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Psicopatologia Especial NP1

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Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 1 
 
 
Para entender o que são os sintomas psicóticos, vamos definir o “Transtorno 
Psicótico” 
Trata-se de um estado mental de perda de ligação com a realidade, o que pode 
resultar em alucinações, mudanças de personalidade, desordem nos 
pensamentos, além de delírios, problemas sociais e claras dificuldades para 
realizar tarefas cotidianas. (É como se a pessoa entrasse em um universo 
paralelo.) 
NEUROSE 
Todo reprimido se revolta contra o seu destino. É assim que nasce o 
funcionamento neurótico. (ex. da cunhada). 
Neuroses e psicoses são estruturas psíquicas. Estrutura é diferente de patologia. 
A estrutura já se dá na infância. É definida, mas ela pode ficar encubada até 
que surja um fator desencadeante. Algum acontecimento significativo que 
pode fazer a estrutura se manifestar. 
Neuroses são transtornos da afetividade que levam as pessoas a 
experimentarem sentimentos e reações motoras incomuns. No geral, um 
indivíduo que é neurótico sabe do seu problema, sofre com esse fato, porém, se 
sente incapaz de resolvê-lo. 
 Na neurose, o conflito se dá quando o Id manifesta seus impulsos 
considerados por aquele sujeito como cruéis, egoístas, impróprios; 
sobretudo desejos sexuais (seja com pessoas não permitidas ou de maneiras 
não tradicionais). Na incapacidade de lidar com a culpa e a pressão, o sujeito 
então desloca aquele afeto para algo distante da sua configuração original, 
gerando os sintomas neuróticos. 
 As neuroses, surgem pelo fato de o Eu não querer aceitar e promover a 
efetivação motora de um impulso instintual poderoso no Id, ou de contestar 
o objeto a que ele visa. O ego sente-se atingido pelos impulsos do Id, invoca 
motivos éticos e estéticos e se utiliza, nesse caso, do mecanismo de defesa 
chamado repressão. O reprimido cria representações substitutivas que 
Psicopatologia Especial - Resumo ETP 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 2 
forçam uma conciliação com o Eu; este, por sua vez, combate esses 
derivados, gerando assim um quadro de neurose. 
 Todas as defesas têm em comum a proteção do ego contra as demandas 
instintivas do id. 
 Logo, a neurose corresponde a uma falha dessa repressão, pois o conteúdo 
reprimido reaparece e leva o sujeito a substituir algo que lhe daria prazer 
(mas que não seria aceito) por algo que lhe cause dor (o sintoma) 
 “A neurose poderia equivaler a uma doença traumática, e apareceria em 
virtude da incapacidade de lidar com uma experiência cujo tom afetivo fosse 
excessivamente intenso”. (afeto patogênico = emoções que ligam o 
paciente aos primeiros momentos que teriam originado o seu 
adoecimento) 
PSICOSE 
É o resultado de um conflito entre o ego e o mundo externo. 
 Seus principais mecanismos de defesa são a repressão, o isolamento e 
evitação. 
 É um ego frágil que está a serviço do ID, afastando o sujeito da realidade. 
Aqui, predomina o desejo (o ID) 
 Na Psicose se enfatiza dois momentos de sua constituição, a saber: 
primeiro a negação da realidade e depois a construção delirante como um 
remendo onde aconteceu um enorme rompimento. 
 “Comum à irrupção de uma psiconeurose ou psicose é sempre a frustração, 
da não realização 
 Psiquismo é definido como o conjunto de características psicológicas de um 
indivíduo. 
Fatores biopsicossociais (social é ambiente onde vive e como a pessoa percebe 
o mundo) influenciam na formação do psiquismo. 
 a neurose não nega a realidade, apenas a evita ou a ignora; a psicose a nega 
a realidade e busca substituí-la por outra 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 3 
 No Mecanismo de Isolamento o indivíduo separa a ideia do afeto pelo qual 
ela estaria unida, assim, a ideia torna-se inocente, neutra. O afeto pode 
acabar aparecendo sem a ideia. 
 É típico da neurose obsessiva, que consiste em isolar um comportamento 
ou pensamento de tal maneira, que as suas ligações com os outros 
pensamentos ficam interrompidas. É a quebra entre o que se sente e o que 
se fala – o sujeito experimenta crises de angústia sem saber por que – e 
vice e versa. 
 
O QUE É PERVERSÃO? 
A perversão é uma estrutura de personalidade em que se organiza um sujeito 
onde a busca pelo prazer é constante. A pessoa sabe que existem 
normas, são capazes de reconhecê-las, mas tendem a transgredi-las. 
Na modalidade clínica Freud escreveu que a Perversão é o negativo da Neurose, 
ou seja, aquilo que a Neurose suprimi para se constituir, a Perversão manifesta 
e coloca em ato. Podemos afirmar que ao contrário das Neuroses, a resposta de 
defesa das Perversões frente a realidade é a transgressão. 
No lugar de sentir culpa ou remordimento, o perverso costuma desfrutar 
desses momentos, não mostrando quaisquer sinais de ansiedade. Ao contrário, 
a ansiedade somente aparece nos momentos em que deseja transgredir e não 
consegue. 
O perverso costuma materializar seu desejo de perturbar a ordem natural das 
coisas, as normas estabelecidas, por meio de dois grandes grupos de 
comportamento: a perversão sexual e a perversão social. É natural reunirem 
características exibicionistas e descaradas, sendo impulsivas e 
manipuladoras. 
O perverso sofre de uma fixação numa certa forma de satisfação sexual pré 
genital. No caso de um perverso sádico, por exemplo, o sujeito toma a forma de 
obter prazer sexual, a sádica, como o elemento principal da relação. Ele leva e 
essa forma para a vida adulto e coloca essa forma no lugar do erotismo genital. 
Portanto, na vida adulta, ele substitui o prazer sexual genital (normal) por essa 
forma de prazer infantil em que ele ficou fixado. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 1 
Quadro Comparativo do modo de funcionamento 
 NEUROSE PSICOSE PERVERSÃO 
neurose narcísica 
Definição  Trata-se de um conflito entre o ego 
e o Id. É o resultado de uma 
repressão fracassada em que 
prevalece a realidade. 
 O conflito se dá quando o Id 
manifesta seus impulsos 
considerados por aquele sujeito 
como cruéis, egoístas, impróprios; 
 O ego sente-se atingido pelos 
impulsos do Id, invoca motivos 
éticos, estéticos, morais ou 
religiosos e coloca em ação o 
mecanismo da repressão. 
 Logo, a neurose corresponde a uma 
falha na repressão de um 
conteúdo. 
 O transtorno psicótico, também 
conhecido como psicose, é o 
resultado de um conflito entre o 
ego e o mundo externo.(realidade) 
 É um ego no qual predomina o 
desejo e que está a serviço do ID. 
 Trata-se de um estado mental de 
perda de ligação com a realidade, 
o que pode resultar em 
alucinações, mudanças de 
personalidade, desordem nos 
pensamentos, além de delírios, 
problemas sociais e claras 
dificuldades para realizar tarefas 
cotidianas. 
 Trata-se de um conflito entre ego e 
Superego, 
 É uma estrutura de personalidade 
na que a busca pelo prazer é 
constante. 
 A pessoa sabe que existem normas, 
são capazes de reconhecê-las, mas 
tendem a transgredi-las. 
 A perversão está ligada a uma 
dimensão erótica. A sua 
possibilidade de satisfação sexual 
está restrita a certas condições 
específicas como fetiches, sadismo 
etc. 
Sintomas  Ansiedade, depressão, 
preocupação constante, medo de ir 
a determinados lugares, medo de 
determinadas situações, histeria, 
fobias diversas, entre outros. 
 Pensamentos confusos, delírios, 
alucinações, alterações 
sentimentais, agitação e 
agressividade. 
 a ansiedade aparece nos 
momentos em que deseja 
transgredir e não consegue. 
 costuma materializar seu desejo de 
perturbar a ordem natural das 
coisas, por meio de dois grupos de 
comportamento: 
 a perversão sexual e a perversão 
social. 
Mecanismo de 
defesa 
 Repressão. 
 Na neurose uma porção da 
realidade é evitada mediante a 
fuga, Projeção (mecanismo de transferir 
para o outro) 
 Ao fazer a transferência para fora, o 
sujeito substitui seu verdadeiro 
desejo que provoca ansiedade e é 
intolerável por outro alvo que não 
produz ansiedade e é aceitável. 
O mecanismo de defesa específico da 
perversão é a denegação. Ele poder ser 
compreendido através do fetichismo. 
Assim se dá a denegação: a recusa em 
reconhecer um fato, um problema, um 
sintoma, uma dor. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 2 
 NEUROSE PSICOSE PERVERSÃO 
neurose narcísica 
Características  O sujeito sofre, mas não é 
desadaptado. Ele sabe do seu 
sintoma e tenta melhorar(É o ego e 
o superego junto com a realidade). 
 a neurose não nega a realidade, 
apenas a evita ou a ignora; 
 o prazer e o medo de ser punido 
estão na base de toda neurose. 
 Todas as defesas têm em comum a 
proteção do ego contra as 
demandas instintivas do id. 
 
 É um ego frágil que está a serviço 
do ID, afastando o sujeito da 
realidade. Aqui, predomina o 
desejo (o ID) 
 a psicose a nega a realidade e 
busca substituí-la por outra 
 
 É natural reunirem características 
exibicionistas e descaradas, 
sendo impulsivas e manipuladoras. 
 A canalização de seu prazer é 
direcionada a algo que destoa do 
comum, considerado o movimento 
saudável da estrutura neurótica - 
parceiro, família, realização pessoal 
- para algo perverso e desejos fora 
do padrão. Podemos mencionar: 
pedofilia, zoofilia, entre outros. 
 No lugar de sentir culpa ou 
remorso, o perverso costuma 
desfrutar desses momentos, não 
mostrando quaisquer sinais de 
ansiedade. 
 
Causas 
Precipitantes e 
constituintes 
 A frustração é a causa precipitante 
mais óbvia. 
 O indivíduo foi sadio enquanto sua 
necessidade de amor foi satisfeita 
por um objeto real no mundo 
externo; torna-se neurótico assim 
que esse objeto é afastado dele, 
sem que um substituto ocupe seu 
lugar. 
 Outra causa precipitante da 
neurose é a tentativa de adaptar-se 
à realidade e de atender às 
exigências da realidade – tentativa 
no curso da qual se defronta com 
dificuldades internas insuperáveis. 
 
 dois momentos na constituição da 
psicose a saber: 
 primeiro a negação da realidade 
 e depois a construção delirante 
como um remendo onde aconteceu 
um enorme rompimento. 
 Frustração 
 
 O perverso sofre de uma fixação 
numa certa forma de satisfação 
sexual pré genital. 
 No caso de um perverso sádico, por 
exemplo, o sujeito toma a forma de 
obter prazer sexual, a sádica, como 
o elemento principal da relação. 
 Ele leva e essa forma para a vida 
adulto e coloca essa forma no lugar 
do erotismo genital. 
 Portanto, na vida adulta, ele 
substitui o prazer sexual genital 
(normal) por essa forma de prazer 
infantil em que ele ficou fixado. 
Obs A diferenciação das características e sintomas de tais transtornos acontecem, uma vez que, o sujeito neurótico 
compreende sua realidade objetiva, seus afetos e pensamentos, e é capaz de vivenciá-los, de tal forma que os sintomas 
normalmente não aparecem com seriedade, enquanto o sujeito psicótico se faz plenamente alheio à realidade 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 3 
 NEUROSE PSICOSE PERVERSÃO 
neurose narcísica 
objetiva e não é capaz de compreender nem vivenciar seus afetos e pensamentos, provocando sua auto vulnerabilidade 
para o desencadeamento de sintomas mais explícitos e severos. 
 
Na neurose acontece algo similar à perversão. O sujeito também fica fixado numa forma de prazer sexual infantil. Porém, 
ao invés de levá-la para a vida adulta, ele a reprime. Tal impulso reprimido se instala no inconsciente e de lá ele se 
manifesta de uma forma simbólica / disfarçada através dos sintomas próprios da neurose daquele sujeito. 
 
O neurótico poderia ser classificado como um “perverso reprimido”, já que o perverso exibe o resultado da sua 
fixação às claras e goza com conhecimento de causa – ele sabe o que lhe proporciona prazer. O neurótico não sabe 
como gozar, ele não sabe que através dos seus sintomas ele está satisfazendo impulsos perversos. 
 
NINGUÉM QUE É NEURÓTICO VIRA PSICÓTICO E VICE-VERSA. 
Neuroses e psicoses são estruturas psíquicas 
 
 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 1 
 
SINDROMES PSICÓTICAS 
As síndromes psicóticas caracterizam-se por sintomas típicos como 
alucinação e delírios, pensamento desorganizado e comportamento 
claramente bizarro. (maior incidência em sintomas persecutórios, como ideia 
delirante e alucinação auditiva de conteúdo persecutório, desorganização 
profunda da vida mental e do comportamento, de qualidade diversa, que 
ocorre em quadros demenciais). 
Psicodinâmica tende a dar ênfase à perda da realidade, vivendo a égide do 
princípio do prazer e narcisismo. (falta insight). 
F20.0 - ESQUIZOFRENIA 
Quem deu o nome de esquizofrenia para a demência precoce, foi Bleuler (1911). 
A Esquizofrenia é principal forma de psicose, devido sua prevalência / 
frequência e importância clínica. (é considerada a mais importante das 
psicoses por trazer maiores prejuízos ao indivíduo). Considera-se que alguns 
sintomas são muitos significativos para o diagnóstico da esquizofrenia, 
particularmente aqueles que Kurt Schneider denominou “sintomas de 
primeira ordem”. 
VALOR DIAGNÓSTICO – O QUE ESPERAR 
 Sentimentos de estranhamento 
 Neotimia e ambivalência afetiva 
 Perplexidade patológica 
 Humor delirante (normalmente é o que precede um quadro de psicose) 
 Sentimentos e vivências de perseguição e insegurança 
 Apatia 
 Anedonia 
 Hipomodulação do afeto 
 Distanciamento e indiferença afetiva 
 Embotamento e vazio afetivo 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 2 
Aqui, os sintomas positivos ou negativos não têm uma conotação de 
bons para positivo e ruins para negativo. Entende-se por positivo o fato 
de o sintoma estar presente e por negativo, o fato de estar ausente 
Questão de Prova 
Sintomas de primeira ordem – 
sintomas positivos (valorizados por Kurt Schneider (1939), Ele valorizou sintomas 
positivos. (entendendo por sintomas positivos, aqueles que estão presentes 
além do considerado normal. Ou seja, o delírio e a alucinação 
São eles: 
1. Percepção delirante. é um tipo especialmente importante de delírio. O 
delírio surge a partir de uma percepção normal que recebe, imediatamente 
ao ato perceptivo, significação delirante. Trata-se de processo com duas 
vertentes (perceptiva e ideativa) que ocorrem de forma simultânea. Por 
exemplo, ao entrar na sala, o indivíduo vê um lenço amarelo sobre a mesa 
(uma percepção real); ao vê-lo, logo entende que se trata de conspiração 
contra ele, que querem matá-lo (atribuição de um significado delirante à 
percepção normal). A percepção delirante é vivenciada como uma 
revelação, uma descoberta abrupta que o indivíduo faz, passando, então, a 
entender tudo o que se passa. (É algo percebido com convicção. O sujeito não 
tem dúvida sobre a sua interpretação e sobre como ele percebe aquela 
situação) 
2. Alucinações auditivas características. Vozes que comentam e/ou 
comandam a ação do indivíduo. 
3. Eco do pensamento ou sonorização do pensamento. O paciente escuta 
seus pensamentos ao pensá-lo. 
4. Difusão do pensamento. Sensação de que os sentimentos são ouvidos ou 
percebidos pelos outros (divulgação do pensamento). 
5. Roubo do pensamento. Sensação do pensamento ser inexplicavelmente 
extraído de sua mente. 
6. Distúrbios da vivência do eu. Vivências de influência sobre o corpo ou sobre 
a vida mental. Aqui, dois tipos de vivências de influência são mais 
significativos: 
Vivências de influência na esfera corporal ou ideativa. Tipos de vivências 
mais significativas: Vivências de influência corporal. Experiencias nas quais 
o indivíduo sente uma influência, forçaou que um ser externo age sobre seu 
corpo, sobre seus órgãos, emitindo raios, influenciando as funções corporais 
etc. 
Vivências de influências de pensamento. Referem-se à experiência que 
algo influencia seus pensamentos, paciente recebe pensamentos impostos 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 3 
de fora, pensamentos feitos, posto em seu cérebro etc. Também as vivências 
corporais ou ideativas têm a qualidade de ser experimentada como feitas, 
como impostas de fora. 
 
Os sintomas de primeira ordem indicam a profunda alteração do eu-mundo 
(diferença entre o que eu sou e o que o mundo é – mecanismos esquizoides – 
confusão entre o que é meu sentimento e o que é de fora) o dano radical das 
“membranas” que delimitam o Eu em relação ao mundo, uma perda marcante 
da dimensão da intimidade. 
ATENÇÃO 
Alucinações visuais são mais frequentes em quadros neurológicos e 
neuropsicológicos. Logo, quando há relato de alucinação visual, a 
primeira coisa a se fazer é caracterizar se é uma alucinação, de fato. Se as 
características de imagem perceptiva real forem confirmadas, é 
mandatório que se descarte outra doença que não seja um transtorno 
mental, Já que nos transtornos mentais as alucinações podem acontecer. 
mas precisa investigar uma doença orgânica primeiro. 
Os psicopatólogos do início do sec. XX distinguiram 4 subtipos de 
esquizofrenia. 
A forma paranoide, caracterizadas por alucinações e ideias delirantes de 
conteúdo persecutório. 
A forma catatônica, marcada por alterações motoras, hipertonia, flexibilidade 
cerácea e alterações da vontade, como negativismo, mutismo e impulsividade. 
A forma hebefrênica, caracterizada por pensamento desorganizado, 
comportamento bizarro e afeto pueril. 
Forma simples, no qual, apesar de faltarem sintomas característicos, observa-
se lento e progressivo empobrecimento psíquico e comportamental, como 
negligência quanto aos cuidados de si, embotamento afetivo e distanciamento 
social. 
 
F20.0 - ESQUIZOFRENIA PARANOIDE 
 A forma paranoide é caracterizada por ideias delirantes de conteúdo 
persecutório. Classicamente, esse tipo é marcado pela presença de delírios 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 4 
de perseguição ou grandeza e alucinações particularmente auditivas. A 
percepção está comprometida. (sempre que ouvir “paranoide” terá uma 
ligação com perseguição) As perturbações do afeto, da vontade, da 
linguagem e os sintomas catatônicos, estão ausentes, ou são relativamente 
discretos. 
 Indivíduos com esquizofrenia paranoide tendem a ser tensos, 
desconfiados, cautelosos, reservados e, às vezes, hostis ou 
agressivos, mas também ocasionalmente capazes de se 
comportar de forma adequada em algumas situações sociais. Sua 
inteligência nas áreas que não são invadidas pela psicose tende a 
permanecer intacta. 
 Uma das características marcantes é o surto. A pessoa está bem 
e de repente se transforma a passa a agir com agressividade. 
Nas últimas décadas, tem-se dado mais importância à diferenciação da 
esquizofrenia em três subtipos. 
7. Síndrome negativa ou deficitária. 
8. Síndrome positiva ou produtiva. 
9. Síndrome desorganizada 
 
SÍNDROME NEGATIVA OU DEFICITÁRIA (SINTOMAS NEGATIVOS). 
Caracterizam-se pela perda de certas funções psíquicas (vontade, 
pensamentos, linguagem) e pelo empobrecimento global da vida afetiva, 
cognitiva e social do indivíduo. 
Caracterizam-se pela perda de certas funções psíquicas (vontade, 
pensamentos, linguagem) e pelo empobrecimento global da vida afetiva, 
cognitiva e social do indivíduo. Os principais sintomas ditos negativos ou 
deficitários nas síndromes esquizofrênicas são: 
Distanciamento afetivo, em graus variáveis até mesmo embotamento afetivo, 
perda da capacidade de sintonizar afetivamente com as pessoas, de mostrar 
ressonância afetiva no contato interpessoal. 
Retração social, isolamento progressivo do convívio social; Empobrecimento 
da linguagem e do pensamento (alogia); Diminuição da fluência verbal. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 5 
Diminuição da vontade (avolição) e hipopragmatismo, dificuldade ou 
incapacidade de realizar ações, tarefas, trabalhos minimamente organizados 
que exijam mínimo de iniciativa, organização e monitorização comportamental 
e persistência. 
Negligência quanto a si, que se revela pelo descuido consigo mesmo, pela falta 
de higiene, por desinteresse em relação à própria aparência, saúde, vestimenta. 
Lentificação e empobrecimento psicomotor, com restrição do repertório da 
esfera gestual e motora. 
O distanciamento afetivo e retração social, corresponde até certo ponto no que 
Eugen Bleuler denominou de autismo esquizofrênico. (marcado pela 
inacessibilidade do mundo interno, mutismo, negativismo, atitudes e 
comportamentos rígidos, pensamento bizarro etc). 
Bleuler enfatizou os aspectos negativos da doença. não considerava delírios e 
alucinações como os sintomas principais da doença. Isso para ele, eram 
sintomas acessórios ou secundários. Os sintomas principais para ele eram 
apenas a desorganização do pensamento e o embotamento afetivo . 
 O distanciamento afetivo e retração social, corresponde até certo ponto no 
que Eugen Bleuler denominou de autismo esquizofrênico. (marcado pela 
inacessibilidade do mundo interno, mutismo, negativismo, atitudes e 
comportamentos rígidos, pensamento bizarro etc). 
SÍNDROME POSITIVA OU PRODUTIVA (SINTOMAS POSITIVOS) 
Ao contrário dos sintomas negativos, que se manifestam pelas ausências e 
déficits comportamentais, os sintomas positivos são manifestações novas, 
(diferente do que é típico; espécie de revelação – Por exemplo: todo mundo sente 
tristeza, mas nem todo mundo que está triste está sofrendo de depressão), 
floridas e produtivas do processo esquizofrênico. Os principais sintomas 
positivos das síndromes esquizofrênicas, são: 
1. Alucinações, ilusões (surgem com frequência em quadros delirantes) ou 
pseudoalucinações auditivas (mais frequentes), visuais ou de outro tipo. 
2. Ideias delirantes, de conteúdo paranoide, de autorreferente, de influência 
ou de outra natureza. 
3. Comportamento bizarro, atos impulsivos. (atos realizados sem pensar nas 
consequências) 
4. Agitação Psicomotoras. 
5. Ideias bizarras, não necessariamente delirantes. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 6 
6. Produções linguísticas novas como neologismos e parafasias. 
 
TRANSTORNO DELIRANTE (PARANÓIA) E ESQUIZOFRENIA TARDIA (PARAFRENIA). 
Forma de psicose pelo surgimento / desenvolvimento de um delírio ou sistema 
delirante com relativa preservação da personalidade e do resto do psiquismo 
do indivíduo. A paranoia se caracteriza por delírio geralmente organizado e 
sistematizado, as vezes com temática complexa que permanece cristalizado, 
em um domínio da personalidade do paciente. Ocorre geralmente em 
pacientes com mais idade (acima de 40 anos) com curso crônico. 
 
CID-10. 
F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes 
Este agrupamento reúne a esquizofrenia, a categoria mais importante deste 
grupo de transtornos, o transtorno esquizotípico e os transtornos delirantes 
persistentes e um grupo maior de transtornos psicóticos agudos e transitórios. 
Os transtornos esquizoafetivos foram mantidos nesta seção, ainda que sua 
natureza permaneça controversa. 
 
Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam em geral por distorções 
fundamentais e características do pensamento e da percepção, e por afetos 
inapropriados ou embotados. Usualmente mantém-se clara a consciência e a 
capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no 
curso do tempo. 
Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do 
pensamento, a imposição ou oroubo do pensamento, a divulgação do 
pensamento, a percepção delirante, ideias delirantes de controle, de influência 
ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o 
paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos. 
A evolução dos transtornos esquizofrênicos pode ser contínua, episódica com 
ocorrência de um déficit progressivo ou estável, ou comportar um ou vários 
episódios seguidos de uma remissão completa ou incompleta. Não se deve fazer 
um diagnóstico de esquizofrenia quando o quadro clínico comporta sintomas 
depressivos ou maníacos no primeiro plano, a menos que se possa estabelecer 
sem equívoco que a ocorrência dos sintomas esquizofrênicos fosse anterior à 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 7 
dos transtornos afetivos. Significa que quando esse paciente está num episódio 
maníaco ou depressivo ele está entrando em psicose secundária ao quadro. 
Ex.: o sujeito está num quadro depressivo e começa a delirar. A psicose se 
configura como secundária porque a causa dos sintomas psicóticos é a 
depressão. (primário) Investigar se ele já tinha psicose e teve uma depressão 
secundária ou se a psicose é secundária por causa da depressão. 
Além disto, não se deve fazer um diagnóstico de esquizofrenia quando existe 
uma doença cerebral manifesta, intoxicação por droga ou abstinência de 
droga. Quanto mais cenográfica for a alucinação, mais deveremos investigar as 
questões orgânicas 
ATENÇÃO 
Alucinações visuais são mais frequentes em quadros neurológicos e 
neuropsicológicos. Logo, quando há relato de alucinação visual, a 
primeira coisa a se fazer é caracterizar se é uma alucinação, de fato. Se as 
características de imagem perceptiva real forem confirmadas, é 
mandatório que se descarte outra doença que não seja um transtorno 
mental, Já que nos transtornos mentais as alucinações podem acontecer. 
mas precisa investigar uma doença orgânica primeiro. 
 
 
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE 
Definições Básicas 
Personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os 
padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de 
alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a 
cada indivíduo. (definição do Flávio) 
Traços ou base de personalidade são tendências, características, modos 
específicos, que são estáveis e determinantes para a personalidade do 
indivíduo. (sou uma pessoa insegura, sou uma pessoa que se irrita com 
facilidade, sou uma pessoa ousada, sou uma pessoa vingativa). Personalidade, 
cada um tem a sua. Isso não é um problema, desde que ela não cause 
problemas. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 8 
Os Transtornos de personalidade se configuram, quando esses traços se 
tornam padrões persistentes de pensar, perceber, reagir e se relacionar que 
causam sofrimento significativo ou comprometimento funcional. 
A personalidade é uma junção de 50/60% de genética (temperamento) e 
40/50% do que a pessoa vivencia (caráter) 
 
 A 5a edição do DSM-5 define um transtorno da personalidade geral como 
um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se 
desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo; o padrão 
é inflexível; começa na adolescência ou no início da idade adulta; é estável 
ao longo do tempo; leva a sofrimento ou prejuízo; e se manifesta em pelos 
menos duas das quatro áreas seguintes: cognição, afetividade, 
funcionamento interpessoal ou controle de impulsos. Quando os traços de 
personalidade são rígidos e mal-adaptativos e produzem prejuízo funcional, 
ou sofrimento subjetivo, é possível diagnosticar um transtorno da 
personalidade. 
 
A dificuldade e a importância de fazer o diagnóstico diferencial no Transtorno 
da personalidade 
 O quadro sindrômico parte da base ou traço da personalidade do sujeito. 
 Quando falamos que uma pessoa é egoísta, rígida, emotiva etc, estamos 
falando de um traço de personalidade e não de um transtorno. 
 (quando acontece um impacto importante na vida do sujeito, a tendência 
existente na sua base de personalidade se potencializa tendendo a levar ao 
quadro sindrômico) 
 Se o paciente tiver uma base de personalidade esquizoide ele vai 
tender a apresentar adoecimento psicótico. 
 Se o paciente tiver uma base de personalidade neurótica ele vai 
tender a apresentar quadro sindrômico neurótico. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 9 
 Ex.: uma pessoa que apresenta características de personalidade 
obsessiva. Quando ela abre o quadro sindrômico, terá uma 
tendência a ser TOC. 
 Podemos dizer que ao entrar num quadro sindrômico a personalidade 
adoece. Supondo que o sujeito seja fumante – quando passa por uma 
situação de impacto, ele fuma mais; quando ele já é tímido, no quadro 
sindrômico ele se isola mais e assim por diante. Logo, quando o sujeito é 
exposto à situações de violência, a sua base de personalidade se ativa e 
se intensifica. 
Por isso é importante levar em consideração a personalidade do sujeito para 
evitar um diagnóstico de depressão em alguém que pode ter apenas brigado 
com a namorada. 
Ao longo dos últimos dois séculos, a categoria “transtorno da personalidade” 
(TP) foi nomeado de diversas formas: 
 Insanidade moral 
 Monomania moral 
 caracteropatia (Transtorno ou neurose de caráter) 
 psicopatia e, por fim, 
 transtorno da personalidade 
Entretanto, um termo que se tornou popular entre os profissionais da saúde 
mental, migrando para o uso popular, foi psicopatia. Tal termo foi, infelizmente, 
utilizado de modo muito impreciso e variável, identificando-se psicopatia ora 
com personalidade antissocial ou sociopática, ora com transtornos da 
personalidade em geral, sendo até usado como sinônimo de transtorno mental 
em geral. 
Os transtornos da personalidade estão reunidos em três grupos, com base em 
semelhanças descritivas. 
Padrão persistente de experiência interna (sente a ela mesma e aos outros) e 
comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do 
indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou no início da vida 
jovem é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento e prejuízo. 
Os subtipos de transtorno da personalidade classificados no DSM-5 são: 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 10 
Quadro 25.2 | Transtornos da personalidade segundo o DSM-5 e a CID-11 
ESQUISITICE/DESCONFIANÇA 
GRUPO A 
esquizotípico, esquizoide e 
paranoide 
IMPULSIVIDADE/MANIPULAÇÃO 
GRUPO B 
narcisista, borderline, antissocial 
e histriônico 
ANSIEDADE/CONTROLE 
GRUPO C 
obsessivo-compulsivo, 
dependente e evitativo 
Inclui três transtornos com 
características estranhas ou 
de afastamento. 
 
Aqui o conflito é com o 
mundo externo. 
Inclui quatro transtornos com 
características dramáticas, 
impulsivas ou erráticas. 
 
Aqui o conflito é com o 
superego. 
 
Inclui três transtornos que 
compartilham 
características de 
ansiedade e medo. 
Aqui o conflito é com o 
mundo interno (o 
neurótico). 
 
Esquizoide 
(Distanciamento) 
 Indiferença 
 Distante, sem relações 
íntimas 
 Esquisito (estranho) 
 Vive no seu próprio mundo 
Solitário 
 Não se emociona 
(imperturbável) 
 
Borderline/emocionalmente 
instável 
 Relações pessoais muito instáveis 
 Atos autolesivos repetitivos 
 Humor muito instável 
 Impulsivo e explosivo 
 Graves problemas de identidade 
 Sentimentos intensos de vazio 
 
Anancástico ou obsessivo 
 Rígido, metódico, minucioso 
 Não tolera variações ou 
improvisações 
 Perfeccionista e escrupuloso 
 Muito convencional, 
 segue rigorosamente as 
regras 
 Controlador (dos outros e de 
si) 
 
Paranoide 
 Desconfiança constante 
 Sensívelàs críticas 
 Rancoroso, arrogante 
 Culpa os outros 
 Reivindicativo 
 Sente-se prejudicado nas 
relações 
Antissocial (Dissocial) 
 Frio, insensível 
 Sem compaixão 
 Agressivo, cruel 
 Não sente culpa ou remorso 
 Irresponsável, inconsequente 
 Mente recorrentemente 
 Aproveita-se dos outros 
 
Dependente 
 Depende em alto grau 
 Necessita muito agradar 
 Desamparado quando 
sozinho 
 Sem iniciativa 
 Sem energia 
 Sem autonomia pessoal 
 
Esquizotípico 
 Ideias e crenças estranhas e 
de autorreferência 
 Desconforto nas relações 
interpessoais 
 Pensamento muito vago e 
excessivamente metafórico 
 Aparência física excêntrica 
 Obs.: Não está na CID-11 como 
TP. 
Histriônico 
 Busca atenção, visa ser o centro 
das atenções 
 Dramatiza, é muito teatral 
 Sugestionável e superficial 
 Manipulador 
 Discurso vago, impressionista 
 Erotiza situações não 
normalmente erotizáveis 
 
Evitativo 
 Evita ao máximo interações 
sociais 
 Sentimentos constantes de 
inadequação 
 Muita sensibilidade à 
avaliação negativa 
 Obs.: Não está na CID-11 
como TP. 
 
 Narcisista 
 Tem necessidade intensa e 
constante de admiração, 
 sente-se muito superior, muito 
melhor que os outros 
 Grandiosidade 
Obs.: Não está na CID-11 como TP. 
 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 11 
F60.0 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE PARANOIDE 
 Transtorno da personalidade paranoide 301.0 (F60.0) - A principal 
característica do Transtorno de Personalidade Paranoide é a tendência à 
desconfiança de estar sendo explorado, passado para trás ou traído, mesmo 
que não haja motivos. (O sujeito projeta um impulso / fantasia de traição no 
outro e introjeta o outro como traidor. Atua com ansiedade de culpaou de 
projeção) 
 Sensibilidade excessiva a rejeições e contratempo. 
 Tendência a guardar rancores. 
 Desconfiança excessiva e tendência exagerada a distorcer as experiencias 
por interpretar erroneamente as ações neutras ou amistosas de outros como 
hostis ou depreciativas. 
 Obstinado senso de direitos pessoais e sensação de estar sendo injustiçado 
por relação a esses direitos, em desacordo com a situação real. 
 Suspeitas recorrentes, sem justificativa, com respeito a fidelidade sexual do 
parceiro. 
 Preocupação com as explicações “conspiratórias”, sem fundamento em 
dados reais. 
F60.1 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOIDE 
 Transtorno da personalidade esquizoide 301.20 (F60.1) - é um padrão de 
distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão 
emocional. Principalmente no contexto das relações interpessoais. 
O indivíduo apresenta capacidade limitada para expressar sentimentos 
calorosos, ternos ou raiva para com os outros. Para o diagnóstico, deve haver, 
então, pelo menos quatro ou mais das características apresentadas a seguir: 
 Distanciamento afetivo, afeto embotado, aparente frieza emocional. 
 Capacidade limitada de expressar sentimentos calorosos, ternos ou raiva 
para com os outros. 
 Indiferença aparente a elogios ou críticas. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 12 
 Poucas atividades produzem prazer. 
 Pouco interesse em ter experiência sexuais com terceiro. 
 Preferência quase invariável por atividades solitárias. 
 Preocupação excessiva com fantasia e introspecção. 
 Ausência de amigos íntimos ou relacionamentos confidentes. 
 Insensibilidade marcante em relação a normas e convenções sociais. 
F21 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA 
 Transtorno da personalidade esquizotípica 301.22 (F21) - é um padrão de 
desconforto agudo nas relações íntimas, distorções cognitivas ou perceptivas 
e excentricidades do comportamento. (tipo esquizofrenia) 
As pessoas com TP esquizotípica apresentam um padrão, ao longo da vida, 
de aspectos da personalidade em que há desconforto em relacionamentos 
pessoais, sobretudo à medida em que a intimidade aumenta. Elas têm 
dificuldades e desconfianças nas relações interpessoais e apresentam, com 
certa frequência, distorções cognitivas (na forma de perceber e interpretar os 
fatos) e perceptivas (têm sensações estranhas, percebem coisas no seu 
corpo, ao seu redor), relacionadas, às vezes, à paranormalidade, a 
percepções anômalas. Pessoas com tal perfil recebem o diagnóstico de TP 
esquizotípica se apresentam cinco ou mais das seguintes características: 
 Desconforto e incapacidade importante para ter relações interpessoais 
intimas. 
 Frequentes ideias de autorreferência (tudo que acontece no mundo se refere 
a ele). 
 Ideias e crenças estranhas, tendendo ao pensamento mágico. 
 Experiencias perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais. 
 Pensamento e discursos incomuns, estranhos, por exemplo, pensamento 
vago, exageradamente metafórico, hiperelaborado ou estereotipado. 
 Ideação paranoide, individuo muito desconfiado. 
 Afetos inapropriados ou muito reduzidos. 
 Comportamento e/ ou aparência física (inclusive vestimenta) estranhos, os 
pacientes parecem excêntricos ou muito peculiares. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 13 
 Ausência de amigos íntimos ou confidentes, além dos parentes de primeiro 
grau. 
 Ansiedade excessiva em situações sociais, que não diminui com a 
familiaridade em relação a tal situação ou colorida com ideação paranoide. 
 
F60.2 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL (TPA) (SOCIOPATIA, 
“PSICOPATIA”) 
 Transtorno da personalidade antissocial 301.7 (F60.2) - é um padrão de 
desrespeito e violação dos direitos dos outros. 
Segundo a tradição psicopatológica, pessoas com TPA têm muita dificuldade 
nas relações interpessoais; falta-lhes sensibilidade ao sofrimento dos outros (ou 
podem apresentar mesmo elementos de sadismo, tendo satisfação ou 
prazer com o sofrimento alheio). Há um padrão difuso de desconsideração 
pelas outras pessoas, violação dos direitos alheios. 
A tendencia pode se manifestar desde a infância, mas o diagnóstico só pode 
ser fechado aos 18 anos 
 Indiferença e insensibilidade pelos sentimentos alheios. 
 Irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais. 
 Incapacidade de manter relacionamento, embora não haja dificuldade em 
estabelecê-los. 
 Muito baixa tolerância a frustrações e baixo limiar de descarga de agressão, 
inclusive violência. 
 Incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a experiência, 
particularmente com a punição. 
 Propensão marcante para culpar os outros para oferecer racionalizações 
plausíveis para seu comportamento que gerou seu conflito com a sociedade. 
 Crueldade e sadismo são frequentes nessa personalidade. 
 
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F60.3 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE 
Transtorno da personalidade borderline 301.83 (F60.3) - é um padrão de 
instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos, com 
impulsividade acentuada. (emocionalmente instável) 
Sua essência é não querer ser rejeitado. Ele quer o seu amor. Ele se acha uma 
pessoa inferior... não tem uma identidade... (existe uma perturbação quanto aos 
próprios objetivos) busca a sua identidade no outro. É por isso que ele se torna 
dependente de outra pessoa (adesivado) A grande maioria desses pacientes irá 
apresentar outro transtorno mental ao longo da vida (mais frequentemente 
transtornos do humor e/ou transtorno por uso de álcool e outras substâncias). 
 Instabilidade emocional intensa. 
 Sentimentos crônicos de vazio. 
 Relacionamentos pessoais intensos, mas muito instáveis, oscilando em 
curtos períodos de uma grande “paixão” ou “amizade” para “ódio” e “rancor” 
profundos. 
 Esforços excessivos para evitar abandono. 
 Dificuldades serias e instabilidade com relação a autoimagem, aos objetivose as preferências pessoais (inclusive a sexual) 
 Atos repetitivos de autolesão, envolvendo-se em atuações perigosas (como 
guiar altamente embriagado, intoxicar-se com diversas substâncias). 
 Atos suicidas repetitivos. 
 
O TPB implica marcante impacto sobre a vida pessoal e social dos indivíduos 
acometidos, assim como na de seus familiares e pessoas próximas. 
F60.81 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA 
 Transtorno da personalidade narcisista 301.81 (F60.81) - é um padrão de 
grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia. 
Nesse TP, observa-se um padrão de comportamentos em vários contextos e ao 
longo da vida no qual predominam a necessidade de ser admirado, a 
grandiosidade (em fantasia ou na vida real) e a falta de empatia. 
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O narcisista traz em sua essência, a necessidade de sentir-se superior a tudo e 
a todos. Não dá tanta ênfase a aparência física como o histriônico, mas se 
atribui valores intelectuais, talentos, dons e beleza, muito acima do que ele tem 
ou gostaria de ter, de fato. 
Por traz de todo prepotente sempre há sempre um impotente. 
 O indivíduo apresenta um senso grandioso (e irreal) da importância de sua 
pessoa. Julga ter talentos especiais, espera ser reconhecido como superior, 
sem que tenha feito algo concreto para isso. 
 Muito voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, de poder, brilho, 
beleza ou de um amor ideal. 
 Acha-se excepcionalmente “especial” e “único”, acreditando que só pessoas 
ou instituições também excepcionalmente especiais ou únicas podem estar 
à sua altura. 
 Requer admiração excessiva. 
 Tende a ser explorador nas relações interpessoais, buscando vantagens 
sobre os outros para atingir o seu fim de sucesso pessoal. 
 Sem empatia pelas pessoas comuns. 
 Frequentemente invejoso dos outros ou do sucesso alheio, acha sempre que 
os outros tem inveja dele. 
 
F60.4 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA 
 Transtorno da personalidade histriônica 301.50 (F60.4) - é um padrão de 
emocionalidade e busca de atenção em excesso. 
 Segundo a CID-10, caracteriza-se por autodramatização (são bastante 
gestuais e sempre contam o quanto sofreram), , teatralidade, expressão 
exagerada de emoções, sugestionabilidade, afetividade superficial e lábil, 
busca contínua de excitação, sedução inapropriada em aparência ou 
comportamento (uso de roupas e maquiagens provocativas), preocupação 
excessiva com atratividade física. 
 dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 16 
 Sugestionabilidade aumentada, facilmente influenciado por outros ou pelas 
circunstâncias. 
 Afetividade superficial, pueril e lábil. 
 Busca contínua de atenção e apreciação pelos outros, quer ser o centro das 
atenções. 
 Sedução inapropriada em aparência ( vestimenta maquiagem) e 
comportamento. 
 Erotização de situações não estritamente eróticas (consulta ao dentista, 
analista audiência...) 
 infantilidade, tendência a reações infantis, pouca tolerância à frustração. 
 
F60.5 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVA OU ANANCÁSTICA. 
 Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva 301.4 (F60.5) - é um 
padrão de preocupação com ordem, regras, perfeccionismo, detalhes e 
controle. 
Esse TP tende a ser mais frequente em pessoas com maior escolaridade, 
casadas e empregadas. Há indivíduos que têm traços obsessivo compulsivos 
e são bem-adaptados a tais traços; entretanto, o TP obsessivo compulsiva 
com frequência se associa a transtornos de ansiedade. 
Pessoas com esse transtorno procrastinam mais, em função de suas 
exigências e ideal de perfeição) 
Trata-se de pessoas, de modo geral, muito controladoras em relação a sua 
vida e suas relações interpessoais, que apresentam estilo perfeccionista e 
carente de flexibilidade. 
Por serem muito críticos, acreditam que os outros também sejam e os 
vejam com os mesmos olhos que eles as veem. 
 Preocupação excessiva com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou 
esquemas. 
 Perfeccionismo que interfere na conclusão das tarefas. 
 Dúvidas excessivas em assuntos irrelevantes. 
Resumo NP1 - Psicopatologia Especial2 – 7º semestre – Valdirene Oliveira - 21/09/2022 – p[ag. 17 
 Cautela demasiada. 
 Rigidez e teimosia. 
 Insistência incomum para que os outros se submetam-se exatamente à sua 
maneira de fazer as coisas. 
 Excesso e escrúpulos e preocupações indevida com detalhes da vida. 
 A rigidez impede ou anula o prazer nas relações interpessoais. 
 Adesão excessiva às convenções sociais e certo pedantismo. 
 
O obsessivo tende a achar que está sofrendo de compulsão alimentar, 
só porque se pegou pensando numa feijoada ou por ter se excedido 
diante de um peru de natal. 
F60.6 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANSIOSA OU EVITATIVA 
 Transtorno da personalidade evitativa 301.82 (F60.6) - é um padrão de 
inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a 
avaliação negativa. (sempre tensos e preocupados – tendência para o TAG) 
Há, nesse TP, um padrão importante de inibição social, sentimentos 
marcantes de inadequação e uma sensibilidade muito acentuada diante da 
possibilidade de receber avaliações negativas das outras pessoas. 
 Estado constante de tensão e apreensão. 
 Crença de ser socialmente desinteressante ou inferior aos outros. 
 Preocupação ou medo excessivo em ser criticado ou rejeitado. 
 Restrições na vida diária devido à necessidade de segurança física ou 
psíquica. 
 Evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato 
interpessoal significativo, principalmente por medo de críticas, 
desaprovação ou rejeição. 
 
F60.7 - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE 
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 Transtorno da personalidade dependente 301.6 (F60.7) - é um padrão de 
comportamento submisso e apegado relacionado a uma necessidade 
excessiva de ser cuidado. 
Muitas vezes o dependente tem um potencial que ele não reconhece. 
Os indivíduos que apresentam esse TP são, de modo geral, muito 
dependentes de outras pessoas (com frequência de uma pessoa principal); 
como consequência, acabam por se submeter de forma intensa a elas. 
Temem intensamente a separação dessa(s) pessoa(s). Nesse contexto, são 
indivíduos que se percebem como incapazes, sem habilidades pessoais, até 
para tomar decisões na vida diária, como o que vestir, com quem devem ter 
amizade, o que fazer no trabalho, etc. Para o diagnóstico desse TP, é 
necessária a presença de pelo menos cinco das seguintes características: 
 Subordinação das próprias necessidades e desejos aqueles dos outros dos 
quais é dependente. 
 Solicitação constante de que outros (dos quais depende) tomem as decisões 
importantes em sua vida pessoal. 
 Sentimento de desamparo quando sozinho por causa de medo exagerado 
de ser capaz de se cuidar. 
 Preocupação e/ ou medo exagerado de ser abandonado pelas pessoas das 
quais depende. 
 Capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem excesso de 
conselhos e reasseguramento pelos outros. 
 Relutância em fazer exigências ainda que razoáveis as pessoas das quais 
depende.

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