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SISTEMA DE ENSINO DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Livro Eletrônico 2 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Limitações ao Poder de Tributar ....................................................................3 Princípios Constitucionais Tributários .............................................................3 Princípio da Legalidade ................................................................................5 Princípio da Isonomia ................................................................................10 Princípios da não Surpresa .........................................................................18 Princípio da Irretroatividade .......................................................................18 Princípio da Anterioridade ..........................................................................19 Princípio da Vedação ao Confisco ................................................................29 Princípio da Liberdade de Tráfego ................................................................32 Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação .......................................33 Princípio da Isonômica Tributação da Renda nos Títulos da Dívida Pública e nos Vencimentos dos Funcionários Públicos ........................................................34 Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas .............................................34 Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência e Destino ..................35 Questões Comentadas em Aula ..................................................................36 Questões de Concurso ...............................................................................40 Gabarito ..................................................................................................67 Gabarito Comentado .................................................................................68 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR Até agora nós falamos sobre as espécies tributárias, competência tributária e sobre quem pode exercê-la. Mas obviamente que não pode o Poder Público cobrar os tributos a seu bel prazer, não é mesmo? Ele tem limitações ao Poder de Tributar. As referidas limitações são freios à arrecadação de recursos com tributos, limi- tando o exercício da competência a ser exercida pelo ente, e estão presentes no arts. 150 a 152 da CF/1988, regra geral, e, em dispositivos esparsos na CF/1988. As limitações ao Poder de Tributar são representadas por meio de Princípios e Imunidades, de modo que nesta aula trataremos sobre os Princípios e na aula se- guinte sobre Imunidades. Pontue-se, inicialmente, que nos termos do art. 146, II, CF/1988, caberá à Lei Complementar regular as limitações ao poder de tributar. Princípios Constitucionais Tributários Os princípios constitucionais tributários visam proteger garantias e direitos in- dividuais, evitando arbitrariedades por parte do Poder Público, assegurando segu- rança jurídica aos contribuintes de que não terão que pagar tributos sem progra- mação, com valores exorbitantes, por exemplo. Em um estudo doutrinário costuma-se dizer que entre as normas temos a presença das regras e dos princípios. As regras são mais concretas, aquelas normas que definem um procedimento ou uma conduta. Regras, ou são totalmente cumpridas, ou não são cumpridas, elas não admitem o cumprimento parcial. Vale a ideia do tudo ou nada! Note a seguinte regra do código penal: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Art. 121. Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos. É muito simples nesse caso definir a conduta proibida e a consequência de seu descum- primento. Temos uma situação fática específica delimitada: Matar alguém. E temos, ain- da, uma consequência relacionada a esse ato: a imposição de uma Pena de Re- clusão de seis a vinte anos. Por outro lado, os princípios são mais abstratos e não são definidores de condu- tas específicas. Quando a Constituição impõe ao poder público a observância do Princípio da Igualdade – ou da isonomia no Direito Tributário – não conseguimos, de plano, discernir uma única situação normatizada. Também não conseguimos visualizar a consequência imediata para o seu descumprimento. É por isso que os princípios são os chamados de “mandados de otimização”, ou seja, eles devem ser utilizados para se alcançar o grau ótimo de concretização da norma. Também devido a esta abstração dos princípios, eles admitem um cumpri- mento parcial. Diz-se que quando duas regras entram em conflito, o aplicador deve cumprir uma ou outra, nunca as duas, pois uma regra exclui a outra. Já quando dois princípios entram em conflito dizemos que houve uma “colisão” de princípios (nunca uma contradição) e, desta forma, ambos poderão ser cumpri- dos, embora em graus diferentes de cumprimento. Estuda-se então o caso concreto, e descobre-se qual o princípio irá prevalecer sobre o outro, sem que um deles seja totalmente excluído do sistema. Os princípios tributários podem estar expressos na Constituição (princípio da igualdade, princípio da uniformidade geográfica, princípio da anterioridade tribu- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas tária...) ou podem estar implícitos no texto constitucional, sendo decorrentes das normas expressas do texto e dos regimes expressamente adotados pela Constitui- ção, ou então devido a direcionamentos do direito constitucional geral, aplicável aos vários ordenamentos jurídicos (princípio da razoabilidade, princípio da propor- cionalidade...). As noções acima são bastante complexas e a nossa intenção aqui foi apenas resumir para você de forma que, na prova, resolver as questões desse tema seja mais tranquilo. Mas não se preocupe MUITO com essa parte doutrinária em Direito Tributário. Aqui, o que mais é cobrado são as características dos Princípios Tributários que passaremos a expor. Princípio da Legalidade O Princípio da Legalidade (também chamado de Princípio da Reserva Legal) está previsto no 150, I, CF/1988, e estabelece que os tributos somente podem ser cria- dos ou aumentados por meio de lei: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (art. 150, I, CF/1988) É vedado aos entes políticos exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça. Isso quer dizer que os entes da federação só podem cobrar ou aumentar os seus tributos pore admite exceções. Dentre estas, a redução e o resta- belecimento por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de importação de petróleo. b) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a fixação das alíquotas máximas e mínimas do ISS por meio de Resolução do Senado Federal, aprovada por 1/3 dos Senadores. c) Inafastabilidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, o aumento da base de cálculo do IOF por meio de decreto do Poder Executivo Federal. d) Uniformidade Tributária, e não admite exceções. e) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o restabe- lecimento por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de comercialização de álcool combustível. Questão 2 (FCC/ANALISTA/METRÔ-SP/2010) Um exemplo de tributo que atende ao chamado princípio da capacidade de pagamento é a) a taxa cobrada pelo exercício do poder de polícia. b) o Imposto de Renda das pessoas físicas. c) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. d) o Imposto sobre Operações Financeiras. e) o pedágio das estradas públicas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Questão 3 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3ª/2014) A partir da noção acerca das limitações constitucionais ao poder de tributar, a) a legalidade é uma regra absoluta quando se trata de instituição, majoração e redução de tributos, por alteração de base de cálculo ou de alíquota, salvo as ex- ceções constitucionais. b) na alteração que implique redução de tributo, beneficiando o contribuinte quer por alteração de base de cálculo, quer por alteração de alíquota, não se aplicam as regras da legalidade, anterioridade e irretroatividade. c) a irretroatividade da lei tributária é uma regra absoluta, quer para criar, majorar ou reduzir tributos, independente de benefício ou prejuízo para o contribuinte. d) a anterioridade da lei tributária é uma regra que sempre deve ser aplicada no caso de modificação da lei que veicula tributo, salvo as exceções constitucionais. e) limitam o exercício da capacidade tributária ativa para instituir ou modificador tributos, sendo considerados verdadeiros direitos fundamentais do contribuinte. Questão 4 (FCC/ANALISTA DE GESTÃO CONTÁBIL/PREFEITURA DE RECIFE- -PE/2019) A Constituição Federal estabelece várias limitações ao poder de tributar. De acordo com o texto constitucional, a) o aumento do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU), imposto municipal, por meio de majoração de sua base de cálculo ou de sua alíquota, não está sujeito ao princípio da anterioridade de exercício financeiro. b) o aumento do Imposto de Serviço Sobre Qualquer Natureza (ISSQN), por meio de majoração de base de cálculo, está sujeito aos princípios da irretroatividade, legalidade, anterioridade nonagesimal e anterioridade de exercício financeiro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) a redução do Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), tributo municipal, por meio de diminuição de sua alíquota ou de sua base de cálculo, está sujeita ao princípio da anterioridade de exercício financeiro. d) o aumento da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, de competência municipal, não está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal. e) a cobrança de taxas estaduais não está sujeita aos princípios da irretroatividade, anterioridade nonagesimal e anterioridade de exercício financeiro. Questão 5 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2016) O chefe do poder executivo, por meio de medida provisória aprovada no Congresso Nacio- nal, majorou a alíquota do imposto sobre a renda das pessoas físicas. A nova lei, decorrente da medida provisória aprovada, produzirá efeitos a) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei foi publicada, respei- tando-se, também, o princípio nonagesimal (noventena), por se tratar do imposto sobre a renda, o qual deve observar as duas anterioridades constitucionais, ou seja, a anual e a noventena. b) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei, decorrente da medida provisória aprovada, foi publicada. c) imediatamente, desde que seja promulgada e publicada de acordo com o pro- cesso legislativo previsto na Constituição Federal. d) após o prazo de noventa dias da data em que haja sido publicada a nova lei que majorou o imposto sobre a renda. e) no mesmo dia da publicação da lei, tendo em vista a exceção prevista na Cons- tituição Federal, ao tratar das regras sobre medida provisória. 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Partindo da premissa de que o conceito de tributo previsto no Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e fazendo uma inter- pretação sistemática do Código Tributário Nacional inserido na ordem constitucional vigente, é correto afirmar que no conceito legal de tributo é possível identificar al- guns dos denominados “princípios constitucionais tributários”. São identificáveis no conceito legal de tributo os princípios a) da capacidade contributiva e da uniformidade geográfica. b) da isonomia e da liberdade de tráfego. c) da capacidade contributiva e da anterioridade. d) da anterioridade e da irretroatividade. e) da legalidade e da vedação ao efeito de confisco. 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II – o princípio da igualdade tributária, que se encontra expressamente previsto na Constituição Federal de 1988, permite ao legislador ordinário estabelecer critérios de diferenciação entre contribuintes,com a finalidade de promover a igualdade material. III – o princípio da anterioridade da lei tributária, implícito na Constituição Federal de 1988, veda a cobrança de tributos cujos fatos geradores ocorreram antes do início da vigência da lei que os criou ou aumentou. IV – o princípio do não confisco, implícito no texto constitucional, veda o emprego da tributação com finalidade extrafiscal. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) III e IV. e) II e III. Questão 8 (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE CARUA- RU/2018) Conforme dispõe a Constituição Federal, é correto afirmar que, de acor- do com a O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas a) irretroatividade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni- cípios aplicar anistia a multas tributárias definitivamente constituídas. b) imunidade recíproca, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar taxas e contribuições uns dos outros e impostos federais dos en- tes subnacionais. c) capacidade contributiva, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos não progressivos. d) legalidade tributária, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos com base em lei que contenha conceitos indeterminados. e) anterioridade nonagesimal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou majorou. Questão 9 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-GO/2018) A Constituição Federal contempla várias regras que têm por finalidade limitar o poder de tributar das pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com essas regras, é vedado aos Estados a) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, facultada, para fins de desoneração tributária total ou parcial, a distin- ção em razão de origem étnica, de nível de escolaridade, de ocupação profissional e de função por eles exercida. b) cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da regu- lamentação da lei que os houver instituído, aumentado ou reduzido. c) cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido regu- lamentada a lei que os instituiu ou aumentou, podendo o referido prazo ser reduzi- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas do, nos casos em que seu término ocorrer no exercício subsequente, hipótese em que o tributo poderá ser cobrado desde o primeiro dia do novo exercício. d) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte- restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. e) impostos sobre videofonogramas musicais produzidos no Mercosul, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros, e obras em geral, inter- pretadas por artistas brasileiros ou por artistas cidadãos de países integrantes do Mercosul, bem como sobre os suportes materiais ou arquivos digitais que os con- tenham, inclusive na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Questão 10 (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA LEGISLATIVA DO DF/2018) De acordo com a Constituição Federal, não está sujeita ao princípio cons- titucional da anterioridade nonagesimal (noventena), a fixação da base de cálculo dos seguintes tributos de competência do Distrito Federal: a) ISSQN e ICMS. b) taxa pela prestação de serviços e taxa pelo exercício do poder de polícia. c) IPVA e IPTU. d) ITCD e ITBI. e) contribuição de melhoria e empréstimo compulsório. Questão 11 (FCC/ADVOGADO/SABESP/2018) Com relação às limitações ao Po- der de Tributar, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas a) subsídios, isenções e redução de base de cálculo relativos a impostos, taxas ou contribuições, poderão, em regra, ser concedidos mediante lei genérica, não sendo exigível lei específica que regule exclusivamente tais matérias. b) a vedação à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros é extensiva às au- tarquias. c) é lícito à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) é lícito à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. e) é lícito à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacio- nal, vedada a concessão de incentivos fiscais de qualquer natureza. Questão 12 (FCC/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/AL-MS/2016) Ob- servam os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal (no- ventena), os impostos sobre a) produtos industrializados e sobre a renda, respectivamente. b) produtos industrializados e à fixação da base de cálculo do imposto sobre pro- priedade predial e territorial urbana, respectivamente. c) a renda e à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos automotores, respectivamente. d) importação de produtos estrangeiros e sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados, respectivamente. e) renda e sobre produtos industrializados, respectivamente. 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De acordo com as regras que disciplinam as limitações do poder de tributar, insculpi- das na Constituição Federal, a exigência, aumento e cobrança deste imposto estão sujeitos à observância de vários princípios, dentre os quais se encontram os da a) anterioridade, legalidade e irretroatividade. b) anterioridade nonagesimal (noventena), legalidade e rentabilidade tributável. c) legalidade, rentabilidade tributável e alcance tributável. d) anterioridade, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade. e) alcance tributável, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade. Questão 14 (FCC/ANALISTA EM GESTÃO PÚBLICA/PREFEITURA DE TERESI- NA/2016) A respeitodos Princípios Gerais Tributários, a) a instituição de tributo através de Decreto não fere o princípio da legalidade. b) a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro sem que haja sido publi- cada a lei que os instituiu ou aumentou fere especificamente o princípio da compe- tência. c) a instituição de tributo fora da matéria que foi destinada constitucionalmente à entidade tributante fere especificamente o princípio da anterioridade. d) a graduação dos tributos fora da capacidade econômica de contribuir não fere o princípio da capacidade contributiva. e) o imposto progressivo não fere o princípio da igualdade. Questão 15 (FCC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/PREFEITURA DE TERESI- NA/2016) O dispositivo constitucional previsto no art. 151, I, da Carta Magna, que O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas veda à União ao instituir tributo a distinção em relação a um Estado, ao Distrito Federal ou a um Município, em prejuízo dos demais, adota o princípio da a) vinculabilidade da tributação. b) indelegabilidade da competência tributária. c) uniformidade geográfica. d) tipologia tributária. e) anterioridade vinculada. Questão 16 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) A Constituição Federal, em seu art. 150, trata das limitações do poder de tributar, consagrando, nesse artigo, vários princípios relacionados com essas limitações. De acordo com o texto constitucional, estão EXCLUÍDOS do princípio da a) anterioridade nonagesimal (noventena), o II, o IE, o IR e o IOF. b) legalidade, o aumento da base de cálculo do IR, o aumento da alíquota do IPVA e do IPTU. c) irretroatividade, o IR, o IOF, o IPVA e o IPTU. d) anterioridade, o IR, o ITR, o ITCMD e o ITBI. e) legalidade, o IPI, o IOF e o aumento da base de cálculo do ICMS e do ISS. Questão 17 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) De acordo com a Constituição Federal, as limitações ao poder de tributar, descritas nos princípios da anterioridade, da irretroatividade, da anterioridade nonagesimal (noventena) e da legalidade aplicam-se à instituição de empréstimos compulsórios com a finalidade de O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas a) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública iminente. b) realizar parceria público privada de caráter urgente e de relevante interesse regional. c) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de iminência de guerra externa. d) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra externa. Questão 18 (FCC/ADVOGADO/PREFEITURA DE TERESINA/2016) A câmara mu- nicipal de um Município brasileiro aprovou lei aumentando a alíquota do ISS. San- cionada pelo prefeito daquele Município, o texto dessa lei foi publicado em 12 de novembro de 2014, uma quarta-feira. O último artigo dessa lei estabeleceu que ela entraria em vigor na data de sua publicação. Com fundamento no que disciplina a Constituição Federal a respeito dessa matéria, essa alíquota majorada poderia ser aplicada a fatos geradores ocorridos a partir de a) 12 de novembro de 2014. b) 1º de janeiro de 2014. c) 1º de janeiro de 2015. d) 13 de novembro de 2014 e) 11 de fevereiro de 2015. Questão 19 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA MUNICIPAL/PREFEITURA DE TERESINA/2016) Por meio de sorteio internacional, realizado em 2015, um deter- minado Município brasileiro foi escolhido para sediar, em 2016, evento político-eco- lógico relevante no cenário mundial, o qual, pela sua magnitude, acabou exigindo que o Brasil promovesse gastos enormes com segurança, principalmente com a segurança das autoridades estrangeiras. Não obstante o fato de a União e o Estado O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas terem feito grandes investimentos nessa área, não houve meio de o Município sede do evento escapar da realização de enormes despesas nessa área. Com base nes- sas informações e nas disposições da Constituição Federal nesse sentido, o referido Município poderá a) aumentar, para fazer face a essas despesas extraordinárias, a alíquota dos im- postos municipais, respeitadas as regras constitucionais atinentes às limitações do poder de tributar e à desvinculação das receitas tributárias, bem como as limita- ções impostas por leis complementares. b) instituir contribuição de interesse nacional, de caráter excepcional e transitório, mediante delegação expressa e específica da União, por meio de resolução do Se- nado Federal. c) fixar a alíquota do ISS, por meio de lei ordinária, em percentual superior ao do teto estabelecido em lei complementar federal, em caráter excepcional e transitório. d) ser autorizado pela União, por meio de lei complementar específica, a tributar a exportação de serviços para o exterior, em caráter excepcional e transitório, não superior a seis meses. e) instituir empréstimo compulsório via edição de lei ordinária, mediante delegação expressa e específica da União, feita por meio de decreto legislativo, pois a realiza- ção desse evento constitui investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Questão 20 (FCC/AUDITOR ESTADUAL DA RECEITA MUNICIPAL/PREFEITURA DE TERESINA/2016) Determinado Município brasileiro decidiu adotar as seguintes medidas, no exercício de 2014: (I) lançou e promoveu a cobrança do IPTU em rela- ção ao terreno em que se localiza um cemitério que é comprovadamente extensão de entidade de cunho religioso, e cuja doutrina não aceita o sepultamento dos fiéis O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas falecidos em cemitérios que não sejam esses; (II) concedeu isenção desse mesmo imposto a um grupo limitado de munícipes, exclusivamente em razão de sua con- dição de servidores públicos municipais; (III) editou decreto, no mês de novembro de 2014, para vigorar a partir do exercício seguinte, majorando a base de cálculo do IPTU, redundando esse fato, inclusive, em aumento superior à variação dos ín- dices oficiais de inflação. Considerando as limitações ao poder de tributar, arroladas no texto da Constituição Federal, a medida a) III violou o princípio da anterioridade. b) II violou o princípio da isonomia tributária. c) I não violou qualquerregra constitucional limitadora do poder de tributar. d) III violou o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). e) II não violou qualquer regra constitucional limitadora do poder de tributar, mas a medida I violou o princípio da irretroatividade. Questão 21 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2016) Acerca dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é correto afirmar: a) Somente a União poderá instituir tributo para estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, sem qualquer ressalva. b) Os entes políticos tributantes não podem cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos após o início da vigência da lei que os houver instituído ou au- mentado. c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei ou decreto que o estabeleça. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 49 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas d) Os entes da Federação não podem instituir tratamento desigual entre contribuin- tes que se encontrem em situação equivalente, admitindo-se, entretanto, levar em conta a distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida. e) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados se- gundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributá- ria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeita- dos os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Questão 22 (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SE/2015) À luz da Constituição da Re- pública e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a alteração do prazo de recolhimento de contribuição social incidente sobre o faturamento da empresa, de modo a antecipá-lo em relação ao vigente, a) requer edição de lei complementar, passível de exigência após decorridos no- venta dias da data de sua publicação, ainda que no mesmo exercício financeiro. b) não requer edição de lei complementar, tampouco se sujeita a qualquer anterio- ridade, sendo passível de exigência imediata. c) requer edição de lei complementar, passível de exigência no exercício financeiro seguinte, desde que decorridos noventa dias da data de sua publicação. d) requer edição de lei complementar, mas não se sujeita a qualquer anterioridade, sendo passível de exigência imediata. e) não requer edição de lei complementar, sendo passível de exigência desde que decorridos noventa dias da data de sua instituição, ainda que no mesmo exercício financeiro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 50 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Questão 23 (FCC/ANALISTA/BACHAREL EM DIREITO/PGE-MT/2016) Um deter- minado Estado brasileiro, famoso pelas lindas paisagens que ornamentam muitas de suas cidades, estava passando por severa crise econômica. Decidiu, em razão disso, investir fortemente no turismo destas cidades, com a finalidade de atrair pessoas com alto poder aquisitivo e que estivessem predispostas a gastar neste “Estado paradisíaco”. Paralelamente, com o intuito de evitar a afluência e o tráfego de turistas provenientes de unidades federadas com baixo ou nenhum poder aqui- sitivo, o governo deste “Estado paradisíaco” criou uma exação que denominou de “Taxa Interestadual de Compensação Financeira”, e que tinha o intuito específico de impedir, ou, pelo menos, de reduzir o tráfego de pessoas provenientes de outros Estados sem poder aquisitivo naquelas cidades turísticas do Estado. De acordo com a Constituição Federal, essa taxa a) poderia ser cobrada, desde que obedecido o princípio da anterioridade. b) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da anterioridade nonagesimal (noventena). c) não poderia ser cobrada. d) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da irretroatividade. e) não poderia ser cobrada pelo Estado em que se localizam essas cidades, pois a competência para instituir essa taxa é do Estado de proveniência dos turistas. Questão 24 (FCC/AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-PE/2014) De acordo com a Constituição Federal, a) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na iminência ou no caso de guer- ra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 51 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. b) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos não compreendidos em sua competência tributária, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal. c) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contri- buição de melhoria, decorrente de obra pública, ainda que não haja valorização imobiliária dela decorrente. d) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, mediante medida provisó- ria, no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública. Questão 25 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-15ª/2013) A união NÃO pode ins- tituir tributos que a) deem isenções a tributos da competência dos Estados. b) incidam sobre importação de produtos estrangeiros. c) incorram sobre a propriedade territorial rural. d) recaiam sobre operações de crédito, câmbio e seguro. e) fixem alíquotas diferenciadas para desestimular propriedades improdutivas. Questão 26 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP) É uma das limitações constitucionais do poder de tributar: a) A imunidade recíproca entre os Entes da Federação –União, Estados, Distrito Federal e Municípios que garante a isonomia na distribuição de receitas tributárias. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 52 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) A imunidade aos impostos que gravem o patrimônio, a renda ou os serviços das entidades de assistência social, sem fins lucrativos, desde que não distribuam qual- quer parcela do seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título. c) O princípio da anualidade, vigente na atual ordem constitucional, que impõea necessidade, para a cobrança de determinado tributo, de sua previsão na lei or- çamentária aprovada na legislatura no ano-calendário anterior, salvo as exceções constitucionalmente previstas. d) A legalidade tributária estrita, incluída na Constituição Federal de 1988 pela Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003. e) A imunidade aos impostos, taxas e contribuições de melhoria dos templos de qualquer culto. Questão 27 (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/TCE-SP/2013) É vedada a limitação ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. A proibição refere-se ao princípio da a) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado por todos os entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela uti- lização de vias conservadas pelo poder público. b) liberdade do tráfego de pessoas e bens, que deve ser observado por todos os entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. c) liberdade do tráfego de pessoas e bens, sendo direcionado unicamente à União, Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio pela utiliza- ção de vias conservadas pelo poder público. d) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado por todos os entes federados, não contemplando exceção. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 53 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas e) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado pela União, Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. Questão 28 (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/TCE-SP/2013) A majo- ração da base de cálculo do IPVA e do IPTU é exceção, dentre outras, à regra da a) legalidade. b) anterioridade nonagesimal. c) anterioridade anual. d) irretroatividade da lei tributária. e) vedação ao confisco. Questão 29 (FCC/AUDITOR-FISCAL DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE SÃO PAU- LO-SP/2012) Município institui o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) sobre serviço advocatício com valor de R$ 1.500,00 por ano. A fixação do ISSQN, nestes termos, é inconstitucional por violar o princípio da a) anterioridade. b) capacidade contributiva. c) irretroatividade da lei tributária. d) legalidade. e) uniformidade geográfica. Questão 30 (FCC/PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS/TCM-BA/2011) Compa- rada com a norma de Direito Penal, verifica-se que a norma tributária é mais rígida. No Direito Penal, o nullum crimen nulla poena sine lege exige que o delito seja tí- pico, decorra de uma previsão legal precisa, mas se permite ao juiz, ao sentenciar, a dosimetria da pena, com relativa liberdade, assim como diminuir ou afrouxar a O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 54 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas pena a posteriori. No Direito Tributário, além de se exigir seja o fato gerador tipifi- cado, o dever de pagar o tributo também deve sê-lo em todos os seus elementos, pois aqui importantes são tanto a previsão do tributo quanto o seu pagamento, ba- seado em fórmulas de quantificação da prestação devida, e que a sociedade exige devam ser rígidas e intratáveis. (Sacha Calmon Navarro Coelho. Curso de direito tributário brasileiro. 9.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 220) O texto acima está se referindo ao princípio explícito da a) legalidade. b) irretroatividade da lei tributária. c) anterioridade da lei tributária. d) segurança jurídica. e) igualdade. Questão 31 (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-MT/2011) Dispõe o art. 144, do CTN que “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obri- gação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Esta regra legal encontra fundamento de validade no princípio constitu- cional da a) irretroatividade da lei tributária. b) anterioridade anual. c) anterioridade nonagesimal. d) legalidade. e) vedação ao confisco. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 55 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Questão 32 (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE-CE/2011) Sobre os princípios constitucionais tributários é correto afirmar que a) a lei que modifica tributos só pode ser aplicada no exercício seguinte ao da sua publicação por força da regra da irretroatividade da lei tributária. b) os tributos sempre deverão ser pessoais e atender às condições econômicas dos contribuintes, por força do princípio da capacidade contributiva. c) salvo exceções a lei que cria ou majora tributo terá eficácia no exercício finan- ceiro seguinte ao da sua publicação, como expressão da anterioridade tributária. d) como exceção à legalidade tributária, pode o Presidente da República instituir, por decreto, impostos de importação, de exportação, sobre produtos industrializa- dos e sobre operações financeiras. e) a instituição de empréstimo compulsório, imposto extraordinário, imposto resi- dual e impostos de natureza extrafiscal são exceções à anterioridade nonagesimal. Questão 33 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Sobre as pres- crições constitucionais insertas na seção ‘Das limitações do poder de tributar’, é correto afirmar: a) O princípio da anterioridade não admite qualquer tipo de exceção, uma vez que se trata de garantia dos contribuintes. b) As operações interestaduais devem ser imunes a qualquer tributação em obedi- ência ao princípio da vedação de se estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio. c) Em razão da vedação da utilização do tributo com o efeito de confisco, a União não pode instituir o Imposto sobre grandes fortunas. d) As imunidades ali previstas aplicam-se somente aos impostos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 56 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas e) É defeso cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publi- cada a lei que os houver instituído ou aumentado, devendo essa lei ser publicada sempre com um prazo de 90 dias antes do término do exercício financeiro anterior àquele em que o tributo será cobrado ou aumentado. Questão 34 (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) De acordo com as normas do Código Tributário Nacional atinentes à legislação tribu- tária, a) as normas complementarespodem estabelecer cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, no tocante às taxas. b) somente a lei pode estabelecer as hipóteses de dispensa ou redução de penali- dades. c) os decretos podem estabelecer hipóteses de redução de penalidade, mas não sua dispensa. d) os decretos podem reduzir as alíquotas dos impostos municipais. e) somente a lei e o decreto podem estabelecer a redução de tributos, mas sua extinção é matéria exclusiva de lei complementar. Questão 35 (FCC/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/DIREITO/AL-SP/2010) Sub- mete-se integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterio- ridade nonagesimal o imposto sobre a) os produtos industrializados. b) a renda e proventos de qualquer natureza. c) a transmissão de bens causa mortis e doação. d) a propriedade de veículos automotores. e) a propriedade territorial urbana. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 57 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Questão 36 (FCC/ANALISTA DE PROCURADORIA/PGE-BA/2013) Sobre o tema da competência tributária e sua limitação é correto afirmar: a) A competência tributária é fixada por lei do ente político, não podendo ser disci- plinada por ato do Chefe do Poder Executivo. b) O não exercício da competência tributária implica a competência suplementar dos Estados, Distrito Federal e Municípios em instituir tributos, disciplinando nor- mas gerais e normas específicas. c) A competência tributária é constitucional e, como tal, expressão da forma fede- rativa de Estado, sendo vedada a delegação do seu exercício a outro ente, ainda que por lei. d) A competência ou capacidade tributária é passível de ser delegada por lei a outro ente, para instituição de tributo, desde que a arrecadação e a fiscalização também o sejam. e) A legalidade, anterioridade, vedação ao confisco, irretroatividade da lei tributá- ria e igualdade são limitações ao exercício da capacidade tributária. Questão 37 (FCC/ANALISTA DE PROCURADORIA/PGE-BA/2011) É matéria re- servada à lei, salvo a) fixação da alíquota do tributo e sua base de cálculo. b) cominação de penalidades para as ações e omissões contrárias a seus disposi- tivos. c) hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários. d) definição do fato gerador da obrigação tributária principal e seu sujeito passivo. e) atualização monetária da respectiva base de cálculo do tributo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 58 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Questão 38 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Dispõe o § 2º, do art. 62, da Constituição Federal, que medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os impostos de importação, exportação, sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários, produtos industriali- zados e extraordinário, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Por sua vez, dispõe o §1º do art. 150, in fine, da Constituição Federal, que a anterioridade mínima de 90 dias para a incidência de leis instituidoras ou majoradoras de tribu- tos não se aplica aos seguintes tributos: empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias; imposto de importação; imposto de exportação; imposto de renda; imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliá- rios; e imposto extraordinário. Uma medida provisória editada em março de 2009 que venha a majorar o imposto de importação e o imposto de renda a) terá eficácia imediata em relação a ambos os impostos. b) terá eficácia imediata apenas em relação ao imposto de importação, devendo ser convertida em lei até o último dia do exercício de 2009 para que tenha eficácia a partir de 01 de janeiro de 2010, em relação ao imposto de renda. c) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for conver- tida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação a ambos os impostos. d) só produzirá efeitos noventa dias a contar da sua edição, em relação ao imposto de importação, e no exercício seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 59 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas e) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for conver- tida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda, e noventa dias a contar da sua edição em relação ao imposto de importação. Questão 39 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SC/2019) Determinada lei tributária prevê o valor do teto para a cobrança de uma taxa de fiscalização, permitindo que ato do Poder Executivo fixe o valor específico do tributo e autorizando o ministro da Economia a corrigir monetariamente, a partir de critérios próprios, esse valor. A respeito dessa lei hipotética, considerando-se a jurisprudência do STF acerca do princípio da legalidade tributária, é correto afirmar que a) a delegação do ato infralegal para a fixação do valor da taxa ou determinação dos critérios para a sua correção é inconstitucional. b) os índices de correção monetária da taxa podem ser atualizados por ato do Po- der Executivo, ainda que em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos. c) a fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoá- vel com os custos da atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária ser atualizada em percentual não superior aos índices legalmente previstos. d) o Poder Executivo tem permissão legal para fixar discricionariamente o valor da correção monetária da referida taxa, independentemente de previsão legal de índice de correção. e) a fixação, em atos infralegais, de critérios para a correção monetária de taxas é inconstitucional, independentemente de observar expressa previsão legal. Questão 40 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) A Constituição Federal de 1988 prevê exceções ao princípio tributário da anterioridade, como ocorre nos ca- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 60 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas sos dos impostos sobre importação e sobre exportação. Nesses casos, a exceção é justificada pela necessidade de ajuste do tributo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. De acordo com a doutrina majoritária,a referida hipótese de exceção ao princípio tributário da anterioridade é explicada em razão de os tributos citados terem fina- lidade a) parafiscal. b) parafiscal e extrafiscal. c) extrafiscal. d) exclusivamente fiscal. Questão 41 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/PF/2018) A empresa XZY Ltda., contribuinte do ICMS, pagava mensalmente esse tributo a determinado es- tado da Federação, no dia 15 de cada mês. No dia 30/6/2017, esse estado editou ato normativo que alterava a data do pagamento do referido tributo para o dia 10 de cada mês, entrando tal ato em vigor no dia 1º/7/2017. Sem saber da alteração, a empresa XZY Ltda. pagou o tributo no dia 15/7/2017, o que acarretou multa e juros de mora pelo pagamento com atraso. Nessa situação hipotética. a antecipação do prazo para o pagamento do ICMS só poderia ter sido feita por lei e somente poderia ter entrado em vigor no exercício financeiro seguinte. Questão 42 (CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-PE/2018) A técnica de tri- butação que observa o princípio da capacidade contributiva consiste em a) diminuir a alíquota na proporção da ampliação da base de cálculo. b) majorar a carga tributária conforme a essencialidade do produto tributado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 61 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) estabelecer teto máximo de valor para o pagamento de determinados tributos, mantendo-se a modicidade tributária. d) fixar alíquotas percentualmente menores para os contribuintes que tenham me- nor patrimônio pessoal. e) confiscar bens considerados supérfluos em relação aos contribuintes que apre- sentem sinais externos de riqueza excessiva. Questão 43 (CESPE/AUDITOR/SEFAZ-RS/2018) Após regular processo adminis- trativo, determinado auditor tributário aplicou multa a contribuinte, em decorrência do não recolhimento de imposto. O valor da multa corresponde ao dobro do mon- tante não recolhido com base em previsão legal. Nessa situação hipotética, a) não se aplica o princípio do não confisco, porque não se pode confundir multa com tributo. b) não se aplicará o princípio do não confisco caso haja previsão legal nesse sentido. c) a redução da multa é condicionada à anulação do processo administrativo. d) não é possível a redução do valor da multa por decisão judicial. e) houve violação do princípio do não confisco, dado o valor da multa aplicada. Questão 44 (VUNESP/INSPETOR FISCAL DE RENDAS/PREFEITURA DE GUARU- LHOS-SP) O princípio da capacidade contributiva a) veda a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico regional. b) determina que todos tributos atendam às condições sociais e econômicas do contribuinte. 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Questão 45 (FCC/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-BA/2019) A Constituição Federal consagra o princípio da anterioridade anual, ou seja, a proibição de a Administração Fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou e consagra, também, o princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena, que veda a cobrança de tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Sobre este tema, a Constituição vigente estabelece que a) o imposto sobre a renda deve observar os princípios constitucionais da anterio- ridade anual e da anterioridade nonagesimal (noventena). b) a anterioridade nonagesimal (noventena), prevista na Constituição Federal, apli- ca-se à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos auto- motores e do imposto sobre propriedade predial e territorial urbana. c) o imposto sobre produtos industrializados observa o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena), mas não observa o princípio da anterioridade anual. d) os empréstimos compulsórios instituídos para atender a despesas extraordiná- rias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional devem observar a anterioridade anual. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 63 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas e) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observando o prin- cípio da anterioridade nonagesimal, não precisando observar a anterioridade anual, por expressa autorização constitucional. Questão 46 (VUNESP/ANALISTA TRIBUTÁRIO FINANCEIRO/PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/2018) A respeito dos princípios gerais do sistema tributário, assinale a alternativa correta. a) Sempre que possível, os impostos terão caráter impessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. b) É vedado à administração tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. c) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos. d) Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tri- butar. e) Lei ordinária poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. Questão 47 (VUNESP/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SP/2018) Com relação à competên- cia tributária e aos princípios e limitações constitucionais ao poder de tributar, é correto afirmar: a) a Constituição prevê a progressividade não só para o Imposto de Renda mas também para o Imposto Territorial Rural e para o Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana, e, com relação a estes, acrescentou previsão de confisco na hi- pótese de não cumprimento da função social da propriedade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 64 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) o Supremo Tribunal Federal tem adotado entendimento no sentido de que, em- bora o confisco seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do con- fisco deve ser utilizado para limitar o percentualde multa imposta ao contribuinte. c) a competência tributária, nela compreendidas a competência legislativa para instituir e majorar tributos e a competência para fiscalizá-los e arrecadá-los, é in- delegável, não recebidas pela atual Constituição as normas que dispunham em sentido contrário. d) o princípio da anterioridade, tal como previsto no texto constitucional vigente, impede que qualquer imposto seja cobrado no mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da data daquela publicação. Questão 48 (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) Em nosso sistema tributário a seleti- vidade, em função da essencialidade dos produtos fabricados ou comercializados, é atributo exclusivo do a) IPI. b) ICMS. c) IPI e do ICMS. d) IR, do IPI e do ICMS. e) IPI, do ICMS e do ISS. Questão 49 (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) A progressividade é uma técnica im- positiva que, em nosso país, pode ser utilizada a) em todos os tributos do nosso sistema tributário. b) nos impostos federais e municipais. c) nos impostos que incidem sobre a renda e sobre o patrimônio imobiliário. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 65 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas. e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo. Questão 50 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Sobre a essencialidade do bem e o regime tributário a ele aplicável, em vista dos princípios constitucionais tributários, a) a essencialidade do bem pode servir como exceção ao princípio da não cumula- tividade. b) o princípio da isonomia veda, taxativamente, qualquer consideração sobre a es- sencialidade do bem e distinção tributária. c) pelo princípio da uniformidade geográfica, os Estados ficam impedidos de consi- derar a essencialidade do bem na disciplina dos tributos de sua competência. d) pelo princípio da seletividade, pode-se garantir que a tributação seja maior ou menor, dependendo da essencialidade do bem. e) o princípio da capacidade contributiva desloca o caráter da essencialidade do bem para o caráter pessoal da capacidade econômica do contribuinte. Questão 51 (FGV/ADVOGADO/AL-RO/2018) A União, desejando implementar política pública de fomento ao povoamento do interior do país, concedeu isenção de IPTU no território de alguns Municípios pouco populosos situados no Estado X. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. a) A União pode conceder tal isenção, por ser ela a principal responsável pela pro- moção das políticas de redução das desigualdades regionais, objetivo fundamental da República. b) A União pode conceder tal isenção, desde que compense os Municípios afetados mediante transferências voluntárias. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 66 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) A União pode conceder tal isenção, desde que por meio de resolução do Senado Federal aprovada por maioria absoluta dos senadores. d) O Estado ABC, e não a União, é o ente federado competente para conceder tais isenções relativas a tributo de competência dos Municípios situados no território estadual. e) A União não pode conceder tal isenção, por violar a autonomia municipal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 67 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas GABARITO 1. e 2. b 3. b 4. b 5. b 6. e 7. a 8. e 9. d 10. c 11. b 12. e 13. a 14. e 15. c 16. a 17. d 18. e 19. a 20. b 21. e 22. b 23. c 24. a 25. a 26. b 27. b 28. b 29. b 30. a 31. a 32. c 33. b 34. b 35. c 36. c 37. e 38. b 39. c 40. c 41. E 42. d 43. e 44. d 45. c 46. d 47. b 48. c 49. c 50. d 51. e O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 68 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas GABARITO COMENTADO Questão 7 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SP/2019) Acerca do regime dos prin- cípios tributários, considere as assertivas abaixo: I – o princípio da capacidade contributiva autoriza a graduação dos impostos de caráter pessoal, segundo a capacidade econômica do contribuinte. II – o princípio da igualdade tributária, que se encontra expressamente previsto na Constituição Federal de 1988, permite ao legislador ordinário estabelecer critérios de diferenciação entre contribuintes, com a finalidade de promover a igualdade material. III – o princípio da anterioridade da lei tributária, implícito na Constituição Federal de 1988, veda a cobrança de tributos cujos fatos geradores ocorreram antes do início da vigência da lei que os criou ou aumentou. IV – o princípio do não confisco, implícito no texto constitucional, veda o emprego da tributação com finalidade extrafiscal. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) III e IV. e) II e III. Letra a. I – Certo. Conforme o art. 145, § 1º, CF/1988. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 69 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas II – Certo. Esta é a definição para o princípio da isonomia previsto no art. 150, II, CF/1988. III – Errado. O item definiu o princípio da irretroatividade previsto no 150, III, a, CF/1988, e não o da anterioridade. IV – Errado. O princípio do não confisco está previsto expressamente na CF/1988, art. 150. IV. Questão 8 (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE CARUA- RU/2018) Conforme dispõe a Constituição Federal, é correto afirmar que, de acor- do com a a) irretroatividade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni- cípios aplicar anistia a multas tributárias definitivamente constituídas. b) imunidade recíproca, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar taxas e contribuições uns dos outros e impostos federais dos en- tes subnacionais. c) capacidade contributiva, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos não progressivos. d) legalidade tributária, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos com base em lei que contenha conceitos indeterminados. e) anterioridadenonagesimal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou majorou. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 70 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas a) Errada. O princípio da irretroatividade está previsto no art. 150, III, a, CF/1988 que prevê que os entes somente poderão cobrar tributos em relação aos fatos ge- radores ocorridos após a vigência de lei. b) Errada. Na próxima aula você aprenderá que a imunidade recíproca veda que os entes cobrem impostos sobre o patrimônio, renda ou serviço uns dos outros (art. 150, VI, a, CF). c) Errada. O princípio da capacidade contributiva está previsto no art. 145, par. 1º, CF/1988, e a sua interpretação autoriza a cobrança de impostos com alíquotas progressivas quanto maior for a capacidade econômica do contribuinte, sempre que possível. Como CF/1988 destacou “sempre que possível”, percebe-se que há casos em que não haverá tributos progressivos. d) Errada. O princípio da legalidade tributária está previsto no art. 150, I, CF/1988, que dispõe que é proibido aos entes instituir e majorar tributos se não for por meio de lei. e) Certa. Conforme o art. 150, III, c, CF/1988. Questão 9 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-GO/2018) A Constituição Federal contempla várias regras que têm por finalidade limitar o poder de tributar das pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com essas regras, é vedado aos Estados a) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, facultada, para fins de desoneração tributária total ou parcial, a distin- ção em razão de origem étnica, de nível de escolaridade, de ocupação profissional e de função por eles exercida. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 71 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da regu- lamentação da lei que os houver instituído, aumentado ou reduzido. c) cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido regu- lamentada a lei que os instituiu ou aumentou, podendo o referido prazo ser reduzi- do, nos casos em que seu término ocorrer no exercício subsequente, hipótese em que o tributo poderá ser cobrado desde o primeiro dia do novo exercício. d) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte- restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. e) impostos sobre videofonogramas musicais produzidos no Mercosul, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros, e obras em geral, inter- pretadas por artistas brasileiros ou por artistas cidadãos de países integrantes do Mercosul, bem como sobre os suportes materiais ou arquivos digitais que os con- tenham, inclusive na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Letra d. a) Errada. Contraria o art. 150, II, CF/1988: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; b) Errada. Nos termos do art. 150, III, a, CF/1988, o princípio da irretroatividade veda que os entes federativos cobrem tributos relativos a fatos geradores que ocor- ram antes da vigência da lei que os instituir ou aumentar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 72 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) Errada. O examinador tentou confundir o candidato quanto à conceituação do princípio da noventena. Como é de seu conhecimento, esse princípio proíbe que os entes cobrem tributos antes de decorridos 90 dias da publicação da lei que instituiu ou aumentou o tributo. Pontue-se ainda que o prazo não pode ser reduzido na hipó- tese narrada na alternativa, mas lembre-se de que a CF/1988 prevê casos em que esse princípio não terá aplicabilidade (exceções ao princípio da noventena). d) Certa. Conforme o art. 150, V, CF/1988. e) Errada. O quesito trata sobre a imunidade musical, assunto que será visto na próxima aula e está previsto no art. 150, VI, e, CF/1988. Questão 10 (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA LEGISLATIVA DO DF/2018) De acordo com a Constituição Federal, não está sujeita ao princípio cons- titucional da anterioridade nonagesimal (noventena), a fixação da base de cálculo dos seguintes tributos de competência do Distrito Federal: a) ISSQN e ICMS. b) taxa pela prestação de serviços e taxa pelo exercício do poder de polícia. c) IPVA e IPTU. d) ITCD e ITBI. e) contribuição de melhoria e empréstimo compulsório. Letra c. Conforme art. 150, par. 1º, CF/1988: § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos pre- vistos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 73 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Questão 11 (FCC/ADVOGADO/SABESP/2018) Com relação às limitações ao Po- der de Tributar, a) subsídios, isenções e redução de base de cálculo relativos a impostos, taxas ou contribuições, poderão, em regra, ser concedidos mediante lei genérica, não sendo exigível lei específica que regule exclusivamente tais matérias. b) a vedação à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros é extensiva às au- tarquias. c) é lícito à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) é lícito à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. e) é lícito à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacio- nal, vedada a concessão de incentivos fiscais de qualquer natureza. Letra b. a) Errada. Conforme art. 150, par.6º, CF/1988, essas matérias devem ser objeto de lei específica. b) Certa. Nos termos do art. 150, VI, a c/c 150, par. 2º, CF/1988. c) Errada. Conforme o art. 151, II, CF/1988 a União é proibida de tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) Errada. A União só pode instituir isenção de tributos que forem de sua compe- tência, de modo que o art.151, III, CF/1988 prevê que é vedado à ela instituir isen- ções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. e) Errada. O princípio da uniformidade geográfica previsto no art. 151, I, CF/1988 afirma que é vedado à União a instituição de tributo que não seja uniforme em O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 74 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas todo o território nacional, autorizando a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Questão 12 (FCC/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/AL-MS/2016) Ob- servam os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal (no- ventena), os impostos sobre a) produtos industrializados e sobre a renda, respectivamente. b) produtos industrializados e à fixação da base de cálculo do imposto sobre pro- priedade predial e territorial urbana, respectivamente. c) a renda e à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos automotores, respectivamente. d) importação de produtos estrangeiros e sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados, respectivamente. e) renda e sobre produtos industrializados, respectivamente. Letra e. Quanto aos impostos citados na questão: • IPI: observa o princípio da anterioridade nonagesimal e é exceção ao princípio da anterioridade anual; • IR: observa o princípio da anterioridade anual e é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal; • Aumento (e não a fixação) da base de cálculo do IPTU e do IPVA: observa o princípio da anterioridade anual e é exceção ao princípio da noventena; • II – e IE: exceção ao princípio da anterioridade anual e ao princípio da ante- rioridade nonagesimal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 75 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Questão 13 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-20/2016) É da União a competên- cia para instituir o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. De acordo com as regras que disciplinam as limitações do poder de tributar, insculpi- das na Constituição Federal, a exigência, aumento e cobrança deste imposto estão sujeitos à observância de vários princípios, dentre os quais se encontram os da a) anterioridade, legalidade e irretroatividade. b) anterioridade nonagesimal (noventena), legalidade e rentabilidade tributável. c) legalidade, rentabilidade tributável e alcance tributável. d) anterioridade, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade. e) alcance tributável, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade. Letra a. O IR é exceção ao princípio da noventena, devendo respeitar os demais princípios constitucionais estudados na aula: anterioridade anual, legalidade, irretroatividade. Questão 14 (FCC/ANALISTA EM GESTÃO PÚBLICA/PREFEITURA DE TERESI- NA/2016) A respeito dos Princípios Gerais Tributários, a) a instituição de tributo através de Decreto não fere o princípio da legalidade. b) a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro sem que haja sido publi- cada a lei que os instituiu ou aumentou fere especificamente o princípio da compe- tência. c) a instituição de tributo fora da matéria que foi destinada constitucionalmente à entidade tributante fere especificamente o princípio da anterioridade. d) a graduação dos tributos fora da capacidade econômica de contribuir não fere o princípio da capacidade contributiva. 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O princípio da anterioridade trata sobre a vedação de cobrança de tri- buto no mesmo exercício financeiro em que este for instituído ou aumentado. d) Falsa. O princípio da capacidade contributiva determina justamente uma gradu- ação dos tributos conforme a capacidade econômica do contribuinte. e) Certa. O princípio da isonomia (chamado por alguns de igualdade) visa tributar igualmente os que vivem em situações iguais, e desigualmente os que se sujeitam a situações desiguais, de forma que o princípio da progressividade faz justamente isso, conforme demonstração de maior capacidade contributiva, maior a alíquota aplicável para determinação do imposto devido. Questão 15 (FCC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/PREFEITURA DE TERESI- NA/2016) O dispositivo constitucional previsto no art. 151, I, da Carta Magna, que veda à União ao instituir tributo a distinção em relação a um Estado, ao Distrito Federal ou a um Município, em prejuízo dos demais, adota o princípio da a) vinculabilidade da tributação. b) indelegabilidade da competência tributária. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 77 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) uniformidade geográfica. d) tipologia tributária. e) anterioridade vinculada. Letra c. O princípio da uniformidade geográfica está previsto no art. 151, I, CF/1988: Art. 151. É vedado à União: I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Questão 16 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) A Constituição Federal, em seu art. 150, trata das limitações do poder de tributar, consagrando, nesse artigo, vários princípios relacionados com essas limitações. De acordo com o texto constitucional, estão EXCLUÍDOS do princípiomeio de lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Lembre-se, que, se o legislador constituinte não destacou que seria Lei Comple- mentar, assim, pode o ente criar e majorar o seu respectivo tributo por meio de lei ordinária (medida provisória ou lei delegada). No entanto, conforme já estudado, há casos em que é necessária a previsão de Lei Complementar para instituição do tributo (e sua majoração), quais sejam: TRIBUTOS INSTITUÍDOS/MAJORADOS POR LEI COMPLEMENTAR Empréstimos compulsórios (art. 148, CF/1988) Impostos residuais (art. 154, I, CF/1988) Contribuições residuais (art. 95, par. 4 c/c art. 154, I, CF/1988) Impostos sobre Grandes Fortunas (153, VII, CF/1988) Na definição de tributo constante do art. 3º do CTN, e já estudado em nosso curso, foi visto que ele (o tributo) somente pode ser criado por meio de lei, em harmonia com o previsto no texto constitucional. Ainda sobre o Princípio da Legalidade, o Código Tributário Nacional também dis- pôs sobre os assuntos tributários que devem ser previstos em lei, no art. 97, CTN: Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I – a instituição de tributos, ou a sua extinção; II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV – a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o dispos- to nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V – a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispo- sitivos, ou para outras infrações nela definidas; VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que im- porte em torná-lo mais oneroso. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste arti- go, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Quanto à majoração do tributo, pontue-se, desde então, que o legislador des- tacou no parágrafo 2º do artigo 97, que não é considerada como majoração do tributo a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Ou seja: caso ocorra uma atualização de valor, dentro de índices oficiais de in- flação, por exemplo, essa atualização poderá ser feita por norma infralegal, como um decreto. O que não pode ocorrer é uma “atualização disfarçada” onde os percentuais de “reajuste” venham a superar os índices oficiais, criando um efetivo aumento do valor devido. Nesse sentido, há posicionamento consolidado do Superior Tribunal de Justiça, de que, tendo o ente determinado a atualização monetária da base de cálculo acima do percentual oficial, há necessidade de respeito ao Princípio da Legalidade. Veja: Súmula n. 160 do STJ É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. Agora, preste atenção! A CF/1988 prevê exceções quanto ao Princípio da Legali- dade, autorizando a majoração de determinados impostos por atos infralegais, por meio de aumento de alíquotas, no art. 153, par. 1º, CF/1988: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I – importação de produtos estrangeiros; II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; IV – produtos industrializados; V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Assim, a CF/1988 autoriza que o II, IE, IPI e IOF sejam majorados, por exemplo, por Decreto do Poder Executivo, por meio de alteração de alíquo- tas. Para uma melhor compreensão, recorde-se das classificações estudadas da pri- meira aula quanto aos tributos extrafiscais que são utilizados pelo Poder Público para regular situações econômicas. Sendo o II, IE, IPI e IOF, portanto, tributos extrafiscais, o legislador constituinte previu um processo legislativo mais simples para aumentar/diminuir as suas alí- quotas quando for importante incentivar ou desestimular determinadas operações que repercutam na situação econômica/social do país. Há também a exceção ao Princípio da Legalidade prevista no art. 177, par. 4º, CF/1988: § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001) I – a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001) b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001) A disposição acima trata sobre a CIDE-Combustível e é exceção ao princípio da legalidade quanto à redução e ao restabelecimento da sua alíquota, que poderá ser feito pelo Poder Executivo. E, ainda, há a exceção quanto ao ICMS-Combustível (ICMS-Monofásico), que terá sua alíquota fixada por meio de Convênios do CONFAZ (art. 155, § 4º, IV, c/c 155, § 2º XII, h, CF/1988) celebrados entre os Estados e o DF. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Imposto sobre a importação – II Imposto sobre a exportação – IE Imposto sobre produtos industrializados – IPI Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários CIDE-Combustível ICMS-Combustível Questão 1 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2013) O art. 150, I, da Constituição Federal, estipula que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí- pios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Este dispositivo enuncia o Princípio da: a) Uniformidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o resta- belecimentoda a) anterioridade nonagesimal (noventena), o II, o IE, o IR e o IOF. b) legalidade, o aumento da base de cálculo do IR, o aumento da alíquota do IPVA e do IPTU. c) irretroatividade, o IR, o IOF, o IPVA e o IPTU. d) anterioridade, o IR, o ITR, o ITCMD e o ITBI. e) legalidade, o IPI, o IOF e o aumento da base de cálculo do ICMS e do ISS. Letra a. b) Errada. Essas hipóteses não são exceção ao princípio da legalidade conforme tabela: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 78 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Imposto sobre a importação – II Imposto sobre a exportação – IE Imposto sobre produtos industrializados – IPI Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – IOF CIDE-Combustível ICMS-Combustível c) Errada. Não há exceção quanto ao princípio da irretroatividade. d) Errada. O IR, o ITR, o ITCMD e o ITBI se sujeitam ao princípio da anterioridade, de modo que quanto ao IR, ele está excluído do princípio da anterioridade nonage- simal. e) Errada. O aumento da base de cálculo do ICMS e do ISS se sujeitam ao princí- pio da legalidade. Questão 17 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) De acordo com a Constituição Federal, as limitações ao poder de tributar, descritas nos princípios da anterioridade, da irretroatividade, da anterioridade nonagesimal (noventena) e da legalidade aplicam-se à instituição de empréstimos compulsórios com a finalidade de a) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública iminente. b) realizar parceria público privada de caráter urgente e de relevante interesse regional. c) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de iminência de guerra externa. d) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra externa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 79 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Letra d. Os empréstimos compulsórios podem ser instituídos em dois casos (148, I, CF/1988): (i) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de cala- midade pública, de guerra externa ou sua iminência; (ii) no caso de investi- mento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. O art. 150, par. 1º, CF/1988 diz que quanto aos empréstimos compulsórios ins- tituídos nas hipóteses do item (i) acima (calamidade pública, guerra externa ou iminência de guerra externa) não há necessidade de observância ao princípio da anterioridade anual e nem ao da anterioridade nonagesimal, razão pela qual a al- ternativa certa é a “d” que afirma que é ao empréstimo compulsório para realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional que se aplicam os princípios da anterioridade anual, anterioridade nonagesimal, irretroa- tividade e legalidade. Questão 18 (FCC/ADVOGADO/PREFEITURA DE TERESINA/2016) A câmara mu- nicipal de um Município brasileiro aprovou lei aumentando a alíquota do ISS. San- cionada pelo prefeito daquele Município, o texto dessa lei foi publicado em 12 de novembro de 2014, uma quarta-feira. O último artigo dessa lei estabeleceu que ela entraria em vigor na data de sua publicação. Com fundamento no que disciplina a Constituição Federal a respeito dessa matéria, essa alíquota majorada poderia ser aplicada a fatos geradores ocorridos a partir de a) 12 de novembro de 2014. b) 1º de janeiro de 2014. c) 1º de janeiro de 2015. d) 13 de novembro de 2014 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 80 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas e) 11 de fevereiro de 2015. Letra e. O ISS deve respeitar os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nona- gesimal, razão pela qual o imposto só pode ser cobrado com a alíquota majorada quanto aos fatos geradores ocorridos no exercício seguinte e 90 dias após a sua publicação. Questão 19 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA MUNICIPAL/PREFEITURA DE TERESINA/2016) Por meio de sorteio internacional, realizado em 2015, um deter- minado Município brasileiro foi escolhido para sediar, em 2016, evento político-eco- lógico relevante no cenário mundial, o qual, pela sua magnitude, acabou exigindo que o Brasil promovesse gastos enormes com segurança, principalmente com a segurança das autoridades estrangeiras. Não obstante o fato de a União e o Estado terem feito grandes investimentos nessa área, não houve meio de o Município sede do evento escapar da realização de enormes despesas nessa área. Com base nes- sas informações e nas disposições da Constituição Federal nesse sentido, o referido Município poderá a) aumentar, para fazer face a essas despesas extraordinárias, a alíquota dos im- postos municipais, respeitadas as regras constitucionais atinentes às limitações do poder de tributar e à desvinculação das receitas tributárias, bem como as limita- ções impostas por leis complementares. b) instituir contribuição de interesse nacional, de caráter excepcional e transitório, mediante delegação expressa e específica da União, por meio de resolução do Se- nado Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 81 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) fixar a alíquota do ISS, por meio de lei ordinária, em percentual superior ao do teto estabelecido em lei complementar federal, em caráter excepcional e transitório. d) ser autorizado pela União, por meio de lei complementar específica, a tributar a exportação de serviços para o exterior, em caráter excepcional e transitório, não superior a seis meses. e) instituir empréstimo compulsório via edição de lei ordinária, mediante delegação expressa e específica da União, feita por meio de decreto legislativo, pois a realiza- ção desse evento constitui investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Letra a. a) Certa. Uma das formas de carrear tributos para os cofres públicos é arrecadan- do impostos, no caso dos municípios, impostos municipais. b) Errada. Não existe essa contribuição. c) Errada. A CF/1988 prevê no art. 156, par. 3º, que cabe à Lei Complementar fixar as alíquotas máximas e mínimas do ISS, não podendo assim lei ordinária de- terminar alíquota em percentual superior ao da lei complementar. d) Errada. O art. 156, par. 3º, CF/1988 prevê que cabe à lei complementar excluir ISS da incidência sobre exportações de serviços parao exterior, ou seja, a própria União determinará que os serviços exportados estarão excluídos do ISS, não exis- tindo, portanto, a previsão destacada na questão de autorização pela União para que o próprio Município o exclua. e) Errada. Empréstimos compulsórios somente podem ser instituídos pela União por meio de Lei Complementar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 82 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Questão 20 (FCC/AUDITOR ESTADUAL DA RECEITA MUNICIPAL/PREFEITURA DE TERESINA/2016) Determinado Município brasileiro decidiu adotar as seguintes medidas, no exercício de 2014: (I) lançou e promoveu a cobrança do IPTU em rela- ção ao terreno em que se localiza um cemitério que é comprovadamente extensão de entidade de cunho religioso, e cuja doutrina não aceita o sepultamento dos fiéis falecidos em cemitérios que não sejam esses; (II) concedeu isenção desse mesmo imposto a um grupo limitado de munícipes, exclusivamente em razão de sua con- dição de servidores públicos municipais; (III) editou decreto, no mês de novembro de 2014, para vigorar a partir do exercício seguinte, majorando a base de cálculo do IPTU, redundando esse fato, inclusive, em aumento superior à variação dos ín- dices oficiais de inflação. Considerando as limitações ao poder de tributar, arroladas no texto da Constituição Federal, a medida a) III violou o princípio da anterioridade. b) II violou o princípio da isonomia tributária. c) I não violou qualquer regra constitucional limitadora do poder de tributar. d) III violou o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). e) II não violou qualquer regra constitucional limitadora do poder de tributar, mas a medida I violou o princípio da irretroatividade. Letra b. O item I violou a imunidade religiosa prevista no art. 150, V, b, CF/1988: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993) b) templos de qualquer culto. Quanto aos cemitérios, se forem extensão de entidade religiosa, posiciona-se o STF que eles também estão abrangidos pela imunidade religiosa, não devendo, portan- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 83 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas to, ser incidido IPTU sobre os referidos cemitérios. Lembre-se que esse assunto (imunidade) será estudado na próxima aula. O item II violou o princípio da isonomia, previsto no art. 150, II, CF/1988, o qual proíbe “qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos” O item III violou o princípio da legalidade. Quanto ao princípio da anterioridade nonagesimal foi visto nesta aula que não se sujeitam a ele o aumento da base de cálculo do IPTU. Questão 21 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2016) Acerca dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é correto afirmar: a) Somente a União poderá instituir tributo para estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, sem qualquer ressalva. b) Os entes políticos tributantes não podem cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos após o início da vigência da lei que os houver instituído ou au- mentado. c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei ou decreto que o estabeleça. d) Os entes da Federação não podem instituir tratamento desigual entre contribuin- tes que se encontrem em situação equivalente, admitindo-se, entretanto, levar em conta a distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida. e) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados se- gundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributá- ria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeita- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 84 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas dos os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Letra e. a) Errada. Contraria o princípio da liberdade de tráfego. b) Errada. Os entes tributantes podem sim cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos após o início da vigência da lei que os instituir ou aumentar. O que eles não podem é cobrar tributos quanto aos fatos geradores ocorridos antes da vigência de lei que os instituir ou majorar, pois vai de encontro ao princípio da irretroatividade. c) Errada. A CF/1988 prevê que é vedado aos entes exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça (princípio da legalidade), estando errada a questão quanto ao decreto. d) Errada. O quesito fere o princípio da isonomia, não sendo admitida a distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida. e) Certa. Conforme o art. 145, par. 1º, CF/1988. Questão 22 (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SE/2015) À luz da Constituição da Re- pública e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a alteração do prazo de recolhimento de contribuição social incidente sobre o faturamento da empresa, de modo a antecipá-lo em relação ao vigente, a) requer edição de lei complementar, passível de exigência após decorridos no- venta dias da data de sua publicação, ainda que no mesmo exercício financeiro. b) não requer edição de lei complementar, tampouco se sujeita a qualquer anterio- ridade, sendo passível de exigência imediata. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 85 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) requer edição de lei complementar, passível de exigência no exercício financeiro seguinte, desde que decorridos noventa dias da data de sua publicação. d) requer edição de lei complementar, mas não se sujeita a qualquer anterioridade, sendo passível de exigência imediata. e) não requer edição de lei complementar, sendo passível de exigência desde que decorridos noventa dias da data de sua instituição, ainda que no mesmo exercício financeiro. Letra b. Nos termos da súmula vinculante n. 50, STF: “Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade”. Questão 23 (FCC/ANALISTA/BACHAREL EM DIREITO/PGE-MT/2016) Um deter- minado Estado brasileiro, famoso pelas lindaspaisagens que ornamentam muitas de suas cidades, estava passando por severa crise econômica. Decidiu, em razão disso, investir fortemente no turismo destas cidades, com a finalidade de atrair pessoas com alto poder aquisitivo e que estivessem predispostas a gastar neste “Estado paradisíaco”. Paralelamente, com o intuito de evitar a afluência e o tráfego de turistas provenientes de unidades federadas com baixo ou nenhum poder aqui- sitivo, o governo deste “Estado paradisíaco” criou uma exação que denominou de “Taxa Interestadual de Compensação Financeira”, e que tinha o intuito específico de impedir, ou, pelo menos, de reduzir o tráfego de pessoas provenientes de outros Estados sem poder aquisitivo naquelas cidades turísticas do Estado. De acordo com a Constituição Federal, essa taxa a) poderia ser cobrada, desde que obedecido o princípio da anterioridade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 86 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da anterioridade nonagesimal (noventena). c) não poderia ser cobrada. d) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da irretroatividade. e) não poderia ser cobrada pelo Estado em que se localizam essas cidades, pois a competência para instituir essa taxa é do Estado de proveniência dos turistas. Letra c. A referida taxa fere o princípio da liberdade de tráfego previsto no art. 150, V, CF. Questão 24 (FCC/AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-PE/2014) De acordo com a Constituição Federal, a) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na iminência ou no caso de guer- ra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. b) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos não compreendidos em sua competência tributária, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal. c) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contri- buição de melhoria, decorrente de obra pública, ainda que não haja valorização imobiliária dela decorrente. d) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, mediante medida provisó- ria, no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 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O imposto previsto na questão é o imposto residual previsto no art. 154, I, CF/1988, e sua instituição deve ser por lei complementar: Art. 154. A União poderá instituir: I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos dis- criminados nesta Constituição. c) Errada. Para os entes instituírem contribuições de melhoria deve haver valori- zação imobiliária em função da obra pública. d) Errada. Empréstimos compulsórios só podem ser instituídos por meio de lei complementar. e) Errada. Somente os Municípios e o DF podem instituir a contribuição para o custeio de iluminação pública – COSIP. Questão 25 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-15ª/2013) A união NÃO pode ins- tituir tributos que a) deem isenções a tributos da competência dos Estados. b) incidam sobre importação de produtos estrangeiros. c) incorram sobre a propriedade territorial rural. d) recaiam sobre operações de crédito, câmbio e seguro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 88 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas e) fixem alíquotas diferenciadas para desestimular propriedades improdutivas. Letra a. A alternativa correta está em conformidade com o princípio da vedação à isenção he- terônoma previsto no com o art. 151, III, CF/1988, o qual proíbe que a União conceda isenção a tributo que não seja de sua competência constitucional tributária. Questão 26 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP) É uma das limitações constitucionais do poder de tributar: a) A imunidade recíproca entre os Entes da Federação –União, Estados, Distrito Federal e Municípios que garante a isonomia na distribuição de receitas tributárias. b) A imunidade aos impostos que gravem o patrimônio, a renda ou os serviços das entidades de assistência social, sem fins lucrativos, desde que não distribuam qual- quer parcela do seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título. c) O princípio da anualidade, vigente na atual ordem constitucional, que impõe a necessidade, para a cobrança de determinado tributo, de sua previsão na lei or- çamentária aprovada na legislatura no ano-calendário anterior, salvo as exceções constitucionalmente previstas. d) A legalidade tributária estrita, incluída na Constituição Federal de 1988 pela Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003. e) A imunidade aos impostos, taxas e contribuições de melhoria dos templos de qualquer culto. Letra b. Os itens “a”, “b”, e “e” serão estudados na próxima aula. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 89 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas a) Errada. A imunidade recíproca garante que os entes não instituirão impostos sobre a renda, patrimônio e serviços uns dos outros (art. 150, VI, a, CF/1988). b) Certa. Conforme o art. 150, VI, c, CF/1988. c) Errada. O princípio da anualidade não é mais aplicável no direito tributário. Esse princípio previa que o tributo só poderia ser cobrado se previsto na lei orçamentária aprovada no ano anterior (se você estudou direito financeiro provavelmente está mais familiarizado com esse princípio, mas para a nossa matéria basta saber isso e que para a instituição e majoração de tributos deve ser respeitado o princípio da anterioridade, mas não da anualidade). d) Errada. O princípio da legalidade está previsto na CF/1988 desde a sua edição original em 1988. e) Errada. Aimunidade aos templos de qualquer custo só inclui os impostos (art. 150, VI, b, CF/1988). Questão 27 (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/TCE-SP/2013) É vedada a limitação ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. A proibição refere-se ao princípio da a) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado por todos os entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela uti- lização de vias conservadas pelo poder público. b) liberdade do tráfego de pessoas e bens, que deve ser observado por todos os entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 90 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) liberdade do tráfego de pessoas e bens, sendo direcionado unicamente à União, Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio pela utiliza- ção de vias conservadas pelo poder público. d) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado por todos os entes federados, não contemplando exceção. e) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado pela União, Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. Letra b. Gabarito conforme o art. 150, V, CF/1988: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte- restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Questão 28 (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/TCE-SP/2013) A majo- ração da base de cálculo do IPVA e do IPTU é exceção, dentre outras, à regra da a) legalidade. b) anterioridade nonagesimal. c) anterioridade anual. d) irretroatividade da lei tributária. e) vedação ao confisco. Letra b. Conforme art. 150, par. 1º, CF/1988 e tabela: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 91 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL Imposto sobre a importação – II Imposto sobre a exportação – IE Imposto sobre a renda – IR Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobili- ários – IOF Imposto extraordinário de guerra – IEG Empréstimo compulsório para calamidade pública ou guerra externa Alterações na base de cálculo do IPTU e do IPVA Questão 29 (FCC/AUDITOR-FISCAL DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE SÃO PAU- LO-SP/2012) Município institui o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) sobre serviço advocatício com valor de R$ 1.500,00 por ano. A fixação do ISSQN, nestes termos, é inconstitucional por violar o princípio da a) anterioridade. b) capacidade contributiva. c) irretroatividade da lei tributária. d) legalidade. e) uniformidade geográfica. Letra b. Determinar um valor fixo para todos os profissionais fere o princípio da capacidade contributiva, tendo em vista que ele está previsto no art. 145, par. 1º, CF/1988, que destaca que os impostos sempre que possível terão caráter pessoal e serão graduados conforme a capacidade econômica de cada contribuinte. Questão 30 (FCC/PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS/TCM-BA/2011) Compa- rada com a norma de Direito Penal, verifica-se que a norma tributária é mais rígida. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 92 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas No Direito Penal, o nullum crimen nulla poena sine lege exige que o delito seja tí- pico, decorra de uma previsão legal precisa, mas se permite ao juiz, ao sentenciar, a dosimetria da pena, com relativa liberdade, assim como diminuir ou afrouxar a pena a posteriori. No Direito Tributário, além de se exigir seja o fato gerador tipifi- cado, o dever de pagar o tributo também deve sê-lo em todos os seus elementos, pois aqui importantes são tanto a previsão do tributo quanto o seu pagamento, ba- seado em fórmulas de quantificação da prestação devida, e que a sociedade exige devam ser rígidas e intratáveis. (Sacha Calmon Navarro Coelho. Curso de direito tributário brasileiro. 9.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 220) O texto acima está se referindo ao princípio explícito da a) legalidade. b) irretroatividade da lei tributária. c) anterioridade da lei tributária. d) segurança jurídica. e) igualdade. Letra a. A CF/1988 prevê que a instituição dos tributos (e previsão dos seus respectivos geradores) deve se dar por meio de lei, o que se refere ao princípio da legalidade tributária. Questão 31 (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-MT/2011) Dispõe o art. 144, do CTN que “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obri- gação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Esta regra legal encontra fundamento de validade no princípio constitu- cional da O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 93 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas a) irretroatividade da lei tributária. b) anterioridade anual. c) anterioridade nonagesimal. d) legalidade. e) vedação ao confisco. Letra a. Conforme estudado, e nos termos do art. 150, III, a, CF/1988, esta é a definição do princípio da irretroatividade. Questão 32 (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE-CE/2011) Sobre os princípios constitucionais tributários é correto afirmar que a) a lei que modifica tributos só pode ser aplicada no exercício seguinte ao da sua publicação por força da regra da irretroatividade da lei tributária. b) os tributos sempre deverão ser pessoais e atender às condições econômicas dos contribuintes, por força do princípio da capacidade contributiva. c) salvo exceções a lei que cria ou majora tributo terá eficácia no exercício finan- ceiro seguinte ao da sua publicação, como expressão da anterioridade tributária. d) como exceção à legalidade tributária, pode o Presidente da República instituir, por decreto, impostos de importação, de exportação, sobre produtos industrializa- dos e sobre operações financeiras. e) a instituição de empréstimo compulsório, imposto extraordinário, imposto resi- dual e impostos de natureza extrafiscal são exceções à anterioridade nonagesimal. Letra c. a) Errada. O princípio descrito é o da anterioridade anual. O conteúdo destelivro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 94 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) Errada. Dois erros da afirmação, nos termos do art. 145, par. 1º, CF/1988, o princípio da capacidade tributária só se refere expressamente aos impostos (em- bora o STF já tenha ampliado a sua aplicabilidade a outras espécies tributárias) e o dispositivo afirma “sempre que possível”, e não “sempre” como previsto no quesito. c) Certa. O princípio da anterioridade tributária anual está previsto no art. 150, III, b, CF/1988. d) Errada. Não há exceção ao princípio da legalidade quanto à instituição de tribu- tos, só quanto ao aumento. e) Errada. Os tributos que são excepcionados do princípio da anterioridade nona- gesimal estão presentes na tabela: EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL Imposto sobre a importação – II Imposto sobre a exportação – IE Imposto sobre a renda – IR Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – IOF Imposto extraordinário de guerra – IEG Empréstimo compulsório para calamidade pública ou guerra externa Alterações na base de cálculo do IPTU e do IPVA Questão 33 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Sobre as pres- crições constitucionais insertas na seção ‘Das limitações do poder de tributar’, é correto afirmar: a) O princípio da anterioridade não admite qualquer tipo de exceção, uma vez que se trata de garantia dos contribuintes. b) As operações interestaduais devem ser imunes a qualquer tributação em obedi- ência ao princípio da vedação de se estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 95 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio. c) Em razão da vedação da utilização do tributo com o efeito de confisco, a União não pode instituir o Imposto sobre grandes fortunas. d) As imunidades ali previstas aplicam-se somente aos impostos. e) É defeso cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publi- cada a lei que os houver instituído ou aumentado, devendo essa lei ser publicada sempre com um prazo de 90 dias antes do término do exercício financeiro anterior àquele em que o tributo será cobrado ou aumentado. Letra b. Gabarito conforme o art. 150, V, CF/1988, princípio da liberdade de tráfego. Questão 34 (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) De acordo com as normas do Código Tributário Nacional atinentes à legislação tribu- tária, a) as normas complementares podem estabelecer cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, no tocante às taxas. b) somente a lei pode estabelecer as hipóteses de dispensa ou redução de penali- dades. c) os decretos podem estabelecer hipóteses de redução de penalidade, mas não sua dispensa. d) os decretos podem reduzir as alíquotas dos impostos municipais. e) somente a lei e o decreto podem estabelecer a redução de tributos, mas sua extinção é matéria exclusiva de lei complementar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 96 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Letra b. Em complemento à disposição da CF/1988quanto aos assuntos de direito tributário que devem ser objeto de lei, o CTN em seu art. 97, CTN prevê que: Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. Questão 35 (FCC/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/DIREITO/AL-SP/2010) Sub- mete-se integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterio- ridade nonagesimal o imposto sobre a) os produtos industrializados. b) a renda e proventos de qualquer natureza. c) a transmissão de bens causa mortis e doação. d) a propriedade de veículos automotores. e) a propriedade territorial urbana. Letra c. Conforme visto nesta aula, o único imposto citado na questão que não é exceção a nenhum dos princípios é o ITCMD. Questão 36 (FCC/ANALISTA DE PROCURADORIA/PGE-BA/2013) Sobre o tema da competência tributária e sua limitação é correto afirmar: a) A competência tributária é fixada por lei do ente político, não podendo ser disci- plinada por ato do Chefe do Poder Executivo. b) O não exercício da competência tributária implica a competência suplementar dos Estados, Distrito Federal e Municípios em instituir tributos, disciplinando nor- mas gerais e normas específicas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 97 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) A competência tributária é constitucional e, como tal, expressão da forma fede- rativa de Estado, sendo vedada a delegação do seu exercício a outro ente, ainda que por lei. d) A competência ou capacidade tributária é passível de ser delegada por lei a outro ente, para instituição de tributo, desde que a arrecadação e a fiscalização também o sejam. e) A legalidade, anterioridade, vedação ao confisco, irretroatividade da lei tributá- ria e igualdade são limitações ao exercício da capacidade tributária. Letra c. Na aula anterior tratamos sobre a competência tributária e destacamos que ela está prevista na CF/1988, que não pode ser delegada, e que o seu não exercício não implica na possibilidade de outro ente instituir o tributo que não foi instituído por aquele que tem a competência constitucional. Quanto aos princípios da legalidade, irretroatividade, vedação ao confisco e igual- dade, eles são limitações ao exercício da competência e não da capacidade tribu- tária. Questão 37 (FCC/ANALISTA DE PROCURADORIA/PGE-BA/2011) É matéria re- servada à lei, salvo a) fixação da alíquota do tributo e sua base de cálculo. b) cominação de penalidades para as ações e omissões contrárias a seus disposi- tivos. c) hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários. d) definição do fato gerador da obrigação tributária principal e seu sujeito passivo. e) atualização monetária da respectiva base de cálculo do tributo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 98 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar– Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Letra e. Atualização monetária não significa majoração de tributo, não tendo que ser deter- minada, então, por meio de lei, conforme art. 97, par. 2º CTN: Art. 97, § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Questão 38 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Dispõe o § 2º, do art. 62, da Constituição Federal, que medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os impostos de importação, exportação, sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários, produtos industriali- zados e extraordinário, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Por sua vez, dispõe o §1º do art. 150, in fine, da Constituição Federal, que a anterioridade mínima de 90 dias para a incidência de leis instituidoras ou majoradoras de tribu- tos não se aplica aos seguintes tributos: empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias; imposto de importação; imposto de exportação; imposto de renda; imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliá- rios; e imposto extraordinário. Uma medida provisória editada em março de 2009 que venha a majorar o imposto de importação e o imposto de renda a) terá eficácia imediata em relação a ambos os impostos. b) terá eficácia imediata apenas em relação ao imposto de importação, devendo ser convertida em lei até o último dia do exercício de 2009 para que tenha eficácia a partir de 01 de janeiro de 2010, em relação ao imposto de renda. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 99 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for conver- tida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação a ambos os impostos. d) só produzirá efeitos noventa dias a contar da sua edição, em relação ao imposto de importação, e no exercício seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda. e) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for conver- tida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda, e noventa dias a contar da sua edição em relação ao imposto de importação. Letra b. O imposto de importação é exceção aos princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal, assim a medida provisória que o majorar terá eficácia imediata, enquanto, quanto ao imposto de renda, que é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal, a MP que o majorar terá eficácia no exercício seguinte somente se no mesmo exercício de sua edição for convertida em lei. Questão 39 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SC/2019) Determinada lei tributária prevê o valor do teto para a cobrança de uma taxa de fiscalização, permitindo que ato do Poder Executivo fixe o valor específico do tributo e autorizando o ministro da Economia a corrigir monetariamente, a partir de critérios próprios, esse valor. A respeito dessa lei hipotética, considerando-se a jurisprudência do STF acerca do princípio da legalidade tributária, é correto afirmar que a) a delegação do ato infralegal para a fixação do valor da taxa ou determinação dos critérios para a sua correção é inconstitucional. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 100 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) os índices de correção monetária da taxa podem ser atualizados por ato do Po- der Executivo, ainda que em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos. c) a fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoá- vel com os custos da atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária ser atualizada em percentual não superior aos índices legalmente previstos. d) o Poder Executivo tem permissão legal para fixar discricionariamente o valor da correção monetária da referida taxa, independentemente de previsão legal de índice de correção. e) a fixação, em atos infralegais, de critérios para a correção monetária de taxas é inconstitucional, independentemente de observar expressa previsão legal. Letra c. Gabarito nos termos do par. 2º do art. 97 do CTN: Art. 97, § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Além disso, a súmula 160 do Superior Tribunal de Justiça expressa com maior clareza que a correção monetária pelo Poder Executivo é aceitável desde que não supere índice oficial de correção: Súmula n. 160 do STJ É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. Questão 40 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) A Constituição Federal de 1988 prevê exceções ao princípio tributário da anterioridade, como ocorre nos ca- sos dos impostos sobre importação e sobre exportação. Nesses casos, a exceção é O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 101 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas justificada pela necessidade de ajuste do tributo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. De acordo com a doutrina majoritária, a referida hipótese de exceção ao princípio tributário da anterioridade é explicada em razão de os tributos citados terem fina- lidade a) parafiscal. b) parafiscal e extrafiscal. c) extrafiscal. d) exclusivamente fiscal. Letra c. Na aula 1 foi visto que o tributo classificado como extrafiscal é utilizado pelo Poder Público para regular situações econômicas e sociais. No caso do Imposto de Expor- tação e do Imposto de Importação, esses são tributos extrafiscais e representam exceção quanto à aplicação do princípio da anterioridade. A lógica é: já pensou se o legislador constituinte determinasse que esses tributos só fossem cobrados no ano seguinte à sua instituição? Ou após 90 dias? Iria de encontro com a sua finalidade de incentivar ou desestimular determinadas condutas pelos contribuintes, por isso são cobrados logo. Questão 41 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/PF/2018) A empresa XZY Ltda., contribuinte do ICMS, pagava mensalmente esse tributo a determinado es- tado da Federação, no dia 15 de cada mês. No dia 30/6/2017, esse estado editou ato normativo que alterava a data do pagamento do referido tributo para o dia 10 de cada mês, entrando tal ato em vigor no dia 1º/7/2017. Sem saber da alteração, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilizaçãocivil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 102 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas a empresa XZY Ltda. pagou o tributo no dia 15/7/2017, o que acarretou multa e juros de mora pelo pagamento com atraso. Nessa situação hipotética. a antecipação do prazo para o pagamento do ICMS só poderia ter sido feita por lei e somente poderia ter entrado em vigor no exercício financeiro seguinte. Errado. A questão está errada pois a alteração de prazo para pagamento não se sujeita ao princípio da legalidade conforme súmula vinculante 50 do STF: Súmula Vinculante n. 50 Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. Questão 42 (CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-PE/2018) A técnica de tri- butação que observa o princípio da capacidade contributiva consiste em a) diminuir a alíquota na proporção da ampliação da base de cálculo. b) majorar a carga tributária conforme a essencialidade do produto tributado. c) estabelecer teto máximo de valor para o pagamento de determinados tributos, mantendo-se a modicidade tributária. d) fixar alíquotas percentualmente menores para os contribuintes que tenham me- nor patrimônio pessoal. e) confiscar bens considerados supérfluos em relação aos contribuintes que apre- sentem sinais externos de riqueza excessiva. Letra d. 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O valor da multa corresponde ao dobro do mon- tante não recolhido com base em previsão legal. Nessa situação hipotética, a) não se aplica o princípio do não confisco, porque não se pode confundir multa com tributo. b) não se aplicará o princípio do não confisco caso haja previsão legal nesse sentido. c) a redução da multa é condicionada à anulação do processo administrativo. d) não é possível a redução do valor da multa por decisão judicial. e) houve violação do princípio do não confisco, dado o valor da multa aplicada. Letra e. O gabarito desta questão está em conformidade com a jurisprudência do STF no sentido de que multas punitivas com valor maior do que 100% do tributo são con- fiscatórias, veja a ementa do ARE 938538 AGR/ES: EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAOR- DINÁRIO COM AGRAVO. MULTA PUNITIVA DE 120% REDUZIDA AO PATAMAR DE 100% DO VALOR DO TRIBUTO. ADEQUAÇÃO AOS PARÂMETROS DA CORTE. 1. A multa punitiva é aplicada em situações nas quais se verifica o descum- primento voluntário da obrigação tributária prevista na legislação pertinente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 104 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas É a sanção prevista para coibir a burla à atuação da Administração tributária. Nessas circunstâncias, conferindo especial destaque ao caráter pedagógico da sanção, deve ser reconhecida a possibilidade de aplicação da multa em per- centuais mais rigorosos, respeitados os princípios constitucionais relativos à matéria. 2. A Corte tem firmado entendimento no sentido de que o valor da obrigação principal deve funcionar como limitador da norma sancio- natória, de modo que a abusividade revela-se nas multas arbitradas acima do montante de 100%. Entendimento que não se aplica às multas moratórias, que devem ficar circunscritas ao valor de 20%. Precedentes. 3. Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 557, § 2º, do CPC/1973. Questão 44 (VUNESP/INSPETOR FISCAL DE RENDAS/PREFEITURA DE GUARU- LHOS-SP) O princípio da capacidade contributiva a) veda a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico regional. b) determina que todos tributos atendam às condições sociais e econômicas do contribuinte. c) não se aplica ao Imposto de Importação de Produtos Estrangeiros, ao Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza e ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação. d) não se aplica às contribuições de melhoria. e) deve considerar a totalidade da carga tributária suportada pelo contribuinte, no mesmo exercício fiscal, inclusive contribuições parafiscais. Letra d. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 105 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Interpretando-se literalmente o art. 145, par. 1º, CF/1988 é possível identificar o gabarito da questão, tendo em vista que o texto constitucional dispõe que o princí- pio será aplicável somente aos impostos. Questão 45 (FCC/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-BA/2019) A Constituição Federal consagra o princípio da anterioridade anual, ou seja, a proibição de a Administração Fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou e consagra, também, o princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena, que veda a cobrança de tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Sobre este tema, a Constituição vigente estabelece que a) o imposto sobre a renda deve observar os princípios constitucionais da anterio- ridade anual e da anterioridade nonagesimal (noventena). b) a anterioridade nonagesimal (noventena), prevista na Constituição Federal, apli- ca-se à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos auto- motores e do imposto sobre propriedade predial e territorial urbana. c) o imposto sobre produtos industrializados observa o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena), mas não observa o princípio da anterioridade anual. d) os empréstimos compulsórios instituídos para atender a despesas extraordiná- rias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional devem observar a anterioridade anual. e) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observando o prin- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 106 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas cípio da anterioridade nonagesimal, não precisando observar a anterioridade anual, por expressa autorização constitucional. Letra c. a) Errada. O IR não deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal. b) Errada. O princípio da noventena é exceção à fixação da base de cálculo do IPTU e do IPVA. d) Errada. Apenas o empréstimo compulsório previsto no art. 148, I, CF/1988, instituído para atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade públi- ca, guerra externa ou sua iminência, representa exceção aos princípios da anterio- ridade anual e da anterioridade nonagesimal. e) Errada. A contribuição para custeio do serviço de iluminação pública deve ob- servar tanto o princípio da anterioridade anual, como o da anterioridade nonagesi- mal. Questão 46 (VUNESP/ANALISTA TRIBUTÁRIO FINANCEIRO/PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/2018) A respeito dos princípios gerais do sistema tributário, assinale a alternativa correta. a) Sempre que possível, os impostos terão caráter impessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. b) É vedado à administração tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. c) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos. d) Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tri- butar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 107 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas e) Lei ordinária poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. Letra d. a) Errada. Sempre que possível, os impostos terão caráter impessoal pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. b) Errada. Segundo o art. 145, par. 1º, CF/1988, é “facultado à administração tri- butária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, res- peitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”. c) Errada. Como aprendido na aula em aula anterior, taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos (art. 145, par. 2º, CF/1988). d) Certa. Nos termos do art. 146, II, CF/1988. e) Errada. Conforme previsto no art. 146-A, CF/1988, a espécie legislativa que poderá estabelecer os critérios especiais de tributação com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência é a lei complementar. Questão 47 (VUNESP/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SP/2018) Com relação à competên- cia tributária e aos princípios e limitações constitucionais ao poder de tributar, é correto afirmar: a) a Constituição prevê a progressividade não só para o Imposto de Renda mas também para o Imposto Territorial Rural e para o Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana, e, com relação a estes, acrescentou previsão de confisco na hi- pótese de não cumprimento da função social da propriedade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 108 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) o Supremo Tribunal Federal tem adotado entendimento no sentido de que, em- bora o confisco seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do con- fisco deve ser utilizado para limitar o percentual de multa imposta ao contribuinte. c) a competência tributária, nela compreendidas a competência legislativa para instituir e majorar tributos e a competência para fiscalizá-los e arrecadá-los, é in- delegável, não recebidas pela atual Constituição as normas que dispunham em sentido contrário. d) o princípio da anterioridade, tal como previsto no texto constitucional vigente, impede que qualquer imposto seja cobrado no mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da data daquela publicação. Letra b. a) Errada. A CF/1988 não prevê exceção ao princípio da vedação ao confisco. b) Certa. Conforme ementa de decisão do STF (já transcrita nesta aula) proferida no ARE 938538 AGR/ES: “A Corte tem firmado entendimento no sentido de que o valor da obrigação principal deve funcionar como limitador da norma sancionatória, de modo que a abusividade revela-se nas multas arbitradas acima do montante de 100%”. c) Errada. O CTN dispõe que as funções de arrecadar e fiscalizar os tributos po- derão ser delegadas, tendo o referido dispositivo sido recepcionado pela CF/1988: Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arreca- dar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. d) Errada. O princípio da anterioridade (que compreende a anterioridade anual e a anterioridade nonagesimal) é aplicável a todas as espécies tributárias, e não O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 109 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas somente aos impostos, tendo, o legislador constituinte previsto exceções a esse princípio. Questão 48 (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) Em nosso sistema tributário a seleti- vidade, em função da essencialidade dos produtos fabricados ou comercializados, é atributo exclusivo do a) IPI. b) ICMS. c) IPI e do ICMS. d) IR, do IPI e do ICMS. e) IPI, do ICMS e do ISS. Letra c. O constituinte previu um critério a ser utilizado pelo ente tributante para aplica- ção do princípio da isonomia, na prática, qual seja, o critério da seletividade, que representa a uma tributação de acordo com a essencialidade do bem, sendo mais gravosa para supérfluos, e menos gravosa para os itens mais necessários e indis- pensáveis para os cidadãos, como os alimentos de cesta básica. Os impostos que utilizam o critério da seletividade destacados na questão são o IPI e o ICMS, de modo que, conforme a CF/1988, o IPI deverá ser seletivo, e o ICMS poderá ser seletivo. Questão 49 (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) A progressividade é uma técnica im- positiva que, em nosso país, pode ser utilizada a) em todos os tributos do nosso sistema tributário. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 110 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) nos impostos federais e municipais. c) nos impostosque incidem sobre a renda e sobre o patrimônio imobiliário. d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas. e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo. Letra c. Ao tratarmos o princípio da isonomia e a progressividade, expusemos, inclusive, a sua aplicabilidade no imposto sobre a renda, que utiliza alíquotas maiores confor- me for aumentando a renda da pessoa. Questão 50 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Sobre a essencialidade do bem e o regime tributário a ele aplicável, em vista dos princípios constitucionais tributários, a) a essencialidade do bem pode servir como exceção ao princípio da não cumula- tividade. b) o princípio da isonomia veda, taxativamente, qualquer consideração sobre a es- sencialidade do bem e distinção tributária. c) pelo princípio da uniformidade geográfica, os Estados ficam impedidos de consi- derar a essencialidade do bem na disciplina dos tributos de sua competência. d) pelo princípio da seletividade, pode-se garantir que a tributação seja maior ou menor, dependendo da essencialidade do bem. e) o princípio da capacidade contributiva desloca o caráter da essencialidade do bem para o caráter pessoal da capacidade econômica do contribuinte. Letra d. O princípio da seletividade (aprendido nesta aula como “critério da seletividade” para aplicação do princípio da isonomia) leva em consideração a essencialidade do O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 111 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas bem para determinar a tributação incidente sobre ele, sendo menor para os bens mais essenciais, e maior para os supérfluos. Questão 51 (FGV/ADVOGADO/AL-RO/2018) A União, desejando implementar política pública de fomento ao povoamento do interior do país, concedeu isenção de IPTU no território de alguns Municípios pouco populosos situados no Estado X. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. a) A União pode conceder tal isenção, por ser ela a principal responsável pela pro- moção das políticas de redução das desigualdades regionais, objetivo fundamental da República. b) A União pode conceder tal isenção, desde que compense os Municípios afetados mediante transferências voluntárias. c) A União pode conceder tal isenção, desde que por meio de resolução do Senado Federal aprovada por maioria absoluta dos senadores. d) O Estado ABC, e não a União, é o ente federado competente para conceder tais isenções relativas a tributo de competência dos Municípios situados no território estadual. e) A União não pode conceder tal isenção, por violar a autonomia municipal. Letra e. Segundo Princípio da vedação à isenção heterônoma prevista no art. 151, III, CF/1988, a União não pode instituir isenção de tributos estaduais/distritais/muni- cipais. 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Limitações ao Poder de Tributar Princípios Constitucionais Tributários Princípio da Legalidade Princípio da Isonomia Princípios da não Surpresa Princípio da Irretroatividade Princípio da Anterioridade Princípio da Vedação ao Confisco Princípio da Liberdade de Tráfego Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação Princípio da Isonômica Tributação da Renda nos Títulos da Dívida Pública e nos Vencimentos dos Funcionários Públicos Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência e Destino Questões Comentadas em Aula Questões de Concurso Gabarito Gabarito Comentado AVALIAR 5:por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de importação de petróleo. b) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a fixação das alíquotas máximas e mínimas do ISS por meio de Resolução do Senado Federal, aprovada por 1/3 dos Senadores. c) Inafastabilidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, o aumento da base de cálculo do IOF por meio de decreto do Poder Executivo Federal. d) Uniformidade Tributária, e não admite exceções. e) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o restabe- lecimento por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de comercialização de álcool combustível. Letra e. A exigência e majoração de tributos por meio de lei se dá em razão do princípio da legalidade, tendo a CF/1988 previsto que não devem se sujeitar obrigatoriamente a ele: EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Imposto sobre a importação – II Imposto sobre a exportação – IE Imposto sobre produtos industrializados – IPI Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – IOF CIDE-Combustível ICMS-Combustível Princípio da Isonomia O Princípio da Isonomia é um princípio que certamente você já viu ao estudar o Direito Constitucional, previsto no art. 5º, CF/1988, visando garantir a igualdade entre todos os cidadãos, ao prever direitos e garantias conforme as peculiaridades de cada um. No Direito Tributário, a aplicação do Princípio da Isonomia carrega a mesma es- sência e está previsto no art. 150, II, CF/1988, proibindo o legislador constituinte que os contribuintes sejam tributados de maneira diferente se viverem realidades equivalentes: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. Em outras palavras, o texto constitucional prevê que aqueles que se su- jeitam a situações equivalentes deverão ser tratados de forma igual (iso- nomia horizontal), enquanto os que vivem em situações distintas, de for- ma desigual (isonomia vertical). O Imposto sobre a Renda – IR é bem interessante como exemplo para visuali- zação do Princípio da Isonomia. O IR é um imposto que tem alíquotas diferenciadas a serem aplicadas para cal- cular o tributo devido, conforme o montante da renda ou provento do contribuinte. Assim, se dois indivíduos recebem R$ 2.000,00 por mês, estes serão tributados com uma alíquota de 7,5%. Se um deles passar a receber mais de R$ 4.664,68 a alíquota pula para 27,5% no valor que exceder a esse limite. Note que temos aqui um excelente exemplo de isonomia. Trata-se igualmente os iguais, enquanto iguais – pois ambos recebem o mesmo valor mensal. Conforme a renda vai se desigualando a justificativa da tributação diferenciada vai aumentando, mas claro, sempre conectada com a ideia de uma tributação justa e proporcional. É isso, ademais, o que nos remete a um outro princípio, que até podemos cha- mar de subprincípio do Princípio da Isonomia: o Princípio da Capacidade Contribu- tiva, extraído do art. 145, par. 1º, CF/1988: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados se- gundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Esse §1º do artigo 145 da Constituição Federal gerou enormes discussões dou- trinárias e jurisprudenciais, entretanto, para fins de concurso você precisa ter ape- nas algumas delas em mente. Em primeiro lugar queremos que você entenda a ideia básica do dispositivo: graduar a tributação de acordo com a capacidade econômica do contribuinte é simplesmente cobrar mais de quem pode pagar mais e cobrar menos de quem não possui tantos meios. Essa ideia é simples e faz todo o sentido, não? Quem pode pagar mais, paga mais. Quem não pode, paga menos. Realiza-se, pela ideia da capacidade con- tributiva, o princípio maior da Isonomia. Até aí tudo bem. Ocorre que o §1º do artigo 145 limita essa percepção a uma espécie tributária apenas. Pela sua redação, a capacidade contributiva será observada quando da instituição de impostos. Mas e as outras espécies, como ficam? Poderão ir contra essa situação? Calma. Atualmente o STF já decidiu: nada impede que a capacidade contributi- va seja aplicada a QUALQUER TRIBUTO, mas em especial, tal princípio será aplica- do aos IMPOSTOS. EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO: BASE DE CÁLCULO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, S.P. I. – O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU – a metragem da área construída do imóvel – que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU: o custo do ser- viço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem- se, com isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do princípio da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, § 1º. II. – R.E. não conhecido. (RE 232393, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 12/08/1999, DJ 05-04-2002 PP-00055 EMENT VOL- 02063-03 PP-00470). Mas ainda há mais. Da análise do dispositivo acima, percebe-se que o cons- tituinte destacou que não é sempre que os impostosserão graduados segundo a capacidade contributiva do contribuinte. Vamos ler o dispositivo novamente: § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. O que se depreende é que há ocasiões em que haverá a cobrança de impostos, mas sua quantificação se dará independentemente da realidade fática e jurídica do praticante do fato gerador. Note que a redação do dispositivo atrai a aferição da capacidade econômica APÓS a delimitação do caráter PESSOAL do imposto. Ou seja, afasta o princípio no caso dos impostos reais – IPTU e IPVA, por exem- plo, pois o imposto aqui incide sobre um objeto, e não sobre a pessoa. Assim, de acordo com a redação constitucional, via de regra são os impostos pessoais que estarão sujeitos ao Princípio da Capacidade Contributiva. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas A realização da capacidade contributiva nos impostos reais se dá, então, por meio da imposição de um critério de progressividade – quanto maior a base de cálculo, mais gravosa a alíquota. A progressividade ajuda a realizar a ideia de ISONOMIA, tendo por base a capa- cidade contributiva do indivíduo nos impostos pessoais. Ficou mais tranquilo de visualizar agora por que o legislador constituinte afir- mou por que “sempre que possível”? Simplesmente porque há situações em que a realidade do contribuinte não importa na operação. Veja o caso do ICMS. Ele incide sobre a mercadoria. Se um televisor custa R$ 2.000,00, independen- temente de quem for comprá-la, o imposto será o mesmo. O parágrafo primeiro em análise destaca que o que deverá ser analisado, para verificar a capacidade econômica do contribuinte, respeitados seus direitos e ga- rantias individuais são: o seu patrimônio, os seus rendimentos e as suas atividades econômicas. Nesse ponto, não haveria base para adotar uma progressividade de impostos reais, simplesmente porque não seria possível fazer essa mensuração. Mas então não se poderia macular a ideia maior de ISONOMIA? Para resolver tal problema, quando se fala de imposto real, geralmente o critério que ajuda a realizar o princípio da isonomia é o critério da SELETIVIDADE. Bens supérfluos, como pedras preciosas, por exemplo, sofreriam uma incidência mais gravosa do que gêneros alimentares de primeira necessidade. Realiza-se a questão da capacidade contributiva, onerando o mais supérfluo, para, ao fim e ao cabo, tornar o sistema tributário mais isonômico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Note, entretanto, que não se pode afirmar que impostos reais não estarão su- jeitos ao critério da progressividade. O que o STF já decidiu é que para que tais tri- butos sejam progressivos é necessário, geralmente, que exista expressa disposição na Constituição. Ocorre que essa posição está mudando atualmente. Vamos estudar o ponto com calma. Antes de tudo, veja as seguintes súmulas do STF: Súmula n. 668 É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumpri- mento da função social da propriedade urbana. Súmula n. 656 É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel. Note que temos duas súmulas sobre impostos REAIS. Na súmula 668 há possibilidade de instituição de imposto real progressivo ape- nas APÓS a alteração constitucional da EC n.29/2000 que a tornou possível, com expressa menção na Lei Maior. Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I – propriedade predial e territorial urbana; § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal n. 29, de 2000) I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Consti- tucional n. 29, de 2000) II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Já a súmula 656 apenas ressalta a posição do STF que informa ser a instituição da progressividade nos impostos reais dependente de expressa previsão constitu- cional. Como a Constituição não traz expressa essa possibilidade para o ITBI, o STF entende que não é possível a sua instituição progressiva. Inobstante isso, em 2016 o STF avaliou a progressividade do ITCD (imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos), tributo com características reais, de competência dos Estados e do Distrito Federal. Não há na Constituição Federal autorização para a instituição de um ITCD pro- gressivo. Independente disso, a Lei Maior defere ao Senado Federal a competência para a fixação de suas alíquotas máximas. Ao realizar seu mister, o Senado delimitou que o tributo teria alíquotas progres- sivas, independente de expressa previsão na Constituição (Resolução SF n. 9/92). Com base na Resolução, o Estado do Rio Grande do Sul instituiu o ITCD com alíquotas progressivas, fato que gerou a sua impugnação judicial com base na po- sição do Supremo a qual avalizava a instituição de imposto real progressivo apenas perante expressa previsão na Constituição Federal. Pois bem. Ao avaliar a situação, o STF entendeu que a progressividade do ITCD não estava a ferir a Constituição e apontou para uma mudança geral de seu posi- cionamento relacionado à progressividade e os impostos reais. EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI ESTADUAL: PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA DE IMPOSTO SOBRE TRANS- MISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS. CONSTITUCIONA- LIDADE. ART. 145, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRINCÍPIO DA IGUALDADE MATERIAL TRIBUTÁRIA. OBSERVÂNCIA DA CAPACIDADE CON- TRIBUTIVA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas (RE 562045, Relator(a): Min. RICARDOLEWANDOWSKI, Relator(a) p/ Acór- dão: Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 06/02/2013, REPER- CUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-233 DIVULG 26-11-2013 PUBLIC 27-11-2013 EMENT VOL-02712-01 PP-00001). Em que pese isso, atualmente as súmulas trazidas na aula ainda estão em ple- na validade e não foram canceladas. Para fins de prova, a posição a ser adotada é da literalidade das súmulas, bem como da posição que entende ser necessária a autorização constitucional expressa para a adoção da progressividade em impostos reais, com exceção, por óbvio do ITCD. Questão 2 (FCC/ANALISTA/METRÔ-SP/2010) Um exemplo de tributo que atende ao chamado princípio da capacidade de pagamento é a) a taxa cobrada pelo exercício do poder de polícia. b) o Imposto de Renda das pessoas físicas. c) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. d) o Imposto sobre Operações Financeiras. e) o pedágio das estradas públicas. Letra b. Como visto um dos impostos que leva em consideração a capacidade contributiva para determinação da carga tributária devida por cada um é o Imposto sobre a Renda. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Princípios da não Surpresa Agora vamos falar sobre os Princípios da Não Surpresa, previstos no art. 150, III, alíneas a, b, c, que representam a garantia ao contribuinte de que não ele será obrigado a pagar um tributo sem qualquer programação. Em outras palavras, o texto constitucional prevê como espécies do princípio da não surpresa os seguintes princípios: a) princípio da irretroatividade; b) princípio da anterioridade anual; e da c) princípio da anterioridade nona- gesimal, os quais garantem, em regra, que os contribuintes não serão surpreen- didos com a cobrança de um tributo. Princípio da Irretroatividade O Princípio da Irretroatividade está previsto no art. 150, III, a, CF/1988: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os hou- ver instituído ou aumentado. Com esta previsão o legislador constituinte visou garantir que primeiro deve o ente editar uma lei criando ou aumentando o tributo, e aguardar que esta entre em vigor para que possa cobrá-lo do contribuinte que praticar a ação que der origem à sua cobrança. Esta determinação constitucional está em conformidade com o art. 5º, XXXVI, CF/1988 que dispõe que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”, resguardando o contribuinte de que a previsão legal de instituição ou majoração de tributos não alcançará fatos passados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Em paralelo ao princípio da irretroatividade, o ente deve ainda respeitar o Prin- cípio da Anterioridade Anual e o Princípio da Anterioridade Nonagesimal para cobrar o tributo. Princípio da Anterioridade Princípio da Anterioridade Anual O Princípio da Anterioridade Anual está previsto no art. 150, iii, b, da CF/1988, e diz respeito à determinação de que o ente político somente pode cobrar o tributo no exercício financeiro seguinte àquele em que for publicada a lei que criá-lo ou aumentá-lo. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993) Isso quer dizer, por exemplo, que se um Município instituir o ISS por meio de lei publicada em 01 de julho de 2020, somente poderá cobrá-lo em 2021. Princípio da Anterioridade Nonagesimal Já o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, previsto no art. 150, III, c, CF/1988, que deve ser aplicado em conjunto com os estudados acima, dispõe, ainda, que o tributo apenas pode ser cobrado 90 dias após a publicação da lei que instituiu ou aumentou. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – cobrar tributos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Cons- titucional n. 42, de 19.12.2003) Visualize agora o princípio da anterioridade nonagesimal no que se refere à instituição ou aumento do ISS. Caso a lei municipal que institua ou aumente esse imposto fosse publicada em 01 de julho de 2020, a sua cobrança somente poderia ser feita a partir de 29 de setembro de 2020, 90 dias após a referida publicação. Acontece que considerar que o citado imposto poderia ser cobrado em 28.09.2020 contrariaria o princípio da anterioridade anual. É por isso que o final da alínea c, in- forma que na observância da anterioridade nonagesimal é necessário se respeitar, ainda, a anterioridade de exercício. Assim, a data que realmente o Município poderia cobrar o imposto, conforme o exemplo da aula, seria 01.01.2021. Questão 3 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3ª/2014) A partir da noção acerca das limitações constitucionais ao poder de tributar, a) a legalidade é uma regra absoluta quando se trata de instituição, majoração e redução de tributos, por alteração de base de cálculo ou de alíquota, salvo as ex- ceções constitucionais. b) na alteração que implique redução de tributo, beneficiando o contribuinte quer por alteração de base de cálculo, quer por alteração de alíquota, não se aplicam as regras da legalidade, anterioridade e irretroatividade. c) a irretroatividade da lei tributária é uma regra absoluta, quer para criar, majorar ou reduzir tributos, independente de benefício ou prejuízo para o contribuinte. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas d) a anterioridade da lei tributária é uma regra que sempre deve ser aplicada no caso de modificação da lei que veicula tributo, salvo as exceções constitucionais. e) limitam o exercício da capacidade tributária ativa para instituir ou modificador tributos, sendo considerados verdadeiros direitos fundamentais do contribuinte. Letra b. Os princípios constitucionaisdo art. 150, CF/1988 aplicam-se para a instituição e majoração dos tributos, mas não para a redução. Ademais, os princípios constan- tes do dispositivo mencionado limitam o exercício da competência do ente político, e não da capacidade tributária ativa. Exceções aos Princípios da Anterioridade Anual e da Anterioridade No- nagesimal Agora, querido(a) aluno(a), tendo compreendido o que é o princípio da anterio- ridade e suas duas faces, é importante saber que há exceções a cada uma delas, o que, inclusive, é alvo de muitas questões de provas para concurso. Os arts. 150, par. 1º, primeira parte, 177, § 4º, I, b, 155, §4º, IV e 195, §6º, todos da CF/1988, preveem as exceções ao Princípio da Anterioridade Anual: Art. 150, § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II. Art. 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico re- lativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001) I – a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001) Art. 155, § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001) IV – as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001) Art. 195, § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”. Conforme disposição expressa do texto constitucional supratranscritos, os tri- butos previstos na tabela poderão ser cobrados no mesmo exercício que instituí- dos/majorados: EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL Imposto sobre a importação – II Imposto sobre a exportação – IE Imposto sobre produtos industrializados – IPI Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários Imposto extraordinário de guerra – IEG Empréstimo compulsório para calamidade pública ou guerra externa CIDE-Combustível ICMS-Combustível Contribuições da seguridade social Quanto às exceções ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal (Princípio da No- ventena), as previsões estão na CF/1988 no art. 150, §1º, segunda parte, CF/1988: Art. 150, § 1º [...] e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Perceba que quanto a esses tributos, que são exceção ao princípio da noven- tena, se a lei que os aumenta ou os institui for publicada em dezembro de 2020, por exemplo, o ente poderá cobrá-lo já no dia 01 de janeiro de 2021, já que não é necessário a observância ao prazo de 90 dias. Repare que se a questão afirmar que o prazo do princípio da noventena é de 3 meses, a questão estará errada. E se a questão trouxer datas e pedir para contar o prazo e você contá-lo como 3 meses, você errará a determinação da data correta para efetiva e constitucional cobrança do tributo. Lembre-se: o prazo é de 90 dias. Segue tabela com as exceções ao princípio da anterioridade nonagesimal: EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL Imposto sobre a importação – II Imposto sobre a exportação – IE Imposto sobre a renda – IR Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – IOF Imposto extraordinário de guerra – IEG Empréstimo compulsório para calamidade pública ou guerra externa Alterações na base de cálculo do IPTU e do IPVA Agora, caro(a) aluno(a), acredito que tenha percebido que há tributos que es- tão destacados como exceção ao Princípio tanto da Anterioridade Anual, como da Anterioridade Nonagesimal, o que significa dizer, que o tributo pode ser cobrado imediatamente após a publicação da lei que o instituir ou o aumentar. Veja que os tributos que são a exceção aos dois princípios da anterioridade (anual e nonagesimal) são tributos extrafiscais, e, como foi visto na aula 1, esses são utilizados pelo governo com o intuito de regular a economia, incentivando ou desestimulando determinadas ações por parte dos contribuintes, o que faz sentido ter o legislador constituinte conferido ao ente político a possibilidade de cobrá-los com brevidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Sobre o tema anterioridade já foi cobrada a súmula: Súmula Vinculante n. 50 Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. Ressalte-se, ainda, que no que se refere à lei que revogar ou reduzir benefício fiscal, há uma certa controvérsia no âmbito do STF. Repare que o Princípio da Anterioridade é decorrente da ideia da Não Surpresa. Assim, como o benefício fiscal parte do pressuposto que o tributo já está instituído, quando da sua revogação não haveria necessidade de prazo para o contribuinte se adaptar à nova situação, visto que ele já a conhecia anteriormente. Por isso, o Tribunal Maior entendia que no caso de revogação de isenção não onerosa, não haveria necessidade de respeito ao princípio da anterioridade, poden- do ser aplicável de imediato após a sua publicação. ICM. Isenção não onerosa. Revogação. Imediata eficácia e exigibilidade do tributo. Salário-educação do princípio constitucional da anualidade. Recurso extraordinário conhecido pelo permissivo constitucional da alínea ‘d’, mas des- provido. (RE 97482, Relator(a): Min. SOARES MUNOZ, Primeira Turma, julgado em 26/10/1982, DJ 17-12-1982 PP-13211 EMENT VOL-01280-07 PP-01792). Inobstante essa posição, em 2014, o STF, em julgado que tratava sobre a revo- gação de uma norma concessiva de uma outra espécie de benefício fiscal (redução de base de cálculo), entendeu de forma diferente. Ao julgar o Recurso Extraordiná- rio 564.225, a Corte Maior decidiu que tal alteração no aspecto quantitativo do tri- buto gerava ônus para o contribuinte, sendo necessário, nesse ponto a observância da anterioridadegeral e da nonagesimal. 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Precedente – Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionali- dade n. 2.325/DF, de minha relatoria, julgada em 23 de setembro de 2004. MULTA – AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil. (RE 564225 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, jul- gado em 02/09/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-226 DIVULG 17-11-2014 PUBLIC 18-11-2014). Questão 4 (FCC/ANALISTA DE GESTÃO CONTÁBIL/PREFEITURA DE RECIFE- -PE/2019) A Constituição Federal estabelece várias limitações ao poder de tributar. De acordo com o texto constitucional, a) o aumento do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU), imposto municipal, por meio de majoração de sua base de cálculo ou de sua alíquota, não está sujeito ao princípio da anterioridade de exercício financeiro. b) o aumento do Imposto de Serviço Sobre Qualquer Natureza (ISSQN), por meio de majoração de base de cálculo, está sujeito aos princípios da irretroatividade, legalidade, anterioridade nonagesimal e anterioridade de exercício financeiro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas c) a redução do Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), tributo municipal, por meio de diminuição de sua alíquota ou de sua base de cálculo, está sujeita ao princípio da anterioridade de exercício financeiro. d) o aumento da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, de competência municipal, não está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal. e) a cobrança de taxas estaduais não está sujeita aos princípios da irretroatividade, anterioridade nonagesimal e anterioridade de exercício financeiro. Letra b. a) Errada. Somente o aumento do IPTU por meio da majoração da base de cálculo é exceção ao princípio da anterioridade anual. b) Certa. O aumento do ISS deve respeitar todos os princípios citados. c) Errada. A CF/1988 prevê a aplicação do princípio da anterioridade do exercício nos casos de aumento e instituição dos tributos. Para sua redução não há necessi- dade de respeitá-lo, já que é um benefício concedido ao contribuinte. d) Errada. A COSIP não consta do rol dos tributos que não se sujeitam ao princípio da anterioridade nonagesimal. e) Errada. A CF/1988 não previu exceção a esses princípios para a instituição/ majoração das taxas. Princípio da Anterioridade e a Medida Provisória (MP) Desde a primeira aula já tratamos sobre as medidas provisórias, afirmamos que elas representam uma espécie normativa que têm força de lei, que podem ser editadas em caso de relevância e urgência pelo Presidente da República, e que não O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas podem ter como objeto matéria que deva ser obrigatoriamente prevista por Lei Complementar (art. 62, CF). Quando falamos sobre o princípio da legalidade destacamos os tributos que de- verão ser instituídos por meio de Lei Complementar, recorde-se deles e lembre que eles não se sujeitarão ao dispositivo que será visto agora. A CF/1988, em seu art. 62, par. 2º, prevê que: § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 32, de 2001) Primeiramente, quanto aos impostos excepcionados pelo dispositivo (II, IE, IPI, IOF e IEG), que são exceção ao princípio da anterioridade anual, não tem aplica- bilidade a previsão acima, podendo eles ser cobrados no mesmo exercício em que editada a MP. Já os demais impostos não poderão ser cobrados no mesmo exercício em que editada a medida provisória que os instituir ou os aumentar, ainda que tenha sido convertida em lei no respectivo exercício. Ao estudar processo legislativo certamente você viu que a medida provisória editada pelo Presidente da República é encaminhada para o Congresso Nacional para sua conversão em lei, ou não. No caso dos impostos, afirma o texto constitucional que os seus efeitos só serão produzidos para fins de aplicação do princípio da anterioridade, se convertida em lei até o último dia do exercício financeiro em que foi elaborada/publicada. Perceba que quanto ao princípio da noventena o dispositivo supratranscrito não fez nenhuma referência, razão pela qual, 90 dias após a publicação da MP que ins- tituir ou aumentar o imposto poderá o ente político cobrá-lo, caso ele seja exceção ao princípio da anterioridade anual. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Note que o prazo para a contagem da noventena se dá da data da edição da medida provisória. Assim, se um imposto que está sujeito à anterioridade de exercício e à nonagesimal tiver sua alíquota majorada por MP em setembro e a MP for convertida em lei em dezembro sem alterações, a majoração já poderá ser exi- gida no primeiro dia de janeiro do exercício seguinte. Situação distinta ocorre se a conversão da MP em lei alterar de forma subs- tancial o imposto. Nesse caso especial, o prazo da noventena passará a contar da publicação da LEI e não da MP. No mesmo exemplo acima, se a conversão da lei em dezembro aumentar ainda mais a alíquota anteriormente prevista na MP, passa-se a contar o prazo para a ob- servância da anterioridade nonagesimal de dezembro (momento da conversão em lei) e o tributo não poderá mais ser exigido no primeiro dia de janeiro. Ressalte-se que embora o parágrafo 2º do art. 62 da Constituição só mencione os impostos, o STF considera que sua disposição alcançatodos os tributos. Questão 5 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2016) O chefe do poder executivo, por meio de medida provisória aprovada no Congresso Nacio- nal, majorou a alíquota do imposto sobre a renda das pessoas físicas. A nova lei, decorrente da medida provisória aprovada, produzirá efeitos a) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei foi publicada, respei- tando-se, também, o princípio nonagesimal (noventena), por se tratar do imposto sobre a renda, o qual deve observar as duas anterioridades constitucionais, ou seja, a anual e a noventena. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas b) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei, decorrente da medida provisória aprovada, foi publicada. c) imediatamente, desde que seja promulgada e publicada de acordo com o pro- cesso legislativo previsto na Constituição Federal. d) após o prazo de noventa dias da data em que haja sido publicada a nova lei que majorou o imposto sobre a renda. e) no mesmo dia da publicação da lei, tendo em vista a exceção prevista na Cons- tituição Federal, ao tratar das regras sobre medida provisória. Letra b. Primeiramente, como o aumento de alíquota do IR não é obrigatoriamente objeto de lei complementar, pode ser objeto de medida provisória. Nos termos do art. 62, par. 2, CF/1988, a nova lei (MP convertida) que majorar o IR será aplicada no exercício seguinte em que esta (a lei) for publicada, em respeito ao princípio da anterioridade anual. Demais itens) Falsos. O IR sujeita-se ao princípio da anterioridade anual, mas não se sujeita ao princípio da anterioridade nonagesimal. Princípio da Vedação ao Confisco O legislador constituinte ao prever o princípio da vedação ao confisco, no art. 150, IV, CF/1988, visou garantir que o ente político não utilize de seu poderio para cobrar do contribuinte além da carga tributária que este pode suportar. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV – utilizar tributo com efeito de confisco. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Entende-se por confisco o fato de o Estado determinar valor abusivo como co- brança de tributo a ponto de comprometer o patrimônio (propriedade, renda, por exemplo) do contribuinte e sua digna sobrevivência. Nas palavras de Leandro Paulsen: Carga tributária demasiadamente elevada pode comprometer o direito de propriedade e o próprio exercício da atividade econômica. Daí a relevância do dispositivo constitucio- nal que veda a utilização de tributo com efeito de confisco. Costuma-se identificar o confisco com a tributação excessivamente onerosa, insuportá- vel, não razoável, que absorve a própria fonte da tributação. Da análise do dispositivo previsto na CF/1988 não é possível identificar um con- ceito determinado do que vem a ser confisco, razão pela qual o STF quando se de- para com as situações avalia o caso concreto para chegar à conclusão se o tributo é confiscatório ou não. Na referida análise se o tributo é confiscatório ou não, é preciso avaliar a carga tributária total de cada um dos entes isoladamente. Ou seja, se a União – ente competente para tanto – cobra imposto de renda pessoa jurídica e contribuição social de determinado contribuinte isso poderá ense- jar a caracterização do efeito confiscatório. Não se pode, entretanto, alegar que a cobrança de IPI (imposto de competência da União) somada a de ICMS (imposto de competência do Estado) enseja tributa- ção confiscatória. Além disso, é importante saber que, embora a CF/1988 preveja que é vedada a cobrança de tributos com efeito de confisco o dispositivo constitucional nada menciona sobre as multas. Em que pese isso, estas já foram reconhecidas como confiscatórias pelo STF quando o percentual de sua cobrança ultrapassa 100% do valor do tributo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Ementa: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAOR- DINÁRIO COM AGRAVO. ISS. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE. DESCUMPRI- MENTO DO ÔNUS PROBATÓRIO. CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL DA CON- TROVÉRSIA. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. IMPOSSI- BILIDADE. SÚMULA 279/STF. MULTA PUNITIVA. PATAMAR DE 100% DO TRI- BUTO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO CONFISCO. PRECEDENTES. 1. A resolu- ção da controvérsia demandaria o reexame dos fatos e do material probatório constantes nos autos, o que é vedado em recurso extraordinário. Incidência da Súmula 279/STF. Precedentes. 2. O Tribunal de origem solucionou a contro- vérsia com fundamento na legislação infraconstitucional e no conjunto fático e probatório, o que é inviável em sede de recurso extraordinário. Preceden- tes. 3. Quanto ao valor máximo das multas punitivas, esta Corte tem entendido que são confiscatórias aquelas que ultrapassam o percen- tual de 100% (cem por cento) do valor do tributo devido. 4. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba hono- rária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015. 5. Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015. (ARE 1058987 AgR, Rela- tor(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 01/12/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-289 DIVULG 14-12-2017 PUBLIC 15-12-2017). Questão 6 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Conforme o art. 3º do CTN, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Partindo da premissa de que o conceito de tributo previsto no Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e fazendo uma inter- pretação sistemática do Código Tributário Nacional inserido na ordem constitucional vigente, é correto afirmar que no conceito legal de tributo é possível identificar al- guns dos denominados “princípios constitucionais tributários”. São identificáveis no conceito legal de tributo os princípios a) da capacidadecontributiva e da uniformidade geográfica. b) da isonomia e da liberdade de tráfego. c) da capacidade contributiva e da anterioridade. d) da anterioridade e da irretroatividade. e) da legalidade e da vedação ao efeito de confisco. Letra e. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei -> Princípio da legalidade. Tributo não constitui sanção de ato ilícito -> Princípio de vedação ao confisco. Princípio da Liberdade de Tráfego Como o próprio nome diz, o princípio da liberdade de tráfego trata do direito de ir e vir dos cidadãos no território brasileiro, e está previsto no art. 150, V, CF/1988: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte- restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Veja que o legislador constituinte fez uma ressalva, autorizando que seja co- brado pedágio pela utilização das vias conservadas pelo Poder Público. Se uma questão trouxer a literalidade da lei, considere-a correta, no entanto, se o enuncia- do trouxer considerações quanto à natureza jurídica do pedágio e jurisprudência, recorde-se do visto na aula passada de que o pedágio foi reconhecido como preço público/tarifa pelo Supremo Tribunal Federal: O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo poder público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas, sim, de preço público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. [ADI 800, rel. min. Teori Zavascki, j. 11-6-2014, P, DJE de 1º-7-2014.]. Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação O princípio da uniformidade geográfica da tributação garante que a cobrança de tributos pela União será feita igualitariamente entre os contribuintes, indepen- dentemente do Estado/Município em que estiverem, e está previsto no art. 151, I, CF/1988: Art. 151. É vedado à União: I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Reconhecendo as diferenças sociais e econômicas entre diversas regiões do país, o legislador constituinte autoriza que sejam concedidos incentivos fiscais às O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas regiões menos favorecidas, a fim de tentar equilibrar a sua realidade com a das mais desenvolvidas. Ademais, perceba que o referido princípio está em sintonia com o princípio da isonomia no intuito de buscar uma cobrança tributária justa para todos. Princípio da Isonômica Tributação da Renda nos Títulos da Dívida Pública e nos Vencimentos dos Funcionários Públicos Este é mais um princípio decorrente da aplicação do princípio da isonomia e que visa garantir que a União não se beneficie em detrimento dos outros entes federa- tivos (Estados/Municípios/DF). Com este tributo o legislador constituinte proíbe que a União tribute de forma mais gravosa do que o aplicável para si: (i) as rendas dos títulos da dívida pública dos Estados e Municípios; e (ii) os proventos recebidos pelos agentes públicos es- taduais/municipais: Art. 151. É vedado à União: II – tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes. Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas A depender da sua trajetória no mundo dos concursos, se iniciante, acreditamos que ainda não saiba o que é isenção, não é mesmo? O assunto será estudado mais adiante em nosso curso, de modo que, por enquanto, basta você compreender que isenção é a liberação do pagamento do tributo após a ocorrência do fato gerador e da respectiva obrigação tributária. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas Além disso, é importante que você saiba que somente o ente competente para instituir o tributo é que pode prever a sua isenção. Neste sentido, o princípio da vedação às isenções heterônomas, previsto no art. 151, I da CF/1988proíbe que a União conceda isenção de um tributo distrital, estadual ou municipal: Art. 151. É vedado à União: III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência e Destino O princípio federativo do direito constitucional que confere tratamento isonômi- co entre os entes tributários é contrário a favorecimentos a um ente federativo em detrimento do outro. Já pensou se, por exemplo, o Estado do Rio de Janeiro pudesse estabelecer uma alíquota de ICMS maior para as mercadorias que advém de São Paulo? Isso feriria o pacto federativo e injustamente reduziria as operações de venda dessas merca- dorias de São Paulo para o Rio de Janeiro, acarretando, assim, na chamada guerra fiscal. Foi com o intuito de assegurar que não haverá discriminação quanto à origem e quanto à destinação das mercadorias e serviços que o legislador constituinte previu o princípio da não discriminação em razão da sua procedência e destino no art. 152 da CF/1988: Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer dife- rença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua proce- dência ou destino. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EGLAIR JULIANA CIPOLA LACERDA - 37273872890, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 114www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Profs. Diego Grazia e Lis Ribas QUESTÕES COMENTADAS EM AULA Questão 1 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2013) O art. 150, I, da Constituição Federal, estipula que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí- pios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Este dispositivo enuncia o Princípio da: a) Uniformidade Tributária,