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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
TRIBUTÁRIO
Limitações ao Poder de 
Tributar – Princípios
Livro Eletrônico
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Limitações ao Poder de Tributar – Princípios
Profs. Diego Grazia e Lis Ribas 
Limitações ao Poder de Tributar ....................................................................3
Princípios Constitucionais Tributários .............................................................3
Princípio da Legalidade ................................................................................5
Princípio da Isonomia ................................................................................10
Princípios da não Surpresa .........................................................................18
Princípio da Irretroatividade .......................................................................18
Princípio da Anterioridade ..........................................................................19
Princípio da Vedação ao Confisco ................................................................29
Princípio da Liberdade de Tráfego ................................................................32
Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação .......................................33
Princípio da Isonômica Tributação da Renda nos Títulos da Dívida Pública e nos 
Vencimentos dos Funcionários Públicos ........................................................34
Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas .............................................34
Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência e Destino ..................35
Questões Comentadas em Aula ..................................................................36
Questões de Concurso ...............................................................................40
Gabarito ..................................................................................................67
Gabarito Comentado .................................................................................68
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Limitações ao Poder de Tributar – Princípios
Profs. Diego Grazia e Lis Ribas 
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Até agora nós falamos sobre as espécies tributárias, competência tributária e 
sobre quem pode exercê-la. Mas obviamente que não pode o Poder Público cobrar 
os tributos a seu bel prazer, não é mesmo? Ele tem limitações ao Poder de Tributar.
As referidas limitações são freios à arrecadação de recursos com tributos, limi-
tando o exercício da competência a ser exercida pelo ente, e estão presentes no 
arts. 150 a 152 da CF/1988, regra geral, e, em dispositivos esparsos na CF/1988.
As limitações ao Poder de Tributar são representadas por meio de Princípios e 
Imunidades, de modo que nesta aula trataremos sobre os Princípios e na aula se-
guinte sobre Imunidades.
Pontue-se, inicialmente, que nos termos do art. 146, II, CF/1988, caberá à Lei 
Complementar regular as limitações ao poder de tributar.
Princípios Constitucionais Tributários
Os princípios constitucionais tributários visam proteger garantias e direitos in-
dividuais, evitando arbitrariedades por parte do Poder Público, assegurando segu-
rança jurídica aos contribuintes de que não terão que pagar tributos sem progra-
mação, com valores exorbitantes, por exemplo.
Em um estudo doutrinário costuma-se dizer que entre as normas temos a 
presença das regras e dos princípios.
As regras são mais concretas, aquelas normas que definem um procedimento 
ou uma conduta. Regras, ou são totalmente cumpridas, ou não são cumpridas, elas 
não admitem o cumprimento parcial. Vale a ideia do tudo ou nada!
Note a seguinte regra do código penal:
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Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
É muito simples nesse caso definir a conduta proibida e a consequência de seu descum-
primento.
Temos uma situação fática específica delimitada: Matar alguém. E temos, ain-
da, uma consequência relacionada a esse ato: a imposição de uma Pena de Re-
clusão de seis a vinte anos.
Por outro lado, os princípios são mais abstratos e não são definidores de condu-
tas específicas.
Quando a Constituição impõe ao poder público a observância do Princípio da 
Igualdade – ou da isonomia no Direito Tributário – não conseguimos, de plano, 
discernir uma única situação normatizada. Também não conseguimos visualizar a 
consequência imediata para o seu descumprimento.
É por isso que os princípios são os chamados de “mandados de otimização”, ou 
seja, eles devem ser utilizados para se alcançar o grau ótimo de concretização da 
norma. Também devido a esta abstração dos princípios, eles admitem um cumpri-
mento parcial.
Diz-se que quando duas regras entram em conflito, o aplicador deve cumprir 
uma ou outra, nunca as duas, pois uma regra exclui a outra.
Já quando dois princípios entram em conflito dizemos que houve uma “colisão” 
de princípios (nunca uma contradição) e, desta forma, ambos poderão ser cumpri-
dos, embora em graus diferentes de cumprimento.
Estuda-se então o caso concreto, e descobre-se qual o princípio irá prevalecer 
sobre o outro, sem que um deles seja totalmente excluído do sistema.
Os princípios tributários podem estar expressos na Constituição (princípio da 
igualdade, princípio da uniformidade geográfica, princípio da anterioridade tribu-
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tária...) ou podem estar implícitos no texto constitucional, sendo decorrentes das 
normas expressas do texto e dos regimes expressamente adotados pela Constitui-
ção, ou então devido a direcionamentos do direito constitucional geral, aplicável 
aos vários ordenamentos jurídicos (princípio da razoabilidade, princípio da propor-
cionalidade...).
As noções acima são bastante complexas e a nossa intenção aqui foi apenas 
resumir para você de forma que, na prova, resolver as questões desse tema seja 
mais tranquilo.
Mas não se preocupe MUITO com essa parte doutrinária em Direito Tributário. 
Aqui, o que mais é cobrado são as características dos Princípios Tributários que 
passaremos a expor.
Princípio da Legalidade
O Princípio da Legalidade (também chamado de Princípio da Reserva Legal) está 
previsto no 150, I, CF/1988, e estabelece que os tributos somente podem ser cria-
dos ou aumentados por meio de lei:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (art. 150, I, CF/1988)
É vedado aos entes políticos exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça.
Isso quer dizer que os entes da federação só podem cobrar ou aumentar os seus 
tributos pore admite exceções. Dentre estas, a redução e o resta-
belecimento por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção 
no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de importação de petróleo.
b) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a fixação das alíquotas 
máximas e mínimas do ISS por meio de Resolução do Senado Federal, aprovada 
por 1/3 dos Senadores.
c) Inafastabilidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, o aumento da base 
de cálculo do IOF por meio de decreto do Poder Executivo Federal.
d) Uniformidade Tributária, e não admite exceções.
e) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o restabe-
lecimento por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção 
no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de comercialização de álcool 
combustível.
Questão 2 (FCC/ANALISTA/METRÔ-SP/2010) Um exemplo de tributo que atende 
ao chamado princípio da capacidade de pagamento é
a) a taxa cobrada pelo exercício do poder de polícia.
b) o Imposto de Renda das pessoas físicas.
c) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
d) o Imposto sobre Operações Financeiras.
e) o pedágio das estradas públicas.
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Questão 3 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3ª/2014) A partir da noção acerca 
das limitações constitucionais ao poder de tributar,
a) a legalidade é uma regra absoluta quando se trata de instituição, majoração e 
redução de tributos, por alteração de base de cálculo ou de alíquota, salvo as ex-
ceções constitucionais.
b) na alteração que implique redução de tributo, beneficiando o contribuinte quer 
por alteração de base de cálculo, quer por alteração de alíquota, não se aplicam as 
regras da legalidade, anterioridade e irretroatividade.
c) a irretroatividade da lei tributária é uma regra absoluta, quer para criar, majorar 
ou reduzir tributos, independente de benefício ou prejuízo para o contribuinte.
d) a anterioridade da lei tributária é uma regra que sempre deve ser aplicada no 
caso de modificação da lei que veicula tributo, salvo as exceções constitucionais.
e) limitam o exercício da capacidade tributária ativa para instituir ou modificador 
tributos, sendo considerados verdadeiros direitos fundamentais do contribuinte.
Questão 4 (FCC/ANALISTA DE GESTÃO CONTÁBIL/PREFEITURA DE RECIFE-
-PE/2019) A Constituição Federal estabelece várias limitações ao poder de tributar. 
De acordo com o texto constitucional,
a) o aumento do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU), imposto 
municipal, por meio de majoração de sua base de cálculo ou de sua alíquota, não 
está sujeito ao princípio da anterioridade de exercício financeiro.
b) o aumento do Imposto de Serviço Sobre Qualquer Natureza (ISSQN), por meio 
de majoração de base de cálculo, está sujeito aos princípios da irretroatividade, 
legalidade, anterioridade nonagesimal e anterioridade de exercício financeiro.
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c) a redução do Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), tributo 
municipal, por meio de diminuição de sua alíquota ou de sua base de cálculo, está 
sujeita ao princípio da anterioridade de exercício financeiro.
d) o aumento da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, de 
competência municipal, não está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal.
e) a cobrança de taxas estaduais não está sujeita aos princípios da irretroatividade, 
anterioridade nonagesimal e anterioridade de exercício financeiro.
Questão 5 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2016) O chefe 
do poder executivo, por meio de medida provisória aprovada no Congresso Nacio-
nal, majorou a alíquota do imposto sobre a renda das pessoas físicas. A nova lei, 
decorrente da medida provisória aprovada, produzirá efeitos
a) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei foi publicada, respei-
tando-se, também, o princípio nonagesimal (noventena), por se tratar do imposto 
sobre a renda, o qual deve observar as duas anterioridades constitucionais, ou 
seja, a anual e a noventena.
b) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei, decorrente da medida 
provisória aprovada, foi publicada.
c) imediatamente, desde que seja promulgada e publicada de acordo com o pro-
cesso legislativo previsto na Constituição Federal.
d) após o prazo de noventa dias da data em que haja sido publicada a nova lei que 
majorou o imposto sobre a renda.
e) no mesmo dia da publicação da lei, tendo em vista a exceção prevista na Cons-
tituição Federal, ao tratar das regras sobre medida provisória.
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Questão 6 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Conforme o 
art. 3º do CTN, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em 
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Partindo da premissa de que o conceito de tributo previsto no Código Tributário 
Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e fazendo uma inter-
pretação sistemática do Código Tributário Nacional inserido na ordem constitucional 
vigente, é correto afirmar que no conceito legal de tributo é possível identificar al-
guns dos denominados “princípios constitucionais tributários”. São identificáveis no 
conceito legal de tributo os princípios
a) da capacidade contributiva e da uniformidade geográfica.
b) da isonomia e da liberdade de tráfego.
c) da capacidade contributiva e da anterioridade.
d) da anterioridade e da irretroatividade.
e) da legalidade e da vedação ao efeito de confisco.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 7 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SP/2019) Acerca do regime dos prin-
cípios tributários, considere as assertivas abaixo:
I – o princípio da capacidade contributiva autoriza a graduação dos impostos de 
caráter pessoal, segundo a capacidade econômica do contribuinte.
II – o princípio da igualdade tributária, que se encontra expressamente previsto 
na Constituição Federal de 1988, permite ao legislador ordinário estabelecer 
critérios de diferenciação entre contribuintes,com a finalidade de promover 
a igualdade material.
III – o princípio da anterioridade da lei tributária, implícito na Constituição Federal 
de 1988, veda a cobrança de tributos cujos fatos geradores ocorreram antes 
do início da vigência da lei que os criou ou aumentou.
IV – o princípio do não confisco, implícito no texto constitucional, veda o emprego 
da tributação com finalidade extrafiscal.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e III.
Questão 8 (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE CARUA-
RU/2018) Conforme dispõe a Constituição Federal, é correto afirmar que, de acor-
do com a
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a) irretroatividade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-
cípios aplicar anistia a multas tributárias definitivamente constituídas.
b) imunidade recíproca, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios cobrar taxas e contribuições uns dos outros e impostos federais dos en-
tes subnacionais.
c) capacidade contributiva, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios cobrar tributos não progressivos.
d) legalidade tributária, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios cobrar tributos com base em lei que contenha conceitos indeterminados.
e) anterioridade nonagesimal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou majorou.
Questão 9 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-GO/2018) A 
Constituição Federal contempla várias regras que têm por finalidade limitar o poder 
de tributar das pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com essas 
regras, é vedado aos Estados
a) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, facultada, para fins de desoneração tributária total ou parcial, a distin-
ção em razão de origem étnica, de nível de escolaridade, de ocupação profissional 
e de função por eles exercida.
b) cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da regu-
lamentação da lei que os houver instituído, aumentado ou reduzido.
c) cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido regu-
lamentada a lei que os instituiu ou aumentou, podendo o referido prazo ser reduzi-
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do, nos casos em que seu término ocorrer no exercício subsequente, hipótese em 
que o tributo poderá ser cobrado desde o primeiro dia do novo exercício.
d) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte-
restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de 
vias conservadas pelo Poder Público.
e) impostos sobre videofonogramas musicais produzidos no Mercosul, contendo 
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros, e obras em geral, inter-
pretadas por artistas brasileiros ou por artistas cidadãos de países integrantes do 
Mercosul, bem como sobre os suportes materiais ou arquivos digitais que os con-
tenham, inclusive na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a 
laser.
Questão 10 (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA LEGISLATIVA DO 
DF/2018) De acordo com a Constituição Federal, não está sujeita ao princípio cons-
titucional da anterioridade nonagesimal (noventena), a fixação da base de cálculo 
dos seguintes tributos de competência do Distrito Federal:
a) ISSQN e ICMS.
b) taxa pela prestação de serviços e taxa pelo exercício do poder de polícia.
c) IPVA e IPTU.
d) ITCD e ITBI.
e) contribuição de melhoria e empréstimo compulsório.
Questão 11 (FCC/ADVOGADO/SABESP/2018) Com relação às limitações ao Po-
der de Tributar,
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a) subsídios, isenções e redução de base de cálculo relativos a impostos, taxas ou 
contribuições, poderão, em regra, ser concedidos mediante lei genérica, não sendo 
exigível lei específica que regule exclusivamente tais matérias.
b) a vedação à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de instituir 
impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros é extensiva às au-
tarquias.
c) é lícito à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.
d) é lícito à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios.
e) é lícito à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacio-
nal, vedada a concessão de incentivos fiscais de qualquer natureza.
Questão 12 (FCC/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/AL-MS/2016) Ob-
servam os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal (no-
ventena), os impostos sobre
a) produtos industrializados e sobre a renda, respectivamente.
b) produtos industrializados e à fixação da base de cálculo do imposto sobre pro-
priedade predial e territorial urbana, respectivamente.
c) a renda e à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos 
automotores, respectivamente.
d) importação de produtos estrangeiros e sobre exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados, respectivamente.
e) renda e sobre produtos industrializados, respectivamente.
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Questão 13 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-20/2016) É da União a competên-
cia para instituir o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. De 
acordo com as regras que disciplinam as limitações do poder de tributar, insculpi-
das na Constituição Federal, a exigência, aumento e cobrança deste imposto estão 
sujeitos à observância de vários princípios, dentre os quais se encontram os da
a) anterioridade, legalidade e irretroatividade.
b) anterioridade nonagesimal (noventena), legalidade e rentabilidade tributável.
c) legalidade, rentabilidade tributável e alcance tributável.
d) anterioridade, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade.
e) alcance tributável, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade.
Questão 14 (FCC/ANALISTA EM GESTÃO PÚBLICA/PREFEITURA DE TERESI-
NA/2016) A respeitodos Princípios Gerais Tributários,
a) a instituição de tributo através de Decreto não fere o princípio da legalidade.
b) a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro sem que haja sido publi-
cada a lei que os instituiu ou aumentou fere especificamente o princípio da compe-
tência.
c) a instituição de tributo fora da matéria que foi destinada constitucionalmente à 
entidade tributante fere especificamente o princípio da anterioridade.
d) a graduação dos tributos fora da capacidade econômica de contribuir não fere o 
princípio da capacidade contributiva.
e) o imposto progressivo não fere o princípio da igualdade.
Questão 15 (FCC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/PREFEITURA DE TERESI-
NA/2016) O dispositivo constitucional previsto no art. 151, I, da Carta Magna, que 
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veda à União ao instituir tributo a distinção em relação a um Estado, ao Distrito 
Federal ou a um Município, em prejuízo dos demais, adota o princípio da
a) vinculabilidade da tributação.
b) indelegabilidade da competência tributária.
c) uniformidade geográfica.
d) tipologia tributária.
e) anterioridade vinculada.
Questão 16 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) 
A Constituição Federal, em seu art. 150, trata das limitações do poder de tributar, 
consagrando, nesse artigo, vários princípios relacionados com essas limitações. De 
acordo com o texto constitucional, estão EXCLUÍDOS do princípio da
a) anterioridade nonagesimal (noventena), o II, o IE, o IR e o IOF.
b) legalidade, o aumento da base de cálculo do IR, o aumento da alíquota do IPVA 
e do IPTU.
c) irretroatividade, o IR, o IOF, o IPVA e o IPTU.
d) anterioridade, o IR, o ITR, o ITCMD e o ITBI.
e) legalidade, o IPI, o IOF e o aumento da base de cálculo do ICMS e do ISS.
Questão 17 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) 
De acordo com a Constituição Federal, as limitações ao poder de tributar, descritas 
nos princípios da anterioridade, da irretroatividade, da anterioridade nonagesimal 
(noventena) e da legalidade aplicam-se à instituição de empréstimos compulsórios 
com a finalidade de
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a) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública iminente.
b) realizar parceria público privada de caráter urgente e de relevante interesse 
regional.
c) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de iminência de guerra externa.
d) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra externa.
Questão 18 (FCC/ADVOGADO/PREFEITURA DE TERESINA/2016) A câmara mu-
nicipal de um Município brasileiro aprovou lei aumentando a alíquota do ISS. San-
cionada pelo prefeito daquele Município, o texto dessa lei foi publicado em 12 de 
novembro de 2014, uma quarta-feira. O último artigo dessa lei estabeleceu que ela 
entraria em vigor na data de sua publicação.
Com fundamento no que disciplina a Constituição Federal a respeito dessa matéria, 
essa alíquota majorada poderia ser aplicada a fatos geradores ocorridos a partir de
a) 12 de novembro de 2014.
b) 1º de janeiro de 2014.
c) 1º de janeiro de 2015.
d) 13 de novembro de 2014
e) 11 de fevereiro de 2015.
Questão 19 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA MUNICIPAL/PREFEITURA DE 
TERESINA/2016) Por meio de sorteio internacional, realizado em 2015, um deter-
minado Município brasileiro foi escolhido para sediar, em 2016, evento político-eco-
lógico relevante no cenário mundial, o qual, pela sua magnitude, acabou exigindo 
que o Brasil promovesse gastos enormes com segurança, principalmente com a 
segurança das autoridades estrangeiras. Não obstante o fato de a União e o Estado 
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terem feito grandes investimentos nessa área, não houve meio de o Município sede 
do evento escapar da realização de enormes despesas nessa área. Com base nes-
sas informações e nas disposições da Constituição Federal nesse sentido, o referido 
Município poderá
a) aumentar, para fazer face a essas despesas extraordinárias, a alíquota dos im-
postos municipais, respeitadas as regras constitucionais atinentes às limitações do 
poder de tributar e à desvinculação das receitas tributárias, bem como as limita-
ções impostas por leis complementares.
b) instituir contribuição de interesse nacional, de caráter excepcional e transitório, 
mediante delegação expressa e específica da União, por meio de resolução do Se-
nado Federal.
c) fixar a alíquota do ISS, por meio de lei ordinária, em percentual superior ao do teto 
estabelecido em lei complementar federal, em caráter excepcional e transitório.
d) ser autorizado pela União, por meio de lei complementar específica, a tributar 
a exportação de serviços para o exterior, em caráter excepcional e transitório, não 
superior a seis meses.
e) instituir empréstimo compulsório via edição de lei ordinária, mediante delegação 
expressa e específica da União, feita por meio de decreto legislativo, pois a realiza-
ção desse evento constitui investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional.
Questão 20 (FCC/AUDITOR ESTADUAL DA RECEITA MUNICIPAL/PREFEITURA 
DE TERESINA/2016) Determinado Município brasileiro decidiu adotar as seguintes 
medidas, no exercício de 2014: (I) lançou e promoveu a cobrança do IPTU em rela-
ção ao terreno em que se localiza um cemitério que é comprovadamente extensão 
de entidade de cunho religioso, e cuja doutrina não aceita o sepultamento dos fiéis 
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falecidos em cemitérios que não sejam esses; (II) concedeu isenção desse mesmo 
imposto a um grupo limitado de munícipes, exclusivamente em razão de sua con-
dição de servidores públicos municipais; (III) editou decreto, no mês de novembro 
de 2014, para vigorar a partir do exercício seguinte, majorando a base de cálculo 
do IPTU, redundando esse fato, inclusive, em aumento superior à variação dos ín-
dices oficiais de inflação. Considerando as limitações ao poder de tributar, arroladas 
no texto da Constituição Federal, a medida
a) III violou o princípio da anterioridade.
b) II violou o princípio da isonomia tributária.
c) I não violou qualquerregra constitucional limitadora do poder de tributar.
d) III violou o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena).
e) II não violou qualquer regra constitucional limitadora do poder de tributar, mas 
a medida I violou o princípio da irretroatividade.
Questão 21 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2016) Acerca 
dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é correto afirmar:
a) Somente a União poderá instituir tributo para estabelecer limitações ao tráfego 
de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, sem 
qualquer ressalva.
b) Os entes políticos tributantes não podem cobrar tributos em relação a fatos 
geradores ocorridos após o início da vigência da lei que os houver instituído ou au-
mentado.
c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou 
aumentar tributo sem lei ou decreto que o estabeleça.
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d) Os entes da Federação não podem instituir tratamento desigual entre contribuin-
tes que se encontrem em situação equivalente, admitindo-se, entretanto, levar em 
conta a distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida.
e) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados se-
gundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributá-
ria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeita-
dos os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte.
Questão 22 (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SE/2015) À luz da Constituição da Re-
pública e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a alteração do prazo de 
recolhimento de contribuição social incidente sobre o faturamento da empresa, de 
modo a antecipá-lo em relação ao vigente,
a) requer edição de lei complementar, passível de exigência após decorridos no-
venta dias da data de sua publicação, ainda que no mesmo exercício financeiro.
b) não requer edição de lei complementar, tampouco se sujeita a qualquer anterio-
ridade, sendo passível de exigência imediata.
c) requer edição de lei complementar, passível de exigência no exercício financeiro 
seguinte, desde que decorridos noventa dias da data de sua publicação.
d) requer edição de lei complementar, mas não se sujeita a qualquer anterioridade, 
sendo passível de exigência imediata.
e) não requer edição de lei complementar, sendo passível de exigência desde que 
decorridos noventa dias da data de sua instituição, ainda que no mesmo exercício 
financeiro.
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Questão 23 (FCC/ANALISTA/BACHAREL EM DIREITO/PGE-MT/2016) Um deter-
minado Estado brasileiro, famoso pelas lindas paisagens que ornamentam muitas 
de suas cidades, estava passando por severa crise econômica. Decidiu, em razão 
disso, investir fortemente no turismo destas cidades, com a finalidade de atrair 
pessoas com alto poder aquisitivo e que estivessem predispostas a gastar neste 
“Estado paradisíaco”. Paralelamente, com o intuito de evitar a afluência e o tráfego 
de turistas provenientes de unidades federadas com baixo ou nenhum poder aqui-
sitivo, o governo deste “Estado paradisíaco” criou uma exação que denominou de 
“Taxa Interestadual de Compensação Financeira”, e que tinha o intuito específico 
de impedir, ou, pelo menos, de reduzir o tráfego de pessoas provenientes de outros 
Estados sem poder aquisitivo naquelas cidades turísticas do Estado. De acordo com 
a Constituição Federal, essa taxa
a) poderia ser cobrada, desde que obedecido o princípio da anterioridade.
b) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da 
anterioridade nonagesimal (noventena).
c) não poderia ser cobrada.
d) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da 
irretroatividade.
e) não poderia ser cobrada pelo Estado em que se localizam essas cidades, pois a 
competência para instituir essa taxa é do Estado de proveniência dos turistas.
Questão 24 (FCC/AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-PE/2014) 
De acordo com a Constituição Federal,
a) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na iminência ou no caso de guer-
ra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
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tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua 
criação.
b) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos não compreendidos em 
sua competência tributária, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal.
c) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contri-
buição de melhoria, decorrente de obra pública, ainda que não haja valorização 
imobiliária dela decorrente.
d) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, mediante medida provisó-
ria, no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional.
e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, na 
forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública.
Questão 25 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-15ª/2013) A união NÃO pode ins-
tituir tributos que
a) deem isenções a tributos da competência dos Estados.
b) incidam sobre importação de produtos estrangeiros.
c) incorram sobre a propriedade territorial rural.
d) recaiam sobre operações de crédito, câmbio e seguro.
e) fixem alíquotas diferenciadas para desestimular propriedades improdutivas.
Questão 26 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP) É uma das limitações 
constitucionais do poder de tributar:
a) A imunidade recíproca entre os Entes da Federação –União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios que garante a isonomia na distribuição de receitas tributárias.
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b) A imunidade aos impostos que gravem o patrimônio, a renda ou os serviços das 
entidades de assistência social, sem fins lucrativos, desde que não distribuam qual-
quer parcela do seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título.
c) O princípio da anualidade, vigente na atual ordem constitucional, que impõea 
necessidade, para a cobrança de determinado tributo, de sua previsão na lei or-
çamentária aprovada na legislatura no ano-calendário anterior, salvo as exceções 
constitucionalmente previstas.
d) A legalidade tributária estrita, incluída na Constituição Federal de 1988 pela 
Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003.
e) A imunidade aos impostos, taxas e contribuições de melhoria dos templos de 
qualquer culto.
Questão 27 (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/TCE-SP/2013) É vedada 
a limitação ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais. A proibição refere-se ao princípio da
a) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado 
por todos os entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela uti-
lização de vias conservadas pelo poder público.
b) liberdade do tráfego de pessoas e bens, que deve ser observado por todos os 
entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo poder público.
c) liberdade do tráfego de pessoas e bens, sendo direcionado unicamente à União, 
Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio pela utiliza-
ção de vias conservadas pelo poder público.
d) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado 
por todos os entes federados, não contemplando exceção.
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e) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado 
pela União, Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo poder público.
Questão 28 (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/TCE-SP/2013) A majo-
ração da base de cálculo do IPVA e do IPTU é exceção, dentre outras, à regra da
a) legalidade.
b) anterioridade nonagesimal.
c) anterioridade anual.
d) irretroatividade da lei tributária.
e) vedação ao confisco.
Questão 29 (FCC/AUDITOR-FISCAL DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE SÃO PAU-
LO-SP/2012) Município institui o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 
(ISSQN) sobre serviço advocatício com valor de R$ 1.500,00 por ano. A fixação do 
ISSQN, nestes termos, é inconstitucional por violar o princípio da
a) anterioridade.
b) capacidade contributiva.
c) irretroatividade da lei tributária.
d) legalidade.
e) uniformidade geográfica.
Questão 30 (FCC/PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS/TCM-BA/2011) Compa-
rada com a norma de Direito Penal, verifica-se que a norma tributária é mais rígida. 
No Direito Penal, o nullum crimen nulla poena sine lege exige que o delito seja tí-
pico, decorra de uma previsão legal precisa, mas se permite ao juiz, ao sentenciar, 
a dosimetria da pena, com relativa liberdade, assim como diminuir ou afrouxar a 
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pena a posteriori. No Direito Tributário, além de se exigir seja o fato gerador tipifi-
cado, o dever de pagar o tributo também deve sê-lo em todos os seus elementos, 
pois aqui importantes são tanto a previsão do tributo quanto o seu pagamento, ba-
seado em fórmulas de quantificação da prestação devida, e que a sociedade exige 
devam ser rígidas e intratáveis. (Sacha Calmon Navarro Coelho. Curso de direito 
tributário brasileiro. 9.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 220)
O texto acima está se referindo ao princípio explícito da
a) legalidade.
b) irretroatividade da lei tributária.
c) anterioridade da lei tributária.
d) segurança jurídica.
e) igualdade.
Questão 31 (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-MT/2011) Dispõe o art. 144, 
do CTN que “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obri-
gação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou 
revogada”. Esta regra legal encontra fundamento de validade no princípio constitu-
cional da
a) irretroatividade da lei tributária.
b) anterioridade anual.
c) anterioridade nonagesimal.
d) legalidade.
e) vedação ao confisco.
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Questão 32 (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE-CE/2011) Sobre os princípios 
constitucionais tributários é correto afirmar que
a) a lei que modifica tributos só pode ser aplicada no exercício seguinte ao da sua 
publicação por força da regra da irretroatividade da lei tributária.
b) os tributos sempre deverão ser pessoais e atender às condições econômicas dos 
contribuintes, por força do princípio da capacidade contributiva.
c) salvo exceções a lei que cria ou majora tributo terá eficácia no exercício finan-
ceiro seguinte ao da sua publicação, como expressão da anterioridade tributária.
d) como exceção à legalidade tributária, pode o Presidente da República instituir, 
por decreto, impostos de importação, de exportação, sobre produtos industrializa-
dos e sobre operações financeiras.
e) a instituição de empréstimo compulsório, imposto extraordinário, imposto resi-
dual e impostos de natureza extrafiscal são exceções à anterioridade nonagesimal.
Questão 33 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Sobre as pres-
crições constitucionais insertas na seção ‘Das limitações do poder de tributar’, 
é correto afirmar:
a) O princípio da anterioridade não admite qualquer tipo de exceção, uma vez que 
se trata de garantia dos contribuintes.
b) As operações interestaduais devem ser imunes a qualquer tributação em obedi-
ência ao princípio da vedação de se estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança 
de pedágio.
c) Em razão da vedação da utilização do tributo com o efeito de confisco, a União 
não pode instituir o Imposto sobre grandes fortunas.
d) As imunidades ali previstas aplicam-se somente aos impostos.
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e) É defeso cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publi-
cada a lei que os houver instituído ou aumentado, devendo essa lei ser publicada 
sempre com um prazo de 90 dias antes do término do exercício financeiro anterior 
àquele em que o tributo será cobrado ou aumentado.
Questão 34 (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) De 
acordo com as normas do Código Tributário Nacional atinentes à legislação tribu-
tária,
a) as normas complementarespodem estabelecer cominação de penalidades para 
as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, no tocante às taxas.
b) somente a lei pode estabelecer as hipóteses de dispensa ou redução de penali-
dades.
c) os decretos podem estabelecer hipóteses de redução de penalidade, mas não 
sua dispensa.
d) os decretos podem reduzir as alíquotas dos impostos municipais.
e) somente a lei e o decreto podem estabelecer a redução de tributos, mas sua 
extinção é matéria exclusiva de lei complementar.
Questão 35 (FCC/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/DIREITO/AL-SP/2010) Sub-
mete-se integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterio-
ridade nonagesimal o imposto sobre
a) os produtos industrializados.
b) a renda e proventos de qualquer natureza.
c) a transmissão de bens causa mortis e doação.
d) a propriedade de veículos automotores.
e) a propriedade territorial urbana.
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Questão 36 (FCC/ANALISTA DE PROCURADORIA/PGE-BA/2013) Sobre o tema 
da competência tributária e sua limitação é correto afirmar:
a) A competência tributária é fixada por lei do ente político, não podendo ser disci-
plinada por ato do Chefe do Poder Executivo.
b) O não exercício da competência tributária implica a competência suplementar 
dos Estados, Distrito Federal e Municípios em instituir tributos, disciplinando nor-
mas gerais e normas específicas.
c) A competência tributária é constitucional e, como tal, expressão da forma fede-
rativa de Estado, sendo vedada a delegação do seu exercício a outro ente, ainda 
que por lei.
d) A competência ou capacidade tributária é passível de ser delegada por lei a 
outro ente, para instituição de tributo, desde que a arrecadação e a fiscalização 
também o sejam.
e) A legalidade, anterioridade, vedação ao confisco, irretroatividade da lei tributá-
ria e igualdade são limitações ao exercício da capacidade tributária.
Questão 37 (FCC/ANALISTA DE PROCURADORIA/PGE-BA/2011) É matéria re-
servada à lei, salvo
a) fixação da alíquota do tributo e sua base de cálculo.
b) cominação de penalidades para as ações e omissões contrárias a seus disposi-
tivos.
c) hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários.
d) definição do fato gerador da obrigação tributária principal e seu sujeito passivo.
e) atualização monetária da respectiva base de cálculo do tributo.
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Questão 38 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Dispõe o § 2º, 
do art. 62, da Constituição Federal, que medida provisória que implique instituição 
ou majoração de impostos, exceto os impostos de importação, exportação, sobre 
operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários, produtos industriali-
zados e extraordinário, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se 
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Por sua 
vez, dispõe o §1º do art. 150, in fine, da Constituição Federal, que a anterioridade 
mínima de 90 dias para a incidência de leis instituidoras ou majoradoras de tribu-
tos não se aplica aos seguintes tributos: empréstimos compulsórios para atender a 
despesas extraordinárias; imposto de importação; imposto de exportação; imposto 
de renda; imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliá-
rios; e imposto extraordinário.
Uma medida provisória editada em março de 2009 que venha a majorar o imposto 
de importação e o imposto de renda
a) terá eficácia imediata em relação a ambos os impostos.
b) terá eficácia imediata apenas em relação ao imposto de importação, devendo 
ser convertida em lei até o último dia do exercício de 2009 para que tenha eficácia 
a partir de 01 de janeiro de 2010, em relação ao imposto de renda.
c) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for conver-
tida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação a ambos os impostos.
d) só produzirá efeitos noventa dias a contar da sua edição, em relação ao imposto 
de importação, e no exercício seguinte se for convertida em lei até o último dia do 
exercício de 2009, em relação ao imposto de renda.
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e) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for conver-
tida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda, 
e noventa dias a contar da sua edição em relação ao imposto de importação.
Questão 39 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SC/2019) Determinada lei tributária 
prevê o valor do teto para a cobrança de uma taxa de fiscalização, permitindo que 
ato do Poder Executivo fixe o valor específico do tributo e autorizando o ministro 
da Economia a corrigir monetariamente, a partir de critérios próprios, esse valor.
A respeito dessa lei hipotética, considerando-se a jurisprudência do STF acerca do 
princípio da legalidade tributária, é correto afirmar que
a) a delegação do ato infralegal para a fixação do valor da taxa ou determinação 
dos critérios para a sua correção é inconstitucional.
b) os índices de correção monetária da taxa podem ser atualizados por ato do Po-
der Executivo, ainda que em percentual superior aos índices de correção monetária 
legalmente previstos.
c) a fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoá-
vel com os custos da atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária 
ser atualizada em percentual não superior aos índices legalmente previstos.
d) o Poder Executivo tem permissão legal para fixar discricionariamente o valor 
da correção monetária da referida taxa, independentemente de previsão legal de 
índice de correção.
e) a fixação, em atos infralegais, de critérios para a correção monetária de taxas é 
inconstitucional, independentemente de observar expressa previsão legal.
Questão 40 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) A Constituição Federal de 
1988 prevê exceções ao princípio tributário da anterioridade, como ocorre nos ca-
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sos dos impostos sobre importação e sobre exportação. Nesses casos, a exceção é 
justificada pela necessidade de ajuste do tributo aos objetivos da política cambial 
e do comércio exterior.
De acordo com a doutrina majoritária,a referida hipótese de exceção ao princípio 
tributário da anterioridade é explicada em razão de os tributos citados terem fina-
lidade
a) parafiscal.
b) parafiscal e extrafiscal.
c) extrafiscal.
d) exclusivamente fiscal.
Questão 41 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/PF/2018) A empresa XZY 
Ltda., contribuinte do ICMS, pagava mensalmente esse tributo a determinado es-
tado da Federação, no dia 15 de cada mês. No dia 30/6/2017, esse estado editou 
ato normativo que alterava a data do pagamento do referido tributo para o dia 10 
de cada mês, entrando tal ato em vigor no dia 1º/7/2017. Sem saber da alteração, 
a empresa XZY Ltda. pagou o tributo no dia 15/7/2017, o que acarretou multa e 
juros de mora pelo pagamento com atraso.
Nessa situação hipotética.
a antecipação do prazo para o pagamento do ICMS só poderia ter sido feita por lei 
e somente poderia ter entrado em vigor no exercício financeiro seguinte.
Questão 42 (CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-PE/2018) A técnica de tri-
butação que observa o princípio da capacidade contributiva consiste em
a) diminuir a alíquota na proporção da ampliação da base de cálculo.
b) majorar a carga tributária conforme a essencialidade do produto tributado.
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c) estabelecer teto máximo de valor para o pagamento de determinados tributos, 
mantendo-se a modicidade tributária.
d) fixar alíquotas percentualmente menores para os contribuintes que tenham me-
nor patrimônio pessoal.
e) confiscar bens considerados supérfluos em relação aos contribuintes que apre-
sentem sinais externos de riqueza excessiva.
Questão 43 (CESPE/AUDITOR/SEFAZ-RS/2018) Após regular processo adminis-
trativo, determinado auditor tributário aplicou multa a contribuinte, em decorrência 
do não recolhimento de imposto. O valor da multa corresponde ao dobro do mon-
tante não recolhido com base em previsão legal.
Nessa situação hipotética,
a) não se aplica o princípio do não confisco, porque não se pode confundir multa 
com tributo.
b) não se aplicará o princípio do não confisco caso haja previsão legal nesse sentido.
c) a redução da multa é condicionada à anulação do processo administrativo.
d) não é possível a redução do valor da multa por decisão judicial.
e) houve violação do princípio do não confisco, dado o valor da multa aplicada.
Questão 44 (VUNESP/INSPETOR FISCAL DE RENDAS/PREFEITURA DE GUARU-
LHOS-SP) O princípio da capacidade contributiva
a) veda a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico regional.
b) determina que todos tributos atendam às condições sociais e econômicas do 
contribuinte.
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c) não se aplica ao Imposto de Importação de Produtos Estrangeiros, ao Imposto 
sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza e ao Imposto sobre Transmissão 
Causa Mortis e Doação.
d) não se aplica às contribuições de melhoria.
e) deve considerar a totalidade da carga tributária suportada pelo contribuinte, no 
mesmo exercício fiscal, inclusive contribuições parafiscais.
Questão 45 (FCC/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-BA/2019) A Constituição Federal 
consagra o princípio da anterioridade anual, ou seja, a proibição de a Administração 
Fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a 
lei que os instituiu ou aumentou e consagra, também, o princípio da anterioridade 
nonagesimal ou noventena, que veda a cobrança de tributos antes de decorridos 
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Sobre este tema, a Constituição vigente estabelece que
a) o imposto sobre a renda deve observar os princípios constitucionais da anterio-
ridade anual e da anterioridade nonagesimal (noventena).
b) a anterioridade nonagesimal (noventena), prevista na Constituição Federal, apli-
ca-se à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos auto-
motores e do imposto sobre propriedade predial e territorial urbana.
c) o imposto sobre produtos industrializados observa o princípio da anterioridade 
nonagesimal (noventena), mas não observa o princípio da anterioridade anual.
d) os empréstimos compulsórios instituídos para atender a despesas extraordiná-
rias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e no 
caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional 
devem observar a anterioridade anual.
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e) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observando o prin-
cípio da anterioridade nonagesimal, não precisando observar a anterioridade anual, 
por expressa autorização constitucional.
Questão 46 (VUNESP/ANALISTA TRIBUTÁRIO FINANCEIRO/PREFEITURA DE 
SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/2018) A respeito dos princípios gerais do sistema 
tributário, assinale a alternativa correta.
a) Sempre que possível, os impostos terão caráter impessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte.
b) É vedado à administração tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e 
as atividades econômicas do contribuinte.
c) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.
d) Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tri-
butar.
e) Lei ordinária poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo 
de prevenir desequilíbrios da concorrência.
Questão 47 (VUNESP/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SP/2018) Com relação à competên-
cia tributária e aos princípios e limitações constitucionais ao poder de tributar, 
é correto afirmar:
a) a Constituição prevê a progressividade não só para o Imposto de Renda mas 
também para o Imposto Territorial Rural e para o Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Urbana, e, com relação a estes, acrescentou previsão de confisco na hi-
pótese de não cumprimento da função social da propriedade.
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b) o Supremo Tribunal Federal tem adotado entendimento no sentido de que, em-
bora o confisco seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do con-
fisco deve ser utilizado para limitar o percentualde multa imposta ao contribuinte.
c) a competência tributária, nela compreendidas a competência legislativa para 
instituir e majorar tributos e a competência para fiscalizá-los e arrecadá-los, é in-
delegável, não recebidas pela atual Constituição as normas que dispunham em 
sentido contrário.
d) o princípio da anterioridade, tal como previsto no texto constitucional vigente, 
impede que qualquer imposto seja cobrado no mesmo exercício em que haja sido 
publicada a lei que o instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da 
data daquela publicação.
Questão 48 (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) Em nosso sistema tributário a seleti-
vidade, em função da essencialidade dos produtos fabricados ou comercializados, 
é atributo exclusivo do
a) IPI.
b) ICMS.
c) IPI e do ICMS.
d) IR, do IPI e do ICMS.
e) IPI, do ICMS e do ISS.
Questão 49 (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) A progressividade é uma técnica im-
positiva que, em nosso país, pode ser utilizada
a) em todos os tributos do nosso sistema tributário.
b) nos impostos federais e municipais.
c) nos impostos que incidem sobre a renda e sobre o patrimônio imobiliário.
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d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas.
e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo.
Questão 50 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Sobre a essencialidade 
do bem e o regime tributário a ele aplicável, em vista dos princípios constitucionais 
tributários,
a) a essencialidade do bem pode servir como exceção ao princípio da não cumula-
tividade.
b) o princípio da isonomia veda, taxativamente, qualquer consideração sobre a es-
sencialidade do bem e distinção tributária.
c) pelo princípio da uniformidade geográfica, os Estados ficam impedidos de consi-
derar a essencialidade do bem na disciplina dos tributos de sua competência.
d) pelo princípio da seletividade, pode-se garantir que a tributação seja maior ou 
menor, dependendo da essencialidade do bem.
e) o princípio da capacidade contributiva desloca o caráter da essencialidade do 
bem para o caráter pessoal da capacidade econômica do contribuinte.
Questão 51 (FGV/ADVOGADO/AL-RO/2018) A União, desejando implementar 
política pública de fomento ao povoamento do interior do país, concedeu isenção 
de IPTU no território de alguns Municípios pouco populosos situados no Estado X.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A União pode conceder tal isenção, por ser ela a principal responsável pela pro-
moção das políticas de redução das desigualdades regionais, objetivo fundamental 
da República.
b) A União pode conceder tal isenção, desde que compense os Municípios afetados 
mediante transferências voluntárias.
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c) A União pode conceder tal isenção, desde que por meio de resolução do Senado 
Federal aprovada por maioria absoluta dos senadores.
d) O Estado ABC, e não a União, é o ente federado competente para conceder tais 
isenções relativas a tributo de competência dos Municípios situados no território 
estadual.
e) A União não pode conceder tal isenção, por violar a autonomia municipal.
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GABARITO
1. e
2. b
3. b
4. b
5. b
6. e
7. a
8. e
9. d
10. c
11. b
12. e
13. a
14. e
15. c
16. a
17. d
18. e
19. a
20. b
21. e
22. b
23. c
24. a
25. a
26. b
27. b
28. b
29. b
30. a
31. a
32. c
33. b
34. b
35. c
36. c
37. e
38. b
39. c
40. c
41. E
42. d
43. e
44. d
45. c
46. d
47. b
48. c
49. c
50. d
51. e
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GABARITO COMENTADO
Questão 7 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SP/2019) Acerca do regime dos prin-
cípios tributários, considere as assertivas abaixo:
I – o princípio da capacidade contributiva autoriza a graduação dos impostos de 
caráter pessoal, segundo a capacidade econômica do contribuinte.
II – o princípio da igualdade tributária, que se encontra expressamente previsto 
na Constituição Federal de 1988, permite ao legislador ordinário estabelecer 
critérios de diferenciação entre contribuintes, com a finalidade de promover 
a igualdade material.
III – o princípio da anterioridade da lei tributária, implícito na Constituição Federal 
de 1988, veda a cobrança de tributos cujos fatos geradores ocorreram antes 
do início da vigência da lei que os criou ou aumentou.
IV – o princípio do não confisco, implícito no texto constitucional, veda o emprego 
da tributação com finalidade extrafiscal.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e III.
Letra a.
I – Certo. Conforme o art. 145, § 1º, CF/1988.
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II – Certo. Esta é a definição para o princípio da isonomia previsto no art. 150, II, 
CF/1988.
III – Errado. O item definiu o princípio da irretroatividade previsto no 150, III, a, 
CF/1988, e não o da anterioridade.
IV – Errado. O princípio do não confisco está previsto expressamente na CF/1988, 
art. 150. IV.
Questão 8 (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE CARUA-
RU/2018) Conforme dispõe a Constituição Federal, é correto afirmar que, de acor-
do com a
a) irretroatividade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-
cípios aplicar anistia a multas tributárias definitivamente constituídas.
b) imunidade recíproca, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios cobrar taxas e contribuições uns dos outros e impostos federais dos en-
tes subnacionais.
c) capacidade contributiva, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios cobrar tributos não progressivos.
d) legalidade tributária, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios cobrar tributos com base em lei que contenha conceitos indeterminados.
e) anterioridadenonagesimal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou majorou.
Letra e.
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a) Errada. O princípio da irretroatividade está previsto no art. 150, III, a, CF/1988 
que prevê que os entes somente poderão cobrar tributos em relação aos fatos ge-
radores ocorridos após a vigência de lei.
b) Errada. Na próxima aula você aprenderá que a imunidade recíproca veda que 
os entes cobrem impostos sobre o patrimônio, renda ou serviço uns dos outros 
(art. 150, VI, a, CF).
c) Errada. O princípio da capacidade contributiva está previsto no art. 145, par. 
1º, CF/1988, e a sua interpretação autoriza a cobrança de impostos com alíquotas 
progressivas quanto maior for a capacidade econômica do contribuinte, sempre 
que possível. Como CF/1988 destacou “sempre que possível”, percebe-se que há 
casos em que não haverá tributos progressivos.
d) Errada. O princípio da legalidade tributária está previsto no art. 150, I, CF/1988, 
que dispõe que é proibido aos entes instituir e majorar tributos se não for por meio 
de lei.
e) Certa. Conforme o art. 150, III, c, CF/1988.
Questão 9 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-GO/2018) 
A Constituição Federal contempla várias regras que têm por finalidade limitar o 
poder de tributar das pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com 
essas regras, é vedado aos Estados
a) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, facultada, para fins de desoneração tributária total ou parcial, a distin-
ção em razão de origem étnica, de nível de escolaridade, de ocupação profissional 
e de função por eles exercida.
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b) cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da regu-
lamentação da lei que os houver instituído, aumentado ou reduzido.
c) cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido regu-
lamentada a lei que os instituiu ou aumentou, podendo o referido prazo ser reduzi-
do, nos casos em que seu término ocorrer no exercício subsequente, hipótese em 
que o tributo poderá ser cobrado desde o primeiro dia do novo exercício.
d) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte-
restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de 
vias conservadas pelo Poder Público.
e) impostos sobre videofonogramas musicais produzidos no Mercosul, contendo 
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros, e obras em geral, inter-
pretadas por artistas brasileiros ou por artistas cidadãos de países integrantes do 
Mercosul, bem como sobre os suportes materiais ou arquivos digitais que os con-
tenham, inclusive na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a 
laser.
Letra d.
a) Errada. Contraria o art. 150, II, CF/1988:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função 
por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos 
ou direitos;
b) Errada. Nos termos do art. 150, III, a, CF/1988, o princípio da irretroatividade 
veda que os entes federativos cobrem tributos relativos a fatos geradores que ocor-
ram antes da vigência da lei que os instituir ou aumentar.
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c) Errada. O examinador tentou confundir o candidato quanto à conceituação do 
princípio da noventena. Como é de seu conhecimento, esse princípio proíbe que os 
entes cobrem tributos antes de decorridos 90 dias da publicação da lei que instituiu 
ou aumentou o tributo. Pontue-se ainda que o prazo não pode ser reduzido na hipó-
tese narrada na alternativa, mas lembre-se de que a CF/1988 prevê casos em que 
esse princípio não terá aplicabilidade (exceções ao princípio da noventena).
d) Certa. Conforme o art. 150, V, CF/1988.
e) Errada. O quesito trata sobre a imunidade musical, assunto que será visto na 
próxima aula e está previsto no art. 150, VI, e, CF/1988.
Questão 10 (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA LEGISLATIVA DO 
DF/2018) De acordo com a Constituição Federal, não está sujeita ao princípio cons-
titucional da anterioridade nonagesimal (noventena), a fixação da base de cálculo 
dos seguintes tributos de competência do Distrito Federal:
a) ISSQN e ICMS.
b) taxa pela prestação de serviços e taxa pelo exercício do poder de polícia.
c) IPVA e IPTU.
d) ITCD e ITBI.
e) contribuição de melhoria e empréstimo compulsório.
Letra c.
Conforme art. 150, par. 1º, CF/1988:
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 
153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos pre-
vistos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo 
dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
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Questão 11 (FCC/ADVOGADO/SABESP/2018) Com relação às limitações ao Po-
der de Tributar,
a) subsídios, isenções e redução de base de cálculo relativos a impostos, taxas ou 
contribuições, poderão, em regra, ser concedidos mediante lei genérica, não sendo 
exigível lei específica que regule exclusivamente tais matérias.
b) a vedação à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de instituir 
impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros é extensiva às au-
tarquias.
c) é lícito à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.
d) é lícito à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios.
e) é lícito à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacio-
nal, vedada a concessão de incentivos fiscais de qualquer natureza.
Letra b.
a) Errada. Conforme art. 150, par.6º, CF/1988, essas matérias devem ser objeto 
de lei específica.
b) Certa. Nos termos do art. 150, VI, a c/c 150, par. 2º, CF/1988.
c) Errada. Conforme o art. 151, II, CF/1988 a União é proibida de tributar a renda 
das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
d) Errada. A União só pode instituir isenção de tributos que forem de sua compe-
tência, de modo que o art.151, III, CF/1988 prevê que é vedado à ela instituir isen-
ções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
e) Errada. O princípio da uniformidade geográfica previsto no art. 151, I, CF/1988 
afirma que é vedado à União a instituição de tributo que não seja uniforme em 
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todo o território nacional, autorizando a concessão de incentivos fiscais destinados 
a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes 
regiões do País.
Questão 12 (FCC/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/AL-MS/2016) Ob-
servam os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal (no-
ventena), os impostos sobre
a) produtos industrializados e sobre a renda, respectivamente.
b) produtos industrializados e à fixação da base de cálculo do imposto sobre pro-
priedade predial e territorial urbana, respectivamente.
c) a renda e à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos 
automotores, respectivamente.
d) importação de produtos estrangeiros e sobre exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados, respectivamente.
e) renda e sobre produtos industrializados, respectivamente.
Letra e.
Quanto aos impostos citados na questão:
• IPI: observa o princípio da anterioridade nonagesimal e é exceção ao princípio 
da anterioridade anual;
• IR: observa o princípio da anterioridade anual e é exceção ao princípio da 
anterioridade nonagesimal;
• Aumento (e não a fixação) da base de cálculo do IPTU e do IPVA: observa o 
princípio da anterioridade anual e é exceção ao princípio da noventena;
• II – e IE: exceção ao princípio da anterioridade anual e ao princípio da ante-
rioridade nonagesimal.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
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Questão 13 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-20/2016) É da União a competên-
cia para instituir o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. De 
acordo com as regras que disciplinam as limitações do poder de tributar, insculpi-
das na Constituição Federal, a exigência, aumento e cobrança deste imposto estão 
sujeitos à observância de vários princípios, dentre os quais se encontram os da
a) anterioridade, legalidade e irretroatividade.
b) anterioridade nonagesimal (noventena), legalidade e rentabilidade tributável.
c) legalidade, rentabilidade tributável e alcance tributável.
d) anterioridade, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade.
e) alcance tributável, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade.
Letra a.
O IR é exceção ao princípio da noventena, devendo respeitar os demais princípios 
constitucionais estudados na aula: anterioridade anual, legalidade, irretroatividade.
Questão 14 (FCC/ANALISTA EM GESTÃO PÚBLICA/PREFEITURA DE TERESI-
NA/2016) A respeito dos Princípios Gerais Tributários,
a) a instituição de tributo através de Decreto não fere o princípio da legalidade.
b) a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro sem que haja sido publi-
cada a lei que os instituiu ou aumentou fere especificamente o princípio da compe-
tência.
c) a instituição de tributo fora da matéria que foi destinada constitucionalmente à 
entidade tributante fere especificamente o princípio da anterioridade.
d) a graduação dos tributos fora da capacidade econômica de contribuir não fere o 
princípio da capacidade contributiva.
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e) o imposto progressivo não fere o princípio da igualdade.
Letra e.
a) Errada. Não há exceções ao princípio da legalidade quanto à instituição de tri-
butos, não podendo, por isso, os entes instituí-los por meio de Decreto (que é um 
ato infralegal).
Pontue-se, ainda, que a CF/1988 só prevê exceções ao princípio da legalidade 
quanto à majoração de tributos.
b) Errada. A cobrança de tributos sem que tenha sido publicada lei fere o princípio 
da legalidade.
c) Errada. O princípio da anterioridade trata sobre a vedação de cobrança de tri-
buto no mesmo exercício financeiro em que este for instituído ou aumentado.
d) Falsa. O princípio da capacidade contributiva determina justamente uma gradu-
ação dos tributos conforme a capacidade econômica do contribuinte.
e) Certa. O princípio da isonomia (chamado por alguns de igualdade) visa tributar 
igualmente os que vivem em situações iguais, e desigualmente os que se sujeitam 
a situações desiguais, de forma que o princípio da progressividade faz justamente 
isso, conforme demonstração de maior capacidade contributiva, maior a alíquota 
aplicável para determinação do imposto devido.
Questão 15 (FCC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/PREFEITURA DE TERESI-
NA/2016) O dispositivo constitucional previsto no art. 151, I, da Carta Magna, que 
veda à União ao instituir tributo a distinção em relação a um Estado, ao Distrito 
Federal ou a um Município, em prejuízo dos demais, adota o princípio da
a) vinculabilidade da tributação.
b) indelegabilidade da competência tributária.
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c) uniformidade geográfica.
d) tipologia tributária.
e) anterioridade vinculada.
Letra c.
O princípio da uniformidade geográfica está previsto no art. 151, I, CF/1988:
Art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover 
o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
Questão 16 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) 
A Constituição Federal, em seu art. 150, trata das limitações do poder de tributar, 
consagrando, nesse artigo, vários princípios relacionados com essas limitações. De 
acordo com o texto constitucional, estão EXCLUÍDOS do princípiomeio de lei.
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Lembre-se, que, se o legislador constituinte não destacou que seria Lei Comple-
mentar, assim, pode o ente criar e majorar o seu respectivo tributo por meio de lei 
ordinária (medida provisória ou lei delegada).
No entanto, conforme já estudado, há casos em que é necessária a previsão de 
Lei Complementar para instituição do tributo (e sua majoração), quais sejam:
TRIBUTOS INSTITUÍDOS/MAJORADOS POR LEI COMPLEMENTAR
Empréstimos compulsórios (art. 148, CF/1988)
Impostos residuais (art. 154, I, CF/1988)
Contribuições residuais (art. 95, par. 4 c/c art. 154, I, CF/1988)
Impostos sobre Grandes Fortunas (153, VII, CF/1988)
Na definição de tributo constante do art. 3º do CTN, e já estudado em nosso 
curso, foi visto que ele (o tributo) somente pode ser criado por meio de lei, em 
harmonia com o previsto no texto constitucional.
Ainda sobre o Princípio da Legalidade, o Código Tributário Nacional também dis-
pôs sobre os assuntos tributários que devem ser previstos em lei, no art. 97, CTN:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I – a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 
26, 39, 57 e 65;
III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o 
disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV – a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o dispos-
to nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V – a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispo-
sitivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de 
dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que im-
porte em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste arti-
go, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
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Quanto à majoração do tributo, pontue-se, desde então, que o legislador des-
tacou no parágrafo 2º do artigo 97, que não é considerada como majoração 
do tributo a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Ou seja: caso ocorra uma atualização de valor, dentro de índices oficiais de in-
flação, por exemplo, essa atualização poderá ser feita por norma infralegal, como 
um decreto.
O que não pode ocorrer é uma “atualização disfarçada” onde os percentuais de 
“reajuste” venham a superar os índices oficiais, criando um efetivo aumento do 
valor devido.
Nesse sentido, há posicionamento consolidado do Superior Tribunal de Justiça, 
de que, tendo o ente determinado a atualização monetária da base de cálculo acima 
do percentual oficial, há necessidade de respeito ao Princípio da Legalidade. Veja:
Súmula n. 160 do STJ
É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual 
superior ao índice oficial de correção monetária.
Agora, preste atenção! A CF/1988 prevê exceções quanto ao Princípio da Legali-
dade, autorizando a majoração de determinados impostos por atos infralegais, por 
meio de aumento de alíquotas, no art. 153, par. 1º, CF/1988:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos 
em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
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Assim, a CF/1988 autoriza que o II, IE, IPI e IOF sejam majorados, por 
exemplo, por Decreto do Poder Executivo, por meio de alteração de alíquo-
tas.
Para uma melhor compreensão, recorde-se das classificações estudadas da pri-
meira aula quanto aos tributos extrafiscais que são utilizados pelo Poder Público 
para regular situações econômicas.
Sendo o II, IE, IPI e IOF, portanto, tributos extrafiscais, o legislador constituinte 
previu um processo legislativo mais simples para aumentar/diminuir as suas alí-
quotas quando for importante incentivar ou desestimular determinadas operações 
que repercutam na situação econômica/social do país.
Há também a exceção ao Princípio da Legalidade prevista no art. 177, par. 4º, 
CF/1988:
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às 
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural 
e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001)
I – a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, 
de 2001)
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto 
no art. 150, III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001)
A disposição acima trata sobre a CIDE-Combustível e é exceção ao princípio da 
legalidade quanto à redução e ao restabelecimento da sua alíquota, que poderá ser 
feito pelo Poder Executivo.
E, ainda, há a exceção quanto ao ICMS-Combustível (ICMS-Monofásico), 
que terá sua alíquota fixada por meio de Convênios do CONFAZ (art. 155, 
§ 4º, IV, c/c 155, § 2º XII, h, CF/1988) celebrados entre os Estados e o DF.
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EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Imposto sobre a importação – II
Imposto sobre a exportação – IE
Imposto sobre produtos industrializados – IPI
Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários
CIDE-Combustível
ICMS-Combustível
Questão 1 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2013) O art. 150, I, da 
Constituição Federal, estipula que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí-
pios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Este dispositivo enuncia 
o Princípio da:
a) Uniformidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o resta-
belecimentoda
a) anterioridade nonagesimal (noventena), o II, o IE, o IR e o IOF.
b) legalidade, o aumento da base de cálculo do IR, o aumento da alíquota do IPVA 
e do IPTU.
c) irretroatividade, o IR, o IOF, o IPVA e o IPTU.
d) anterioridade, o IR, o ITR, o ITCMD e o ITBI.
e) legalidade, o IPI, o IOF e o aumento da base de cálculo do ICMS e do ISS.
Letra a.
b) Errada. Essas hipóteses não são exceção ao princípio da legalidade conforme 
tabela:
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EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Imposto sobre a importação – II
Imposto sobre a exportação – IE
Imposto sobre produtos industrializados – IPI
Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários – IOF
CIDE-Combustível
ICMS-Combustível
c) Errada. Não há exceção quanto ao princípio da irretroatividade.
d) Errada. O IR, o ITR, o ITCMD e o ITBI se sujeitam ao princípio da anterioridade, 
de modo que quanto ao IR, ele está excluído do princípio da anterioridade nonage-
simal.
e) Errada. O aumento da base de cálculo do ICMS e do ISS se sujeitam ao princí-
pio da legalidade.
Questão 17 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEGEP-MA/2016) 
De acordo com a Constituição Federal, as limitações ao poder de tributar, descritas 
nos princípios da anterioridade, da irretroatividade, da anterioridade nonagesimal 
(noventena) e da legalidade aplicam-se à instituição de empréstimos compulsórios 
com a finalidade de
a) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública iminente.
b) realizar parceria público privada de caráter urgente e de relevante interesse 
regional.
c) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de iminência de guerra externa.
d) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra externa.
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Letra d.
Os empréstimos compulsórios podem ser instituídos em dois casos (148, I, 
CF/1988): (i) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de cala-
midade pública, de guerra externa ou sua iminência; (ii) no caso de investi-
mento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
O art. 150, par. 1º, CF/1988 diz que quanto aos empréstimos compulsórios ins-
tituídos nas hipóteses do item (i) acima (calamidade pública, guerra externa ou 
iminência de guerra externa) não há necessidade de observância ao princípio da 
anterioridade anual e nem ao da anterioridade nonagesimal, razão pela qual a al-
ternativa certa é a “d” que afirma que é ao empréstimo compulsório para realizar 
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional que se 
aplicam os princípios da anterioridade anual, anterioridade nonagesimal, irretroa-
tividade e legalidade.
Questão 18 (FCC/ADVOGADO/PREFEITURA DE TERESINA/2016) A câmara mu-
nicipal de um Município brasileiro aprovou lei aumentando a alíquota do ISS. San-
cionada pelo prefeito daquele Município, o texto dessa lei foi publicado em 12 de 
novembro de 2014, uma quarta-feira. O último artigo dessa lei estabeleceu que ela 
entraria em vigor na data de sua publicação.
Com fundamento no que disciplina a Constituição Federal a respeito dessa matéria, 
essa alíquota majorada poderia ser aplicada a fatos geradores ocorridos a partir de
a) 12 de novembro de 2014.
b) 1º de janeiro de 2014.
c) 1º de janeiro de 2015.
d) 13 de novembro de 2014
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e) 11 de fevereiro de 2015.
Letra e.
O ISS deve respeitar os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nona-
gesimal, razão pela qual o imposto só pode ser cobrado com a alíquota majorada 
quanto aos fatos geradores ocorridos no exercício seguinte e 90 dias após a sua 
publicação.
Questão 19 (FCC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA MUNICIPAL/PREFEITURA DE 
TERESINA/2016) Por meio de sorteio internacional, realizado em 2015, um deter-
minado Município brasileiro foi escolhido para sediar, em 2016, evento político-eco-
lógico relevante no cenário mundial, o qual, pela sua magnitude, acabou exigindo 
que o Brasil promovesse gastos enormes com segurança, principalmente com a 
segurança das autoridades estrangeiras. Não obstante o fato de a União e o Estado 
terem feito grandes investimentos nessa área, não houve meio de o Município sede 
do evento escapar da realização de enormes despesas nessa área. Com base nes-
sas informações e nas disposições da Constituição Federal nesse sentido, o referido 
Município poderá
a) aumentar, para fazer face a essas despesas extraordinárias, a alíquota dos im-
postos municipais, respeitadas as regras constitucionais atinentes às limitações do 
poder de tributar e à desvinculação das receitas tributárias, bem como as limita-
ções impostas por leis complementares.
b) instituir contribuição de interesse nacional, de caráter excepcional e transitório, 
mediante delegação expressa e específica da União, por meio de resolução do Se-
nado Federal.
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c) fixar a alíquota do ISS, por meio de lei ordinária, em percentual superior ao do teto 
estabelecido em lei complementar federal, em caráter excepcional e transitório.
d) ser autorizado pela União, por meio de lei complementar específica, a tributar 
a exportação de serviços para o exterior, em caráter excepcional e transitório, não 
superior a seis meses.
e) instituir empréstimo compulsório via edição de lei ordinária, mediante delegação 
expressa e específica da União, feita por meio de decreto legislativo, pois a realiza-
ção desse evento constitui investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional.
Letra a.
a) Certa. Uma das formas de carrear tributos para os cofres públicos é arrecadan-
do impostos, no caso dos municípios, impostos municipais.
b) Errada. Não existe essa contribuição.
c) Errada. A CF/1988 prevê no art. 156, par. 3º, que cabe à Lei Complementar 
fixar as alíquotas máximas e mínimas do ISS, não podendo assim lei ordinária de-
terminar alíquota em percentual superior ao da lei complementar.
d) Errada. O art. 156, par. 3º, CF/1988 prevê que cabe à lei complementar excluir 
ISS da incidência sobre exportações de serviços parao exterior, ou seja, a própria 
União determinará que os serviços exportados estarão excluídos do ISS, não exis-
tindo, portanto, a previsão destacada na questão de autorização pela União para 
que o próprio Município o exclua.
e) Errada. Empréstimos compulsórios somente podem ser instituídos pela União 
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Questão 20 (FCC/AUDITOR ESTADUAL DA RECEITA MUNICIPAL/PREFEITURA 
DE TERESINA/2016) Determinado Município brasileiro decidiu adotar as seguintes 
medidas, no exercício de 2014: (I) lançou e promoveu a cobrança do IPTU em rela-
ção ao terreno em que se localiza um cemitério que é comprovadamente extensão 
de entidade de cunho religioso, e cuja doutrina não aceita o sepultamento dos fiéis 
falecidos em cemitérios que não sejam esses; (II) concedeu isenção desse mesmo 
imposto a um grupo limitado de munícipes, exclusivamente em razão de sua con-
dição de servidores públicos municipais; (III) editou decreto, no mês de novembro 
de 2014, para vigorar a partir do exercício seguinte, majorando a base de cálculo 
do IPTU, redundando esse fato, inclusive, em aumento superior à variação dos ín-
dices oficiais de inflação. Considerando as limitações ao poder de tributar, arroladas 
no texto da Constituição Federal, a medida
a) III violou o princípio da anterioridade.
b) II violou o princípio da isonomia tributária.
c) I não violou qualquer regra constitucional limitadora do poder de tributar.
d) III violou o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena).
e) II não violou qualquer regra constitucional limitadora do poder de tributar, mas 
a medida I violou o princípio da irretroatividade.
Letra b.
O item I violou a imunidade religiosa prevista no art. 150, V, b, CF/1988:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre: (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
b) templos de qualquer culto.
Quanto aos cemitérios, se forem extensão de entidade religiosa, posiciona-se o STF 
que eles também estão abrangidos pela imunidade religiosa, não devendo, portan-
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to, ser incidido IPTU sobre os referidos cemitérios. Lembre-se que esse assunto 
(imunidade) será estudado na próxima aula.
O item II violou o princípio da isonomia, previsto no art. 150, II, CF/1988, o qual 
proíbe “qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles 
exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos”
O item III violou o princípio da legalidade. Quanto ao princípio da anterioridade 
nonagesimal foi visto nesta aula que não se sujeitam a ele o aumento da base de 
cálculo do IPTU.
Questão 21 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2016) Acerca 
dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é correto afirmar:
a) Somente a União poderá instituir tributo para estabelecer limitações ao tráfego 
de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, sem 
qualquer ressalva.
b) Os entes políticos tributantes não podem cobrar tributos em relação a fatos 
geradores ocorridos após o início da vigência da lei que os houver instituído ou au-
mentado.
c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou 
aumentar tributo sem lei ou decreto que o estabeleça.
d) Os entes da Federação não podem instituir tratamento desigual entre contribuin-
tes que se encontrem em situação equivalente, admitindo-se, entretanto, levar em 
conta a distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida.
e) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados se-
gundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributá-
ria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeita-
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dos os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte.
Letra e.
a) Errada. Contraria o princípio da liberdade de tráfego.
b) Errada. Os entes tributantes podem sim cobrar tributos em relação a fatos 
geradores ocorridos após o início da vigência da lei que os instituir ou aumentar. 
O que eles não podem é cobrar tributos quanto aos fatos geradores ocorridos antes 
da vigência de lei que os instituir ou majorar, pois vai de encontro ao princípio da 
irretroatividade.
c) Errada. A CF/1988 prevê que é vedado aos entes exigir ou aumentar tributo 
sem lei que o estabeleça (princípio da legalidade), estando errada a questão quanto 
ao decreto.
d) Errada. O quesito fere o princípio da isonomia, não sendo admitida a distinção 
em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida.
e) Certa. Conforme o art. 145, par. 1º, CF/1988.
Questão 22 (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SE/2015) À luz da Constituição da Re-
pública e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a alteração do prazo de 
recolhimento de contribuição social incidente sobre o faturamento da empresa, de 
modo a antecipá-lo em relação ao vigente,
a) requer edição de lei complementar, passível de exigência após decorridos no-
venta dias da data de sua publicação, ainda que no mesmo exercício financeiro.
b) não requer edição de lei complementar, tampouco se sujeita a qualquer anterio-
ridade, sendo passível de exigência imediata.
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c) requer edição de lei complementar, passível de exigência no exercício financeiro 
seguinte, desde que decorridos noventa dias da data de sua publicação.
d) requer edição de lei complementar, mas não se sujeita a qualquer anterioridade, 
sendo passível de exigência imediata.
e) não requer edição de lei complementar, sendo passível de exigência desde que 
decorridos noventa dias da data de sua instituição, ainda que no mesmo exercício 
financeiro.
Letra b.
Nos termos da súmula vinculante n. 50, STF: “Norma legal que altera o prazo de 
recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade”.
Questão 23 (FCC/ANALISTA/BACHAREL EM DIREITO/PGE-MT/2016) Um deter-
minado Estado brasileiro, famoso pelas lindaspaisagens que ornamentam muitas 
de suas cidades, estava passando por severa crise econômica. Decidiu, em razão 
disso, investir fortemente no turismo destas cidades, com a finalidade de atrair 
pessoas com alto poder aquisitivo e que estivessem predispostas a gastar neste 
“Estado paradisíaco”. Paralelamente, com o intuito de evitar a afluência e o tráfego 
de turistas provenientes de unidades federadas com baixo ou nenhum poder aqui-
sitivo, o governo deste “Estado paradisíaco” criou uma exação que denominou de 
“Taxa Interestadual de Compensação Financeira”, e que tinha o intuito específico 
de impedir, ou, pelo menos, de reduzir o tráfego de pessoas provenientes de outros 
Estados sem poder aquisitivo naquelas cidades turísticas do Estado. De acordo com 
a Constituição Federal, essa taxa
a) poderia ser cobrada, desde que obedecido o princípio da anterioridade.
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b) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da 
anterioridade nonagesimal (noventena).
c) não poderia ser cobrada.
d) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da 
irretroatividade.
e) não poderia ser cobrada pelo Estado em que se localizam essas cidades, pois a 
competência para instituir essa taxa é do Estado de proveniência dos turistas.
Letra c.
A referida taxa fere o princípio da liberdade de tráfego previsto no art. 150, V, CF.
Questão 24 (FCC/AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-PE/2014) 
De acordo com a Constituição Federal,
a) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na iminência ou no caso de guer-
ra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua 
criação.
b) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos não compreendidos em 
sua competência tributária, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal.
c) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contri-
buição de melhoria, decorrente de obra pública, ainda que não haja valorização 
imobiliária dela decorrente.
d) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, mediante medida provisó-
ria, no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional.
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e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, na 
forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública.
Letra a.
a) Certa. Conforme o art. 154, II, CF/1988:
Art. 154. A União poderá instituir:
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendi-
dos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, 
cessadas as causas de sua criação.
b) Errada. O imposto previsto na questão é o imposto residual previsto no art. 154, 
I, CF/1988, e sua instituição deve ser por lei complementar:
Art. 154. A União poderá instituir:
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que 
sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos dis-
criminados nesta Constituição.
c) Errada. Para os entes instituírem contribuições de melhoria deve haver valori-
zação imobiliária em função da obra pública.
d) Errada. Empréstimos compulsórios só podem ser instituídos por meio de lei 
complementar.
e) Errada. Somente os Municípios e o DF podem instituir a contribuição para o 
custeio de iluminação pública – COSIP.
Questão 25 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-15ª/2013) A união NÃO pode ins-
tituir tributos que
a) deem isenções a tributos da competência dos Estados.
b) incidam sobre importação de produtos estrangeiros.
c) incorram sobre a propriedade territorial rural.
d) recaiam sobre operações de crédito, câmbio e seguro.
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e) fixem alíquotas diferenciadas para desestimular propriedades improdutivas.
Letra a.
A alternativa correta está em conformidade com o princípio da vedação à isenção he-
terônoma previsto no com o art. 151, III, CF/1988, o qual proíbe que a União conceda 
isenção a tributo que não seja de sua competência constitucional tributária.
Questão 26 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP) É uma das limitações 
constitucionais do poder de tributar:
a) A imunidade recíproca entre os Entes da Federação –União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios que garante a isonomia na distribuição de receitas tributárias.
b) A imunidade aos impostos que gravem o patrimônio, a renda ou os serviços das 
entidades de assistência social, sem fins lucrativos, desde que não distribuam qual-
quer parcela do seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título.
c) O princípio da anualidade, vigente na atual ordem constitucional, que impõe a 
necessidade, para a cobrança de determinado tributo, de sua previsão na lei or-
çamentária aprovada na legislatura no ano-calendário anterior, salvo as exceções 
constitucionalmente previstas.
d) A legalidade tributária estrita, incluída na Constituição Federal de 1988 pela 
Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003.
e) A imunidade aos impostos, taxas e contribuições de melhoria dos templos de 
qualquer culto.
Letra b.
Os itens “a”, “b”, e “e” serão estudados na próxima aula.
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a) Errada. A imunidade recíproca garante que os entes não instituirão impostos 
sobre a renda, patrimônio e serviços uns dos outros (art. 150, VI, a, CF/1988).
b) Certa. Conforme o art. 150, VI, c, CF/1988.
c) Errada. O princípio da anualidade não é mais aplicável no direito tributário. Esse 
princípio previa que o tributo só poderia ser cobrado se previsto na lei orçamentária 
aprovada no ano anterior (se você estudou direito financeiro provavelmente está 
mais familiarizado com esse princípio, mas para a nossa matéria basta saber isso 
e que para a instituição e majoração de tributos deve ser respeitado o princípio da 
anterioridade, mas não da anualidade).
d) Errada. O princípio da legalidade está previsto na CF/1988 desde a sua edição 
original em 1988.
e) Errada. Aimunidade aos templos de qualquer custo só inclui os impostos 
(art. 150, VI, b, CF/1988).
Questão 27 (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/TCE-SP/2013) É vedada 
a limitação ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais. A proibição refere-se ao princípio da
a) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado 
por todos os entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela uti-
lização de vias conservadas pelo poder público.
b) liberdade do tráfego de pessoas e bens, que deve ser observado por todos os 
entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo poder público.
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c) liberdade do tráfego de pessoas e bens, sendo direcionado unicamente à União, 
Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio pela utiliza-
ção de vias conservadas pelo poder público.
d) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado 
por todos os entes federados, não contemplando exceção.
e) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado 
pela União, Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo poder público.
Letra b.
Gabarito conforme o art. 150, V, CF/1988:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte-
restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo Poder Público.
Questão 28 (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/TCE-SP/2013) A majo-
ração da base de cálculo do IPVA e do IPTU é exceção, dentre outras, à regra da
a) legalidade.
b) anterioridade nonagesimal.
c) anterioridade anual.
d) irretroatividade da lei tributária.
e) vedação ao confisco.
Letra b.
Conforme art. 150, par. 1º, CF/1988 e tabela:
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EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
Imposto sobre a importação – II
Imposto sobre a exportação – IE
Imposto sobre a renda – IR
Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobili-
ários – IOF
Imposto extraordinário de guerra – IEG
Empréstimo compulsório para calamidade pública ou guerra externa
Alterações na base de cálculo do IPTU e do IPVA
Questão 29 (FCC/AUDITOR-FISCAL DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE SÃO PAU-
LO-SP/2012) Município institui o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 
(ISSQN) sobre serviço advocatício com valor de R$ 1.500,00 por ano. A fixação do 
ISSQN, nestes termos, é inconstitucional por violar o princípio da
a) anterioridade.
b) capacidade contributiva.
c) irretroatividade da lei tributária.
d) legalidade.
e) uniformidade geográfica.
Letra b.
Determinar um valor fixo para todos os profissionais fere o princípio da capacidade 
contributiva, tendo em vista que ele está previsto no art. 145, par. 1º, CF/1988, 
que destaca que os impostos sempre que possível terão caráter pessoal e serão 
graduados conforme a capacidade econômica de cada contribuinte.
Questão 30 (FCC/PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS/TCM-BA/2011) Compa-
rada com a norma de Direito Penal, verifica-se que a norma tributária é mais rígida. 
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No Direito Penal, o nullum crimen nulla poena sine lege exige que o delito seja tí-
pico, decorra de uma previsão legal precisa, mas se permite ao juiz, ao sentenciar, 
a dosimetria da pena, com relativa liberdade, assim como diminuir ou afrouxar a 
pena a posteriori. No Direito Tributário, além de se exigir seja o fato gerador tipifi-
cado, o dever de pagar o tributo também deve sê-lo em todos os seus elementos, 
pois aqui importantes são tanto a previsão do tributo quanto o seu pagamento, ba-
seado em fórmulas de quantificação da prestação devida, e que a sociedade exige 
devam ser rígidas e intratáveis. (Sacha Calmon Navarro Coelho. Curso de direito 
tributário brasileiro. 9.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 220)
O texto acima está se referindo ao princípio explícito da
a) legalidade.
b) irretroatividade da lei tributária.
c) anterioridade da lei tributária.
d) segurança jurídica.
e) igualdade.
Letra a.
A CF/1988 prevê que a instituição dos tributos (e previsão dos seus respectivos 
geradores) deve se dar por meio de lei, o que se refere ao princípio da legalidade 
tributária.
Questão 31 (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-MT/2011) Dispõe o art. 144, 
do CTN que “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obri-
gação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou 
revogada”. Esta regra legal encontra fundamento de validade no princípio constitu-
cional da
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a) irretroatividade da lei tributária.
b) anterioridade anual.
c) anterioridade nonagesimal.
d) legalidade.
e) vedação ao confisco.
Letra a.
Conforme estudado, e nos termos do art. 150, III, a, CF/1988, esta é a definição 
do princípio da irretroatividade.
Questão 32 (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE-CE/2011) Sobre os princípios 
constitucionais tributários é correto afirmar que
a) a lei que modifica tributos só pode ser aplicada no exercício seguinte ao da sua 
publicação por força da regra da irretroatividade da lei tributária.
b) os tributos sempre deverão ser pessoais e atender às condições econômicas dos 
contribuintes, por força do princípio da capacidade contributiva.
c) salvo exceções a lei que cria ou majora tributo terá eficácia no exercício finan-
ceiro seguinte ao da sua publicação, como expressão da anterioridade tributária.
d) como exceção à legalidade tributária, pode o Presidente da República instituir, 
por decreto, impostos de importação, de exportação, sobre produtos industrializa-
dos e sobre operações financeiras.
e) a instituição de empréstimo compulsório, imposto extraordinário, imposto resi-
dual e impostos de natureza extrafiscal são exceções à anterioridade nonagesimal.
Letra c.
a) Errada. O princípio descrito é o da anterioridade anual.
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b) Errada. Dois erros da afirmação, nos termos do art. 145, par. 1º, CF/1988, 
o princípio da capacidade tributária só se refere expressamente aos impostos (em-
bora o STF já tenha ampliado a sua aplicabilidade a outras espécies tributárias) e o 
dispositivo afirma “sempre que possível”, e não “sempre” como previsto no quesito.
c) Certa. O princípio da anterioridade tributária anual está previsto no art. 150, 
III, b, CF/1988.
d) Errada. Não há exceção ao princípio da legalidade quanto à instituição de tribu-
tos, só quanto ao aumento.
e) Errada. Os tributos que são excepcionados do princípio da anterioridade nona-
gesimal estão presentes na tabela:
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
Imposto sobre a importação – II
Imposto sobre a exportação – IE
Imposto sobre a renda – IR
Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários – IOF
Imposto extraordinário de guerra – IEG
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Questão 33 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Sobre as pres-
crições constitucionais insertas na seção ‘Das limitações do poder de tributar’, 
é correto afirmar:
a) O princípio da anterioridade não admite qualquer tipo de exceção, uma vez que 
se trata de garantia dos contribuintes.
b) As operações interestaduais devem ser imunes a qualquer tributação em obedi-
ência ao princípio da vedação de se estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
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bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança 
de pedágio.
c) Em razão da vedação da utilização do tributo com o efeito de confisco, a União 
não pode instituir o Imposto sobre grandes fortunas.
d) As imunidades ali previstas aplicam-se somente aos impostos.
e) É defeso cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publi-
cada a lei que os houver instituído ou aumentado, devendo essa lei ser publicada 
sempre com um prazo de 90 dias antes do término do exercício financeiro anterior 
àquele em que o tributo será cobrado ou aumentado.
Letra b.
Gabarito conforme o art. 150, V, CF/1988, princípio da liberdade de tráfego.
Questão 34 (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) De 
acordo com as normas do Código Tributário Nacional atinentes à legislação tribu-
tária,
a) as normas complementares podem estabelecer cominação de penalidades para 
as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, no tocante às taxas.
b) somente a lei pode estabelecer as hipóteses de dispensa ou redução de penali-
dades.
c) os decretos podem estabelecer hipóteses de redução de penalidade, mas não 
sua dispensa.
d) os decretos podem reduzir as alíquotas dos impostos municipais.
e) somente a lei e o decreto podem estabelecer a redução de tributos, mas sua 
extinção é matéria exclusiva de lei complementar.
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Letra b.
Em complemento à disposição da CF/1988quanto aos assuntos de direito tributário 
que devem ser objeto de lei, o CTN em seu art. 97, CTN prevê que:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de 
dispensa ou redução de penalidades.
Questão 35 (FCC/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/DIREITO/AL-SP/2010) Sub-
mete-se integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterio-
ridade nonagesimal o imposto sobre
a) os produtos industrializados.
b) a renda e proventos de qualquer natureza.
c) a transmissão de bens causa mortis e doação.
d) a propriedade de veículos automotores.
e) a propriedade territorial urbana.
Letra c.
Conforme visto nesta aula, o único imposto citado na questão que não é exceção a 
nenhum dos princípios é o ITCMD.
Questão 36 (FCC/ANALISTA DE PROCURADORIA/PGE-BA/2013) Sobre o tema 
da competência tributária e sua limitação é correto afirmar:
a) A competência tributária é fixada por lei do ente político, não podendo ser disci-
plinada por ato do Chefe do Poder Executivo.
b) O não exercício da competência tributária implica a competência suplementar 
dos Estados, Distrito Federal e Municípios em instituir tributos, disciplinando nor-
mas gerais e normas específicas.
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c) A competência tributária é constitucional e, como tal, expressão da forma fede-
rativa de Estado, sendo vedada a delegação do seu exercício a outro ente, ainda 
que por lei.
d) A competência ou capacidade tributária é passível de ser delegada por lei a 
outro ente, para instituição de tributo, desde que a arrecadação e a fiscalização 
também o sejam.
e) A legalidade, anterioridade, vedação ao confisco, irretroatividade da lei tributá-
ria e igualdade são limitações ao exercício da capacidade tributária.
Letra c.
Na aula anterior tratamos sobre a competência tributária e destacamos que ela 
está prevista na CF/1988, que não pode ser delegada, e que o seu não exercício 
não implica na possibilidade de outro ente instituir o tributo que não foi instituído 
por aquele que tem a competência constitucional.
Quanto aos princípios da legalidade, irretroatividade, vedação ao confisco e igual-
dade, eles são limitações ao exercício da competência e não da capacidade tribu-
tária.
Questão 37 (FCC/ANALISTA DE PROCURADORIA/PGE-BA/2011) É matéria re-
servada à lei, salvo
a) fixação da alíquota do tributo e sua base de cálculo.
b) cominação de penalidades para as ações e omissões contrárias a seus disposi-
tivos.
c) hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários.
d) definição do fato gerador da obrigação tributária principal e seu sujeito passivo.
e) atualização monetária da respectiva base de cálculo do tributo.
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Letra e.
Atualização monetária não significa majoração de tributo, não tendo que ser deter-
minada, então, por meio de lei, conforme art. 97, par. 2º CTN:
Art. 97, § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso 
II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Questão 38 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Dispõe o § 2º, 
do art. 62, da Constituição Federal, que medida provisória que implique instituição 
ou majoração de impostos, exceto os impostos de importação, exportação, sobre 
operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários, produtos industriali-
zados e extraordinário, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se 
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Por sua 
vez, dispõe o §1º do art. 150, in fine, da Constituição Federal, que a anterioridade 
mínima de 90 dias para a incidência de leis instituidoras ou majoradoras de tribu-
tos não se aplica aos seguintes tributos: empréstimos compulsórios para atender a 
despesas extraordinárias; imposto de importação; imposto de exportação; imposto 
de renda; imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliá-
rios; e imposto extraordinário.
Uma medida provisória editada em março de 2009 que venha a majorar o imposto 
de importação e o imposto de renda
a) terá eficácia imediata em relação a ambos os impostos.
b) terá eficácia imediata apenas em relação ao imposto de importação, devendo 
ser convertida em lei até o último dia do exercício de 2009 para que tenha eficácia 
a partir de 01 de janeiro de 2010, em relação ao imposto de renda.
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c) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for conver-
tida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação a ambos os impostos.
d) só produzirá efeitos noventa dias a contar da sua edição, em relação ao imposto 
de importação, e no exercício seguinte se for convertida em lei até o último dia do 
exercício de 2009, em relação ao imposto de renda.
e) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for conver-
tida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda, 
e noventa dias a contar da sua edição em relação ao imposto de importação.
Letra b.
O imposto de importação é exceção aos princípios da anterioridade anual e da 
anterioridade nonagesimal, assim a medida provisória que o majorar terá eficácia 
imediata, enquanto, quanto ao imposto de renda, que é exceção ao princípio da 
anterioridade nonagesimal, a MP que o majorar terá eficácia no exercício seguinte 
somente se no mesmo exercício de sua edição for convertida em lei.
Questão 39 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SC/2019) Determinada lei tributária 
prevê o valor do teto para a cobrança de uma taxa de fiscalização, permitindo que 
ato do Poder Executivo fixe o valor específico do tributo e autorizando o ministro 
da Economia a corrigir monetariamente, a partir de critérios próprios, esse valor.
A respeito dessa lei hipotética, considerando-se a jurisprudência do STF acerca do 
princípio da legalidade tributária, é correto afirmar que
a) a delegação do ato infralegal para a fixação do valor da taxa ou determinação 
dos critérios para a sua correção é inconstitucional.
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b) os índices de correção monetária da taxa podem ser atualizados por ato do Po-
der Executivo, ainda que em percentual superior aos índices de correção monetária 
legalmente previstos.
c) a fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoá-
vel com os custos da atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária 
ser atualizada em percentual não superior aos índices legalmente previstos.
d) o Poder Executivo tem permissão legal para fixar discricionariamente o valor 
da correção monetária da referida taxa, independentemente de previsão legal de 
índice de correção.
e) a fixação, em atos infralegais, de critérios para a correção monetária de taxas é 
inconstitucional, independentemente de observar expressa previsão legal.
Letra c.
Gabarito nos termos do par. 2º do art. 97 do CTN:
Art. 97, § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II 
deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Além disso, a súmula 160 do Superior Tribunal de Justiça expressa com maior 
clareza que a correção monetária pelo Poder Executivo é aceitável desde que não 
supere índice oficial de correção:
Súmula n. 160 do STJ
É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual 
superior ao índice oficial de correção monetária.
Questão 40 (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) A Constituição Federal de 
1988 prevê exceções ao princípio tributário da anterioridade, como ocorre nos ca-
sos dos impostos sobre importação e sobre exportação. Nesses casos, a exceção é 
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justificada pela necessidade de ajuste do tributo aos objetivos da política cambial 
e do comércio exterior.
De acordo com a doutrina majoritária, a referida hipótese de exceção ao princípio 
tributário da anterioridade é explicada em razão de os tributos citados terem fina-
lidade
a) parafiscal.
b) parafiscal e extrafiscal.
c) extrafiscal.
d) exclusivamente fiscal.
Letra c.
Na aula 1 foi visto que o tributo classificado como extrafiscal é utilizado pelo Poder 
Público para regular situações econômicas e sociais. No caso do Imposto de Expor-
tação e do Imposto de Importação, esses são tributos extrafiscais e representam 
exceção quanto à aplicação do princípio da anterioridade. A lógica é: já pensou se o 
legislador constituinte determinasse que esses tributos só fossem cobrados no ano 
seguinte à sua instituição? Ou após 90 dias? Iria de encontro com a sua finalidade 
de incentivar ou desestimular determinadas condutas pelos contribuintes, por isso 
são cobrados logo.
Questão 41 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/PF/2018) A empresa XZY 
Ltda., contribuinte do ICMS, pagava mensalmente esse tributo a determinado es-
tado da Federação, no dia 15 de cada mês. No dia 30/6/2017, esse estado editou 
ato normativo que alterava a data do pagamento do referido tributo para o dia 10 
de cada mês, entrando tal ato em vigor no dia 1º/7/2017. Sem saber da alteração, 
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a empresa XZY Ltda. pagou o tributo no dia 15/7/2017, o que acarretou multa e 
juros de mora pelo pagamento com atraso.
Nessa situação hipotética.
a antecipação do prazo para o pagamento do ICMS só poderia ter sido feita por lei 
e somente poderia ter entrado em vigor no exercício financeiro seguinte.
Errado.
A questão está errada pois a alteração de prazo para pagamento não se sujeita ao 
princípio da legalidade conforme súmula vinculante 50 do STF:
Súmula Vinculante n. 50
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se 
sujeita ao princípio da anterioridade.
Questão 42 (CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-PE/2018) A técnica de tri-
butação que observa o princípio da capacidade contributiva consiste em
a) diminuir a alíquota na proporção da ampliação da base de cálculo.
b) majorar a carga tributária conforme a essencialidade do produto tributado.
c) estabelecer teto máximo de valor para o pagamento de determinados tributos, 
mantendo-se a modicidade tributária.
d) fixar alíquotas percentualmente menores para os contribuintes que tenham me-
nor patrimônio pessoal.
e) confiscar bens considerados supérfluos em relação aos contribuintes que apre-
sentem sinais externos de riqueza excessiva.
Letra d.
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O princípio da capacidade contributiva prevê que sempre que possível os impostos 
terão caráter pessoal e serão graduados conforme a capacidade econômica do con-
tribuinte (art. 145, par. 1º, CF/1988). Sendo assim, quanto menor a sua capacida-
de econômica, menor a alíquota aplicável.
Questão 43 (CESPE/AUDITOR/SEFAZ-RS/2018) Após regular processo adminis-
trativo, determinado auditor tributário aplicou multa a contribuinte, em decorrência 
do não recolhimento de imposto. O valor da multa corresponde ao dobro do mon-
tante não recolhido com base em previsão legal.
Nessa situação hipotética,
a) não se aplica o princípio do não confisco, porque não se pode confundir multa 
com tributo.
b) não se aplicará o princípio do não confisco caso haja previsão legal nesse sentido.
c) a redução da multa é condicionada à anulação do processo administrativo.
d) não é possível a redução do valor da multa por decisão judicial.
e) houve violação do princípio do não confisco, dado o valor da multa aplicada.
Letra e.
O gabarito desta questão está em conformidade com a jurisprudência do STF no 
sentido de que multas punitivas com valor maior do que 100% do tributo são con-
fiscatórias, veja a ementa do ARE 938538 AGR/ES:
EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAOR-
DINÁRIO COM AGRAVO. MULTA PUNITIVA DE 120% REDUZIDA AO PATAMAR 
DE 100% DO VALOR DO TRIBUTO. ADEQUAÇÃO AOS PARÂMETROS DA CORTE.
1. A multa punitiva é aplicada em situações nas quais se verifica o descum-
primento voluntário da obrigação tributária prevista na legislação pertinente. 
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É a sanção prevista para coibir a burla à atuação da Administração tributária. 
Nessas circunstâncias, conferindo especial destaque ao caráter pedagógico da 
sanção, deve ser reconhecida a possibilidade de aplicação da multa em per-
centuais mais rigorosos, respeitados os princípios constitucionais relativos à 
matéria.
2. A Corte tem firmado entendimento no sentido de que o valor da 
obrigação principal deve funcionar como limitador da norma sancio-
natória, de modo que a abusividade revela-se nas multas arbitradas 
acima do montante de 100%. Entendimento que não se aplica às multas 
moratórias, que devem ficar circunscritas ao valor de 20%. Precedentes.
3. Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista 
no art. 557, § 2º, do CPC/1973.
Questão 44 (VUNESP/INSPETOR FISCAL DE RENDAS/PREFEITURA DE GUARU-
LHOS-SP) O princípio da capacidade contributiva
a) veda a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico regional.
b) determina que todos tributos atendam às condições sociais e econômicas do 
contribuinte.
c) não se aplica ao Imposto de Importação de Produtos Estrangeiros, ao Imposto 
sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza e ao Imposto sobre Transmissão 
Causa Mortis e Doação.
d) não se aplica às contribuições de melhoria.
e) deve considerar a totalidade da carga tributária suportada pelo contribuinte, no 
mesmo exercício fiscal, inclusive contribuições parafiscais.
Letra d.
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Interpretando-se literalmente o art. 145, par. 1º, CF/1988 é possível identificar o 
gabarito da questão, tendo em vista que o texto constitucional dispõe que o princí-
pio será aplicável somente aos impostos.
Questão 45 (FCC/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-BA/2019) A Constituição Federal 
consagra o princípio da anterioridade anual, ou seja, a proibição de a Administração 
Fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a 
lei que os instituiu ou aumentou e consagra, também, o princípio da anterioridade 
nonagesimal ou noventena, que veda a cobrança de tributos antes de decorridos 
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Sobre este tema, a Constituição vigente estabelece que
a) o imposto sobre a renda deve observar os princípios constitucionais da anterio-
ridade anual e da anterioridade nonagesimal (noventena).
b) a anterioridade nonagesimal (noventena), prevista na Constituição Federal, apli-
ca-se à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos auto-
motores e do imposto sobre propriedade predial e territorial urbana.
c) o imposto sobre produtos industrializados observa o princípio da anterioridade 
nonagesimal (noventena), mas não observa o princípio da anterioridade anual.
d) os empréstimos compulsórios instituídos para atender a despesas extraordiná-
rias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e no 
caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional 
devem observar a anterioridade anual.
e) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observando o prin-
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cípio da anterioridade nonagesimal, não precisando observar a anterioridade anual, 
por expressa autorização constitucional.
Letra c.
a) Errada. O IR não deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal.
b) Errada. O princípio da noventena é exceção à fixação da base de cálculo do 
IPTU e do IPVA.
d) Errada. Apenas o empréstimo compulsório previsto no art. 148, I, CF/1988, 
instituído para atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade públi-
ca, guerra externa ou sua iminência, representa exceção aos princípios da anterio-
ridade anual e da anterioridade nonagesimal.
e) Errada. A contribuição para custeio do serviço de iluminação pública deve ob-
servar tanto o princípio da anterioridade anual, como o da anterioridade nonagesi-
mal.
Questão 46 (VUNESP/ANALISTA TRIBUTÁRIO FINANCEIRO/PREFEITURA DE 
SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/2018) A respeito dos princípios gerais do sistema 
tributário, assinale a alternativa correta.
a) Sempre que possível, os impostos terão caráter impessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte.
b) É vedado à administração tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e 
as atividades econômicas do contribuinte.
c) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.
d) Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tri-
butar.
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e) Lei ordinária poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo 
de prevenir desequilíbrios da concorrência.
Letra d.
a) Errada. Sempre que possível, os impostos terão caráter impessoal pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
b) Errada. Segundo o art. 145, par. 1º, CF/1988, é “facultado à administração tri-
butária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, res-
peitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e 
as atividades econômicas do contribuinte”.
c) Errada. Como aprendido na aula em aula anterior, taxas não poderão ter base 
de cálculo própria de impostos (art. 145, par. 2º, CF/1988).
d) Certa. Nos termos do art. 146, II, CF/1988.
e) Errada. Conforme previsto no art. 146-A, CF/1988, a espécie legislativa que 
poderá estabelecer os critérios especiais de tributação com o objetivo de prevenir 
desequilíbrios da concorrência é a lei complementar.
Questão 47 (VUNESP/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-SP/2018) Com relação à competên-
cia tributária e aos princípios e limitações constitucionais ao poder de tributar, 
é correto afirmar:
a) a Constituição prevê a progressividade não só para o Imposto de Renda mas 
também para o Imposto Territorial Rural e para o Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Urbana, e, com relação a estes, acrescentou previsão de confisco na hi-
pótese de não cumprimento da função social da propriedade.
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b) o Supremo Tribunal Federal tem adotado entendimento no sentido de que, em-
bora o confisco seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do con-
fisco deve ser utilizado para limitar o percentual de multa imposta ao contribuinte.
c) a competência tributária, nela compreendidas a competência legislativa para 
instituir e majorar tributos e a competência para fiscalizá-los e arrecadá-los, é in-
delegável, não recebidas pela atual Constituição as normas que dispunham em 
sentido contrário.
d) o princípio da anterioridade, tal como previsto no texto constitucional vigente, 
impede que qualquer imposto seja cobrado no mesmo exercício em que haja sido 
publicada a lei que o instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da 
data daquela publicação.
Letra b.
a) Errada. A CF/1988 não prevê exceção ao princípio da vedação ao confisco.
b) Certa. Conforme ementa de decisão do STF (já transcrita nesta aula) proferida 
no ARE 938538 AGR/ES: “A Corte tem firmado entendimento no sentido de que o 
valor da obrigação principal deve funcionar como limitador da norma sancionatória, 
de modo que a abusividade revela-se nas multas arbitradas acima do montante de 
100%”.
c) Errada. O CTN dispõe que as funções de arrecadar e fiscalizar os tributos po-
derão ser delegadas, tendo o referido dispositivo sido recepcionado pela CF/1988:
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arreca-
dar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas 
em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos 
termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
d) Errada. O princípio da anterioridade (que compreende a anterioridade anual 
e a anterioridade nonagesimal) é aplicável a todas as espécies tributárias, e não 
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somente aos impostos, tendo, o legislador constituinte previsto exceções a esse 
princípio.
Questão 48 (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) Em nosso sistema tributário a seleti-
vidade, em função da essencialidade dos produtos fabricados ou comercializados, 
é atributo exclusivo do
a) IPI.
b) ICMS.
c) IPI e do ICMS.
d) IR, do IPI e do ICMS.
e) IPI, do ICMS e do ISS.
Letra c.
O constituinte previu um critério a ser utilizado pelo ente tributante para aplica-
ção do princípio da isonomia, na prática, qual seja, o critério da seletividade, que 
representa a uma tributação de acordo com a essencialidade do bem, sendo mais 
gravosa para supérfluos, e menos gravosa para os itens mais necessários e indis-
pensáveis para os cidadãos, como os alimentos de cesta básica.
Os impostos que utilizam o critério da seletividade destacados na questão são o IPI 
e o ICMS, de modo que, conforme a CF/1988, o IPI deverá ser seletivo, e o ICMS 
poderá ser seletivo.
Questão 49 (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) A progressividade é uma técnica im-
positiva que, em nosso país, pode ser utilizada
a) em todos os tributos do nosso sistema tributário.
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b) nos impostos federais e municipais.
c) nos impostosque incidem sobre a renda e sobre o patrimônio imobiliário.
d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas.
e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo.
Letra c.
Ao tratarmos o princípio da isonomia e a progressividade, expusemos, inclusive, 
a sua aplicabilidade no imposto sobre a renda, que utiliza alíquotas maiores confor-
me for aumentando a renda da pessoa.
Questão 50 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Sobre a essencialidade 
do bem e o regime tributário a ele aplicável, em vista dos princípios constitucionais 
tributários,
a) a essencialidade do bem pode servir como exceção ao princípio da não cumula-
tividade.
b) o princípio da isonomia veda, taxativamente, qualquer consideração sobre a es-
sencialidade do bem e distinção tributária.
c) pelo princípio da uniformidade geográfica, os Estados ficam impedidos de consi-
derar a essencialidade do bem na disciplina dos tributos de sua competência.
d) pelo princípio da seletividade, pode-se garantir que a tributação seja maior ou 
menor, dependendo da essencialidade do bem.
e) o princípio da capacidade contributiva desloca o caráter da essencialidade do 
bem para o caráter pessoal da capacidade econômica do contribuinte.
Letra d.
O princípio da seletividade (aprendido nesta aula como “critério da seletividade” 
para aplicação do princípio da isonomia) leva em consideração a essencialidade do 
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bem para determinar a tributação incidente sobre ele, sendo menor para os bens 
mais essenciais, e maior para os supérfluos.
Questão 51 (FGV/ADVOGADO/AL-RO/2018) A União, desejando implementar 
política pública de fomento ao povoamento do interior do país, concedeu isenção 
de IPTU no território de alguns Municípios pouco populosos situados no Estado X.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A União pode conceder tal isenção, por ser ela a principal responsável pela pro-
moção das políticas de redução das desigualdades regionais, objetivo fundamental 
da República.
b) A União pode conceder tal isenção, desde que compense os Municípios afetados 
mediante transferências voluntárias.
c) A União pode conceder tal isenção, desde que por meio de resolução do Senado 
Federal aprovada por maioria absoluta dos senadores.
d) O Estado ABC, e não a União, é o ente federado competente para conceder tais 
isenções relativas a tributo de competência dos Municípios situados no território 
estadual.
e) A União não pode conceder tal isenção, por violar a autonomia municipal.
Letra e.
Segundo Princípio da vedação à isenção heterônoma prevista no art. 151, III, 
CF/1988, a União não pode instituir isenção de tributos estaduais/distritais/muni-
cipais.
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	Limitações ao Poder de Tributar
	Princípios Constitucionais Tributários
	Princípio da Legalidade
	Princípio da Isonomia
	Princípios da não Surpresa
	Princípio da Irretroatividade
	Princípio da Anterioridade
	Princípio da Vedação ao Confisco
	Princípio da Liberdade de Tráfego
	Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação
	Princípio da Isonômica Tributação da Renda nos Títulos da Dívida Pública e nos Vencimentos dos Funcionários Públicos
	Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas
	Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência e Destino
	Questões Comentadas em Aula
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5:por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção 
no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de importação de petróleo.
b) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a fixação das alíquotas 
máximas e mínimas do ISS por meio de Resolução do Senado Federal, aprovada 
por 1/3 dos Senadores.
c) Inafastabilidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, o aumento da base 
de cálculo do IOF por meio de decreto do Poder Executivo Federal.
d) Uniformidade Tributária, e não admite exceções.
e) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o restabe-
lecimento por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção 
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Limitações ao Poder de Tributar – Princípios
Profs. Diego Grazia e Lis Ribas 
no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de comercialização de álcool 
combustível.
Letra e.
A exigência e majoração de tributos por meio de lei se dá em razão do princípio da 
legalidade, tendo a CF/1988 previsto que não devem se sujeitar obrigatoriamente 
a ele:
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Imposto sobre a importação – II
Imposto sobre a exportação – IE
Imposto sobre produtos industrializados – IPI
Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários – IOF
CIDE-Combustível
ICMS-Combustível
Princípio da Isonomia
O Princípio da Isonomia é um princípio que certamente você já viu ao estudar 
o Direito Constitucional, previsto no art. 5º, CF/1988, visando garantir a igualdade 
entre todos os cidadãos, ao prever direitos e garantias conforme as peculiaridades 
de cada um.
No Direito Tributário, a aplicação do Princípio da Isonomia carrega a mesma es-
sência e está previsto no art. 150, II, CF/1988, proibindo o legislador constituinte 
que os contribuintes sejam tributados de maneira diferente se viverem realidades 
equivalentes:
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Profs. Diego Grazia e Lis Ribas 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função 
por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos 
ou direitos.
Em outras palavras, o texto constitucional prevê que aqueles que se su-
jeitam a situações equivalentes deverão ser tratados de forma igual (iso-
nomia horizontal), enquanto os que vivem em situações distintas, de for-
ma desigual (isonomia vertical).
O Imposto sobre a Renda – IR é bem interessante como exemplo para visuali-
zação do Princípio da Isonomia.
O IR é um imposto que tem alíquotas diferenciadas a serem aplicadas para cal-
cular o tributo devido, conforme o montante da renda ou provento do contribuinte.
Assim, se dois indivíduos recebem R$ 2.000,00 por mês, estes serão tributados 
com uma alíquota de 7,5%.
Se um deles passar a receber mais de R$ 4.664,68 a alíquota pula para 27,5% 
no valor que exceder a esse limite.
Note que temos aqui um excelente exemplo de isonomia. Trata-se igualmente 
os iguais, enquanto iguais – pois ambos recebem o mesmo valor mensal.
Conforme a renda vai se desigualando a justificativa da tributação diferenciada 
vai aumentando, mas claro, sempre conectada com a ideia de uma tributação justa 
e proporcional.
É isso, ademais, o que nos remete a um outro princípio, que até podemos cha-
mar de subprincípio do Princípio da Isonomia: o Princípio da Capacidade Contribu-
tiva, extraído do art. 145, par. 1º, CF/1988:
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§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados se-
gundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte.
Esse §1º do artigo 145 da Constituição Federal gerou enormes discussões dou-
trinárias e jurisprudenciais, entretanto, para fins de concurso você precisa ter ape-
nas algumas delas em mente.
Em primeiro lugar queremos que você entenda a ideia básica do dispositivo: 
graduar a tributação de acordo com a capacidade econômica do contribuinte é 
simplesmente cobrar mais de quem pode pagar mais e cobrar menos de quem não 
possui tantos meios.
Essa ideia é simples e faz todo o sentido, não? Quem pode pagar mais, paga 
mais. Quem não pode, paga menos. Realiza-se, pela ideia da capacidade con-
tributiva, o princípio maior da Isonomia.
Até aí tudo bem.
Ocorre que o §1º do artigo 145 limita essa percepção a uma espécie tributária 
apenas. Pela sua redação, a capacidade contributiva será observada quando da 
instituição de impostos. Mas e as outras espécies, como ficam? Poderão ir contra 
essa situação?
Calma. Atualmente o STF já decidiu: nada impede que a capacidade contributi-
va seja aplicada a QUALQUER TRIBUTO, mas em especial, tal princípio será aplica-
do aos IMPOSTOS.
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO: BASE 
DE CÁLCULO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, S.P. I. – O fato de um dos 
elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU – a metragem da 
área construída do imóvel – que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado 
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em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não 
quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU: o custo do ser-
viço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada 
caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, 
certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-
se, com isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do 
princípio da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, § 1º. 
II. – R.E. não conhecido. (RE 232393, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, 
Tribunal Pleno, julgado em 12/08/1999, DJ 05-04-2002 PP-00055 EMENT VOL-
02063-03 PP-00470).
Mas ainda há mais. Da análise do dispositivo acima, percebe-se que o cons-
tituinte destacou que não é sempre que os impostosserão graduados segundo a 
capacidade contributiva do contribuinte.
Vamos ler o dispositivo novamente:
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte.
O que se depreende é que há ocasiões em que haverá a cobrança de impostos, 
mas sua quantificação se dará independentemente da realidade fática e jurídica do 
praticante do fato gerador. Note que a redação do dispositivo atrai a aferição da 
capacidade econômica APÓS a delimitação do caráter PESSOAL do imposto.
Ou seja, afasta o princípio no caso dos impostos reais – IPTU e IPVA, por exem-
plo, pois o imposto aqui incide sobre um objeto, e não sobre a pessoa.
Assim, de acordo com a redação constitucional, via de regra são os impostos 
pessoais que estarão sujeitos ao Princípio da Capacidade Contributiva.
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A realização da capacidade contributiva nos impostos reais se dá, então, por 
meio da imposição de um critério de progressividade – quanto maior a base de 
cálculo, mais gravosa a alíquota.
A progressividade ajuda a realizar a ideia de ISONOMIA, tendo por base a capa-
cidade contributiva do indivíduo nos impostos pessoais.
Ficou mais tranquilo de visualizar agora por que o legislador constituinte afir-
mou por que “sempre que possível”? Simplesmente porque há situações em que a 
realidade do contribuinte não importa na operação.
Veja o caso do ICMS.
Ele incide sobre a mercadoria. Se um televisor custa R$ 2.000,00, independen-
temente de quem for comprá-la, o imposto será o mesmo.
O parágrafo primeiro em análise destaca que o que deverá ser analisado, para 
verificar a capacidade econômica do contribuinte, respeitados seus direitos e ga-
rantias individuais são: o seu patrimônio, os seus rendimentos e as suas atividades 
econômicas.
Nesse ponto, não haveria base para adotar uma progressividade de impostos 
reais, simplesmente porque não seria possível fazer essa mensuração.
Mas então não se poderia macular a ideia maior de ISONOMIA?
Para resolver tal problema, quando se fala de imposto real, geralmente o critério 
que ajuda a realizar o princípio da isonomia é o critério da SELETIVIDADE. Bens 
supérfluos, como pedras preciosas, por exemplo, sofreriam uma incidência mais 
gravosa do que gêneros alimentares de primeira necessidade.
Realiza-se a questão da capacidade contributiva, onerando o mais supérfluo, 
para, ao fim e ao cabo, tornar o sistema tributário mais isonômico.
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Note, entretanto, que não se pode afirmar que impostos reais não estarão su-
jeitos ao critério da progressividade. O que o STF já decidiu é que para que tais tri-
butos sejam progressivos é necessário, geralmente, que exista expressa disposição 
na Constituição.
Ocorre que essa posição está mudando atualmente. Vamos estudar o ponto com 
calma.
Antes de tudo, veja as seguintes súmulas do STF:
Súmula n. 668
É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC 29/2000, 
alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumpri-
mento da função social da propriedade urbana.
Súmula n. 656
É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto 
de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do 
imóvel.
Note que temos duas súmulas sobre impostos REAIS.
Na súmula 668 há possibilidade de instituição de imposto real progressivo ape-
nas APÓS a alteração constitucional da EC n.29/2000 que a tornou possível, com 
expressa menção na Lei Maior.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I – propriedade predial e territorial urbana;
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso 
II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n. 29, de 2000)
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Consti-
tucional n. 29, de 2000)
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000)
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Já a súmula 656 apenas ressalta a posição do STF que informa ser a instituição 
da progressividade nos impostos reais dependente de expressa previsão constitu-
cional. Como a Constituição não traz expressa essa possibilidade para o ITBI, o STF 
entende que não é possível a sua instituição progressiva.
Inobstante isso, em 2016 o STF avaliou a progressividade do ITCD (imposto 
sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos), tributo 
com características reais, de competência dos Estados e do Distrito Federal.
Não há na Constituição Federal autorização para a instituição de um ITCD pro-
gressivo. Independente disso, a Lei Maior defere ao Senado Federal a competência 
para a fixação de suas alíquotas máximas.
Ao realizar seu mister, o Senado delimitou que o tributo teria alíquotas progres-
sivas, independente de expressa previsão na Constituição (Resolução SF n. 9/92).
Com base na Resolução, o Estado do Rio Grande do Sul instituiu o ITCD com 
alíquotas progressivas, fato que gerou a sua impugnação judicial com base na po-
sição do Supremo a qual avalizava a instituição de imposto real progressivo apenas 
perante expressa previsão na Constituição Federal.
Pois bem. Ao avaliar a situação, o STF entendeu que a progressividade do ITCD 
não estava a ferir a Constituição e apontou para uma mudança geral de seu posi-
cionamento relacionado à progressividade e os impostos reais.
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI 
ESTADUAL: PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA DE IMPOSTO SOBRE TRANS-
MISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS. CONSTITUCIONA-
LIDADE. ART. 145, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRINCÍPIO DA 
IGUALDADE MATERIAL TRIBUTÁRIA. OBSERVÂNCIA DA CAPACIDADE CON-
TRIBUTIVA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.
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(RE 562045, Relator(a): Min. RICARDOLEWANDOWSKI, Relator(a) p/ Acór-
dão: Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 06/02/2013, REPER-
CUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-233 DIVULG 26-11-2013 PUBLIC 27-11-2013 
EMENT VOL-02712-01 PP-00001).
Em que pese isso, atualmente as súmulas trazidas na aula ainda estão em ple-
na validade e não foram canceladas. Para fins de prova, a posição a ser adotada é 
da literalidade das súmulas, bem como da posição que entende ser necessária a 
autorização constitucional expressa para a adoção da progressividade em impostos 
reais, com exceção, por óbvio do ITCD.
Questão 2 (FCC/ANALISTA/METRÔ-SP/2010) Um exemplo de tributo que atende 
ao chamado princípio da capacidade de pagamento é
a) a taxa cobrada pelo exercício do poder de polícia.
b) o Imposto de Renda das pessoas físicas.
c) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
d) o Imposto sobre Operações Financeiras.
e) o pedágio das estradas públicas.
Letra b.
Como visto um dos impostos que leva em consideração a capacidade contributiva 
para determinação da carga tributária devida por cada um é o Imposto sobre a 
Renda.
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Princípios da não Surpresa
Agora vamos falar sobre os Princípios da Não Surpresa, previstos no art. 150, 
III, alíneas a, b, c, que representam a garantia ao contribuinte de que não 
ele será obrigado a pagar um tributo sem qualquer programação.
Em outras palavras, o texto constitucional prevê como espécies do princípio 
da não surpresa os seguintes princípios: a) princípio da irretroatividade; b) 
princípio da anterioridade anual; e da c) princípio da anterioridade nona-
gesimal, os quais garantem, em regra, que os contribuintes não serão surpreen-
didos com a cobrança de um tributo.
Princípio da Irretroatividade
O Princípio da Irretroatividade está previsto no art. 150, III, a, CF/1988:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os hou-
ver instituído ou aumentado.
Com esta previsão o legislador constituinte visou garantir que primeiro deve o 
ente editar uma lei criando ou aumentando o tributo, e aguardar que esta entre em 
vigor para que possa cobrá-lo do contribuinte que praticar a ação que der origem 
à sua cobrança.
Esta determinação constitucional está em conformidade com o art. 5º, XXXVI, 
CF/1988 que dispõe que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada”, resguardando o contribuinte de que a previsão legal de 
instituição ou majoração de tributos não alcançará fatos passados.
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Em paralelo ao princípio da irretroatividade, o ente deve ainda respeitar o Prin-
cípio da Anterioridade Anual e o Princípio da Anterioridade Nonagesimal para cobrar 
o tributo.
Princípio da Anterioridade
Princípio da Anterioridade Anual
O Princípio da Anterioridade Anual está previsto no art. 150, iii, b, da CF/1988, 
e diz respeito à determinação de que o ente político somente pode cobrar o tributo 
no exercício financeiro seguinte àquele em que for publicada a lei que criá-lo ou 
aumentá-lo.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III – cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou. (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
Isso quer dizer, por exemplo, que se um Município instituir o ISS por meio de lei 
publicada em 01 de julho de 2020, somente poderá cobrá-lo em 2021.
Princípio da Anterioridade Nonagesimal
Já o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, previsto no art. 150, III, c, CF/1988, 
que deve ser aplicado em conjunto com os estudados acima, dispõe, ainda, que o 
tributo apenas pode ser cobrado 90 dias após a publicação da lei que instituiu ou 
aumentou.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III – cobrar tributos:
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c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 42, de 19.12.2003)
Visualize agora o princípio da anterioridade nonagesimal no que se refere à 
instituição ou aumento do ISS. Caso a lei municipal que institua ou aumente esse 
imposto fosse publicada em 01 de julho de 2020, a sua cobrança somente poderia 
ser feita a partir de 29 de setembro de 2020, 90 dias após a referida publicação.
Acontece que considerar que o citado imposto poderia ser cobrado em 28.09.2020 
contrariaria o princípio da anterioridade anual. É por isso que o final da alínea c, in-
forma que na observância da anterioridade nonagesimal é necessário se respeitar, 
ainda, a anterioridade de exercício.
Assim, a data que realmente o Município poderia cobrar o imposto, conforme o 
exemplo da aula, seria 01.01.2021.
Questão 3 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3ª/2014) A partir da noção acerca 
das limitações constitucionais ao poder de tributar,
a) a legalidade é uma regra absoluta quando se trata de instituição, majoração e 
redução de tributos, por alteração de base de cálculo ou de alíquota, salvo as ex-
ceções constitucionais.
b) na alteração que implique redução de tributo, beneficiando o contribuinte quer 
por alteração de base de cálculo, quer por alteração de alíquota, não se aplicam as 
regras da legalidade, anterioridade e irretroatividade.
c) a irretroatividade da lei tributária é uma regra absoluta, quer para criar, majorar 
ou reduzir tributos, independente de benefício ou prejuízo para o contribuinte.
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d) a anterioridade da lei tributária é uma regra que sempre deve ser aplicada no 
caso de modificação da lei que veicula tributo, salvo as exceções constitucionais.
e) limitam o exercício da capacidade tributária ativa para instituir ou modificador 
tributos, sendo considerados verdadeiros direitos fundamentais do contribuinte.
Letra b.
Os princípios constitucionaisdo art. 150, CF/1988 aplicam-se para a instituição e 
majoração dos tributos, mas não para a redução. Ademais, os princípios constan-
tes do dispositivo mencionado limitam o exercício da competência do ente político, 
e não da capacidade tributária ativa.
Exceções aos Princípios da Anterioridade Anual e da Anterioridade No-
nagesimal
Agora, querido(a) aluno(a), tendo compreendido o que é o princípio da anterio-
ridade e suas duas faces, é importante saber que há exceções a cada uma delas, 
o que, inclusive, é alvo de muitas questões de provas para concurso.
Os arts. 150, par. 1º, primeira parte, 177, § 4º, I, b, 155, §4º, IV e 195, §6º, 
todos da CF/1988, preveem as exceções ao Princípio da Anterioridade Anual:
Art. 150, § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos 
arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II.
Art. 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico re-
lativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás 
natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001)
I – a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, 
de 2001)
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b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto 
no art. 150, III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001)
Art. 155, § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela 
Emenda Constitucional n. 33, de 2001)
IV – as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito 
Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 33, de 2001)
Art. 195, § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas 
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
Conforme disposição expressa do texto constitucional supratranscritos, os tri-
butos previstos na tabela poderão ser cobrados no mesmo exercício que instituí-
dos/majorados:
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL
Imposto sobre a importação – II
Imposto sobre a exportação – IE
Imposto sobre produtos industrializados – IPI
Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários
Imposto extraordinário de guerra – IEG
Empréstimo compulsório para calamidade pública ou guerra externa
CIDE-Combustível
ICMS-Combustível
Contribuições da seguridade social
Quanto às exceções ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal (Princípio da No-
ventena), as previsões estão na CF/1988 no art. 150, §1º, segunda parte, CF/1988:
Art. 150, § 1º [...] e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos 
arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos 
previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, 
de 19.12.2003)
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Perceba que quanto a esses tributos, que são exceção ao princípio da noven-
tena, se a lei que os aumenta ou os institui for publicada em dezembro de 2020, 
por exemplo, o ente poderá cobrá-lo já no dia 01 de janeiro de 2021, já que não é 
necessário a observância ao prazo de 90 dias.
Repare que se a questão afirmar que o prazo do princípio da noventena é de 3 
meses, a questão estará errada. E se a questão trouxer datas e pedir para contar 
o prazo e você contá-lo como 3 meses, você errará a determinação da data correta 
para efetiva e constitucional cobrança do tributo. Lembre-se: o prazo é de 90 dias.
Segue tabela com as exceções ao princípio da anterioridade nonagesimal:
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
Imposto sobre a importação – II
Imposto sobre a exportação – IE
Imposto sobre a renda – IR
Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários – IOF
Imposto extraordinário de guerra – IEG
Empréstimo compulsório para calamidade pública ou guerra externa
Alterações na base de cálculo do IPTU e do IPVA
Agora, caro(a) aluno(a), acredito que tenha percebido que há tributos que es-
tão destacados como exceção ao Princípio tanto da Anterioridade Anual, como da 
Anterioridade Nonagesimal, o que significa dizer, que o tributo pode ser cobrado 
imediatamente após a publicação da lei que o instituir ou o aumentar.
Veja que os tributos que são a exceção aos dois princípios da anterioridade 
(anual e nonagesimal) são tributos extrafiscais, e, como foi visto na aula 1, esses 
são utilizados pelo governo com o intuito de regular a economia, incentivando ou 
desestimulando determinadas ações por parte dos contribuintes, o que faz sentido 
ter o legislador constituinte conferido ao ente político a possibilidade de cobrá-los 
com brevidade.
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Sobre o tema anterioridade já foi cobrada a súmula:
Súmula Vinculante n. 50
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se 
sujeita ao princípio da anterioridade.
Ressalte-se, ainda, que no que se refere à lei que revogar ou reduzir benefício 
fiscal, há uma certa controvérsia no âmbito do STF.
Repare que o Princípio da Anterioridade é decorrente da ideia da Não Surpresa. 
Assim, como o benefício fiscal parte do pressuposto que o tributo já está instituído, 
quando da sua revogação não haveria necessidade de prazo para o contribuinte se 
adaptar à nova situação, visto que ele já a conhecia anteriormente.
Por isso, o Tribunal Maior entendia que no caso de revogação de isenção não 
onerosa, não haveria necessidade de respeito ao princípio da anterioridade, poden-
do ser aplicável de imediato após a sua publicação.
ICM. Isenção não onerosa. Revogação. Imediata eficácia e exigibilidade do 
tributo. Salário-educação do princípio constitucional da anualidade. Recurso 
extraordinário conhecido pelo permissivo constitucional da alínea ‘d’, mas des-
provido. (RE 97482, Relator(a): Min. SOARES MUNOZ, Primeira Turma, julgado 
em 26/10/1982, DJ 17-12-1982 PP-13211 EMENT VOL-01280-07 PP-01792).
Inobstante essa posição, em 2014, o STF, em julgado que tratava sobre a revo-
gação de uma norma concessiva de uma outra espécie de benefício fiscal (redução 
de base de cálculo), entendeu de forma diferente. Ao julgar o Recurso Extraordiná-
rio 564.225, a Corte Maior decidiu que tal alteração no aspecto quantitativo do tri-
buto gerava ônus para o contribuinte, sendo necessário, nesse ponto a observância 
da anterioridadegeral e da nonagesimal.
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IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – DECRETOS N. 
39.596 E N. 39.697, DE 1999, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – REVO-
GAÇÃO DE BENEFÍCIO FISCAL – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – DEVER 
DE OBSERVÂNCIA – PRECEDENTES. Promovido aumento indireto do Imposto 
Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS por meio da revogação de 
benefício fiscal, surge o dever de observância ao princípio da anterioridade, 
geral e nonagesimal, constante das alíneas “b” e “c” do inciso III do artigo 150, 
da Carta. Precedente – Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionali-
dade n. 2.325/DF, de minha relatoria, julgada em 23 de setembro de 2004. 
MULTA – AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 
Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se 
a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo 
Civil. (RE 564225 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, jul-
gado em 02/09/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-226 DIVULG 17-11-2014 
PUBLIC 18-11-2014).
Questão 4 (FCC/ANALISTA DE GESTÃO CONTÁBIL/PREFEITURA DE RECIFE-
-PE/2019) A Constituição Federal estabelece várias limitações ao poder de tributar. 
De acordo com o texto constitucional,
a) o aumento do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU), imposto 
municipal, por meio de majoração de sua base de cálculo ou de sua alíquota, não 
está sujeito ao princípio da anterioridade de exercício financeiro.
b) o aumento do Imposto de Serviço Sobre Qualquer Natureza (ISSQN), por meio 
de majoração de base de cálculo, está sujeito aos princípios da irretroatividade, 
legalidade, anterioridade nonagesimal e anterioridade de exercício financeiro.
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c) a redução do Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), tributo 
municipal, por meio de diminuição de sua alíquota ou de sua base de cálculo, está 
sujeita ao princípio da anterioridade de exercício financeiro.
d) o aumento da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, de 
competência municipal, não está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal.
e) a cobrança de taxas estaduais não está sujeita aos princípios da irretroatividade, 
anterioridade nonagesimal e anterioridade de exercício financeiro.
Letra b.
a) Errada. Somente o aumento do IPTU por meio da majoração da base de cálculo 
é exceção ao princípio da anterioridade anual.
b) Certa. O aumento do ISS deve respeitar todos os princípios citados.
c) Errada. A CF/1988 prevê a aplicação do princípio da anterioridade do exercício 
nos casos de aumento e instituição dos tributos. Para sua redução não há necessi-
dade de respeitá-lo, já que é um benefício concedido ao contribuinte.
d) Errada. A COSIP não consta do rol dos tributos que não se sujeitam ao princípio 
da anterioridade nonagesimal.
e) Errada. A CF/1988 não previu exceção a esses princípios para a instituição/
majoração das taxas.
Princípio da Anterioridade e a Medida Provisória (MP)
Desde a primeira aula já tratamos sobre as medidas provisórias, afirmamos 
que elas representam uma espécie normativa que têm força de lei, que podem ser 
editadas em caso de relevância e urgência pelo Presidente da República, e que não 
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podem ter como objeto matéria que deva ser obrigatoriamente prevista por Lei 
Complementar (art. 62, CF).
Quando falamos sobre o princípio da legalidade destacamos os tributos que de-
verão ser instituídos por meio de Lei Complementar, recorde-se deles e lembre que 
eles não se sujeitarão ao dispositivo que será visto agora.
A CF/1988, em seu art. 62, par. 2º, prevê que:
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, 
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no 
exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia 
daquele em que foi editada. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 32, de 2001)
Primeiramente, quanto aos impostos excepcionados pelo dispositivo (II, IE, IPI, 
IOF e IEG), que são exceção ao princípio da anterioridade anual, não tem aplica-
bilidade a previsão acima, podendo eles ser cobrados no mesmo exercício em que 
editada a MP.
Já os demais impostos não poderão ser cobrados no mesmo exercício em que 
editada a medida provisória que os instituir ou os aumentar, ainda que tenha sido 
convertida em lei no respectivo exercício.
Ao estudar processo legislativo certamente você viu que a medida provisória 
editada pelo Presidente da República é encaminhada para o Congresso Nacional 
para sua conversão em lei, ou não.
No caso dos impostos, afirma o texto constitucional que os seus efeitos só serão 
produzidos para fins de aplicação do princípio da anterioridade, se convertida em lei 
até o último dia do exercício financeiro em que foi elaborada/publicada.
Perceba que quanto ao princípio da noventena o dispositivo supratranscrito não 
fez nenhuma referência, razão pela qual, 90 dias após a publicação da MP que ins-
tituir ou aumentar o imposto poderá o ente político cobrá-lo, caso ele seja exceção 
ao princípio da anterioridade anual.
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Note que o prazo para a contagem da noventena se dá da data da edição da 
medida provisória. Assim, se um imposto que está sujeito à anterioridade de 
exercício e à nonagesimal tiver sua alíquota majorada por MP em setembro e a MP 
for convertida em lei em dezembro sem alterações, a majoração já poderá ser exi-
gida no primeiro dia de janeiro do exercício seguinte.
Situação distinta ocorre se a conversão da MP em lei alterar de forma subs-
tancial o imposto. Nesse caso especial, o prazo da noventena passará a contar da 
publicação da LEI e não da MP.
No mesmo exemplo acima, se a conversão da lei em dezembro aumentar ainda 
mais a alíquota anteriormente prevista na MP, passa-se a contar o prazo para a ob-
servância da anterioridade nonagesimal de dezembro (momento da conversão em 
lei) e o tributo não poderá mais ser exigido no primeiro dia de janeiro.
Ressalte-se que embora o parágrafo 2º do art. 62 da Constituição só mencione 
os impostos, o STF considera que sua disposição alcançatodos os tributos.
Questão 5 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2016) O chefe 
do poder executivo, por meio de medida provisória aprovada no Congresso Nacio-
nal, majorou a alíquota do imposto sobre a renda das pessoas físicas. A nova lei, 
decorrente da medida provisória aprovada, produzirá efeitos
a) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei foi publicada, respei-
tando-se, também, o princípio nonagesimal (noventena), por se tratar do imposto 
sobre a renda, o qual deve observar as duas anterioridades constitucionais, ou 
seja, a anual e a noventena.
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b) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei, decorrente da medida 
provisória aprovada, foi publicada.
c) imediatamente, desde que seja promulgada e publicada de acordo com o pro-
cesso legislativo previsto na Constituição Federal.
d) após o prazo de noventa dias da data em que haja sido publicada a nova lei que 
majorou o imposto sobre a renda.
e) no mesmo dia da publicação da lei, tendo em vista a exceção prevista na Cons-
tituição Federal, ao tratar das regras sobre medida provisória.
Letra b.
Primeiramente, como o aumento de alíquota do IR não é obrigatoriamente objeto 
de lei complementar, pode ser objeto de medida provisória.
Nos termos do art. 62, par. 2, CF/1988, a nova lei (MP convertida) que majorar o IR 
será aplicada no exercício seguinte em que esta (a lei) for publicada, em respeito 
ao princípio da anterioridade anual.
Demais itens) Falsos. O IR sujeita-se ao princípio da anterioridade anual, mas não 
se sujeita ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Princípio da Vedação ao Confisco
O legislador constituinte ao prever o princípio da vedação ao confisco, no 
art. 150, IV, CF/1988, visou garantir que o ente político não utilize de seu poderio 
para cobrar do contribuinte além da carga tributária que este pode suportar.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV – utilizar tributo com efeito de confisco.
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Entende-se por confisco o fato de o Estado determinar valor abusivo como co-
brança de tributo a ponto de comprometer o patrimônio (propriedade, renda, por 
exemplo) do contribuinte e sua digna sobrevivência.
Nas palavras de Leandro Paulsen:
Carga tributária demasiadamente elevada pode comprometer o direito de propriedade e 
o próprio exercício da atividade econômica. Daí a relevância do dispositivo constitucio-
nal que veda a utilização de tributo com efeito de confisco.
Costuma-se identificar o confisco com a tributação excessivamente onerosa, insuportá-
vel, não razoável, que absorve a própria fonte da tributação.
Da análise do dispositivo previsto na CF/1988 não é possível identificar um con-
ceito determinado do que vem a ser confisco, razão pela qual o STF quando se de-
para com as situações avalia o caso concreto para chegar à conclusão se o tributo 
é confiscatório ou não.
Na referida análise se o tributo é confiscatório ou não, é preciso avaliar a carga 
tributária total de cada um dos entes isoladamente.
Ou seja, se a União – ente competente para tanto – cobra imposto de renda 
pessoa jurídica e contribuição social de determinado contribuinte isso poderá ense-
jar a caracterização do efeito confiscatório.
Não se pode, entretanto, alegar que a cobrança de IPI (imposto de competência 
da União) somada a de ICMS (imposto de competência do Estado) enseja tributa-
ção confiscatória.
Além disso, é importante saber que, embora a CF/1988 preveja que é vedada 
a cobrança de tributos com efeito de confisco o dispositivo constitucional nada 
menciona sobre as multas. Em que pese isso, estas já foram reconhecidas como 
confiscatórias pelo STF quando o percentual de sua cobrança ultrapassa 100% do 
valor do tributo.
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Ementa: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAOR-
DINÁRIO COM AGRAVO. ISS. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE. DESCUMPRI-
MENTO DO ÔNUS PROBATÓRIO. CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL DA CON-
TROVÉRSIA. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. DECADÊNCIA. 
INOCORRÊNCIA. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. IMPOSSI-
BILIDADE. SÚMULA 279/STF. MULTA PUNITIVA. PATAMAR DE 100% DO TRI-
BUTO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO CONFISCO. PRECEDENTES. 1. A resolu-
ção da controvérsia demandaria o reexame dos fatos e do material probatório 
constantes nos autos, o que é vedado em recurso extraordinário. Incidência 
da Súmula 279/STF. Precedentes. 2. O Tribunal de origem solucionou a contro-
vérsia com fundamento na legislação infraconstitucional e no conjunto fático 
e probatório, o que é inviável em sede de recurso extraordinário. Preceden-
tes. 3. Quanto ao valor máximo das multas punitivas, esta Corte tem 
entendido que são confiscatórias aquelas que ultrapassam o percen-
tual de 100% (cem por cento) do valor do tributo devido. 4. Nos termos 
do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba hono-
rária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, 
do CPC/2015. 5. Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação da 
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015. (ARE 1058987 AgR, Rela-
tor(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 01/12/2017, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-289 DIVULG 14-12-2017 PUBLIC 15-12-2017).
Questão 6 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2009) Conforme o 
art. 3º do CTN, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em 
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
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Partindo da premissa de que o conceito de tributo previsto no Código Tributário 
Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e fazendo uma inter-
pretação sistemática do Código Tributário Nacional inserido na ordem constitucional 
vigente, é correto afirmar que no conceito legal de tributo é possível identificar al-
guns dos denominados “princípios constitucionais tributários”. São identificáveis no 
conceito legal de tributo os princípios
a) da capacidadecontributiva e da uniformidade geográfica.
b) da isonomia e da liberdade de tráfego.
c) da capacidade contributiva e da anterioridade.
d) da anterioridade e da irretroatividade.
e) da legalidade e da vedação ao efeito de confisco.
Letra e.
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei -> Princípio da 
legalidade.
Tributo não constitui sanção de ato ilícito -> Princípio de vedação ao confisco.
Princípio da Liberdade de Tráfego
Como o próprio nome diz, o princípio da liberdade de tráfego trata do direito de 
ir e vir dos cidadãos no território brasileiro, e está previsto no art. 150, V, CF/1988:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte-
restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo Poder Público.
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Veja que o legislador constituinte fez uma ressalva, autorizando que seja co-
brado pedágio pela utilização das vias conservadas pelo Poder Público. Se uma 
questão trouxer a literalidade da lei, considere-a correta, no entanto, se o enuncia-
do trouxer considerações quanto à natureza jurídica do pedágio e jurisprudência, 
recorde-se do visto na aula passada de que o pedágio foi reconhecido como preço 
público/tarifa pelo Supremo Tribunal Federal:
O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo poder 
público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da 
Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas, sim, de preço 
público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio 
da legalidade estrita. [ADI 800, rel. min. Teori Zavascki, j. 11-6-2014, P, DJE 
de 1º-7-2014.].
Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação
O princípio da uniformidade geográfica da tributação garante que a cobrança 
de tributos pela União será feita igualitariamente entre os contribuintes, indepen-
dentemente do Estado/Município em que estiverem, e está previsto no art. 151, I, 
CF/1988:
Art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover 
o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
Reconhecendo as diferenças sociais e econômicas entre diversas regiões do 
país, o legislador constituinte autoriza que sejam concedidos incentivos fiscais às 
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Limitações ao Poder de Tributar – Princípios
Profs. Diego Grazia e Lis Ribas 
regiões menos favorecidas, a fim de tentar equilibrar a sua realidade com a das 
mais desenvolvidas.
Ademais, perceba que o referido princípio está em sintonia com o princípio da 
isonomia no intuito de buscar uma cobrança tributária justa para todos.
Princípio da Isonômica Tributação da Renda nos Títulos da 
Dívida Pública e nos Vencimentos dos Funcionários Públicos
Este é mais um princípio decorrente da aplicação do princípio da isonomia e que 
visa garantir que a União não se beneficie em detrimento dos outros entes federa-
tivos (Estados/Municípios/DF).
Com este tributo o legislador constituinte proíbe que a União tribute de forma 
mais gravosa do que o aplicável para si: (i) as rendas dos títulos da dívida pública 
dos Estados e Municípios; e (ii) os proventos recebidos pelos agentes públicos es-
taduais/municipais:
Art. 151. É vedado à União:
II – tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes 
públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas
A depender da sua trajetória no mundo dos concursos, se iniciante, acreditamos 
que ainda não saiba o que é isenção, não é mesmo? O assunto será estudado mais 
adiante em nosso curso, de modo que, por enquanto, basta você compreender que 
isenção é a liberação do pagamento do tributo após a ocorrência do fato gerador e 
da respectiva obrigação tributária.
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Além disso, é importante que você saiba que somente o ente competente para 
instituir o tributo é que pode prever a sua isenção.
Neste sentido, o princípio da vedação às isenções heterônomas, previsto no 
art. 151, I da CF/1988proíbe que a União conceda isenção de um tributo distrital, 
estadual ou municipal:
Art. 151. É vedado à União:
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios.
Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência e 
Destino
O princípio federativo do direito constitucional que confere tratamento isonômi-
co entre os entes tributários é contrário a favorecimentos a um ente federativo em 
detrimento do outro.
Já pensou se, por exemplo, o Estado do Rio de Janeiro pudesse estabelecer uma 
alíquota de ICMS maior para as mercadorias que advém de São Paulo? Isso feriria 
o pacto federativo e injustamente reduziria as operações de venda dessas merca-
dorias de São Paulo para o Rio de Janeiro, acarretando, assim, na chamada guerra 
fiscal.
Foi com o intuito de assegurar que não haverá discriminação quanto à origem e 
quanto à destinação das mercadorias e serviços que o legislador constituinte previu 
o princípio da não discriminação em razão da sua procedência e destino no art. 152 
da CF/1988:
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer dife-
rença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua proce-
dência ou destino.
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA
Questão 1 (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2013) O art. 150, I, da 
Constituição Federal, estipula que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí-
pios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Este dispositivo enuncia 
o Princípio da:
a) Uniformidade Tributária,

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