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Aula 1 - Aula Inaugural e Revisão de Anatomia Respiratória

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FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
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PLANO DE ENSINO
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
Proporcionar aos discentes, embasamento teórico-prático para que possa desenvolver atividades de prevenção e intervenção fisioterapêutica em pacientes acometidos por enfermidades do sistema respiratório, no âmbito ambulatorial e/ou hospitalar, associando conhecimentos morfológicos, fisiológicos e semiológicos à clínica.
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PLANO DE ENSINO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Possibilitar o conhecimento amplo sobre a estrutura e utensílios de um ambulatório e enfermaria de Fisioterapia Respiratória e suas correlações com a atuação do fisioterapeuta junto à equipe multiprofissional.
Proporcionar a associação de princípios básicos da Fisioterapia Respiratória às características do paciente enfermo sob o ponto de vista fisiopatológico, ventilatório e funcional. 
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PLANO DE ENSINO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Possibilitar que os discentes desenvolvam conhecimentos específicos a fim de compreender a importância das abordagens preventiva e terapêutica nas diversas alterações funcionais, com o objetivo de realizar o fisiodiagnóstico e programar o tratamento fisioterapêutico adequado a cada caso.
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PLANO DE ENSINO
INDICAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO:
BRITTO, R. R.; BRANT, T. C. S.; PARREIRA, V. F. Recursos Manuais e Instrumentais em Fisioterapia Respiratória. Manole. 2. ed. p.343, 2014.
PRYOR, J.A.;WEBBER,B.A. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Cap.8 p.97-150.
SCANLAN, C.L. Fundamentos da terapia respiratória de Egan. São Paulo: Manole/Mosby, 2009.cap. 32 p.705-737 cap.34 p.761-796.
SARMENTO, G.,J.,V. Fisioterapia Respiratória no Paciente Crítico:rotinas clínicas. São Paulo: Manole, 2009. 
TARANTINO, A.B. Doenças Pulmonares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
ULTRA , R.B. Fisioterapia Intensiva. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
PRESTO, B.P; PRESTO, L.D.N. Fisioterapia Respiratória: uma nova visão. Rio de Janeiro: BP. 2005. 
ROCCO, P. R.M; ZIN, W. Fisioterapia: teoria e prática clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
 
TURK, W.E.; CAHALIN, L. P. Fisioterapia Cardiorrespiratória. Porta Alegre: Artmed, 2007.
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ATIVIDADE ESTRUTURADA
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ATIVIDADE ESTRUTURADA
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ATIVIDADE ESTRUTURADA
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REVISÃO DE ANATOMIA RESPIRATÓRIA
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Caixa Torácica
	É um arcabouço esquelético que protege o coração, pulmões, esôfago, traqueia, veias, artérias e nervos, é composto de:
 Esterno
 Vértebras torácicas 
Discos intervertebrais
 Costelas
 Cartilagens costais
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Caixa Torácica
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Esterno
Possui 4 pontos de ossificação (3 pontos ao nível do corpo e 1 ao nível do apêndice xifoide), os quais permitem seu crescimento.
Ossificação prematura - Pectus carinatum
Composição:
 Manúbrio - se articula com a clavícula e com a parte superior das duas primeiras cartilagens costais. Serve de inserção para os músculos peitoral maior e ECM. 
 Corpo - articula com o manúbrio através da sincondrose manúbrioesternal, o que proporciona uma pequena quantidade de movimento angular durante a respiração. Se articula também com a 2° a 7° cartilagens costais. 
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Esterno
Apêndice Xifoide - fina lâmina de cartilagem hialina que pode ossificar na idade adulta, serve de inserção para o músculo reto abdominal.
 Fúrcula Esternal
 Ângulo de Louis - corresponde à bifurcação da traqueia – carina.
 Ângulo de Charpy - formado pelas costelas inferiores e apêndice xifoide.
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Costelas
Classificação:
 Verdadeiras (1 a 7)
 Falsas (8 a 10)
 Flutuantes (11 e 12)
 Na margem inferior das costelas passam os vasos e nervos intercostais.
 
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Costelas
Articulações:
 Costovertebral
 Esternocondral ou condroesternal
 Costocondral ou condrocostal
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Arcos Costais
Movimentos:
 Braço de bomba - Alça de balde
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Visão do Tórax
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Visão Anterior do Tórax
Linhas Horizontais:
 Linha clavicular (acima da clavícula)
 Linha da 3ª costal (abaixo da 3ª costela na raiz da axila)
 Linha da 6ª costal (na altura do apêndice xifoide)
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Visão Anterior do Tórax
Linhas Verticais:
Linha médio-esternal
Linha esternal (borda lateral do esterno)
Linha hemiclavicular ou médio-clavicular (em cima do mamilo)
Linha axilar anterior
Linha para-esternal (entre a hemiclavicular e a esternal)
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Visão Anterior do Tórax
Regiões:
Esternal
Supraesternal
 Supra clavicular (acima da clavícula)
 Infra clavicular (entre a clavícula e a 3ª costal)
 Mamária (entre a 3ª costal e a 6ª costal)
 Infra mamária (abaixo da 6ª costal)
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Visão Lateral do Tórax
Linha axilar anterior 
Linha axilar média
Linha axilar posterior
Região axilar
Região infra-axilar
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Visão Posterior do Tórax
Linhas horizontais:
 Linha escapular superior ou escápulo-umeral
 Linha escapular inferior
 Linha da 12ª costal
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Visão Posterior do Tórax
Linhas verticais:
Linha vertebral ou espinhal
Linha escapular (borda medial da escápula)
Linha axilar posterior
Linha paravertebral (entre a vertebral e a escapular)
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Regiões:
 Supra-escapular externa
 Supra-escapular interna
 Escapular
 Escápulo-vertebral
 Infra-escapular externa
 Infra-escapular interna
Visão Posterior do Tórax
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Sistema Respiratório
O sistema respiratório se inicia na cavidade nasal e oral.
O trato respiratório é dividido em trato respiratório superior (cavidade nasal, cavidade oral, faringe e laringe) e trato respiratório inferior (traqueia até a 23° GB).
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Via Aérea Superior - nariz até traqueia extratorácica.
Via Aérea Proximal - traqueia intratorácica até 6°/7° GB.
Via Aérea Média - 7°/ 8° GB até 17°/18° GB.
Via Aérea Periférica -17°/18° GB até 23° GB. 
Sistema Respiratório
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Área de Secção Transversa
Área de Secção Transversa - soma do diâmetro dos segmentos. 
Pequena - vai de cavidade nasal até 6°/7° GB, compreende a via aérea superior e proximal. 
Pequeno número de segmentos
Grande diâmetro 
Fluxo turbulento em alta velocidade
Grande - vai da 7°/8° GB até a 23° GB, compreende a via aérea média e periférica. 
Grande número de segmentos
Pequeno diâmetro 
Fluxo laminar em baixa velocidade
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Trato Respiratório Superior
Constituição:
 Cavidade nasal
 Cavidade oral
 Faringe
 Laringe
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 Trato Respiratório Superior
Funções:
 Condução de gases
 Umidificação do ar
 Aquecimento do ar
Mecanismo de defesa – cílios
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 Cavidade Nasal
Principal entrada de ar.
Principal barreira bacteriostática é realizada pelos pêlos nasais (vibriças). 
O nariz externo é formado pelo processo frontal da maxila, ossos nasais, cartilagem, tecido gorduroso, asas e pêlos.
O nariz é dividido pelo septo em cavidade nasal direita e esquerda. 
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 Cavidade Nasal
Estruturas:
Raiz ou ápice 
Dorso
Narinas - abertura externa + aleta nasal
Coanas - direcionar o fluxo aéreo da cavidade nasal para a faringe; impedir que o fluxo retrógrado do estômago atinja a cavidade nasal. 
Cornetos
Superior
Médio
Inferior
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Funções:
 Filtrar
 Aquecer
 Umidificar
 Olfação
 Cavidade Nasal
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 Seios Paranasais
Frontais
Maxilares
Etmoidais
Esfenoides
Funções
Diminuir o peso do crânio;
Ressonância da voz;
Contribuir para o aquecimento do ar;
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Sinusite
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Sinusite
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 Cavidade Oral
Via de entrada de ar de suplência, só é usada quando há obstrução na cavidade nasal. 
As glândulas salivares têm ação bactericida, a respiração oral predispõe à gengivite. 
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 Cavidade Oral
Funções:
 Digestão
 Fonação
 Respiração
Palato - separa a cavidade nasal da oral
Úvula - tecido linfoide
Língua - principal conteúdo da cavidade oral. Músculo estriado coberto por membrana mucosa. 
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Faringe
Tubo fibromuscular que se estende da base do crânio ao esôfago. Tem forma de leque onde a parte superior é mais larga e inferior, mais estreita.
Mede  12 cm
Órgão comum a deglutição e a respiração
Se divide em:
 Nasofaringe - que se comunicação com o ouvido médio – Tuba de Eustáquio ou Tuba Auditiva.
 Orofaringe
 Laringofaringe
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Laringe 
Membrana mucosa apoiada por cartilagem fibrosa, se estende da laringofaringe até a traqueia. 
Mede  5 cm – se estende do osso hioide até a traqueia.
Funções: 
Servir de “passagem” para a traqueia
Fonação
Proteção das vias aéreas inferiores
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Laringe 
Cordas vocais - responsáveis pela fonação
Abduzidas durante a respiração.
Aduzidas durante a deglutição.
Adução e abduzidas durante a fonação.
Glote parte medial mais estreita - leva ao trato respiratório inferior
Epiglote
Cartilagem Cricoide - última cartilagem, ao nível de C6. É o único anel cartilaginoso completo ao redor da traqueia.
Ligamento cricotireóide - cricotireotomia.
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Cricotireotomia
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Cordas Vocais
Funções:
Fonação;
Manter a PEEP fisiológica;
Pregas Vestibulares: auxiliam a função das cordas vocais verdadeiras.
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Cordas Vocais
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Tecidos das Vias Aéreas Condutoras
Mucosa:
 Epitélio colunar ciliado pseudo-estratificado (até bronquíolo)
 Mecanismo de defesa
 1 a 2 milhões de cílios / cm2 de mucosa
 Onda metacronal (batimento ciliar sincronizado – velocidade de 1 a 2 cm/min) que se propaga em sentido ligeiramente oblíquo em direção da orofaringe. 
 O sono diminui a drenagem mucociliar, enquanto o exercício físico a aumenta. 
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Tecidos das Vias Aéreas 
Condutoras
Submucosa:
 Glândulas brônquicas (muco), capilares, músculo liso, tecido elástico, mastócitos.
 Cartilagem - suporte estrutural das grandes vias aéreas. As pequenas vias aéreas dependem dos gradientes de pressão transmural e da tração elástica para permanecerem abertas. 
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Adventícia:
Artérias brônquicas, veias, nervos, linfáticos e tecido adiposo.
 Tecidos das Vias Aéreas 
Condutoras
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 Tecidos das Vias Aéreas
 Condutoras
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 Trato Respiratório Inferior
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Traqueia
 Mede  12 a 16 cm, se estende de C4 a T4/T5.
Contém a maior quantidade de receptores de tosse
 16 a 20 anéis cartilaginosos em forma de ferradura.
 Início - cartilagem cricóide (C6)
 Término - carina (T5-T6 ou 2ª cartilagem costal)
 Trato Respiratório Inferior
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 Trato Respiratório Inferior
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 Trato Respiratório Inferior
Brônquios
Vão se ramificando à medida em que se distanciam da traqueia em brônquios principais; brônquios lobares; brônquios segmentares; brônquios subsegmentares; bronquíolos; bronquíolos terminais; bronquíolos respiratórios e posteriormente se ramificam em ductos alveolares; sacos alveolares e alvéolos.
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 Trato Respiratório Inferior
Ductos alveolares: são ramificações dos bronquíolos respiratórios totalmente revestidos de alvéolos. 
Sacos alveolares: contêm dois ou mais alvéolos.
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Brônquios principais:
 Direito
Menor
Largo
Verticalizado
 Trato Respiratório Inferior
 Esquerdo 
Maior 
Estreito
Horizontalizado
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 Trato Respiratório Inferior
Vias Aéreas de Condução:
Cavidades nasais; faringe; laringe; traqueia; brônquios principais; brônquios lobares; brônquios segmentares; brônquios subsegmentares; bronquíolos e bronquíolos terminais. 
Função:
Condução do ar.
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 Trato Respiratório Inferior
Zona de Transição:
Bronquíolos respiratórios
Função:
Condução do ar e troca gasosa.
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 Trato Respiratório Inferior
Zona Respiratória:
Ductos alveolares e sacos alveolares. 
Função:
Troca gasosa.
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Pulmões 
Formato de cones
Peso ± 800 gr com 90% ar e 10% tecido
Se estendem do diafragma até 1 a 2 cm acima das clavículas.
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Ápice
Hilo
Base
Pulmões 
 Fissuras transversa e oblíqua
 Pulmão D – lobos superior, médio, inferior
 Pulmão E – lobos superior, inferior
Visão Anterior
Visão Posterior
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Pulmões – Lobos
Visão anterior 
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Pulmões – Lobos
Visão posterior 
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Pulmões
	D
Lobo Sup.:
Lobo Médio:
Lobo Inf.:
 Apical
 Posterior
 Anterior
 Lateral
 Medial
 Superior ou Apical
 Basal Anterior
 Basal Posterior
 Basal Lateral
Basal Medial
		E
Lobo Sup.:
Lobo Inf.:
 Ápico Posterior
 Anterior
 Lingular Superior
 Lingular Inferior
 Superior ou Apical
 Basal Anterior
 Basal Posterior
 Basal Lateral
 Basal Medial
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Pulmões
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Pleura
 Membrana serosa, brilhante e escorregadia
 Visceral – recobre os pulmões – fissuras
 Parietal – reveste a parede torácica
 Porções
Pleura costal
Pleura mediastinal
Pleura diafragmática
O líquido pleural é formado pela pleura parietal e absorvido pela pleura visceral. 
Ângulo costofrênico – formado pela pleura costal e diafragmática.
Pleuras 
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Pleuras 
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Alvéolos
Alvéolos - unidade final do sistema respiratório
	
Crescem até os 8 anos em tamanho e funcionalidade
300 milhões de alvéolos em cada pulmão
Área: 40 a 100 m2
Pneumócitos I - células finas e achatadas que revestem os alvéolos.
Poros de Kohn 
Pneumócitos II - fonte surfactante pulmonar; podem dar origem aos pneumócitos tipo I. 
Macrófago alveolar - são produzidos na medula óssea e transportados aos pulmões pelo sistema circulatório – responsáveis pela fagocitose.
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Membrana alvéolo-capilar
Canais de Lambert – brônquio-alveolar
Canais de Martin - interbroquiolar
Alvéolos
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Poros de Kohn
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Alvéolos
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Alvéolos
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Irrigação vascular
Circulação pulmonar
As vias aéreas, pleura e tecido conjuntivo do pulmão são vascularizados pela circulação sistêmica através das artérias brônquicas. 
Os alvéolos são envolvidos pela circulação pulmonar através de uma rede de capilares.
A irrigação da zona condutora é feita pela artéria pulmonar e artéria brônquica.
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Irrigação vascular
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, M. Fisioterapia Respiratória – Fundamentos e Contribuições. Revinter. 5ed. p. 355, 2001.
IRWIN, S.; TECKLIN, J. S. Fisioterapia cardiopulmonar Ed. Manole Ltda. p.570, 1994.
PRYOR, J. A.; WEBBER, B. A. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos. Guanabara Koogan. 2ed. p.366, 2002.

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