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26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 1/11 ESTUDANDO: ENEM - QUÍMICA 10. PROPRIEDADES PERIÓDICAS Nos dois capítulos anteriores fomos apresentados ao que hoje entendemos ser a estrutura de um átomo. A questão é: por que isto é tão importante para os químicos? Na verdade o que de fato nos interessa é a estrutura da eletrosfera, perceba, é interessante saber a respeito do núcleo, conhecer os prótons e neutros, mas numa reação química quem de fato determina o rumo dos acontecimentos são os elétrons. Especificamente os elétrons mais externos. A razão para isto é simples. A química se interessa pelos mecanismos que transformam uma substância em outra, como vimos na primeira parte deste módulo. A esta altura dos acontecimentos já podemos prever que esta transformação se deve ao rearranjo dos átomos que formam cada tipo de matéria. Logicamente estes átomos devem estabelecer interações atrativas, que logo estudaremos com o nome de ligações químicas, e a região mais provável dessas interações acontecerem é na parte externa dos átomos, ou na camada mais externa da eletrosfera. Agora surge outra pergunta: o que impulsiona uma transformação química e como os químicos conseguem prever algumas destas transformações? O que podemos afirmar com relação a estas observações é que os elementos químicos formam em geral grupos com características semelhantes, por exemplo, lítio, sódio e potássio formas sais solúveis e reagem explosivamente com a água formando bases fortes. Se observarmos com um pouco mais de cuidado as suas estruturas eletrônicas veremos que, na última camada, eles são idênticos. Seguindo o raciocínio das linhas anteriores podemos concluir que estruturas eletrônicas semelhantes determinam um comportamento químico igualmente parecido. Neste capítulo vamos estudar a relação entre a estrutura eletrônica na camada de valência (a camada mais externa do átomo) e as propriedades químicas. Perceberemos também a importância de se organizar estas informações numa tabela e como usála para resolver diversos problemas envolvendo aspropriedades químicas dos elementos. A Tabela Periódica Antes mesmo que Bohr anunciasse os postulados que descreviam a estrutura eletrônica do átomo de hidrogênio a química já tinha aprendido a reconhecer comportamentos semelhantes em certos grupos de elementos químicos. Obviamente descrever estas semelhanças em imensos livros não era nada prático quando se precisa de informações básicas com alguma agilidade. A solução mais óbvia era organizar estas informações em uma tabela simples e fácil de ser interpretada. Muitos foram os que se aventuraram nesta tarefa, no entanto a primeira que merece destaque neste texto é a tabela desenvolvida por Dimitri Mendeleev em 1869. Dmitri Ivanovich Mendeleev (18341907) Neste ano o russo Mendeleev e o alemão Lothar Meyer publicaram trabalhos nos quais a periodicidade das propriedades dos elementos químicos seguia o contínuo aumento de suas massas atômicas. O arranjo de Mendeleev é sem dúvida o precursor da tabela periódica moderna, e por isso ele levou o crédito pelo desenvolvimento da primeira lei periódica: “As propriedades dos elementos químicos variam de acordo com a ordem crescente de suas massas atômicas”. 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 2/11 Classificação periódica de Mendeleev CURIOSIDADES Na tabela de Mendeleev havia imperfeições; O cientista russo as atribuía, com muita firmeza, a erros no cálculo das massas atômicas. Por causa destas imperfeições deixou alguns espaços vagos na sua tabela, justificando que esses locais eram reservados para o eventual ordenamento de elementos, na época, ainda desconhecidos, denominandoos de: ⇒ Ekaboro (abaixo do boro); ⇒ Ekaaluminio (abaixo do alumínio); ⇒ Ekasilício (abaixo do silício). Demonstrando grande sagacidade científica, Mendeleev definiu as propriedades desses elementos ainda desconhecidos. Para melhor compreensão, observe os quadros colocados abaixo: Devese ressaltar que foi o próprio que demonstrou que o Gálio era o Eka alumínio Como a figura mostra, os elementos eram agrupados em colunas, cada uma delas contendo os elementos com propriedades semelhantes, igual à tabela moderna. Nas linhas horizontais, ou períodos, as propriedades dos elementos vizinhos são ligeiramente deferentes de modo que nas extremidades as propriedades são praticamente opostas. Infelizmente a massa atômica não é o parâmetro mais adequado para indicar a identidade de um elemento, como 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 3/11 sabemos hoje dois átomos de elementos diferentes podem ter a mesma massa (isobaria) enquanto átomos do mesmo elemento podem se apresentar com massas diferentes (isotopia). É claro que Mendeleev não tinha outro parâmetro melhor, já que na sua época estes conceitos ainda não existiam e o núcleo, com seus prótons e nêutrons, se quer havia sido proposto. Não é por isto que a genialidade do físico russo deve ser questionada, muito pelo contrário, sem o apoio de uma teoria atômica adequada ele foi capaz de prever com uma precisão admirável as propriedades de elementos que ainda não haviam sido descobertos . Henry Gwinh AlbericosdeteJeffreys Moseley (18871915) A lei periódica moderna só foi enunciada em 1913 quando Henry Moseley, estudando os espectros de raios X dos elementos conhecidos, observou que a identidade do elemento estava associada ao seu número de prótons e não à sua massa. Hoje parece ser óbvio, mas naquela época provocou uma pequena revolução na química. Até então o número atômico de um elemento (a posição que ocupa na tabela periódica) era definido pela sua massa atômica, como determinava a lei Periódica de Mendeleev, a partir da descoberta de Moseley o próprio número de prótons definia a sua posição na tabela. Esta modificação alterou as posições de diversos elementos e corrigiu uma série de imperfeições da tabela de Mendeleev, além de consolidar a aceitação do modelo de Bohr pela comunidade cientifica. Hoje está claro que o número de prótons define o número de elétrons que um átomo deve ter no estado fundamental (considerando que cada elétron negativo compensa a carga de um próton positivo mantendo o átomo eletricamente neutro), determinando conseqüentemente o número de elétrons que este terá em sua camada de valência e suas propriedades químicas. Estrutura da Tabela Periódica Moderna Atualmente a tabela periódica está organizada em períodos (linhas horizontais) e grupos, ou famílias (linhas verticais). O termo período tem como objetivo evidenciar que nesta dimensão as propriedades estão sendo gradativamente alteradas de modo que nas extremidades as propriedades são antagônicas, por exemplo, se do lado esquerdo do terceiro período (linha horizontal) existe um metal fácil de ser oxidado, na outra extremidade existe um nãometal fortemente oxidante. A idéia se conclui quando, encerrado o período, as propriedades voltam a se repetir. Cada período também corresponde ao número de camadas dos átomos que o compõem, isto é, se um elemento está no quarto período ele tem quatro camadas eletrônicas, se está no sétimo período a sua última camada é justamente a sétima. A conseqüência disto é que os elementos que estão posicionados na mesma linha vertical terão propriedades semelhantes e são considerados uma família ou são simplesmentechamados de grupos. Ao todo são 18 grupos numerados da esquerda para direita em ordem crescente. Uma classificação mais antiga da IUPAC dividia a tabela em dois grupos principais, 08 grupos A e 08 grupos B, sendo que a família VIII B era composta por três linhas verticais vizinhas (ver tabela a seguir). 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 4/11 Organização dos grupos e períodos na tabela periódica As colunas da tabela periódica reúnem as famílias dos elementos químicos, sendo que algumas possuem nomes específicos Alguns grupos da tabela periódica e seus nomes especiais CURIOSIDADES O símbolo de um elemento deve ser formado por uma letra maiúscula, preferencialmente a letra inicial do seu nome em latim. Caso exista mais de um elemento com a mesma letra inicial um deles deve ter o seu símbolo formado pela inicial maiúscula seguida de outra letra minúscula. Em geral as tabelas mostram uma série de informações sobre as propriedades físicas dos elementos. Abaixo você pode ver um exemplo: 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 5/11 Representação do elemento na tabela periódica A seguir você pode ver o nome latino de alguns elementos e seus respectivos símbolos. Além dos grupos e períodos existem outras formas de classificar os elementos. Eles podem ser considerados representativos ou de transição ou podem ser classificados também de acordo com o subnível mais energético. Por exemplo, os elementos dos grupos 1 e 2 terminam a sua distribuição eletrônica em um subnível “s” enquanto que os elementos dos grupos 13 ao 18 terminam num subnível “p”, estes elementos são considerados representativos sendo os primeiros chamados de elementos do bloco “s” e os últimos de elementos do bloco “p”. Os elementos de transição por sua vez terminam em subníveis “d”, transição externa, e “f”, transição interna (lantanídeos e actinídeos, também conhecidos como terras raras). Esta informação é extremamente útil quando se pretende distribuir os elétrons dos elementos sem a ajuda do diagrama de Linus Pauling e principalmente quando o objetivo é tão somente definir a estrutura eletrônica da camada de valência. IMPORTANTE 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 6/11 A CONVENÇÃO CERNE DO GÁS NOBRE Uma simplificação é freqüentemente usada na representação de configurações eletrônicas. É a convenção cerne do gás nobre. Os gases nobres compreendem os elementos hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio e radônio, cujos números atômicos são 2, 10, 18, 36, 54 e 86, respectivamente. Cada um destes elementos é um gás a temperatura e pressão ambiente, e é nobre, significando que estes elementos têm pouca tendência a reagir quimicamente. Excetuandose o hélio, as configurações eletrônicas dos demais gases nobres são semelhantes para a última camada: dois elétrons no orbital s e seis nos três orbitais do subnível p desta camada. Esta configuração geral é representada por ns2 np6,onde n é o número quântico principal da camada mais externa. A exceção, hélio, tem a configuração ns2. Seguindo o procedimento de Aufbau, periodicamente encontramos um átomo de um gás nobre. Para um átomo posterior ao do gás nobre, na seqüência, a parte da configuração eletrônica do gás nobre pode ser abreviada, colocandose o símbolo do gás nobre entre colchetes e findando a configuração. Por exemplo, a configuração eletrônica do átomo de silício é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p2 Como a primeira parte desta seqüência (1s2 2s2 2p6) é a configuração eletrônica do neônio (Ne), abreviamos a configuração do neônio por [Ne] e expressamos a configuração do silício como [Ne] 3s2 3p2. Desse modo, podemos representar a configuração eletrônica de um átomo de potássio de uma forma mais simplificada de 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 para [Ar] 4s1 (Fonte: RUSSEL, 1994) Os elementos ainda podem ser classificados como metais (posicionados à esquerda da tabela, formam a grande maioria dos elementos) e nãometais, além se dividirem também em elementos naturais (encontrados na natureza) ou artificiais (sintetizados em laboratório). Organização dos elementos na tabela periódica Estrutura Eletrônica e Periodicidade Química: uma vez que conhecemos a estrutura básica da tabela e algumas das informações que podemos obter dela devemos investigar com cuidado a relação da estrutura eletrônica da camada de valência com as propriedades dos elementos químicos. Como já vimos estruturas semelhantes significam características semelhantes, especialmente se estamos falando de elementos representativos. Raio Atômico e Iônico: não é fácil definir exatamente em que ponto o átomo termina. Como vimos no capítulo anterior o orbital atômico é uma região de probabilidade de se encontrar o elétron. À medida que se distancia do núcleo esta probabilidade diminui, mas nunca se torna realmente nula. Como aparentemente o átomo não tem limites mensuráreis precisamos achar um modo de comparar o seus raios. A solução é ligar dois átomos iguais, medir a distância entre os dois núcleos e dividir o resultado por dois: 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 7/11 Raio atômico A resposta é o valor do raio que você vai encontrar em tabelas de dados, incluindo algumas tabelas periódicas mais sofisticadas. Embora seja uma informação importante (serve como parâmetro para um série de outras propriedades), infelizmente este dado não é absoluto, isto é, se o elemento A tem um raio tabelado de 1,5 Angstrom e o elemento B de 1,0 Angstrom não é garantido que a distância entre eles, quando unidos por uma ligação química, seja de 2,5 Angstrom, as forças de atração entre o núcleo e os elétrons de ligação tem papel predominante no resultado desta equação. Com base nisto podemos afirmar que inicialmente duas coisas influenciam no tamanho de um átomo. Uma é a força com que o núcleo atrai os elétrons de valência, outra é o número de camadas que o átomo apresenta. Quanto maior a força de atração do núcleo pelos elétrons mais externos mais estes elétrons se aproximam do próprio núcleo, reduzindo o tamanho do átomo. Esta força normalmente aumenta à medida que mais prótons vão sendo acrescidos ao núcleo, desde que o número de camadas permaneça constante. No período, portanto, quando todos os elementos têm o mesmo número de camadas, à medida que o número atômico vai aumentando o raio diminui como conseqüência do aumento da atração entre núcleo e elétrons de valência. Já na família, o aumento do número atômico vem acompanhado por um aumento no número de camadas. Os elétrons das camadas anteriores bloqueiam a atração dos prótons que foram acrescentados ao núcleo e fazem a atração deste pelos elétrons mais externos diminuir provocando o aumento do raio. Tendências do aumento dos raios atômicos dos elementos O raio iônico segue a mesma linha de raciocínio desenvolvida até aqui. Se o átomo perde elétrons a força de atração na camada de valência aumenta. Isto porque um mesmo número de prótons está atraindo um número menor elétrons. Se o átomo ganha elétrons o seu raio aumenta uma vez que o número de elétrons que o núcleo tem que atrair é maior, diminuindo a força de atração. Concluise portanto, que o cátion sempre será menor que o átomo neutro e que o ânion sempre será maior que o átomo neutro. Energia de Ionização: a energia de ionização(EI) é a energia necessária para que um átomo isolado, no estado gasoso libere um de seus elétrons. Esta propriedade é, portanto uma grandeza absoluta, passível de ser medida experimentalmente. Muitas vezes confundimos a EI com a tendência que um átomo tem de perder elétrons e isto é muito perigoso. Observe que a tendência de perder elétrons é uma característica de apenas alguns elementos, notadamente os metais, enquanto que a EI é uma propriedade de todos os elementos químicos. A confusão vem justamente do fato de que quem tem baixa energia de ionização perde elétrons com facilidade, por razões óbvias. O fato da EI ser baixa significa necessariamente que uma quantidade relativamente pequena de energia é suficiente para retirar o elétron deste átomo. A correlação correta, portanto, deve ser elementos de baixa EI têm tendência perder elétrons. Para prever a variação desta propriedade na tabela periódica vamos aplicar um raciocínio semelhante ao que usamos para o raio atômico. Se a atração do núcleo pelo elétron é alta será necessária uma quantidade de energia igualmente alta para fazer este elétron sair da influência do núcleo, logo, no período, a EI aumenta da esquerda para a direita, ao contrário da variação do raio atômico. Semelhantemente, na família, a EI aumenta de baixo para cima acompanhando a diminuição do número de camadas, isto é, quanto mais próximo do núcleo maior a força de atração e mais energia será demandada para a ejeção do elétron. Desde que haja energia suficiente todos os elétrons de um átomo podem ser “arrancados”, no entanto a segunda EI será maior que a primeira e assim sucessivamente. 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 8/11 Afinidade Eletrônica: ao contrário da EI a Energia de Afinidade Eletrônica (AE) é “a energia que um átomo isolado, no estado gasoso precisa liberar para conseguir estabilizar um elétron extra na sua eletrosfera”. Lembrese dos postulados de Bohr “se um elétron se desloca para uma camada mais distante do núcleo a sua energia aumenta e para que ele retorne a uma camada mais interna é necessário que o excesso de energia seja liberado”. Ganhar um elétron significa que esta partícula se desloca de uma região extremamente distante do átomo até ficar presa em sua eletrosfera atraída pelo núcleo. Este movimento equivale a um elétron que deixa um nível de energia superior e desce para uma camada mais interna e isto implica em liberar o excesso de energia para a vizinhança. Do mesmo modo que ocorre com a EI a AE é confundida com a tendência de ganhar elétrons. Na verdade somente quem apresenta alta AE, ou seja, aqueles elementos que são capazes de liberar uma quantidade de energia significativa quando recebem um elétron extra, têm tendência de ganhar elétrons. Apesar de aparentemente a AE ser o oposto da EI estas propriedades tem um comportamento complementar. Na verdade só quem segura os seus próprios elétrons com muita força tem condições de segurar na sua camada de valência um elétron extra, logo, terão alta AE os mesmos elementos que possuem alta EI, os que estão na parte superior dos grupos e à direita dos períodos. Tendência geral da afinidade eletrônica dos elementos As exceções mais importantes são os gases nobres. Estes elementos têm uma atração por seus elétrons de valência muito alta o que assegura uma alta EI, no entanto para ganhar um elétron extra eles precisam ocupar uma camada eletrônica mais externa. Isto significa que a atração por este novo elétron é substancialmente mais fraca. Como conseqüência os gases nobres, ao contrário dos outros elementos, apresentam altas EI e baixas AE. Estas duas propriedades também explicam o comportamento de metais e nãometais. Se observar com atenção os metais estão localizados do lado esquerdo da tabela periódica, região em que a energia de ionização é baixa, enquanto que os nãometais estão do lado oposto numa região de alta Afinidade Eletrônica. O que podemos concluir é que de um lado estão elementos que perdem elétrons com certa facilidade (por apresentarem baixa EI) e esta é uma característica dos metais, enquanto do outro lado estão elementos com facilidade para ganhar elétrons (por apresentarem alta AE) e esta por sua vez é marca dos nãometais. No próximo capítulo discutiremos como estas propriedades influenciam no tipo de ligação química que metais e nãometais estão habilitados a realizar e começaremos de fato a compreender o mecanismo que gerencia os processos químicos. Outras Propriedades Periódicas ⇒ CARÁTER METÁLICO ou ELETROPOSITIVIDADE: É a capacidade que um átomo possui de doar elétrons. Nas famílias e nos períodos, a eletropositividade aumenta conforme aumenta o raio atômico, pois, quanto maior o raio, menor a atração do núcleo pela eletrosfera, mais fácil de doar elétrons. Também não está definida para os gases nobres. 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 9/11 Tendência do aumento da eletropositividade dos elementos ⇒ REATIVIDADE: A reatividade de um elemento químico está associada à sua maior ou menor facilidade em ganhar ou perder elétrons. Assim, os elementos mais reativos serão tantos os metais que perdem elétrons com maior facilidade, quanto os ametais que ganham elétrons com maior facilidade. Pela figura podemos observar que, entre os metais, o mais reativo é o frâncio (Fr) e entre os ametais, o mais reativo é o flúor (F). Tendência do aumento da reatividade dos elementos ⇒ PROPRIEDADES FÍSICAS DOS ELEMENTOS: As propriedades físicas são determinadas experimentalmente, mas, em função dos dados obtidos, podemos estabelecer regras genéricas para sua variação, considerando a posição do elemento na tabela periódica. a) Densidade (d) de um elemento é a razão entre sua massa (m) e seu volume (V). Nas famílias, a densidade aumenta de cima para baixo, pois, nesse sentido, a massa cresce mais que o volume. Nos períodos, a densidade aumenta das extremidades para o centro, pois, quanto menor o volume, maior a densidade, já que a variação de massa nos períodos é muito pequena. Assim, os elementos de maior densidade estão situados na parte central e inferior da tabela, sendo o Ósmio (Os) é o elemento mais denso (22,5 g/ cm3). A tabela apresenta densidade obtida a 0°C e 1 atm. Esquematicamente, podemos representar por: Tendência do aumento da densidade dos elementos b) Ponto de Fusão (PF) e Ponto de Ebulição (PE): Os pontos de fusão e ebulição são, respectivamente, as temperaturas nas quais o elemento passa do estado sólido para o líquido e do estado líquido para o gasoso. Na família IA (alcalinos) e na família IIA (alcalinos terrosos), IIB, 3A, 4A, os elementos de maior ponto de fusão (PF) e ponto de ebulição (PE) estão situados na parte superior da tabela. De modo inverso, nas demais famílias, os elementos com maiores PF e PE estão situados na parte inferior. Nos períodos, de maneira geral, os PF e PE crescem das extremidades para o centro da tabela. Entre os metais o tungstênio (W) é o que apresenta o maior PF: 5900°C. Uma anomalia importante ocorre com o elemento químico carbono (C),um ametal: Ele tem uma propriedade de originar estruturas formadas por um grande número de átomos, o que faz com que esse elemento apresente elevados pontos de fusão (PF = 3550°C). Esquematicamente podemos representar por: 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 10/11 Tendência do aumento dos pontos de fusão e ebulição dos elementos Nota sobrea eletronegatividade: Por conveniência a eletronegatividade não foi tratada como propriedade periódica neste momento. Não obstante o fato desta ter um comportamento evidentemente periódico ela será melhor compreendida quando combinada com os conceitos relacionados às ligações químicas que serão discutidos no próximo capítulo. 26/11/2015 Estudando: ENEM Química Cursos Online Grátis | Prime Cursos https://www.primecursos.com.br/openlesson/10077/102347/ 11/11
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