir a durabilidade da estrutura, 
• atender às exigências das normas vigentes. 
 
2. Normas Aplicáveis 
• ABNT NBR 12655:2024 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, 
recebimento e aceitação – Procedimento. 
• ABNT NBR 6118:2023 – Projeto de Estruturas de Concreto. 
• ABNT NBR 7680-1 e NBR 7680-2 – Concreto Endurecido – Determinação da 
temperatura. 
• ABNT NBR 15577 – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação. 
• ACI 207.1R – Guide to Mass Concrete (referência técnica). 
 
3. Condições de Temperatura 
3.1 Temperatura do Concreto Fresco no Lançamento 
• O concreto deverá ser lançado com temperatura máxima de 25 °C. 
• Preferencialmente, manter entre 18 e 20 °C, quando tecnicamente e 
economicamente viável. 
• Em hipótese alguma exceder 30 °C, conforme NBR 12655. 
 
3.2 Controle da Temperatura Máxima no Núcleo da Peça 
• A temperatura máxima no interior do bloco não deve ultrapassar 70 °C. 
• Idealmente manter abaixo de 65 °C, para reduzir tensões térmicas. 
 
3.3 Gradiente Térmico Máximo Permitido 
• A diferença de temperatura (ΔT) entre o núcleo do bloco e a superfície ou 
ambiente não deve ultrapassar: 
o 20 °C (máximo absoluto). 
o 15 °C (desejável). 
→ Se ΔT ultrapassar esses valores, devem ser adotadas medidas corretivas 
imediatas (ver item 5). 
 
4. Procedimentos Preventivos 
4.1 Projeto do Traço 
• Utilizar cimento de baixo calor de hidratação, preferencialmente: 
o CP III-32 (alto forno) ou CP IV-32 (pozolânico). 
• Avaliar uso de adições minerais (escória, pozolanas, cinzas volantes) para 
reduzir calor. 
• Limitar teor de cimento, mantendo o fck exigido. 
 
4.2 Redução da Temperatura do Concreto Fresco 
• Utilizar agregados (areia e brita) resfriados à sombra ou com água fria. 
• Usar gelo substituindo parte da água de amassamento, calculado 
conforme balanço térmico. 
• Utilizar água de amassamento com temperatura ≤ 10 °C. 
 
4.3 Isolamento Térmico do Bloco 
• Imediatamente após o lançamento e acabamento: 
o Cobrir o bloco com lonas, mantas térmicas, placas de EPS ou outro 
material isolante. 
• Evitar incidência direta de vento ou chuva sobre a superfície. 
• Evitar resfriamento abrupto da superfície com água fria ou jatos de ar. 
 
5. Monitoramento e Controle 
• Instalar termopares em pontos estratégicos: 
o Centro (núcleo) do bloco. 
o Meio da seção. 
o Próximo à superfície. 
• Registrar temperaturas: 
o A cada 1 hora nas primeiras 12 h. 
o A cada 3 h até o 3º dia. 
o A cada 6 h até 7 dias. 
→ Caso ΔT exceda o limite previsto: 
• Intensificar isolamento térmico na superfície. 
• Avaliar necessidade de resfriamento lento (ex.: pulverização controlada). 
• Consultar imediatamente o responsável técnico. 
 
6. Disposições Finais 
• Antes do início da concretagem, elaborar Plano de Concretagem 
contendo: 
o temperatura prevista do concreto fresco; 
o procedimentos para resfriamento de materiais; 
o medidas de isolamento térmico; 
o localização dos termopares; 
o procedimentos de emergência em caso de ΔT excessivo. 
• Todos os resultados de monitoramento térmico devem ser registrados e 
arquivados no Dossiê Técnico da Obra. 
 
Observações 
• Os limites estabelecidos neste procedimento podem ser ajustados pelo 
projetista estrutural ou pelo responsável técnico da obra, em função de 
ensaios prévios ou simulações térmicas específicas. 
• Para blocos de fundação em contato direto com água subterrânea, podem 
ser exigidos ajustes adicionais devido à dissipação térmica.

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