Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FONTES: sujeito do qual emanam as normas jurídicas. O modo pelo qual ele se cristaliza na sociedade. De produção ou materiais: Art. 22, CF: Compete privativamente à União legislar sobre: ... Direito penal... De conhecimento/cognição ou formais: 1. Imediata ou direta: lei ordinária (sentido estrito) 2. Mediata ou indireta: princípios gerais do direito, costumes, doutrina, jurisprudência. INTEGRAÇÃO DA LEI PENAL: Lacuna no ordenamento jurídico. Fato social não tem regulação na lei penal. Colmatar a lacuna pela analogia, semelhança jurídica. Limitando sua aplicação à lei penal não incriminadora e para beneficiar. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL: entender o sentido da norma jurídica. in claris cessat interpretatio A. Quanto à espécie: I. objetiva (voluntas legis): suposta vontade da lei II. subjetiva (voluntas legislatoris): vontade do legislador. OBS: Este último é criticado por ser impossível, já que a lei é feita por muitos legisladores, com diversas vontades cada um. B. Segundo o sujeito ou órgão emanador: varia de acordo com quem interpreta. B1. Autêntica: interpretação do legislador no bojo da lei. Contextual – artigo explicando artigo, na mesma lei. Tem efeito vinculante a todos, cogente. Ex: 327 do CP, quando ao tipificar os crimes cometidos por funcionário público, dá o conceito de funcionário público. Posterior –Lei posterior vem interpretando lei anterior. Ex: Lei A – vigência em 12/12/2013. /// Lei B – interpreta lei A – vigência em 01/09/2014. Se a nova lei interpretadora B apenas interpreta a lei A, seus efeitos serão ex-tunc. Se a lei B diz que só interpreta a lei A, mas traz alteração, aplica-se o princípio da irretroatividade da lei mais gravosa: se ela veio para melhorar seus efeitos serão ex-tunc, mas se veio para piorar os efeitos serão ex-nunc. B2. Judicial/jurisdicional (vinculante e não vinculante): realizada pelos aplicadores do Direito intra-autos do processo, se for extra-autos será doutrinária. Tem efeito vinculante entre as partes do processo. Não vincula o legislativo, porque seria usurpar a função primeira deste. As súmulas são incluídas como interpretação judicial. Não tinham o poder vinculante até a EC nº 45 de 2004, mas só o STF pode editar súmulas vinculantes. Art. 103- A CF. Súmulas só terão efeito vinculante se aprovadas por 2/3 dos ministros, ou seja, 8. Se houver menos aprovações poderá ser editada a súmula, mas não será vinculante. B3. Doutrinária: não tem efeito vinculante, o Estado e particular podem ou não adotar, é mera opinião. C. Segundo os meios/métodos empregados: ferramentas para a interpretação, a hermenêutica dá as ferramentas. I. Gramatical/ filológica/ literal: (civil Law) leitura do texto. Conhecer o efetivo significado das palavras. I. Teleológica/lógico/finalística: finalidade que pretende atingir, fins propostos pela lei, objeto a ser protegido. II. Sistemática: compreender a norma no sistema completo. III. Progressista/adaptativa: adaptar às mudanças sociais. Adaptar a lei (onde se lê cruzeiro, leia–se real). IV. Histórica: intérprete volta ao passado, ao tempo em que foi editado o diploma que se quer interpretar, buscando os fundamentos de sua criação, querendo entender o motivo pelo qual houve necessidade de modificação do ordenamento jurídico. D. Segundo os resultados obtidos: pelos meios empregados I. Declarativa: declara o próprio teor da norma, resultado objetivo. II. Restritiva: a redação da lei está desconforme com a própria norma legal. Diz mais do que pretende dizer. Tem que haver significância e relevância jurídica e social (princípios vêm para restringir uma norma, os princípios garantidores são restritivos). III. Extensiva: o objetivo da norma diz mais do que está escrito da lei, a norma diz menos do que pretende. Interpretação analógica: intralegis. Norma penal que autoriza o emprego da interpretação analógica que possui estrutura específica que a distingue das demais. Ex: Art. 121, CP. Matar alguém. §2º Se o homicídio é cometido: I – mediante paga ou promessa (fórmula concreta e casuística) ou por outro motivo torpe (cláusula genérica – analisa-se a casuística e aplica-se por semelhança). OBS: Diferença entre interpretação extensiva, interpretação analógica e analogia. Na interpretação extensiva e interpretação analógica tenho a existência da norma, sendo que na primeira a redação da norma diz menos que quer dizer e na segunda a norma autoriza a interpretação analógica para estender seus efeitos. Na analogia não tem a existência da norma, há uma lacuna, vazio legislativo.
Compartilhar