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1 Caique André e Camila Sanches – TUT 16 e 18 
Farmacologia / Aula (10.2) / Caso (09) 
 
➤ Tipos de antagonismo 
➤ Taquifilaxia 
➤ Tipos de alvos para ação dos fármacos 
➤ Receptores Farmacológicos e Sistema Efetores 
• Tipos de Ligações 
• Tipos de Receptores 
• Tipos de Proteinas G 
 
 
 Receptores farmacológicos 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tipos de antagonismo 
 
ANTAGONISMO COMPETITIVO SIMPLES 
(ERREVERSÍVEL) 
 Antagonista ocupa o 
mesmo sítio do agonista 
no receptor, mas 
quando o antagonista 
se liga não desencadeia 
nenhuma resposta 
celular 
 É superável baseado na 
reversibilidade da 
ligação 
 Competição regida 
pela “Lei de Ação das Massas” 
 Por ser uma ligação reversível, se um antagonista 
estiver ligado ao sítio de ligação e a quantidade do 
agonista aumentar, é possível deslocar o 
antagonista do sítio de ligação 
 
ANTAGONISMO NÃO SUPERÁVEL OU PSEUDO-
IRREVERSÍVEL 
 Também denominado de antagonismo competitivo 
irreversível 
 O antagonista ocupa o mesmo sítio do agonista no 
receptor 
 Antagonista de dissocia lentamente do receptor de 
modo a ser essencialmente irreversível na sua ação 
 Ao contrário do que ocorre com a ligação reversível, 
a concentração do agonista não consegue 
deslocar o antagonista do seu sítio de ligação, não 
existe a lei de ação das massas 
 
 
 
 
 
ALOSTÉRICO NEGATIVO 
 Alostérico = outro local de ação 
 Antagonista ocupa sítio distinto do agonista no 
receptor (sítio alostérico) 
 Antagonista reduz afinidade do agonista 
 Variante de antagonista não-competitivo: 
antagonista diminui eficácia do agonista 
 Antagonista ocupa sítio distinto do agonista no 
receptor (sítio alostérico) 
 Antagonista se liga em outro sítio de ligação, mas 
provoca uma mudança conformacional na 
proteína, logo, o agonista passa a ter dificuldade 
para interagir com o seu sítio 
 O aumento da concentração do agonista não 
aumenta a resposta, pois o sítio de ligação continua 
modificado 
 
 
EFEITO DOS ANTAGONISTAS SOBRE A 
RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA DO AGONISTA 
 Os antagonistas competitivos e os não 
competitivos têm diferentes efeitos sobre a 
potência (a concentração do agonista que 
produz metade da resposta máxima) e a eficácia 
(a resposta máxima a um agonista) 
 Gráfico I 
➢ Quando só tem o agonista no organismo ele 
consegue atingir uma resposta de 100% = 
agonista pleno 
➢ A potência aumentou, pois foi necessário 
colocado mais fármaco para deslocar o 
antagonista 
➢ A eficácia não foi modificada pois o resultado 
foi alcançado 
➢ O antagonista competitivo diminui a potência 
do agonista sem afetar a eficácia deste 
 
 
 Índice 
 
 
 
2 Caique André e Camila Sanches – TUT 16 e 18 
 
Farmacologia / Aula (10.2) / Caso (09) 
 Gráfico II 
➢ O antagonista não competitivo reduz a eficácia 
do agonista. Conforme a ilustração, a maioria 
dos antagonistas não competitivos alostéricos 
não afeta a potência do agonista 
➢ Quando se aumentou a concentração do 
agonista não foi possível alcançar a eficácia a 
eficácia esperada 
➢ A potência se manteve, pois a dose para se 
alcançar 50% de eficácia não foi alterada 
➢ Não consegue atingir resposta máxima, apesar 
da potência ser a mesma 
 
 Outros gráficos para análise 
 
 Inicialmente há somente o agonista e a medida que 
se acrescenta o antagonista a eficácia vai sendo 
diminuída 
 
QUÍMICO 
 Não envolve necessariamente receptores 
 Um fármaco pode antagonizar as ações de um 
segundo fármaco ligando-se a ele e inativando-o 
 Ex: protamina e heparina -> inativam o agonista 
antes de ele ter a oportunidade de atuar, pois ocorre 
a neutralização química -> Protamina antagoniza o 
efeito anti-coagulante da heparina, antes que esta 
comece seu efeito 
 
FÍSICO 
 Também não envolve necessariamente receptores 
 Dois agonistas influenciam o mesmo fenômeno em 
direções opostas 
 Ex: insulina combate os efeitos hiperglicêmicos dos 
glicocorticóides -> insulina é o antagonista fisiológico 
dos glicocorticoides, no que concerne glicemia, pois 
o último fármaco aumenta a glicemia quando 
administrado e a insulina contrapões tal aumento 
 
Taquifilaxia e tolerância 
 
 Taquifilaxia: 
➢ Diminuição do efeito de um fármaco que ocorre 
rapidamente em dose única ou em poucas 
administrações 
➢ Um viés da tolerância que não depende do fator 
tempo 
 
 Tolerância: 
➢ Ocorre de forma gradual em relação ao tempo 
➢ O indivíduo começa a perder a sensibilidade 
para o fármaco, ou seja, o fármaco não tem mais 
efeito nele, pois não alcança mais a resposta 
máxima, podendo não ser mais suficiente para 
diminuição da dor, por exemplo 
 
MECANISMOS ENVOLVIDOS 
ALTERAÇÕES NOS RECEPTORES 
 Receptores com mutações (alteração na sequência 
de AA), promovendo uma diminuição de afinidade 
com o fármaco -> menor efeito farmacológico 
 
 
 
 
3 Caique André e Camila Sanches – TUT 16 e 18 
 
Farmacologia / Aula (10.2) / Caso (09) 
PERDA DE RECEPTORES 
 Exposição prolongada reduz o número de 
receptores expressos na superfície celular 
 A fosforilação celular é um dos principais agentes 
sinalizadores intracelular, acontece que o receptor 
pode se desgastar e sofrer polifosforilações -> 
sinalização para a proteína beta-arrestina -> ligação 
que estimula a célula endocitar o receptor -> menor 
sinalização -> menor efeito farmacológico 
 
AUMENTO DO METABOLISMO DA SUBSTÂNCIA 
 Substâncias como etanol e barbitúricos quando 
administradas repetidamente, aparecem em 
concentrações plasmáticas reduzidas 
 Os barbitúritos é dos fármacos que mais interfere 
enzima que metabolizam outras substâncias e 
conforme usa-se essa substância o corpo vai se 
adaptando e começa a entender que precisa 
produzir mais substâncias para metabolizá-los, o 
mesmo acontece com o etanol, por isso indivíduos 
que bebem muito, com o tempo possuem uma 
tolerância maior 
 
EXAUSTÃO DE MEDIADORES 
 A dessensibilização está associada à depleção de 
uma substância intermediária essencial 
 Ex: Anfetaminas atuam através da liberação de 
aminas nas terminações nervosas, portanto 
apresentam elevada taquifilaxia devido à depleção 
das reservas de aminas, pois na ausência de 
catecolaminas, produzidas a partir das aminas, o 
efeito das anfetaminas estará reduzido 
 Pode ocorrer um estímulo exacerbado para 
produção de catecolaminas, afetando a reserva de 
aminas 
 
ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA 
 Diminuição devido a sua anulação provocada por 
uma resposta homeostática do próprio organismo 
 EX: Capitopril, IECA, não funciona muito bem 
quando a pessoa é normotensa, pois o corpo se 
adapta por mecanismo contra regulatórios e diminui 
o seu efeito 
 Ex: Redução de efeitos colaterais como náuseas e 
sonolência de alguns fármacos quando se dá a 
administração contínua 
 
Tipos de alvos para ação dos fármacos 
 
 Alvos dos fármacos no nosso organismo = receptores 
farmacológicos 
 Antes eram chamados de substâncias receptoras 
 Receptor farmacológico: Componente 
macromolecular funcional do organismo com o qual 
o agente químico presumivelmente interage 
 Podem ser agonista ou antagonista, como visto 
anteriormente 
 
AGONISTA X ANTAGONISTA 
 Agonista 
➢ Bloquei direto: abertura ou fechamento de 
canais iônicos 
➢ Mecanismos de transdução: mecanismos que 
envolvem outras moléculas, ou seja, envolvem 
sinalização intracelular, como: Ativação/inibição 
enzimática, modulação de canais iônicos ou 
transcrição do DNA; depende dos 2º mensageiros 
 Antagonista 
➢ Bloqueia os mediados endógenos que iria 
provocar algum efeito celular 
 
CANAIS DE ÍON 
 Bloquei fisicamente a passagem do íon 
 Sempre diminui a entrada ou a saída 
 Modulador: não interrompe a passagem do íon, 
altera a conformação do canal e este pode abrir ou 
fechar, dependendo do efeito, pode diminuir ou 
aumentar 
 
 
ENZIMASInibidor: se liga a enzima e inibe a sua ação 
 Falso substrato: liga-se a enzima -> enzima 
metaboliza o falso fármaco -> produto sem efeito 
algum 
 A enzima perde tempo produzindo metabólito inútil 
e deixa de metabolizar um substrato que seria o 
verdadeiro 
 É semelhante a um inibidor, pois altera a atividade 
da enzima 
 Pró-fármaco: liga-se a enzima e produz um fármaco 
ativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Caique André e Camila Sanches – TUT 16 e 18 
 
Farmacologia / Aula (10.2) / Caso (09) 
 
TRANSPORTADORES DE MEMBRANA 
 Podem interagir simplesmente para conseguir 
chegar no citoplasma ou ser direcionado para o 
túbulo contorcido proximal para ser excretado 
 Não necessariamente interage para produzir um 
efeito farmacológico 
 Transporte normal 
➢ Liga-se ao transportador -> liberado no 
citoplasma 
 
 Inibidor 
➢ Pode ser competitiva ou alostérica 
➢ Antidepressivos que são inibidores da 
recaptação da serotonina -> acúmulo na fenda 
sináptica -> melhora na sinalização 
serotoninérgica 
 
 
Tipos de ligações entre fármacos e 
receptores 
 
1- Covalentes: A única da farmacológia que 
consideramos Irreversível ! 
 
 
 
 
2- Iônicas: Reversível 
 
 
 
3- Ligações de Hidrogênio: Reversível 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- “Hidrofóbicas”: Reversível 
5- Van der Waals: Reversível 
 
TIPOS DE RECEPTORES FARMACOLÓGICOS 
 
1- Fármacos Canal Iônico 
➢ Receptores Ionotrópicos 
2- Fármacos Receptores Acoplados a Proteína G 
➢ Receptores Metabotrópicos 
3- Fármacos Receptores Ligados a Quinases 
➢ Receptores acoplados a Quinases 
4- Fármacos Receptores Nucleares 
➢ Receptores Nucleares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Legenda: O Agonista (em rosa) se ligou ao 
Canal Iônico. Nisso, vai ter um efeito , o Canal vai 
Abrir ou Fechar. Podendo causar Hiperpolarização 
ou Despolarização. Causando o efeito Celular. 
➢ Escala de Tempo: Milisegundos 
 
2- Legenda: O Agonista (em rosa) se ligou ao 
Receptor Metabotropico, disparando a 
SubUnidade alfa da proteína G. Elas podem ser, 
Estimuladoras ou Inibitórias (tanto uma Enzima, 
quanto um canal Iônico). Esse Segundo 
Mensageiro, ele pode aumentar ou diminuir a 
liberação de cálcio, a fosforilação e 
desfosforilação de proteínas e outras coisas. 
Gerando o Efeito Celular. 
➢ Escala de Tempo: Segundos 
 
 
 
5 Caique André e Camila Sanches – TUT 16 e 18 
 
Farmacologia / Aula (10.2) / Caso (09) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3- Legenda: Quando o Agonista (em rosa) se liga 
ao Receptor Acoplado a Quinases. Iniciando a 
Fosforilação de Proteínas, que vão dar inicio a 
Transcrição Gênica e a Síntese Proteica. Gerando 
o Efeito Celular. 
➢ Escala de Tempo: Horas 
 
4- Legenda: [ Não caia em pegadinha: Mesmo 
chamado Receptor Nuclear, não significa que ele 
fica no núcleo, pode estar no citoplasma ] O 
Agonista (em rosa) interage com o Receptor, 
Modulando a Transcrição Gênica, alterando a 
Síntese Proteica. Gerando o Efeito Celular. 
➢ Escala de Tempo: Horas 
 
1- CANAIS IÔNICOS CONTROLADOS POR LIGANTES 
• Receptores Ionotrópicos 
 
 
 
 
 
 
 
• Domínio de Ligação: 
➢ Canal formado por 4 a 5 estruturas 
chamados de Domínios 
Exemplo - Receptor Nicotínico da ACh 
 
 
 
 
 
 
 
• Visão de Lado e de Cima 
• O Receptor Nicotínico tem dois Sítios de 
Ligação [ Onde ta as bolinhas de ACh ] 
• Quando tem interação, ele modula esses dois 
Dominios Alfa [ Onde está duas formas em 
roxo] alteração a conformação e nesse 
exemplo abrindo o canal 
• Não há Etapas Bioquímicas Intermediárias 
envolvidas no processo de Transdução ( Por 
isso seu fator alto de velocidade de resposta ) 
• Acoplamento direto entre o fármaco e o 
Canal Iônico 
• Exemplo: Paciente com Miastenia gravis 
➢ Doença AutoImune 
➢ Onde há bloqueios dos Anticorpos nos 
Canais de AChr 
➢ Perdendo alguns efeitos da musculatura 
da face 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEINA G 
• Receptores Metabotrópicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Receptor Transmembrânico que contém 7 
Domínios 
• Vai ocorrer as interações no Sítio de 
reconhecimento 
• Até atingir o Domínio Interno que é aclopado 
a proteína G, que é a molécula sinalizadora da 
reação 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Caique André e Camila Sanches – TUT 16 e 18 
 
Farmacologia / Aula (10.2) / Caso (09) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ A proteina G é composta por 3 Domínios ( 
Alfa, Beta e Gama ) 
➢ Quando o Agonista se liga ao receptor, ele 
libera uma SubUnidade ( 99% das vezes é a 
SubUnidade Alfa) 
➢ E essa SubUnidade Alfa que vai ativar o 
Efetor ( Um canal, uma Enzima, um outro 
mediador...) 
 
 Tipos de Proteina G 
- Cada diferente proteína G vai ser responsável 
por atingir um Efetor diferente, por isso essa 
variação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gs: Ativar Canais de Cálcio e Adenilil Ciclase ( 
Produz AMPc) 
Gi: Ativar Canais de Potássio ou Inibir Adenilil 
Ciclase 
Go: Inibe os Canais de Cálcio 
Gq: Ativa a Fosfolipase C ( Aumentando 
produção de IP3 e DAG ) 
G12/13: Diversas interações com transportadores 
de Íons 
 
3- RECEPTORES LIGADOS A QUINASES 
• Uma proteína que vai ter duas interfaces 
 
➢ Uma face de interação com fármaco ( que 
vai causar a mudança conformacional 
dessa proteína) 
➢ E um Domínio Catalítico que vai ser o 
causador da reação química 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Exemplo: Guanilil Ciclase ( “irmã da Adenilil” ) 
• A porção Enzimática é a Guanilil Ciclase e 
exercem seus efeitos estimulando a formação 
de GMPc 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- RECEPTORES NUCLEARES 
• Depois de ligados, vão para o núcleo exercer 
algum efeito na Transcrição Gênica 
• Os Fármacos que agem nesses receptores são 
Altamente Lipofílicos (para adentrar na membrana) 
• Não estão inseridos em membranas, mas sim 
presentes na fase solúvel das células 
• Exemplo: Tamoxifeno (Antagonista de Estrógeno) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Caique André e Camila Sanches – TUT 16 e 18 
 
Farmacologia / Aula (10.2) / Caso (09) 
➢ Interage no receptor de Estrógeno, 
interferindo na transcrição gênica. 
➢ Usados em alguns casos de Câncer de 
Mama 
• Parecidos também com alguns Hormônios que 
agem nos receptores nucleares 
• Imagem ilustrativa

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