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Psicopatologia Especial 
 
Sua diferença do psicopatologia geral é que se aprofunda mais, 
mais dinâmico, levando em consideração a história de vida, afetos, 
relações sociais e parentais, entre outros. 
 
Psicanálise e Psiquiatria 
A psiquiatria não aplica os meios técnicos da psicanalise, aponta 
para hereditariedade, genética e distante. 
 
A concepção psicanalítica é um sistema baseado na experiência, 
expressão direta da observação ou resultado da elaboração da 
experiência. 
 
Se complementam, um não pode calar o outro. 
 
A psiquiatria não é contra a psicanálise, são os psiquiatras 
 
Psicanálise tem o intuito de investigar o mecanismo interno da vida 
psíquica. 
 
Uma bos psiquiatria com profundidade científica necessita de um 
bom conhecimento dos processos mais profundos e inconscientes, 
que se desenvolvem na vida psíquica. 
 
Normalidade passa por um referencial moral e cultural 
 
O cubo é como a realidade quando você olha um lado está 
deixando de ver o outro. 
 
Desconstroi um pouco a ideia de diagnóstico. 
 
Ideias delirantes 
Inacessíveis a argumentos lógicos extraídos da realidade. 
 
Se não puder ser eliminada com referência na realidade, é provável 
que não tenha origem na realidade. 
 
 
A ideia delirante é necessária como reação a um processo psíquico 
inconsciente. 
 
Se revela plêiade sentido, com boa motivação e se insere no 
contexto de uma vivência afetiva. 
 
Sintomas 
 
A vida não tem equilíbrio só equilibristas 
 
Nos equilibramos nos construtos, nos sintomas, entre outros. 
Às vezes nos equilibramos no sintoma, ele tem uma função e não 
deve ser retirado sem saber a causa. Se for retido a pessoa se 
desequilibra. 
 
Possui sentido e guarda relação com as vivências do enfermo. 
 
 
Não se pode subestimar os sintomas. 
 
Devemos ter empatia sobre uma situação que não é nossa. 
 
Não podemos reduzir apenas a questão biológica. 
 
Devemos entender o sentido do sintoma e o que o causou. 
 
O Sintoma tem função e sentido frente aos impulsos sexuais. 
 
Todo sintoma tem um ganho secundário, pode nos proteger de uma 
realidade que está nos ameaçando. 
 
Quanto mais individualizada a construção do sintoma, maior será 
nossa esperança de estabelecer tal relação. 
 
Neurose/Psicose 
Toda neurose perturba de algum modo a relação do doente com a 
realidade. 
 
Resultado de uma repressão mal sucedida. 
 
É um meio para o doente se retirar da realidade. Enquanto na 
psicose há uma perda da realidade. 
 
Dois estágios da psicose: Arrancar o eu da realidade e corrigir o 
dano, restabelecendo a relação com a realidade às custas do eu. 
 
 
 
Neurose obsessiva 
Se manifesta quando doentes são tomados por pensamentos nos 
quais eles não possuem interesse, impulsos que lhe parecem 
estranhos e levados a ações que não geram prazer. 
 
Pensamentos: Indiferentes para o indivíduo, ridículos. 
 
Se vê obrigado a refletir e especular como se fosse a tarefa mais 
importante de sua vida. 
 
Pode deslocar a obsessão, mas não eliminá-las. 
 
Insanidade 
Até que ponto os nossos transtornos mentais são causados pela 
sociedade, cultura, tempo/era. 
 
Insanidade é um julgamento moral que aprisiona. 
 
As instituições têm poder de ditar o que é anormal. 
 
Personalidade 
Três extensões: 
● Corporal (hereditária e fisiológica); 
● Temperamental (tendências inatas, genética); 
● Caráter (social e conjunto de rações exibidas). 
 
Constituição corporal 
 
● Responsável pelo aspecto corporal do indivíduo 
(anatômicos, fisiológicos e endócrinos). 
● Significativa influência sobre as experiências psicológicas 
da pessoa ao longo da vida 
 
Caráter 
● Conjunto de elementos da personalidade de base 
psicossocial e sociocultural, aspectos da experiência 
psicológica desde cedo 
● Resulta do temperamento moldado, modificado e inserido 
no meio familiar e sociocultural. 
● Aspectos psicológicos. 
● Pode se desenvolver no sentido oposto do temperamento 
como sobrecompensação psíquica. 
 
Tipologias humanas ou padrões de personalidade 
A primeira tipologia desenvolvida foi hipocrático-galênica, 
essencialmente ambientalista. 
 
Tipologia de JUNG= Estrutura e o funcionamento do psiquismo e 
da personalidade humana, duas atitudes básicas, extroversão e 
introversão. Direção fundamental da energia psíquica. 
Extroversão = Libido flui sem embaraço ou dificuldade em direção 
aos objetos externos 
Introversão = Libido recua diante dos objetos externos, voltado 
para o seu interior, de onde vem suas referências. 
 
Freud = Fixações infantis da libido em modos pré genitais e a 
tendência a regressão determinam, os diversos tipos de neurose e 
o perfil de personalidade do adulto 
Personalidade é marcada pelo modo que se estrutura o desejo 
inconsciente e como o ego lida com os conflitos 
Modelo de cinco grandes fatores 
Maior sucesso empírico. 
 
5 agrupamentos: 
● Extroversão/introversão 
● Neuroticismo/Estabilidade emocional 
● Responsabilidade/Desinibição 
● Sociabilidade/Antagonismo 
● Abertura à experiência/fechamento 
 
Estes cinco domínios tem facetas que podem ser analisadas 
separadamente. 
Modelo de personalidade de Robert Cloninger 
Base teórica explícita, que visa integrar o temperamento ao caráter, 
produzindo a personalidade. 
 
Quatro dimensões de temperamento, de natureza genética e 
neuroquímica: 
● Procura por novidades (tendência herdada para excitação 
e exaltação perante estímulos); 
● Evitação de danos (tendência inata de responder com 
intensidade a sinais de estímulos aversivos, pessimista e 
evita menores riscos); 
 
● Dependência de gratificação ou recompensa 
(dependência de apoios emocionais e entidade, sensíveis à 
rejeição); 
● Persistência (ambição e perseverança, manter 
comportamento mesmo após não ter mais reforço). 
 
Carter é concebido como aspectos da personalidade, por meio das 
experiências, hábitos , surge da interação do temperamento com a 
história pessoal. 
 
 Dimensões: 
● Autodirecionamento: percebe a si mesmo como 
autônomo, ser responsável e estabelecer objetivos; 
● Cooperatividade: Perceber outras pessoas com seus 
interesses. 
● Transcendência: Espiritualidade, auto aceitação, 
percepção de si mesmo como parte integral de uma 
realidade ampliada. 
 
Transtornos de personalidade 
É considerado transtorno se impacta na qualidade de vida. 
 
Modo característico de como as pessoas pensam, sentem, se 
comportam e se relacionam. 
 
Autores trazem quase sempre uma dualidade eu - outro, 
introvertido - extrovertido. 
 
São 10 tipos principais de transtornos de personalidade. 
Se enquadram em 3 grupos A,B e C. 
 
Padrões: 
A: esquisitos e/ou desconfiados 
B: Instáveis e/ou manipuladores e/ou centro das atenções 
C: Ansiosos e/ou controlados-controladores 
 
Grupo A: 
● Esquizóide(distanciamento) 
● Paranoide 
● Esquizotípico 
 
Grupo B: 
● Borderline (emocionalmente instável) 
● Antissocial 
● Histriônico 
● Narcisista 
 
Grupo C: 
● Anancástico ou obsessivo 
● Dependente 
● Evitativo. 
 
Muitas vezes os transtornos se sobrepõem. Isto é chamado de 
coocorrência de diagnóstico e limitação da validade discriminativa 
de tais categorias. 
 
Muitas vezes o diagnóstico se aproxima de um julgamento moral 
 
Na psicanálise o ego é como se fosse um espelho de dualidade do 
seu reconhecer. 
 
 
Se não houvesse conflitos de dualidade, não haveria energia, ou 
seja, vida psíquica. 
 
Jung: Persona(representa máscaras sociais) seriam as defesas. 
 
Para Schneider, personalidades anormais não são doenças 
mentais. 
 
 Produzem consequências para o indivíduo e para quem está à sua 
volta. 
 
Não são facilmente modificáveis pelas experiências de vida. 
 
TPs definidos pelas seguintes características: 
● Surgem no final da infância e adolescência, e no início do 
período adulto. Duram e permanecem ao longo da vida. 
Não se limita a um episódio. 
● Conjunto amplo de comportamentos e experiências 
internas, reações afetivas e cognitivas, desarmônicos. 
● Padrão comportamental mal-adaptativo, produz 
dificuldades, desacordo com aexpectativa cultural. 
● Não relacionadas a lesões cerebrais. 
● Diferentes graus de sofrimento. 
● Pior desempenho ocupacional e social. 
● No grupo B ao longo do tempo o TP pode atenuar, mas os 
outros não têm tanta mudança com a idade. 
 
Grupo A 
Transtorno de personalidade esquizoide 
Distanciamento nas relações sociais em praticamente todos os 
contextos da vida. 
Faixa restrita de expressão das emoções. 
 
Não pode ser notado apenas durante o curso da esquizofrenia, de 
transtorno de humor ou outro. 
 
Transtorno de personalidade paranoide 
Domina um padrão de desconfiança excessiva e difusa das outras 
pessoas, sentem suspeitas que os outros estão sempre contra 
elas. 
 
Sensibilidade excessiva a rejeição e contratempos. 
 
Sensação de estar sendo injustiçado. 
 
Transtorno de personalidade esquizoide 
Padrão ao longo da vida de aspectos de personalidade em que há 
desconforto em relacionamentos, à medida que a intimidade 
aumenta. Dificuldades e desconfianças nas relações interpessoais, 
distorções cognitivas e perceptivas. 
 
Grupo B 
Transtorno de personalidade borderline 
Maior repercussão para a prática clínica. 
Mais frequentes na população 
 
Mais jovens e atingem mais mulheres que homens ou mulheres 
procuram mais atendimento, populações urbanas e pobres. 
 
A maioria apresenta outro transtorno ao longo da vida 
 
Apresenta diversas ocorrências na clínica. 
 
Fatores causais = ocorrência na infância, traumas emocionais, 
negligência, abuso, componentes genéticos. 
 
Instabilidade nas relações pessoais, autoimagem, afetos, 
impulsividade acentuada, surge no início da vida adulta e está 
presente em vários contextos. 
 
Alteração da função psíquica e na personalidade, não tem 
alteração no humor como a bipolaridade. 
Escapa às estruturas. 
 
Adolph Stern (médico e psicanalista, que trabalhou com jovens 
infratores) introduziu a personalidade Borderline, que significa entre 
as bordas, no limite. 
 
Não tem estrutura definida então não possui medicação definida. 
 
Características para diagnóstico: 
● Esforços excessivos para evitar abandono real ou 
imaginário. 
● Relacionamentos pessoais intensos e instáveis. 
● Perturbação da identidade, dificuldades graves e 
instabilidade em relação a autoimagem. 
● Impulsividade em pelo menos duas áreas destrutivas (uso 
de substâncias, compulsão alimentar, direção perigosa) 
● Comportamentos, gestos e atos suicidas repetitivos ou 
automutilação. 
● Instabilidade emocional intensa com reatividade do humor 
● Sentimentos crônicos de vazio 
● Raiva intensa e inapropriada e/ou dificuldade de controlar 
● Ideias de perseguição às vezes ou episódios dissociativos 
 
Podem ter um padrão de sabotagem pessoal quando uma meta 
está para ser atingida. 
 
Alguns indivíduos desenvolvem sintomas semelhantes à psicose. 
 
Podem se sentir mais protegidos com objetos transicionais. 
Deve ser avaliado à luz das normas culturais para o diagnóstico ser 
válido. 
 
Transtorno de personalidade histriônica 
Frequente na população em geral. 
 
Tem que ter pelo menos 5 categorias: 
● Desconforto em situações que não é o centro das atenções; 
● Comportamento sexualmente sedutor, inadequado e 
provocativo; 
● Mudanças rápidas das emoções e expressão superficial 
delas. 
● Usa a aparência física para atrair atenção; 
● Estilo de falar, carente de detalhes e exatidão; 
 
● Dramatização e autodramatização, expressão exagerada 
das emoções; 
● Fácil de ser influenciado; 
● Considera as relações mais íntimas do que são. 
 
Infantilidade. 
 
Transtorno de personalidade antissocial 
Dificuldade em ter uma interação afetiva recíproca, respeitosa e 
duradoura. Com frequência não tem compaixão. 
 
Dificuldade em relações interpessoais, falta sensibilidade ao 
sofrimento dos outros, prazer com o sofrimento alheio. 
 
Deve ter pelo menos 3 características: 
● Fracasso em se ajustar às normas sociais 
● Tendência a falsidade, mentir repetidamente; 
● Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro, 
incapacidade de manter relacionamentos 
● Irritabilidade e agressividade, hostilidade e baixa tolerância 
à frustração; 
● Descaso pela segurança; 
● Irresponsabilidade, desrespeito por normas, regras e 
obrigações sociais; 
● Ausência de remorso. 
 
Transtorno de personalidade narcisista 
Deve ter pelo menos 5 características: 
● Senso grandioso irreal da própria importância, espera ser 
reconhecido; 
● Voltada para a fantasia de grande sucesso pessoal; 
● Acha excepcionalmente especial e único; 
● Requer admiração excessiva; 
● Sentimento de ter direito 
● Tende a ser explorado em suas relações 
● Sem empatia 
● Invejoso do sucesso alheio 
● Arrogante. 
Grupo C 
Transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo 
Mais homens que mulheres, mais frequentes em pessoas com 
maior escolaridade, casadas e empregadas. 
 
Com frequência se associa a transtornos de ansiedade. 
 
Controladoras, perfeccionistas, inflexíveis. 
 
Transtorno de personalidade dependente 
Dependente de outras pessoas, temem a separação, se percebem 
incapazes 
 
Transtorno de personalidade evitativa 
Inibição social e sensibilidade em receber avaliações negativas. 
 
 
Oficinas 
Está ligada à reabilitação psicossocial. 
 
Dizem respeito ao campo social e político. 
 
Desinstitucionalização e reabilitação psicossocial não se 
confundem e não têm exatamente os mesmos objetivos. 
 
Função de materializar o ideário da desinstitucionalização. 
 
Meio pelo qual a reabilitação psicossocial deve se realizar. 
 
Catalisadoras da produção psíquica. 
 
Precisam estabelecer relações com o plano de imanência, que 
geram arte, política e amor. 
 
Para ser terapêutica deve conectar-se. 
 
Precisam seguir os mesmos caminhos dos processos criativos, já 
que pretendem acolher singularidades. 
 
Podem ser: 
● Expressivas; 
● Geradoras de renda; 
● Alfabetização. 
 
Instituinte= Forças produtivas que transformam a instituição. 
Instituído= Resultado do constante processo de produção. 
 
Oficinas têm sido reduzidas a meros dispositivos de ocupação de 
tempo. 
 
As relações em sua maioria ainda se mantém hierarquizadas, a 
palavra final é do técnico, que se opõe ao ideal de 
desinstitucionalização. 
 
O CAPS tem padronizado os modos de ser de cada usuário, 
reproduzindo formas de existência idealizadas, reforçam 
comportamentos que correspondem a um padrão socialmente 
desejado. 
 
A produção de multiplicidade depende da qualidade das relações e 
relações hierarquizadas, dificilmente despertam a potência de uma 
expressão artística que provoque repercussões. 
 
Oficinas deveriam sustentar um espaço para conviver com a 
presença do estranho. 
 
Pode funcionar como uma economia de olhar reunindo os usuários 
sob um só olhar. O que não está correto 
 
É preciso ter cautela para não basear o tratamento não se baseie 
no desejo de amputar as peculiaridades . 
 
Queixas são sintomas. 
 
Desinstitucionalização 
 
● Requer uma desconstrução cotidiana de ideologias e 
práticas cristalizadas, defende a mudança além dos muros 
dos serviços de saúde mental. 
● Luta política por transformações estruturais da sociedade. 
● Diferencia os iguais 
● Transforma a sociedade 
● Horizontalização das relações 
 
Reabilitação psicossocial 
Parte do registro da falta e segue em direção ao desejo de 
assegurar a equidade entre iguais e diferentes. 
Reinserir o indivíduo na sociedade 
 
História 
O mundo da loucura foi se tornando o mundo da exclusão. 
 
Qualquer forma de improdutividade, inclusive a loucura, foi 
condenada. 
 
Por isso foram criadas casas correcionais para impedir a 
mendicância, ociosidade e qualquer forma de comportamento 
considerado desordem social 
 
O uso de trabalho e outras atividades nasceram num território da 
polícia e assistência social. 
 
A Revolução Francesa com seus ideais de liberdade, igualdade e 
fraternidade trouxe informações. 
 
O hospital deixa de ser hospedagem. 
 
Pinel pai da psiquiatria via a doença como um desequilíbrio das 
paixões, a cura étrazer o alienado para a realidade, dominar seus 
impulsos e afastar ilusões. 
 
Reforma Psiquiátrica 
Processo histórico de formulação de crítica e prática, vendo o 
homem como biopsicossocial 
 
Reforma italiana = Trouxe luz ao paradigma da 
desinstitucionalização. 
 
Partir de dentro do estabelecimento psiquiátrico para criar 
condições para sua desmontagem. 
 
Desinstitucionalização = Romper com a violência da objetivação 
do homem em síndromes e doenças construídas pela psiquiatria 
voltar se para o sujeito em sua experiência da loucura. 
 
Internação psiquiátrica mantida como válida caso os recursos extra 
hospitalares não sejam suficientes. Vai além de um ato médico. 
 
Falta de recursos materiais e ausência de capacitação impedem a 
realização de uma maior diversidade de oficinas 
 
Perversão 
Esta denominação está cheia de pré-conceitos, principalmente 
morais e éticos. 
 
 
Toda subversão de relação interpessoal. 
 
Múltiplos e diferentes quadros clínicos, sintomas, traços 
característicos e manifestações no plano da conduta e da 
sexualidade. 
 
Perversão significa por às avessas, um desvio, transgredir. 
 
Suas raízes residem nas primitivas fixações narcisísticas. 
 
Pode ser compreendida como um negativo das neuroses, 
perversões é a neurose às avessas, ao contrário do recalque há 
manifestação dos conteúdos 
 
Psicopatia e psicose são diferentes, estruturas diferentes. 
 
O termo perversão é ambíguo 
Perversão = Estrutura que organiza defesas contra angústias 
Perversidade = Caráter de crueldade 
 
Existem 3 estruturas: 
● Neurose; 
● Psicose; 
● Perversão. 
 
A estrutura é como um trilho e por ali percorremos os trajetos de 
onde a nossa personalidade foi estruturada. 
 
Na visão clássica a perversão está intimamente ligada a teoria das 
pulsões. 
 
Freud postulou que as perversões formariam um estágio normal na 
constituição do ego da criança 
 
Perversão sexual é muito mais que uma simples manifestação de 
instintos parciais 
 
Freud - é necessário levar em conta elementos que tornam 
anormais na génese, forma e fins das perversões: 
● Qualidade dos impulsos sexuais 
● Objeto para qual as pulsões são dirigidas 
 
O perverso é consciente 
 
Histórico 
Anteriormente incluíam o narcisismo, enfocando a descrição das 
manifestações clínicas, sob um prisma moralista e denegritório. 
 
Freud vinculava com as zonas erógenas. 
Psicopatia 
Muitos autores acreditam ser um defeito moral. 
 
Manipula a realidade 
 
Pode se manifestar em uma conduta anti-social 
 
Se manifesta através de 3 características básicas: 
● Impulsividade 
● Repetitividade compulsiva 
 
● Uso prevalente de actings de natureza maligna 
(Irresponsabilidade, Ausência de culpa) 
 
Total falta de consideração pelas pessoas 
 
Dificilmente vão para análise. 
 
Forte propensão para atuação e abandono da terapia. 
 
Grande habilidade para envolver a outras pessoas. 
 
Adicto= Entre neurose e perversão, ligadas a uma tentativa de 
preencher vazios existenciais, angústia de desamparo. 
 
Muitas vezes perversão, psicopatia e adicto se interpõem entre si. 
Parafilias 
Carregado de implicações moralistas. 
 
A maioria dos pacientes são homens, mas mulher é difícil 
identificar pois é mais sutil. 
 
Parafilias diferentes podem coexistir na mesma pessoa. 
 
Pode ser uma fuga das relações objetais. 
 
Casais normais tem variedades de comportamentos sexuais 
 
Há um núcleo perverso latente em todos nós 
 
No ponto de vista de McDougall o termo perverso deveria ser 
usado com quem impõe seus desejos pessoais a um parceiro que 
reluta em participar ou uma pessoa que seduz alguém não 
responsável. 
 
Stoller define perversão como a forma erótica do ódio, crueldade e 
desejo de humilhar. Para ele intimidade é um fator crítico de 
diferenciação, quando usado para evitar relação emocional e de 
longo prazo. 
 
Parafilia= Não necessariamente causa danos ou sofrimento 
Transtornos parafílicos = Causam danos e sofrimento a própria 
pessoa e/ou outros 
 
Questões psicológicas têm um papel crucial na determinação da 
escolha de parafilia e significados dos atos sexuais. 
 
Podem mudar de parafilias. 
 
As que envolvem crueldade estão frequentemente presentes em 
pessoas com transtorno de personalidade antissocial. 
 
Exibicionismo e Voyeurismo (Exibicionismo= sujeito humilhado, 
insegurança) 
Sadismo e masoquismo (Sadismo= frequentemente tentando 
reverter ou repetir cenários infantis de abuso, Masoquismo=Às 
vezes aceitam pela ansiedade de separação) 
● Ocorre em ambos os sexos 
● Frequentemente se desenvolve a partir de uma relação 
objetal interna particular. 
● A dor pode não ser o objetivo principal. 
 
● Relação consensual não procuram tratamento. 
● Tentativas de encorajar os pacientes a mudarem as práticas 
podem perturbar a aliança terapêutica ou terminar. 
Fetichismo (uso de objeto inanimado, maioria das vezes não 
causa danos) 
Pedofilia: 
● Deve ter pelo menos 18 anos 
● Fantasias sexuais persistentes ou desejos com crianças 
com idade inferior a 13 anos. 
● No mínimo 5 anos mais velho que a vítima. 
● Muitos têm transtornos de personalidade grave 
● Poder e agressão são questões proeminentes 
● Fixado= Sexualmente atraído por pessoas jovens desde 
sua adolescência. 
● Regressivo= Não apresenta nada até a idade adulta. 
Travestismo (Se veste como muler ára relação hetero sexual ou 
masturbação) 
 
Tratamento 
São difíceis de tratar. 
 
Apenas pacientes que sofrem com seus sintomas buscam 
tratamento. 
 
A maioria faz tratamento sob pressão. 
 
Outro impedimento é a questão da contratransferência, o que 
provoca no terapeuta. 
 
Todos lutam contra desejos perversos inconscientes. 
 
Em casos que não conseguimos trabalhar bem devemos 
encaminhar para outro colega.

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